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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “ Julio de Mesquita Filho” Campus de Ourinhos “Planos de aula organizados durante a pandemia de COVID-19, pelos alunos da disciplina de Didática, do Curso de Geografia da UNESP, Câmpus de Ourinhos, ministrada pela professora Márcia Cristina de Oliveira Mello, no primeiro semestre de 2020. Destinados aos professores de Geografia das escolas de Ourinhos e região como parte integrante do Projeto de Extensão universitária da UNESP - EDUCA-GEO (2020)” Bolsistas: Leandro Bacili (maio a julho de 2020) João Luiz Cuani Junior (agosto a dezembro de 2020) Coordenação: Márcia Cristina de Oliveira Mello 1 Índice planos de aula – 2020 Nome Conteúdo Série Páginas Felipe Leme. Área de preservação permanente (APP’s) e qualidade ambiental 6ºano p. 3-10 Nathália Cristina Amorim Perspectiva cultural e demográfica do espaço geográfico 7ºano p. 11-16 Rayani Gonçalves Leal Floresti Recursos Naturais 7°ano p. 17-25 Gabrielly Oliveira Pinto Atividades Agropecuárias 7º ano p. 26-31 Alejandro Miguel Sampaio Ferraiuolo Multiplicidade Cultural 9º ano p. 32-34 Alene Fernandes Processos Geomorfológicos 9ºano p. 35-38 Nathália Cassia. Circuito de Produção. 1ºano p. 39-47 Bruno Segregação socioespacial 2ºano p. 48-51 Alisson Manoel da Silva Barbosa O mundo globalizado 2ºano p. 52-56 Amanda de Fátima Proença. Formação do Território brasileiro. 2ºano p. 57-74 Ana Luísa de Melo Antunes de Ávila Gênese Geoeconômica do Território: um recorte da cidade de Ourinhos 2ºano p. 75-79 Ana Beatriz Loche Redes e hierarquias urbanas 2ºano p. 80-87 2 Andrew Andolpho O Brasil Agrário 2ºano p. 88-93 Bianca Simões As cidades e o fenômeno da urbanização. 2ºano p. 94-97 Charles Emanuel B. Bortoti Território brasileiro – A cartografia da gênese do território 2ºano p. 98-101 Gabriel Teles Martins Biomas Brasileiros 2ºano p. 102-105 Ian Mateus Vieira Russo Introdução aos Ciclos Econômicos no Brasil 2ºano p. 106-112 Jéssica de Souza Borges A placa tectônica sul- americana e o modelo de relevo brasileiro 2ºano p. 113-119 Lucas Natã Machado Redes e Hierarquias Urbanas 2ºano p. 120-123 Mariana dos Santos Moreno A crise ambiental e o consumo 2ºano p. 124-132 Lucas Oliveira da Silva placas tectônicas e seus eventos climáticos 2ºano p. 133-137 Stefani Aparecida Peixoto de Goes Vieira Era Vargas 2ºano p. 138-141 Vitor Hugo de Almeida Celli O movimento sindical e suas ações territoriais 2ºano p. 142-148 Vitória Brandão Vilar Cunha Formação do território brasileiro 2ºano p. 149-154 Josy Carla dos Santos Oficina Tinta de Terra 3ºano p. 155-162 3 PLANO DE AULA NA PERSPECTIVA HISTÓRICO-CRÍTICA (GASPARIN, 2002) Dados de identificação Escola: Professor: Felipe Leme. Disciplina: Geografia. Tema: Área de preservação permanente (APP’s) e qualidade ambiental. Série: 6º ano do ensino fundamental. Duração: 04 aulas 1.Prática social inicial Conteúdos: -Crise ambiental e seus fatores. -Biodiversidade. -Relação homem natureza. Objetivo geral: Entender a importância das áreas de preservação permanente para a manutenção do ecossistema, analisando o papel do homem como agente principal, positivo e negativo. Objetivos específicos: Observar os comportamentos de uma bacia hidrográfica alterado por fatores de ordem natural ou antropogênicos. Conhecer as normas gerais sobre a Proteção da Vegetação Nativa. Apesar de as APPs serem definidas como áreas protegidas, existem APPs degradadas, desmatadas, e/ou indevidamente ocupadas. Esta situação compromete a qualidade e quantidade de água dos cursos d’água de muitas localidades. Vivência do conteúdo: O que os alunos já sabem: APP’s é mata ciliar? Elas protegem os rios do que? Mas demora muito pra formar uma APP? 2.Problematização Dimensões do conteúdo a serem abordadas: Conceitual/ Científica – De que forma a falta das APP’s comprometem nossos recursos naturais? Qual o resultado disso a curto e longo prazo? Social – Como a qualidade ambiental está colocada nos diferentes níveis sociais? 4 Histórica – Qual o processo histórico que levou a degradação das matas que protegem as águas? Econômica – Quais as dificuldades para se restaurar uma APP dentro dos grandes centros? Legal – Quais as leis que defendem as áreas de preservação permanentes? Você conhece alguma? Afetiva - Qual a nossa responsabilidade em cuidar dessas áreas, seja fazendo o reflorestamento ou mesmo mantendo a fauna e flora atual? 3.Instrumentalização (passo a passo da aula) Ações docentes - Projete, escreva no quadro ou fale para os alunos que a aula abordará questões relacionadas a Área de Preservação Permanente (APP) e qualidade ambiental. Comente com a turma que para garantir o volume e qualidade da água e da biodiversidade de um determinado local é importante avaliar e adequar a ocupação e uso do solo em Áreas de Preservação Permanente, as APP’s. Comente com os alunos que nesta aula eles analisarão situações hipotéticas de APPs. Apesar de as APPs serem definidas como áreas protegidas, existem APPs degradadas, desmatadas, e/ou indevidamente ocupadas. Esta é uma realidade e uma situação que compromete a qualidade e quantidade de água dos cursos d’água de muitas localidades. Ações discentes – Anotações sobre o entendimento à cerca do tema em questão, compreensão e internalização da importância das APP’s; atividades com música e documentário sobre o tema. Recursos didáticos: Projetor multimídia, música relacionada ao tema, notícia atual sobre o assunto e documentário mostrando uma realidade que não vemos. 4.Catarse - Expressão da síntese dos alunos (o que eles podem responder a partir das questões problematizadoras – coloque aqui todas as respostas das questões problematizadoras) As áreas em margens de corpos hídricos são de grande importância ambiental e urbanística por dois fatores: a) constituem-se em zonas dinâmicas da bacia hidrográfica, em termos hidrológicos e ecológicos, desempenhando importantes funções ambientais e b) ao longo da história se verifica que a proximidade à água orienta a estruturação das cidades, devido às múltiplas funções urbanas relacionadas a água. 5 Os rios nas cidades, possuem funções ambientais, sociais e os instrumentos legais direcionam o uso e ocupação das margens dos rios, nas áreas de preservação permanente – APP. O país necessita de medidas efetivas e eficazes para a proteção dos recursos hídricos, bem como todas as áreas de preservação permanente, não somente as matas ciliares. As áreas de preservação permanente são espaços territoriais especialmente protegidos, nos termos do artigo 225, inciso III, § 1º da CF/88, são partes intocáveis da propriedade, com rígidos limites de exploração, ou seja, não é permitida a exploração econômica direta. Porém, essas áreas, em especial as matas ciliares, são áreas que, por diversos motivos, despertam grande interesse de uso e exploração, sobretudo, devida à alta fertilidade do solo, regiões mais planas, a água que abrigam em seu interior, porém, tem- se informações de que a situação é precária. As áreas de preservação permanente foram criadas para proteger o ambiente natural, o que significa que não são áreas adaptadas para alterações ou uso da terra, necessitando estar coberta pela vegetação original. As vegetações nestas áreas irão atenuar a erosão do solo, regularização dos fluxos hídricos, redução do assoreamento dos cursos da água, etc. As áreas de preservação permanente (APP) destacam-se entre as florestas por sua função ecológica relevante para a manutenção e equilíbrio do meio ambiente. O homem aolongo da sua existência apropriou-se dos recursos naturais em detrimento das demais formas de vida e, através do trabalho, transformou os bens naturais em bens úteis para sua sobrevivência e conforto. As atividades da população humana, a explosão do crescimento demográfico humano, assim como o crescimento econômico dos países está degradando o meio ambiente a uma taxa acelerada. A diversidade biológica está sendo irreversivelmente diminuída através da extinção, à medida que os habitats são destruídos. E isso precisa mudar, uma vez que necessitamos de um meio ambiente equilibrado em todos os sentidos. Dessa forma, as situações como as margens dos cursos d´agua, nos entorno das nascentes, nas encostas, no topo de morros, montes e montanhas, nas restingas, onde a vegetação existente deve ser sempre preservada, todas com evidente finalidade de proteger os locais onde se encontram. 5.Prática social final Nova postura prática: intenções após a aula (o que você professor espera) 6 Espera-se que os alunos compreendam a importância das Áreas de Preservação Permanente e que ela está diretamente ligada a qualidade ambiental, que por sua vez pode ser relacionada as diferentes condições que encontramos no nosso território. 6.Referências: SANTOS, Juliano Boeck (et. al). Avaliação da adequação da ocupação do solo em áreas de preservação permanente (APPs). Irriga, vol. 19, n.2, 2014. Disponível em: <http://200.145.140.50/index.php/irriga/article/view/964>. Acesso em: 15 jun 2020. Área de Preservação Permanente. EMBRAPA. Disponível em: <https://www.embrapa.br/codigo-florestal/entenda-o-codigo-florestal/area-de- preservacao-permanente>. Acesso em: 15 jun 2020. YouTube. Documentário Área de Preservação Permanente. 2018, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=kbigA4fXw-k. >. Acesso em: 15 jun 2020. G1 - O portal de notícias da Globo. Mancha escura no rio Tietê é resultado do acúmulo de resíduos após chuva na Região Metropolitana de São Paulo, diz Cetesb. 