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ACÃO POPULAR E ACAO CIVIL PÚBLICA

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ELIZANGELA SOUZA DOS SANTOS
TAIS UELEN SANTOS
AÇÃO POPULAR E AÇÃO CIVIL PÚBLICA
DIREITO AMBIENTAL 
SALVADOR
2021
EXCELENTÍSSIMO JUÍZO DA ___ VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO TRIBUNAL REGIONAL DA 1ª REGIÃO
JOSÉ MOURA NETO, brasileiro, casado, advogado, portador da Cédula de Identidade nº 15201864-40, CPF nº 521.564.852-04, cidadão em pleno gozo dos direitos políticos (documento anexado aos autos), residente e domiciliado no Rua Japão - Quadra 7, CEP 48500-525, por seu procurador constituído, advogada regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, com escritório profissional em Av. Estados Unidos, Ed. Cervantes,  9º andar,  Sala 901,  Comércio, CEP: 40010-020, Salvador/BA e endereço eletrônico Elizangela.fsf@outlook.adv.br, em defesa dos animais e da sociedade brasileira, com fundamento no art. 5o , LXXIII da Constituição Federal e na Lei n. 4.717/65 a presença deste juízo ajuizar
AÇÃO POPULAR COM PEDIDO DE LIMINAR INAUDITA ALTERA PARTE
Em face de ato omissivo lesivo do
INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS, IBAMA/DIPRO, pessoa jurídica de direito público, inscrita CNPJ 03.659.166/0001-02, com endereço localizado na SCEN Trecho 2 – Edifício Sede, Caixa Postal nº 09870, Brasília – DF, CEP : 70.818-900.
I. CABIMENTO DA AÇÃO
1. Do cabimento do procedimento
Consoante pontua Rodolfo de Camargo Mancuso, a causa de pedir remota da ação popular consiste “no direito subjetivo público inerente a cada cidadão, de exigir que a gestão da coisa pública seja proba, eficaz e responsável”. 
Por isso, o constituinte de 1988 possibilitou o ajuizamento desta demanda sempre que se vislumbrar ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, assim como à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural (art. 5º, LXXIII).
Logo, como esta presente demanda visa a anulação de ato lesivo ao Bioma Pantaneiro e Amazônico, que além de indescritível riqueza biológica também representa importante patrimônio turístico, econômico (...), o cabimento da ação popular é evidente.
2. Da Legitimidade Ativa
O autor, brasileiro, casado, advogado, regular com a Justiça Eleitoral (doc. anexado), com amparo no Art. 5º, LXXIII da Carta Magna, tem direito ao ajuizamento de AÇÃO POPULAR, que se substancia num instituto legal de Democracia.
É direito próprio do cidadão participar da vida política do Estado fiscalizando a gestão do Patrimônio Público, a fim de que esteja conforme com os Princípios da Moralidade e da Legalidade.
3. Da Legitimidade Passiva
Segundo o art. 6º da Lei 4.717/1965, os legitimados passivos são, in verbis:
Art. 6º A ação popular será proposta contra as pessoas públicas ou privadas e as entidades referidas no art. 1º, contra as autoridades, funcionários ou administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado, ou que, por omissão, tiverem dado oportunidade à lesão, e contra os beneficiários diretos do mesmo.” 
A prova documental acostada aos autos deixa claro que o requerido praticou o ato impugnado. Diante disto, resta incontroversa a legitimidade passiva para figurar no polo passivo desta demanda.
II. DOS FATOS
No dia 22 de outubro de 2020, o chefe do Centro Especializado Prevfogo/Dipro Ricardo Vianna Barreto, assinou o despacho Dipro 8621418 que determinou “(...) o retorno de todas as Brigadas de Incêndio Florestal do IBAMA para as suas respectivas atividades e operações a partir da presente data” (doc. anexado aos autos).
Em seguida, o 1º requerido informou que a suposta motivação para tal ato lesivo teria sido a “indisponibilidade financeira” para fechar o mês de outubro. a informação de que a empresa estava bloqueada de forma preventiva em decorrência de operação fiscalizatória realizada pelo IBAMA na região.
