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ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR A articulação temporomandibular (ATM) é sinovial do tipo gínglimo, que permite o deslizamento (translação) e um pequeno grau de rotação (giro), além dos movimentos de flexão (elevação) e extensão (abaixamento) típicos das articulações do tipo gínglimo. As faces articulares ósseas participantes são a fossa mandibular e o tubérculo articular do temporal superiormente, e a cabeça da mandíbula inferiormente. A frouxa membrana fibrosa da cápsula articular se fixa às margens da cartilagem articular no temporal e ao redor do colo da mandíbula. As duas faces articulares ósseas são totalmente separadas por fibrocartilagem interposta, o disco articular da ATM, fixado em sua periferia à face interna da cápsula fibrosa. Isso cria cavidades articulares, ou compartimentos, superior e inferior separadas, revestidas por membranas sinoviais superior e inferior separadas. Os movimentos deslizantes de protrusão e retrusão (translação) ocorrem entre o temporal e o disco articular (cavidade superior); os movimentos de dobradiça de depressão e elevação e os movimentos de rotação ou giro ocorrem no compartimento inferior. Uma parte espessada da cápsula articular forma o ligamento lateral intrínseco da ATM , que reforça a articulação lateralmente e, com o tubérculo pós-glenoidal, evita a luxação posterior da articulação. Dois ligamentos extrínsecos e o ligamento lateral unem a mandíbula ao crânio. O ligamento estilomandibular que, na verdade, é um espessamento da cápsula fibrosa da glândula parótida, segue do processo estiloide até o ângulo da mandíbula. Não contribui significativamente para a força da articulação. O ligamento esfenomandibular segue da espinha do esfenoide até a língula da mandíbula. É o principal responsável pela sustentação passiva da mandíbula, embora o tônus dos músculos da mastigação geralmente sustente o peso da mandíbula. Entretanto, os ligamentos esfenomandibulares atuam como uma “dobradiça oscilante” para a mandíbula, servindo como fulcro e como ligamento controlador para os movimentos da mandíbula nas ATM. Quando a boca está fechada e em repouso, as cabeças da mandíbula são mantidas na posição retraída nas fossas mandibulares, e o queixo é elevado pelo tônus dos músculos retratores e elevadores da mandíbula. Ao dormir na posição de decúbito dorsal ou sentada (cabeça levantada), no início do estado de sono profundo a contração tônica relaxa e a gravidade causa a depressão da mandíbula (a boca se abre). Para permitir mais do que um pequeno grau de depressão da mandíbula — isto é, para abrir mais a boca além de apenas separar os dentes superiores e inferiores — a cabeça da mandíbula e o disco articular devem movimentar-se anteriormente sobre a face articular até que a cabeça da mandíbula esteja situada inferiormente ao tubérculo articular (um movimento designado como “translação” pelos dentistas). Quando isso ocorre sem depressão, há protrusão do queixo. Na maioria das vezes há depressão da mandíbula (a boca é aberta), pois a cabeça da mandíbula e o disco articular deslizam em direção ao tubérculo articular, e a depressão completa só é possível quando há protração completa das cabeças e dos discos. Se a protração da cabeça e do disco for unilateral, a cabeça contralateral gira (em torno de um eixo) sobre a face inferior do disco articular na posição retraída, permitindo movimentos simples de mastigação laterolateral ou movimento de rangido de pequena amplitude. Durante a protrusão e a retração da mandíbula, a cabeça e o disco articular deslizam anterior e posteriormente sobre a face articular do temporal, com os dois lados movendo-se juntos.
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