09/06/2020. Disponível em: https://g1.globo.com/sp/sorocaba-jundiai/noticia/2020/06/09/mancha- escura-no-rio-tiete-e-resultado-do-acumulo-de-residuos-apos-chuva-na-regiao- metropolitana-de-sao-paulo-diz-cetesb.ghtml. >. Acesso em: 15 jun 2020. YouTube. Guilherme Arantes - Planeta Água (videoclipe colaborativo). 2014, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=sMgCgImKCKw. Acesso em: 15 jun 2020 Anexos: Planeta Água Guilherme Arantes Água que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotão Água que faz inocente riacho E deságua na corrente do ribeirão http://200.145.140.50/index.php/irriga/article/view/964 https://www.embrapa.br/codigo-florestal/entenda-o-codigo-florestal/area-de-preservacao-permanente https://www.embrapa.br/codigo-florestal/entenda-o-codigo-florestal/area-de-preservacao-permanente https://www.youtube.com/watch?v=kbigA4fXw-k https://g1.globo.com/sp/sorocaba-jundiai/noticia/2020/06/09/mancha-escura-no-rio-tiete-e-resultado-do-acumulo-de-residuos-apos-chuva-na-regiao-metropolitana-de-sao-paulo-diz-cetesb.ghtml https://g1.globo.com/sp/sorocaba-jundiai/noticia/2020/06/09/mancha-escura-no-rio-tiete-e-resultado-do-acumulo-de-residuos-apos-chuva-na-regiao-metropolitana-de-sao-paulo-diz-cetesb.ghtml https://g1.globo.com/sp/sorocaba-jundiai/noticia/2020/06/09/mancha-escura-no-rio-tiete-e-resultado-do-acumulo-de-residuos-apos-chuva-na-regiao-metropolitana-de-sao-paulo-diz-cetesb.ghtml https://www.youtube.com/watch?v=sMgCgImKCKw https://www.letras.mus.br/guilherme-arantes/ 7 Águas escuras dos rios Que levam a fertilidade ao sertão Águas que banham aldeias E matam a sede da população Águas que caem das pedras No véu das cascatas, ronco de trovão E depois dormem tranquilas No leito dos lagos No leito dos lagos Água dos igarapés Onde Iara, a mãe d'água É misteriosa canção Água que o sol evapora Pro céu vai embora Virar nuvens de algodão Gotas de água da chuva Alegre arco-íris sobre a plantação Gotas de água da chuva Tão tristes, são lágrimas na inundação Águas que movem moinhos São as mesmas águas que encharcam o chão E sempre voltam humildes Pro fundo da terra Pro fundo da terra Terra! Planeta Água Terra! Planeta Água Terra! Planeta Água 8 Água que nasce na fonte serena do mundo E que abre um profundo grotão Água que faz inocente riacho E deságua na corrente do ribeirão Águas escuras dos rios Que levam a fertilidade ao sertão Águas que banham aldeias E matam a sede da população Águas que movem moinhos São as mesmas águas que encharcam o chão E sempre voltam humildes Pro fundo da terra Pro fundo da terra Terra! Planeta Água (6x) Mancha escura no rio Tietê é resultado do acúmulo de resíduos após chuva na Região Metropolitana de São Paulo, diz Cetesb. Segundo moradores de Salto, peixes foram vistos agonizando nesta segunda-feira (8). Cetesb fez vistoria no local e analisou mancha que chamou atenção. Por G1 Sorocaba e Jundiaí 09/06/2020 17h02 Atualizado há 5 dias 9 Mancha no rio Tietê chama atenção em Salto — Foto: Arquivo Pessoal A Cetesb informou nesta terça-feira (9) que realizou vistoria no Rio Tietê, na região de Salto e próximo à capital, após uma mancha escura chamar atenção dos moradores. Equipes foram até o local e constataram que os resíduos que se acumularam no rio, ao longo da região de Sorocaba, tiveram origem na Região Metropolitana de São Paulo. Segundo a companhia, no dia 6 de junho, uma chuva de 20 mm, depois de 82 dias sem precipitações fortes, motivou o acúmulo de materiais nos remansos dos rios e córregos da Grande São Paulo para a região de Salto. Na segunda-feira (8), a mancha chamou a atenção dos moradores da cidade, que enviaram algumas imagens à TV TEM. Segundo eles, foi possível até ver alguns peixes agonizando no local. A Secretaria de Meio Ambiente de Salto informou que está acompanhando a situação. https://g1.globo.com/sp/sorocaba-jundiai/noticia/2020/06/08/mancha-escura-no-rio-tiete-chama-atencao-em-salto.ghtml https://g1.globo.com/sp/sorocaba-jundiai/noticia/2020/06/08/mancha-escura-no-rio-tiete-chama-atencao-em-salto.ghtml 10 Documentário Título: Área de preservação permanente. Autor: Roberto Spínola. Data: 30 de Setembro de 2018. Local: Nascente do Rio Jiquiriçá – BA. Duração: 18:54 minutos. O documentário apresenta uma avaliação dos impactos negativos gerados pelo desmatamento de áreas de preservação permanente na nascente do Rio Jiquiriçá nas comunidades. O documentário realizou entrevistas aos moradores dessas comunidades e os resultados obtidos mostraram-se que a APP se encontra degradada em função da ação antrópica, como: expansão de áreas de pastagem, desmatamento de limites não tolerados pelo Código Florestal Brasileiro; poluição rio; assoreamento do rio; destruição do solo e a contaminação das águas. Acerca disso, requer políticas públicas de planejamento, fiscalização e recuperação, das áreas degradadas seguindo as normas legais. https://www.youtube.com/watch?v=kbigA4fXw-k https://www.youtube.com/watch?v=kbigA4fXw-k 11 PLANO DE AULA NA PERSPECTIVA HISTÓRICO-CRÍTICA (GASPARIN, 2002) Dados de identificação Professor: Nathália Cristina Amorim Disciplina: Geografia Tema: Perspectiva cultural e demográfica do espaço geográfico Série: 7º ano do Ensino Fundamental Duração: 4 aulas (50 minutos cada) 1. Prática social inicial Conteúdos: 1.1 A distribuição espacial da população afrodescendente no Brasil; 1.2 O movimento do povo africano no tempo e no espaço; 1.3 Questões relativas ao trabalho e a renda; 1.4 A colonização da África pelos europeus; 1.5 A origem dos grupos étnicos que foram trazidos para o Brasil (a rota da escravidão); 1.6 A política de imigração e a teoria do embranquecimento no mundo; 1.7 Localização no mapa e pesquisasobre a atualidade de alguns países (como vivem, população, idioma, economia, cultura, história, música, religião); Objetivo geral: possibilitar que os alunos descubram as regiões do Brasil onde as manifestações culturais afro-brasileiras estão presentes e são preservadas Objetivos específicos: Reconhecer a importância do legado histórico-cultural africano para a humanidade em geral e para o Brasil particularmente; Analisar aspectos demográficos da afrodescendência no Brasil; Discutir o preconceito nem sempre claro nas relações sociais, principalmente de trabalho; 12 Analisar em escalas local, regional e nacional, dados estatísticos relacionados ao tema história e cultura afro-brasileira e africana. 2. Problematização Dimensões do conteúdo a serem abordadas: Conceitual/ Científica Qual é a composição étnica da população brasileira? Qual é a porcentagem de negros ou afrodescendentes presentes na população brasileira atualmente? Social Quais os principais aspectos de nossa cultura que são influenciados pela cultura africana? Histórica Por que tanto na época colonial como durante o século XIX a matriz cultural de origem europeia foi a mais valorizada no Brasil, enquanto que as manifestações culturais afro- brasileiras foram muitas vezes desprezadas, desestimuladas e até proibidas? Econômica O que impede o reconhecimento dos negros como responsáveis pelo desenvolvimento da economia brasileira? Afetiva Que aspectos da cultura africana podem ser identificados nos ritmos musicais e na dança predominantes no lugar em que você vive? Você se recorda de alguma brincadeira ou lenda africana na infância? 3. Instrumentalização (passo a passo da aula) Ações docentes Aula com exposição oral sobre o tema, utilizando recursos como, lousa, filmes, músicas e reportagens. Ações discentes Entendimento do tema, realização de debates sobre o mesmo em sala e atividades que facilitem a aprendizagem e memorização dos principais pontos Recursos didáticos: Imagens, filmes, documentários, matérias de jornais 13 4. Catarse Expressão da síntese dos alunos (o que eles podem responder a partir das questões problematizadoras – coloque aqui todas as respostas das questões problematizadoras) 4.1 A população brasileira tem a seguinte composição étnica: Brancos: a grande maioria da população branca tem origem europeia (ou são descendentes desses). No período colonial vieram para o Brasil: espanhóis, holandeses, franceses, além de italianos e eslavos. A região sul abriga grande parte dos brancos da população brasileira, pois esses imigrantes ocuparam tal área. Negros: essa etnia foi forçada a migrar para o Brasil, uma vez que vieram como escravos para atuar primeiramente na produção do açúcar e mais tarde na cultura do café. O Brasil é um dos países que mais utilizou a mão de obra escrava no mundo. Hoje, os negros se concentram principalmente em áreas nas quais a exploração foi mais intensa, como é o caso das regiões nordeste e sudeste. indígenas: grupo étnico que habitava o território brasileiro antes da chegada dos portugueses. Nesse período, os índios somavam cinco milhões de pessoas. Os índios foram quase disseminados, restaram somente 350 mil índios, atualmente existem 170 mil na região Norte e no Centro-Oeste 100 mil. Pardos: etnia formada a partir da junção de três origens: brancos, negros e indígenas, formando três grupos de miscigenação. Mulatos: correspondem à união entre brancos e negros, esse grupo representa 24% da população e ocorre com maior predominância no Nordeste e Sudeste. Caboclos: representa a descendência entre brancos e indígenas. No país respondem por 16% da população nacional. Esse grupo se encontra nas áreas mais longínquas do país. Cafuzos: esse grupo é oriundo da união entre negros e índios, essa etnia é restrita e corresponde a 3% da população. É encontrado com maior frequência na Amazônia, Centro-Oeste e Nordeste. 