Como é de conhecimento de todos, a região Amazônica enfrenta um grande índice de desmatamento, a região pantaneira também está enfrentando uma seca histórica, resultando em incêndios.
Diante disso, não restou outra alternativa aos autores que, enquanto cidadãos preocupados com a garantia do meio ambiente ecologicamente equilibrado, precisaram ajuizar esta demanda, visando obterem tutela adequada, efetiva e tempestiva, apta a proteger aquela Unidade de Conservação ora ameaçada.
O fato foi noticiado pela Imprensa Nacional Rede Globo e pela Record Notícias:
https://g1.globo.com/politica/noticia/2020/10/22/acao-popular-pede-que-justica-derrube-ordem-do-ibama-que-recolheu-brigadas-de-incendio.ghtml,
https://noticias.r7.com/prisma/r7-planalto/ibama-determina-retorno-de-brigadas-de-combate-ao-fogo-23102020
Diante disso, não restou outra alternativa ao autor que, enquanto cidadão preocupado com a garantia da proteção ao meio ambiente, precisou ajuizar esta demanda, visando obter tutela adequada, efetiva e tempestiva.
III. DO DIREITO
O Direito de todo cidadão de propor a Ação Popular encontra guarida na Constituição Federal de 1988:
 Art. 5º LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.
Da lesão ao Meio Ambiente
As brigadas do PREVFOGO que foram retiradas da linha de frente de combate, resultará na intensificação dos incêndios, acarretando na lesão ao meio ambiente que será aumentada extraordinariamente.
Da inconstitucionalidade do ato
	O ato impugnado é ilegal e fere os artigos da Constituição Federal no que visa sobre:
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defende-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: II – proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais à crueldade.
A Ação Popular dispõe que na ação constitucional é cabível a suspensão do ato lesivo impugnado, vejamos: 
Art.5º. (...) § 4º Na defesa do patrimônio público caberá a suspensão liminar do ato lesivo impugnado.
 IV. DA MEDIDA CAUTELAR
Atento a finalidade preventiva no processo, a lei instrumental civil, por seu art.804 permite através de cognição sumária dos seus pressupostos à luz de elementos a própria Petição Inicial, o deferimento initio lide de medida cautelar inaudita altera parte, exercitada quando inegável urgência de medida e as circunstâncias de fato evidenciarem que a citação dos réus e a instrução do processo poderá tornar ineficaz a pretensão judicial.
Posto isso, conforme ficou demonstrado, o demandado determinou o Ato Impugnado do retorno das brigadas do PREVFOGO em virtude da indisponibilidade de recursos financeiros.
Sendo assim, a parte autora pede que este Juízo, cautelarmente, determine o bloqueio das verbas destinadas a publicidade institucional da UNIÃO e a sua destinação para garantir os recursos para manutenção da operação dos brigadistas do PREVFOGO.
Risco de Dano Irreparável
A presença dos brigadistas é essencial para que não prevaleça o pior, logo, a cautela é cabível, uma vez que há inequívoca presença de dano irreparável.
De acordo com os dizeres de Teori Albino Zavascki (1999, p.77):
“O risco de dano irreparável ou de difícil reparação e que enseja antecipação assecuratória é o risco concreto (e não o hipotético ou eventual), atual (ou seja, o que se apresenta iminente no curso do processo) e grave (vale dizer, o potencialmente apto a fazer perecer ou a prejudicar o direito afirmado pela parte). Se o risco, mesmo grave, não é iminente, não se justifica a antecipação da tutela. É consequência lógica do princípio da necessidade [...]
Do Cabimento do Pedido Cautelar
Nesse caso, a situação que nos encontramos é incompatívelcom direito fundamental ao meio ambiente equilibrado e o regime de impenhorabilidade de bens públicos.
O direito fundamental ao meio ambiente deve prevalecer, uma vez que, nesta demanda cidadã quem deu causa a indisponibilidade financeira foi a UNIÃO e o IBAMA.
