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D.Ambiental_Fase2

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GUARUJÁ 2022 
 
 
 
 
DIREITO AMBIENTAL 
ANA CAROLINA DE SOUZA BARRETO SOBRINHO 
HELLEN CRISTINA BERNARDO DOS SANTOS 
MARIANA ALVAREZ URZEDO 
Pesquisa da disciplina de Legislação 
Interdisciplinar. Projeto Fase I, do 8º 
Semestre do Curso de Direito, do 
Centro Universitário Don Domenico, 
feito sob a orientação do Professor 
Gustavo Rodrigues Capociama de 
Rezende. 
AS RELAÇÕES ENTRE A LEGISLAÇÃO AMBIENTAL 
 E O ENUNCIADO TRAZIDO NA QUESTÃO MOTRIZ 
 
https://unidon.edu.br/index.php
https://unidon.edu.br/index.php
https://unidon.edu.br/index.php
https://unidon.edu.br/index.php
https://unidon.edu.br/index.php
https://unidon.edu.br/index.php
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QUESTÃO MOTRIZ 
 
 
João, um garoto de 15 anos apropria-se de uma motosserra de propriedade seu pai e, sem 
seu conhecimento, embrenha-se na mata e, fazendo uso do equipamento, passa a ceifar a 
vida de algumas espécies raras e protegidas da flora brasileira. 
Seu ato é flagrado e estancado por agentes da administração pública, que o conduzem ao 
distrito policial. 
Poucos metros antes de chegarem ao destino a viatura colide num poste, em função de 
posteriormente constatado problema de freios; o que trouxe indignação aos mencionados 
agentes, visto que tais freios haviam sido substituídos há menos de dois meses. 
Com a colisão, João sofreu danos em sua integridade física, mas, mesmo assim, fora 
conduzido diretamente ao distrito policial para prestar depoimento e, após ele, seu pai, 
tendo sido comunicado neste instante do ocorrido, é chamado à unidade policial para 
acompanhar seu filho ao nosocômio público mais próximo para avaliação médica. Socorro 
lhe foi prestado, ficou em observação na enfermaria e obteve alta, horas depois. 
Ao dirigir-se para a saída do aparato público de saúde, e em função do elevador não estar 
funcionando, desce a escadaria de acesso ao pavimento térreo, ocasião em que, por falta 
de sinalização dos serviços de limpeza, escorrega no piso molhado e novamente se fere, 
fraturando sua tíbia esquerda. 
Diante do ocorrido, é novamente socorrido pela equipe médica que, após constatar a 
fratura e sua gravidade, promove a internação do jovem, a fim de prepará-lo para uma 
cirurgia ortopédica. A cirurgia é realizada, mas tempos depois constatasse falha no 
procedimento, visto que a perna esquerda do jovem ficou torta. 
Paralelamente a isso, João é citado por um oficial de justiça e passa a responder 
representação pela prática de ato infracional. 
Preocupado com a defesa de João, seu pai resolve contratar um advogado conhecido por 
distribuir panfletos de propaganda, nos quais informa ser “incapaz de perder uma causa”. 
INTRODUÇÃO 
 
O direito ambiental é uma ciência jurídica que estuda as normas e os princípios 
que envolvem o meio ambiente, o seu principal objetivo é garantir a proteção e preservação da fauna e 
da flora brasileira, é necessário, pois proporcionar uma segurança jurídica ao bem tutelado, que neste 
caso, é o meio ambiente. Nesse ínterim, quando ocorre um dano ao meio ambiente, nasce o direito de 
responsabilizar o agente causador dos danos causados, essa responsabilização, por sua vez, poderá 
acarretar consequências na esfera civil, penal e administrativa. 
 
O MEIO AMBIENTE E A LEI 
 
A Constituição Federal de 1988 foi primordial para explicitar a devida 
relevância do meio ambiente como bem jurídico a ser tutelado pelo Estado e por toda sociedade no 
ordenamento jurídico brasileiro, com capitulo exclusivo dedicado à temática. Vejamos: 
 “CAPÍTULO VI - DO MEIO AMBIENTE - Art. 225. Todos têm direito ao 
meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e 
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à 
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras 
gerações.” 
Claramente, impondo a proteção ambiental como um princípio a ser seguido 
por todos. E mais: 
 “Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho 
humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, 
conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: 
VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado 
conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos 
de elaboração e prestação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
42, de 19.12.2003)”. 
 
