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Histórias em Quadrinhos

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Prévia do material em texto

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UNIDADE
5
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s jogos e as brincadeiras são práticas muito antigas e não parecem 
restritos aos humanos: nos animais tam ém se o servam certas 
ações que aparentemente visam apenas ao prazer. 
A busca de sensações agradáveis, de diversão e de relaxamento caracte-
riza os momentos de lazer. Embora a sociedade atual pareça adotar cada vez 
mais uma condição de vida em que o lazer e o trabalho não estão dissociados, 
nosso dia a dia ainda reserva momentos exclusivos para um e para outro.
Desde o século XIX, o entretenimento é visto como uma necessidade e, 
para atendê-la, criou-se uma indústria do lazer. O interesse dos jornais por 
publicar histórias em quadrinhos está relacionado a esse contexto.
Nesta unidade, estudaremos a história em quadrinhos como gênero
pertencente ao domínio discursivo do lazer, uma vez que seu objetivo, em 
geral, é oferecer ao leitor um momento de diversão, mesmo quando insinua 
uma crítica ou propõe uma reflexão. Mas a história em quadrinhos também 
ertence ao domínio ficcional, or a resentar uma narrativa ima inada, e ao 
domínio ornalístico, or circular em ornais, revistas e blo s. Pode ainda ser 
em re ada com fins educativos, como ocorre em cartilhas voltadas ara a 
revenção de doenças, situação em ue artici a do domínio instrucional.
O DOMÍNIO 
DISCURSIVO 
DO LAZER
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 O cinema e a história em quadrinhos surgiram no mesmo contexto: o da busca pelo entretenimento. Embora 
sempre tenham apresentado algumas semelhanças, como associar linguagem verbal e linguagem não verbal, os 
dois gêneros passaram a dialogar com mais força no fi nal da década de 1980, com o início das grandes produções 
cinematográfi cas que levaram para as telas as aventuras dos heróis famosos das histórias em quadrinhos em 
adaptações que se transformaram em sucesso de bilheteria no mundo todo, como as do Iron Man, da Marvel.
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CAPÍTULO
HISTÓRIA EM 
QUADRINHOS: GÊNERO 
QUE MUITOS AMAM
10
 A intera ão das lin ua ens ver-ç g g
bal e não verbal nas histórias
em quadrinhos
O formato dos quadrinhos
A lin ua em ró ria das histó-g g p p
rias em quadrinhos
Elementos implícitos
 Observe essa imagem 
feita há milhares de
anos na parede de 
uma das cavernas de
Valltorta, na Espanha. 
Repare que, se
enquadrarmos algumas 
dessas fi guras, teremos 
algo bem parecido 
com o que chamamos 
hoje de história em
quadrinhos. Narrar por 
meio de uma sucessão
de imagens é uma
prática antiga, que, 
inserida no mercado 
global, é responsável
atualmente pela 
movimentação de 
milhares de dólares. 
Neste capítulo, vamos 
conhecer algumas 
das características 
desse gênero.
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Milhares de sites
criados e desativados 
diariamente. Por essa
razão, é possível que
os endereços indicados 
neste capítulo não es-
tejam mais disponíveis.
leitura exige o conhecimento de características próprias da linguagem do gênero. 
O gênero textual história em quadrinhos é uma narrativa formada por quadros em 
sequência. Neles, o quadrinista registra as ações-chave, cabendo ao leitor imaginar o que 
acontece no “vazio” que liga um quadro a outro. A linguagem é predominantemente não 
verbal. Fala e pensamento de personagens são indicados de diferentes modos, assim como 
a fala do narrador, e é comum o uso de  também como recurso não verbal.
Onomatopeia:
palavra criada para 
reproduzir um som.
A arte de
Bill Watterson
Calvin
e Haroldo (Calvin and
Hobbes, no original) surgiu 
em 1985 e a última foi 
produzida dez anos depois.
Nesse período, seu autor,
Bill Watterson, convenceu
seus editores a lhe darem 
mais liberdade, o que lhe 
permitiu inovar formatos, 
dispondo a história diago-
nalmente, por exemplo. 
Watterson sempre defen-
deu a ideia de que as HQs
representam uma arte tão
valiosa quanto a pintura e 
 li r r l v n r
a pressão dos editores para 
transformar seus persona-
gens em produtos comer-
cializáveis, como bonecos 
ou estampas em camisetas. 
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Capa da primeira 
coletânea Calvin 
and Hobbes (1987).
Uma história em quadrinhos pode ocupar várias páginas, como acontece nos gibis, ou se 
apresentar em uma tirinha, nome que recebe a narrativa constituída por três ou quatro quadros, 
organizados em uma única faixa vertical ou horizontal, forma comum nos jornais.