4.2 Os africanos contribuíram para a cultura brasileira em uma enormidade de aspectos: dança, música, religião, culinária e idioma. Essa influência se faz notar em grande parte do país; em certos estados como Bahia, Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul a cultura afro-brasileira é particularmente destacada em virtude da migração dos escravos. Os bantos, nagôs e jejes no Brasil colonial criaram o candomblé, religião afro-brasileira baseada no culto aos orixás praticada atualmente em todo o território. 14 Largamente distribuída também é a umbanda, uma religião sincrética que mistura elementos africanos com o catolicismo e o espiritismo, incluindo a associação de santos católicos com os orixás A influência da cultura africana é também evidente na culinária regional, especialmente na Bahia, onde foi introduzido o dendezeiro, uma palmeira africana da qual se extrai o azeite-de- dendê. Este azeite é utilizado em vários pratos de influência africana como o vatapá, o caruru e o acarajé.Na música a cultura africana contribuiu com os ritmos que são a base de boa parte da música popular brasileira. Gêneros musicais coloniais de influência africana, como o lundu, terminaram dando origem à base rítmica do maxixe, samba, choro, bossa-nova e outros gêneros musicais atuais. Também há alguns instrumentos musicais brasileiros, como o berimbau, o afoxé e o agogô, que são de origem africana. O berimbau é o instrumento utilizado para criar o ritmo que acompanha os passos da capoeira, mistura de dança e arte marcial criada pelos escravos no Brasil colonial 4.3 Pois, o embranquecimento europeu tomou cada vez mais força e as religiões afro-brasileiras foram frequentemente perseguidas pelas autoridades. Por outro lado, algumas manifestações de origem folclórico, como as congadas, assim como expressões musicais como o lundu, foram toleradas e até estimuladas. Entretanto, a partir de meados do século XX, as expressões culturais afro-brasileiras começaram a ser gradualmente mais aceitas e admiradas pelas elites brasileiras como expressões artísticas genuinamente nacionais. Nem todas as manifestações culturais foram aceitas ao mesmo tempo. O samba foi uma das primeiras expressões da cultura afro-brasileira a ser admirada quando ocupou posição de destaque na música popular, no início do século XX. 4.4 Conhecimentos como a agricultura, a mineração, a metalurgia e a tecnologia do moinho, apenas para citar alguns, eram de domínio dos africanos e foram incorporados à produção econômica do Brasil sem que fosse feita qualquer menção à África. No período colonial, toda a economia estava baseada no trabalho de africano escravizado. Vindo para substituir os indígenas no engenho do açúcar, o qual representava a maior economia da agricultura da época, os cativos africanos passaram a ser uma mão de obra mais rentável. Com o tráfico de escravos a Coroa Portuguesa lucrava sobre os impostos cobrados sobre os cativos importados. Assim, ao chegarem aos portos, os africanos eram alimentados, passando 15 pelo processo de engorda, tinham os dentes esfregados e eram besuntados com óleo, para esconder a pele escamosa e transmitir uma aparência saudável, sendo expostos nos mercados para serem comercializados. 4.5 As influências negras no Brasil, podemos citar: O samba Gênero musical binário, que representa a própria identidade musical brasileira. De nítida influência africana, o samba nasceu nas casas de baianas que emigraram para o Rio de Janeiro no princípio do século. O primeiro samba gravado foi Pelo telefone, de autoria de Donga e Mauro de Almeida, em 1917. Inicialmente vinculado ao carnaval, com o passar do tempo o samba ganhou espaço próprio. A consolidação de seu estilo verifica-se no final dos anos 20, quando desponta a geração do Estácio, fundadora da primeira escola de samba. Grandetronco da MPB, o samba gerou derivados, como o samba-canção, o samba-de-breque, o samba-enredo e, inclusive, a bossa nova. Capoeira A capoeira é uma dança de luta, ritualizada e estilizada, que tem sua própria música e é praticada principalmente na cidade de Salvador, estado da Bahia. É uma das expressões características da dança e das artes marciais brasileiras. Evoluiu a partir de um estilo de luta originário de Angola. Nos primeiros anos da escravidão havia lutas permanentes entre os negros e quando o senhor de escravos as descobria, castigava ambos os bandos envolvidos. Os escravos consideravam essa atitude injusta e criavam "cortinas de fumaça" por meio da música e das canções, para esconder as verdadeiras brigas. Ao longo dos anos, essa prática foi sendo refinada até se converter em um esporte sumamente atlético, no qual dois participantes desfecham golpes entre si, usando apenas as pernas, pés calcanhares e cabeças, sem utilizar as mãos. Os lutadores deslizam com grande rapidez pelo solo fazendo estrelas e dando espécies de cambalhotas. O conjunto musical que acompanha a capoeira inclui o berimbau, um tipo de instrumento de madeira em forma de arco, com uma corda metálica que vai de uma extremidade à outra. Na extremidade inferior do berimbau há uma cabaça pintada, que funciona como caixa de som. O músico sacode o arco e, enquanto ressoam as sementes da cabaça, toca a corda tensa com uma moeda de cobre para produzir um tipo de som único, parecido com um gemido. Candomblé 16 Festa religiosa dos negros jeje-nagôs na Bahia, mantida pelos seus descendentes e mestiços, é um culto africano introduzido no Brasil pelos escravos. Algumas de suas divindades são: Xangô, Oxum, Oxumaré e Iemanjá, representando esta, por si só, um verdadeiro culto. As cerimônias religiosas do Candomblé, são realizadas de um modo geral em terreiros, que são locais especialmente destinados para esse fim, e recebem os seguintes nomes: Macumba no Rio de Janeiro, Xangô em Alagoas e Pernambuco. As cerimônias são dirigidas pela mãe-de- santo, ou pai-de-santo. Cada orixá tem uma aparência especial e determinadas preferências. O toque de atabaque, uma espécie de tambor e a dança, individualizam um determinado orixá. Os orixás são divindades, santos do candomblé, cada pessoa é protegida por um dos orixás e pode ser possuída por ele, quando, então ela se transforma em cavalos de santo. Culinária No Nordeste a marca africana é profunda, sobretudo na Bahia, em pratos como vatapá, caruru, efó, acarajé e bobó, com largo uso de azeite-de-dendê, leite de coco e pimenta. São ainda dessa região a carne-de-sol, o feijão-de-corda, o arroz-de-cuxá, as frigideiras de peixe e a carne-seca com abóbora, sempre acompanhados de muita farinha de mandioca. A feijoada carioca, de origem negra, é o mais tipicamente brasileiro dos pratos. 5. Prática social final Nova postura prática: intenções após a aula (o que você professor espera) Espera-se que os alunos compreendam todas as particularidades e objetivos do tema proposto, desde o período colonial até os dias atuais. Também é esperado que os mesmos passem a adquirir práticas que vão ao combate da discriminação racial e que sejam agentes transformadores nesta sociedade. ... 17 PLANO DE AULA NA PERSPECTIVA HISTÓRICO-CRÍTICA (GASPARIN, 2002) Dados de identificação Professor: Rayani Gonçalves Leal Floresti Disciplina: Geografia Tema: Recursos Naturais Série: 7° Série do EF II Duração: 4 aulas 1. Prática social inicial Conteúdos: O que são recursos naturais; Recursos naturais brasileiros; Como preservar os recursos naturais; Uso excessivo dos recursos naturais. Objetivo geral: Compreender o que o tema dos Recursos Naturais engloba, envolvendo questões sociais, econômicas e ambientais. Objetivos específicos: Despertar o senso crítico dos alunos; Analisar a facilidade ou dificuldade em compreender o tema; Expor a importância da preservação ambiental; Fazer com que os alunos conheçam e tenham acesso aos benefícios que os recursos trazem ao ser humano e que sem os mesmos não há vida. Vivência do conteúdo: o que os alunos já sabem (como não podem perguntar aos alunos, supunha o que eles responderiam em forma de palavras ou frases). 18 1. É esperado que os alunos já tenham as noções básicas sobre o tema: o uso desenfreado dos recursos naturais brasileiros e mundiais e a importância da preservação. 2. Um diálogo deverá acontecer para que os alunos comentem sobre o que entendem do assunto e o que gostariam de aprofundar mais. 2. Problematização Dimensões do conteúdo a serem abordadas: Conceitual/ Científica: O que são os recursos naturais?; Social: Os Recursos Naturais são dominados/utilizados por qual parcela da população?; Histórica: Desde que época os recursos naturais brasileiros começaram a ser explorados?; Econômica: O uso dos recursos da natureza enriquece quem comanda o processo? E quanto aos trabalhadores que executam os trabalhos de exploração?; Legal: Como podemos salvar o mundo de uma escassez natural?; Afetiva: Sua família sobrevive de trabalhos voltados ao uso de algum recurso natural? Se sim, qual?; De poder: Conscientização basta para que a sociedade deixe de abusar do uso dos recursos?; Psicológica: Como seria a vida sem os recursos naturais? Como a água e o solo fértil; Política: Os governantes brasileiros demonstram preocupação com toda a exploração natural que ocorre no país? 3. Instrumentalização (passo a passo da aula) Ações docentes: Apresentar o conteúdo da aula de maneira calma e objetiva; Apresentar dados como gráficos e mapas comparativos; Abrir espaço para dúvidas relacionadas ao conteúdo principal da aula; Dar início as problematizações do tema; Gerar um breve debate entre os alunos; 19 Ações discentes: É esperado que os alunos demonstrem o que já sabem sobre o tema, causando um diálogo produtivo para com aqueles que não tem noção do que se trata. É esperado que os alunos façam perguntas como: "Quais os recursos naturais que o Brasil mais possui?" "Onde está a maior riqueza natural do Brasil?" "Nós podemos viver sem esses recursos?" "Quais são os renováveis e não renováveis? E o que isso significa?" Com as problematizações, é esperado que o senso crítico dos alunos seja aguçado, e que os mesmos questionem ações de prevenção e preservação ambiental. Recursos didáticos: Mapas, gráficos, imagens; Músicas; Notícias; Documentários. 