Posteriormente a Constituição de 88, foram regulamentadas legislações 
infraconstitucionais que possibilitaram uma força maior no combate a degradação e melhores 
instrumentos de proteção ao meio ambiente, dentre as quais a Lei de Crimes Ambientais (Lei 
nº.605.605/98), a Lei de Recursos Hídricos (Lei nº 9.433/97) e também a Lei de Política Agrícola (Lei 
nº 8.171/91), visando regular a exploração do meio ambiente de forma que se busque o equilíbrio 
entre a proteção e a exploração ambiental, bem como o desenvolvimento econômico nacional. 
Porém, a nossa Carta Magna não foi a pioneira em versar sobre o tema no 
ordenamento pátrio, na década de 60, houve a edição de relevantes legislações ambientais, como o 
Estatuto da Terra (Lei nº. 4.504/64), o Código Florestal (Lei nº. 4.771/65), a Lei de Proteção da Fauna 
(Lei nº. 5.197/67)e a Política Nacional do Saneamento Básico (Dec. nº. 248/67), além da criação do 
Conselho Nacional de Controle da Poluição Ambiental (Dec. nº. 303/67). 
Cabe destacar que os artigos citados, embora se notabilizem, não são os únicos 
na Lei Maior a referir-se sobre o tema, merecendo total atenção a previsão de competências para 
legislar e dever de proteger o meio ambiente, pelo Estado: 
 
 “Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios: 
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas 
formas;” 
[...] 
 “Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar 
concorrentemente sobre: 
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e 
dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição; 
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e 
direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;” 
O Código Florestal acrescenta: 
Art. 14. Além dos preceitos gerais a que está sujeita a utilização das 
florestas, o Poder Público Federal ou Estadual poderá: 
b) proibir ou limitar o corte das espécies vegetais raras, endêmicas, em 
perigo ou ameaçadas de extinção, bem como as espécies necessárias à 
subsistência das populações extrativistas, delimitando as áreas 
compreendidas no ato, fazendo depender de licença prévia, nessas áreas, o 
corte de outras espécies; (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.166-
67, de 2001) 
 
RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA 
 
O Superior Tribunal de Justiça entende que a responsabilidade administrativa 
ambiental é subjetiva, exigindo a demonstração da existência de culpa para que seja cabível a 
aplicação de multa administrativa. 
De acordo com o Ministro Herman Benjamin: 
““No Direito brasileiro e de acordo com a jurisprudência do Superior 
Tribunal de Justiça, a responsabilidade civil pelo dano ambiental, qualquer 
que seja a qualificação jurídica do degradador, público ou privado, 
proprietário ou administrador da área degradada, é de natureza objetiva, 
solidária e ilimitada, sendo regida pelos princípios do poluidor-pagador, da 
reparação in integrum, da prioridade da reparação in natura e do favor 
debilis”. (REsp 1.401.500/PR)”. 
O Ministro salientou ainda que: 
“Tratando-se de responsabilidade administrativa ambiental, o terceiro, 
proprietário da carga, por não ser o efetivo causador do dano ambiental, 
responde subjetivamente pela degradação ambiental causada pelo 
transportador, a aplicação de penalidades administrativas não obedece à 
lógica da responsabilidade objetiva da esfera cível (para reparação dos 
danos causados), mas deveobedecer à sistemática da teoria da 
culpabilidade, ou seja, a conduta deve ser cometida pelo alegado 
transgressor, com demonstração de seu elemento subjetivo, e com 
demonstração do nexo causal entre a conduta e o dano (AgRg no AREsp 
62.584/RJ)”. 
Ressalte-se, que os atos lícitos também ensejam a responsabilização do 
causador de um dano, conforme o entendimento do STF. 
“O poluidor, por seu turno, com base na mesma legislação, art. 14 – ‘sem 
obstar a aplicação das penalidades administrativas’ é obrigado, 
‘independentemente da existência de culpa’, a indenizar ou reparar os danos 
causados ao meio ambiente e a terceiros, ‘afetados por sua atividade’. 
Depreende-se do texto legal a sua responsabilidade pelo risco integral, por 
isso que em demanda infensa a administração, poderá, inter partes, discutir a 
culpa e o regresso pelo evento” (REsp 442.586/SP)”. 
 