As istórias em qua rin os pertencem ao . Entretanto, como rr
á foi dito, também podem ser vistas como exemplos do domínio ficcional, por apresentar uma 
narrativa imaginada, ou do domínio jornalístico, por circular em jornais, revistas e blogs, ou
ainda do domínio instrucional, quando usadas com objetivos educativos.
Os textos que você vai ler a seguir pertencem a HQs de grande sucesso no Brasil. O primeiro 
é uma tira de Calvin e Haroldo, do autor estadunidense Bill Watterson, e o segundo foi extraído 
da revista Turma da Mônica Jovem, produzida pelos estúdios Mauricio de Sousa. Junto deles, 
você encontrará alguns comentários sobre o gênero. Colabore para a análise respondendo 
oralmente às questões propostas.
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O gênero HQ atrai
muito os leitores jo-
vens; por isso, realize
a atividade oralmente
e incentive os alunos a
trazer informações de 
p p pp
exemplo, fazer com-
parações entre as tiras 
escolhidas e revistas
de super-heróis, que
usam outros recursos
para criar dinamismo e 
intensificar o confronto
entre o herói e o vilão.
O sucesso da Turma da Mônica
Mauricio de Sousa é o criador da famosa 
série de histórias em quadrinhos Turma da 
Mônica, que é publicada no Brasil e licenciada 
em mais 40 países, sendo traduzida para 14 
idiomas. A série teve início em 1963, com 
tirinhas dos personagens Bidu e Franjinha. A 
partir dos anos 1970, Mônica e Cebolinha se 
tornaram os protagonistas.
Turma da Mônica Jovem, os personagens 
originais aparecem já adolescentes.
Texto 1
Segunda leitura
CALVIN E HAROLDO Bill Watterson
As linhas que demarcam 
os balões em uma tira
são informativas, isto é,
elas revelam como deve
ser entendido o texto que
aparece naquele espaço.
1 Descreva as três formas
de representação de ba-
lões nessa tira e explique 
o que elas indicam.
A forma de
representar as letras 
dos textos também é
informativa em uma
HQ. No primeiro
quadrinho, o formato 
das letras indica ao
leitor que alguém 
está gritando.
2
nas palavras indica 
no terceiro e no
quarto quadrinho?
Alguns recursos da 
linguagem não verbal
ajudam a comunicar 
os sentimentos dos
personagens.
3 Que símbolo 
foi utilizado nesse
quadrinho? O que 
ele sugere?
Mu anças na posição o corpo os personagens entre um qua ro e outro e i erentes
fundos são recursos que indicam movimento. Quando desejam mostrar a ação durante 
seu processo, os quadrinistas costumam se valer de linhas, como a linha curva acima 
da cabeça de Susie sugerindo o movimento do seu braço e as duas linhas que marcam a 
trajetória da neve atirada em Calvin. As onomatopeias são usadas, nasHQs, para imitar 
os ruí os o am iente. Em gera , sua orma grá ca é coerente com o som representa o.
Em geral, os ambientes 
são reproduzidos sem 
detalhamento, apenas
com traços sufi cientes
para sugeri-los. Um 
traço bem defi nido 
delimita o contorno 
dos personagens 
e dos objetos. 
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2. Trata-se de um recurso de ênfase.
1. Primeiro quadro: a linha em zigue-zague indica que o texto foi 
enunciado em voz muito alta; segundo e terceiro quadros: a 
linha contínua marca a fala comum; quarto quadro: as peque-
nas circunferências ligando o balão aos personagens indicam 
que os textos são pensamentos.
3. Foram utilizados pequenos
corações, que simbolizam o 
amor entre os personagens.
Texto 2
TURMA DA MÔNICA
 JOVEM
Mauricio de So
SOUSA, Mauricio de. Turma da Mônica Jovem; Garoto Solteiro Procura. 
Grande parte das HQs diárias mantém 
m m m f rm vi
limitações do espaço nos jornais, mas 
algumas produções adotam quadros 
com formatos diferentes para dar 
maior dinamismo visual à narrativa.
4   
  
  
  
É comum nas HQs o emprego da 
metalinguagem. Por meio dela, o texto 
coloca em evidência a própria linguagem 
e a estrutura do gênero, extrapolando 
o universo construído pela narrativa. 
A fala de Cebolinha parece estar 
dirigida ao leitor ou ao autor da HQ e 
chama a atenção para sua existência 
como personagem de um mangá.
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TURMA DA MÔNICA JOVEM
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4. Com relação ao formato dos quadros, em lugar de 
vários retângulos menores, há um único retângulo 
por faixa. O enquadramento do primeiro mostra 
a cena completa, com os dois personagens e o 
ambiente; já o dos outros três apresenta o recurso 
que fala. Quanto ao fundo, nota-se a mudança 
de padronagem, que resulta numa representação 
menos realista.
