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Historia geral Max Dantas

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Sumário
Pré História 4
Períodos da Pré-história 5
Paleolítico 5
Mesolítico 6
Neolítico 6
Idade dos Metais 6
Idade Antiga 7
Civilização Egípcia 8
Mesopotâmia 10
Fenícios 12
Hebreus 13
Persas 15
Grécia 16
Roma 23
Divisão e Invasões Bárbaras 29
Idade Média 31
Reinos Bárbaros 32
Império Romano do Oriente ou Império Bizantino 34
Império Islâmico 37
Sociedade Feudal 40
Baixa Idade Média 42
Idade Moderna 48
Renascimento 49
Reforma Protestante 53
Grandes Navegações 57
Mercantilismo 59
Absolutismo 61
A Revolução Inglesa do século XVII 62
Iluminismo 65
Revolução Industrial 69
Independência dos EUA 73
Idade Contemporânea 76
Revolução Francesa 77
Era Napoleônica (1799-1815) 82
Revoluções Liberais (1830-1848) 86
Idéias Socialistas 89
Guerra da Secessão nos EUA 91
Comuna de Paris 92
Unificações	 92
Neocolonialismo ou Imperialismo 94
1ª Guerra Mundial 96
Revolução Russa 100
Crise de 1929 (Grande Depressão) 104
Regimes Totalitários 105
Segunda Guerra Mundial 110
Guerra Fria 115
Revolução Chinesa 117
Descolonização Afro Asiática 124
Oriente	Médio	e	o	conflito	árabe-israelense	 130
Nova Ordem Mundial 135
Ao contrário do significado da expressão que nomeia o período inicial da história humana, a Pré-História não se trata de um período a parte da História. Este termo foi elaborado por historiadores do 
século XIX, que acreditavam ser impossível julgar o passado por documen-
tos que não fossem escritos. No entanto, o período pré-histórico, conta com 
um riquíssimo aparato documental que relata as descobertas e costumes do 
homem. Além disso, nos traz à tona uma série de questões de interesse atual, 
como a que se refere à relação do homem com a natureza.
 Pré- História é o período compreendido entre o aparecimento do ho-
mem sobre a Terra (há aproximadamente 2,5 milhões de anos) e o surgi-
mento da escrita, por volta do ano 4000 a. C. Esses mihões de anos ser-
viram para a evolução das espécies humanas, sendo as primeiras espécies 
encontradas o Australopithecus e o Homo habilis. 
O Australopithecus possuía uma arcada dentária e um esqueleto idên-
ticos aos do homem atual. Além disso já andavam sobre dois pés e possuía 
um cérebro pequeno. 
Já o Homo habilis foi o primeiro a fabricar e utilizar instrumentos para 
diversos fins, além de já ter domínio sobre o fogo. 
Parece ter sido o Homo erectus a última escala evolutiva até o homem 
atual. Foi ele quem primeiro abandonou a África, com seu nomadismo, es-
palhando-se pelo mundo. 
Antes de chegar à espécie atual, o Homo sapiens, o homem passou por 
uma série de transformações, conforme atestam os fósseis encontrados do Ne-
anderthal, na Alemanha, e do Cro-Magnon, na França. 
P
ré
 H
is
tó
ri
a
Professor Max Dantas
5
nas. Uma das mais importantes descobertas dessa época foi o 
fogo. Com esse poderoso instrumento, os homens pré-históri-
cos alcançaram melhores condições de sobrevivência median-
te as severas condições climáticas. Além disso, o domínio do 
fogo	modificou	os	hábitos	alimentares	humanos,	com	a	intro-
dução da caça e vegetais cozidos. 
Sem contar com técni-
cas de produção agrícola, o 
homem vivia deslocando-se 
por diversos territórios. Pra-
ticantes do nomadismo, os 
grupos paleolíticos utiliza-
vam dos recursos naturais à 
sua volta. Depois de consu-
mi-los, migravam para regi-
ões que apresentavam maior 
disponibilidade de frutas, caça e pesca. Para fabricar suas ar-
mas e utensílios, os homens 
faziam uso de osso, madei-
ra,	 marfim	 e	 pedra.	 Devi-
do a essas características da 
cultura material do período, 
também costumamos cha-
mar o Paleolítico de Perío-
do da Pedra Lascada. 
Por volta de 40 mil 
anos, os povos do paleolí-
tico começaram a viver em 
grupos mais populosos. Ao 
mesmo tempo, começaram 
a criar novas moradias feitas 
a partir de gravetos e peles 
de animal. Uma das gran-
des fontes de compreensão 
desse período é encontrada nas paredes das cavernas, onde 
se situam as chamadas pinturas rupestres. Nelas temos infor-
mações sobre o homem pré-histórico referente à suas ações 
cotidianas. 
No	fim	do	Paleolítico,	uma	série	de	glaciações	 transfor-
mou as condições climáticas do mundo. As temperaturas tor-
naram-se mais amenas e, a partir de então, foi possível o pro-
A Pré-história pode ser dividida em qua-
tro períodos: o Paleolítico, ou Idade da Pedra 
Lascada, o Mesolítico, o Neolítico, ou Idade da 
Pedra Polida e a Idade dos Metais: 
Paleolítico - é caracterizado pelo uso de 
utensílios elaborados a partir da pedra lascada. 
Nesse momento, o ser humano era nômade, 
subsistindo a partir da coleta, da caça e da pes-
ca. Constituía comunidades onde predominava 
a propriedade coletiva dos meios de produção. 
Mesolítico - é o período intermediário entre o neolítco 
e o paleolítco onde o homem conseguiu dar grandes passos 
rumo ao desenvolvimento e à sobrevivência de forma mais se-
gura. O domínio do fogo foi o maior exemplo disto. Outros 
dois grandes avanços foram o início do desenvolvimento agrí-
cola e a domesticação dos animais.
Neolítico - é marcado pelo processo de sedentarização da 
espécie humana. A partir do domínio sobre técnicas agrícolas 
e da criação de animais, formaram-se os primeiros núcleos ur-
banos e deu-se a organização das tribos, que correspondem a 
formações sociais mais complexas. 
Idade dos Metais - foi o momento em que o ser huma-
no, aperfeiçoando técnicas de metalurgia, conseguiu elaborar 
instrumentos de trabalho e armas. Com isso, alguns grupos 
passaram a deter a hegemonia sobre outros e as sociedades di-
vidiram-se em classes sociais. 
Períodos da Pré-história
Conhecido como o mais extenso período da história hu-
mana, o Período Paleolítico abrange uma datação bastante va-
riada que vai de 2,7 milhões de anos até 10.000 a.C.. Despro-
vido	de	técnicas	sofisticadas,	os	grupos	humanos	dessa	época	
desenvolviam hábitos e técnicas que facilitavam sua sobrevi-
vência em meio às hostilidades impostas pela natureza. 
Nesse período, as baixas temperaturas da Terra obriga-
vam o homem do Neolítico a viver sob a proteção das caver-
Paleolítico
Vasilha pré histórica pintada
Predras lascadas
Arte rupestre do Paleolítico numa 
caverna da Espanha
História Geral
6
cesso	de	fixação	dos	grupos	humanos.
Mesolítico
Durante o Neolítico ou Idade da Pedra Polida (8.000 a. C. 
a 4.000 a. C.) a prática da caça e da coleta se tornaram opções 
cada vez mais difíceis, sendo que, a agricultura e o consequen-
te processo de sedentarização, juntamente, com a domestica-
ção animal se tornaram práticas usuais entre os grupos hu-
manos que se formaram nesse período. A estabilidade obtida 
por essas novas técnicas de domínio da natureza e dos animais 
também possibilitou a formação de grandes aglomerados po-
pulacionais.	Essas	significativas	mudanças	ocorridas	ao	longo	
desse	período	ficaram	conhecidas	como	Revolução	Neolítica,	
ou Revolução agrária, fator decisivo para a sobrevivência dos 
povos nesse período, segundo o arqueólogo Gordon Childe.
Novas formas de organização social surgiam e, assim, as 
primeiras instituições políticas do homem podem ter sido for-
madas nessa mesma época. A criação e o abandono de formas 
coletivas de organização sócio-econômicas podem ser vislum-
brados no Neolítico. Conforme alguns pesquisadores, as pri-
meiras sociedades complexas, criadas em torno da emergência 
de líderes tribais ou a organização de um Estado, são frutos 
dessas transformações. 
Surge também o comércio, e com isso o dinheiro, que fa-
cilita a troca de materiais, e que era na época, representado 
por sementes. Estas sementes, diferenciadas umas das outras, 
representavam cada tipo, cada valor. Uma aldeia, ao produzir 
mais do que o necessário e, para não perder grande parte da 
Neolítico
produção que não iria ser utilizada, troca o excesso por peças 
de artesanato, roupas e outras utensílios com outras aldeias.
Neste momento deixam de usar peles de animais como 
vestimenta,	 que	dificultam	a	 caça	 e	muitas	outras	 atividades	
pelo seu peso, e passam a usar roupas de tecido de lã,linho e 
algodão, mais confortáveis e leves. O omem também inventou 
a roda e desenvolveu meios de transportes como barcas de 
couro e carros puxados por força animal.
Idade dos Metais
Considerada a última fase do Neolítico (entre 5.000 a. C. 
a 4.000 a. C.), a Idade dos Metais marca o início da domina-
ção dos metais por parte das primeiras sociedades sedentárias 
da Pré-História. Através do domínio de técnicas de fundição, 
o	homem	teve	condições	de	criar	instrumentos	mais	eficazes	
para	o	 cultivo	 agrícola,	 derrubada	de	floretas	 e	 a	prática	da	
caça.	Além	disso,	o	domínio	sobre	os	metais	 teve	 influência	
nas disputas entre as comunidades que competiam pelo con-
trole das melhores pastagens e áreas férteis. Dessa maneira, as 
primeiras guerras e o processo de dominação de uma comu-
nidade sobre outra contou com o desenvolvimento de armas 
de metal. 
O primeiro tipo de metal utilizado foi o cobre. Com o 
passar dos anos o estanho também foi utilizado como outro 
recurso na fabricação de armas e utensílios. Com a junção des-
ses dois metais, por volta de 3000 a.C., tivemos o aparecimen-
to do bronze. Só mais tarde é que se tem notícia da descoberta 
do ferro. Manipulado por comunidades da Ásia Menor, cerca 
de 1300 a.C., o ferro teve um lento processo de propagação. 
Isso se deu porque as técnicas de manipulação da liga de ferro 
eram de difícil aprendizado. 
Contando com sua utilização, observamos que a maior re-
sistência dos produtos e materiais metálicos teve grande im-
portância na consolidação das primeiras grandes civilizações 
do	Mundo	Antigo.	Assim,	 o	 uso	do	metal	 pôde	 influenciar	
tanto na expansão, como no desaparecimento de determina-
das civilizações
Pedra polida do Neolítico
Anotações
O Mesolítico foi o período pré-histórico situado entre o 
Paleolítico	e	o	Neolítico.	O	seu	nome	significa	 Idade	Média	
da Pedra (do grego mesos=medio e lithos=pedra) por contra-
posição ao Paleolítico (Idade Antiga da Pedra) e ao Neolítico 
(Idade Nova da Pedra). 