4. Catarse Expressão da síntese dos alunos (o que eles podem responder a partir das questões problematizadoras – coloque aqui todas as respostas das questões problematizadoras) Em relação ao conceito dos Recursos Naturais, é esperado que os alunos já tenham uma breve noção de questões como o que são esses recursos (água, luz solar, vento, petróleo, carvão mineral, solo etc). Social: É importante que os alunos saibam que quem pode comandar todo o processo de uso e exploração dos recursos é quem possui capital. Histórica: Os alunos devem ter conhecimento da história do país, desde seu "descobrimento", e compreender a relação que foi estabelecida com Portugal. Econômica: É importante que saibam diferenciar quem comanda o processo de uso dos recursos e quem somente coloca isso em prática, e que essa relação é totalmente diferenciada em relação a economia, os trabalhadores jamais terão os lucros de quem comanda. Legal: É onde os alunos devem expor toda sua criatividade, trazendo soluções que os mesmos julgam plausíveis para salvar o mundo de uma escassez natural. Ex: Economizar água, plantar árvores, diminuir o uso do plástico, lutar por políticas de preservação ambiental, levar a importância dos mesmos para o máximo de pessoas possível etc. 20 Afetiva: É uma questão onde os alunos devemexpor individualmente se os pais necessitam do trabalho voltado ao uso dos recursos para sua sobrevivência. Ex: pais que trabalham nas plataformas de extração do petróleo, em extração de carvão, hidroelétricas, ou até com vendas de produtos que utilizam dessas matérias primas. É importante que os alunos entendam que o uso dos recursos está presente em quase todas as profissões, de forma direta ou indireta. De poder: Conscientizar é importante, mas é interessante que os alunos façam a ligação entre lucro e preservação, e entendam que para determinadas pessoas, o que importa é gerar uma grande quantidade de lucro, independente de a natureza estar sendo explorada. Psicológica: É importante que os alunos compreendam que não há vida sem os recursos naturais, que a falta deles pode causar o fim da humanidade, e que antes disso guerras acontecerão, pobreza extrema e sofrimento. Política: É esperado que compreendam que na maioria dos casos, os governantes visam o lucro e muitas vezes são os que comandam todo o processo de exploração natural. E a partir disso, tomem ciência da importância do voto e da análise antes de eleger os nossos representantes. 5. Prática social final - Nova postura prática: intenções após a aula (o que você professor espera). Como professor, é esperado que os alunos após a aula estejam cientes de que o tema engloba assuntos sociais, econômicos, políticos e muitos outros, e que nos afeta diretamente. É esperado também que os alunos levem o aprendizado até os pais, conhecidos, e que passem a colocar em prática a preservação desses recursos, cobrando e se posicionando contra o uso indevido do mesmo. Referências consultadas FUINI, Lucas.Território, territorialização e territorialidade: o uso da música para a compreensão de conceitos geográficos. Terra Plural. v.8i1.0012. SILVA, Renágila. A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA NAS AULAS DE GEOGRAFIA: Práticas e métodos diferenciados no uso da música como metodologia de ensino nas aulas de geografia. Universidade Federal de Campina Grande, 2015. KAERCHER, Nestor André. Ensino de geografia : práticas e textualizações no cotidiano. 8 ed.Porto Alegre, RS ed. Mediação, 2010. 21 MACHADO, Nilson José. Ensaios transversais: cidadania e Educação. São Paulo: Escrituras. 4 ed. Editara, 2004. BAFFI, M. A. T. O planejamento na educação: revisando conceitos para mudar concepções e práticas. In. BELLO, J. L. P.. Pedagogia em Foco, Petropólis, 2002. GALEMBECK, Fernando; PARDINI, Vera L.. Alimentos, energia e matérias- primas: inovação no aproveitamento de recursos naturais. Quím. Nova, São Paulo , v. 32, n. 3, p. 565-566, 2009 .Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100- 40422009000300001&lng=en&nrm=iso>. access on 07 Apr. 2020. https://doi.org/10.1590/S0100-40422009000300001 Anexos “A música usada nas aulas de geografia traz consigo um despertar curioso no aluno”. (Silva, 2015) Samba Enredo 2005 - Um Grito Que Ecoa No Ar (Homem/Natureza - o Perfeito Equilíbrio) G.R.E.S Império Serrano (RJ) Meu grito ecoa pelo ar Faço um alerta ao mundo O homem com a sua ambição Trouxe a tecnologia Fez mal uso da razão De mãos dadas com a ganância Tem tudo que lhe deu o criador ô ô De graça com amor No seu futuro pode semear a dor 22 No meu verde das matas tem magia Equilíbrio perfeito que irradia oi As minhas águas cristalinas São poluídas no seu dia a dia Choro, com esta tal evolução Ressentida estou ao ver minha devastação O homem com sua sapiência Transformou tudo em ciência Maltratando a minha natureza É muito com lixo, Jogados os ventos, Usou o átomo sem consciência Causou tristeza, degradação Coloca em risco toda a civilização E assim num grande gesto de amor Já tem gente a refletir E por mim vive a lutar Um fio de esperança a reluzir Basta reciclar os seus conceitos Na reforma ser perfeito Produzir sem maltratar Sou a mãe Terra Só o seu amor vai me salvar Clamando numa só voz, vem meu Império A gente tem que pensar, é caso sério. 23 Jornal/notícia como recurso didático nas aulas de geografia O jornal, pela sua agilidade, pela permanente sintonia com a realidade imediata, pelas características da linguagem que utiliza, pode constituir-se em um instrumento fundamental para uma sintonia entre a escola e a realidade. (MACHADO, 2004, p. 166). Figura 1. Notícia Link para notícia: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2011/10/recursos-naturais-podem-ter-colapso- em-40-anos-dizem-especialistas.html Após a leitura e análise da notícia escolhida para debate, os alunos devem refletir sobre o tema, e levar tanto a notícia quanto as reflexões feitas em sala de aula juntamente com o professor, até seus familiares; após construírem essa conversa com os pais (tentativa de aprofundar o relacionamento família-escola) os alunos devem trazer na próxima aula um breve texto respondendo às seguintes questões: 1. Como, e o que podemos fazer para mudar essa realidade e permitir um futuro para nós, e para as gerações futuras? 2. Onde está localizada a maior riqueza natural brasileira? 24 3. As aulas de geografia te fazem compreender como o meio ambiente é essencial para sua sobrevivência? Os alunos devem também, trazer para a próxima aula, o enunciado de uma notícia, digital ou não, que apresente ações que visam mudar essa realidade, ou seja, que contenham atitudes voltadas à preservação dos recursos naturais. Documentário NÃO HÁ AMANHÃ There’s No Tomorrow (2012) Direção: Dermot O’ Connor Duração: 34 minutos Documentário animado completo: https://youtu.be/f2WVL0BbLZ8 Um documentário animado, de 34 minutos, que visa abordar a situação alarmante que vivemos enquanto civilização. Entre outras ameaças, à demanda e a exploração crescentes de energia e recursos preciosos como o petróleo, carvão e gás natural, são das mais importantes, é preciso realizar uma transição da economia baseada nos hidrocarbonetos para outra baseada em energia e recursos renováveis. Assim, o filme apresenta conceitos básicos e informações importantes na análise da viabilidade de fontes de energia alternativas como a eólica, hidráulica e solar, por exemplo, considerando os prós e os contras de cada uma. O desenvolvimento da nossa civilização nos últimos 150 anos está relacionado em muitos aspectos com a história da exploração e uso do petróleo e seus derivados, e sua continuidade está ameaçada pela desconsideração de uma transição gradual para um modelo sustentável, e principalmente pela impossibilidade de um crescimento econômico infinito em um planeta finito e que já apresenta sinais de esgotamento. Atividades 1. Após assistir o documentário, uma parcela dos alunos deverá pesquisar mais afundo sobre os recursos citados no mesmo (Petróleo, Carvão e Gás natural). 2. A outra parcela de alunos, deverá pesquisar sobre as três fontes de energia alternativas Eólica, Hidráulica e Solar). 3. Deverão também pesquisar a diferença entre os recursos renováveis e não renováveis. 25 4. Por meio de uma roda de conversa, os alunos que pesquisaram os recursos naturais, poderão expor a importância da preservação dos mesmos (em especial os não renováveis), enquanto os alunos que pesquisaram sobre as fontes alternativas de energia, poderão expor suas impressões sobre elas e os empecilhos em colocá-las em prática. 