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Sistema Respiratório

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Sistema Respiratório (Princípios de Anatomia e Fisiologia - TORTORA)
Anatomia do Sist. Respiratório – Constituído por nariz, faringe, laringe, traqueia, brônquios e pulmões. 
Estruturalmente é dividido em sistema respiratório superior, que inclui o nariz, a cavidade nasal, a faringe e as estruturas associadas e sistema respiratório inferior, que inclui laringe, traqueia, brônquios e pulmões. 
Já funcionalmente, o sistema respiratório é dividido em zona condutora, que incluem nariz, cavidade nasal, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e bronquíolos terminais, com função de filtrar, aquecer e umedecer o ar para conduzi-lo aos pulmões e a zona respiratória, que é o local onde ocorrem as trocas gasosas, e incluem bronquíolos respiratórios, ductos alveolares, sacos alveolares e os alvéolos. 
Funções do Aparelho Respiratório 
· Possibilitar as trocas gasosas: ingestão de O2 para entregá-lo às células corporais e remoção do CO2 produzido pelas células do corpo.
· Ajudar a regular o pH do sangue.
· Conter receptores para o sentido do olfato, filtrar o ar inspirado, produzir sons vocais (fonação) e eliminar água e calor.
Nariz – consiste numa parte externa visível, uma estrutura de suporte constituída por osso e cartilagem hialina, recoberta por músculo e pele e revestida por túnica mucosa, e uma parte interna chamada cavidade nasal. As estruturas internas do nariz têm as funções de: aquecimento, filtragem e umedecimento do influxo de ar; detecção de estímulos olfatórios; e modificações das vibrações da fala à medida que elas passam pelas grandes e ocas câmaras de ressonância. O septo nasal divide a cavidade nasal em direita e esquerda. A parte anterior do septo nasal é composta principalmente por cartilagem hialina; o restante é formado pelos ossos vômer, lâmina perpendicular do etmoide, maxila e palatinos. Comunica-se com a faringe através de aberturas chamadas coanos. A cavidade nasal está dividida em uma parte respiratória inferior maior e um parte olfatória superior menor. A região respiratória é revestida por epitélio colunar pseudoestratificado ciliado com diversas células caliciformes, que é frequentemente chamada de epitélio respiratório. Conforme o ar inspirado circula pelas conchas e meatos, é aquecido pelo sangue nos capilares. O muco secretado pelas células caliciformes umedece o ar e retém as partículas de poeira. A drenagem do ducto lacrimonasal também ajuda a umedecer o ar e às vezes é assistida por secreções dos seios paranasais. Os cílios movem o muco e as partículas de poeira retidas em direção à faringe, onde podem ser engolidas ou cuspidas, removendo assim as partículas do sistema respiratório.
Faringe – Tubo em forma de funil, com ± 13cm, que começa nos coanos e se estende até a cartilagem cricóidea. Sua parede é constituída por músculos esqueléticos e é revestida por túnica mucosa. A faringe atua como uma passagem para o ar e comida, fornece uma câmara de ressonância para os sons da fala e abriga as tonsilas, que participam das reações imunológicas contra invasores estranhos. Se divide em três regiões: nasofaringe, orofaringe e laringofaringe.
Laringe – conexão entre a parte laríngea da faringe e a traqueia. Parede é composta por nove fragmentos de cartilagem, três ocorrem isoladamente (cartilagem tireóidea, epiglote e cartilagem cricóidea) e três ocorrem em pares (cartilagens aritenóidea, cuneiforme e corniculada). A epiglote é um segmento grande de cartilagem elástica em forma de folha que é recoberta por epitélio. Durante a deglutição, a faringe e a laringe se movem para cima. A elevação da faringe amplia a para receber alimentos ou bebidas; a elevação da laringe faz com que a epiglote se mova para baixo e cubra a glote, fechando-a. A glote é composta por um par de pregas de túnica mucosa, as pregas vocais (cordas vocais verdadeiras) na laringe, e o espaço entre elas é chamado de rima da glote.