Posteriormente, elas serão organizadas e di m uma
revista feita por vocês mesmos, de modo caseiro.
Sua produção poderá ser uma história em quadrinhos longa ou uma tirinha e
deverá narrar um conflito entre personagens, como mostraram as tiras de Calvin
e Turma da Mônica Jovem. Você pode se valer de personagens criados por outros
autores, já conhecidos do público, ou inventar os seus.
Planejando a história em quadrinhos
1. Defina o conflito que você vai narrar e, a partir dele, escolha quais e quantos serão os
personagens.
2. Se decidiu utilizar personagens já conhecidos, liste as características que poderão 
ser úteis para a construção da narrativa e que garantam a coerência entre as ações 
representadas e a expectativa do público. Se preferiu criar seus personagens, 
defina características que os tornem figuras interessantes para o leitor.
3. Esboce a sua narrativa e defina quantos quadros serão necessários para contá-la. 
Se pensar em uma tira, considere um limite de três ou quatro quadrinhos. Decida 
se usará uma estrutura fixa, com quadros de tamanhos e formatos semelhantes, 
ou se optará por uma apresentação mais arrojada, como a dos mangás ou gibis 
de super-heróis.
4. Defina se re resentará as falas ou se em re ará a enas recursos não verbais.
5. Defina também o efeito que sua HQ deverá produzir no final da narrativa: humor, 
suspense, medo, expectativa, etc.
Para fazer uma HQ mais leGal
Muitos quadrinhos estão disponíveis na internet. Você pode ler:
 Recruta Zero, de Mort Walker. Disponível em: <http://tiras-recruta-zero.blogs-
pot.com.br/>. Acesso em: 17 set. 2015.
 Calvin e Haroldo, de Bill Watterson. Disponível em: <http://depositodocalvin.
blogspot.com.br/2013/01/calvin-haroldo-tirinha-614-25-de-julho.html>. 
Acesso em: 17 set. 2015.
 Mafalda, de Quino. Disponível em: <http://clubedamafalda.blogspot.com.
br/2006/05/tirinha140.html#.VOIY2_nF9S0>. Acesso em: 17 set. 2015.
 Macanudo, de Liniers. Disponível em: <http://liniers.tumblr.com/>. Acesso em: 
17 set. 2015.
 Menino Maluquinho, de Ziraldo. Disponível em: <http://meninomaluquinho.
educacional.com.br/PaginaTirinha/PaginaAnterior.asp?da=01022015>. 
Acesso em: 17 set. 2015.
 Bichinhos de Jardim, de Clara Gomes. Disponível em: <http://bichinhosde 
jardim.com/about/>. Acesso em: 17 set. 2015.
 B ue e os gatos, e Pau o Kie wagen. Disponíve em: < ttp:// ueeosgatos.
com.br/site/>. Acesso em: 17 set. 2015.
 Armandinho, de Alexandre Beck. Disponível em: <http://tirasbeck.blogspot.
com.br>. Acesso em: 17 set. 2015.
 
br/>. Acesso em: 17 set. 2015.
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Tran uilize os alunos uanto à 
necessidade de ser um bom dese-
nhista ara realizar essa rodução.
É possível fazer uma boa HQ usan-
do figuras bem simples. Peça que 
prestem mais atenção à mane
como vão organizar a narrativa e ao 
uso de recursos típicos do gênero.
Elaborando a história em quadrinhos
1. Desenhe cada uma das cenas, lembrando-se de que devem representar momentos-
-chave da narrativa e que, em geral, o espaço pode ser bem simplificado. 
2. Depen en o e seu p anejamento, inc ua os a ões e a a ou e pensamento 
usando traços que permitam ao leitor distingui-los. Use, nas falas, um nível de 
linguagem mais ou menos formal dependendo do personagem e da situação. Pro-
cure incluir interjeições que revelem sentimentos e onomatopeias que expressem 
os sons do ambiente, inclusive sons humanos, como gargalhadas ou tosse.
3. Caso tenha preferido não usar a linguagem verbal, capriche na representação 
das expressões faciais e dos gestos para que a situação narrada possa ser 
compreendida. 
4. Observe se sua HQ pode ser enriquecida com o uso da metalinguagem ou de 
outros recursos estudados, como a simplificação do rosto, o exagero na repre-
sentação de uma ação, etc. 
5. Se você for leitor de quadrinhos, recorra a seu repertório de informações. Quais 
dos recursos que você conhece podem aprimorar a produção?