26 PLANO DE AULA NA PERSPECTIVA HISTÓRICO-CRÍTICA (GASPARIN, 2002) Dados de identificação Professor: Gabrielly Oliveira Pinto Disciplina: Geografia Tema: Atividades Agropecuárias Série: 7ª Série Duração: 3 aulas 1. Prática social inicial Conteúdos: Agricultura como atividade econômica essencial para a humanidade; A Revolução Verde; AgriculturaIntensiva e Extensiva; Subsistência e Comercial; Emprego de Fertilizantes e Calcário; Emprego das Máquinas; Defensivos Agrícolas; Agricultura Moderna; Transgênicos e Consequências Ambientais e Humanitárias Objetivo geral: Fornecer conhecimento completo das especificidades da Agricultura, demonstrando seus valores e suas consequências ambientais e humanitárias sobre o assunto proposto. Objetivos específicos: Conhecer a atividade agropecuária no Brasil; Estudar a Agricultura Moderna; entender os efeitos dos Defensivos Agrícolas e os Transgênicos na População Brasileira. Vivência do conteúdo: o que os alunos já sabem (como não podem perguntar aos alunos, supunha o que eles responderam em forma de palavras ou frases). “Agricultura é a plantação de alimentos em um determinado lugar.” “Agrotóxicos são venenos para fungos e bactérias” “Os agrotóxicos podem causar danos a saúde”. 2. Problematização Dimensões do conteúdo a serem abordadas: Conceitual/ Científica: O que é Agronegócio? 27 Social: Qual é a importância do agronegócio para os trabalhadores que trabalham nessa área? O uso constante de agrotóxicos sem proteção na vida desses trabalhadores é prejudicial em suas saúdes ? Histórica: Qual é a origem histórica do agronegócio? Econômica: O agronegócio beneficia a economia e o PIB do Brasil? Legal: Quais são as leis que o agronegócio violam nas áreas de monocultura? Há leis que multam a empresa do ramo pelos danos causados na natureza? 3. Instrumentalização (passo a passo da aula) Ações docentes: 1ª Aula: No início da aula, a professora apresentará os conceitos básicos sobre as atividades agropecuárias, escrevendo na lousa, o que é Agricultura e contando a história dela desde as primeiras civilizações. Após essa aula introdutória, apresentará imagens que representam a agricultura intensiva e extensiva. Diante disso, explicará quais são as consequências da Revolução Verde para as famílias que praticam a agricultura familiar, além de destacar os danos causados pelos agrotóxicos em humanos, animais e no solo. 2ª Aula: Pedirá aos alunos que utilizem a sala de informática para assistir o Documentário: Agricultura Tamanho Família e responderam as seguintes questões pelo computador: 1) Em nosso país, dos quase 5 milhões de estabelecimentos rurais, 4,5 milhões são ocupados por um outro tipo de agricultura: a agricultura familiar, que utiliza estratégias de produção que respeitam o meio ambiente e produzem a maior parte do alimento que chega à mesa dos brasileiros. Sendo assim, responda quais são essas estratégias de produção e quais são os seus benefícios? 2) No documentário “Agricultura Tamanho Família”, revela que o agronegócio não é a única modalidade de produção existente no campo, nem é o mais importante para o abastecimento interno e a garantia da segurança e soberania alimentar do povo brasileiro. Quais são as características do Agronegócio? 3) Explique o que são sementes crioulas e transgênicas? 3ª Aula: Irá propor um debate em sala de aula, onde dois grupos serão divididos e ambos deverão apresentar soluções mais eficientes para o agronegócio não causar danos ao solo, a partir da música “Veneno da Terra” de Teixeirinha. Veio o progresso destruiu as matas E os passarinhos já foram embora Os que não foram o veneno matou 28 Ai que tristeza o Rio Grande de outrora Sei que o progresso é muito importante Mas muita coisa ele também destrói A natureza silvestre e saudável não tem mais O coração me dói Não vejo as águas dos rios e riachos Tão cristalina como antigamente Onde as espécies matavam a sede E a natureza sorria pra gente Veneno bravo do progresso louco Poluiu tudo desgraçadamente É muito lindo verduras plantadas Ver os trigais, os arrozais também Mas há na base do puro veneno Então me diga que graça isso tem Ganância triste querem plantar Tudo por que não plantam só a metade Preservem as matas e mãe natureza Que dá saúde para humanidade Como é que antes plantavam e colhiam Sem o veneno não havia a fome Por que um inseto combatia o outro E não morria envenenado o homem Mas gananciosos derrubaram as matas E é só veneno que o povo consome Quero a volta das verdes matas Quero as espécies do animal nativo 29 Quero os peixes de águas puras E também quero o progresso vivo Quero o retorno dos passarinhos Quero a pureza dos campos e da serras Pra não matar o homem do amanhã Não ponham mais veneno na terra Quero que morra o cientista burro E no caixão leve todo o veneno Quero que nasça um cientista humano Com outra química para o terreno Vão se unir às matas e às plantações E amanhecer molhados de sereno Ações discentes: Os discentes escutaram as informações apresentadas pela Professora e a partir daí, responderam as questões sobre o documentário e elaboraram uma proposta de solução para o agronegócio não causar danos ao solo e ao meio ambiente. A primeira proposta é a implantação de um inseto específico que come as larvas e as bactérias das plantações, evitando assim o uso constante de veneno e a segunda proposta é a plantação de policulturas, invés de monocultura para abastecer o solo com uma grande diversidade de nutrientes. Recursos didáticos: Uso de datashow, sala de informática e demonstração de de vídeo sobre o assunto, sendo ele o Documentário: Agricultura Tamanho Família e a Música “Veneno de Terra” do Teixeirinha. 4. Catarse Expressão da síntese dos alunos (o que eles podem responder a partir das questões problematizadoras – coloque aqui todas as respostas das questões problematizadoras) Conceitual: Segundo Rufino (1999), o conceito de agronegócio surgiu a partir da integração da agricultura aos setores industriais de fornecimento de insumos, de um lado, e de processamento e distribuição da produção, de outro. Ele abrange todas as transformações associadas aos produtos agrícolas, desde a produção de insumos, passando pela unidade agrícola, processamento e distribuição até o consumidor final. 30 Social: O agronegócio é importante para os trabalhadores pois é um campo repleto de oportunidades de investimentos, desenvolvimento e geração de empregos. No ano de 2017, segundo o Segundo o Ministério do Trabalho, 34.253 pessoas foram contratadas. Sim. pois os agrotóxicos causam diversos problemas de saúde e entre eles estão tonturas, cólicas abdominais, náuseas, vômitos, dificuldades respiratórias, tremores, irritações na pele, nariz, garganta e olhos; convulsões, desmaios, coma e até mesmo a morte. Já as intoxicações crônicas aquelas causadas pela exposição prolongada ao produto que podem gerar problemas graves, como paralisias, lesões cerebrais e hepáticas, tumores, alterações comportamentais, entre outros. Em mulheres grávidas, podem levar ao aborto e à malformação congênita. Histórica: Os professores John Davis e Ray Goldberg, da Universidade Harvard, criaram o termo agribusiness em 1957, que significa em português agronegócio. A sua origem é baseada nas plantações dos países desenvolvidos que queriam modificar a agricultura do setor primário para o setor secundário, interligando assim a agricultura com as indústrias. Aumentando assim a produtividade dos alimentos com a Revolução Verde, com sementes modificadas e fertilizantes químicos. Econômica: Sim, em Outubro de 2019 o setor do agronegócio representa 21,6% do PIB nacional, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Legal: Em um artigo chamado “A Insustentabilidade social e ambiental do agronegócio: a territorialização do complexo celulose-papel na região leste de Mato Grosso do Sul” de Rodrigo Simão Camacho, ele afirma que há um grande desrespeito às leis ambientais nas plantações de eucalipto e como consequência gerou uma multa: Como afirma Wagner Giron de la Torre essas empresas “[...] nãorespeitam norma ambiental alguma, investem sobre cumes de morros, violam áreas de nascentes, irrompem em várzeas e aniquilam matas ciliares, intoxicando cursos d’água, rios e provocando a morte de incontáveis espécies da fauna local”. (TORRES, [2010?], p.5). Uma atitude de desrespeito às leis ambientais vigentes foi descoberta pela Polícia Militar Ambiental de Três Lagoas que flagrou um carro da empresa FIBRIA captando água próxima a uma nascente em uma fazenda. Foi aplicada uma multa de R$20.000,00 à empresa, pois não possuía autorização e nem licença ambiental para realizar esta atividade (KUDLAVICZ, 2011). 5. Prática social final Nova postura prática: intenções após a aula (o que você professor espera) A Professora espera que os alunos tenham consciência sobre todo assunto proposto e anseia que os alunos desenvolvam pensamentos crítico e questionativo sobre as consequências do 31 Agronegócio e suas possíveis soluções, dessa forma, incentivará a leitura de textos e artigos sobre esse tema. Referências CAMACHO, Rodrigo Simão. A Insustentabilidade social e ambiental do agronegócio: a territorialização do complexo celulose-papel na região leste de Mato Grosso do Sul. Revista Científica ANAP Brasil. v.5, p 01 – 18, 2012. DEFESA DO AGRO. Importância do Agronegócio na Economia Brasileira. Disponível em: >http://defesadoagro.com.br/importancia-do-agronegocio-na-economia-brasileira/< PRAZERES, Luiz Carlos. Extensivo e terceirão / Luiz Carlos Prazeres…[et al.] ; Ilustrações André Lemes…[et al.]. - Curitiba: Positivo, 2014. Geografia: Detzel, Alexandre e Júnior, Hamilton Bettes. G1. Entenda como o agronegócio impulsiona a economia brasileira. 