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APOSTILA I DE HISTÓRIA

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Julia Silva
 
APOSTILA I DE HISTÓRIA
História Antiga
SANTOS, J.S.
1. PRE HISTÓRIA
A Pré-História é o período que acompanha a evolução da Terra, do homem e todos os seres vivos. O estudo da Pré-História permite-nos acompanhar o desenvolvimento e a evolução dos primeiros hominídeos até o surgimento de ferramentas que possibilitaram o aperfeiçoamento no estilo de vida dos seres humanos.
A Pré-História tem como ponto de partida o surgimento dos primeiros hominídeos e encerra-se quando é desenvolvida a primeira forma de escrita pela humanidade — marco que aconteceu entre 3500 a.C. e 3000 a.C. Esse período é dividido, basicamente, em Paleolítico, Mesolítico e Neolítico.
Paleolítico (50000-18000 a. C.)
O Paleolítico é conhecido também como Idade da Pedra Lascada porque os objetos utilizados pelos grupos humanos desse período, para sua sobrevivência cotidiana, eram produzidos desse material. O Paleolítico é um período que se estendeu de 3 milhões de anos atrás até 10000 a.C., sendo dividido em três fases, que são: Paleolítico Inferior, Médio e Superior.
Características:
· Caça, pesca e coleta de frutos e raízes;
· Nomadismo;
· Famílias/clãs;
· Desenvolvimento da linguagem;
· Início dos rituais funerários;
· Domínio do fogo;
· Objetos de ossos e de pedra lascada;
· Pequenas esculturas.
Mesolítico
O Mesolítico é uma fase intermediária e entendida pelos especialistas como uma fase de transição entre Paleolítico e Neolítico. O Mesolítico, conforme apontam os especialistas da área, foi um período reservado apenas às regiões nas quais aconteceram ciclos intensos de glaciação. Sendo assim, aponta-se que a Eurásia foi um local no qual o Mesolítico aconteceu e estendeu-se, aproximadamente, de 13000 a.C. a 9000 a.C.
Neolítico
O Neolítico ou Idade da Pedra Polida é o último período pré-histórico e estendeu-se de 10000 a.C. até 3000 a.C. Os marcos importantes do Neolítico são o desenvolvimento da agricultura e o desenvolvimento da primeira forma de escrita.
Características:
· Revolução Neolítica (agricultura e domesticação dos animais);
· Processo de sedentarização;
· Produção de tecidos (c/ teares);
· Desenvolvimento da cerâmica (p/ armazenar alimentos);
· Criação de barcos;
· Monumentos megalíticos (menir, dólmem e cromlech).
Idade dos Metais
O desenvolvimento de técnicas de fundição de metais possibilitou o abandono progressivo dos instrumentos de pedra. O primeiro metal a ser fundido foi o cobre, posteriormente o estanho. Da fusão desses dois metais, surgiu o bronze, mais duro e resistente, com o qual fabricavam espadas, lanças etc. Por volta de 3000 a.C. produzia-se bronze no Egito e na Mesopotâmia.
Características:
· Surgimento da metalurgia (fundição do cobre, do estanho e do ferro);
· Desenvolvimento do artesanato;
· Surgimento do comércio (c/ a produção de excedentes);
· Revolução Urbana (surgimento de grandes cidades);
· Surgimento das diferenças sociais;
· Surgimento do Estado.
2. IDADE ANTIGA
A Idade Antiga ou Antiguidade foi o período da história que se desdobrou desde a invenção da escrita (4000 a.C. a 3500 a.C.) até a queda do Império Romano do Ocidente (476 d.C.) e início da Idade Média (século V).
Neste período temporal, constatamos que as chamadas civilizações antigas, que conhecem a escrita, coexistem com outras civilizações, escrevendo sobre elas (Proto-História).
Diferentes povos se desenvolveram na Idade Antiga, entre elas as civilizações do Egito, Mesopotâmia, China, as civilizações clássicas como Grécia e Roma, os Persas, os Hebreus, os Fenícios, além dos Celtas, Etruscos, Eslavos, dos povos germanos (visigodos, ostrogodos, anglos, saxões,) entre outros.
