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1 Coma ⤷ Consciência: estado de completo conhecimento de si e do meio ambiente, e da inter-relação entre eles ⤷ Avaliação clínica, não existe exame de imagem para avaliar ⤷ Componentes: ⤷ Demências possuem quadro clínico mais arrastado, crônico ⤷ Evolução do nível de consciência é mais agudo Formação Reticular Ativadora Ascendente (FRAA) ⤷ É um sistema difuso, porém organizado de estruturas que se comunicam entre si e a função delas é de ativar o córtex ⤷ Quem é a FRAA? São estruturas que se encontram no tronco encefálico e no diencéfalo (tálamo e hipotálamo), esses núcleos estão entremeados a todas as estruturas ⤷ O que é que passa pelo tronco encefálico? o Tratos ascendentes (sensitivas) o Tratos descendentes o Tratos corticonucleares o Tratos cerebelares o Núcleos e fascículos dos nervos cranianos ⤷ FRAA: o Locus coeruleus o Núcleos da Rafe o Pedúnculo pontino o Túbero mamilar ⤷ Ou inibem o córtex difusamente, a maioria deles vai ativar através de neurotransmissores serotoninérgicos, histaminérgicos, noradrenérgicos e acetilcolinérgicos ⤷ Com exceção do VLPO que vai inibir o córtex através do GABA e da galantamina ⤷ Na ativação do córtex estaremos em estado vígil/ consciente e na hipofunção (sono) vamos ter o rebaixamento do nível de consciência fisiológica e reversível, essa redução pode ser induzida por medicação (Diazepam) e pode ser patológica (doenças e coma) ⤷ Conexões reciprocas = estímulo luminoso, tátil, doloroso, térmico, alimentação pesada ativam o FRAA ⤷ Ativação difusa é quando a pessoa está com nível de consciência, mas não tem qualidade ⤷ Ativação do túbero mamilar que ativa a região frontal e é isso que vai dar qualidade ao despertar ⤷ Para ocorrer uma redução do nível de consciência é preciso ter um acometimento de algumas estruturas, que pode ser focal ou difusa o 15% focal infratentorial ▪ Mesencéfalo ou ponte alta, abaixo dessas duas estruturas não vai causar lesão suficiente para rebaixamento do nível de consciência o 20% focal supratentorial ▪ Tálamo ou hipotálamo, geralmente o tálamo é atingido e é bilateral o 65% difusas e/ou multifocais ▪ HSA, quadro infeccioso grave em idoso ⤷ As alterações de consciência podem ser tanto agudas como crônicas Agudas Torpor Irritabilidade e hiperexcitabilidade, desatenção, sonolência diurna e agitação noturna Delirium Orientação e pensamento desorganizados, atenção bastante prejudicada, percepção dos estímulos alteradas, alucinações vívidas, sem déficit focal, movimentos involuntários (tremor, mioclonia) Obnubilação Alentecimento psicomotor, aumento das horas de sono, embotamento mental Estupor Estado de sonolência profunda, responsividade apenas com estímulos vigorosos e contínuos Coma Irresponsividade, olhos fechados, mesmo com estímulo vigoroso Morte cerebral Interrupção completa e irreversível de todas as funções cerebrais, mesmo na presença de atividade cardíaca ou reflexos primitivos, coma aperceptivo (ECG= 3), ausência de funções de tronco encefálico, ausência de atividade elétrica ou funcional ou circulatória intracraniana, desenvolve-se de forma aguda/ subaguda/ crônica Precisa de uma causa identificada para poder fechar o laudo ⤷ Falsas alterações de consciência: o Locked-in: síndrome do cativeiro, lesões ventrais da ponte, paciente fica paralisado da boca para baixo, quadro agudo o Dentre outras: simulação, síndrome de Wernicke-Korsakof (confusão, ataxia e distúrbio da motricidade ocular extrínseca) Cognição Conteúdo Nível de consciência Afeto Consciência Grau de alerta Memória, atenção, pensamento, linguagem... Todos são ativadores do córtex difusamente 2 o Parkinsonismo pós-encefalítico: estado de acinesia ⤷ Alterações da consciência crônica Demência Progressiva deterioração das funções cognitivas, sem redução do nível de consciência, 2 das funções cognitivas: memória, afasia, apraxia, agnosia, executiva... Hipersonia Estado de aumento da quantidade de sono diário, período de consciência e cognição normais quando acordado Estado de consciência mínima Mínima evidência de noção de si e do meio ambiente Estado vegetativo Nenhuma evidência de noção de si ou do ambiente, olhos abertos, manutenção da função de tronco encefálico e regulação autonômica visceral Estado