	É	marcado	principalmente	pelo	fim	das	eras	glaciais	e	ade-
quação da temperatura da terra à prática da agricultura, o que 
facilita os assentamentos humanos, o homem descobre novos 
materiais e técnicas a serem utilizados na confecção das ferra-
mentas	de	trabalho,	como	instrumentos	de	caça	mais	eficien-
tes e avançados. Os materiais utilizados normalmente eram o 
sílex, os ossos e os chifres. É durante esse período que encon-
tramos as primeiras manifestações do uso da cerâmica.
Idade Antiga, foi o período que se estendeu desde a invenção da escrita (4000 a.C. a 3500 a.C.) até a queda do Impé-rio Romano do Ocidente (476 d.C.). A passagem da Pré 
história para a história, se passa no momento em as organizações 
sociais e políticas desenvolvem o domínio da escrita e passam para 
um estado organizado
Diversos povos se desenvolveram na Idade Antiga. As civili-
zações de regadio - ou civilizações hidráulicas - (Egito, Mesopotâ-
mia, China), as civilizações clássicas (Grécia e Roma), os Persas 
(primeiros a constituir um grande império), os Hebreus (primeira 
civilização monoteísta), os Fenícios (senhores do mar e do comér-
cio), além dos Celtas, Etruscos, Eslavos, dos povos germanos (vi-
sigodos, ostrogodos, anglos, saxões, etc) e outros.
A Antiguidade foi uma era importantíssima, pois nessa épo-
ca tivemos a formação de Estados organizados com certo grau de 
nacionalidade e territórios e organização mais complexas que as 
cidades que encontramos antes desse período da história. Algumas 
religiões que ainda existem no mundo moderno tiveram origem 
nessa época, entre elas o cristianismo, o budismo, confucionismo 
e judaísmo.
Id
ad
e 
A
nt
ig
a
Tá
bu
a 
e 
fic
ha
s 
de
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âm
ic
as
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st
ra
nd
o 
re
ce
ita
s 
e 
im
po
st
os
História Geral
8
O Egito é uma dádiva do Nilo, dis-
se Heródoto, historiador grego. A de-
pendência que esta civilização apresen-
ta em relação ao Nilo é absoluta, pois 
seu vale abrange mais de 1500 Km. 
Este grande rio têm como ação natural 
as cheias e vazantes que depositam hú-
mus ao longo de seu leito favorecendo 
a agricultura.
A ocupação do vale por grupos au-
tônomos deu-se durante o neolítico, 
pelas boas condições agrícolas da ter-
ra. Estes grupos se organizavam em al-
deias, que eram denominadas de No-
mos, as quais eram coordenadas pelo 
nomarca na construção de trabalhos hi-
dráulicos.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
A história política do Egito Antigo é tradicionalmente di-
vidida em duas épocas:
Pré-Dinástica (até 3200 a.C.): ausência de centralização 
política pois a população estava organizada em nomos (comu-
nidades primitivas) independentes da autoridade central que 
era	chefiada	pelos	nomarcas.	Dois	reinos	Alto Egito (sul) e 
Baixo Egito (norte) surgiram por volta de 3500 a.C. em con-
sequência da necessidade de se unir esforços para a constru-
ção de obras hidráulicas. A unificação dos nomos se deu em 
meados do ano 3000 a.C., período em que se consolidaram a 
economia agrícola, a escrita e a técnica de trabalho com metais 
como cobre e ouro. 
Dinástica: forte 
centralização política. 
Menés, rei do Alto Egi-
to, subjugou em 3200 
a.C. o Baixo Egito. Pro-
moveu a unificação 
política das duas ter-
ras sob uma monarquia 
centralizada na imagem 
do faraó, dando início 
ao Antigo Império, Me-
nés tornou-se o primei-
ro faraó. Os nomarcas 
passaram a ser “gover-
nadores” subordina-
dos à autoridade fara-
ônica.
Política
A forma de gover-
Civilização Egípcia no desenvolvida pelos faraós é denominada como Monarquia 
teocrática. O governante (faraó) 
era soberano hereditário, absoluto 
e considerado uma encarnação di-
vina. Era auxiliado pela burocracia 
estatal nos negócios de Estado, ha-
vendo uma forte centralização do 
poder com anulação dos poderes 
locais devido à necessidade de con-
jugação de esforços para as gran-
des construções.
O governo era proprietário 
das terras e cobrava impostos das 
comunidades camponesas (servi-
dão coletiva). Os impostos podiam 
ser pagos via trabalho gratuito nas 
obras públicas ou com parte da 
produção.
Antigo Império (3 200 a 2 000 a.C.):
Tinha como capital a cidade de Ménfis. Os sucessores 
de Menés organizaram um sistema monárquico, despótico e 
altamente burocratizado de caráter teocrático. O rei-deus (te-
ocracia) era supremo e todos os outros eram seus servos. Foi 
aproximadamente entre 2 700 e 2 600 a.C. que construíram as 
grandes pirâmides em Gisé (Quéops, Quéfren e Miqueri-
nos). Depois dessas monumentais construções, os gastos para 
sua manutenção tornaram-se insustentáveis. Os faraós perde-
ram o poder e com eles a centralização política, aumentando o 
poder aos nomarcas. O Egito passa, então, por um período in-
termediário, onde a paz e a prosperidade foram coisas raras.
 Médio Império (2 000 a 1 580 a.C.)
O faraó recupera o poder, Tebas é a nova capital (Vale 
dos Reis) e os faraós da XII dinastia ampliaram as obras de 
irrigação devolvendo a prosperidade ao Egito. Apesar dessa 
prosperidade, os Hicsos, oriundos da Ásia menor, com toda 
sua superioridade bélica invadem o Egito e reinam no delta 
por quase dois séculos, mantendo os faraós isolados em Te-
bas. Nessa época também houve a invasão dos hebreus (se-
Mapa do Antigo Egito
Professor Max Dantas
9
mitas).
Novo Império (1 580 a 1 100 a.C.)
Após a expulsão dos hicsos em 1 580 a.C. por Amosis I, 
houve o despertar de um sentimento nacionalista e militarista 
que submeteu os hebreus à escravidão até 1 250 a.C. no epi-
sódio conhecido como Êxodo. Foi o apogeu do Egito como 
maior império do mundo, Tutmés III (1 480 a 1 448 a.C.) deu 
ao império a maior expansão territorial, até o Eufrates e Ra-
msés II (1 292 a 1 225 a.C.) derrotou os hititas na batalha do 
Kadesh, assegurando o domínio territorial sobre a Palestina e 
a Síria. As novas riquezas obtidas possibilitaram a construção 
de	magníficos	templos	em	Luxor e Karnak, conhecido como 
a morada dos deuses.
Foi durante 
o novo império 
que houve a re-
forma religio-
sa monoteísta(1 
350 a.C.), reali-
zada por Ame-
nófis IV (1 377 
a 1 358 a.C.), que 
mudou seu nome 
para Akhenaton 
(aquele que agrada a Aton), anulada após sua morte. 
Baixo Império (1 100 à 525 a.C.):
Após 1 100 a.C. ocorreu um lon-
go período de decadência com con-
quista de diversos povos, inclusive os 
Assírios em 622 a.C sob Assurbani-
pal.
Psamético I, governante da cida-
de de Saís, liberta o país dos assírios, 
conhecido como Renascimento Saíta, 
dando início ao último período de in-
dependência do Egito que posterior-
mente (525 a.C.) foi conquistado pe-
los persas sob Cambises virando uma 
mera província desses
Sociedade
No Egito Antigo observamos uma estrutura bastante rígi-
da, na qual a possibilidade de ascensão era mínima entre seus 
integrantes,	sendo	as	profissões	cargos	e	funções	transmitidas	
por hereditariedade. A sociedade estava assim dividida:
*Faraó: governante máximo do Estado e adorado como 
uma divindade viva descendente de Amon-Rá. A função polí-
tico-religiosa por ele ocupada imprimia uma natureza teocrá-
tica ao governo egípcio. Para a população, a prosperidade ma-
terial estava intimamente ligada às festas e rituais feitos em sua 
homenagem.
* Sacerdotes: compunham um primeiro e restrito grupo 
social privilegiado. A função 
de mediadores entre os deu-
ses e os homens lhes conce-
dia enorme prestígio entre os 
demais membros da socieda-
de egípcia. Responsáveis pelo 
equilíbrio das atividades reli-
giosas, tomavam a tarefa de 
administrar todos os bens a 
serem ofertados pelos deu-
ses. Dessa forma, acabavam 
acumulando uma expressiva 
quantidade de bens materiais 
ao longo de sua vida.
* Membros da nobreza ou família real: eram originá-
rios da família do Faraó, dos líderes do Exército e dos altos 
funcionários do governo. 
* Escribas: formavam um setor intermediário da socie-
dade egípcia. Em razão de sua formação escolar privilegiada, 
em que apren-
diam a escrita 
e a leitura dos 
h i e r ó g l i f o s , 
eram remune-
rados para au-
xiliarem no de-
senvolvimento 
de várias ativi-
dades comer-
ciais e adminis-
trativas.
* Comerciantes: também tinham grande importância 
para o desenvolvimento da economia egípcia ao promoverem 
a circulação de riquezas entre seu povo e as demais civilizações 
vizinhas. Graças à sua ação, era possível o acesso a uma série 
de produtos, como a madeira, utilizada na construção de em-
barcações e sarcófagos; o cobre e o estanho, metais úteis na fa-
bricação de armamentos militares; e ervas, geralmente empre-
gadas	na	medicina	e	nos	processos	de	mumificação.
*Soldados e artesãos: Compunham uma parcela menos 
privilegiada da sociedade egípcia. Os soldados viviam dos pro-
dutos recebidos em troca dos serviços por eles prestados e, 
em alguns momentos da história egípcia, eram recrutados en-
tre povos estrangeiros. Da mesma forma, os artesãos tinham 
uma vida bastante simples e trabalhavam nas construções e 
oficinas	existentes	no	país.	
* Felás, escravos e camponeses: faziam parte de seg-
mentos inferiores da sociedade egípcia. Em geral, estes escra-
vos eram obtidos por meio das conquistas militares. Curio-
samente, esses não viviam uma condição social radicalmente 
subalterna com relação aos seus donos. Mais tolerantes aos es-
trangeiros que outros povos, os egípcios tinham o costume de 
zelar pela condição de vida dos escravos postos sob o seu do-
Ramsés II
Máscara mortuária de Tuntancamon
Nefertiti
História Geral
10
mínio. Os camponeses trabalhavam como servos nas terras do 
Estado e recebiam pouco pela função que exerciam.
