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1 Disciplina: Avaliação e Intervenção Neuropsicopedagógica nos distúrbios de aprendizagem Autores: Esp. Cintia Fister Ferreira Marcante Revisão de Conteúdos: Esp. Larissa Carla Costa Revisão Ortográfica: Jacqueline Morissugui Cardoso Ano: 2017 Copyright © - É expressamente proibida a reprodução do conteúdo deste material integral ou de suas páginas em qualquer meio de comunicação sem autorização escrita da equipe da Assessoria de Marketing da Faculdade São Braz (FSB). O não cumprimento destas solicitações poderá acarretar em cobrança de direitos autorais. 2 Cintia Fister Ferreira Marcante Avaliação e Intervenção Neuropsicopedagógica nos distúrbios de aprendizagem 1ª Edição 2017 Curitiba, PR Editora São Braz 3 FICHA CATALOGRÁFICA MARCANTE, Cintia Fister Ferreira. Avaliação e Intervenção Neuropsicopedagógica nos distúrbios de aprendizagem / Cintia Fister Ferreira Marcante. – Curitiba, 2017. 40 p. Revisão de Conteúdos: Larissa Carla Costa. Revisão Ortográfica: Jacqueline Morissugui Cardoso. Material didático da disciplina de Avaliação e Intervenção Neuropsicopedagógica nos distúrbios de aprendizagem – Faculdade São Braz (FSB), 2017. ISBN: 978-85-94439-37-6 4 PALAVRA DA INSTITUIÇÃO Caro(a) aluno(a), Seja bem-vindo(a) à Faculdade São Braz! Nossa faculdade está localizada em Curitiba, na Rua Cláudio Chatagnier, nº 112, no Bairro Bacacheri, criada e credenciada pela Portaria nº 299 de 27 de dezembro 2012, oferece cursos de Graduação, Pós-Graduação e Extensão Universitária. A Faculdade assume o compromisso com seus alunos, professores e comunidade de estar sempre sintonizada no objetivo de participar do desenvolvimento do País e de formar não somente bons profissionais, mas também brasileiros conscientes de sua cidadania. Nossos cursos são desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar comprometida com a qualidade do conteúdo oferecido, assim como com as ferramentas de aprendizagem: interatividades pedagógicas, avaliações, plantão de dúvidas via telefone, atendimento via internet, emprego de redes sociais e grupos de estudos o que proporciona excelente integração entre professores e estudantes. Bons estudos e conte sempre conosco! Faculdade São Braz 5 Apresentação da disciplina Nesta disciplina serão estudadas as teorias da aprendizagem, com foco cognitivo de vários autores relevantes para o processo de aprendizagem, bem como, a atuação do Neuropsicopedagogo no âmbito escolar, suas intervenções, técnicas, conceitos, formas, análises e resultados de avaliação neuropsico- pedagógica. Também, serão compreendidas as bases neurocientíficas do processo de aprendizagem. 6 Aula 1 - O processo de aprendizagem sob o foco cognitivo, o papel do neuropsicopedagogo na instituição escolar, intervenções neuropsi- copedagógicas: possiblidades e limites Apresentação da aula Nesta aula serão aprimorados os conhecimentos da temática da aprendizagem humana, com foco nas teorias de Richard Mayer, Jean Piaget, Lev S. Vygotsky e Henri Wallon, apresentando em cada teoria seus conceitos, trazendo em cada uma delas, a visão do ser humano em seu desenvolvimento, aprendizagem e educação, porém, todas investigando a origem do psiquismo. Também será conhecida a importância do neuropsicopedagogo no ambiente escolar e quais suas atribuições. 1.1 O processo de aprendizagem sob o foco cognitivo Fonte:http://br.freepik.com/vetores-gratis/mente-do-aluno_761227.htm#term=cerebro mente&page=1&position=29 O processo de aprendizagem sob o foco cognitivo, cada vez mais está ganhando destaque no panorama da educação. Discutir sobre o assunto, vem atraindo inúmeros profissionais a investigar cada vez mais princípios e teorias, e nessas investigações detectou-se a necessidade de um profissional que vai além de conhecimentos pedagógicos. Surge então o Neuropsicopedagogo (Base para o surgimento Lei 3124/97- Senado Federal). Sua formação é baseada em neurociência, o que faz com que ganhe um papel importante na facilitação da aprendizagem, pois, sabemos que a aprendizagem sempre dependerá e 7 passará pelo cérebro, e com isso, considera-se à necessidade da intervenção de um profissional habilitado nas instituições escolares. Richard Mayer (2003, apud Sovela, s/data), professor de psicologia da Universidade da Califórnia, fez uma grande investigação sobre a