Traqueia – via tubular com aproximadamente 12cm de comprimento e 2,5cm de diâmetro. Localizada anteriormente ao esôfago. As camadas da parede de dentro para fora são: túnica mucosa, tela submucosa, cartilagem hialina e túnica adventícia. A túnica mucosa consiste em tecido epitelial colunar pseudoestratificado ciliado e uma camada subjacente de lâmina própria com fibras elásticas e reticulares. Contêm 16 a 20 anéis incompletos de cartilagem, empilhados uns sobre os outros e ligados por tecido conjuntivo denso, a parte aberta dos anéis está voltada para o esôfago e é cruzada por uma membrana fibromuscular. Os anéis de cartilagem fornecem um suporte semirrígido para manter a desobstrução, de modo que a parede traqueal não colapse para dentro. 
Brônquio – a traqueia se divide em um brônquio principal direito, que vai para o pulmão direito e um brônquio principal esquerdo, que vai para o pulmão esquerdo. O direito é mais vertical, mais curto e mais largo que o esquerdo, tendo maior probabilidade de alojamento de um objeto aspirado. O ponto onde a traqueia se divide é formada a carina. A túnica mucosa da carina é uma das áreas mais sensíveis para o reflexo de tosse. Ao entrar nos pulmões os brônquios principais se dividem em brônquios lobares (um para cada lobo do pulmão), que continuam se ramificando em brônquios segmentares, que irrigam segmentos broncopulmonares específicos dentro dos lobos. Os brônquios segmentares se dividem em bronquíolos, que vão se ramificando até chegar em bronquíolos terminais. Esses bronquíolos contêm células exócrina bronquiolares, que protegem contra os efeitos nocivos de toxinas inaladas e substâncias cancerígenas, produzem surfactante e funcionam como células-tronco, além disso, representam o fim da zona de condução do sistema respiratório. 
Pulmões – são órgãos pareados, separados um do outro pelo coração e outras estruturas do mediastino. Cada pulmão é protegido por uma túnica serosa de camada dupla chamada pleura. A pleura parietal é superficial e reveste a parede da cavidade torácica. A pleura visceral é profunda e recobre os pulmões propriamente ditos. Entre as duas pleuras está a cavidade pleural, preenchida por líquido, reduzindo o atrito entre as membranas. A base do pulmão é côncava e se encaixa sobre o mediastino e é larga, em contraposição ao ápice, superior e estreito. A face costal é apoiada sobre as costelas e a face mediastinal possui o hilo pulmonar, por meio do qual brônquios, vasos sanguíneos e linfáticos e nervos entram e saem. O pulmão esquerdo possui ainda a incisura cardíaca, onde se encontra o vértice do coração. O pulmão direito possui duas fissuras (oblíqua e horizontal), dividindo-o em três lobos (superior, médio e inferior). Já o pulmão esquedo possui apenas a fissura oblíqua, sendo divido em lobos superior e inferior. Cada lobo recebe seu próprio brônquio lobar. Os brônquios lobares dão origem aos brônquios segmentares (10 em caada pulmão), que supre o segmento broncopulmonar. Cada segmento broncopulmonar tem pequenos compartimentos, os lóbulos, que é envolvido por tecido conjuntivo e contém um vaso linfático, uma arteríola, uma vênula e uma ramificação de um bronquíolo terminal. o bonquíolo terminal se subdivide em bronquíolos respiratórios, que possuem alvéolos se ramificando de suas paredes. Os bronquíolos respiratórios iniciam a zona respiratória. Os bronquíolos respiratórios se dividem em ductos alveolares, constituídos de epitélio escamoso simples. Em torno dos ductos alveolares estão os alvéolos, apoiados sobre uma mebrana basal fina e elástica, o saco alveolar, constituído por dois ou mais alvéolos que compartilham uma abertura comum. As paredes alveolares são formadas por 
dois tipos celulares: as células alveolares do tipo I, mais numerosas e que formam um revestimento quase contínuo na parede alveolar e as do tipo II, encontradas entre as células do tipo I. A célula do tipo II secreta o líquido alveolar, que contém o surfactante, que reduz a tensão superficial do líquido alveolar diminuindo a tendência do colabamento dos alvéolos e mantendo-os pérvios. Associados à parede alveolar, encontram-se os macrófagosalveolares, que removem partículas finas de poeira e outros detritos dos espaços alveolares. A troca de O2 e CO2 entre os alvéolos e o sangue se dá por difusão através das paredes alveolares e dos capilares, que juntos formam a membrana respiratória, que é composta por quatro camadas: a) a parede alveolar; b) uma membrana basal epitelial subjacente à parede alveolar; c) uma membrana basal capilar; d) o endotélio capilar. 