2019. Disponível em: > https://g1.globo.com/especial-publicitario/dia-do-agricultor/brf/noticia/2019/08/05/entenda- como-o-agronegocio-impulsiona-a-economia-brasileira.ghtml< MENDONCA, Maria Luisa. O Papel da Agricultura nas Relações Internacionais e a Construção do Conceito de Agronegócio. Contexto int., Rio de Janeiro, v. 37, n. 2, p. 375-402, Aug. 2015. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102- 85292015000200375&lng=en&nrm=iso>. access on 15 June 2020. https://doi.org/10.1590/S0102- 85292015000200002. RUFINO, J. L. dos S. Origem e conceito de agronegócio. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v. 20, n. 199, p. 17-19, 1999. SANTOS, Vanessa Sardinha dos. Os Agrotóxicos e a Nossa Saúde. Mundo Educação. Disponível em: > https://mundoeducacao.uol.com.br/saude-bem-estar/os-agrotoxicos-nossa- saude.htm< http://defesadoagro.com.br/importancia-do-agronegocio-na-economia-brasileira/ https://g1.globo.com/especial-publicitario/dia-do-agricultor/brf/noticia/2019/08/05/entenda-como-o-agronegocio-impulsiona-a-economia-brasileira.ghtml%3c https://g1.globo.com/especial-publicitario/dia-do-agricultor/brf/noticia/2019/08/05/entenda-como-o-agronegocio-impulsiona-a-economia-brasileira.ghtml%3c https://g1.globo.com/especial-publicitario/dia-do-agricultor/brf/noticia/2019/08/05/entenda-como-o-agronegocio-impulsiona-a-economia-brasileira.ghtml%3c https://doi.org/10.1590/S0102-85292015000200002 https://doi.org/10.1590/S0102-85292015000200002 https://mundoeducacao.uol.com.br/saude-bem-estar/os-agrotoxicos-nossa-saude.htm%3c https://mundoeducacao.uol.com.br/saude-bem-estar/os-agrotoxicos-nossa-saude.htm%3c https://mundoeducacao.uol.com.br/saude-bem-estar/os-agrotoxicos-nossa-saude.htm%3c 32 PLANO DE AULA NA PERSPECTIVA HISTÓRICO-CRÍTICA (GASPARIN, 2002) Dados de identificação Professor: Alejandro Miguel Sampaio Ferraiuolo Disciplina: Geografia Tema: Multiplicidade Cultural Série: 9 ano do ensino fundamental Duração: 2 aulas 1.Prática social inicial Conteúdos: -As identidades culturais presentes em nosso cotidiano e país A compreensão e aceitação das diversidades culturais presentes no mundo O surgimento das minorias sociais no Brasil e a compreensão do porque a estrutura de classes é mantida até os dias atuai Objetivo Geral: Compreender as multiplicidades culturais presentes no mundo e suas consequências nos dias atuais, levando um aluno a auto reflexão sobre o meio em que ele está inserido Objetivos Específicos: Abordar temas sobre o racismo institucionalizado e marginalização do povo negro Explorar as diversidades culturais presentes nas famílias dos estudantes Apresentar diversas personalidades com diferenças étnicas na formação da cultura brasileira a fim de mostrar representatividade para os alunos Identificar os diferentes tipos de preconceitos na sociedade, caracterizar suas origens e a compreensão de aceitação com o outro Vivência do conteúdo: (O que os alunos já sabem ou tem como base): “A maioria da população brasileira é negra” “As culturas são diferentes uma das outras” “O Brasil possui ampla diversidade cultural” O que os alunos gostariam de saber? “Por que nas propagandas e programas de TV os atores são na maioria brancos?” “Como eu sou branco se meus avós são negros” “Por que onde eu moro sempre tem “enquadro” da polícia?” 33 2. Problematização Dimensões do conteúdo a serem abordadas: Conceitual/Cientifica: Defina multiplicidade cultural segundo os cientistas. Social: Como as minorias sociais influenciam o acesso dos jovens negros ao ensino superior? Histórica: Como o Brasil formou as diversas identidades culturais que vivenciamos hoje? Econômica: Por que ainda existem pessoas pobres e ricas? Por que o povo negro representa a parcela mais pobre da população Brasileira? Legal: Quais leis protegem as minorias sociais no Brasil? Afetiva: Qual seu “papel” diante de uma sociedade com tamanha e diversidade cultural e desigualdades sociais? 3.Instrumentalização Ações docentes: Apresentação de imagens, vídeos (O menino e o mundo + Entrevista Mano Brown), músicas (sobrevivendo no inferno) junto com exposição oral do professor Ações discentes: Compreensão dos temas de multiplicidade cultural e a formação das minorias sociais decorrentes da mesma Recurso didático: Lousa, Giz, Projetor, Aparelho de som, Música, Documentário, Entrevista. 4.Catarse Expressão da síntese dos alunos 4.1 Não, cada cultura tem características que a diferenciam das outras, tais características que definem a identidade cultural, dando a cada indivíduo o sentimento que pertencimento a um grupo 4.2 Respeitar as diversas é etnias é a compreensão a ampla diversidade cultural que há em nosso país, compreender que as diferenças se completam e se harmonizam na sociedade 4.3 Ao se referir a minorias, estamos falando de um grupo específico que tem seus direitos negligenciados, mesmo que de forma velada, por questão histórica transformando-os em uma parcela vulnerável da sociedade. Os grupos de minorias são discriminadas por um grupo dominante. Essa caracterização de minoria pode ser classificada através da cor da pele, origem, religião, orientação sexual, etnia, condição econômica. 4.4 Antes de 1500 no território onde se encontra o Brasil a totalidade da sua população era indígena, com a chegada dos portugueses ocorre a permanência de homens brancos no país. Em 1535 com a vinda do povo negro escravizado para a América o Brasil passará por mais uma miscigenação forçada. Em 1888 nosso país passará pelo processo de embranquecimento, com a vinda em massa de imigrantes italianos e alemães e a marginalização do povo negro nos 34 levando ao período atual, em um país com predominância de pessoas negras, são essas mesmas pessoas que fazem parte da parcela mais pobre da população. 4.5 É a diversidade de manifestações, pensamentos, costumes, rituais , etnias entre outros aspectos que caracterizam grupos que habitam um mesmo território. No Brasil a uma série de multiculturalismos que variam de diferenças locais e regionais ao longo do país. 5. Prática social final Nova postura prática: intenções apósa aula Almeja-se que os estudantes tenham uma nova percepção sobre as identidades culturais que o rodeiam assim como compreender o processo histórico que levaram as minorias sociais aonde estão hoje, para que compreenda seu papel na sociedade. REFERENCIAS SILVA, Axé, SANTOS, Milton. Tempo de Geografia, 4ª edição. São Paulo: Editora do Brasil, 2018, 256p Documentário – O silêncio dos homens https://www.youtube.com/watch?v=NRom49UVXCE&vl=pt Entrevista – Mano Brown https://www.youtube.com/watch?v=gMT9cXizDYQ Álbum – https://www.youtube.com/watch?v=W4I3wm7vMTo&list=PLcbqoj6PmK64QJxqeNpO4CV N5ROB-5Jvb https://www.youtube.com/watch?v=NRom49UVXCE&vl=pt https://www.youtube.com/watch?v=gMT9cXizDYQ https://www.youtube.com/watch?v=W4I3wm7vMTo&list=PLcbqoj6PmK64QJxqeNpO4CVN5ROB-5Jvb https://www.youtube.com/watch?v=W4I3wm7vMTo&list=PLcbqoj6PmK64QJxqeNpO4CVN5ROB-5Jvb 35 PLANO DE AULA NA PERSPECTIVA HISTÓRICO-CRÍTICA (GASPARIN, 2002) Dados de identificação Professor: Alene Fernandes Disciplina: Geografia Tema: Processos Geomorfológicos Série: 9º Ano Duração: 5 aulas 1. Prática social inicial Conteúdos: Os Agentes Formadores e Modeladores dos Relevos (exógenos e endógenos); A Ação do Antrópica; Classificação e Características dos Relevos Brasileiros. Objetivo geral: Entender e analisar os dados sobre como os processos modeladores geomorfológicos formam e atuam na Terra. Objetivos específicos: Descrever os agentes formadores e modeladores geomorfológicos; Identificar as mudanças antropológicas por meio de uso e ocupação inadequados do solo. Conhecer e classificar os exemplos de relevos existentes no Brasil e no mundo. Vivência do conteúdo: o que os alunos já sabem (como não podem perguntar aos alunos, supunha o que eles responderiam em forma de palavras ou frases). O relevo seria uma formação que o solo possui; A ação antrópica seria as ações ocasionadas pelo homem no relevo e normalmente suas consequências são negativas. 2. Problematização Dimensões do conteúdo a serem abordadas: 36 Conceitual/ Científica: O que são processos geomorfológicos? Quais tipos existem? E quais são suas principais características? Social: Utilizando como base a reportagem do G1 sobre a erosão nas ruas de São Carlos – SP, cite se na sua cidade os processos erosivos existentes no solo, dificultam a vida das pessoas mais pobres que não moram em bairros asfaltados? Se sim, quais as principais dificuldades elas passam? Histórica: Qual é o tipo de relevo da região onde você mora? A sociedade modificou muito o relevo para sua habitação? Legal: No seu município, existe alguma lei regulamentada à proteção do meio ambiente e ao uso exacerbado do solo? Econômica: O relevo e consequentemente o solo da sua cidade, facilitam a produção ou exploração de alguma matéria para comercialização? 3. Instrumentalização (passo a passo da aula) Ações docentes: Serão realizadas 5 aulas sobre os Processos Geomorfológicos. Exposição geral dos assuntos com o auxílio de imagens, textos, atividades em classe em grupo e solo, atividades em casa, uso de projetor Ações discentes: Alunos compreenderam os assuntos abordados e trarão dúvidas e atividades para serem debatidos e corrigidos nas aulas seguintes Recursos didáticos: Utilização da reportagem em vídeo realizada pelo Globo Repórter em Cambará do Sul (RS), sobre o maior conjunto de cânions da América do Sul; Utilização de slides, imagens, projetor; Utilização de reportagens atuais sobre as consequências das ações antrópicas no relevo, como a realizada pelo G1 em São Carlos – SP; Paródia sobre o relevo. 