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ATIVIDADE AVALIATIVA _ MEMÓRIAS LITERÁRIAS

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VERIFICAÇÃO DE APRENDIZADO – 1ª ATIVIDADE
Querido(a) aluno(a), hoje vamos estudar um texto que faz parte do livro A menina que fez a América, da escritora Ilka Brunhilde Laurito. Leia-o com muita atenção e depois resolva as situações de aprendizagem propostas. Bom trabalho! 
Vou contar...
Minha história começa muitos e muitos anos atrás. 
Atrás de onde?, podem perguntar vocês. E eu responderei: atrás de hoje. Ontem. Antes de anteontem. Longe, na minha memória: lá é o tempo e o espaço da minha história. 
Eu vou morrer um dia, porque tudo o que nasce também morre: bicho, planta, mulher, homem. Mas histórias podem durar depois de nós. Basta que sejam postas em folhas de papel e que suas letras mortas sejam ressuscitadas por olhos que saibam ler. 
Por isso, aqui está para vocês o papel da minha história: uma vida-menina para as meninas dos seus olhos.
Vou contar... 
 	Eu nasci no ano de 1890, numa pequena aldeia da Calábria, ao sul da Itália. E onde fica a Itália?… É só olhar um mapa da Europa e procurar uma terra em forma de bota, que dá um pontapé no Mar Mediterrâneo e um chute de calcanhar no Mar Adriático.
 	É lá.
 	Lá, nessa terra entre mares, foi que eu nasci num dia de inverno, quando as flores silvestres que perfumavam o ar puro dos campos da minha aldeia estavam à espera do florescer da primavera. 
Saracena: este era o nome do lugar pequenino onde nasci. 
Eu disse “era”, embora o lugar ainda existia e tenha crescido, como eu também cresci. Mas como nunca mais voltei para lá, acho que não pode ser mais o mesmo que conheci e onde vivi até os dez anos de idade. A Saracena de 1890 era aquela sem a comunicação do telefone, os sons do rádio e as imagens da televisão nas casas; sem o eco dos carros e das motocicletas nas estradas ou o ronco dos aviões sobre telhados. A música que andava no ar, nos tempos da minha infância, vinha do canto dos pássaros, do chiar das rodas das carroças, das batidas dos cascos dos cavalos, do burburinho do riso das crianças e do lamento dos sinos das igrejas. Essa era a voz da terra onde começava a minha vida e terminava o meu mundo.
Nunca cheguei a conhecer meu pai, Domenico Gallo. Só em retrato: um homem alto, bonito, de finos bigodes. Dizem que ele ficou muito feliz quando eu e meu irmãozinho Caetano nascemos. Ah, esqueci de dizer que meu nome é Fortunata e que, quando menina, me chamavam de Fortunatella.
Atenção!
 Silvestre: selvagem, que nasce sem precisar ser cultivado/ Aldeia: povoado, vila, como Santana do Urucuri. 
Atividades
1- O texto que você acabou de ler, apresenta a história de uma menina que, aos doze anos de idade, mudou-se da Itália para o Brasil. Como você já deve ter percebido, trata-se de um texto pertencente ao gênero memórias literárias e foi escrito baseado nos fatos vividos por outra pessoa e, depois, contados para a autora. Pensando nisso, assinale a alternativa que melhor se aplica ao texto Vou contar...: 
( ) Apresenta histórias da mesma forma como foram contadas, repetindo exatamente o que foi dito. 
( ) São acontecimentos, pessoas, sentimentos e lugares resgatados lá do fundo da memória da autora e apresentados a partir da imaginação dela que permite tornar a história mais interessante. 
( ) As histórias narradas no texto não se referem a nenhum elemento real, sendo todos os fatos inventados.
2- Como já estudamos em atividades anteriores, os fatos narrados nas memórias literárias são sempre feitos por um narrador. Sobre o narrador do texto Vou contar..., pode-se afirmar que: 
( ) Trata-se de um narrador em 3ª pessoa, pois conta como se estivesse de fora da história, colocando-se como observador de uma história que se passou com outra pessoa. 
( ) Trata-se de um narrador em 1ª pessoa, pois o narrador está dentro da história, contando os fatos a partir do entendimento dele e utilizando pronomes e verbos na primeira pessoa (“Eu disse...”/ “Eu nasci....”).
( ) Não é possível identificar o narrador porque não há presença de pronomes e verbos no texto. 
3- O texto começa como se houvesse um diálogo, uma conversa Veja: Minha história começa muitos e muitos anos atrás. Atrás de onde?, podem perguntar vocês. E eu responderei: atrás de hoje. Repare na parte sublinhada como a autora introduz algo parecido com a fala de personagens e a voz do narrador. Considerando esse trecho do diálogo, podemos dizer que ele tem no texto a função de: 
( ) Provocar distanciamento do leitor em relação à história contada. 
( ) Somente fazer parte do texto, sem acrescentar nada. 
( ) Provocar aproximação o leitor em relação a quem conta a história, facilitando a leitura. 
4- Quase no início do texto, a autora demonstra uma diferença entre plantas, homens, bichos, mulheres e histórias. Tendo em vista o assunto das memórias literárias, é possível concluir que: 
( ) Todas as coisas que existem um dia morrerão, a exemplo das histórias escritas e lidas pelas pessoas. 
( ) Tudo que é vivo um dia morrerá, menos as histórias/memórias literárias que, se escritas no papel, podem dar vida à imaginação do leitor. 
( ) A escrita é morta e nunca poderá despertar a imaginação do leitor. Só o que é vivo desperta a imaginação.

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