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EAE0416 - FORMAÇÃO ECONÔMICA E SOCIAL DO BRASIL I Prof. Dr. José Flávio Motta, 1º semestre de 2020. QUESTIONÁRIO I 1. Discuta a afirmação seguinte, de Eric Hobsbawm: “Meu raciocínio supõe que, divorciada da história, a economia é um navio desgovernado e os economistas sem a história não têm muita noção de para onde o navio navega.” 2. Elabore uma justificativa para a afirmação, feita por Jacob Gorender, de que a interpretação contida no Formação do Brasil Contemporâneo – Colônia, de Caio Prado Júnior, significou um “salto qualitativo” da perspectiva do evolver de nossa historiografia econômica. 3. Explicite os vínculos lógicos que Caio Prado Júnior estabelece entre: a) o sentido da colonização; b) os segmentos produtivos da economia colonial; e c) a organização interna das unidades produtivas exportadoras. 4. Discuta, colocando-se no lugar de Caio Prado Júnior, o comentário seguinte, de Iraci Costa, que identifica um flanco aberto na formulação pradiana: “Parece-nos desnecessário lembrar que tratar tal povo como inexistente [à la Couty] ou categorizá-lo, sem mais, como composto de marginais sociais significa reproduzir as ideologias próprias das velhas elites dominantes e abrir as portas para teses simplistas como a que reduziu a questão social a uma questão de polícia.” 5. Discorra sobre os conceitos de “sentido da colonização” e “sentido profundo da colonização”, respectivamente, de Prado e Novais, à luz do comentário seguinte, de Maurício Coutinho, expresso em artigo dedicado a Furtado: “O principal problema metodológico em economia seria, assim, ‘a definição do nível de generalidade —ou de concreção— à qual se aplica qualquer relação com valor explanatório’ [Furtado, Desenvolvimento e subdesenvolvimento]. A devida combinação do duplo caráter da teoria econômica —o histórico e o abstrato— representaria o maior desafio aos economistas.” 6. Faça um comentário acerca da contribuição de Fernando Novais à formulação de Caio Prado Júnior com fundamento nas seguintes afirmações: a) Do próprio Fernando Novais: “Podemos, enfim, compreender nas suas múltiplas conexões, o sistema colonial, esse conjunto de mecanismos (...) que integra a articula a colonização com as economias centrais europeias (...). Não se trata pois de simples denominador comum presente em todas as manifestações concretas do processo histórico, mas do determinante estrutural, componente a partir do qual é possível compreender o conjunto das manifestações, tornando-as inteligíveis, o elemento enfim que explicita e define os demais, e não se define por eles.” (NOVAIS, F. A. Estrutura e dinâmica do antigo sistema colonial (séculos XVI-XVIII). 5.ed. São Paulo: Brasiliense, 1990, p. 33) 2 b) De Ciro Flamarion Cardoso: “(...) uma das coisas que nos parecem inadequadas no esquema de Novais é uma forte dose de teleologia. A história não aparece no seu texto como um processo ‘histórico-natural’: temos a impressão de que o ‘antigo sistema colonial’ funciona ali como uma enteléquia, uma entidade que organiza, determina, decide, em função do capitalismo industrial que virá. Mas o ‘sentido’ da história é sempre uma reconstrução a posteriori, feita a partir do conhecimento post facto de quais potencialidades e interesses de classe em disputa se impuseram — já que em cada momento da história há sempre diversas evoluções possíveis; mas em nenhum caso pode tratar-se de um princípio modelador a priori dos processos, explicando-os a partir de um resultado futuro. Dizer que o sentido do sistema colonial mercantilista foi preparar o advento do capitalismo industrial contemporâneo não explica a racionalidade daquele sistema para os homens que o viveram.” (CARDOSO, C. F. S. As concepções acerca do “Sistema econômico mundial” e do “antigo sistema colonial”: a preocupação obsessiva com