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CAP 04 - RECURSOS ENERGÉTICOS E ENERGIAS LIMPAS

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26/05/2021 Ead.br
https://unp.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_668377_1&PARE… 1/40
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVELDESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
RELATIVO AO RELATIVO AO SETOR ENERGÉTICOSETOR ENERGÉTICO
Me. Antonio Donizetti Giul iano
I N I C I A R
Mege 1.00
26/05/2021 Ead.br
https://unp.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_668377_1&PARE… 2/40
introdução
Introdução
Estamos iniciando a unidade sobre o Desenvolvimento Sustentável Relativo ao Setor
Energético. Nesta unidade iremos trabalhar quatro temas: (i) a energia nuclear; (ii) os tratados
internacionais relacionados à questão energética; (iii) como estão os Empreendimentos do
Setor Energético no Brasil e no Mundo e (iv) o reaproveitamento energético dos resíduos
sólidos.
Da mesma maneira que �zemos na Unidade III, iremos discutir e buscar soluções sustentáveis
para a geração de energia com foco nas mudanças climáticas, buscando alternativas para esta
geração por meio da energia nuclear e do reaproveitamento energético dos resíduos sólidos
gerados em nosso dia a dia exempli�cando os tratados internacionais relacionados ao setor
energético e como os empreendimentos neste setor estão se desenvolvendo no Brasil.
Em caso de dúvida ou caso você perceba que as informações não �caram bem �xadas, peço a
gentileza de retornar àqueles tópicos do seu estudo, que você julgou não ter absorvido
adequadamente, para que o aprendizado seja o melhor possível. Bons estudos!
26/05/2021 Ead.br
https://unp.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_668377_1&PARE… 3/40
Neste tópico, iremos, primeiro, compreender as características construtivas de uma usina
nuclear de geração de energia. Depois de entender o seu funcionamento, iremos avaliar como
as fontes de energia nuclear podem vir a causar danos ao ser humano ao meio ambiente e ao
clima, ou seja, iremos descrever os desa�os socioambientais associados à geração de energia
nuclear.
O Funcionamento de uma Usina Nuclear
Antes de iniciarmos os nossos estudos, gostaria de perguntar: você sabe o que é uma usina
nuclear de geração de energia? Muito bem, segundo Cardoso (2012), energia nuclear é a
energia produzida a partir da �ssão do núcleo (a divisão do núcleo de um átomo pesado, em
dois menores, quando atingido por um nêutron) de um átomo, que libera uma grande
quantidade de calor, su�ciente para produzir energia considerada limpa e renovável. Cabe
salientar que, a Agência Nacional de Energia Elétrica, na terceira edição do atlas de energia
elétrica do Brasil, lançado em 2008, coloca a energia nuclear entre as fontes não renováveis de
energia elétrica.
Quando esta �ssão do núcleo acontece, além da formação dos núcleos menores, também são
gerados entre dois a três nêutrons, como consequência da absorção do nêutron que causou a
�ssão.
Energia NuclearEnergia Nuclear
26/05/2021 Ead.br
https://unp.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_668377_1&PARE… 4/40
Nesta condição é possível que esses nêutrons atinjam outros núcleos, por exemplo de urânio-
235, sucessivamente, liberando muito mais calor (Figura 41). Este processo de liberação de
calor, é denominado de reação de �ssão nuclear em cadeia ou, simplesmente, de reação em
cadeia (CARDOSO, 2012).
Em um sistema fechado, é possível controlar esta reação, nos chamados reatores nucleares, e
assim criar as chamadas Centrais Nucleares (ou central nucleoelétrica ou simplesmente
central), que é um complexo industrial �xo destinado à produção de energia elétrica por meio
de uma ou mais usinas nucleoelétricas, que é a grande aplicação do controle da reação de
�ssão nuclear (Figura 4.2).
Figura 4.1 - reação de �ssão nuclear em cadeia 
Fonte: CARDOSO, 2012
26/05/2021 Ead.br
https://unp.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_668377_1&PARE… 5/40
O combustível utilizado para a geração de energia nuclear é o urânio, um metal encontrado no
estado sólido na crosta terrestre à temperatura ambiente de onde é extraído o átomo de
urânio, de massa atômica igual a 238 u, utilizado na geração nuclear.
O urânio, descoberto em 1789 pelo farmacêutico alemão Martin Heinrich Klaproth – enquanto
desenvolvia seus estudos em química analítica e mineralogia – foi o primeiro elemento onde
se observou a propriedade, que hoje chamamos, de radioatividade.
Como o urânio é um elemento natural comum na natureza, ele é encontrado em várias
regiões do planeta. Segundo a ANEEL (2016),
No Brasil, apenas 25% do território foi prospectado em busca do minério. Ainda assim, o país
ocupa o 7o lugar do ranking (mundial), com 278,7 mil toneladas em reservas conhecidas e
correspondentes a cerca de 6% do volume total mundial. As jazidas estão localizadas
principalmente na Bahia, Ceará, Paraná e Minas Gerais, conforme informações da Indústrias
Nucleares do Brasil (INB). A principal delas, em Caetité, Bahia, possui 100 mil toneladas,
volume su�ciente para abastecer o complexo nuclear de Angra I, II e III por 100 anos.
Neste contexto a utilização desta forma de energia é muito interessante para o Brasil, já que
não precisaríamos importar o urânio, que é o elemento principal deste processo.
Por outro lado, a produção de energia nuclear, a partir do átomo de urânio, voltou à agenda
internacional da produção de eletricidade como uma possível e viável alternativa aos atuais
combustíveis fósseis, uma vez que a operação do sistema que produz energia por meio da
Figura 4.2 - Per�l esquemático de uma usina nuclear. 
Fonte: ANEEL, 2016
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�ssão nuclear, emite baixos volumes de dióxido carbônico (CO2), que é o principal responsável
pelo efeito estufa e, em conseqüência, pelo aquecimento global (ANEEL, 2016).