O papel da religião
A vida dos egípcios estava marcada pela religião e seus 
deuses. Osíris ensinou a agricultura aos seres humanos mas 
acabou traído e morto pelo irmão e rival Seth. Isis, sua mu-
lher, convenceu os outros deuses a trazer de volta Osíris para 
a Terra: era ele que julgava após a morte os egípcios. Ouvia a 
defesa de cada um e, depois de pesar o coração do indivíduo - 
para saber se estava mentindo ou não - decidia pela inocência 
ou culpabilidade.
A crença na vida após a morte acompanhava o egípcio du-
rante toda a sua existência. Desta forma, a construção de gran-
des túmulos, onde estavam acumulado tesouros e objetos de 
uso pessoal do morto, servia para que depois da vida ele man-
tivesse a mesma condição material.
Segundo o egiptólogo A. Abu Bakr, a “crença no além foi 
sem	dúvida	favorecida	e	influenciada	pelas	condições	geográ-
ficas	do	Egito,	onde	a	aridez	do	solo	e	o	clima	quente	assegu-
ravam uma notável conservação dos corpos após a morte, o 
que deve ter estimulado fortemente a convicção de que a vida 
continuava no além-túmulo”.
O politeísmo da religião egípcia foi brevemente interrom-
pido pela instituição do monoteísmo pelo faraó Amenófis IV 
(1380-1362 a.C.) com o culto ao deus Aton. Além de razões 
religiosas, o faraó também pretendia diminuir os poderes dos 
sacerdotes, enriquecidos pelo pagamento de tributos, e que 
exerciam	 enorme	 influência	 política.	Amenófis	 fundou	 uma	
nova capital em Tel - El - Armana, perseguiu os sacerdotes 
inimigos da reforma mas não conseguiu obter apoio popular. 
Após a sua morte foi restabelecido o politeísmo e a capital re-
tornou para Tebas.
Artesanato e cultura
O artesanato era muito importante. Utilizaram o linho e 
o couro de animais, confeccionavam cerâmicas e durante lar-
go tempo não houve separação entre agricultores e artesãos: 
como o ciclo agrícola era de seis meses (plantio e colheita), o 
restante do tempo era aproveitado nas atividades artesanais e 
na conservação dos canais de irrigação e dos reservatórios.
O	papiro	 era	 abundante	 às	margens	 do	Nilo.	 As	 fibras	
da planta foram usadas para fazer embarcações, redes e cor-
das, mas acabou tendo enorme importância quando utilizado 
como matéria-prima para fazer papel. De acordo com o histo-
riador J. Yoyotte, o “cultivo intensivo do papiro provavelmen-
te contribuiu para o desaparecimento dos pântanos, refúgio 
dos pássaros, crocodilos e hipopótamos, que, na opinião dos 
próprios antigos, davam brilho à paisagem egípcia”.
Aspectos econômicos
 A agricultura de regadio foi a principal ativida-
de econômica no Antigo Egito. É chamada assim por estar di-
retamente relacionada às obras hidráulicas. O Estado (Faraó) 
comandava as atividades produtivas uma vez que era detentor 
das terras. A população camponesa vivia numa estrutura re-
pressiva de servidão coletiva (corvéia real) pagando impos-
tos em produtos ou em trabalho ao faraó. Não havia especia-
lizações	produtivas	regionais	e	o	território	era	auto-suficiente	
com relação às matérias primas básicas. O Estado não se mo-
netarizou e os objetos eram trocados por objetos. Os arte-
sãos trabalhavam apenas para enfeitar os palácios e adornos 
pessoais.
Mesopotâmia, do grego “entre rios” é uma região loca-
lizada entre os rios Tigres e Eufrates, onde surgiram as pri-
meiras cidades-Estado e atualmente se situa no território do 
Iraque. As grandes civilizações que surgiram na sua área, cres-
cente fértil, se originaram pelas boas condições agrícolas da 
terra, que se dava quando a neve que cobria as montanhas da 
Armênia, degelava e inundava as planícies próximas aos rios 
Tigres e Eufrates, tornando estas terras férteis para o plantio.
Vários povos antigos habitaram essa região entre os sécu-
los V e I a.C. Entre estes povos, podemos destacar: babilôni-
cos, assírios, sumérios, caldeus, amoritas e acádios. No geral, 
eram povos politeístas, pois acreditavam em vários deuses li-
gados à natureza. No que se refere à política, tinham uma for-
ma de organização baseada na centralização de poder, onde 
apenas uma pessoa ( imperador ou rei ) comandava tudo. A 
economia destes povos era baseada na agricultura e no co-
mércio nômade de caravanas. 
Povos Mesopotâmicos
Sumérios: Provavelmente se originaram na Ásia central 
por	volta	do	ano	3500	a.C.,	fixaram-se	ao	sul	da	Mesopotâmia,	
na região em que os rios Tigres e Eufrates desembocam no 
Golfo Pérsico. Aí estabelecidos, desenvolveram técnicas hi-
dráulicaspara armazenar a água que seria usada nos períodos 
de seca e para controlar as cheias dos dois grandes rios, evi-
tando a destruição das plantações. 
Os sumérios desenvolveram um sistema de leis basea-
dos nos costumes, foram habilíssimos nas práticas comerciais 
e criaram o sistema de escrita cuneiforme, assim chamado, 
porque escreviam em plaquetas de argila com um estilete em 
forma de cunha. Organizavam-se politicamente em cidades-
Estados como Ur, Nipur e Lagash. Cidade-Estado é a co-
munidade urbana soberana, ou seja, uma unidade política com 
características de Estado soberano. 
Cada uma dessas cidades era independente e governada 
por um Patesi, que exercia as funções de primeiro-sacerdo-
te do deus local, governador, chefe militar e supervisor das 
obras hidráulicas. 
Acadianos: Um ponto fraco dos Sumérios foi às cons-
Mesopotâmia
Professor Max Dantas
11
tantes guerras pelo poder da região. Isso abriu caminho para 
os acádios se fortalecerem. Por volta de 2.550 a.C., começa as 
invasões acadianas às cidades sumérias. Comandados pelo rei 
Sargão I, as cidades sumérias foram conquistadas, ele con-
seguiu	unificar	politicamente	o	centro	e	sul	da	Mesopotâmia,	
dando origem ao primeiro império mesopotâmico, que expan-
diu desde o Golfo Pérsico até o norte da Mesopotâmia. Com 
essas expansões, Sargão I, tornou-se conhecido como “ o so-
berano dos quatro cantos da terra”. Com essa união de povos 
( do império acadiano mais a cultura sumeriana) , o resultado 
foi notado na escrita, com destaques para os registros da nova 
língua- semítica- junto com caracteres cuneiforme. 
Amoritas: Criaram o primeiro Império Babilônico, a par-
tir da cidade de Babilônia, 
por isso são conhecidos 
como antigos babilônios. 
Hamurábi, o mais impor-
tante rei da Babilônia, tor-
nou-se famoso por ter ela-
borado o primeiro código 
de leis escritas de que se 
tem notícia. As punições 
previstas pelos Código de 
Hamurábi variavam de 
acordo com condição so-
cial da vítima e do infrator. 
Dele se extraiu a Lei de 
Talião: “Olho por olho, dente por dente...” 
Assírios: Depois da 
morte de Hamurábi, o esplen-
dor da Babilônia não durou 
muito. Anos mais tarde toda 
a Mesopotâmia foi conquista-
da pelos assírios, povo que vi-
via nas regiões áridas e infér-
teis do norte mesopotâmico, 
em cidades como Nínive e 
Assur. A crueldade era uma 
das principais características dos guerreiros assírios. Para eles a 
guerra era essencial, pois viviam do saque, da escravidão e dos 
impostos e tributos pagos pelos povos que submetiam. Nas 
conquistas militares houve alguns destaques: com Sargão II, 
os assírios conquistaram o reino de Israel. Com Tiglatfalasar, 
invadiram a cidade de Babilônia. Posteriormente, no reinado 
de Senaqueribe e de Assurbanipal, eles chegaram no apogeu, 
conquistando territórios entre o Golfo Pérsico até o Egito. 
Com Senaqueribe, citado até mesmo na Bíblia, a capital foi 
Nínive, e com Assurbanipal , foram feitas as últimas grandes 
conquistas onde inclui o Egito. Este rei , além de ter um espíri-
to guerreiro era apreciador da ciência e da literatura, tanto que 
criou uma grande biblioteca em Nínive.
Após a morte dele(631 a.C.) , o império enfraqueceu , isto 
porque os povos conquistados queriam ver- se livres do terror, 
provocando assim várias revoltas. Em 612 a.C., Nabopolas-
sar, rei dos Caldeus ,junto com os Medos , destruíram Nínive 
e iniciaram o 2º império babilônico.
Caldeus: Com os caldeus, A Babilônia recuperou seu res-
plendor. No reinado de Nabucodonosor, o Novo Império 
Babilônico atingiu seu apogeu. Suas terras se estendiam por 
quase todo o Oriente Médio, limitando-se com o Egito. A Ba-
bilônia enriqueceu-se e embelezou-se com grandes obras pu-
blicas, como os até hoje famosos jardins suspensos construí-
dos por Nabucodonosor, tornando-se a mais notável cidade 
do Oriente . Em 539 a.C. a Babilônia foi conquistado pelos 
exércitos dos persas. A vitória foi facilitada pelo apoio dos sa-
cerdotes e comerciantes babilônicos, que se aliaram aos inva-
sores em troca da manutenção de seus privilégios.
Organização política
Os pântanos da antiga Suméria (hoje sul do Iraque) foram 
o berço das cidades-estados do mundo. As cidades-estados 
pertenciam a um Deus, representado pelo rei. A autoridade do 
rei estendia-se a todas as cidades-estados. Ele era auxiliado por 
sacerdotes, funcionários e ministros.
Legislava em nome das divindades, assegurava as práticas 
religiosas, zelava pela defesa de seus domínios, protegia e regu-
lamentava a economia.
Código de Hamurábi
Touro alado Assírio
Império Assírio
Torre de Babel
História Geral
12
O mais ilustre soberano da Mesopotâmia foi Hamurábi. 
Por volta de 1750 a.C., Hamurábi, um rei babilônico, conse-
guiu conquistar toda a Mesopotâmia. Fundou um vasto Im-
pério, ao qual impôs a mesma administração e as mesmas leis. 
Era uma legislação baseada na lei de Talião (olho por olho, 
dente por dente, braço por braço, etc.). É o famoso código de 
Hamurábi, o primeiro conjunto de leis escritas da História.
Sociedade e Economia
Independentemente dos povos que ocuparam a Meso-
potâmia, podemos generalizar e dividir a sociedade, nos di-
ferentes, em: classes privilegiadas (sacerdotes, nobres, 
militares e comerciantes) e não-privilegiadas (artesãos, 
camponeses e escravos). No topo dessa organização social 
estava o rei, considerado como representante de um determi-
nado deus na Terra.
As classes privilegiadas os altos cargos públicos e mono-
polizavam o poder, a riqueza e o saber e viviam ricamente da 
exploração do trabalho das massas não-privilegiadas. Cabe 
destacar que os cargos e funções eram passadas de pais para 
filho,	e	a	posição	social	era	definida	pelo	nascimento,	 sendo	
assim podemos denominar esta sociedade como Imobilista e 
Hierarquizada.