a “extração de excedente”. In: AMARAL LAPA, J. R. do (org.). Modos de produção e realidade brasileira. Petrópolis: Vozes, 1980, p. 122) c) De Antônio Barros de Castro: “Observe-se que, para efeitos da interpretação da estrutura econômico-social da colônia, o fato de que em Novais o ‘sentido último’ é dado pela ‘aceleração da acumulação primitiva de capitais’, e não pelos interesses do comércio europeu (como em Caio Prado), em pouco ou nada os diferencia. A substituição do ‘objetivo’ pelo ‘significado’ apenas evita (ou melhor, oculta) a teleologia patente em Caio Prado.” (CASTRO, A. B. de. A economia política, o capitalismo e a escravidão. In: AMARAL LAPA, J. R. do (org.). Modos de produção e realidade brasileira. Petrópolis: Vozes, 1980, p. 88) 9) Fernando Novais, em artigo intitulado Caio Prado Júnior na historiografia brasileira, ao comentar o livro Formação do Brasil Contemporâneo escreveu: “E aqui vamos nos aproximando das possíveis limitações, que mesmo as obras mais penetrantes acabam por revelar. (...) Nesse sentido, talvez se possa argüir que, no movimento de inserção [do objeto (colonização européia na América)] no conjunto [num todo maior] , isto é, no esforço por apresentar a categoria básica [o ‘sentido da colonização’] , sua análise se deteve ao meio do caminho.” Explique, com fundamento nos conceitos de “sentido da colonização” e “sentido profundo da colonização”, esse comentário crítico do Prof. Novais. 10) Analise de uma perspectiva teórica, com base na argumentação desenvolvida por Fernando A. Novais, o episódio da montagem da Companhia das Índias Orientais (1602), tendo em vista a política econômica de cunho marcadamente liberal adotada, à época, pelos Países Baixos. 11) Trace um paralelo entre os diálogos sugeridos, respectivamente, por Francisco de Oliveira e Jorge Caldeira, entre as formulações de Celso Furtado e de Caio Prado Júnior, de um lado, e, de outro, o pensamento autoritário brasileiro que assumiu grande relevância nas décadas iniciais do século XX. 3 12) Com base no enfoque de Francisco de Oliveira, trace um paralelo entre as formulações de Caio Prado e Celso Furtado em termos do binômio reforma– revolução, levando em consideração as diferentes possibilidades oriundas das práticas políticas de ambos. 13) Elabore uma comparação entre os comentários de Rosa Maria Vieira, Flávio Rabello Versiani e João Antonio de Paula, nos quais se destacam aspectos do que seria a “questão central” perseguida por Furtado no Formação Econômica do Brasil. 14) Discuta os elementos de convergência das críticas ao “sentido da colonização” elaboradas por Antônio Barros de Castro, Ciro Flamarion Cardoso e Jacob Gorender. 15) Com base nos escritos de João Fragoso e Manolo Florentino sobre a formação colonial brasileira, quais as críticas que podem ser feitas à interpretação elaborada por Caio Prado Júnior? 16) Explique as afirmações seguintes, de Emília Viotti da Costa, feitas no texto intitulado “A dialética invertida: 1960-1990”: “(...) quando se examinam as mudanças que ocorreram na historiografia nos últimos trinta anos observa-se um deslizamento progressivo de um momento estruturalista que privilegiava a necessidade para um momento antiestruturalista que dá ênfase à liberdade. De uma ênfase no que se definia como ‘forças históricas objetivas’, para uma ênfase na ‘subjetividade’ dos agentes históricos.” 17) Com base nos escritos de Iraci del Nero da Costa e Julio Manuel Pires sobre a formação colonial brasileira, quais as críticas que podem ser feitas à interpretação elaborada por Caio Prado Júnior? 18) Discuta, valendo-se da argumentação de Caio Prado Jr. e de Fernando Novais, a citação seguinte, de Jorge Caldeira (História do Brasil com Empreendedores): “A exploração colonial é como a Terra no sistema geocêntrico: um ponto estável ao redor do qual girava todo o universo explicativo de toda a história do Brasil”. 