Contudo, após o acidente ocorrido na Central Nuclear de Fukushima I, em 11 de março de
2011, causado pelo derretimento de três, dos seis reatores nucleares existentes na usina, o
“fantasma” da aniquilação nuclear voltou a fazer parte do cotidiano de muitas pessoas e o
medo de algo semelhante acontecer no Brasil voltou às páginas dos jornais.
Assim, dentro deste contexto, precisamos avaliar as possibilidades da energia nuclear em
relação aos possíveis riscos que a sua produção pode vir a gerar ao ser humano e ao meio
ambiente, que é o que faremos no próximo tópico.
A Energia Nuclear e o Desa�io Socioambiental
Como você sabe, a produção de energia nuclear nunca foi uma unanimidade em lugar
nenhum do mundo, muito menos no Brasil cuja matriz energética é baseada na geração de
energia por hidrelétricas que, a grande maioria da população – incentivada pela mídia e pelo
próprio governo – acredita ser uma fonte de energia limpa.
Contudo estudos recentes no Brasil (FEARNSIDE, 2016; SANTOS, et al, 2017) têm mostrado que
a formação dos lagos que serão os reservatórios das hidrelétricas, principalmente aquelas de
grandes dimensões como Itaipu e Belo Monte, exige um grande desmatamento e/ou
destruição da fauna local.
Se pensarmos somente na questão associada à �ora, ou seja, no desmatamento, isso signi�ca
dizer que haverá uma grande emissão de gases estufa, que são os responsáveis  pelo
aquecimento global.
Por outro lado, a construção das usinas hidrelétricas, em particular na Região Norte do nosso
país, pode vir a prejudicar a oferta de alimentos para as espécies aquáticas, afetar a população
ribeirinha, que como os povos indígenas, dependem da pesca e da caça, e muitas vezes, como
aconteceu na construção de Itaipu,  exigir a remoção forçada dessas populações destruindo,
desta forma, comunidades inteiras, e muitas vezes gerando con�itos sociais, culturais,
políticos, jurídicos e fundiários extremamente difíceis de se resolver (CERNEA, 1997; SANTOS,
et al, 2017).
Desta forma,como já mencionamos na introdução, se o processo de geração de energia for
bem administrado, o risco, que no caso das usinas nucleares é grande, pode ser muito
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reduzido a ponto de a mesma tornar-se uma alternativa à utilização dos combustíveis fósseis
por exemplo.
Mas, é claro, precisamos discutir os riscos associados à geração de energia por meio da �ssão
nuclear. Neste contexto, duas são as maiores preocupações quando trabalhamos com esta
questão: uma possível explosão do reator e a geração do chamado “lixo atômico”.
Riscos Associados aos Reatores Nucleares
Os acidentes com as usinas nucleares ocorridos em Chernobyl, na localidade de Pripyat na
Ucrânia, em 26 de abril de 1986, em Fukushima, localizada aproximadamente a 250 km ao
norte de Tóquio, em 11 de março de 2011 e o acidente com o Césio 137 na cidade de Goiânia,
em 1987, quando dois catadores encontraram um aparelho de radioterapia e retiraram a
célula radioativa ainda em funcionamento, contribuíram de forma signi�cativa para despertar
a atenção da população e das autoridades governamentais, no sentido de desenvolver
mecanismos para a prevenção desses eventos que comprometem a segurança das pessoas e
a qualidade do meio ambiente.
Conforme SENNE JUNIOR (2003) os acidentes associados à indústria de geração de energia
nuclear podem ter conseqüências que se restrinjam aos limites da propriedade ou ainda
terem efeitos fora da instalação e, desta forma, afetar a população local, a propriedade
privada ou pública e o meio ambiente, em maior ou menor grau de extensão.
No caso de gases e vapores radioativos, por exemplo, o efeito principal está relacionado ao
tamanho e amplitude de ação da nuvem gerada pelo produto liberado, já que as
conseqüências da dissipação dessa nuvem dependerá das características do produto, das
condições meteorológicas e da topogra�a do terreno onde o evento ocorreu.
Em particular, no caso da explosão dos reatores de Fukushima, segundo o Nuclear Emergency
Tracking Center dos EUA (NETC, 2019) nos dias seguintes ao acidente, foram registrados algo
em torno de 300 toneladas de água radioativa, entrando e saindo dos limites da usina, em
direção do Oceano Pací�co (Figura 4.3).
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“Lixo Atômico”
Outro problema relacionado à produção de energia por �ssão nuclear é a geração do
chamado rejeito radioativo ou ainda o “lixo atômico”.
Os materiais radioativos produzidos nos reatores nucleares, nos laboratórios e hospitais que
trabalham com equipamentos que contenham isótopos radioativos, (sejam eles nas formas
sólida, líquida ou gasosa), e que não apresentam outra possível utilização, não podem ser
simplesmente “jogados no lixo” como normalmente é feito com um resíduo qualquer, devido
às radiações que os mesmos ainda emitem (CARDOSO, 2012).
Esses materiais, chamados de rejeitos radioativos, que, a princípio, não podem ser reutilizados
em virtude dos possíveis riscos que os mesmos podem apresentar tanto para o ser humano
quanto para o meio ambiente, ainda não têm uma solução tecnológica considerada
sustentável pela maioria dos responsáveis pelo setor, o que os transformam em um dos
maiores “vilões” do mundo energético.
Os produtos da �ssão do urânio, resultantes do combustível nos reatores nucleares, são
destinados para um tratamento especial nas chamadas usinas de reprocessamento de
combustível nuclear irradiado, onde são separados e comercializados, após as devidas
operações necessárias para a remoção de produtos de �ssão e recuperação de material fértil
e físsil de combustíveis nucleares (CNEN, 2015).
Figura 4.3 - Distribuição das águas contaminadas com radioatividade no Oceano Pací�co. 
Fonte: US Department of State Geographer/Google earth, 2012.