RESPONSABILIDADE CIVIL 
 
A responsabilidade civil, por exemplo, possui uma visão clássica, tem como 
pressupostos uma ação ou omissão, mais a ocorrência de um dano e o nexo de causalidade entre eles. 
De acordo com Lise Vieira da Costa Tupiassu, 
 
“o direito ao meio ambiente é um direito de terceira geração, que consolida 
poderes de titularidade coletiva e o consagra como um direito fundamental, em 
nome das futuras gerações e tido como cláusula pétrea. Ressalta-se que a ordem 
social, juntamente com os direitos fundamentais, forma o núcleo do regime 
democrático de direito e objetiva o bem-estar e a justiça social, de maneira a 
assegurar a todos uma existência digna.” 
 
Com base no entendimento do autor, o direito ambiental consiste em um 
princípio derivado do direito à vida. 
 
Ao tratar do direito fundamental do meio ambiente, José Afonso da Silva 
explica: 
 
“A proteção ambiental, abrangendo a preservação da Natureza em todos os seus 
elementos essenciais à vida humana e à manutenção do equilíbrio ecológico, 
visa a tutelar a qualidade do meio ambiente em função da qualidade de vida, 
como uma forma de direito fundamental da pessoa humana.” 
Além disso, cabe ressaltar que, a Constituição Federal manteve a 
responsabilização objetiva, independentemente da averiguação de culpa, conforme entendimento 
jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça ao decidir que: 
“independentemente da existência de culpa, o poluidor, ainda que indireto 
(Estado-recorrente) (art. 3º da Lei n. 6.938/81), é obrigado a indenizar e 
reparar o dano causado ao meio ambiente (responsabilidade objetiva)” (REsp 
604.725/PR, Relator Ministro Castro Meira, j. 21-6-2005, DJ, 22-8-2005). 
E mais, o STF decidiu também que: 
“A responsabilidade civil por danos ambientais, seja por lesão ao meio 
ambiente propriamente dito (dano ambiental público), seja por ofensa a 
direitos individuais (dano ambiental privado), é objetiva, fundada na teoria 
do risco integral, em face do disposto no art. 14, § 1º, da Lei 6.938/1981, que 
consagra o princípio do poluidor-pagador” (REsp 1.373.788-SP). 
 
RESPONSABILIDADE PENAL 
 
 A vista da releva ncia com que o meio ambiente deve ser tutelado, posto que os 
danos que venham a afetar-lhe sa o de interesse coletivo e difuso e as sanço es cí veis e administrativas 
se mostrariam insuficientes a fim de que se puna e ao mesmo tempo reprima a ocorre ncia de tais 
danos, que ofendem e atingem toda a coletividade, merecendo, portanto, resposta dura Estatal, o 
direto penal exerce funça o primordial neste cena rio, como resposta social e instrumento de pressa o a 
soluça o do conflito. 
 
Conforme explicita Ela dio Lecey, a responsabilidade penal na esfera ambiental 
“incrimina na o apenas o colocar em risco a vida, a sau de dos indiví duos e a perpetuaça o da espe cie 
humana, mas o atentar contra a pro pria natureza, bem que, por si mesmo, deve ser preservado e 
objeto de tutela, pelo que representa a s geraço es presentes e futuras”. 
 
Assim, surge a Lei dos Crimes Ambientais, ja citada, que dispo es sobre as 
sanço es penais, mas tambe m administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio 
ambiente. 
 
A aça o penal aplicada aos crimes ambientais e a pu blica incondicionada, 
consoante o art. 26 da Lei dos Crimes Ambientais, bem como a pro pria Constituiça o: 
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: 
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do 
patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses 
difusos e coletivos;” 
 
Portanto, cabe ao Parquet a denu ncia sem a espera de representaça o do 
ofendido. 
 
No entanto, seguindo os passos do Co digo de Processo Penal em seu art. 79, a 
aça o de penal ambiental comporta aça o subsidia ria da pu blica, caso haja omissa o do o rga o. 
 
 
DA QUESTÃO MOTRIZ 
 
No caso em tela, podem-se perceber algumas condutas que têm reflexos na 
esfera do Direito Ambiental. 
Nota-se que João, utilizou-se de uma motosserra para ceifar a vida de algumas 
espécies raras e protegidas da flora brasileira. João agiu por livre e espontânea vontade, ou seja, com 
DOLO, uma vez que tinha consciência de seus atos e de sua real intenção. 
Portanto, neste caso João será responsabilizado pelos danos que imputou ao 
meio ambiente. 
A infração cometida pelo adolescente se encaixa ao previsto na Lei de Crimes 
Ambientais, com reflexos penais: 
Art. 50-A. Desmatar, explorar economicamente ou degradar floresta, 
plantada ou nativa, em terras de domínio público ou devolutas, sem 
autorização do órgão competente: (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006) 
Pena - reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos e multa. 
Art. 51. Comercializar motosserra ou utilizá-la em florestas e nas 
demais formas de vegetação, sem licença ou registro da autoridade 
competente: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
Art. 53. Nos crimes previstos nesta Seção, a pena é aumentada de um 
sexto a um terço se: 
c) contra espécies raras ou ameaçadas de extinção, ainda que a 
ameaça ocorra somente no local da infração; 
 