Na Mesopotâmia as terras cultiváveis pertenciam aos deu-
ses; por isso a maior parte delas era propriedade dos templos 
e dos governantes. Essas terras eram entregue aos campone-
ses para o cultivo de cevada, trigo, legumes, árvores frutíferas 
como a macieira, o pessegueiro, a ameixeira, a pereira e, prin-
cipalmente, a tamareira. Pelo direito de cultivar o solo os cam-
poneses eram obrigados a entregar aos sacerdotes parte do 
que produziam.
Como grandes proprietários e grandes exploradores do 
trabalho dos camponeses, artesãos e escravos, os sacerdotes 
acumulavam grandes fortunas. Além de serem explorados em 
sua mão-de-obra pela elite latifundiária, os camponeses e os 
escravos eram obrigados a trabalhar coletivamente na constru-
ção de obras hidráulicas e de obras públicas. 
Religião
A religião mesopotâmica era politeísta e antropomórfi-
ca. Cada cidade tinha seu deus, cultuando como todo pode-
roso e imortal. Os principais deuses eram: Anu, deus do céu; 
Shamash, deus do Sol e da justiça; Ishtar, deusa do amor; e 
Marduk, criador do céu, da Terra, dos rios e dos homens.
Além de politeístas, os mesopotâmicos acreditavam e gê-
nios, demônios, advinhações e magias. Procuravam viver in-
tensamente, pois achavam que os mortos permaneciam num 
mundo subterrâneo e sem esperanças de uma nova vida. Para 
eles a vida cotidiana e o futuro das pessoas podiam ser de-
terminados pela posição dos astros no céu. Os sacerdotes se 
aproveitaram das crendices para divulgar a astrologia, elaborar 
os horóscopos e monopolizar as previsões diárias através da 
leitura dos astros.
A Escrita
A invenção da escrita é atribuída aos sumérios. Eles escre-
viam na argila mole com o auxílio de pontas de vime. O tra-
ço deixado por essas pontas tem a forma de cunha (V), daí o 
nome de “escrita cuneiforme”.
Com cilindros de barro, os mesopotâmicos faziam seus 
contratos, enquanto no Egito se usava o papiro.
Em 1986, foi descoberta por arqueólogos, perto de Bagdá, 
capital do Iraque, uma das mais antigas bibliotecas do mundo, 
datada do século X a.C. A biblioteca continha cerca de 150.000 
tijolos de argila com inscrições sumerianas. A literatura carac-
terizava-se pelos poemas religiosos e de aventura.A arquitetura
O edifício característico da arquitetura suméria é o zigu-
rate, depois muito copiado pelos povos que se sucederam na 
região. Era uma construção em forma de torre, composta de 
sucessivos terraços e encimada por um pequeno templo. Nas 
obras arquitetônicas os mesopotâmicos usavam tijolos cozi-
dos (pois a pedra era muito cara) e ladrilhos esmaltados. Pre-
feriam construir palácios. As habitações de escravos e homens 
de condições mais humildes eram, às vezes, simples cubos de 
tijolos crus, revestidos de barro. O telhado era plano e feito 
com troncos de palmeira e argila comprimida. As casas simples 
não tinham janelas e à noite eram iluminadas por lampiões de 
óleo de gergelim.
Os fenícios localizavam-se na porção norte da Palestina, 
onde hoje se encontra atualmente o Líbano. Os povos origi-
nários dessa civilização são os semitas que, saindo do litoral 
norte	do	Mar	Vermelho,	fixaram-se	na	Palestina	realizando	o	
cultivo de cereais, videiras e oliveiras. Além da agricultura, a 
pesca e o artesanato também eram outras atividades por eles 
desenvolvidas. 
A proximidade com o mar e o início das trocas agrícolas 
com os egípcios deu condições para que o comércio marítimo 
destacasse-se como um dos mais fortes setores da economia 
fenícia. Ao longo da faixa litorânea por eles ocupada surgiram 
diversas cidades-Estado, como Arad, Biblos, Tiro, Sídon e 
Ugarit. Em cada uma dessas cidades um governo autônomo 
era responsável pelas questões políticas e administrativas. 
O poder político exercido no interior das cidades fenícias 
costumava ser assumido por representantes de sua elite marí-
timo-comercial.	Tal	prática	definia	o	regime	político	da	fení-
cia como uma talassocracia, ou seja, um governo comandado 
por homens ligados ao mar. Em meados de 1500 a.C. a ativi-
dade	 comercial	 fenícia	 intensificou-se	 consideravelmente	 fa-
zendo com que surgisse o interesse pela dominação de outros 
povos comerciantes. 
No ano de 1400 a.C.os fenícios dominaram as rotas co-
Fenícios
Professor Max Dantas
13
merciais, ante-
riormente con-
troladas pelos 
cretenses, que li-
gavam a região 
da Palestina ao 
litoral sul do Me-
diterrâneo. Na 
trajetória da ci-
vilização fenícia, 
diferentes cida-
des imprimiam 
sua hegemonia 
comercial na re-
gião. 
Por volta de 
100 a.C. – após 
o auge dos cen-
tros urbanos de 
Ugarit, Sídon e 
Biblos – a cida-
de de Tiro expandiu sua rede comercial sob as ilhas da Costa 
Palestina chegando até mesmo a contar com o apoio dos he-
breus. Com a posterior expansão e a concorrência dos gregos, 
os comerciantes de Tiro buscaram o comércio com regiões do 
Norte da África e da Península Ibérica. 
Todo esse desenvolvimento mercantil observado entre os 
fenícios	influenciou	o	domínio	e	a	criação	de	técnicas	e	saberes	
vinculados ao intenso trânsito dos fenícios. A astronomia foi 
um campo desenvolvido em função das técnicas de navegação 
necessárias à prática comercial. Além disso, o alfabeto fonético 
deu origem às línguas clássicas que assentaram as bases do al-
fabeto ocidental contemporâneo. 
No campo religioso, os fenícios incorporaram o predomi-
nante politeísmo das sociedades antigas. Baal era o deus asso-
ciado ao sol e às chuvas. Aliyan,	seu	filho,	era	a	divindade	das	
fontes. Astartéia era uma deusa vinculada à riqueza e à fecun-
didade. Durantes seus rituais, feitos ao ar livre, os fenícios cos-
tumavam oferecer o sacrifício de animais e homens.
Hebreus
A civilização hebraica é proveniente da Palestina, região 
localizada entre o deserto da Arábia, Síria e Líbano. Próxima 
ao	mar	Mediterrâneo	e	cortada	pelo	rio	Jordão,	a	Palestina	fi-
cou conhecida como um dos principais entrepostos comer-
ciais do mundo antigo. Sendo uma região habitada por dife-
rentes povos, a Palestina é o grande palco da histórica rixa 
entre árabes e palestinos. 
Os hebreus organizaram sua população em diversos clãs 
patriarcais seminômades. Esses grupos familiares se dedica-
vam principalmente à criação de gado ao longo dos oásis espa-
lhados no deserto da Arábia. A história dos hebreus se inicia 
a dois mil anos antes de Cristo e convive com outras grandes 
civilizações expansionistas do mesmo período. A história he-
braica se concentra nos textos bíblicos do Antigo Testamento, 
que relatam o cotidiano, os hábitos e as crenças dos judeus. 
Influenciados	 por	 um	 pensamento	 fortemente	 religioso,	
o povo hebreu fundou uma crença monoteísta focada na ado-
ração do deus Iaweh. Seguindo a liderança de homens desig-
nados	por	Iaweh,	os	hebreus	se	julgavam	uma	nação	santifica-
da que deveria manter e expandir a sua população. Por conta 
disso, as famílias eram bastante extensas e as mulheres tinham 
como	 função	primordial	 tratar	da	 criação	de	 seus	filhos.	Os	
homens detinham papéis de liderança na administração das tri-
bos e as mulheres eram preparadas para o casamento. 
O escravismo era uma prática comum na sociedade he-
braica. Parte da própria população poderia vir a ser escraviza-
da por conta de algum tipo de acordo ou punição religiosa. Os 
demais escravos eram provenientes das conquistas militares. A 
condição dos escravos era bastante relativa, sendo que os prin-
cípios da lei religiosa permitiam que os mesmos pudessem se 
casar; converterem-se à fé judaica; ou estabelecer algum tipo 
de propriedade. 
A história da política hebraica é dividida em três fases: 
Fase dos Patriarcas: 
Os hebreus eram dirigidos por patriarcas, estes eram líde-
res políticos, que eram encarados como o “pai” da comunida-
de. O primeiro grande líder, ou patriarca hebreu foi Abraão, 
segundo o antigo testamento. Abraão era mesopotâmico, ori-
ginário de Ur, da Caldéia.
Abraão conduziu os hebreus de Ur, rumo a Palestina( ter-
ra prometida). Chegaram por volta de 2000 a. C., viveram na 
Palestina por quase três séculos. Durante esse tempo, Abraão 
fundou uma cultura religiosa monoteísta. Eles saíram de Ur 
em	direção	a	terra	prometida	confiando	na	promessa	de	seu	
único Deus Jeová em levá-los a uma terra que emana ‘leite 
e mel’.
 Depois de Abraão, a liderança foi passando de pai para 
filho.	De	Abraão	foi	para	Isaque e depois para Jacó. Este úl-
timo teve um destaque interessante, pois Jacó teve seu nome 
mudado	para	Israel	e	tornou-se	pai		de	doze	filhos,	que	deram	
Alfabeto Fenício
Ruínas de uma cidade fenícia entre os séculos IV e III a.C.
História Geral
14
origem as doze tribos de Israel.
Os	hebreus	tiveram	conflitos	com	
vizinhos e uma terrível seca que asso-
lou a Palestina, obrigando-os a emi-
grar para o Egito, onde permane-
ceram por mais de 400 anos. Eram 
perseguidos e escravizados pelos fara-
ós. Somente a idéia de libertação con-
solou um povo abatido e escravizado. 
Essa idéia veio por meio de Moisés. 
Os hebreus liderados por ele fugiram 
do Egito. Essa fuga é conhecida como 
“Êxodo”. Segundo a Bíblia, na volta 
do hebreus à Palestina que Moisés re-
cebeu as tábuas contendo os dez man-
damentos de Deus, no monte Sinai. 
Podemos ver no êxodo, do relato bí-
blico algumas particularidades, como a 
ocasião em que o Deus dos hebreus, 
Jeová, abriu o mar Vermelho. Eles fu-
giram	do	Egito,	perambularam	40	anos	no	deserto	e	por	fim	
retornaram à palestina.
Durante esse período, Moisés não chegou a entrar na Pa-
lestina, por isso quem os conduziu até lá foi Josué, sucessor 
de Moisés. Mas para readquirirem a Palestina, os hebreus ti-
veram que travar intensas lutas com os cananeus e posterior-
mente	com	os	filisteus,	povos	que	ocuparam	a	região.	Foram	
quase 2 séculos de lutas e nesse período os hebreus foram go-
vernados pelos juízes.