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Contudo, os materiais radioativos restantes, que não têm justi�cativa técnica e/ou econômica
para serem utilizados, sofrem tratamento químico especial e são vitri�cados, guardados em
sistemas de contenção (Figura 4.4) e armazenados em depósitos de rejeitos radioativos
(CARDOSO, 2012).
Finalmente, a questão dos rejeitos radioativos no Brasil, seu recolhimento e armazenamento,
é disciplinada pela Lei Federal 10.308 de 2001, que outorga ao CNEN a responsabilidade legal
e exclusiva sobre as instalações que geram os rejeitos radioativos, e sobre o seu recolhimento
e armazenamento em depósitos do próprio CNEN (BRASIL, 2001).
 
Figura 4.4 - Barris contendo rejeitos radioativos. Morsleben, Alemanha. 
Fonte: picture-alliance/dpa
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Uma leitura muito interessante para um maior aprendizado, pode ser encontrada na
referência: ANEEL. Atlas de Energia Elétrica do Brasil. Energia Nuclear. 3ed. Brasília, DF,
2008.
reflita
Re�ita
Os defensores da energia nuclear defendem o seu uso pois, segundo eles, a
utilização desta forma de energia é uma alternativa limpa, já que a
mesma não emite CO2 para a atmosfera e, desta forma, não contribui para o
aquecimento global.
saiba mais
Saiba mais
Que tal aumentar o seu conhecimento sobre o assunto?
Para tanto, eu te convida a assistir o seguinte vídeo:
Como funciona uma usina nuclear?.
ASS I ST IR
26/05/2021 Ead.br
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atividadeAtividade
Vários elementos naturais emitem radiação. Contudo nem todos são utilizados no Brasil utilizados
para a geração de energia. Dentre aqueles descritos abaixo, qual o mineral, encontrado no estado
sólido na crosta terrestre e que é utilizado como combustível para a �ssão nuclear e, desta
maneira,para a geração de energia elétrica:
 
a) Plutônio
b) Césio
c) Estrôncio
d) Tório
e) Urânio
Feedback: A alternativa correta é a letra E. Todos os elementos
listados são metais e são chamados de radioisótopos ou isótopos
radioativos. Contudo só o urânio é utilizado para a �ssão nuclear em
um reator. O Plutônio não é utilizado devido a ser um elemento raro,
muito tóxico e extremamente reativo. Já o Césio é, ele próprio, um
produto da �ssão nuclear. O Estrôncio oxida em contato com o ar e
não tem energia de ativação su�ciente para ser utilizado em reatores.
O Tório por sua vez, é provavelmente a melhor opção disponível no
mercado mundial para produção de energia mais limpa. Contudo,
sua produção e enriquecimento ainda não é desenvolvida no Brasil o
que torna sua utilização extremamente dispendiosa.
26/05/2021 Ead.br
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Muito bem. Até agora falamos sobre as questões relacionadas à geração de energia e os riscos
ao ser humano e meio ambiente relacionados a estas formas de energia. Mas você poderia
perguntar: Não há nenhum tipo de acordo, norma ou tratado internacional que regule essas
questões? A resposta é sim!
Assim, neste tópico, nós iremos (i) estudar os tratados Internacionais assinados pelos países
relacionados ao meio ambiente e ao clima; (ii) conhecer os desa�os socioambientais, fechado
e compactuado pelas organizações internacionais e seus países membros relacionados ao
meio ambiente; e (iii) compreender de forma clara os acordos assinados com relação à
geração de energia limpa. Vamos lá?
As Motivações para a Criação dos Tratados
Internacionais
Como já discutimos nas unidades anteriores a matriz energética utilizada pelo homem, na
grande maioria dos países e, em particular nos mais desenvolvidos, faz uso de fontes não
renováveis, em particular de combustíveis fósseise energia nuclear, em proporção superior a
85% do total. Neste contexto, o índice de emissão de poluentes devido a queima de carvão,
gás e petróleo (combustíveis fósseis) e a possibilidade real de acidentes nucleares (�ssão
Tratados InternacionaisTratados Internacionais
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nuclear), entre outros fatores já estudados, colocam em risco elevado e contínuo o equilíbrio
do sistema ambiental planetário (MOLINA JR, 2015).
Por outro lado é importante deixar claro que a energia é um recurso essencial ao
desenvolvimento sócio-econômico-ambiental do ser humano. Contudo, este desenvolvimento
não pode “esquecer” de levar em consideração que para a obtenção das matérias primas e
dos recursos necessários para este processo, na maioria das vezes, são alterações profundas
do meio ambiente em que estes fenômenos biológicos e sociais acontecem. Isso signi�ca dizer
que a energia e os processos para a sua obtenção, interferem de maneira fundamental no
ambiente e na qualidade de vida do planeta (REIS, et al, 2012).
Inserido neste contexto, o governo brasileiro, em meados da década de 1970 do século
passado, desenvolveu o Decreto Federal n° 76.593 (BRASIL, 1975), de 14 de Novembro de 1975
(Pró-Álcool ou Programa Nacional do Álcool), que visava, entre outros fatores, desenvolver um
combustível com menor emissão de poluentes.
Este combustível foi o etanol, comumente conhecido como álcool,  cujos  poluentes
resultantes da queima do combustível no motor, a princípio, seriam reabsorvidos no ciclo de
crescimento da cana de açúcar (base do programa), além do fato que os resíduos gerados nas
usinas de produção do combustível seriam totalmente reaproveitados na lavoura, na própria
indústria do álcool ou em outras atividades industriais (VILLELA, 2015).
Os Tratados Internacionais mais Importantes
Alguns anos depois, no início da década de 1980 do século passado, inicia-se então por parte
das entidades representativas globais, como a Organização das Nações Unidas (ONU), a busca
por tratados, normas e acordos internacionais que conseguissem conciliar as questões
econômicas com aquelas socioambientais.
O objetivo destes tratados, protocolos e convenções, era e, é, regular as ações dos países
membros, de forma tal que, os mesmos, ao adotarem desenvolvam legislações e políticas
internas em prol da sustentabilidade.