	Os pulmões são irrigados por dois conjuntos de ártérias: as artérias pulmonares e os ramos bronquiais da parte torácica da aorta. O sangue venoso passa pelo tronco pulmonar e se divide em artéria pulmonar esquerda e direita qye entraram no pulmão esquerdo e direito, respectivamnte. O retorno do sangue arterial para o coração ocorre pelas quatro veias pulmonares, que drenam para o átrio esquerdo. Os ramos bronquiais da parte torácica da aorta levam sangue oxigenado aos pulmões, que perfunde principalmente as paredes musculares de brônquios e bronquíolos. 
Ventilação Pulmonar – o processo de troca gasosa do corpo é chamdo de respiração e é dividido em três partes: ventilação pulmonar – é a inpiração e eexpiração e envolve a troca de ar entre a atmosfera e os alvéolos; respiração externa – troca gasosa entre os alvéolos e o sangue dos capilares; respiração interna – é a troca gasosa entre o sangue nos capilares sistêmicos e as células teciduais. Durante a ventilação pulmonar o ar flui da atmosfera para os alvéolos em decorrência das diferenças de pressão produzidas pela contração e relaxamento dos músculos respiratórios.
Mudanças de pressão durante a ventilação pulmonar - o ar se move para dentro cos pulmões quando a pressão intrapulmonar é menor que a atmosférica. Pouco antes de cada inspiração a pressão intrapulmonar é igual à atmosférica. Para que a pressão seja menor ocorre o aumento do tamanho dos pulmões, em obediência a Lei de Boyle, onde volume e pressão são inversamente proporcionais. O principal passo para essa expansão dos pulmões é a contração do diagragma, com a resitência dos intercostais externos. Essa contração faz com que o diagragma se achate, abaixando sua cúpula, com consequente aumento do diâmetro vertical da cavidade torácica. Durante a inspirsação tranquila o diafragma desce aproximadamente 1cm, o que resulta em uma diminuição de 1 a 3mmHg e a inspiração de aproximadamente 500ml de ar. Numa respiração forçada o diagragma pode descer até 10cm, produzindo uma diferença de pressão de 100mmHg e inspiração de 2 a 3 litros de ar. Essa contração do diagragma responde por 75% da entrada de ar nos pulmões. Quando os músculos intercostais externos se contraem provocam a elevação das costelas, com consequente aumento anteroposterior e lateral da cavidade torácica, isso é responsável por 25% da entrada de ar nos pulmões. Durante inspirações tranquilas a pressão intrapleural é sempre menor que a atmosférica. Antes da inspiração corresponde a cerca de 756mmHg, com o aumento da cavidade torácica, essa pressão chega a 754mmHg. Conforme o aumento do volume dos pulmões a pressão alveolar cai de 760 para 758mmHg. O ar flui para dentro dos pulmões e continua enquanto existir diferença de pressão. Por exigor contração muscular, o processo de inspiração é ativo.
	A expiração também ocorre por diferença de pressão, mas em sentido oposto. Por não ocorrer contração muscular, nesse caso o processo é passivo. Resulta da retração elástica da parede torácica e dos pulmões por causa da força de retração das fibras elásticas que foram distendidas durante a inspiração e da força para dentro da tensão superficial decorrente da película de líquido alveolar. A medida que o diagragma relaxa sua cúpula se move para cima e conforme os intercostais relaxam, as costelas são deprimidas. Esse movimento diminui o volume torácico e a pressão alveolar aumenta para cerca de 762mmHg, o ar então flui para a atmosfera. A expiração torna-se ativa apenas durante a respiração forçada, quando os músculos abdominais e intercostais internos se contraem para aumentar a pressão nas regiões abdominal e torácica.
Outros fatores que influenciam a ventilação pulmonar – além das diferenças de pressão, outros três fatores influenciam a taxa de fluxo de ar e a facilidade da ventilação pulmonar: tensão superficial do líquido alveolar – faz com que os alveólos assumam o menor diâmetro possível. Durante a respiração a tensão deve ser ultrapassada para expandir os pulmões a cada inspiração, ela também é responsável por 2/3 da retração elástica pulmonar, o que diminui o tamanho dos alvéolos durante a expiração. O surfactante reduz a tensão superfiicial do líquido alveolar abaixo da da água pura. Complacência dos pulmões – se refere ao esforço necessário para distender os pulmões e a parede torácica. Está relacionada à elasticidade e à tensão superficial. Normalmente os pulmões tem complacência alta, se expandindo facilmente. Resistência das vias respiratórias – as paredes das vias respiratórios oferecem alguma resisistência ao fluxo normal de ar para dentro e para fora dos pulmões. Quanto maior o diâmetro, menor a resistência, isso quer dizer que a resistência é aumentanda durante a expiração. Esse diâmetro também depende do grau de contração da musculatura lisa das paredes das vias respiratórias. 