Fase dos Juízes: 
Esta fase se inicia quando Moisés morre e Josué conduz 
os hebreus a Palestina. A região estava habitada por vários po-
vos, e como os hebreus estavam divididos em doze tribos, eles 
escolheram vários juízes para comandá-los na luta com os po-
vos pela posse das terras. Os juízes desempenhavam o papel 
de chefes militares, políticos e religiosos que lhe davam pode-
res, pois eram considerados enviados por Deus, paraliderar a 
luta. Josué foi o primeiro juiz e iniciou a tomada da Palestina 
onde conquistou Jericó. Em 1030 a.C. entregaram o comando 
a um só rei para diminuir desavenças internas e como estraté-
gia para vencer seus vizinhos.
Fase dos Reis: 
Os filisteus ainda representavam uma ameaça aos he-
breus, visto que lutavam pelo completo controle do território 
da Palestina. Isso fez com que os hebreus instituíssem a mo-
narquia, para que assim centralizassem o poder e tivessem 
mais força para enfrentar os adversários.
O primeiro rei hebreu foi Saul, da tribo de Benjamim. 
Ele, porém não obteve sucesso em enfrentar os inimigos. Ao 
ver que não conseguiria derrotar seus adversários, ele e seu 
escudeiro se suicidam. Já no século XI a. C. , Davi, sucessor 
de	Saul,	conseguiu	mostrar	eficiên-
cia nos combates militares. Venceu 
os inimigos, tornou a nação hebrai-
ca forte e estabilizada. Tinham um 
exército brilhante e Jerusalém se 
tornou a capital. Davi conseguiu o 
grande feito de expandir os domí-
nios do reino.
Seu	filho,	Salomão, o sucedeu 
em	966	a.	C.,	este	ficou	conhecido	
na história pela imensa fortuna e sa-
bedoria que adquiriu. Tornou-se rei 
muito jovem, segundo a Bíblia, sua 
primeira	esposa	foi	à	filha	de	faraó,	
mas depois dela chegou a ter 700 
esposas e 300 concubinas. Ampliou 
a participação no comércio, cons-
truiu várias obras públicas, como o 
famoso templo de Jerusalém, dedi-
cado a Jeová. 
A crise política atingiu seu auge em 935 a.C., momento em 
que o rei Salomão faleceu. A disputa entre as tribos causou a 
separação dos hebreus em dois diferentes Estados. O Reino 
de Judá, formado pelas tribos de Benjamim e Judá, foi contro-
lado	por	Roboão,	filho	do	rei	Salomão.	As	dez	tribos	restantes	
formaram o Reino de Israel, dominado por Jeroboão, com 
capital em Samaria. Dessa maneira, a civilização hebraica se di-
vidiu entre judeus e israelitas. 
O episódio da divisão política dos territórios abriu por-
tas para que outras civilizações viessem a dominar os hebreus. 
Em 721 a.C., os assírios conquistaram o Reino de Israel pro-
movendo a assimilação dos valores da cultura de seus domina-
dores. O Reino de Judá ainda conseguiu manter sua unidade 
até que, em 596 a.C., o rei babilônico Nabucodonosor liderou 
a capturas dos judeus para a Mesopotâmia. 
O conhecido Cativeiro Babilônico, que durou meio sé-
culo, foi interrompido quando o rei persa Ciro I conquistou 
a Babilônia e libertou os judeus. A libertação judaica foi inter-
pretada como uma oportunidade de se reconquistar a região 
Palestina. Dessa forma, os judeus buscaram recompor o anti-
go Reino de Judá. O retorno do povo hebreu à sua terra natal 
foi seguido por outros processos de dominação. Em 332 a.C., 
o império macedônico formado por Alexandre, o Grande, 
dominou a palestina. 
No século I a. C., os romanos conquistaram os judeus de-
pois de subjugar os territórios anteriormente controlados pe-
los macedônicos. A dominação romana contou com grande 
agitação política entre os grupos judeus que não se conforma-
vam com a falta de autonomia política de seu povo. Os inten-
sos	 conflitos	 resultaram	na	 violenta	destruição	da	 cidade	de	
Jerusalém no ano de 70 d. C.. Depois de destruírem a capital 
judaica, o povo judeu foi proibido de retornar à Palestina. 
Esse episódio, conhecido como Diáspora, fez com que 
Rota do Êxodo Hebreu
Professor Max Dantas
15
Durante a Antiguidade, a região da Mesopotâmia foi mar-
cada	por	um	grande	número	de	conflitos.	Entre	essas	guerras	
destacamos a dominação dos persas sobre o Império Babilôni-
co, em 539 a.C.. Sob a liderança do rei Ciro, os exércitos per-
sas empreenderam a formação de um grande Estado centra-
lizado que dominou toda a região mesopotâmica. Depois de 
unificar	a	população,	os	persas	inicialmente	ampliaram	as	fron-
teiras em direção à Lídia e às cidades gregas da Ásia menor. 
A estabilidade das conquistas de Ciro foi possível median-
te uma política de respeito aos costumes das populações con-
quistadas. Cambises,	filho	e	sucessor	de	Ciro,	deu	continui-
dade ao processo de ampliação dos territórios persas. Em 525 
a.C., conquistou o Egito – na Batalha de Peleusa – e ane-
xou os territórios da 
Líbia. A prematura 
morte de Cambises, 
no ano de 522 a.C., 
deixou o trono persa 
sem nenhum herdei-
ro direto. 
Depois de ser 
realizada uma reu-
nião entre os princi-
pais chefes das gran-
des famílias persas, 
Persas
Dario I foi eleito o novo imperador persa. Em seu governo 
foram observadas diversas reformas políticas que fortaleceram 
a autoridade do imperador. Aproveitando da forte cultura mili-
tarista do povo persa, Dario I ampliou ainda mais os limites de 
seu reino ao conquistar as planícies do rio Indo e a Trácia. Essa 
sequência de conquistas militares só foi interrompida em 490 
a.C., quando os gregos venceram a Batalha de Maratona. 
A grande extensão dos domínios persas era um grande en-
trave para a administração imperial. Dessa forma, o rei Dario I 
promoveu um processo de descentralização administrativa ao 
dividir os territórios em unidades menores chamadas de satra-
pias. Em cada uma delas um sátrapa (uma espécie de gover-
nante local) era responsável pela arrecadação de impostos e o 
desenvolvimento	das	atividades	econômicas.	Para	fiscalizar	os	
sátrapas o rei contava com o apoio de funcionários públicos 
que serviam como “olhos e ouvidos” do rei. 
Além de contar com essas medidas de cunho político, o 
Império Persa garantiu sua hegemonia por meio da construção 
de diversas estradas. Ao mesmo tempo em que a rede de estra-
das garantia um melhor deslocamento aos exércitos, também 
servia de apoio no desenvolvimento das atividades comer-
ciais. As trocas comer-
ciais, a partir do governo 
de Dario I, passaram por 
um breve período de mo-
netarização com a cria-
ção de uma nova moeda, 
o dárico. 
A religião persa, no 
início, era caracterizada 
pelo seu caráter eminentemente politeísta. No entanto, en-
tre os séculos VII e VI a.C., o profeta Zoroastro empreendeu 
uma nova concepção religiosa entre os persas. O pensamento 
religioso de Zoroastro negava as percepções ritualísticas en-
contradas nas demais crenças dos povos mesopotâmicos. Ao 
invés disso, acreditava que o posicionamento religioso do in-
divíduo consistia na escolha entre o bem e o mal (manique-
ísmo). 
Esse caráter dualista do zoroastrismo pode ser melhor 
compreendida no Zend Vesta, o livro sagrado dos seguidores 
de Zoroastro. Segunda essa obra, Ahura-Mazda era a divin-
dade representativa do bem e da sabedoria. Além dele, havia 
o deus Arimã, representando o poder das trevas. Sem contar 
com um grande número de seguidores, o zoroastrismo ainda 
sobrevive em algumas regiões do Irã e da Índia
os	judeus	ficassem	dispersos	em	pequenas	comunidades	ao	re-
dor do mundo. Ao longo desses séculos, os judeus se preo-
cuparam em manter os traços de sua cultura e religiosidade. 
No século XIX, diversos judeus iniciaram um movimento de 
criação de um Estado judeu na região da Palestina. No ano de 
1948, a Organização das Nações Unidas apoiou a criação des-
se novo país. 
As	 justificativas	 políticas	 e	 históricas	 que	 sustentaram	 a	
criação do Estado de Israel sofreram grande oposição das 
populações árabes palestinas que habitavam o local durante 
todo	esse	tempo.	Os	diversos	conflitos	entre	árabes	e	israelen-
ses se estendem até os dias atuais.
Império Persa
Este relevo em pedra representa Dario I, o Grande
Mosaico representando o exército persa
Anotações
História Geral
16
A civilização grega começou a se formar a 2.000 a. C., na 
península Balcânica, entre os mares Egeu, Jônico e Mediterrâ-
neo, e entrou em declínio no século II a. C., quando o territó-
rio foi ocupado pelos romanos. Entre os povos que migraram 
para essa região, merecem destaque os pioneiros: os aqueus, 
os jônicos, os dóricos e os eólios —; todos indo-arianos 
provenientes da Europa Oriental. As populações invasoras são 
em geral conhecidas como “helênicas”, pois sua organização 
de clãs fundamentava-se, noque concerne à mística, na crença 
de que descendiam do deus Heleno. A última das invasões foi 
a	dos	dóricos,	já	em	fins	do	segundo	milênio	a.C..
A história da Grécia pode ser dividida em cinco períodos: 
* Pré-Homérico (1600 - 1200 a.C.) — Período anterior 
a formação do homem grego e da chegada cretense e fenícia. 
Nessa época, estavam se desenvolvendo as civilizações Cre-
tense ou Minóica (ilha de Creta) e a Micênica (continental).
Homérico (1200 - 800 a.C.) — Quando acorre a chega-
da de Homero, que foi considerado marco na história por suas 
obras, Odisséia e Ilíada. Período que iniciou a ruralização e 
comunidade gentílica (comunidade na qual um ajuda o outro 
na produção e colheita). Só plantavam o que iriam consumir 
(quando a terra não estava fértil saíam em busca de terra).
Arcaico (800-500 a.C.) — Formação da pólis; coloni-
zação grega; aparecimento do alfabeto fonético, da arte e da 
literatura além de progresso econômico com a expansão da 
divisão do trabalho do comércio, da indústria e processo de 
urbanização. É neste período que os vários modelos das pó-
lis	constituem-se,	definindo	assim	a	estrutura	interna	de	cada	
cidade-estado.
Clássico (500-338 a.C.) — O período de esplendor da 
civilização grega, ainda que discutível. As duas cidades con-
sideradas mais importantes desse período foram Esparta e 
Atenas, além disso, outras cidades muito importantes foram 
Tebas, Corinto e Siracusa. Neste momento a História da 
Grécia	é	marcada	por	uma	série	de	conflitos	externos	(Guer-
ras Médicas) e interno (Guerra do Peloponeso).