Entre os vários tratados, vamos citar três:
Protocolo de Montreal (1987)
Em 1985, a ONU organizou uma reunião na Áustria para discutir a questão do buraco da
camada de ozônio. Esta convenção formalizou um documento para a Proteção da Camada de
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Ozônio. Nesta reunião, uma série de princípios foram redigidos e enunciados com o objetivo
de incentivar todos os países da comunidade internacional a promover mecanismos (políticas,
normas, entre outras ferramentas) de proteção à camada de ozônio.
Esta convenção contribuiu para o desenvolvimento, em 1987, do Protocolo de Montreal - que
conseguiu atingir 191 signatários - que era um tratado internacional que visava substituir as
substâncias que demonstraram reagir quimicamente com o ozônio na parte superior da
estratosfera, as chamadas “Substâncias Destruidoras da Camada de Ozônio” (SDOs), como os
 hidrocloro�uorcarbonos (HCFCs), emitidas em todo o globo, a partir dos processos de
industrialização (, 2009).
O Protocolo de Montreal, entrou em vigor desde 1989 e o Brasil como signatário do mesmo
adotou uma série de medidas progressivas de redução da produção e consumo, até a sua
total eliminação, das substâncias que destroem a camada de ozônio (Tabela 4.1). 
Tabela 4.1 - Cronograma de eliminação do consumo de HCFCs no Brasil. 
Fonte: Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs, Ministério do Meio Ambiente.
Protocolo de Kyoto (1997)
O Protocolo de Kyoto é o resultado de discussões ocorridas em três eventos patrocinados pela
ONU entre o �nal da década de 1980 e início da década de 1990: (i) a Conferência sobre
Cronograma de eliminação do consumo de HCFCs – Países em
Desenvolvimento
Etapa
01
2013 Congelamento do consumo dos HCFCs (Linha de Base1)
2015 Redução de 10,0% do consumo de HCFCs sobre a LB
Etapa
02
2020 Redução de 35,0% do consumo de HCFCs sobre a LB
2025 Redução de 67,5% do consumo de HCFCs sobre a LB
2030 Redução de 97,5% do consumo de HCFCs sobre a LB2
2040 Eliminação do consumo de HCFCs
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Mudanças Climáticas de 1988 em Toronto no Canadá (ii) o Primeiro Relatório de Avaliação do
Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas de 1990 em Sundsvall na Suécia, e (iii) a
Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática de 1992, ocorrida no Rio de
Janeiro no Brasil.
Este protocolo foi aberto para assinaturas em 11 de dezembro de 1997 e foi rati�cado pelo
Brasil em 23 de agosto de 2002, por meio do Decreto Legislativo Federal número 144.Para
poder entrar em vigor, precisou que 55 países (que juntos, produziam na época 55% das
emissões), o rati�cassem, meta que foi obtida em 16 de fevereiro de 2005, depois que a Rússia
o rati�cou em Novembro de 2004 (Henriques da Silva, 2009).
Os Gases de Efeito Estufa (GEE), alvos do Protocolo de Kyoto (Figura 07), são 6 (seis): (i) Dióxido
de Carbono (CO2); (ii) Metano (CH4); (iii) Óxido Nitroso (N2O); (iv) Hidro�uorcarbonos (HFCs);
(v) Per�uorcarbonos (PFCs); e, (vi) Hexa�uoreto de Enxofre (SF6).
Contudo, apesar da importância do protocolo, em 2001, durante a Conferência de Bonn, na
Alemanha, o presidente norte-americano de então, George W. Bush,  declarou que os Estados
Unidos da América iriam abandonar os compromissos com o Protocolo de Kyoto, por
entenderem que as medidas que deveriam ser tomadas para o comprimento do acordo
causariam um desaquecimento da economia americana.
Acordo de Paris (2015)
Figura 4.5 - Valores anômalos de temperatura global.Fonte: NASA/GISS/GISTEMP. 
Disponível em: <https://data.giss.nasa.gov/gistemp/news/20170215/>
https://data.giss.nasa.gov/gistemp/news/20170215/
26/05/2021 Ead.br
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Dentro deste contexto, na 21ª Conferência das Partes (COP21), também chamada de Acordo
de Paris por ter sido realizada nesta cidade em 2015, desenvolveu-se um novo acordo que
visava estimular os países que assinaram o documento a buscar novas medidas para mitigar
os impactos gerados pelas Mudanças Climáticas.
Este acordo foi aberto para assinaturas em 22 de abril de 2016, também conhecido como o
Dia da Terra, que foi rati�cado pelo Brasil em 12 de setembro de 2016.
Contudo, mais uma vez, em 01 de junho de 2017, o atual presidente dos Estados Unidos,
Donald Trump, anunciou que o país estava se retirando do Acordo de Paris. Segundo ele, a
medida foi tomada para “cumprir meu dever de proteger a América, os Estados Unidos vão se
retirar do Acordo do Clima de Paris e começar renegociações para reentrar no acordo de uma
forma que seja justa com o povo americano” (CHAKRABORTY, 2017).
reflita
Re�ita
Cumprir o Acordo de Paris signi�ca reduzir a emissão de gases que geram
o Efeito Estufa e, em última instância, reduzir a produção de bens de
consumo o que geraria um desaquecimento da economia global.
26/05/2021 Ead.br
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Uma leitura muito interessante para um maior aprendizado, pode ser encontrada na
referência: HENRIQUES DA SILVA, Darly, Protocolos de Montreal e Kyoto: pontos em
comum e diferenças fundamentais. Revista Brasileira de Política Internacional, número 52,
2009.
saiba mais
Saiba maisQue tal aumentar o seu conhecimento sobre o assunto?
Para tanto, eu te convida a assistir o seguinte vídeo:
Entrevista Suely Carvalho sobre o Protocolo de
Montreal.
ASS I ST IR
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atividadeAtividade
Conforme estudamos o Protocolo de Kyoto tem como objetivo reduzir a emissão dos chamados
Gases de Efeito Estufa (GEE). Entre todos os gases gerados nas mais diversas atividades humanas, o
protocolo resolveu que sete destes gases são aqueles com maior impacto sobre a nossa atmosfera.