Padrões respiratórios – o padrão normal de respiração é chamado eupneia. Um padrão respiratório superficial é chamado respiração costa, já um padrão respiratório prfundo é chamado respiração diafragmática.
Volumes e capacidades pulmonares – em repouso, um adulto médio respira cerca de 12 vezes por minuto, movndo aproximadamente 500ml de ar para dentr	o e para fora. Volume corrente (VC) é o volume de uma respiração. A ventilação minuto (VM) é o volume total inspirado a cada minuto, é dado pela frequência multiplicada pelo VC. Aproximadamente 70% do VC atinge a zona respiratória, os outros 30% permanecem nas vias respiratórias de condução, esse espaço que é chamado de espaço morto anatômico. A taxa de ventilação alveolar é o volume de ar por minuto que efetivamente alcança a zona respiratória. Ao realizar uma respiração profunda, o valor inspirado acima dos 500ml “normais” é chamado volume de reserva inspiratório. O volume de expiração forçada acima dos 500ml é chamado volume de reserva expiratório. O volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) é o volume de ar que pode ser expirado pelos pulmões em 1 s, ao esforço máximo depois de uma inspiração máxima. Mesmo depois que o volume de reserva expiratório é expirado, um volume considerável de ar permanece nos pulmões, porque a pressão intrapleural subatmosférica mantém os alvéolos discretamente insuflados, e um pouco de ar permanece nas vias respiratórias não colabáveis, é o volume residual. Se a cavidade torácica é aberta, a pressão intrapleural sobe para se igualar à pressão atmosférica e força para fora um pouco do volume residual. O ar que permanece é chamado de volume mínimo. A capacidade inspiratória é a soma do volume corrente e do volume de reserva inspiratório. A capacidade residual funcional é a soma do volume residual e
do volume de reserva expiratório. A capacidade vital é a soma do volume de reserva inspiratório, volume corrente e volume de reserva expiratório. Já a capacidade pulmonar total é a soma da capacidade vital e do volume residual.
Troca de oxigênio e dióxido de carbono - ocorre por difusão passiva, regida pelo comportamento geral dos gases como descrito na Lei de Dalton, que é importante para a compreensão de como os gases diminuem seu gradiente de pressão por difusão e a Lei de Henry, que relaciona a solubilidade do gás com sua difusão. De acordo com a lei de Dalton, cada gás em uma mistura de gases exerce a sua própria pressão como se não houvesse outros gases. A pressão de um gás específico em uma mistura é chamada de pressão parcial (Px). A pressão atmosférica é a soma da pressão parcial de todos os gases que formam o ar atmosférico, logo, Pressão atmosférica (760 mmHg) = PN2 + PO2 + PAr + PH2O + PCO2 + Poutros gases. Já a Lei de Henry falaque o volume de um gás que se dissolve em um líquido é proporcional à pressão parcial do gás e à sua solubilidade. 
Respiração interna e externa – A respiração externa é a difusão do O2 dos alvéolos para o sangue e a do CO2 em direção oposta. Converte o sangue venoso, que vem do ventrículo direito, em sangue arterial, que vai para o átrio esquerdo. O O2 se difunde do ar alveolar, onde a pressão parcial é de 105mmHg para o capilar, onde a PO2 está 40mmHg. O CO2 se difunde em sentido contrário, ao mesmo tempo que a troca do oxigênio, saindo do capilar onde a pressão está em 45mmHg, para o alvéolo, onde a pressão é de 40mmHg. Já a respiração interna são as trocas gasosas sistêmicas. A PO2 do sangue bombeado para os capilares sistêmicos é maior (100 mmHg) do que a PO2 nas células teciduais (40mmHg em repouso), porque as células usam constantemente O2 para produzir ATP. Por causa dessa diferença de pressão, o oxigênio se difunde para as células teciduais e a PO2 no sangue cai para 40mmHg. A PCO2 das células é 45mmHg, maior que no capilar, que é 40mmHg, por esse motivo, o CO2 se difunde das células para os capilares até atingir uma PCO2 de 45mmHg. A taxa de trocas gasosas pulmonar e sistêmica depende de vários fatores: diferença de pressão parcial dos gases – a taxa de difusão é mais rápida quanto maior for a diferença de pressão parcial entre o ar alveolar e o sangue no capilar pulmonar. Área de superfície disponível para as trocas gasosas – qualquer distúrbio que diminua a área de superfície funcional das membranas respiratórias reduz a frequência respiratória esterna. Distância de difusão – o acúmulo de líquido intersticial entre os alvéolos, diminui a taxa de trocas gasosas, pois aumenta a distância de difusão. Peso molecular e solubilidade dos gases – o peso molecular do oxigênio é menor que o do gás carbônico, entretanto o segundo é cerca de 24 vezes mais solúvel que o primeiro, logo a taxa de difusão liquída do CO2 para fora ocorre cerca de 20 vezes mais rápida que a de O2 para dentro.