Grécia
Helenístico (338-146 a.C.) — Crise da pólis grega, inva-
são macedônica, expansão militar e cultural helenística, a civi-
lização grega se espalha pelo Mediterrâneo e se funde a outras 
culturas.
Período Pré-Homérico (séc. XX a séc. XII a. C.) 
Este período é caracterizado pela civilização cretense, 
que pode ser considerada berço da civilização grega. Segundo 
pesquisas arqueológicas, os cretenses teriam se desenvolvido 
por volta de 5000 a.C exercendo o controle absoluto do co-
mercio marítimo na região, formando assim um império co-
mercial marítimo.
Creta mantinha intenso comércio com sociedades da Me-
sopotâmia e com a Grécia primitiva, herdou dos fenícios o 
modelo político (Talassocracia). Os reis de Creta eram cha-
mados de Minos, por isso os cretenses são também chamados 
de Civilização Minóica. Cnossos era a capital de Creta
Suas cidades eram planejadas, com a arquitetura moderna 
saneamento e a canalização de água que caracterizavam uma 
sociedade urbana. Creta ao contrário das sociedades orientais 
apresentava uma vida marcada por atividades públicas: festas, 
touradas, uma vida urbana e confortável.
A economia era centrada no comércio marítimo, no arte-
sanato, na metalurgia do cobre e do bronze.
Em 1400 a.C Creta foi invadida pelos Aqueus, povo pri-
mitivo que habitava a Grécia, dando origem a uma nova socie-
dade batizada Creto-Micênica, ocorre nesse momento a tran-
sição do matriacarlismo para o patriarcalismo imposto pelos 
Aqueus.
Os Aqueus impuseram sua autoridade pela força, marcan-
do um retrocesso e muitos aspectos da sociedade cretense fo-
ram suprimidos pelos dominadores.
Em 1200 a.C a sociedade Creto-Micênica foi arrasada pelo 
avanço dos Dórios vindos da Ásia, com armas de ferro e há-
beis guerreiros. Eles saquearam e destruíram as cidades creten-
ses, alem de escravizar os sobreviventes, que não haviam fugi-
do da região (Primeira Diáspora Grega).
Período Homérico (séc. XII a séc. VII a. C.) 
Esse período ganha esse nome devido ao poeta Homero 
que é autor dos poemas épicos Ilíada- sobre a guerra de Tróia 
e Odisséia que descreve as aventuras do herói Ulisses, maiores 
fontes históricas da época. Os grupos familiares refugiados da 
primeira diáspora grega, oriundos de um mesmo descendente 
se uniram em torno da chamada comunidade gentílica ou ge-
nos. Nesse tipo de organização social, a família se mobiliza-
va em torno da exploração extensiva das atividades agrícolas. 
Cada comunidade contava com um pater, patriarca da família 
incumbido de tratar das questões religiosas, judiciárias e admi-
nistrativas. 
O trabalho nos genos era exercido coletivamente. As ta-
Mapa da Grécia Antiga
Professor Max Dantas
17
refas estavam sob a responsabilidade de qualquer um de seus 
membros e a produção agrícola era dividida igualitariamente. 
Artesãos ou escravos foram utilizados em casos excepcionais, 
onde os integrantes do genos não atendiam a certas demandas. 
Mesmo contando com vários traços igualitários, as comunida-
des gentílicas se diferenciavam pelo prestigio social do indivi-
duo em função da proximidade de seu parentesco para com o 
pater. Quanto mais próximo da família do pater, maior presti-
gio conferido. 
Ao longo dos anos, as comunidades gentílicas sofreram 
grandes transformações. As técnicas agrícolas pouco elabora-
das passaram a não atender ao aumento populacional dos ge-
nos. Os amplos laços coletivos das comunidades gentílicas co-
meçavam a ruir. As famílias restringiram o número de parentes 
por elas abrigado. O pater e seus parentes próximos passaram 
a defender o direito de posse sob a terra e as riquezas. Os des-
cendentes diretos do pater conseguiram, nessa divisão, a pro-
priedade das terras mais férteis. 
Essa experiência trouxe uma diferenciação entre os indi-
víduos e a formação de uma aristocracia rural consolidada em 
torno do controle das terras cultiváveis. Os chamados eupá-
tridas (“bem nascidos”) contavam com seu poder político 
para assim controlarem as armas de guerra, as instituições po-
líticas e religiosas da época. Nesse processo de apropriação de 
riquezas	uma	aristocracia	firmou-se	no	cenário	grego	exercen-
do o domínio sob o instrumento de poder da época. Em con-
trapartida, os Gorgois	ou	agricultores	ficaram	com	as	piores	
terras e os Thetas que eram pequenos agricultores marginali-
zados ou não possuíam terras, e no decorrer do tempo, muitos 
acabaram virando escravos.
A fragmentação dos genos vai, de fato, colocar a Grécia a 
frente de outras práticas e costumes. Ao mesmo tempo, o apa-
recimento das classes e desigualdades sociais será responsável 
por um duplo processo: a dispersão de populações para outras 
áreas da Península Balcânica e da Ásia menor; e a formação de 
instituições políticas oligárquicas controladas pela aristocracia 
rural. Todo esse conjunto de mudanças encerra o período ho-
mérico e abre portas para o surgimento das primeiras cidades-
Estado gregas.
Período Arcaico ( séc. VII – séc. VI . C)
No	período	arcaico	é	onde	observamos	o	processo	final	
das transformações sofridas pelas comunidades gentílicas gre-
gas. Deixando de adotar o uso coletivo da terra, começava a 
aparecer dentro dos genos uma classe de proprietários de terra 
(propriedade privada). Em sua grande maioria, essa classe aris-
tocrática esteve intimamente ligada aos pater, o líder patriarcal 
presente em cada uma dessas comunidades. 
Essa nova classe social, também conhecida como eupátri-
das	(filhos	do	pai	ou	bem-nascidos)	formou	um	restrito	gru-
po de proprietários de terra que irão mobilizar-se em busca da 
manutenção de suas posses. Os genos passavam a reunir-se em 
fratrias e tribos controladas pela dominação da nova aristocra-
cia grega. Nessa época, além da hegemonia política dos eupá-
tridas, notamos que o aumento da população causou um gran-
de problema com relação ao acesso às terras produtivas. 
As populações excluídas no processo de apropriação das 
terras se viram obrigadas a buscar outras regiões onde fosse 
possível buscar melhores condições de vida. A migração des-
sas populações gregas para regiões marcou a chamada Segun-
da Diáspora Grega. Ocorrida em 750 a.C., essa diáspora am-
pliou os territórios do mundo grego e criou uma importante 
rede de comércio de gêneros agrícolas entre as comunidades 
gregas. 
A consolidação do poder político nas mãos da aristocracia 
junto com a ampliação das atividades econômicas deu condi-
ções para o aparecimento de um novo espaçode representa-
ção sócio-política na Grécia: a cidade-estado. As cidades-esta-
do consistiam em núcleos urbanos onde importantes decisões 
políticas e o trânsito de mercadorias acontecia. 
Com sua consolidação temos o surgimento de diferen-
tes cidades-Estado compostas por práticas sociais, políticas e 
culturais distintas entre si. De tal maneira, o que observamos 
dentro	do	mundo	grego	será	uma	configuração	política	des-
centralizada. As diferenças de organização no mundo grego 
serão notadas com grande destaque quando estudamos, por 
exemplo, as diferenças entre as cidades-Estado de Esparta e 
Atenas.
As cidades gregas
O Período Arcaíco da história grega caracterizou-se pela 
formação e desenvolvimento das cidades-Estado. Formaram-
se aproximadamente 160 cidades em território grego e, a prin-
cípio a característica mais marcante foi a soberania de cada 
uma delas. A cidade soberana é aquela que possui seu próprio 
governo, leis e não possui nenhuma estrutura política acima 
dela. A cidade funciona como se fosse um pequeno país. Tra-
tar	da	Grécia	Antiga	neste	período	significa	portanto	conhecer	
o desenvolvimento das cidades. 
Não havia na Antiguidade um Estado Grego ou um go-
verno grego, mas apesar disso podermos nos referir a uma 
cultura, religião ou a um povo grego; grande parte das cida-
des formaram-se com elementos étnicos semelhantes: Jônios, 
Aqueus e Eólios além disso formaram-se dentro de um mes-
mo contexto histórico, quando da crise da sistema gentílico e 
tiveram um desenvolvimento semelhante
Esparta
Esparta foi fundada pelos invasores dórios dominando os 
primitivos aqueus da região do Peloponeso, os dórios vindos 
da Ásia traziam armas de ferro e grande preparo militar, o que 
lhes garantia o domínio sobre nativos da região.
Até o ano 800 a.C. Esparta seguiu o mesmo sistema de or-
ganização e funcionamento das demais cidades gregas, porém 
a	s	guerras	entre	Esparta	e	Messênia	alteraram	definitivamen-
te o funcionamento de Esparta. Os messenios foram derrota-
História Geral
18
dos e reduzidos a escravidão (Hilotas), mas jamais aceitaram 
tal humilhação, revoltando-se permanentemente, isso levou os 
dóricos a viverem em estado de guerra constante.
No	final	do	século	VI	a.C.,	depois	da	conquista	da	Mes-
sênia, o Estado espartano completou sua organização, trans-
formando-se em verdadeiro “acampamento militar”. As 
Instituições sócio-políticas espartanas foram atribuídas a um 
legislador lendário, Licurgo, que teria recebido as instruções 
do deus Apolo. Várias das instituições atribuídas a Licurgo já 
existiam desde há muito, mas adaptaram-se aos novos tempos, 
servindo para manter o corpo de cidadãos como uma mino-
ria dominante, que se sobrepunha e explorava uma população 
camponesa numerosa. 
A educação dos espartanos visava a fazer de cada indi-
víduo um soldado. O recém-nascido que apresentasse defei-
to para a vida militar era morto por 
ordem do Estado. Quando os me-
ninos alcançavam os setes anos de 
idade, tornavam-se recrutas e pas-
savam a fazer parte de uma peque-
na tropa que, sob as ordens de um 
monitor, praticavam diariamente 
exercícios atléticos e ginástica. Aos 
dezoito anos, o indivíduo passava por uma prova, onde deveria 
passar	alguns	dias	na	floresta	sobrevivendo	de	coletas	e	caças,	
esta, se chamava de Criptia. Aos vinte anos, o jovem ingressa-
va no exército, aos trinta, podia casar-se e participar da Ápela. 
A	vida	militar	só	findava	quando	o	homem	espartano	chegava	
aos 60 anos de idade. Todos, mesmo os monarcas, antes des-
sa idade, eram obrigados a tomar parte nos exércitos militares, 
que, periodicamente, se levavam a efeito em tempos de paz. 
A cultura intelectual foi quase nula em Esparta limitan-
do-se ao ensino de poesias sagradas, a cantos de guerra e a 
uma eloquência particular que devia expressar muitas coisas 
em poucas palavras. 