4. Catarse Expressão da síntese dos alunos (o que eles podem responder a partir das questões problematizadoras – coloque aqui todas as respostas das questões problematizadoras) 37 Conceitual/ Científica: Processos Geomorfológicos são todas aquelas mudanças tanto físicas quanto químicas que causam modificações na superfície terrestre. Os agentes endógenos ou formadores do relevo, atuam de dentro para fora da Terra, provocando modificações no relevo terrestre. Já os agentes exógenos ou modeladores do relevo, atuam na superfície terrestre modificando o relevo formado pelos agentes internos. Exemplos dos agentes endógenos: vulcanismo, tectonismo, abalos sísmicos Exemplos dos agentes exógenos: intemperismo, erosão, ação antrópica Social: As ruas não asfaltadas da cidade de Serra Negra - SP se localizam em áreas rurais, consequentemente, onde a população mais pobre vive. Como não existem asfaltamento nessas ruas, o intemperismo decorrido de chuvas, ventos e peso de automóveis, fazem com que haja erosão e o solo ceda, acarretando à difícil circulação de pessoas e veículos. Histórica: O relevo da região de Serra Negra - SP é o Planalto Atlântico. A população de Serra Negra utiliza mais o relevo para plantar café em maiores altitudes. Como o número de habitantes é pequeno, e não possui um grande crescimento há vários anos, a população não utiliza muito as maiores altitudes do relevo para moradias. Econômica: O relevo da cidade de Serra Negra – SP se encontra numa altitude de 927 m, sendo que o ponto mais elevado da cidade e região está localizado à 1310 m. No ponto mais elevado denominado como o Alto da Serra é conhecido pelos voos de paraglider, voos de balão e plantações de café. Legal: Lei Estadual n° 11.262/02 – Declaram Áreas de Proteção Ambiental o trecho da Serra da Mantiqueira e as áreas urbanas no Município de São José dos Campos. 5. Prática social final Nova postura prática: intenções após a aula (o que você professor espera) Que os alunos consigam avaliar com mais facilidade quais tipos de relevos existem no Brasil e no mundo, e como a ação antrópica realizada de maneira equivocada pode trazer grandes malefícios; Que os alunos consigam perceber quais atitudes podem ser tomadas ou não para que o relevo não seja degradado; E que os alunos conheçam mais sobre a formação do relevo de sua cidade. REFERÊNCIAS http://www.cetesb.sp.gov.br/licenciamento/documentos/2002_Lei_Est_11262.pdf 38 CETESB. Licenciamento Ambiental. São Paulo, 2020 Circuito das Águas. Prefeitura divulga ruas que receberão asfalto no Nova Serra Negra. Serra Negra, 2020 G1- Últimas Notícias. Erosão avança em direção a rua e preocupa moradores em bairro de São Carlos. 2020. Disponível em: https://g1.globo.com/sp/sao-carlos- regiao/noticia/2020/03/04/erosao-avanca-em-direcao-a-rua-e-preocupa-moradores-em-bairro- de-sao-carlos.ghtml JURANDYR, R. Geografia do Brasil. EdUsp. São Paulo, 2005 Youtube: Maior Conjunto de Cânions da América do Sul – Globo Repórter (Parte 1). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=JNFgGHQRzPk&t=38s Youtube. Paródia Olha a Explosão (MC Kevinho) – Aprenda Relevos Cantando – Geografia. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=dAFbPzf1dQo https://www.youtube.com/watch?v=dAFbPzf1dQo 39 Plano de Aula na Perspectiva histórico - crítica (Gasparin, 2002) Dados de identificação Professor(a): Nathália Cassia. Disciplina: Geografia. Tema: Circuito de Produção. Série: 1° série do Ensino Médio. Duração: 8 aulas 1.Prática Social Inicial Conteúdos: Produção Industrial no Mundo; A Indústria no Brasil; O campo ao longo do tempo e a luta pela terra; A agropecuária no Brasil. Objetivo Geral: Contextualizar a produção industrial e como se deu ao redor do mundo, analisando o começo da indústria e o Plano de Metas, 50 em 5. Contextualizar o campo e a luta pela terra no território brasileiro, como também modernização do campo e o trabalho. Objetivo Específicos: Conhecer a história da industrialização (Revolução Industrial), que surgiu na Inglaterra, sendomarcada pela invenção das máquinas de tear, a vapor e locomotiva, já na Segunda Revolução trouxe o motor a combustível e a indústria automobilística; Analisar o processo de industrialização no Brasil e suas fases, a crise do café e a indústria automobilística no Governo de J.K; Conhecer o uso da terra para produção de alimentos e matéria-prima para a indústria. Conceitualizar a luta pela terra que gera conflito no campo, assentados contra latifundiários. Analisar o uso de maquinário no lugar da força de trabalho humana, processo de mudança que prioriza o trabalhador qualificado; Vivência do Conteúdo: O que os alunos já sabem: “A Revolução Industrial foi o início para a tecnologia atual.” “Sem a revolução não teríamos nossos celulares e computadores.” 40 “A agropecuária é boa para a economia.” “O Brasil desmata a floresta para ter pasto para o gado.” O que os alunos gostariam de saber: “Por que a indústria no Brasil não é super desenvolvida?.” “Por que tem briga por terra sendo que o Brasil tem um grande território?.” “Qual a importância o MST/movimentos sociais?.” 2) Problematização: Conceitual: O que é agricultura? Qual sua importância no Brasil? Social: As pessoas que moram na zona rural, são ricas ou pobres? Histórica: Como era o campo antes sem a modernização? E os trabalhadores? Econômica: Qual o objetivo do uso da terra? Legal: Por que há leis que definem o mínimo que pode ser desmatado numa propriedade rural? Cultural: Qual a diferença entre os moradores da pequena propriedade rural e o proprietário do grande latifúndio? 3. Instrumentalização. Ações docentes: Exposição oral do professor com texto sobre o conteúdo. Ações discentes: Leitura sobre o conteúdo, debates, análise de mapas, notícias da internet, músicas e documentário. Recursos didáticos: Utilização de projetor multimídia, mapas, músicas, notícias de site da internet, documentário e livros 4. Catarse Espera - se que o aluno compreenda, nesse processo de aprendizagem, que: 4.1.O conceito de agricultura, sendo ela o cultivo de planta e animais para fornecer alimento ao ser humano e matéria-prima, sendo era de grande importância, pois ela é responsável pelo crescimento do PIB, sendo um dos setores econômicos que mais exporta para outros países. 4.2.A história do campo ao longo dos anos se transformou, o plantio e colheitas eram feitos de forma manual, empregando grande número de funcionários, às vezes demorava muito tempo e as pragas também eram um empecilho, contudo com a modernização e tecnologia, trouxe melhorias tanto na quantidade, quanto no tempo, os trabalhadores também mudaram e agora precisam de qualificação para operar o maquinário sofisticado. 41 4.3. Economicamente o uso da terra trouxe grande desenvolvimento, contribui com o PIB, nas exportações para todos os países a fora. 4.4.No âmbito social quem mora na zona rural, ricos ou pobres, a zona rural ainda continua esquecida pelo poder público, são propriedades que não possuem asfalto e luz na rua, escola e posto de saúde são sempre reivindicadas, pequenas propriedade rurais vivem as vezes em condições precárias, tendo de se auto sustentarem. 4.5. Na questão ambiental, o campo possui leis que obrigam que a propriedade rural não desmate totalmente sua propriedade, essas leis determinam um espaço para preservação da mata nativa, isso também contribui para rios e a prevenção de erosão no solo. 4.6. As diferenças dos moradores da propriedade pequena e a dos moradores de latifúndio é a renda e a classe social que eles estão inseridos. Desde quando o Brasil era apenas uma colônia a terra foi dividida e isso continua, a maioria das propriedades de grande extensão vem vindo de grandes famílias que possuem grande poder, enquanto os pequenos tentam se auto sustentar e ainda sofrem perseguição para deixar sua propriedade e vendê-las para os grandes latifúndios. 5. Prática social final Espera que o aluno antes de compreender e aprender o conteúdo, que ele crie criticidade ao que acontece no seu bairro, cidade, estado e país, se tornando um cidadão que acredita que com atitude e conhecimento possa fazer a diferença na sociedade brasileira, não apenas aceitando aquilo que é dado como o certo ou errado, buscando um mundo melhor e justo. 