A Antiguidade foi um período importantíssimo da história, pois nessa época teve início a formação de Estados constituídos com certo grau de nacionalidade, territórios e organização mais complexas que outras cidades encontradas antes desse período da história.
Termos mais comuns sobre idade antiga:
· Sociedade Hidráulica: Antiguidade oriental (mesopotâmia e Egito);
· Teocracia: Líder que afirmava ter relação/escolhido por Deus (líderes políticos e religiosos);
· Sociedade estamental: forma de organização social na qual a sociedade é dividida em grupos sociais separados uns dos outros por privilégios – não tem mobilidade social.
3. EGITO ANTIGO
O Egito Antigo foi uma das mais importantes civilizações da Antiguidade. A vida egípcia estava regulada pelas cheias do rio Nilo. Quando as águas voltavam ao leito normal deixavam o solo recoberto com um limo que fertilizava a terra para a agricultura.
O Egito Antigo foi formado a partir da mistura de diversos povos, a população era dividida em vários clãs, que se organizavam em comunidades chamadas nomos. Estes funcionavam como se fossem pequenos Estados independentes.
Por volta de 3500 a.C., os nomos se uniram formando dois reinos: o Baixo Egito, ao Norte e o Alto Egito, ao Sul. Posteriormente, em 3200 a.C., os dois reinos foram unificados por Menés, rei do alto Egito, que se tornou o primeiro faraó, criando a primeira dinastia que deu origem ao Estado egípcio.
 
Tradicionalmente, a história do Egito Antigo é estudada em seis fases principais:
· Período Pré-Dinástico: começou por volta de 4000 a.C., quando os nomos (pequenos estados) foram estabelecidos em torno da econômica agrícola, artesanato e uso de metais;
· Período do Antigo Império: teve início em 2780 a.C e ficou marcado pela unificação política do império sob a égide dos faraós;
· Período intermediário: quando houve a recuperação do poder pelos nomos;
· Médio Império: estendeu-se até 1.785 a.C.;
· Novo período intermediário: caracterizou-se pela invasão dos hicsos, que se estabeleceram no delta do Nilo até por volta de 1580 a.C.
· Alto Império: de 1580 a 1200 a.C., foi marcado tanto pela expulsão dos hicsos quanto pela guerra intensa com diversos povos.
Todas essas fases foram marcadas por personalidades específicas e eventos singulares, como o cativeiro dos hebreus. Depois, houve o Período Helenístico, marcado pela expansão e domínio da civilização grega comandada por Alexandre, o Grande.
Após o domínio Helenístico, o Egito não teve mais um desenvolvimento autônomo, sendo subordinado por outras civilizações, como ocorreu na época de Cleópatra, em que o Egito se tornou uma província dos romanos.
Sociedade egípcia
A antiga sociedade egípcia estava dividida de maneira rígida e nela praticamente não havia mobilidade social.
No topo da sociedade encontrava-se o Faraó e sua imensidão de parentes. O faraó era venerado como um verdadeiro deus, pois era considerado como o intermediário entre os seres humanos e as demais divindades.
Abaixo do faraó e de sua família vinham as camadas privilegiadas como sacerdotes, nobres e funcionários. Na base da pirâmide social egípcia estavam os não privilegiados que eram artesãos, camponeses, escravos e soldados.
Civilização egípcia
A civilização egípcia foi extremamente sofisticada e suas marcas estão entre nós até a atualidade.
Os egípcios, como todos os povos da Antiguidade, eram ótimos astrônomos e observando a trajetória do sol dividiram o calendário em 365 dias e um dia em 24 horas, que é usado até hoje pela maioria dos povos ocidentais.
Na medicina, os egípcios escreveram vários tratados sobre remédios para cura das doenças, cirurgias e descrição do funcionamento dos órgãos
Na escrita, a sociedade egípcia desenvolveu a escrita pelos hieroglifos. Estes eram figuras de animais, partes do corpo ou objetos do cotidiano que era utilizado para registrar a história, os textos religiosos, a economia do reino, etc.