vegetativo persistente > 1 mês, antigamente também chamado de coma vígil ⤷ Crônicas: demência, hipersonia, abulia, mutismo acinético, estado de consciência mínima, estado vegetativo, morte cerebral História clínica ⤷ Familiares, amigos ou socorristas o Idade, comorbidades... ⤷ Jovens: intoxicação, HSA, trauma ⤷ Idosos: AVC, infecção grave ⤷ Quadro agudo: trauma, AVC ⤷ Quadro subagudo: neoplasia (pode apresentar sinais premonitórios: cefaleia, dificuldade em usar o lado D do corpo...), metabólico, infeccioso ⤷ Comorbidades (HAS, DM, hepatopatia ou doença renal) ⤏ metabólico, AVC Exame físico ⤷ Aguda: exame clínico e condutas rápidas o O exame clínico vai determinar se é um quadro estrutural ou metabólico ⤷ Potássio e sódio precisam estar muitooo alterados para levar a alteração do nível de consciência ⤷ No bulbo não existe estruturas da FRAA que induzam um rebaixamento do nível de consciência por acometimento do bulbo o Lesão exclusivamente bulbar: apneia, parada cardíaca, de forma consciente ⤷ Antes de começar o exame físico do coma, vamos avaliar: o A o B o C ⤷ Corrigir qualquer déficit nestas condições antes de iniciar ⤷ Sinais de TCE: o Liquorréia: líquor pelo nariz, sinal de trauma de base de crânio o Sinal de Battle: hematoma retroauricular, trauma de base de crânio o Sinal de Guaxinim: hematoma periocular bilatera, lesão de base de crânio o Rinorragia o Otorragia ⤷ Sinais de politraumatismo o Lesões de partes moles, múltiplas fraturas ⤷ Sinais de irritação meníngea o Rigidez de nuca o Brudzinski: ao procurar rigidez de nuca ocorre a flexão dos joelhos o Laségue: faz a manobra com a perna do paciente toda estendida o Kerning: a manobra é feita com o joelho fletido, é negativa quando o paciente consegue passar dos 45° sem sentir dor Redução aguda do nível de consciência Estrutural Metabólica Supratentorial Infratentorial Cortical Diencéfalo Mesencéfalo Ponte Suspeita de fratura de base de crânio = NÃO passar SONDAS!! 3 o Opistótono: paciente fica arqueado, flexão posterior da coluna, é o mais grave o Petéquias e púrpuras: meningite meningocócica, é altamente contagiosa, tem que iniciar o TTO muito precocemente ⤷ Tríade de Cushing: o Hipertensão, bradicardia e bradipneia o Aumento da pressão no assoalho do bulbo= hipertensão intracraniana ⤷ Lesões irritativas ao hipotálamo (HSA, neoplasia) ⤏ ativação excessiva do sistema simpático e/ou parassimpático ⤏ hipertensão/ arritmia cardíaca/ lesão subendocárdica isquêmica ⤷ Portanto, sempre estar de olho em causas e consequências cardíacas Nível de consciência ⤷ Verbal: Pedro? Acorda, seu Pedro!! ⤷ Estímulo tátil ⤷ Estímulo doloroso: o Retroesternal o Submandibular o Ungueal (melhor na lateral) o Trapézio o Supraorbicular o Mamilar Resposta motora ⤷ A motricidade voluntária do paciente ela é executada a partir do trato córtico espinhal que tem origem no giro pré-central lá no lobo frontal, ele vai descer através da coroa radiada, cápsula interna, pedúnculo cerebelares, na região bulbar ele vai decussar para o outro lado, transformando-se em trato córtico espinhal lateral, a maioria das fibras decussam e formam o lateral, as que não decussam continua como anterior. É responsável pela execução de movimentos voluntários, então a gente espera que a sua integridade esteja presente nas pessoas, quando não há integridadedesse trato, tratos inferiores vão garantir as suas funções. Então, o mais alto na hierarquia após o trato córtico espinhal lateral é o trato rubro espinhal, aquele que se origina no núcleo rubro do mesencéfalo e que vai gerar uma postura de tríplice flexão nos MMSS e de extensão nos MMII. E abaixo deles, na região da ponte, a gente vai ter os tratos retículos espinhais e o trato vestíbulo espinhal (reflexos que envolvem a cabeça), originando tratos que estão relacionados a extensão tanto nos MMSS, quanto nos MMII. ⤷ Portanto, se eu faço um estímulo doloroso e o paciente ele localiza esse estímulo, localiza a minha mão e fica tentando retirar esse estímulo, a gente vai dizer que esse paciente tem uma resposta motora adaptada, ele tem o grau de coma superficial o Mas isso não quer dizer que ele possa sair desse estado ⤷ Podemos ter respostas não adaptadas: inespecífica, decorticação e descerebração ⤏ Coma profundo o Trato córtico