Assim, dentre os gases descritos abaixo, qual não faz parte deste protocolo?
a) Metano
b) Óxido Nitroso
c) Hidro�uorcarbonos (HFCs)
d) Per�uorcarbonos
e) Monóxido de carbono
Feedback: A alternativa correta é a letra E, O Metano faz parte do
Protocolo. O Óxido Nitroso faz parte do Protocolo. Os
Hidro�uorcarbonos fazem parte do Protocolo. Os Per�uorcarbonos
fazem parte do Protocolo.. Já o Monóxido de Carbono, não faz parte
do Protocolo.. O gás correto é Dióxido de Carbono (CO2).
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Acredito que você está percebendo, com o desenvolvimento do curso, que muitas vezes,
apesar da importância que as questões ambientais tem para a sobrevivência do ser humano
no planeta Terra,  os interesses políticos-econômicos acabam por se sobrepor àqueles
socioambientais.
Assim, neste tópico, nosso objetivo é que você desenvolva um senso crítico para poder
analisar as implantação de grandes empreendimentos do setor elétrico nacional, de forma a
poder avaliar os desa�os socioambientais na proteção da biodiversidade relacionados ao
meio ambiente e, reconhecer de forma clara como proteger a biodiversidade no contexto
energético. Vamos lá?
A Proteção à Biodiversidade
Antes de iniciarmos a nossa aventura nesta área é importante de�nir o que é biodiversidade,
não é verdade? Muito bem, o termo Biodiversidade ou Diversidade Biológica, como foi
proposto originalmente, foi criado pelo ambientalista e biólogo norte-americano Thomas
Lovejoy.
Muitos autores, além do próprio Thomas Lovejoy, desenvolveram de�nições para o termo.
Contudo, apesar dos esforços de muitos pesquisadores e especialistas da área, ainda não há
uma de�nição consensual do termo Biodiversidade. Neste contexto, Biodiversidade ou
Empreendimentos do SetorEmpreendimentos do Setor
EnergéticoEnergético
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diversidade biológica, pode ser entendida como a variabilidade existente entre os seres vivos
de todos os ecossistemas, terrestres e aquáticos, excetuando-se quando há intervenção
antrópica (FRANCO, 2013).
Partindo deste princípio, é possível perceber que quando o ser humano interage com a
biodiversidade, na verdade, ele está alterando algo que foi desenvolvido sem a ação antrópica.
Sendo assim, a ação humana sobre a biodiversidade estará sempre causando um
desequilíbrio no sistema que, dependendo da magnitude, pode vir a causar danos irreparáveis
a diversidade biológica.
Por exemplo, na busca por recursos o ser humano acabou por destruir grande parte da fauna
e da �ora de várias regiões do planeta. Em particular, na América do Norte, acredita-se que
grande parte da fauna de grande porte foi extinta após a migração humana vinda da Ásia pelo
estreito de Bering a cerca de 11 mil anos atrás (GASTAL, 2002).
Da mesma forma, podemos observar este efeito em nosso país, quando analisamos, por
exemplo, a devastação ilegal de uma área de Mata Atlântica ou às várias áreas de
desmatamento, sem o menor controle, que surgem de um dia para o outro.
Inclusive, falando de leis, é importante observar que várias destas regiões que sofrem este
tipo de intervenção são áreas protegidas por legislações federais, estaduais e municipais.
Este interesse em proteger a diversidade biológica e os biomas está relacionado a consciência
da humanidade, ou pelo menos de parte dela, a respeito da necessidade de sua própria
preservação, pois o desaparecimento de espécies, a perda da diversidade biológica no planeta
e a destruição dos biomas, signi�cará a própria extinção do Homem (Figura 4.7). 
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Dentro deste contexto, surgem os instrumentos jurídicos com o objetivo de preservar, em
última instância, o próprio ser humano, como a Convenção de Diversidade Biológica – CDB,
promulgada pelo Decreto nº 2.519/98, que estabeleceu os princípios e normas para a proteção
da diversidade biológica brasileira (FERREIRA et al, 2010). Após o desenvolvimento desta
ferramenta de controle e proteção da nossa biodiversidade (BRASIL, 1998), surgiu a
necessidade de legislar sobre um outro tema de extrema importância para o Brasil, que é a
proteção do patrimônio genético nacional.
Esta necessidade, que é na verdade a reação à Convenção de Diversidade Biológica (CBV,
2019) é extrema importância para o nosso país, visto que somos uma das principais vítimas de
roubo de patrimônio genético ou, como é conhecida, da biopirataria.
Para tanto, em 20 de maio de 2015, foram regulamentados Regulamenta o inciso II do § 1ᵒ e o
§ 4ᵒ do art. 225 da Constituição Federal, o Artigo 1, a alínea j do Artigo 8, a alínea c do Artigo
10, o Artigo 15 e os §§ 3ᵒ e 4ᵒ do Artigo 16 da Convenção sobre Diversidade Biológica, que
dispõe sobre (i) o acesso ao nosso patrimônio genético, (ii) a proteção e o acesso ao
conhecimento tradicional associado e (iii) sobre a repartição de benefícios para conservação e
uso sustentável da biodiversidade (BRASIL, 2015).
Biodiversidade e os Empreendimentos do Setor
Energéticos
Figura 4.6 - Efeitos do desmatamento descontrolado sobre o bioma. 
Fonte: pixabay.com
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Dentro deste contexto, que estamos estudando, será que é possível desenvolver um
empreendimento, em particular no setor energético, de forma sustentável, onde se respeite a
biodiversidade? Será que estes dois conceitos podem andar juntos? Observamos na história
humana que, paulatinamente, temos comprometido o nosso próprio bem-estar com as
escolhas equivocadas de fontes energéticas, escolhas essas que já causaram, além de
problemas políticos, con�itos armados em várias regiões do planeta (MORAES, 2005).
