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FICHAMENTO CAP 19 DALGALARRONDO

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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA/JF
	
	
	Pró Reitoria Acadêmica – Direção Acadêmica
	
	
	Curso: Psicologia
	
	
	Professor: Laís Lage de Carvalho
	
	
	Alunas: Alessandra Ferraz Andrade Silva
Jayne Barbosa Dos Santos
Larissa Cristina Marques Novo
Lizandra Martins Affonso
Simone Bosich Rezende
	
	
Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. DALGALARRONDO. P 
 2000. Porto Alegre: Artmed.
	
Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais
O juízo de realidade e suas alterações (o delírio)
Este capítulo tem como objetivo definir de realidade e suas alterações. O termo juízo esta associado ao termo julgar, esta capacidade que serve para discernir estímulos seja para sobrevivência ou para atividades mentais cotidianas, as alterações de juízo são aquelas que dizem do pensamento.
O Ajuizar
*Produzir juízos
*Afirmação da relação com o mundo
*Discernimento: verdade x erro
*Percepção de objetivo no ambiente
*Percepção de qualidade (juízo valor)
*Envolve subjetividade
*Determinantes: social /cultura
*Juízos falsos: Patológicos /não patológica
Delírio:
Pode ser caracterizado como um juízo de falso julgamento da realidade, porém nem todo juízo falso é patológico. Os tipos mais comuns não determinados por transtornos mentais são os preconceitos, as crenças culturalmente sancionadas, as superstições e as chamadas ideias prevalentes.
O Delírio origina-se de um transtorno mental (doença mental) convicção plena (extraordinária) impossibilidade de alteração pela experiência objetiva irremovível.
Delírio de produção se associa em relação cultura e história do paciente,
Delírio Primário e Secundário:
Primário (ideias delirantes) não deveria de nenhum outro evento e é psicologicamente incompreensível. O Delírio (ideias deliróides), se diferencia do primeiro por ser decorrente de outras áreas da atividade mental, sendo produto de condições rastreáveis e compreensíveis como, por exemplo o delírio de ruina ou culpa que vem de um estado de depressão grave. 
Alterações patológicas do juízo:
Ideias prevalentes ou sobre sobrevaloradas (Ideia errôneas por superestimação afetiva) alteração patológica e não patológica. Erro simples origina-se da ignorância, do julgar apressado e do raciocínio baseado em premissas falsas.
Patológicas:
São juízos patologicamente falseados.
Primário: não tem raízes anteriores na experiência psíquica, uma transformação qualitativa.
Secundário: se origina de alterações profundas em outras áreas da atividade mental.
Dimensões do Delírio (Indicadores da gravidade)
Grau de convicção
Mais intensa: esquizofrenia
Menos intensa: psicoses reativas breves e transtornos do humor com sintomas psicóticos de extensão:
Maior Extensão: esquizofrenia
Menores Depressões: psicótica, transtornar delirantes e psicoses reativas breves.
Estrutura de Delírio:
Delírios simples (monotemático) Delírios complexos (pluritemáticos) Delírios não sistematizados.
Delírios sistematizados:
Relação entre alteração do humor e temática delirante é os congruentes e incongruentes.
OMS 1999 E APA 2002: Classificam delírios em congruentes e não congruentes com o humor.
Delírio Humor Congruente:
Depressão com temática desculpa, de ruina, mania de grandeza, poder e religiosidade.
 Delírio Humor Não–Congruentes:
Depressão psicótica com delírio de perseguição, mania com delírio de controle ou influencia, parece implicar e piorar evolução clinica.
 Estruturas de Delírios:
Na estrutura de delírios temos o simples, os complexos – pluritemáticos os não sistematizados (baixo nível) e o delírio sistematizados (intelectualmente desenvolvidos).
Estado pra delirantes:
Esses delírios em geral surgem após período pré -delirante, denominado Pré delirante. 
O Humor delirante para quando o paciente configura o delírio. 