interseção da cognição com enfoque na aprendizagem multimédia. Em sua conclusão, os alunos adquirem conhecimento e recordam melhor, quando o professor conduz uma explicação através de palavras e imagens, e não somente com palavras. Contudo, não pode-se concluir que com esse método se garante o sucesso educativo dos alunos. Para Mayer, é preciso criar habilidades na aplicação desse método, em que uma das formas é apropriar as imagens para cada fase educacional do aluno, pois cada mensagem que transmitimos precisa estar de acordo com o processo cognitivo da criança. Assim, faz-se necessário a constante busca de conhecimentos, com o objetivo de melhorar habilidades, competências e novas estratégias para o ensino, pois o foco segundo Mayer, é alcançar a compreensão do aluno, utilizando-se de uma linguagem mais próxima deles. Fonte:https://www.sophia.org/tutorials/teoria-cognitiva-da-aprendizagem-multimedia- de-ric Ouça Para o professor Mayer, em sua investigação da área cognitiva, a aprendizagem terá mais sucesso se for baseada na utilização de recursos visuais. Assista ao vídeo sobre Teoria Cognitiva da Aprendizagem Multimédia no link: https://youtu.be/pK_wr0FF4N4 https://youtu.be/pK_wr0FF4N4 8 Para Piaget (1991), o conhecimento é uma evolução contínua e sua construção parte da interação ativa do sujeito. Também defende que o ser humano se desenvolve através de estágios de organização no campo do pensamento e do afeto, isso acontece, através das possibilidades em que o ambiente leva a criança à ação, ou seja, em certo momento a criança se desenvolve por centrar-se em si mesmo, depois passa para um sentimento de obediência (envolvida por temor e afeição), a partir daí, constrói sua própria forma de pensar e agir, já com mais autonomia. Assim, a inteligência humana passa por uma transformação constante, sempre buscando compreender o que acontece ao seu redor. Dentre suas investigações, Piaget descobriu formas da construção do conhecimento e do desenvolvimento das características, que vão desde o modo de pensar, agir e falar das crianças e adolescentes. Sensório-Motor (0 - 2 anos) A criança é marcada por coordenação sensorial, a criança começa a perceber gradativamente, que os objetos à sua volta continuam a existir, mesmo que não estejam sob seu olhar. Pré-Operatório (2 - 6 anos) Aparecimento da linguagem oral. Operatório Concreto (6 - 11 anos) Pensamentos mais compatíveis com a realidade, embora esteja ainda preso à realidade concreta. Operatório Formal (a partir dos 11 anos) Os pensamentos são mais dedutivos, menos egocêntricos, começa a construir sua própria autonomia e se torna mais sociável. Fonte: Elaborada pelo autor (2017) Os processos de ensino-aprendizagem do ser humano, segundo Piaget, são construídos através dos acontecimentos externos, das interações entre os sujeitos, e esses fatores, os levam ao desenvolvimento intelectual e também afetivo. Relacionando essa investigação de Piaget com uma situação 9 educacional, pode-se supor que o aluno, tanto em sua ação como no seu raciocínio, se posiciona emum processo de aprendizagem ativa, com ênfase nas interações. Tanto o professor como o companheiro de classe, são importantes para o desenvolvimento da aprendizagem. Fica claro, que o processo de aprendizagem para Piaget, não é um processo mecânico e sim um processo complexo, que requer um método ativo para o ensino, fazendo com que o professor assuma um papel mais dinâmico, com mais habilidades de ensino, se tornando um agente ativo, que segundo PASCUAL (1999, p.9): “cabe ao professor mostrar ao aluno que seus esquemas assimilados são insuficientes para atingir um equilíbrio permanente”, ou seja, o professor precisa aguçar a curiosidade de seu aluno, instigando-o a uma reflexão e criação constante. Em síntese, pode-se dizer que para Piaget, a construção de conhecimento se remete a processos de assimilação, buscando-o através de uma elaboração interna, de aprendizagem cognitiva e não mecanicista, pois a inteligência é construída e não um produto de dotação genética. Na visão de Vygotsky, temos a contribuição de que não é possível pensar em aprendizagem sem a interação com o outro, ou seja, é necessário à socialização. Veja no quadro os conceitos de aprendizagem: Espontâneos Aprendizagem através do cotidiano da criança, observando tanto os papéis de cada membro da família, como as funções dos objetos e utensílios da casa. Científicos Aprendizagem através do ensino, co- mo por exemplo: conceitos matemá- ticos, números, decimais, conceitos de verbos etc. Fonte: Elaborado pelo autor (2017) Para Vygotsky, os dois conceitos dependem um do outro, assim os conceitos espontâneos só se estruturam com a influência dos conceitos científicos, como também os conceitos científicos necessitam do suporte dos conceitos espontâneos. 