6. Não se esqueça de assinar a sua HQ.
Avaliação e reescrita: 
etapas fundamentais da produção textual
Embora muitos pensem que escrever é uma atividade difícil, ela é, de fato, uma 
atividade que exige treino. Até mesmo os escritores profissionais reescrevem várias 
vezes o próprio texto, procurando torná-lo mais enxuto, coeso, adequado.
Refazer: essa é a tarefa essencial para o autor de um texto. Mas qual o segredo 
para executá-la bem? 
Existem estratégias e mecanismos que nos auxiliam a avaliar nossa escrita e 
a localizar pontos que podem ser corrigidos ou aprimorados. Tais estratégias, no 
entanto, não são sempre iguais; elas mudam de acordo com o gênero do texto 
(mesmo porque cada um tem características próprias em relação a tema, estrutura, 
linguagem e público-alvo, por exemplo).
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 Autora revê seu manuscrito
depois da leitura do editor.
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O exercício de reelaboração é 
essencial para a formação de um
produtor de textos competente e 
o aluno precisa aprender a definir
critérios para, futuramente, avaliar 
a própria produção. Incluímos, 
como parte da produção de texto, 
umaetapa de avaliação em que, 
amparado em quadros de critérios,
estudante será orientado a corri-
gir as produções. Sugerimos que os 
procedimentos a seguir sejam lidos 
e explicados para a turma de modo 
a garantir seu melhor uso.
A seguir, apresentamos alguns procedimentos que vão ajudá-lo a aprimorar seus textos. 
Para cada produção textual, você encontrará ao final do capítulo uma grade com critérios 
específicos de avaliação. Essa avaliação pode ser feita em dupla, em grupo ou por você mesmo, 
conforme descrevemos abaixo.
1. Avaliação em dupla
a) Você e um colega trocam os cadernos ou folhas de texto. Enquanto você lê o texto dele, 
ele lê o seu.
b) Avalie se a produção do parceiro atende a cada um dos critérios numerados no quadro 
e, em caso afirmativo, escreva a lápis, no texto, o número correspondente. Lembre-se 
de que você deverá justificar sua avaliação.
c) Você também poderá indicar a lápis os eventuais desvios de ortografia, pontuação, 
concordância, escolha de vocabulário, etc.
d) Ao receber seu caderno de volta, verifique os itens que seu colega não avaliou positi-
vamente. Troquem observações sobre a produção. Se houver discordância quanto à 
avaliação de algum item, contem com a opinião dos demais colegas e do professor.
2. Avaliação em grupo
a A produção de um dos alunos é lida para o grupo. 
b Em con unto, os ouvintes avaliam se o texto do cole a atendeu a cada um dos critérios 
relacionados no quadro, justificando seu ponto de vista. Um dos alunos marcará os 
números que indicam os critérios bem realizados, conforme a conclusão a que o gru-
po chegou.
c) Se houver discordância, outros colegas e o professor deverão ser convidados a opinar.
d) Um dos integrantes do grupo ficará encarregado de assinalar, a lápis, aspectos da escrita 
que podem ser aprimorados.
3. Autoavaliação
a) Utilize os critérios descritos na grade de avaliação correspondente para checar sua pro-
dução. É possível que eles indiquem aspectos que você não levou em conta durante o 
processo de escrita. Releia seu texto anotando, num canto da folha, o número de cada 
critério atendido.
b) Identifique os aspectos textuais que não parecem bem resolvidos e, considerando as 
causas esses pro emas, pense em possíveis so uções.
c) Se achar necessário, discuta com um colega ou com o professor alguns pontos específicos.
d) Faça uma nova leitura do texto para verificar aspectos da escrita que podem ser apri-
morados, como ortografia, pontuação, concordância, escolha de vocabulário, etc.
O momento de reescrita de um texto é tão importante quanto o da escrita. Observe os 
passos a seguir para realizar essa tarefa. 
a) Utilize os comentários feitos pelos colegas e/ou suas próprias reflexões.
b) Retome o planejamento e a versão inicial de seu texto e verifique o que pode ser alterado 
para aprimorá-lo.
c) Reescreva integralmente o texto ou as partes que deseja aprimorar.
d) Prepare o texto para a publicação, considerando as orientações do livro didático e do 
rofessor.
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Entendemos que a ava-
liação de aspectos rela-
tivos à norma-padrão 
não concerne ao aluno
por sua especificidade.
Portanto não a incluí-
mos no quadro de cri-
térios. Sugerimos que 
os alunos anotem even-
tuais desvios a lápis e 
comentem-nos com os
colegas cujas produções 
estão em avaliação, re-
correndo ao professor
nos casos em que não
há consenso.
Você poderá optar por
corrigir o texto do alu-
no, caso queira que esse 
material seja um ins-
trumento de avaliação 
bimestral, por exemplo.
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