Cultura egípcia
A principal arte desenvolvida no Egito Antigo foi a arquitetura. Profundamente marcada pela religiosidade, as construções voltaram-se principalmente para a edificação de grandes templos como os de Karnac, Luxor, Abu-Simbel e as célebres pirâmides de Gizé, que serviam de túmulos aos faraós, entre as quais se destacam Quéops, Quéfrene Miquerinos. 
Economia egípcia
O rio Nilo era responsável por mover a economia, pois após as cheias, quando a terra estava fértil, plantavam-se trigo, cevada, frutas, legumes, linho, papiro e algodão. De igual maneira, o Nilo servia para pesca e garantia a unidade política ao antigo Egito, porque era uma via utilizada para comunicar os dois pontos do território.
Para melhor aproveitar o rendimento do terreno, os egípcios desenvolveram sistemas de medida e contagem. Afinal, os impostos eram pagos conforme o tamanho da área cultivada e era preciso anotar com exatidão as quantidades cobradas.
A terra pertencia ao faraó e os camponeses eram obrigados a dar parte de seus produtos para o Estado em troca do direito de cultivar o solo. No entanto, a construção de diques, reservatórios e canais de irrigação era tarefa do Estado, que empregava tanto mão de obra livre quanto escrava para fazê-lo.
4. MESOPOTÂMIA 
Mesopotâmia foi o nome da região localizada entre os rios Tigre e Eufrates, no Oriente Médio, principalmente onde hoje se concentra o Iraque. Essa região é considerada um dos berços da civilização, uma vez que as primeiras cidades do mundo surgiram lá. A palavra “Mesopotâmia” teve origem no idioma grego e significa “terra entre rios”, fazendo menção exatamente aos dois rios que banhavam seu território.
Características
· Alta rotatividade no domínio;
· Entre os rios Tigre e Eufrates;
· Região muito fértil;
· Geograficamente não favorável;
· Sem proteções naturais;
Economia e Sociedade
· Agricultura (trigo e cevada);
· Artesanato e comercio cresceram posteriormente;
· Monarquia Teocrática absoluta;
· Controle de excedente agrícola pelos templos;
· Pirâmide social composta pelo rei no topo, abaixo a aristocracia composta pelos sacerdotes e militares, seguida pela grande massa de trabalhadores e alguns escravos.
Religião
· Descendência quase que total dos sumérios;
· Politeístas (divindades ligadas à natureza);
· Lenda do Dilúvio (deus Marduk e Gilgamés);
· Lenda da Criação;
· Recompensas terrenas imediatas;
· Não acreditavam em vida após a morte;
Povos da Mesopotâmia 
Os principais povos que viveram na Mesopotâmia foram os sumérios (IV milênio a.C.), de origem desconhecida, que estabeleceram uma civilização nas regiões próximas ao atual Golfo Pérsico. Os sumérios desenvolveram canais de irrigação, contribuindo para o desenvolvimento da agricultura e também ficaram conhecidos na história como os inventores da roda (invento que revolucionou os meios de transportes). Além disso, foram responsáveis por criar uma das mais antigas formas de escrita (cuneiforme) e construíram as primeiras cidades da história (a primeira Revolução Urbana), chamadas de cidades-estado (as principais foram Ur, Uruk e Lagash).
Outros povos que se estabeleceram na Mesopotâmia foram os acádios (2350 a.C.), de origem semita, e que formaram o Império Acádio, primeiro grande Estado desenvolvido na Mesopotâmia. Os babilônios (1900 a.C.), também de origem semita, foram os responsáveis por desenvolver o segundo e maior império de toda a história da Mesopotâmia. Hamurábi (1728-1686 a.C.) foi o principal rei babilônico. Durante seu governo, a Babilônia se tornou um dos maiores centros comerciais do mundo antigo; ele unificou toda Mesopotâmia. Hamurábi também criou o primeiro código de Leis da humanidade: denominado Código de Hamurábi, baseava-se no princípio do talião (‘olho por olho, dente por dente’).