10 Diante a isso, Vygotsky compreende que, antes do ensino escolar, a criança já vem para a escola com certo conhecimento, pois de alguma forma ela já entrou em contato em seu cotidiano, com noções matemáticas e com a escrita. Na escola, o professor terá que ter habilidades, pois os conhecimentos adquiridos pela criança no âmbito familiar, são impulsionados por motivos e necessidades. Por isso, a escola tem um papel muito importante no que diz respeito ao desenvolvimento das funções psicológicas. Para Dantas (1994), os educadores têm um grande interesse pela obra de Henri Wallon, pela sua proposta de uma Psicologia integradora que dá ênfase nos processos emocionais e afetivos, em que se predomina o componente intelectual do conhecimento. Com isso, Wallon afirma que há uma conexão entre a emoção e o funcionamento intelectual. Pode-se dizer que a emoção é um elemento da expressão e o professor tem que estar atento a esse aspecto, visto que se o emocional do aluno estiver fora de controle, irá inibir seu intelectual e vice-versa, resultando na dificuldade da aprendizagem. A escola tem um papel muito importante nesse conceito de Wallon, pois precisa de forma adequada, lidar com as emoções do aluno, não intensificando suas frustações e ansiedades, assim como o professor também precisa saber lidar suas próprias emoções perante seus alunos, principalmente no período da Educação Infantil, que é a fase que forma a personalidade. Outro momento é na adolescência, em que podem surgir conflitos entre professor/aluno. Esses conflitos são parte da construção do psiquismo e não pode ser encarado totalmente como empecilhos para a aprendizagem. O professor nessas etapas, precisa manter o equilíbrio, a racionalidade e não se envolver em situações conflituosas. 1.2 O neuropsicopedagogo na instituição escolar O processo de aprendizagem sob o foco cognitivo, ganha destaque no panorama da educação, e em todas as teorias apresentadas, observa-se que o professor, diante desse novo contexto escolar, percebe uma nova necessidade: a de um profissional que lhe dê suporte para um processo de aprendizagem com mais eficiência, visto que ele se confronta cada vez mais com questões pedagógicas, psicológicas e neurológicas, que vão além de seus saberes. 11 Baseado nessa necessidade, surge o papel neuropsicopedagogo na instituição escolar. Primeiro, precisa-se entender que a área da pesquisa da neuropsicopedagogia é na atuação interdisciplinar, que vai desde a avaliação até a intervenção. Para Rotta Apud Consenza (2010): A área de estudo das neurociências objetiva a análise dos processos cognitivos, potencialidades pessoais e perfil socioeconômico, a fim de construir indicadores formais para a intervenção clínica, frente aos educandos com baixo desempenho e que apresentam disfunções neurais, devido à lesão neurológica de origem genética, congênita ou adquiridas. A partir dessa análise, começa-se a entender o trabalho do neuropsicopedagogo na escola, pois seus estudos vão além dos estudos das características da aprendizagem, o seu conhecimento em neurociências o torna apto para avaliar, dar pareceres e até mesmo encaminhar o aluno para um especialista na área de: neurologia, pediatria, psiquiatria e fonoaudiologia, pois poderá identificar o problema mediante sintomas e queixas do aluno. 