A ideia de um desenvolvimento econômico e tecnológico com um viés de sustentabilidade não
é uma proposta nova. Em 1987, a ONU através da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento, lançou um documento chamado Nosso Futuro Comum (WCED, 1991) – Our
Common Future, em inglês.
Neste documento, também conhecido como Relatório Brundtland, seus idealizadores propõe
o, até então deixando em um segundo plano, desenvolvimento sustentável como a única
forma de desenvolvimento econômico, social e ambientalmente justo, onde dever-se-ia buscar
atender às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações
futuras atenderem às suas próprias necessidades (WCED, 1991).
No capítulo 2, deste documento, intitulado, “Em Busca do Desenvolvimento Sustentável” os
organizadores discutem, entre outras questões, os chamados imperativos estratégicos, ou
seja, “estratégias que permitam às nações substituir seus atuais processos de crescimento,
frequentemente destrutivos, pelo desenvolvimento sustentável”(WCED, 1991).
Dentre os principais objetivos desta nova visão de mundo, estavam: (i) alterar a qualidade do
desenvolvimento; (ii) atender as necessidades essenciais de emprego, alimentação, energia,
água e saneamento; e (iii) incluir o meio ambiente e a economia no processo de tomada de
decisão.
É importante ressaltar quea questão energética entrou neste processo, pois a mesma é
considerada como a principal fonte dos problemas ambientais (Tabela 4.2) em sete dos nove
problemas identi�cados pelos especialistas no setor (GOLDEMBERG, 1988 apud MORAES,
2005).
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Tabela 4.2 - Principais problemas ambientais, suas fontes e seus grupos sociais afetados. 
Fonte: GOLDEMBERG, 1988 apud MORAES, 2005.
Dentro deste contexto, �ca claro que um modelo de desenvolvimento econômico industrial,
que não leve em conta as questões relacionadas ao ser humano, à biodiversidade e a
sustentabilidade está fadado ao desastre.
Assim, conforme nos alerta MORAES (2005, pg. 23),
Problema Ambiental
Principal Fonte do
Problema
Principal Grupo
Social Afetado
Poluição urbana do ar
Energia (indústria e
transporte)
População Urbana
Poluição do ar em ambientes
fechados
Energia (cozinhar)
Pobres na zona
rural
Chuva Ácida
Energia (queima de
combustível fóssil)
Todos
Diminuição da camada de
ozônio
Indústria Todos
Aquecimento por efeito estufa
e mudança do clima
Energia (queima de
combustível fóssil)
Todos
Disponibilidade e qualidade da
água doce
Aumento populacional,
agricultura
Todos
Degradação costeira e marinha Transporte e Energia Todos
Desmatamento e deserti�cação
Aumento populacional,
agricultura e energia
Pobres rurais
Resíduos tóxicos, químicos e
perigosos
Indústria e energia nuclear Todos
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�ca evidente, portanto, que as soluções para um possível horizonte de
sustentabilidade, com crescimento econômico, estão ligados de modo inequívoco à
e�ciência energética e à adoção de novas fontes de energia
visto que “a utilização das fontes renováveis de energia é uma garantia de suprimento
economicamente viável e de menor impacto ambiental, se adotados modos de manejo
sustentável”.
Como exemplo da busca por soluções sustentáveis na área de geração e distribuição de
energia, podemos citar os projetos e os compromissos que a ENEL – empresa italiana que atua
na área de geração e distribuição de energia elétrica e na distribuição de gás natural, em
várias partes do mundo e, agora no Brasil por meio da sua subsidiária ENEL Brasil – que desde
2011, participa do Pacto Global LEAD, programa lançado pela Organização das Nações Unidas ,
que congrega as empresas comprometidas em buscar soluções nas áreas econômicas, sociais
e ambientais com uma visão de sustentabilidade.
reflita
Re�ita
O desenvolvimento de novos empreendimentos no setor energético, por
mais que tenham um viés de sustentabilidade como a Energia Eólica,
irão afetar de maneira decisiva a biodiversidade.
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Uma leitura muito interessante para um maior aprendizado, pode ser encontrada na
referência: FRANCO, José Luiz de Andrade (Novembro 2013). O conceito de biodiversidade e
a história da biologia da conservação: da preservação da wilderness à conservação da
biodiversidade. Universidade de Brasília, Brasília, Distrito Federal, Brasil
saiba mais
Saiba mais
O Que é Biodiversidade.
ASS I ST IR
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atividadeAtividade
No estudo deste subtema, percebemos que a Energia, sua geração e utilização, causa uma série de
problemas ambientais. Dentro deste contexto, conforme GOLDEMBERG (1988) apud MORAES (2005),
dentre os nove problemas identi�cados pelos autores, qual dos descritos abaixo não tem a Energia
como sua principal fonte de problema?
a) Poluição urbana do ar
b) Disponibilidade e qualidade da água doce
c) Degradação costeira e marinha
d) Chuva ácida
e) Desmatamento e deserti�cação
Feedback: A alternativa correta é a letra B. A poluição urbana do ar,
a degradação costeira e marinha, a chuva ácida e o desmatamento e
deserti�cação são apontados pelos autores como tendo a energia
como sua principal fonte de problema. Por outro lado, a
disponibilidade e qualidade da água doce, segundo os autores está
associado, principalmente,ao aumento populacional e a agricultura.
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Muito bem! Mais uma vez, chegamos ao último tópico da nossa unidade. Talvez você não
esteja entendendo bem porque vamos falar de resíduos sólidos associado a geração de
energia. Na verdade os resíduos detém uma capacidade energética enorme. Capacidade esta,
que “jogamos fora” todos os dias. Hoje, já existem cidades no mundo cuja geração de energia
para as residências é toda ela utilizando-se dos resíduos sólidos. Não está acreditando? Então
vamos conhecer esta “nova” opção de energia.