O Paciente experimenta: aflição e ansiedade intensas sentem como se algo terrível estivesse por acontecer, mas não sabe exatamente oque ,da uma sensação de fim do mundo ,de estranheza radical que esse estado pode durar horas ou dias.
O Humor delirante cessa quando o paciente configura o delírio, isto é, quando descobre como se fosse por uma revelação inexplicável.
Consolidação:
Depois de certo tempo do início de um processo psicótico, várias desorganizações e reorganizações psíquicas, acontecem á estabilização.
A partir deste ponto, o sujeito pode conseguir elaborar intelectualmente em torno do sintoma psicótico, do delírio e a partir de características da própria personalidade do sujeito, defesas neuróticas começam a se apresentar.
Exemplo: “Estão me observando, está tomando conta de mim o tempo todo, mas pelo menos me deixaram em paz”.
Os mecanismos constitutivos do delírio:
Existem diversos fatores e experiências subjetivas e objetivas que podem constituir um delírio. Nos sintomas psicóticos podem ser constituídos por fatores cerebrais, psicológicos, afetivos, da personalidade pré-mórbida do sujeito e socioculturais, ou seja, são fatores multifatoriais.
O delírio é uma tentativa de o sujeito reorganizar o seu psiquismo. O aparelho psíquico se esforça e entende que precisa lidar com esta desestruturação que o delírio traz.
O delírio é um sintoma que vem para proteger a excitação extrema do psiquismo do sujeito e com isso, o delírio é uma defesa do ego lidar com a carga intensa de sofrimento psíquico.
A psicopatologia ainda não tem evidências relativas á etiofisiopatologia ou a psicogênese do delírio.
O delírio nasce de uma multiplicidade de fatores complexos que compromete o psiquismo como um todo.
Mecanismos formadores do delírio:
Delírio interpretativo ou interpretação delirante.
A atividade interpretativa é um mecanismo que, de forma geral, está na base constituinte de todos os delírios.
O delírio interpretativo segue uma lógica, ou seja, é uma interpretação delirante, mas pode estar relacionada com um tipo de acontecimento que são verossímeis.
Exemplo: O sujeito pode ter vivenciado uma situação traumática e recalcou e quando algo da realidade atual do sujeito aparece como gatilho, isso poderá lhe despertar emoções negativas e excitações psíquicas intensas, e ele não consegue identificar este gatilho, não consegue interpretar e aí, o delírio pode surgir como defesa.
Delírio imaginativo:
A imaginação está presente também na constituição na maior parte dos delírios.
O sujeito usa o imaginário de um determinado fato ou acontecimento e vai interpretando e construindo o seu delírio a partir do imaginário.
 Mecanismos de manutenção do delírio:
A manutenção do delírio, além de fatores biológicos, psicológicos e sociais, também se dá pela estabilização e permanência do delírio. Ao longo do tempo, alguns fatores pode viabilizá-los e tem alguns critérios:
A inércia: A inércia de mudar as próprias ideias continua com os mesmos conteúdos.
A pobreza de comunicação: Isso gera uma dificuldade na relação interpessoal do sujeito, gerando agressividade, falta de contato, isolamento social. O sujeito fica empobrecido afetivamente.
Este comportamento agressivo que é um dos sintomas do delírio acaba se transformando em um delírio persecutório.
Este fator pode levar o sujeito a rejeitar o meio social e isso vai virando um círculo vicioso. Delírio persecutório= comportamento agressivo= rejeição social= reforço da ideia persecutória.
Delírios de perseguição ou delírios persecutórios:
O sujeito acredita que está sendo perseguido, se torna vítima de pessoas conhecidas ou não, acredita que todos querem lhe prejudicar. Acredita que está sendo envenenado, que alguém irá matá-lo. 
Delírios e mecanismo de projeção:
Um mecanismo psicológico particularmente importante na formação dos delírios persecutórios e de referência.
Freud, já em 1911, escreve sobre este mecanismo de defesa do ego. O sujeito projeta partes de conteúdos inconscientes que não são inaceitáveis do sujeito e ele o projeta nas pessoas ou em certas situações do mundo externo, como medos, conflitos, ódio e etc...