Os assírios (1300 a.C.) construíram o Império Assírio. Conhecidos como um dos povos mais guerreiros da Mesopotâmia, os assírios tratavam os vencidos com extrema crueldade e violência e foram os criadores do primeiro exército da história. Entretanto, foram vencidos pelos caldeus no ano de 612 a.C. Estes eram de origem semita e ficaram conhecidos na história por seu principal rei, Nabucodonosor (612-539 a.C.), que fundou o Segundo Império Babilônico. Nesse período, a Mesopotâmia viveu o auge arquitetônico: Nabucodonosor construiu a Torre de Babel e os jardins suspensos da Babilônia. No ano de 539 a. C., os babilônios foram conquistados pelos persas, acontecimento que causou o fim da Mesopotâmia.
5. PERSAS
Os persas constituíram uma das mais importantes civilizações da Antiguidade. A Pérsia se localizava, principalmente, ao leste da Mesopotâmia, no atual território ocupado pelo Irã, que era chamado de Pérsia até 1935, quando mudou seu nome.
O Império Persa
Os persas se estenderam por um largo território. Dentre as suas conquistas destacamos: a Babilônia, o Egito, os Reinos da Lídia, Fenícia, Síria, Palestina e as regiões gregas da Ásia Menor.
Quem deu início ao Império Persa foi Ciro, o Grande (560 a.C – 529 a.C). Porém, o desenvolvimento da civilização se deve, principalmente a Dario I, o Grande.
Características Império Persa
· Tolerância Cultural e Religiosa;
· Integração da nobreza que foi derrotada porem com obrigação de pagar tributos (“Parcerias”);
· Formação de estradas;
· Velocidade de Sistema de Correio;
· Divisão do Império em Satrapias;
· Padronização da moeda (Darico);
· Teocracia (religião + politica);
· Sociedade estamental e militarista
A política persa
Os persas foram um dos primeiros povos a realizar uma reforma política e administrativa. Era preciso organizar a população que havia sido conquistada. Assim, a reforma administrativa, realizada no governo de Dario deu origem às satrapias - províncias governadas pelos sátrapas. Estes eram considerados os “olhos e ouvidos do rei”, pessoas de confiança encarregadas de vigiar os sátrapas.
Desse modo, o sistema político e administrativo da civilização persa possuía um nível de complexidade maior em relação a outras sociedades do período.
 (Ciro, o grande)
Economia persa
Os persas viviam da agropecuária, da mineração, do artesanato e dos impostos cobrados aos povos subjugados.
A construção da Estrada Real propiciou o desenvolvimento do comércio, pois tornou as viagens mais rápidas e seguras. A fim de poder negociar com todos as regiões do seu vasto império, os persas instituíram uma moeda, o dárico.
 (Dario) 
Cultura, Arte e Religião Persa
Os persas construíram grandes obras arquitetônicas e seus palácios, além de grandes, eram bastante luxuosos, além de belos jardins que eram chamados de ‘Paradise’, dai a ideia que temos hoje de paraíso. Os mosaicos e as pinturas retratam os feitos dos imperadores assim como os deuses.
Zoroastrismo ou Masdeísmo é o nome da antiga religião desse povo, que teve origem na fusão das crenças populares dos povos persas, feita pelo seu fundador, o profeta Zoroastro ou Zaratustra – daí a origem do nome. Trata-se de uma religião dualista, ou seja, que acredita no princípio do Bem versus Mal. 
6. GRECIA ANTIGA
Grécia Antiga é a época da história grega que se estende do século XX ao século IV a.C. Quando falamos em Grécia Antiga não estamos nos referindo a um país unificado e sim num conjunto de cidades que compartilhavam a língua, costumes e algumas leis. Muitas delas eram até inimigas entre si como foi o caso de Atenas e Esparta.