Resíduos Sólidos: De�inições e Conceitos
A primeira coisa que temos que fazer quando falamos de resíduos sólidos e saber a diferença
entre este e outra coisa chamada lixo. Não, não são a mesma coisa! Acredite, há uma
diferença imensa entre os dois conceitos. Então vamos entender esta diferença!
De maneira geral, podemos de�nir lixo, como sendo restos das atividades humanas,
considerados pelos geradores como inúteis, indesejáveis ou descartáveis, podendo-se
apresentar no estado sólido, semissólido (Entende-se como substâncias ou produtos
semissólidos todos aqueles com teor de umidade inferior a 85%) ou líquido (Válido somente
para resíduos industriais perigosos), desde que não seja passível de tratamento convencional.
Por outro lado a mesma norma (ABNT, 2004, p. 1), de�ne resíduos sólidos, como sendo
aqueles:
Resíduos Sólidos: Energia emResíduos Sólidos: Energia em
TransformaçãoTransformação
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Resíduos nos estados sólido e semissólido, que resultam de atividades de origem
industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição.
Ficam incluídos nesta de�nição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de
água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem
como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu
lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso
soluções técnica e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível.
Na leitura da de�nição, salta aos olhos que lixo é algo inútil, indesejável ou descartável, por
mim ou por você. Ou seja, lixo é qualquer coisa que não tem mais nenhum valor e, assim, é
eliminado de nossas vidas.
Contudo, hoje sabemos que aquilo que era considerado de lixo, ou seja, inútil, indesejável ou
descartável a alguns anos atrás, hoje é considerado matéria prima para vários setores da
indústria e da própria sociedade. Neste contexto podemos citar, por exemplo, as latinhas de
alumínio, as garrafas PETs e os pneus.
Então o que mudou? A sociedade, a indústria, o comércio e o próprio governo começaram a
perceber que lixo, só deveria ser conceituado como tal, quando da inexistência de um ator
(uma pessoa, uma associação, uma empresa, entre outros) que possa, reivindicar uma nova
utilização a estes elementos (Figura 4.8).
Figura 4.7 - Materiais considerados lixo por alguns e resíduos sólidos por outros. 
Fonte: pixabay.com
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Dentro deste contexto, no ano de 2010, por meio da Lei 12.305 (BRASIL, 2010), o Governo
Federal criou a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Essa política, que é um marco
divisório no tange as questões ambientais em nosso país,de�ne resíduos sólidos, como
sendo:
Material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas
em sociedade, a cuja destinação �nal se procede, se propõe proceder ou se está
obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos
em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na
rede pública de esgotos ou em corpos d'água, ou exijam para isso soluções técnica
ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível (BRASIL,
2010).
Ao ler esta de�nição, observamos que a PNRS, quebra o paradigma do lixo, dizendo
explicitamente que os resíduos sólidos são um bem, ou seja (AURÉLIO, 2019), algo que tem
valor econômico, por exemplo, para alguém, seja uma pessoa física ou jurídica, que não
considera este material como sendo inútil, indesejável ou descartável.
Resíduos Sólidos como uma Fonte de Energia
Então, se os resíduos sólidos são um bem, conforme a PNRS assim o de�ne, ele tem valor
agregado. Mas o que muitas pessoas e, talvez você ainda não saiba é que os resíduos sólidos
também são considerados como matéria prima para a geração de energia elétrica!
E quem, mais uma vez, esclarece esse ponto é a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
Conforme o artigo 9ᵒ, parágrafo 1ᵒ (BRASIL, 2010),
Na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser observada a seguinte
ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento
dos resíduos sólidos e disposição �nal ambientalmente adequada dos rejeitos.
Poderão ser utilizadas tecnologias visando à recuperação energética dos resíduos
sólidos urbanos, desde que tenha sido comprovada sua viabilidade técnica e
ambiental e com a implantação de programa de monitoramento de emissão de
gases tóxicos aprovado pelo órgão ambiental.
A leitura desta porção da lei, deixa claro que, os resíduos sólidos são uma fonte de energia
onde, respeitadas as suas características de emissão que gases tóxicos em conformidade com
o órgão ambiental, poderão agregar ganhos ambientais de grande magnitude para o Brasil.
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Exemplos deste uso sustentável dos resíduos sólidos como geradores de energia não faltam
tanto no mundo como em nosso país.
GONÇALVES, et al (2009), desenvolveu briquetes (blocos densos e compactos de materiais
energéticos, normalmente manufaturados a partir de restos de madeira) com rejeitos de
resíduos sólidos urbanos e madeira de Eucalyptus grandis. Segundo o GONÇALVES, et al
(2009),
para que o briquete seja um produto competitivo no mercado, é oportuno que seu
poder calorí�co esteja dentro dos padrões desejados para as �nalidades às quais ele
se destina, seja em caldeiras, fornalhas ou na geração de eletricidade. Observa-se
que o poder calorí�co superior médio do briquete com 25% de RRSU (Resíduos
Sólidos Urbanos) e 75% de madeira de eucalipto, foi de 21.239,13 kJ kg⁻¹, acima do
poder calorí�co superior médio da madeira, que foi de 19.544,20 kJ kg⁻¹.
Na mesma linha de raciocínio, JACOBI & BESEN (2011, p. 147), estudando o aproveitamento do
metano gerado nos aterros sanitários, no explicam que,
Um dos avanços na gestão de resíduos sólidos na cidade de São Paulo foi a
implantação de sistemas de captação e recuperação de metano nos aterros públicos
Bandeirantes e São João para geração de elétrica. Por meio desses sistemas, a
recuperação das áreas e a implantação de sistema de geração de energia elétrica
podem ser viabilizadas economicamente pela venda dos créditos de carbono
decorrentes da redução da emissão de carbono para a atmosfera.
Segundo ainda os autores (RBB, 2010 apud JACOBI & BESEN, pág.147, 2011),
No Aterro São João, o projeto iniciado em 2008 tem capacidade para gerar 200 mil
MW por ano, o equivalente ao consumo de uma cidade de 400 mil habitantes, por
meio de 16 unidades geradoras, e evitar a emissão de 800 mil toneladas ano de gás
carbônico equivalente.