6. Referências https://m.brasilescola.uol.com.br/historiag/revolucao-industrial.htm https://m.brasilescola.uol.com.br/historiab/industrializacao-brasileira.htm https://m.brasilescola.uol.com.br/brasil/a-importancia-agropecuaria-brasileira.htm https://m.brasilescola.uol.com.br/brasil/os-problemas-sociais-no-campo-brasileiro.htm https://m.meuartigo.brasilescola.uol.com.br/geografia/as-relacoes-entre-cidade-campo.htm Anexos Música: https://m.brasilescola.uol.com.br/historiag/revolucao-industrial.htm https://m.brasilescola.uol.com.br/historiab/industrializacao-brasileira.htm https://m.brasilescola.uol.com.br/brasil/a-importancia-agropecuaria-brasileira.htm https://m.brasilescola.uol.com.br/brasil/os-problemas-sociais-no-campo-brasileiro.htm https://m.meuartigo.brasilescola.uol.com.br/geografia/as-relacoes-entre-cidade-campo.htm 42 Reis do Agronegócio Chico César Ouvir “Reis do Agronegócio”no Amazon Music Opções Ó donos do agrobiz, ó reis do agronegócio Ó produtores de alimento com veneno Vocês que aumentam todo ano sua posse E que poluem cada palmo de terreno E que possuem cada qual um latifúndio E que destratam e destroem o ambiente De cada mente de vocês olhei no fundo E vi o quanto cada um, no fundo, mente Vocês desterram povaréus ao léu que erram E não empregam tanta gente como pregam Vocês não matam nem a fome que há na terra Nem alimentam tanto a gente como alegam É o pequeno produtor que nos provê e os Seus deputados não protegem, como dizem: Outra mentira de vocês, pinóquios véios Vocês já viram como tá o seu nariz, hem? Vocês me dizem que o brasil não desenvolve Sem o agrebiz feroz, desenvolvimentista Mas até hoje na verdade nunca houve Um desenvolvimento tão destrutivista É o que diz aquele que vocês não ouvem O cientista, essa voz, a da ciência Tampouco a voz da consciência os comove Vocês só ouvem algo por conveniência Para vocês, que emitem montes de dióxido Para vocês, que têm um gênio neurastênico Pobre tem mais é que comer com agrotóxico Povo tem mais é que comer se tem transgênico É o que acha, é o que disse um certo dia Miss motosserrainha do desmatamento 43 Já o que acho é que vocês é que deviam Diariamente só comer seu "alimento" Vocês se elegem e legislam, feito cínicos Em causa própria ou de empresa coligada: O frigo, a múlti de transgene e agentes químicos Que bancam cada deputado da bancada Té comunista cai no lobby antiecológico Do ruralista cujo clã é um grande clube Inclui até quem é racista e homofóbico Vocês abafam, mas tá tudo no youtube Vocês que enxotam o que luta por justiça; Vocês que oprimem quem produz e que preserva Vocês que pilham, assediam e cobiçam A terra indígena, o quilombo e a reserva Vocês que podam e que fodem e que ferram Quem represente pela frente uma barreira Seja o posseiro, o seringueiro ou o sem-terra O extrativista, o ambientalista ou a freira Vocês que criam, matam cruelmente bois Cujas carcaças formam um enorme lixo Vocês que exterminam peixes, caracóis Sapos e pássaros e abelhas do seu nicho E que rebaixam planta, bicho e outros entes E acham pobre, preto e índio "tudo" chucro: Por que dispensam tal desprezo a um vivente? Por que só prezam e só pensam no seu lucro? Eu vejo a liberdade dada aos que se põem Além da lei, na lista do trabalho escravo E a anistia concedida aos que destroem O verde, a vida, sem morrer com um centavo Com dor eu vejo cenas de horror tão fortes Tal como eu vejo com amor a fonte linda44 E além do monte o pôr-do-sol porque por sorte Vocês não destruíram o horizonte... Ainda Seu avião derrama a chuva de veneno Na plantação e causa a náusea violenta E a intoxicação "né" adultos e pequenos Na mãe que contamina o filho que amamenta Provoca aborto e suicídio o inseticida Mas na mansão o fato não sensibiliza Vocês já não tão nem aí co’aquelas vidas Vejam como é que o ogrobiz desumaniza...: Desmata minas, a amazônia, mato grosso...; Infecta solo, rio, ar, lençol freático; Consome, mais do que qualquer outro negócio Um quatrilhão de litros d´água, o que é dramático Por tanto mal, do qual vocês não se redimem Por tal excesso que só leva à escassez Por essa seca, essa crise, esse crime Não há maiores responsáveis que vocês Eu vejo o campo de vocês ficar infértil Num tempo um tanto longe ainda, mas não muito E eu vejo a terra de vocês restar estéril Num tempo cada vez mais perto, e lhes pergunto O que será que os seus filhos acharão de Vocês diante de um legado tão nefasto Vocês que fazem das fazendas hoje um grande Deserto verde só de soja, cana ou pasto? Pelos milhares que ontem foram e amanhã serão Mortos pelo grão-negócio de vocês Pelos milhares dessas vítimas de câncer De fome e sede, e fogo e bala, e avcs Saibam vocês que ganham "cum" negócio desse Muitos milhões, enquanto perdem sua alma 45 Que eu me alegraria se afinal morresse Esse sistema que nos causa tanto trauma Eu me alegraria se afinal morresse Esse sistema que nos causa tanto trauma Eu me alegraria, ô Esse sistema que nos causa tanto trauma Ó donos do agrobiz, ó reis do agronegócio Ó produtores de alimento com veneno. Letra: https://m.letras.mus.br/chico-cesar/reis-do-agronegocio Notícia: “ Retratos do Brasil Rural: modernização da agropecuária contrasta com baixa escolaridade.” [ … ] Modernização da agricultura passou de máquinas e equipamentos para capital intelectual. “ Máquinas e insumos agrícolas marcaram a modernização da agricultura, mas na atual fase do processo destaca-se o consumo intensivo de capital intelectual (que congrega uma série de habilidades, competências, informações, conhecimentos, bancos de dados e técnicas). Destacam- se, na área, por exemplo: uso de irrigação; municípios com 50% e mais da área colhida com uso de sementes certificada e transgênica; municípios com 50% e mais dos estabelecimentos agropecuários com acesso a assistência técnica; aplicação de plantio direto; produção de eucalipto; estabelecimentos com dimensão acima de 100 hectares, segundo o número de colheitadeiras; e valor da produção da floricultura. Na pecuária bovina, destacam-se municípios que apresentam estabelecimentos com transferência de embriões; rastreamento; uso de rações indústrias; e confinamento e inseminação. Observa-se, por exemplo, a introdução do plantio direto no sistema de preparo do solo e o uso de sementes certificadas e transgênicas na cultura de grãos no oeste da Bahia, no sul do Maranhão e no Piauí. Ao lado do padrão espacial pontual de áreas modernizadas, típico do Nordeste, é visível um padrão contínuo em áreas de alta intensidade de lavoura e pecuária para abastecimento de grandes centros urbanos do país e para exportação, que abrange os estados das regiões Sul, Sudeste https://m.letras.mus.br/chico-cesar/reis-do-agronegocio/ 46 e Centro-Oeste. O uso de sementes certificadas e transgênicas se destaca em municípios das regiões Sul e Sudeste. A adoção de colheitadeira em grandes estabelecimentos (100 hectares e mais) permite observar uma seleção de áreas com contornos bem definidos nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso e Goiás. Já no caso da pecuária, o uso de tecnologias abrange especialmente Mato Grosso do Sul, parte de Minas Gerais e Goiás, além de áreas pontuais no Acre, no Amazonas e no Pará. ” [ … ] De 3,9 milhões de proprietários rurais, 82% eram analfabetos ou não tinham completado o ensino fundamental. “ De um total de 5,2 milhões de estabelecimentos agropecuários, 3,9 milhões (75,9%) eram geridos por proprietários, correspondendo a 69% da área total dos estabelecimentos. Desse contingente, 39% eram analfabetos ou sabiam ler e escrever sem terem frequentado escola e 43% não tinham completado o ensino fundamental. As mulheres, que respondiam por cerca de 13% dos estabelecimentos agropecuários, tinham a maior taxa de analfabetismo (45,7%), contra 38,1% dos homens. As maiores taxas de analfabetismo, tanto para os proprietários quanto para os ocupantes, se concentravam nos municípios das regiões Norte e Nordeste do país. A concentração dos maiores percentuais de produtores proprietários com nível médio de instrução (regular e profissionalizante) ocorre nas áreas de maior dinamismo da produção agrícola, com destaque no Centro-Sul, especialmente na região de domínio do complexo agroindustrial da soja e de outras commodities de exportação, demonstrando a correlação entre o aprimoramento técnico da agricultura e o nível de instrução do produtor rural. ” Link: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de- noticias/releases/14300-asi-retratos-do-brasil-rural-modernizacao-da-agropecuaria-contrasta- com-baixa-escolaridade Documentário: Documentário Terras Brasileiras O Documentário aborda o conflito de terra ocasionado pela disputa das terras do sul do Mato Grosso do Sul, que faz fronteira como o Paraguai, que envolve os povos indígenas guaranis - kaiowá e produtores rurais. O conflito é longo, os indígenas dizem que moram a mais tempo e são https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/14300-asi-retratos-do-brasil-rural-modernizacao-da-agropecuaria-contrasta-com-baixa-escolaridade https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/14300-asi-retratos-do-brasil-rural-modernizacao-da-agropecuaria-contrasta-com-baixa-escolaridade https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/14300-asi-retratos-do-brasil-rural-modernizacao-da-agropecuaria-contrasta-com-baixa-escolaridade 47 os guardiões da terra, enquanto os produtores que compraram essa terra, tem documentos regulamentando sua posse dessa terra. Tudo isso vai girar em torno de muita tensão, tendo confrontos a bala, despejos e mortes sem solução e o Estado não consegue, por falta de fiscalização e muitos erros, dar um final ao conflito. Documentário no Youtube: https://youtu.be/ebfv6c4aj2A https://youtu.be/ebfv6c4aj2A 48 PLANO DE AULA NA PERSPECTIVA HISTÓRICO-CRÍTICA (GASPARIN, 2002) Dados de identificação Professor: Bruno Disciplina: Geografia Tema: Segregação socioespacial Série: 2º Duração: 4 horas 1. Prática social inicial Conteúdos: Segregação socioespacial, preconceito, padrões de consumo, estilo de vida, acesso ou falta dele. Objetivo geral: Compreender a segregação socioespacial como um projeto histórico e futuro que leva a disseminação das desigualdades sociais. Objetivos específicos: Conhecer aspectos da segregação baseando em constatações no dia a dia. Experiências vivenciadas, viagens, mecanismos que fazem o aluno refletir a temática dentro da realidade que ele vive. Vivência do conteúdo: A minha irmã mora em São Paulo, e para chegar à região central é necessário pegar três ônibus. O rico mora em áreas planejadas. Separar, dividir, desestabilizar. 2. Problematização Dimensões do conteúdo a serem abordadas: Conceitual/ Científica: O que é segregação socioespacial? Social: É possível ter qualidade de vida morando tão distante do trabalho? Histórica: Como se forma a segregação? 49 Econômica: Qual tipo de renda
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