Organização Social de Esparta
Esparciatas - Descendentes dos Dórios eram os donos 
das melhores terras, classe privilegiada, que não trabalhava, de-
dicava-se	ao	militarismo	e	a	política,	ficando	o	trabalho	a	car-
go dos escravos.
Periecos - Homens livres, sem direitos políticos, viviam 
na periferia da cidade, dedicavam-se ao artesanato, comércio e 
pagavam tributos ao estado.
Metecos - Estrangeiros sem direitos e constantemente vi-
giados pelos espartanos.
Hilotas- servos propriedades do estado, que os cediam 
para o trabalho nas terras dos Espartanos, eram prisioneiros 
de guerra, sem nenhum direito.
Esparta manteve a estrutura rígida de suas instituições até 
o	final	da	historia	da	Grécia	Antiga,	manteve	uma	Oligarquia	
Agrária no poder e jamais evoluiu para outro sistema político.
Características 
da Sociedade 
Espartana
-Militarista
-Conservadora
-Isolacionista
-Agrária e Oligárquica
Instituições:
Diarquia: dois reis, com autoridade militar e religiosa.
Eforato: cinco juízes encarregados da administração em 
todos os níveis.
Gerúsia: órgão formado por vinte e oito anciãos que le-
gislavam e decidiam todos os assuntos importantes da cidade. 
Era considerado o órgão mais importante de Esparta.
Apela: assembléia dos esparciatas acima dos trinta anos, 
que elegiam os éforos e propunham as leis.
Atenas
Fundada pelos Jônios, que se submeteram os primitivos 
habitantes da Ática, os Aqueus. A evolução de Atenas, próxi-
ma ao mar Egeu, se caracterizou em muitos aspectos seme-
lhantes as demais cidades gregas da época, porem no ano de 
800 a.C, ocorreram mudanças em toda Grécia, que levaram 
Atenas a seguir um caminho único e original dentro do mun-
do grego.
Atenas passou a exercer a hegemonia política sobre as de-
mais tribos Jônicas da região estabelecendo o conceito de co-
munidade (Sinecismo).
A sociedade ateniense dividia-se nos seguintes grupos so-
ciais, sendo que os eupátridas formavam a aristocracia ru-
ral, dona das melhores terras que, diferente de Esparta, eram 
consideradas propriedade individual, e que monopolizavam o 
poder político, tanto no período monárquico, como durante 
o arcontado (rei, chefe militar e administrador) forma aris-
tocrática de governo, quando mantiveram a grande maioria da 
população marginalizada das discussões políticas.
Os georgóis formavam uma segunda camada social, com-
posta a princípio por pequenos proprietários rurais, que traba-
lhavam com seus familiares e produziam para a subsistência. 
Muitos desses homens foram reduzidos à condição de servos 
e	de	escravos,	juntamente	com	mulher	e	filhos	e	podiam	inclu-
sive serem vendidos ao estrangeiro.
Os demiurgos formavam a terceira camada social, eram 
artesãos e viviam do próprio trabalho, porém normalmente 
em uma situação de pobreza. Havia ainda os metecos, estran-
geiros, normalmente comerciantes e sem direitos políticos. Os 
thetas formavam a camada inferior, eram trabalhadores bra-
çais, camponeses, marginalizados econômica e politicamente. 
A produção de excedente, fez com que a situação dessa cama-
da se deteriorasse, pois em Atenas desenvolveu-se a escravi-
dão por dívida.
A concentração fundiária, a cunhagem de moeda e a co-
lonização do Egeu, e a marginalização de georgóis e thetas fo-
ram os fatores responsáveis pelo acirramento da luta de classes, 
processo que determinou a criação da democracia na cidade. A 
passagem do arcontado para a democracia foi fruto, portanto 
da luta contra os privilégios da minoria eupátrida, sendo que 
esse processo completou-se cerca de um século depois.
Os confrontos políticos possibilitaram o surgimento de lí-
Professor Max Dantas
19
deres que tentaram golpes como forma de ascensão política. 
Como essas lutas ameaçavam não só o poder político dos eu-
pátridas, mas inclusive a propriedade, a aristocracia foi forçada 
a ceder às exigências de concessão de leis escritas, nomeando 
o arconte Drácon para redigir um código de leis. Essas refor-
mas porém mantiveram a escravidão por dívida e os privilé-
gios da elite, fatos que determinaram a continuidade dos con-
frontos, até a eleição de Sólon para o arcontado. As reformas 
promovidas por esse legisladorforam maiores: abolição da 
escravidão por dívidas, a libertação de todos os devedo-
res escravizados o favorecimento a produção artesanal e 
ao comércio e a instituição de uma nova forma de parti-
cipação política, baseada na riqueza, denominada Timo-
cracia.
Essas reformas desagradaram tanto a elite que perdeu pri-
vilégios, como os thetas que obtiveram poucas conquistas, 
acirrando ainda mais a luta de classes, favorecendo o adven-
to da Tirania.
Tirano é o nome dado aos go-
vernantes que chegaram ao poder 
através de golpes e exercem um go-
verno pessoal. Considera-se que 
a tirania acabou sendo responsá-
vel por abrir caminho para o sur-
gimento da democracia, pois o ti-
rano para poder manter o poder, 
teve que atrair as camadas popula-
res, dando-lhes maior organização e consistência e ao mesmo 
tempo enfraqueceu a elite, perseguida, sendo que vários aris-
tocratas	tiveram	propriedades	confiscadas	ou	foram	expulsos	
da cidade. 
No entanto, a transição para a democracia não foi um pro-
cesso natural. Os tiranos foram derrubados pela elite, que in-
clusive contou com o apoio de Esparta. No entanto a situação 
de Atenas caracterizava-se pela decadência: declínio da produ-
ção, marginalização dos thetas, conquista persa sobre as colô-
nias da Ásia Menor e a presença dos espartanos em apoio a 
elite. Foi neste contexto que ocorreu uma grande revolta lide-
rada por Clístenes, acabou com a tirania e instituiu a demo-
cracia na cidade.
Características 
da Sociedade 
Ateniense
-Intelectualizada
-Cosmopolita
-Educação abrangente
-Economia Agrária e Marítima 
Comercial
As reformas de Clístenes tiveram como objetivo eliminar 
o controle da aristocracia sobre o poder político. A cidadania 
foi concedida a um número maior de indivíduos, porém ain-
da restrita a uma minoria: Homens, livres, maiores de18 anos, 
nascidos	em	Atenas	e	filhos	de	pais	ateniense.	Instituiu	o	Os-
tracismo, processo que permitia a expulsão de um cidadão 
da cidade por um período de dez anos, sendo que o nome de 
pessoas consideradas nocivas a cidade eram escritas em um 
pedaço de argila
A Democracia Ateniense era uma democracia escravis-
ta, o trabalho escravo continuava a ser a base da vida econô-
mica e sua exploração tendeu a aumentar.
Organização Social de Atenas
Eupátridas – Cidadãos, grandes proprietários de terras, 
filho	de	pai	Ateniense.
Georgois – Pequenos agricultores.
Demiurgos - artesãos, comerciantes.
Metecos - estrangeiros geralmente ligados ao comercio
Thetas - Homens sem terras
Escravos - Prisioneiros de guerra, ou comprados em mer-
cados do Oriente
Instituições
Bule - Conselho de 400 homens mais ricos de Atenas in-
dependente da origem da riqueza, assim os ricos comerciantes 
passaram a ter poderes políticos.
Eclésia - assembléia popular, que garantia direitos de par-
ticipação política a todos os homens gregos livres.
Fim da escravidão por dividas
Hilieu - tribunal de justiça aberto a todos os cidadãos
Estrategos: dez representantes do Executivo
Período Clássico (séc. V a. C. -séc. IV a. C.)
O Período Clássico da História Grega é normalmente de-
nominado “Período das Hegemonias”, na prática foi o perío-
do em que desenvolveu-se o imperialismo das duas maiores 
cidades gregas; primeiro Atenas, depois Esparta.
A ascensão de Atenas
Desde o século VII a. C. Atenas conheceu grande desen-
volvimento econômico, ampliando suas relações comerciais a 
partir do Porto do Pireu, e a escravidão na produção agríco-
la. Como consequência a luta de classes tornou-se mais acir-
rada, forçando mudanças políticas, que determinaram a perda 
do monopólio político pela aristocracia; até a criação da demo-
cracia,	que	beneficiou	as	camadas	populares,	mas	em	especial	
os mercadores, pequenos proprietários e artesãos. 
A manutenção da escravidão na cidade foi fundamental 
tanto para o desenvolvimento da economia, como para a con-
solidação da democracia, possibilitando uma situação política 
mais equilibrada, na medida em que as camadas populares ti-
veram algumas de suas reivindicações atendidas. Ao preservar Parthenon
História Geral
20
o trabalho escravo, a elite econômica tinha grande disponibi-
lidade de seu tempo para participar das Assembléias e das de-
mais atividades políticas. Na estrutura política, a democracia 
criou uma nova arma: o ostracismo.
Outro fator fundamental para o desenvolvimento de Ate-
nas foi sua liderança na guerra contra os persas, comandan-
do a Confederação de Delos desde 478 a.C. Na verdade foi 
durante as Guerras Médicas que se constituiu o imperialismo 
da cidade, que havia sido a primeira a lutar contra o expansio-
nismo persa e foi responsável por promover a grande aliança 
das cidades gregas. Em princípio a Confederação de Delos era 
uma aliança militar, onde as cidades participantes forneceriam 
soldados, mantimentos e riquezas, formando o “Tesouro de 
Delos”. A liderança militar ateniense e o controle sobre as ri-
quezas destinadas à guerra, aumentou a produção na cidade, 
gerou empregos, equilibrou a economia e desta forma criou 
condições de impor seu domínio à demais cidades gregas, si-
tuação vista como necessária para manter o desenvolvimento 
até então alcançado
O Século de Péricles
Péricles governou Atenas durante trinta anos (461 - 431 
a.C.). Representava o Partido Popular e tornou-se ardoroso 
defensor da democracia escravista. 
Durante seu governo instituiu a remuneração para os ocu-
pantes de cargos públicos, assim como para marinheiros e sol-
dados, realizou várias obras gerando empregos e estimulou o 
desenvolvimento intelectual e artístico, principalmente o tea-
tro, marcado pelo antropocentrismo, característica fundamen-
tal da cultura grega, em suas tragédias ou comédias a preo-
cupação era retratar a vida humana, buscando compreender 
tudo o que cercava o ser humano, na sua história e em seu co-
tidiano.
Todo o desenvolvimento da cidade estava baseado na ex-
ploração do trabalho escravo e no expansionismo sobre as de-
mais cidades gregas, obrigando-as a manter a Confederação 
de	Delos,	mesmo	após	o	final	da	guerra	(448	a.C.),	quando	os	
persas já haviam sido derrotados. Para o líder ateniense, as ci-
dades deveriam se reunir em um congresso para tratar de as-
suntos comuns, como a reconstrução de templos ou o comba-
te à pirataria. No entanto esse ideal não foi concretizado, pois 
as intensas lutas existentes serviram para reforçar a histórica 
separação das cidades, culminando com a Guerra do Pelopo-
neso, envolvendo praticamente todas as cidades gregas, polari-
zadas entre Atenas e Esparta.