Transporte de Oxigênio e Dióxido de Carbono – quando o O2 e o CO2 entram no sangue, ocorrem reações químicas que ajudam no transporte de gases e nas trocas gasosas.
Transporte de oxigênio – o oxigênio não se dissolve facilmente em água, logo 98,5% do O2 no sangue está ligado à hemoglobina (Hb) nos eritrócitos. A porção heme da Hb contém quatro átomos de Ferro, cada um capaz de se ligar a uma molécula de O2, formando a oxi-hemoglobina. Quanto maior for a PO2, mais O2 se combina à Hb, até que todas as moléculas de Hb estejam saturadas. Quando a Hb reduzida é convertida em oxi-hemoglobina (Hb-O2), diz-se que a Hb está totalmente saturada. Nos capilares pulmonares, grande quantidade de oxigênio se liga à Hb, pois a PO2 é alta, já nos capilares teciduais a PO2 é menor, logo a Hb não prende tantas moléculas de oxigênio e o O2 dissolvido é descarregado nas células teciduais via difusão. Vários outros fatores afetam a afinidade da hemoglobina ao oxigênio: pH – a diminuição do pH, diminui a afinidade da Hb ao O2. Quando o pH diminui, toda a curva de dissociação da oxihemoglobina se desloca para a direita; em uma dada PO2, a Hb está menos saturada com O2, uma mudança denominada efeito Bohr. O efeito Bohr funciona nos dois sentidos: o aumento do H+ no sangue faz com que o O2 seja descarregado da hemoglobina, e a ligação do O2 à hemoglobina causa a descarga de H+ da hemoglobina. Pressão parcial de dióxido de carbono – A ligação do CO2 à hemoglobina tem um efeito semelhante ao do H+, uma vez que, conforme a PCO2 sobe a hemoglobina libera o O2 mais facilmente. Grande parte do CO2 que entra no sangue é convertida em H2CO3, esse ácido se dissocia em íons hidrogênio e bicarbonato, dessa foram, a concentração de H+ aumenta, diminuído o pH, demonstrando a correlação entre a PCO2 e o pH. Temperatura - dentro de alguns limites, o aumento da temperatura aumenta a liberação de O2 da hemoglobina. Células metabolicamente ativas requerem mais O2 e liberam mais ácidos e calor. Os ácidos e o calor, por sua vez, promovem a liberação de O2 da oxihemoglobina. BPG – já o 2,3-bifosfoglicerato (BPG), encontrado nos eritrócitos, diminui a afinidade da hemoglobina pelo O2, ajudando a descarregá-lo da Hb.
Transporte de Dióxido de Carbono – o CO2 é transportado no sangue de três maneiras principais: CO2 dissolvido – aproximadamente 7%. É esse CO2 dissolvido que ao chegar nos pulmões se difunde no ar alveolar e é expirado. Compostos carbamino – aproximadamente 23%. O CO2 se combina com os grupos amino dos aminoácidos e proteínas no sangue, uma vez que a proteína mais prevalente no sangue é a Hb, boa parte desse CO2 é ligada a ela, formando a carbaminohemoglobina. Íons bicarbonato – aproximadamente 70% do CO2 é transportado no plasma como HCO3-. Conforme o sangue capta CO2, o HCO3– se acumula no interior das hemácias. Um pouco de HCO3– se move para o plasma sanguíneo, abaixando seu gradiente de concentração. Em troca, íons cloreto (Cl–) se movem do plasma para as hemácias. Essa troca de íons negativos, que mantém o equilíbrio elétrico entre o plasma sanguíneo e o citosol das hemácias, é conhecida como deslocamento de cloreto.