Mais uma vez, observamos que os resíduos sólidos são sim uma grande fonte de energia que,
se devidamente utilizada, trará benefícios incontáveis à sociedade e ao meio ambiente.
É claro, que, por outro lado, não devemos nos ater a somente reutilizar estes resíduos.
Conforme a�rmam JACOBI & BESEN (2011),
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É fundamental destacar que, na lógica da sustentabilidade, a possibilidade do
aproveitamento do metano de aterros para geração de energia e venda de créditos
de carbono no mercado global não deve ser utilizada como justi�cativa para a
manutenção dos padrões insustentáveis de produção e consumo e da prática de
aterrar resíduos no solo. O aterramento deve ser efetuado como última alternativa e
somente para a parcela que não apresenta condições de recuperação e reciclagem,
como preconiza  a Política Nacional de Resíduos Sólidos.
reflita
Re�ita
Lixo só deveria ser conceituado como tal, quando da inexistência de um
ator que possa reivindicar uma nova utilização dos elementos.
saiba mais
Saiba mais
Usina no Japão Transforma Lixo em Energia!.
ASS I ST IR
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Uma leitura muito interessante para um maior aprendizado, pode ser encontrada na
referência:GONÇALVES, José E.; SARTORI, Maria MP; LEÃO, Alcides Lopes. Energia de
briquetes produzidos com rejeitos de resíduos sólidos urbanos e madeira de Eucalyptus
grandis. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, p. 657-661, 2009.
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atividadeAtividade
Na leitura do texto Gestão de resíduos sólidos em São Paulo: desa�os da sustentabilidade ( RBB, 2010
apud JACOBI & BESEN, 2011) observamos que no Aterro São João, no município de São Paulo, o
projeto de utilização energética do aterro, iniciado em 2008 tem, segundo seus autores, a capacidade
para gerar até 200 mil MW por ano de energia elétrica. Neste contexto, segundo os mesmos autores,
esta energia gerada seria capaz de suprir as necessidades energéticas de uma cidade de quantos mil
habitantes?
a) 25 mil
b) 50 mil
c) 100 mil
d) 200 mil
e) 400 mil
Feedback: A alternativa correta é a letra E. Conforme o texto de
 RBB, 2010 apud JACOBI & BESEN, 2011 a única alternativa correta é o
item (e) ou seja, uma cidade com 400 mil habitantes. Para uma cidade
com 25 mil habitantes (a), esta energia seria capaz de abastecê-la por
16 anos. Para uma cidade com 50 mil habitantes (b), esta energia
seria capaz de abastecê-la por 8 anos. Para uma cidade com 100 mil
habitantes (c), esta energia seria capaz de abastecê-la por 4 anos, e
para uma cidade com 200 mil habitantes (d), esta energia seria capaz
de abastecê-la por 2 anos.
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indicações
Material Complementar
LIVRO
Energia renovável no Brasil: análise das principais
fontes energéticas renováveis brasileiras
Frederico Fábio Mauad, Luciana da Costa Ferreira e Tatiana Costa
Guimarães Trindade.
Editora: EESC - USP
ISBN: XXX-XX-XXX-XXXX-X
Comentário: O livro “Energia Renovável no Brasil” apresenta as
principais fontes de energia renovável que possuem grande
potencial de participação na matriz elétrica brasileira: Energia
Hidrelétrica, Solar, Eólica e Biomassa. Estabelecendo um panorama
nacional e internacional, o livro realiza uma análise sobre as
tecnologias e desa�os relacionados ao aproveitamento de cada
uma dessas fontes. Os leitores poderão aumentar sua percepção
sobre os principais impactos ambientais, econômicos e sociais
envolvidos na exploração dessas energias; conhecer o
funcionamento, os fundamentosdo dimensionamento e os
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principais componentes de cada sistema; se familiarizar com os
incentivos governamentais e legislação pertinente; e conhecer o
grande potencial que o Brasil possui com relação ao
aproveitamento de suas fontes de energia renovável.
A C E S S A R
FILME
O potencial brasileiro para geração de energia
sustentável
Ano: 2012
 Comentário: Neste vídeo, especialistas da área de energia,
detalham como é formada a matriz energética brasileira e quais são
as potenciais fontes de energia limpa e sustentável, no contexto
brasileiro, tendo como objetivo �nal um desenvolvimento mais
coerente com as questões ambientais em nosso país. .
Para conhecer mais sobre o �lme, acesse o trailer disponível em:
A S S I S T I R
http://www.livrosabertos.sibi.usp.br/portaldelivrosUSP/catalog/book/168
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conclusão
Conclusão
O estudo deste tema, deixa claro que existem soluções possíveis para um desenvolvimento
energético que, dentro de certos parâmetros, consiga conviver de maneira adequada com os
desa�os ambientais atuais.
Observa-se também que muitas das soluções propostas, muitas vezes, estão associadas a
outros interesses que não aquele ambiental ou ainda energético. Neste contexto, pode-se
citar a geração de energia por �ssão nuclear.
Por outro lado, o desrespeito às normatizações e protocolos internacionais, particularmente
por países desenvolvidos, deixa claro que as questões relacionadas ao meio ambiente não são
prioridade quando as questões econômicas entram em cena. Entre um desenvolvimento mais
“sustentável” e um maior ganho econômico a segunda alternativa sempre irá vencer.
Finalmente, aprendemos que é possível obter energia de fontes improváveis como os resíduos
sólidos urbanos. Não que desejamos aumentar a geração destes resíduos ou ainda continuar
a dispô-los no solo, mas podemos aproveitar a energia gerada nas áreas onde isso já
aconteceu.
referências
Referências
Bibliográ�cas
NETC. Nuclear Emergency Tracking Center. USA, 2019. Disponível em:
<http://www.netc.com/>
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Cardoso, E. M. A energia nuclear - 3.ed.- Rio de Janeiro: CNEN, 2012. (Apostila educativa) 52 p.
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