espinhal vai estar não funcionante ⤷ Resposta Motora é Ausente ao estímulo doloroso ⤏ Coma DéPassé o ‘de passagem’ o Apesar de ser o mais grave, não significa que o paciente irá necessariamente morrer Localiza a dor Melhor resposta de todas para um paciente que está em coma. Atentar para localização da dor, orque muitas vezes o paciente pode apresentar um movimento sutil, e isso não é localizar a dor Decorticação Lesão diencefálica, resposta exacerbada do trato rubro espinhal, decorticação = reflexo flexor exacerbado, lesão supratentorial Descerebração Lesão abaixo do núcleo rubro, mas acima do núcleo retículo espinhal, entre o finalzinho do mesencéfalo e a ponte alta. Fica livre o reflexo extensor = resposta extensora Ausente Lesão mais baixa ou por lesão cortical difusa, ausência de resposta porque não vai ter o estímulo motor Pupilas Falam a favor de infecções e de sangramento no espaço subaracnóide Se o retroesternal ou mamilar não conseguirem fazer o paciente abrir o olho, ele está em coma. Se você fizer um estímulo doloroso no paciente e ele não abrir o olho é COMA, o IPC é a abertura ocular, descartando situais como miastenia gravis, síndrome do locked-in 4 ⤷ Normal: o Tamanho iguais, 3-4 mm e que com a estimulação elas promovem miose, redução em 2-3mm ⤷ Alteração cortical difusa/ diencefálica o O paciente vai apresentar pupilas de tamanho menores do que os normais, porém eles são responsivos a estimulação ⤷ Lesão mesencefálica pré-tectal o Pupila dilatada e arreativa, não responde a fotoestimulação o Pupila uncal: unilateral, tipicamente associada a uma hemiparesia contralateral e ela representa herniação transtentorial inferior do uncus ▪ Esses casos necessitam de ação rápida, TC rapidamente e provavelmente o paciente irá precisar de uma cirurgia para descompressão ⤷ Lesão mesencefálica tegmental o Pupilas de tamanho médio (4mm) e é arreativa ⤷ Pontina o É a menor de todas as pupilas, são pupilas puntiformes o Ela responde a luz, mas é necessário uso de lupas o Pode ocorrer também por algumas intoxicações Padrão ventilatório ⤷ Respiração normal: o Tempo: 1 ins: 2-3 exp ⤷ Kussmaul: o Apresenta tempo total de respiração normal, só que com inspirações profundas o Fala a favor de acidose metabólica ⤷ Cheyne-Stokes: o Gradação da ventilação, paciente faz apneia ⤏ incursão lenta ⤏ se torna profunda ⤏ vai diminuindo ⤏ apneia o Há integridade do tronco encefálico o Lesão cortical bilateral ou diencefálica, alterações metabólicas, ICC ⤷ Hiperventilação neurogênica central o FR aumentada, amplitude está normal o Lesão mesencefálica, encefalopatias metabólicas ▪ Não é um sinal tão característico de lesão mesencefálica o Ansiogênica, psicogênica (desaparece no sono) o HSA, meningite ⤷ Apnêutica o Ponte alta: infarto pontino devido a oclusao de basilar o Tipo mais comum de ventilação em lesão de ponte ⤷ Irregular/ Biot/ em salvas A resposta vai sempre existir, exceto nas lesões mesencefálicas, exceto quando há lesões na altura do mesencéfalo ou do III nervo craniano 5 o Ponte baixa ou bulbo (junção bulbopontina) o Pré-terminal Resposta óculo-vestibular ⤷ Excluir trauma cervical ⤏ manobras oculocefálicas ⤷ Excluir trauma timpânico ⤏ manobras calóricas ⤷ Abertura ocular na posição neutra o Leve exoforia é comum, os olhos estão relaxados, porém é esperado que isso seja bilateral, pois se existir exoforia em apenas um olho ⤏ lesão focal o Movimentos lentos horizontais ⤏ roving ocular ⤏ metabólico o Movimentos espontâneos localizatórios de lesão pontina ⤏ bobbing ocular ▪ Nesse caso o paciente não está em coma, ele está com a abertura ocular espontânea o Movimentos espontâneos localizatórios de lesão pontina ⤏ nistagmo em gangorra ⤏ movimentos dissociados na vertical ▪ Nesse caso o paciente está em coma ⤷ Manobra oculocefálica o Manobra dos olhos de boneca o O normal nos pacientes em coma é que quando você faz os movimentos o olho fica parado o VIII nervo craniano + mm motricidade ocular extrínseca ⤷ Manobra vestíbulo-ocular o 30° da cama o Fazer uma otoscopia antes o Nosso aparelho vestibular funciona de forma tônica, então os 2 lados estão funcionando, mesmo que minha cabeça esteja parada os meus canais semicirculares eles estão trabalhando de forma pulsátil. Esse canal semicircular da minha