19) Discuta, com fundamento da interpretação de Jacob Gorender, a afirmação seguinte, de Raimundo Faoro: “Estado patrimonial, portanto, e não feudal, o de Portugal medievo. (...) Na monarquia patrimonial,o rei se eleva sobre todos os súditos, senhor da riqueza territorial, dono do comércio (...), capaz de gerir as maiores propriedades do país, dirigir o comércio, conduzir a economia como se fosse empresa sua. O sistema patrimonial, ao contrário dos direitos, privilégios e obrigações fixamente determinados do feudalismo, prende os servidores numa rede patriarcal, na qual eles representam a extensão da casa do soberano. Mais um passo, e a categoria dos auxiliares do príncipe comporá uma nobreza própria, ao lado e, muitas vezes, superior à nobreza territorial.” 20) Discuta, com fundamento da interpretação de Jacob Gorender, a afirmação seguinte, de Celso Furtado: “A história portuguesa apresenta assim essa peculiaridade da ascensão completa e definitiva da burguesia em pleno século XIV. (...) A revolução política que leva à constituição do Estado nacional 4 português é a mesma revolução econômico-social que implantará a supremacia definitiva da classe burguesa, isto é, dos núcleos urbanos.” 21) Discuta, com fundamento da interpretação de Jacob Gorender, a afirmação seguinte, de Fernando Novais: na etapa em que se processou a gênese do capitalismo na Europa Ocidental, houve “... a necessidade de pontos de apoio fora do sistema, induzindo uma acumulação que, por se gerar fora do sistema, Marx chamou de originária ou primitiva. Daí as tensões sociais e políticas provocadas pela montagem de todo um complexo sistema de estímulos. O mercantilismo foi, na essência, a montagem de tal sistema, e o sistema colonial mercantilista, sua peça fundamental, a principal alavanca na gestação do capitalismo moderno”. 22) Discuta, com fundamento da interpretação de Jacob Gorender, e tendo em mente o conceito de “mercantilismo inferior”, a afirmação seguinte, de Iraci del Nero da Costa: “Enfim, os portugueses caíram em armadilha por eles mesmos armada ao não desenvolverem o capital industrial porque a Revolução Industrial ‘deu certo’; se ela não viesse a obter êxito, superando definitivamente o capital mercantil e as práticas econômicas e políticas a ele associadas, estaríamos hoje a dizer: ‘A arguta sensibilidade dos mercantilistas ibéricos evitou-lhes o desastre da Revolução Industrial’. Assim funcionam os volúveis desígnios da História: os portugueses foram vítimas do próprio pioneirismo.” 23) Explicite as distintas motivações conducentes à expansão ultramarina portuguesa. Caracterize as políticas de expansão lusa cujo corolário foi o estabelecimento do Império colonial. Exponha os principais traços definidores desse Império. Por fim, com base nas respostas aos três quesitos anteriores, elabore um comentário acerca das possibilidades e formas concretas assumidas pela inserção do Brasil no dito Império. 24) Elabore uma discussão sucinta acerca das principais diretrizes norteadores dos reinados de D. João II, o Príncipe Perfeito, de D. Manuel I, o Venturoso, e de D. João III, o Piedoso. Enfatize nessa discussão o impacto das diretrizes referidas sobre o território que viria a ser o Brasil. 25) Discuta a seguinte afirmação: O império colonial português, que atingiu seu auge no século XVI, foi um império fraco. 26) Discuta, com base na análise empreendida por Charles Boxer, a seguinte afirmação de Celso Furtado: “A descoberta das terras americanas (...) [d]e início pareceu ser episódio secundário. E na verdade o foi para os portugueses durante todo um meio século. (...) A exploração econômica das terras americanas deveria parecer, no século XVI, uma empresa completamente inviável.” Não obstante essa inviabilidade apontada por Furtado, Boxer escreveu: “No fim do século, um produtor podia vangloriar-se junto ao governo de Lisboa de que o açúcar do Brasil era mais lucrativo para a monarquia ibérica do que toda a pimenta, especiarias, joias e mercadorias de luxo que os navios mercantes importavam da ‘Goa dourada’." Como Furtado explica essa mudança, se é que ele também a identifica? 