Delírio de ciúmes: 
O sujeito acredita que está sendo traído de forma vil e cruel pelo seu parceiro (a), mas nem todo ciúme excessivo pode ser considerado um delírio.O sujeito com crise de delírio de ciúme pode chagar a cometer crimes passionais.
No sujeito alcoolista que pode desencadear um surto psicótico, o delírio de ciúmes poderá estar presente.
Não existe uma teoria apenas que explique satisfatoriamente a etiologia dos delírios.
Psicanaliticamente e psicodinamicamente, existem hipóteses e causas para o delírio.
Freud escreveu sobre projeção e delírio, mas foi Lacan que estudou mais as estruturas da psicose. Lacan formulou que o delírio se implica na tentativa de autocura, ou seja, o delírio seria um sintoma positivo da psicose. O sujeito delira para enfrentar o vazio que seria preenchido por construções delirantes substitutivas.
Modelo Básico do Freud:
Esse modelo básico do Freud foi dividido em três etapas:
1° Eu (um homem) tem muito amor por aquele homem (conteúdo do inconsciente).
2° Eu odeio aquele homem (alterações afetivas do inconsciente entre amor e ódio).
3° Aquele homem me odeia (um projeto criado também dentro do inconsciente, de impulsos inconscientes a cerca de objetos externos, ligado ao EU, produzindo conteúdo consciente.
Teoria da Hostilidade:
Essa teoria foi realizada pelo Swanson; Bohnert; Smith em 1920, onde tem como foco falar a cerca das duas últimas etapas do modelo básico freudiana, discorre sobre sujeitos delirantes paranóides que idealiza de forma inconscientemente o seu ódio ou uma hostilidade intensa nos outros. A partir daí passariam a vivenciar o sentimento de que estes o odeiam e querem destruí-los.
Teoria da Humilhação:
Essa teoria foi feita por Sullivan em 1965, onde ele faz uma projeção sobre autoacusações em outras pessoas, ou seja, quando o sujeito acaba transferindo a sua acusação de inferioridade pessoal para fora de seu EU, o que quer dizer que não é mais o paciente que se acusa da inferioridade , mas sim os outros que o acusam, acaba sendo um componente importante da ideação delirante de perseguição.
Sobre as Hipóteses causais e Modelos existenciais: 
É focado na existência humana, no aspecto existencial, o delírio vem de forma, como um profundo distúrbio do encontro com o corpo humano. Binswanger em 1949, fala que o delirante é a estrutura da sua existência, do seu estar no mundo que se transforma. As hipóteses causais e os modelos cognitivos discorre um pouco sobre o ganho relevante a respeito dentro do modelo cognitivo, esse ganho relevante esta relacionada ao debate da ciência cientifica internacional.
Principais modelos cognitivos:
1- Experiência anômala:
É quando o sujeito já teve vivencias estranhas como; ilusão, alucinações sensoriais, acabou atribuindo significado delirante a tais vivencias.
2- Vieses atencionais:
É o nome dado quando pessoas que apresentam, por exemplo; delírio de perseguição, acaba tendo a tendência de se ter esse delírio de perseguição novamente.
3- Vieses atributivos:
Nesse modelo discorre sobre os delírios onde este vinculado a processos que são distorcidos de atribuição de causas, atos e intenções.
4- Viés tipo salta para conclusões:
Hemsley e Garety em 1986 utilizaram o teorema onde fala que a confiança do indivíduo em uma crença corrente deve-se aumentar ou diminuir de acordo com o valor das novas evidencias obtidas.
5- Déficit na teoria da mente:
Discorre sobre a habilidade que o indivíduo tem de fazer a inferência no estado mental que seria; crenças, pensamentos e intenções, de outras pessoas para explicar os comportamentos dessas pessoas.
As Hipóteses causais e modelos neuropsicológicos:
Discorre resumidamente sobre o surgimento do delírio que surgem em transtornos mentais orgânicos, existe uma boa taxa de remissão da atividade delirante, por meio do uso de antipsicóticos.
Questões do diagnóstico diferencial do delírio:
Essas questões são divididas entre: ideias prevalentes e ideais delirantes. A diferenciação entre essas ideias prevalentes e delirantes são baseadas em observar indícios externos do delírio se estão ou não presentes.
Ideias obsessivas / ideias delirantes:
As ideais ou pensamentos obsessivos são considerada como ideais estranhas ou absurdas que são recorrentes e introduzidas de forma repetida. Já o delírio de uma forma geral falta á crítica do caráter absurdo em questão.
Delírio e Alucinação:
Na maioria dos casos é difícil afirmar que se trata de uma alucinação ou se trata de um delírio sobre algo voltado para a parte sensorial. Quando é sensorial, define-se como alucinação e quando é ideativa ou de caráter interpretativo é considerado como delírio.
Mitomania / Idéias delirantes:
A mitomania é definida como patológica a mentir, criar mitos de modo voluntário e consciente, o paciente que tem a mitomania começa a contar histórias longas e complicadas.
Mitomania maligna:
O indivíduo passa a inventar histórias sejam elas orais ou escritas que acaba criando fatos falsos e acaba divulgando para prejudicar alguém.
Mitomania vaidosa:
O sujeito em geral busca impressionar os outros para se promover.
Mitomania da criança:
É considerada menos patológica, pois expressa a inclinação natural e legendário.
A mitomania em adultos costuma ocorrer com mais frequência em transtornos de personalidade.
Pseudologia fantástica/ Idéias delirantes:
A pseudologia fantástica foi descrita pelo psiquiatra alemão A. Delbruck em 1891, como forma de mentira patológica, ela ocorre quando o sujeito mistura sua fantasia coma realidade.
As pessoas que tem a pseudologia fantástica tem ânsia pela estima dos outros, uma tendência á vida imaginativa intensa, a pseudologia fantástica pode ser tanto transitória quanto passageira.
	3- Citações:
"Uma opinião precipitada se transforma numa prevenção” (Paim, 1993)."
"Podem-se distinguir delírios místico-religiosos de crenças ou ideais religiosas intensas, sustentadas, às vezes, com considerável fanatismo, por meio dos seguintes elementos (Sims, 1995)." 
"Esse tipo de delírio ocorre em pacientes esquizofrênicos, deprimidos, no delirium tremes, em intoxicações por cocaína ou alucinógenos e em indivíduos obcecados pela higiene corporal (Sims, 1995)."
	4. Comentário e ideação: 
Nesse capitulo Dalgalarrondo fala sobre o juízo e suas alterações de delírio que é um transtorno mental podendo ser relacionado á cultura ou patologias do paciente.
Esse transtorno delirante é uma alteração de pensamentos, surgindo quando a pessoa acredita fortemente em uma ideia que não é verdade sustentada por uma forte convicção, outras características do delírio são os delírios primário e secundário, o primário é a ideia autentica uma profunda transformação da personalidade e o secundário são manifestações psíquicas patológicas ou depressões profundas.
Existem muitos tipos de delírios entre eles o de perseguição o mais comum, delírio do prejuízo á sensação de se sentir menosprezado, delírio da grandeza o doente acredita em ser muito rico, delírio dos ciúmes acredita fielmente que seu parceiro está mentindo, delírio da negação onde o paciente acredita que já morreu entre outros.
Os principais delírios de transtorno mental são esquizofrenia que pode ser primário e secundário, transtorno delirante mais conhecido como uma paranoia, transtorno de humor no caso de depressões. Podem ser agudos duração de horas ou dias ou crônicos com duração persistente por anos. Algumas ideias delirantes como crenças exageradas ou alucinações, percepções de coisas que não estão presentes ou sons é claro a diferença dos dois mais em alguns casos são difíceis de identificar. 
Mas na psicopatologia é essencial falar sobre delírio assim saberá como ter um olhar mais clinico dos sinais e sintomas de acordo com cada paciente identificando as classificações de cada doença para dar início ao tratamento adequado.

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