Para facilitar os estudos, podemos dividir a história da Grécia Antiga em quatro períodos: PRÉ-HOMÉRICO, HOMÉRICO, ARCAICO e CLÁSSICO. Localizava-se em sua maior parte no sudeste da Europa e abrangia três importantes regiões:
· Grécia continental
· Grécia Insular (ilhas)
· Grécia Asiática (Ásia)
Política 
No Período Clássico, os gregos procuraram cultivar a beleza e a virtude desenvolvendo as artes da música, pintura, arquitetura, escultura, etc. Com isso, acreditavam que os cidadãos seriam capazes de contribuir para o bem-comum. Estava lançada, assim, a democracia. A democracia era o governo exercido pelo povo, ao contrário dos impérios que eram liderados por dirigentes que eram considerados deuses, como foi o caso do Egito dos Faraós. A democracia desenvolveu-se principalmente em Atenas, onde os homens livres tinham oportunidade de discutir questões políticas em praça pública. 
Sociedade 
Cada polis tinha sua própria organização social e algumas, como Atenas, admitiam a escravidão, por dívida ou guerras. Por sua vez,Esparta, tinha poucos escravos, mas possuíam os servos estatais, que pertenciam ao governo espartano. Ambas as cidades tinham uma oligarquia rural que os governava. Também em Atenas verificamos a figura dos estrangeiros chamados metecos. Só era cidadão quem nascia na cidade e por isso, os estrangeiros não podiam participar das decisões políticas da polis. 
Economia 
A economia grega se baseava em produtos artesanais, na agricultura e no comércio. Os gregos faziam produtos em coro, metal e tecidos. Estes davam muito trabalho, pois todas as etapas de produção - desde a fiação até o tingimento - eram demoradas. Os cultivos estavam dedicados às vinhas, oliveiras e trigo. A isto somavam-se à criação de animais de pequeno porte. O comércio ocorria entre as cidades gregas, nas margens do Mediterrâneo e afetava toda sociedade grega. Para realizar as trocas comerciais se usava a moeda "dracma". Havia tanto o pequeno comércio do agricultor, que levava sua colheita ao mercado local, quanto o grande comerciante, que possuía barcos que faziam toda rota do Mediterrâneo.
Religião 
A religião da Grécia Antiga era politeísta. Ao receber a influência de vários povos, os gregos foram adotando deuses de outros lugares até constituir o panteão de deuses, ninfas, semideuses e heróis que eram cultuados tanto em casa como publicamente. As histórias dos deuses serviam de ensinamento moral à sociedade, e também para justificar atos de guerra e de paz. Os deuses também interferiam na vida cotidiana e, praticamente, havia uma deidade para cada função. Se um grego tivesse uma dúvida em relação a qual atitude tomar, poderia consultar o oráculo de Delfos. Ali, uma pitonisa entraria em transe a fim de tomar contato com os deuses e responderia à questão. Como essa era dada de forma enigmática, um sacerdote se encarregaria de interpretá-la ao cliente. 
Cultura 
A cultura grega está intimamente ligada à religião, pois a literatura, a música e o teatro contavam os feitos dos heróis e de sua relação com os deuses que viviam no Olimpo. As peças teatrais eram muito populares e todas as cidades tinham seu espaço cênico (chamado orquestra) onde eram encenadas as tragédias e comédias. A música era importante para alegrar banquetes civis e acompanhar atos religiosos. Os principais instrumentos eram a flauta, tambores e harpas. Esta última era utilizada para ajudar os poetas a recitarem suas obras. Igualmente, os esportes faziam parte do cotidiano grego. Por isso, para celebrar a aliança entre as diferentes polis, organizavam-se competições nos tempos de paz. A primeira delas foi realizada em 776 a.C, na cidade de Olímpia e daí seria conhecida como Jogos Olímpicos, ou simplesmente, Olimpíadas. Naquela época, só os homens livres que soubessem falar grego poderiam tomar parte na competição.
7. ROMA ANTIGA
O Império Romano é considerado a maior civilização da história ocidental. Durou cinco séculos: começou em 27 a.C. e terminou em 476 d.C.
Formação
· Modelo lendário: Remo, Romulo e/ou Loba
· Modelo cientifico: junção de povos
· Etruscos
· Latinos
· Gregos
Monarquia
A partir do século VII a.C., prevaleceu o poder dos etruscos. O rei possuía caráter religioso e poder executivo, e a sociedade escravista e que valorizava a propriedade privada. 