5 27) Caracterize, com base em Celso Furtado, a economia espanhola do século XVI, destacando os vínculos entre tais características e o êxito da empresa colonizadora agrícola portuguesa. Discuta, ademais, se seria adequado diagnosticarmos os problemas da economia espanhola do Quinhentos como um caso avant la lettre de “doença holandesa”. 28) Discuta a afirmação seguinte, de Barros de Castro: “No regime social que aqui se instala há dois teclados; os teclados são dois, mas a música é uma só. Há a produção de mercadorias, com a sua partitura composta de determinações econômicas. E há a escravidão, um velho tema, que permite improvisos de muita força.” Em seguida, elabore uma análise comparada entre esse comentário de Castro e a citação seguinte, de A. J. Saraiva: “Poderia, talvez, sem grande erro, comparar-se a Coroa portuguesa a uma grande organização monopolista, cujos benefícios são distribuídos entre funcionários e acionistas, sob a forma de ordenados e dividendos, sendo que esses funcionários e acionistas não exercem pessoalmente uma atividade industrial ou comercial (...). Desta forma, se o Estado português no século XVI oferece exteriormente uma aparência ‘moderna’, na medida em que é uma grande empresa econômica, por outro lado, ele assegura, no interior do País, a persistência de uma sociedade arcaica, na medida em que garante o domínio de uma classe tradicionalmente dominante, cujo espírito está nos antípodas do burguês.” 29) Discuta, baseando-se na análise realizada por C. Furtado acerca da economia escravista de agricultura tropical no Brasil dos séculos XVI e XVII, a afirmação seguinte, de H. Johnson & Maria B. N. da Silva: “Uma análise cuidadosa de algumas fontes contemporâneas [de fins do século XVI] aproximaria esse número [a produção média de açúcar por engenho, medida em arrobas] de 6000 ou menos. Frédéric Mauro, por sua vez, examinou em profundidade a contabilidade de importante engenho da Bahia (Sergipe do Conde) durante o período de 1622 a 1635. (...) [O] rendimento do capital durante os 13 anos em questão variou de um mínimo de 1,2% a um máximo de 3,4%.” 30) Explique o eventual paradoxo presente nas afirmativas seguintes, de Celso Furtado, referentes à economia açucareira nos séculos XVI e XVII: “Os dados (...) sugerem que a indústria açucareira era suficientemente rentável para autofinanciar uma duplicação de sua capacidade produtiva cada dois anos”. Não obstante, “não havia (...) nenhuma possibilidade de que o crescimento com base no impulso externo originasse um processo de desenvolvimento de autopropulsão.” 31) Furtado aponta três etapas na ocupação econômica das terras americanas: “a primeira etapa consistira basicamente na exploração da mão de obra preexistente com vistas a criar um excedente líquido de produção de metais preciosos; a segunda se concretizara na produção de artigos agrícolas tropicais por meio de grandes empresas que usavam intensamente mão de obra escrava importada. [Na] terceira etapa surgia uma economia similar à da Europa contemporânea, isto é, dirigida de dentro para fora, produzindo principalmente para o mercado interno, sem uma separação fundamental entre as atividades produtivas destinadas à exportação e aquelas ligadas ao 6 mercado interno.” Discuta estas três etapas: a) em termos de sua adequação à política colonial então vigente; b) em termos de seus resultados quanto ao desenvolvimento econômico das colônias. 