Ademais, existem reflexos de responsabilidade administrativa, estas previstas 
no Decreto nº 6.514/08, que dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente e 
estabelece o processo administrativo federal para apuração destas infrações: 
Art. 49. Destruir ou danificar florestas ou qualquer tipo de vegetação 
nativa, objeto de especial preservação, não passíveis de autorização 
para exploração ou supressão: (Redação dada pelo Decreto nº 
6.686, de 2008). 
Multa de R$ 6.000,00 (seis mil reis) por hectare ou fração. 
[...] 
Art. 50. Destruir ou danificar florestas ou qualquer tipo de vegetaça o 
nativa ou de espe cies nativas plantadas, objeto de especial preservação, 
sem autorização ou licença da autoridade ambiental competente: 
 
§ 2o Para os fins dispostos no art. 49 e no caput deste artigo, sa o 
consideradas de especial preservaça o as florestas e demais formas de 
vegetaça o nativa que tenham regime jurí dico pro prio e especial de 
conservaça o ou preservaça o definido pela legislaça o. 
 
Art. 60. As sanções administrativas previstas nesta Subseção serão 
aumentadas pela metade quando: 
 
II - a vegetação destruída, danificada, utilizada ou explorada contiver 
espécies ameaçadas de extinção, constantes de lista oficial. 
 
Na o obstante, a Lei 6.938/1981, que institui a Polí tica Nacional do Meio 
Ambiente, como anteriormente mencionado, preve a responsabilidade civil pelos danos ambientais 
causados. 
 
Art. 14 - Sem prejuí zo das penalidades definidas pela legislaça o federal, 
estadual e municipal, o não cumprimento das medidas necessárias à 
preservação ou correção dos inconvenientes e danos causados pela 
degradação da qualidade ambiental sujeitara os transgressores: 
 
I - a multa simples ou dia ria, nos valores correspondentes, no mí nimo, a 10 
(dez) e, no ma ximo, a 1.000 (mil) Obrigaço es Reajusta veis do Tesouro 
Nacional - ORTNs, agravada em casos de reincidencia especí fica, conforme 
dispuser o regulamento, vedada a sua cobrança pela Unia o se ja tiver sido 
aplicada pelo Estado, Distrito Federal, Territo rios ou pelos Municí pios. 
 
§ 1º - Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é 
o poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, a 
indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a 
terceiros, afetados por sua atividade. O Ministe rio Pu blico da Unia o e dos 
Estados tera legitimidade para propor aça o de responsabilidade civil e 
criminal, por danos causados ao meio ambiente. 
 
 
Embora na o mencionado no enunciado, caso o local dos fatos seja a Cidade de 
Sa o Paulo, existem ainda dispositivos legais Estaduais e Municipais que incidiriam nas condutas 
lesivas ao meio ambiente trazidos pela questa o motriz. 
 
Precipuamente, em a mbito Estadual, dois diplomas legais regem a proteça o 
estatal ao meio ambiente, quais sejam, a Lei Estadual n° 9.509/97, que dispo e sobre a polí tica estadual 
do meio ambiente, seus fins e mecanismos de formulaça o e aplicaça o e tambe m o decreto nº 
64.456/19, que dispo e sobre o procedimento para apuraça o de infraço es ambientais e imposiça o de 
sanço es, no a mbito do sistema estadual de administraça o da qualidade ambiental, proteça o, controle e 
desenvolvimento do meio ambiente e uso adequado dos recursos naturais. 
 