· Senado: controlava o poder do rei
· Assembleia: homens em idade militar que podiam vetar ou não decisões do senado. 
OBS: O último rei, Tarquinius, foi tirado do poder pelos patrícios por medo de alianças com os plebeus.
Republica 
A República Romana foi um período da história da civilização romana que durou 500 anos, de 509 a.C. a 27 a.C. quando foi governada por senadores e magistrados.
· Senado (patrícios) legislativo 
· Cônsules poder militar e religioso 
· Edil construções 
· Questores tesoureiros 
· Pretores justiça 
Revolta de monte sagrado (494 a 450 a.C.) 
Os plebeus - que representavam a classe pobre - deflagraram uma greve geral, porém com características próprias: resolveram abandonar, em massa, a velha Roma e se dirigiram a um monte não muito distante da cidade.
Vendo-se perdidos sem os plebeus, os quais eram essenciais à vida econômica e militar de Roma, os patrícios decidiram dialogar com os ressurretos a fim de reverter, em caráter de urgência, aquele quadro desolador e letal à sobrevivência da velha cidade. A plebe (de onde surgiu a palavra plebiscito) reivindicava pelo menos o direito de defesa nas assembleias. Conseguiram mais do que isto: foi criado o Tribunato Plebeu.
Alguns anos depois (471 a.C.), conseguiram que seus tribunos fossem escolhidos pelos próprios plebeus. Vinte e seis anos depois dessa nova conquista, conseguiram que plebeus se casassem com patrícios. Em 367 a.C. angariaram o direito de não serem mais presos por dívida. Sessenta e sete anos depois, a igualdade religiosa, e 13 anos depois, uma grande conquista: o Senado romano não mais poderia anular as decisões realizadas em plebiscitos. 
Guerras Púnicas 
Guerras Púnicas é o nome dado a três guerras travadas entre Cartago – cidade localizada no norte da África e Roma, entre os anos 264 a.C e 146 a.C. Cartago detinha o monopólio comercial marítimo, enquanto Roma almejava o expansionismo. Ambas lutaram pelo domínio da região do Mar Mediterrâneo.
Primeira Guerra Púnica (264-241 a.C.): Roma conquista os territórios das ilhas Sicília, Córsega e Sardenha.
Segunda Guerra Púnica (218-201 a.C.): Cartago é bem sucedida nas mãos do comando do general cartaginês Aníbal Barca, que conquista territórios e soldados, porem roma consegue matar a Aníbal e toma todos territórios por ele conquistado. 
Terceira Guerra Púnica (149-146 a.C.): Roma vence Cartago e aumenta o poder do mar mediterrâneo, anexando a Grécia e Macedônia  “mare nostrum”.
REFERENCIAS
BEZERRA, J. Império Romano. Toda Matéria, s.d. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/império-romano/>
Finley, M.I. 1980 A economia antiga. Porto, Afrontamento. Bibliografia reservada na biblioteca.
Finley, M.I. 1986 A política no mundo antigo. Rio de Janeiro, Zahar. Bibliografia reservada na biblioteca.
Garraffoni, R. 2002 Bandidos e salteadores na Roma Antiga. São Paulo, Annablume/FAPESP. Bibliografia reservada na biblioteca.
MACHADO, Carlos Augusto Ribeiro. A Antiguidade tardia, a queda do Império romano e o debate sobre o “fim do Mundo Antigo”. Revista de História, vol. 173, São Paulo, 2015, p. 81-114.
Thelm, N. 1998 O público e o privado na Grécia do século VIII ao IC a.C. O modelo ateniense. Rio de Janeiro, Sette Letras. 
Vidal-Naquet, P. 2002 Os gregos, os historiadores, a democracia. O grande desvio. São Paulo, Cia das Letras.
__________. Análises do sistema-mundo e o Império romano. Mare Nostrum. Estudos sobre o Mediterrâneo antigo, n. 5, São Paulo, 2014, p. 166-96.

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