32) Explicite, com fundamento no Formação econômica do Brasil, de Celso Furtado, como se formou e quais as características do complexo econômico nordestino. Explore, ainda segundo aquele autor, as consequências da existência desse complexo no que respeita às dimensões da crise que se abate sobre a economia açucareira na segunda metade do século XVII. 33) Explique o papel desempenhado pelo “pacto colonial” no abastecimento do mercado das colônias produtoras de açúcar nas Antilhas. E explique também o papel desempenhado pelo “pacto colonialàs avessas” nas dificuldades vivenciadas pela produção açucareira da colônia brasileira. 34) Discorra sobre a adequação, ao conceito pradiano de sentido da colonização, da atividade mineratória empreendida no Brasil, tendo por base os distintos entendimentos acerca da figura do faiscador, presentes nos textos de Celso Furtado e de Caio Prado Júnior. 35) Elabore um comentário acerca da mobilidade social característica da atividade mineratória do Brasil setecentista. Para tanto, lance mão da legislação reguladora da repartição das datas minerais e dos padrões de distribuição da propriedade escrava então vigente nas Gerais. 36) Segundo Celso Furtado, as características do fluxo de renda nas economias açucareira e mineratória do Brasil colonial eram, em boa medida, distintas. Exponha essas características distintas e, em seguida, discorra acerca das consequências de tais diferenças no que diz respeito às eventuais possibilidades de um processo de desenvolvimento econômico autopropulsionado. 37) Discuta a afirmação seguinte, de Stuart B. Schwartz. Ao fazê-lo, adote a argumentação utilizada por Celso Furtado: “A Minas Gerais de finais do período colonial apresenta uma característica que aos olhos de alguns especialistas parece corresponder a uma anomalia: uma área de vigoroso crescimento econômico com uma vasta população escrava, resultante da importação contínua de escravos africanos, mas aparentemente separada do setor de exportação.” 38) Comente criticamente, com fundamento nos escritos de Celso Furtado, a seguinte citação, de Vitorino de Magalhães Godinho: “O tratado de Methuen registra, sobretudo, uma situação de fato; já antes de 1703 o contrabando inglês introduzia em grande quantidade os panos ingleses que eram proibidos ... . E o comércio do vinho do Porto tinha-se desenvolvido antes de 1703. ... [Todavia,] se o tratado de Methuen não inovou, em todo o caso consagrou uma inovação de fato, isto é, a paragem do desenvolvimento manufatureiro; põe-se de lado a política desenhada a partir de 1670. Por quê? ... Em primeiro lugar, em 1690 a crise comercial está em vias de se extinguir. Os stocks foram vendidos, os preços sobem, pressente-se que os consumos do açúcar e do 7 tabaco aumentaram muito ... . Os anos de 1690 a 1705 foram de incontestável incremento e prosperidade mercantil para Portugal.” 39) Um dos fatores salientados pela historiografia como conducentes ao atraso do desenvolvimento das atividades manufatureiras no Brasil colonial trata-se da alegada incapacidade técnica dos portugueses. Discuta os avanços e retrocessos vivenciados pelo desenvolvimento manufatureiro português, de Ericeira a Pombal, baseando-se nos textos indicados de Vitorino de M. Godinho e Jorge de Macedo. 40) Elabore, com base no texto indicado de Jorge de Macedo, uma análise acerca do período de governação pombalina em Portugal, tendo como ponto de partida a afirmação seguinte, de Vitorino de Magalhães Godinho: “É a partir de 1770, quer dizer, após o desencadeamento da crise do ouro e de todo o comércio de além-mar, que se verificará um novo surto manufatureiro e uma outra transformação comercial. ... Vai abrir-se um novo ciclo do comércio da China e a Índia, do algodão e do arroz do Brasil, das manufaturas da Metrópole. A balança comercial portuguesa tornar-se-á mesmo favorável no fim do século.”
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