V. DOS PEDIDOS
Nesse sentido requer
a) A suspensão liminarmente do Despacho nº 8610448 e, como consequência disto, a manutenção de todas as brigadas do PREVFOGO nos locais em que estavam combatendo os incêndios;
b) Seja determinado cautelarmente o bloqueio das verbas de publicidade institucionais da UNIÃO e que, as mesmas sejam destinadas para a despesas 
c) Nos termos do artigo 1º, § 4º da Lei 4.717/65, seja determinado ao IBAMA que junte aos autos planilha com as despesas expendidas brigadas do PREVFOGO no combate aos incêndios ano de 2020;
d) O deferimento do pedido de antecipação de tutela, nos termos em que foi formulado;
Termos em que,
Pede deferimento.
Salvador/BA, 01 de junho de 2021.
ELIZANGELA SOUZA DOS SANTOS
OAB/BA 25.412
TAÍS UELEN SANTOS
OAB/BA 25.425
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CIVIL DA COMARCA DE FLORIANÓPOLIS – SC
O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA CATARINA, pela Promotora de Justiça abaixo assinado, vem perante Vossa Excelência, com fundamento nos permissivos inscritos na constituição federal e nas leis 9.948, de 7/1/2016 7.347/85, 8.625/93, propor a presente
AÇÃO CIVIL PÚBLICA
Com pedido de liminar em desfavor de 
CONDOMÍNIO JARDIM SANTINHO, pessoa jurídica sob o nº 00.000.000/0000-00 que estará sendo implantado parcialmente na unidade de conservação Parque Natural Municipal Lagoa do Jacaré das Dunas do Santinho, no bairro Santinho em Florianópolis, podendo este ser citado na pessoa de representatividade da imobiliária, direção de condomínio e síndico, ou na pessoa de representatividade geral.
Pelas razões fáticas e jurídicas a seguir explicitadas:
DOS FATOS.
Chegou ao conhecimento desta promotoria de justiça, que a FLORAM (FUNDAÇÃO DO MEIO AMBIENTE) e PMA (POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL) registraram em relatórios que parte do Condomínio Jardim Santinho está localizada em uma APP (Área de Preservação Permanente) e no interior do parque municipal. 
Segundo o relatório da PMA, o condomínio construiu duas edificações, uma estação de tratamento de esgoto, 81 metros de rua pavimentada e inseriu oito lotes na APP e dentro dos limites da unidade de conservação municipal. A Floram verificou em vistoria que, da área total de aproximadamente 19 mil metros quadrados do condomínio, cerca de 8,6 mil metros quadrados estariam sobre a APP e dentro do parque municipal. 
A conduta dos rés ofende o básico do direito, onde no art 3º da LINDB diz “NINGUÉM SE EXCUSA DE CUMPRIR A LEI, ALEGANDO QUE NÃO A CONHECE”. Principalmente no que tange as implicações consequenciais ao meio ambiente.
DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS. 
A lei 9.948, de 07 de janeiro de 2016 dispõe sobre a criação da unidade de conservação parque natural municipal lagoa do jacaré das dunas do santinho. 
Art. 1º Fica criado o Parque Natural Municipal Lagoa do Jacaré das Dunas do Santinho, nos termos do art. 4º, inciso I do art. 7º e do inciso III do art. 8º e do art.11 da lei federal nº 9.985 de 2000
Art. 2º Entende-se por Parque Natural Municipal Lagoa do Jacaré das Dunas do Santinho a área do território municipal com superfície de 221,07ha representada por uma poligonal definida pelas coordenadas geográficas descritas no memorial descritivo Anexo I e representada em mapa na escala 1:5.000, Anexo II, partes integrantes desta Lei.
§ 1º O Parque Natural Municipal Lagoa do Jacaré das Dunas do Santinho é de posse e domínio público, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites serão desapropriadas, de acordo com o que dispõe a Lei.
§ 2º Os limites do Parque Natural Municipal Lagoa do Jacaré das Dunas do Santinho poderão ser alterados por lei específica, ouvido a comunidade, o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (COMDEMA), e o Conselho Consultivo da Unidade de Conservação, e obrigatoriamente embasado por manifestação técnica da Fundação Municipal do Meio Ambiente (FLORAM).
Art.3º Aplicam-se ao Parque Natural Municipal Lagoa do Jacaré das Dunas do Santinho todas as disposições pertinentes e contidas nas legislações federal, estadual e municipal.
