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História econômica geral II Processo de Descolonização e industrialização dos países da América Latina Conteúdo: - descolonização dos países periféricos, - Industrialização por substituição de importação – ISI - industrialização da América Latina Após a Iº Guerra Mundial e o período de prosperidade vivenciado pelos Estados Unidos e logo as políticas de autossuficiência implantadas na Europa para que os países saíssem da hiperinflação na década de 1920 criou em diversos locais – especialmente nas colônias - do globo sentimento de entusiasmo e vontade de industrializar seu território. Além disso, a ideia de ter uma cultura própria e regras conforme a população de dado local foi um dos pilares do nacionalismo que veio a se fortalecer na década de 1930. Marcado por intensas mobilizações das massas e desejo de consolidação de uma economia doméstica, inicia-se o processo de descolonização. Em meados de 1930, o colonialismo era justificado por meio de argumentos diplomáticos e econômicos, onde afirmavam que as colônias não tinham poder nem riqueza suficiente para se tornarem independentes. Com a eclosão da IIGM o colonialismo começa a perder força, uma vez que os argumentos geopolíticos não eram mais aceitos, onde houve uma evolução social jamais vista antes nas sociedades coloniais. As colônias se mobilizavam para consolidar em seu território o crescimento dos centros urbanos, desejavam a diversificação e industrialização, e se mostravam insatisfeitos com a produção de matérias primas para exportação. Dessa forma, o colonialismo entra em declínio. Pode-se ainda citar que a os empecilhos globais como o isolacionismo das colônias do resto do mercado mundial, a desorganização da economia exportadora estimulou mais ainda a ideia de independência das colônias. Outro aspecto que levou a descolonização veio diretamente das próprias potências, estas mostravam que após a IIGM a importância das colônias em termos econômicos havia diminuído. O ponto que quiçá fora crucial para a descolonização foi a influencia norte- americana. Os Estados Unidos se mostravam anticolonialistas há décadas. Como os EUA tinha supremacia financeira, politica e industrial impulsionou mais ainda a corrida rumo a independência. A vontade de acelerar o desenvolvimento econômico e industrial no mundo capitalista, fez com que alguns países da América Latina adotassem a política de Industrialização por Substituição de Importação (ISI). É importante lembrar que os países que adotaram a ISI defendiam o nacionalismo econômico – consolidação de uma boa economia doméstica e valorização da moeda nacional; desenvolvimentismo – politica que buscava crescimento econômico baseado na industrialização e infraestrutura; eram ‘’populistas’’ – o populismo foi um movimento político que tinha como principal apoio o povo, em especial os trabalhadores, os governantes populistas cediam direitos trabalhistas, mas construíam um governo autoritário, era um governo caracterizado pelo controle de espaços e dados públicos e manipulador. ISI teve início em 1930, mas ganhou força após o fim da IIGM, e era caracterizada por políticas voltadas para dentro do país, surge daí a expressão ‘’hacia adentro’’ – para dentro. tais políticas diziam respeito ao protecionismo – fortes barreiras comerciais foram impostas-, estímulo à economia nacional, fragilidade tecnológica – visto que os países estavam em desenvolvimento e não tinham capital em massa para investimentos em tecnologia -, incentivo e subsídio as indústrias como isenções fiscais, acesso das industrias às importações de insumos e maquinarias. A ISI contava ainda com o controle governamental das instalações industriais. É válido analisar porque surgiu a política de Industrialização por Substituição de Importações. Os países que futuramente viriam a adotar a ISI eram países exportadores de bens primários, um caso conhecido era o Brasil que exportava toneladas de café. No século XX o mundo já contava com boa parte dos países já industrializados, no entanto, por outro lado, contava também com a periferia – países ‘’atrasados’’ economicamente e industrialmente – os países já industrializados não passavam o seu desenvolvimento para a periferia tornando a periferia totalmente dependente das exportações industriais das potências. Para consolidar a industrialização, os países da américa latina adotam a ISI, que teve como primeiro componente a imposição de altas barreiras comerciais, quase tudo produzido nos países latino-americanos sofria proteção contra a competição estrangeira, e às vezes os preços eram de duas a três vezes mais altos que os de produtos semelhantes nos mercados externos. De acordo com Hobsbawm, essas políticas geraram um desenvolvimento industrial impressionante, onde no final de 1973 a América Latina estava próxima de alcançar a autossuficiência na produção industrial. Todos os direitos estão reservados a autora do texto.
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