A quantidade de CO2 que pode ser transportada no sangue é influenciada pela porcentagem de saturação da hemoglobina com oxigênio. Quanto menor a quantidade de oxihemoglobina (HbO2), maior a capacidade de transporte de CO2 do sangue, uma relação conhecida como efeito de Haldane.
Controle da Respiração – aproximadamente 200ml de O2 são utilizados a cada minuto pelas células do corpo. Em exercício extenuante esse uso pode aumentar em cerca de 15 a 20 vezes. Para tanto existem diversos mecanismos de adequação do esforço respiratório à demanda metabólica. 
Centro Respiratório – é um grupo de neurônios dispersos que controlam os músculos respiratórios. Estão divididos em duas regiões principais:
Centro respiratório bulbar – composto de duas coleções de neurônios denominados grupo respiratório dorsal (GRD) e grupo respiratório ventral (GRV). Durante a respiração normal o GRD produzem impulsos para o diafragma por meio dos nervos frênicos e para os músculos intercostais externos por meio dos nervos intercostais. Esse estímulo é enviado em pulsos, gerando a contração e quando o estímulo cessa, ocorre o relaxamanto desses músculos. No GRV encontra-se um aglomerado de neurônios chamado de complexo pré-Bötzinger, que se acredita ser importante na geração do ritmo respiratório. O restante dos neurônios do GRV é ativado na respiração forçada, enviando impulsos aos músculos acessórios da respiração (esternocleidomastóideo, escalenos e peitoral menor). 
Já durante a expiração forçada, os neurônios da GRV envolvidos na expiração forçada enviam impulsos para os músculos acessórios da expiração (intercostais internos, oblíquo externo, oblíquo interno, transverso do abdome e reto do abdome). 
Grupo respiratório pontino (GRP) – é uma coleção de neurônios na ponte, que são ativos durante a inspiração e a expiração. O GRP transmite impulsos para o GRD no bulbo. Ele participa tanto na inspiração quanto na expiração modificando o ritmo básico produzido pelo GRV.
Regulação do centro respiratório – vários fatores podem modificar a atividade do centro respiratório a fim de manter a homeostasia da respiração:
Influências corticais – pode-se alterar voluntariamente o padrão respiratório. Esse controle voluntário tem função protetora para evitar que água ou gases irritantes entrem nos pulmões. Entretanto a capacidade de parar de respirar é limitada pelo acúmulo de CO2 e H+, que quando chegam a níveis elevados estimulam o GRD e a respiração é retomada.
Quimiorreceptores - Os quimiorreceptores em dois locais do sistema respiratório monitoram os níveis de CO2, H+ e O2 e fornecem informações ao centro respiratório. Os quimiorreceptores centrais estão localizados no bulbo ou próximo a ele na parte central do sistema nervoso e respondem a mudanças na concentração de H+ e/ou PCO2 no líquido cerebroespinal. Já os quimiorreceptores periféricos estão localizados nosglomos para-aórticos e nos glomos caróticos e são sensíveis a alterações na PO2, H+ e PCO2 no sangue.
Proprioceptores – monitoram o movimento da articulações e músculos, seus impulsos nervosos estimulam o GRD no bulbo, ao mesmo tempo que axônios colaterais do neurônios motores superiores, que se originam no córtex motor primário, também alimentam os impulsos excitatórios no GRD.
Reflexo de insuflação – barorreceptores (receptores sensíveis ao estiramento) estão localizados nas paredes dos brônquios e bronquíolos. Quando eles são distendidos na hiperinsuflação dos pulmões, impulsos nervosos são enviados pelo nervo vago para o GRD, que é inibido e ocorre o relaxamento do diafragma e intercostais externos.
Outros fatores – sistema límbico (envia impulsos excitatórios ao GRD, devido por exemplo à ansiedade), temperatura (elevação da temperatura corporal aumenta a frequência respiratória [FR]), dor (dor súbita causa apneia, dor somática prolongada pode aumentar a FR e dor visceral pode diminuir a FR), irritação das vias respiratória (provoca cessação da respiração, seguida de tosse ou espirro), estiramento do músculo esfíncter do ânus (aumenta a FR), pressão arterial (aumento súbito na PA diminui a FR e queda na PA aumenta a FR).

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