Art.4º O Parque Natural Municipal Lagoa do Jacaré das Dunas do Santinho constitui-se em uma Unidade de Conservação de Proteção Integral, na categoria de Parque, vinculado à Fundação Municipal do Meio Ambiente (FLORAM), a quem caberá a gestão técnica, administrativa e operacional, bem como dos serviços realizados em seu espaço territorial, fiscalizando o cumprimento do disposto nas legislações pertinentes.
Parágrafo único. A pesquisa científica dependerá da autorização prévia da Fundação Municipal do Meio Ambiente (FLORAM) e estará sujeita às condições e restrições por esta estabelecidas.
Art. 5º São objetivos do Parque Natural Municipal Lagoa do Jacaré das Dunas do Santinho:
I - contribuir para a manutenção da diversidade biológica e dos recursos genéticos, florísticos e faunísticos;
II - garantir condições para a preservação e a restauração da diversidade de ecossistemas naturais;
III - proteger paisagens naturais de notável beleza cênica;
IV - promover a proteção e recuperação de ambientes degradados;
V - proporcionar meios e incentivos para atividades de pesquisa científica, estudos e monitoramento ambiental;
VI - favorecer condições e promover a educação e interpretação ambiental, a recreação em contato com a natureza, o lazer, o esporte, e o turismo ecológico;
VII - proteger os recursos naturais em compatibilidade com as populações tradicionais que vivem em seu entorno, respeitando e valorizando seu conhecimento, a cultura e promovendo-as social e economicamente, ou seja, que exista um acesso para o transporte dos pescados, bem como de todos os utensílios de pesca;
VIII - proteger as características relevantes de natureza geológica, geomorfológica, espeleológica, arqueológica, paleontológica e cultural; e
IX - proteger o manancial de água doce subterrânea para o abastecimento público.
DA MEDIDA LIMINAR.
Diante o caso exposto, o requisito em solicitação da verossimilhança, necessário a concessão de tutela antecipada encontra-se plenamente cabível e configurado, já que os elementos de prova trazidos a esse juízo são por si só suficientes para informar sobre a realidade fática consistente no desrespeito ao direito ambiental. 
Os rés estão obrigados a adotas medidas que atendam os requisitos do direito ambiental, flagrantemente descumpridas.
Esse descumprimento é fato notório demonstrado por relatório e vistoria realizada pela FLORAM e PMA. Existindo ainda um fundado receio de dano irreparável ou de difícil recuperação, tendo em vista resultados apresentados.
DO PEDIDO FINAL.
Pelo exposto, requer finalmente o ministério público: 
a) Que os réus retirem os entulhos;
b) Desocupem a área e desfaçam edificações, piscinas, estação de tratamento de esgoto, ruas e outras intervenções do empreendimento que estejam na unidade de conservação e na APP, sob pena de multa diária em caso de descumprimento, que ainda deverá ser fixada na sentença, em favor do FRBL (Fundo de Reconstituição dos Bens Lesados do Estado de Santa Catarina);
c) Reparação material do dano ambiental;
d) O restabelecimento das áreas com o plantio de mudas de árvores nativas e a proteção e recuperação da área afetada pela construção ilegal, mediante a elaboração e execução de um PRAD (Plano de Recuperação Ambiental), em prazo a ser fixado na sentença, com multa diária para o caso de descumprimento, em favor do FRB;.
e) Se condenados, os réus devem pagar multa em compensação pelos danos morais sofridos pelo meio ambiente, além de indenização por danos materiais causados à unidade de conservação e efetiva recomposição dos danos ambientais causados ao Parque Natural Municipal Lagoa do Jacaré das Dunas do Santinho
 
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito, especialmente pela produção de provatestemunhal e pericial, e, caso necessário, pela juntada de documentos, e por tudo o mais que se fizer indispensável á cabal demonstração dos fatos articulados na presente inicial.
Decisão liminar é passível de recurso.
FLORIANOPÓLIS- SC
01 de junho de 2021.
TAIS UELEN SANTOS E ELIZANGELA SOUZA
PROMOTORAS DE JUSTIÇA.

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