D empurra a minha cabeça, os meus olhos e o meu corpo para o lado E. E o canal semicircular E empurram a minha cabeça, os meus olhos e o meu corpo para a D. Como os 2 estão funcionando em igual intensidade, os vetores se anulam e eu fico localizado na linha média, o meu olhar, cabeça e meu corpo fica na linha média. o Quando a gente injeta algum líquido, em qualquer um dos condutos auditivos- em que a gente já excluiu trauma timpânico- a depender da temperatura desse líquido a gente pode estimular para mais ou para menos os canais semicirculares daquele lado. o Então, se eu injetar água fria eu vou reduzir a pulsatilidade dos canais semicirculares daquele lado, um lado vai ficar bem menos que o outro e eu vou ter um desvio do meu olho em direção à água fria e como a minha visão para estar preservada eu faço um nistagmo, uma batida rápida contralateral. O nistagmo bate contra o estímulo da água fria o Quando eu coloco água quente eu estímulo ainda mais o lado que eu estou injetando água e então o que vai ganhar os vetores vai ser para o lado oposto e o meu olho vai ser desviado para o lado oposto fazendo uma saca de corretiva, ou seja, o nistagmo bate na direção da água quente ⤷ Se eu faço estímulo com água fria e ocorre um desvio tônico do olhar para o lado da água fria, ou seja, não gerou um nistagmo a minha interpretação é de que o aparelho visual está com déficit e o aparelho visual faz parte daquela estrutura cortical, então eu vou deduzir quando eu tenho um desvio tônico do olhar sem nistagmo que existe uma alteração cortical difusa, podendo ser metabólica ou cortical difusa. ⤷ Quando fizer um estímulo com a água quente e houver um desvio tônico do olhar contralateral a água quente, então eu vou supor a mesma coisa, o problema é cortical difuso. ⤷ Agora se eu já tenho um desvio espontaneamente do olhar para um dos lados e quer eu coloque água fria/quente daquele lado não ocorre nenhuma mudança, obviamente eu vou pensar: o sistema vestibular desse lado não está funcionando e o do outro está, provavelmente a lesão é ao nível do aparelho vestibular, portanto na ponte daquele mesmo lado Fria 6 ⤷ Então a manobra vestíbulo-ocular e óculo-cefálica elas são muito importantes, pois se a gente encontra uma paresia ou um déficit relacionado ao III ou IV ou VI ou VIII nervos cranianos, eu posso localizar a lesão no mesencéfalo (III ou IV) ou lesão na ponte (VI ou VIII) ⤷ E ainda na lesão corticaldifusa pode ocorrer a ausência do nistagmo e apenas o desvio tônico do olhar ⤷ Exame de fundo de olho: o Papiledema ⤏ hipertensão intracraniana Glasgow Etiologia ⤷ Tóxico/ metabólicas o Distúrbios eletrolíticos (hipo/hipernatremia, calcemia) o Endócrino (hipoglicemia, cetoacidose diabética) o Vascular não estrutural (vasculite,encefalopatia hipertensiva) o Tóxicos (álcool, overdose) o Infecção/inflamação (sepse, meningite) o Neoplásica não estrutural o Nutricional (encefalopatia de Wernick diminuição de B1) o Falência orgânica o Epilepsia ⤷ Estruturais o Vascular o Infeccioso o Neoplásico o Trauma o Herniação Tratamento ⤷ ABC ⤷ Intubação orotraqueal o Glasgow ≤ 8 = IOT ⤷ Identificar causa do coma o Glicemia, hemograma, culturas, toxicológico, PCR, Na, K, Ca, ureia, creatinina, TGO, TGP, Bb, PTN, gasometria arterial, troponinas, CPK, CK- MB, ECG, Rx, LCR, EEG, TC, RM de crânio ⤷ Acesso venoso- hidratação, coleta de sangue para testes laboratoriais ⤷ Glicose o 50%: o ideal é fazer glicosimetria ⤷ Acompanhar evolução seriadamente (ECG) ⤷ UTI ⤷ Antídto: o Naloxone 0,4 mg (overdose por narcóticos 1 ampola IV) o Flumazenil (overdose por benzodiazepínico) ⤷ Deficiência nutricional grave: o Tiamina 500mg 2x/dia IV ou IM 3dias ⤷ Herniação: o Ventilação mecânica otimizada, manitol, não realizar punção lombar ⤷ Suspeita de meningite: o TC de crânio, punção lombar, iniciar ATB ⤷ Convulsão/ status epiléptico: o Diazepam 5-10mg, midalozam 0,1mg/kg, hidantoína, fenobarbital A pontuação estando ≤ 8 é considerado coma. Porém essa não é a forma correta de considerar coma no paciente! A forma correta é fazendo estímulo doloroso e ele não abrir os olhos Lesões irritativas do hipotálamo (estruturas simpáticas e parassimpáticas) são muito possíveis de causar arritmias
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