Na esfera Municipal, na o apenas a conduta de Joa o seria classificada como ato 
lesivo ao meio ambiente, mas tambe m o comportamento do advogado que distribui panfletos de 
publicidade e propaganda, pois a municipalidade de Sa o Paulo dispo e de legislaça o especifica sobre o 
tema, a Lei nº 14.517/07, que institui o Programa Municipal de Parcerias Pu blico-Privadas, cria a 
Companhia Sa o Paulo de Parcerias - SPP e da outras provide ncias, explicita em seu art. 26, a proibiça o 
de tal conduta: 
 
Art. 26. É proibida, nas vias e logradouros públicos, a distribuição 
de folhetos, panfletos ou qualquer tipo de material impresso 
veiculando mensagens publicitárias, entregues manualmente, lançados 
de veí culos, aeronaves ou edificaço es ou oferecidos em mostrua rios. 
(Regulamentado pelo Decreto nº 59.172/2020) 
 
§ 1º. O descumprimento ao disposto no "caput" deste artigo sujeitará o 
beneficiário da divulgação do produto ou serviço à multa de 
R$ 5.000,00 (cinco mil reais), dobrada na reincide ncia e reaplicada a partir 
da lavratura da primeira multa, ate a cessaça o da infraça o, sem prejuí zo da 
apreensa o do material impresso distribuí do irregularmente. 
(Regulamentado pelo Decreto nº 59.172/2020) 
 
Deste dispositivo, decorre o Decreto nº 59.172/2020, a fim de se regulamentar a 
proibiça o prevista. 
 
 
CONCLUSÃO 
 
 
Garantir a preservaça o do meio ambiente e fundamental, uma vez que, e nele 
onde se encontram todos os recursos naturais que sa o necessa rios para garantir a nossa sobrevive ncia 
e de todas as outras espe cies de vida no planeta terra. Com esse objetivo, e que o direito ambiental se 
consolidou atrave s da constituiça o federal brasileira de 1988, passando a proporcionar segurança 
jurí dica ao meio ambiente, uma vez que principiolo gicamente assegura a sua preservaça o, proteça o e 
regulamenta leis responsa veis por responsabilizar civil, penal e administrativamente quem as infringe. 
 
Portanto, e imprescindí vel garantir a manutença o e fortalecimento das leis 
ambientais ja reguladas, uma vez que atuam a favor do meio ambiente como um todo, por outro lado, e 
importante manter constante a elaboraça o de novas leis, que evoluam com o surgimento de novas 
necessidades, em conseque ncia da constante evoluça o da sociedade. 
 
A tutela ambiental e indubitavelmente importante e neste sentido o legislador 
se empenhar em explicitar os deveres da Administraça o Pu blica e tambe m da sociedade civil cada qual 
um suas devidas parcelas de atuaça o, na busca pelo meio ambiente equilibrado prevista em nossa 
Carta Ma e. 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
LECEY, Ela dio. Tutela Penal do Meio Ambiente – fundamentos, tipologia e instrumentos – 
Responsabilidade Penal da Pessoa Jurí dica. Caderno de Direito Penal 2, V. 2, Emagis, p. 14-15. 
 
SILVA, Jose Afonso da. Direito ambiental constitucional. Sa o Paulo: Malheiros, 2004. 
 
TRENNEPOHL, T. Manual de Direito Ambiental. 9. ed. Sa o Paulo: Saraiva, 2022. E-book. 
 
TUPIASSU, Lise Vieira da Costa. O direito ambiental e seus princí pios informativos. Revista de 
Direito Ambiental, ano 08, n. 30, abril/junho de 2003, pa ginas 163-164. 
 
https://duduhvanin.jusbrasil.com.br/artigos/389831735/competencia-ambiental-disposicoes 
 
https://www.aurum.com.br/blog/responsabilidade-civil-ambiental/ 
 
https://jus.com.br/artigos/24947/responsabilizacao-administrativa-por-infracoes-ambientais-
breves-notas 
 
https://jus.com.br/artigos/73694/a-constituicao-federal-de-1988-e-o-meio-ambiente 
 
https://maxbalthazar.jusbrasil.com.br/artigos/649105937/premissas-basicas-e-
constitucionais-do-direito-ambiental-no-brasil 
 
https://drluizfernandopereira.jusbrasil.com.br/artigos/111915402/responsabilidade-criminal-
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https://www.aurum.com.br/blog/responsabilidade-civil-ambiental/
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https://maxbalthazar.jusbrasil.com.br/artigos/649105937/premissas-basicas-e-constitucionais-do-direito-ambiental-no-brasil
https://drluizfernandopereira.jusbrasil.com.br/artigos/111915402/responsabilidade-criminal-ambiental
https://drluizfernandopereira.jusbrasil.com.br/artigos/111915402/responsabilidade-criminal-ambiental

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