Guerras Médicas ou Guerras Greco-Pérsicas 
(490- 479 a. C.)
Durante sua expansão em direção ao Ocidente, o podero-
so Império Persa conquistou diversas colônias gregas na Ásia 
Menor, entre elas a importante cidade de Mileto. Essas colô-
nias, lideradas por Mileto e contando com a ajuda de Atenas, 
tentaram, em vão, libertar-se do domínio persa, promovendo 
uma revolta. 
Foi o que bastou para Dário I, rei dos persas, lançar seu 
poderoso exército sobre a Grécia Continental, dando início 
às Guerras Médicas ou Guerras Greco-Pérsicas. A causa 
principal	desses	conflitos	foi	a	disputa	entre	gregos	e	persas	
pela supremacia marítimo-comercial no Mundo Antigo. Nesse 
primeiro confronto, para surpresa de todos, 10 mil gregos, li-
derados pelo ateniense Milcíades, conseguiram impedir o de-
sembarque de 50 mil persas, vencendo-os na Batalha de Ma-
ratona, no ano de 490 a.C. 
Os persas, entretanto não desistiram. Dez anos depois 
voltaram a atacar as cidades gregas. Essas, por sua vez, esque-
ceram as divergências internas e uniram-se, conseguindo com 
isso vencer os persas nas batalhas de Salamina (480 a.C.) e 
Platéia (479 a.C.) 
Conscientes de que os persas poderiam voltar a qualquer 
momento, várias cidades lideradas por Atenas formaram a 
Liga	de	Delos,	cuja	sede	ficava	na	ilha	de	Delos.	Ficou	acerta-
do que cada uma dessas cidades deveria contribuir com navios, 
soldados e dinheiro. 
Atenas, porém, aproveitou-se do fato de ser a responsável 
pelo dinheiroda Confederação e passou a usá-lo em benefício 
próprio. Com isso, impulsionou sua indústria, seu comércio e 
modernizou-se, ingressando numa fase de grande prosperida-
de, e impondo sua hegemonia ao mundo grego. 
Guerra do Peloponeso (431 a 403 a. C.)
A rivalidade econômica e política entre Atenas e Espar-
ta e as cidades aliadas desencadeou a guerra do Peloponeso, 
trazendo	destruição,	conflitos	 sociais	e	empobrecimento	das	
pólis. Em Atenas, a guerra prolongada arruinou os pequenos 
camponeses que foram obrigados a abandonar as terras e a se 
refugiarem na área urbana. A vitória de Esparta trouxe a insta-
lação de oligarquias em toda a Grécia.
Terminada a Guerra do Peloponeso, o período entre 403 
e 362 a.C. foi marcado pela hegemonia de Esparta, seguida 
pela supremacia de Tebas. O desgaste das cidades com o longo 
período de guerras facilitou a conquista da Grécia por Felipe 
da Macedônia em 338 a.C., na batalha de Queronéia. Fe-
lipe	foi	sucedido	por	seu	filho		Alexandre	(336/323	a.C.),	que	
fundou o Império Macedônico, englobando a Grécia, a Pérsia, 
a	Mesopotâmia	e	o	Egito.	Chegava	ao	fim	o	mais	brilhante	pe-
ríodo da Grécia antiga.
Passando a integrar o Império de Alexandre, os quadros 
políticos, econômico e social da Grécia foram completamente 
alterados. Entretanto, a cultura grega, sob o domínio da Mace-
dônia e, mais tarde, de Roma, difundiu-se por terras distantes, 
aproximando-se das culturas do Oriente, o que deu origem ao 
período helenístico.
Período Helenístico (séc. IV – séc. II a. C.)
A partir do ano 350 a.C., uma nova civilização começou 
a ascender politicamente e militarmente no Mundo Antigo. A 
Professor Max Dantas
21
Macedônia, sob o domínio do rei Felipe II, iniciou um proces-
so de expansão territorial que rompeu com a hegemonia do 
mundo grego. Tal invasão só foi possível devido às constan-
tes disputas internas que levaram a enfraquecer o poderio mi-
litar grego.
Seguindo os passos do pai, o rei Alexandre, o Grande, 
continuou a expandir os domínios macedônicos até a Ásia Me-
nor, chegando até a Índia. Esse vasto domínio de territórios 
controlados por Alexandre foi responsável por formar o cha-
mado	mundo	helenístico.	Essa	região	não	só	definia	os	limites	
do império macedônico, mas também indicava um conjunto 
de hábitos e práticas culturais institucionalizadas pelo gover-
no alexandrino. 
Sendo	educado	pelo	filósofo	grego	Aristóteles,	Alexandre	
entrou em contato com o conjunto de valores da cultura grega. 
Além disso, suas incursões pelo Oriente também o colocou em 
contato com outras culturas. Simpático ao conhecimento des-
sas diferentes culturas, o imperador Alexandre agiu de forma a 
mesclar valores ocidentais e orientais. É desse intercâmbio que 
temos	definida	a	cultura	helenística.	Uma	das	mais	significati-
vas ações tomadas nesse sentido foi a construção da cidade de 
Alexandria, no Egito. 
Dotada de complexas obras arquitetônicas, a cidade de 
Alexandria abrigava uma imensa biblioteca com um acervo su-
perior a 500 mil obras. Outro hábito implementado pelo impe-
rador	era	a	promoção	do	casamento	de	seus	oficiais	e	funcio-
nários com mulheres de outras culturas. Com isso, Alexandre 
procurou singularizar o seu império transformando seu reina-
do em um campo de interpenetrações culturais. 
Com sua morte, em 323 a.C., a unidade territorial do im-
pério foi perdida. Não deixando um sucessor direto ao trono, 
as conquistas deixadas por Alexandre foram alvo do interesse 
dos seus generais. Dessa disputa houve um processo de esfa-
celamento dos domínios macedônicos em três novos reinos. A 
dinastia selêucida dominou o Egito; os antigônidas	ficaram	
com a Macedônia; e os selêucidas controlaram a Ásia. 
A divisão político-territorial enfraqueceu a unidade manti-
da nos tempos de Alexandre. Durante o século II a.C., os ro-
manos iniciaram seu processo de expansão territorial, resultan-
do na dominação do antigo Império Macedônico.
A Cultura Helenística
A cultura helenística resultou da fusão da cultura grega 
com a cultura oriental, promovida pela expansão do império 
Macedônico com Alexandre.
A Grécia não era mais o centro cultural do mundo. Os 
principais centros da cultura helenística foram Alexandria, no 
Egito, Antioquia, na Turquia, e Pérgamo, na Ásia Menor.
As principais contribuições para a formação do mundo 
ocidental ocorreram:
Artes: se a arte grega caracteriza-se pelo equilíbrio, pela 
leveza e pelo humanismo, as artes helenísticas perderam aque-
las características e passaram a ser dominadas pelo realismo 
exagerado e pelo sensacionalismo. Os artistas helenísticos não 
se preocupavam com o belo, mas sim com o grandioso e lu-
xuoso.
Os maiores exemplos disso são o Farol de Alexandria, 
considerado uma das sete maravilhas do mundo antigo, e o 
Grande Altar de Zeus, em Pérgamo, com suas estátuas gi-
gantescas de deuses, animais ferozes e monstros empenhados 
em violentos combates.
Houve, no entanto, pequenas exceções. Alguns esculto-
res helenísticos criaram obras de singular beleza, tão singelas 
quanto as esculturas da época anterior, como as estátuas de 
Vênus de Milo e Vitória de Samotrácia.
A arquitetura caracterizou-se pela construção de luxuo-
sos palácios e templos e pela origem de um novo estilo de co-
lunas: o estilo coríntio.
Filosofia:	as	mais	importantes	doutrinas	filosóficas	hele-
nísticas foram o estoicismo, criado por Zenon, e o epicuris-
mo, criado por Epicuro.
Os	estócios	afirmavam	que	o	homem	não	é	senhor	do	seu	
destino, só encontrando a felicidade na aceitação do destino 
que lhe está reservado. Negavam a existência de diferenças so-
ciais	e	pregavam	que	todos	os	homens	são	irmãos,	pois	são	fi-
lhos do mesmo deus.
Os	epicuristas,	afirmavam	que	a	alma	é	matéria,	que	o	uni-
verso age por si só e que as questões humanas não sofrem in-
tervenção dos deuses.
Além disso, os epicuristas faziam a apologia dos prazeres. 
Não apenas dos prazeres gastronômicos e sexuais, mas tam-
bém dos prazeres intelectuais. Diziam que o mais alto prazer 
consiste na serenidade da alma, na ausência completa da dor 
física e moral.
Literatura: o destaque especial cabe ao teatro, com Me-
nandro, autor de várias comédias sem cunho social e político, 
onde o tema dominante era o amor romântico que culminava 
com um casamento feliz.
Na poesia bucólica, autores como Teócrito celebravam a 
vida simples e os prazeres do povo do campo.
Ciências:	os	conhecimentos	científicos	alcançaram	tal	ní-
vel de desenvolvimento, principalmente no campo da astro-
nomia	e	da	matemática,	que	fizeram	com	que	as	ciências	he-
lenísticas fossem as mais desenvolvidas da História, durante 
História Geral
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várias séculos.
Os grandes nomes deste período foram:
Euclides: que desenvolveu de maneira extraordinária os 
conhecimentos de geometria;
Arquimedes: descobridor da lei da alavanca e da hidros-
tática. Inventou o parafuso tubular para bombear água, a héli-
ce, as lentes convexas e criou um planetário. Para defender sua 
cidade, cercada pelos romanos, construiu máquinas poderosas 
como catapultas, que atiravam pedras enormes sobre os inimi-
gos; com um sistema de espelhos, que concentrava os raios so-
lares, conseguiu incendiar vários navios romanos;
Hiparco: estabeleceu os fundamentos da trigonometria, 
inventou o astrolábio e a representação do globo terrestre;
Eratótenes: calculou a circunferência da Terra com uma 
margem de erro extremamente pequena;
Aristarco: criador da teoria heliocêntrica, isto é, a teoria 
de que a Terra e os outros planetas giram em torno do Sol, que 
não foi aceita na época.
Foi o resultado da fusão da cultura oriental e helenística 
realizada por meio das conquistas de Alexandre Magno, difun-
dindo a cultura em Alexandria, Pérgamo, Rodes, Antioquia e 
Siracusa,	e	findando-se	com	a	conquista	do	mundo	antigo,	re-
alizado por Roma.
Teatro
Ésquilo - pai da tragédia grega com as peças: os persas, 
Os sete contra Tebas e Prometeu Acorrentado.
Sófocles- Édipo - Rei, Antígona e Electra.
Aristófanes - criador das comedias;