1.3 Intervenções neuropsicopedagógicas: possibilidades e limites Com novos olhares educativos, o neuropsicopedagogo procura a facilitação da aprendizagem. Identificando o problema, ele irá trabalhar com o processo de metacognição, que ultrapassa a aprendizagem cognitiva, que se baseia em um ensino com respostas certas. A metacognição procura fazer com que o aluno entenda o porquê de suas respostas, assim o neuropsicopedagogo consegue lidar com as dificuldades relacionadas à linguagem escrita, à matemática, ao déficit visual, aos déficit motores, aos transtornos emocionais e aos intelectos diferenciados, que são os com baixa capacidade intelectual e aqueles com o intelecto elevado. Uma das maneiras do neuropsicopedagogo interferir no processo de alunos que parecem não aprender, é utilizando-se de métodos que, tanto Piaget como Vygotsky concordaram: a utilização de jogos na aprendizagem, que para eles, é uma possibilidade bem criativa que irá trabalhar a cognição e a metacognição. Alguns jogos como: “salta buraco”, fará com que o aluno entenda, 12 analise e reflita sobre o que está fazendo e como poderia ter feito melhor. Também serão ativadas nesse jogo várias áreas cerebrais. Fonte: http://www.cerebromente.org.br/n01/arquitet/lobos.htm Lobo Temporal Relacionado primariamente com o sentido de audição, exibe também um papel no processamento da memória e emoção. Lobo Frontal Pensamento abstrato, tomada de decisão. Lobo Parietal Responsável principalmente por receber sensações de toque, calor, frio, pressão, dor e coordenar o equilíbrio. Também está relacio- nado com a lógica matemática. Lobo Occipital Responsável pela visão, danos nessa área promovem cegueira total ou parcial. Sistema Límbico Controle das emoções. A intervenção poderá ocorrer também, se o aluno apresentar Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Para essa intervenção, o neuropsicopedagogo terá que compreender o processamento neural, o diagnóstico, e o limite do neuropsicopedagogo nesse caso, é que, ao detectar a possibilidade de seu aluno estar com TDAH, encaminhar para um médico especialista no assunto, pois somente ele poderá dar o diagnóstico, e paralelamente para um psicopedagogo, para que possa realizar alguns testes de aprendizagem. 13 Para realizar essa intervenção, o neuropsicopedagogo terá de seguir o seguinte protocolo: • Entrevista com o professor • Entrevista com os pais; • Questionário e escala de sintomas que deverão ser preenchidos pelos pais e professores; • Avaliação de um neuropsicólogo;• Avaliação de um psicopedagogo; • Avaliação de um fonoaudiólogo. Importante O neuropsicopedagogo tem um papel importante em efetuar o procedimento da intervenção no sujeito, porém, o planejamento deve conter duas partes: uma voltada para a detecção dos sintomas e outra para dissolução das causas dos sintomas. O profissional deve assinalar o sintoma e, em seguida, buscar em suas anotações, as possíveis causas (sempre com muito cuidado para não entrar no campo do psicólogo, pois, sem preparo, fracassará). Lembrando, que para cada causa, deverá delinear um procedimento; isso nas três áreas: no sujeito, na família e na escola (CHAMAT, 2008). A tarefa neuropsicopedagógica na instituição escolar é de uma necessidade grandiosa, pois permite detectar e resolver rapidamente, implicações sintomáticas no processo de aprendizagem, evitando avaliações ingênuas e precipitadas. Resumo da Aula Nesta aula foram abordadas as teorias da aprendizagem com foco cognitivo segundo Mayer, Piaget, Vygotsky e Wallon. Na visão de Mayer, a aprendizagem terá mais sucesso se for baseada na utilização de recursos visuais. Para Piaget, observa-se sua visão na evolução do conhecimento, sendo a aprendizagem um processo contínuo, em que o sujeito aprende através da interação com o meio em que vive. Em Vygotsky, discutiu-se a aprendizagem 14 como processo central do desenvolvimento humano, onde a criança aprende através de seu cotidiano, que ele chama de conhecimentos espontâneos e através do conhecimento científico, que começam ser adquiridos através do ensino escolar. Na teoria de Wallon, a aprendizagem requer uma ação psíquica complexa, para estruturação do próprio sujeito, integrando afeto, movimento e intelecto. Foram identificadas nas teorias apresentadas, à necessidade do neuropsicopedagogo na instituição escolar, que entenda como se processa o desenvolvimento de aprendizagem de cada indivíduo, proporcionando-lhe melhoras nas perspectivas educacionais. Amplie Seus Estudos SUGESTÃO DE LEITURA Para aprofundar seus conhecimentos, leia o livro: NEUROPSICOPEDAGOGIA E APRENDIZAGEM, de Roberte Metring e Simaia Sampaio, que foi redigido por uma equipe de conceituados escritores, propondo caráter multidisciplinar e visando fornecer uma visão ampla e atualizada de viés neurocientífico sobre os processos de aprendizagem, suas dificuldades, transtornos e intercorrên- cias. Atividade de Aprendizagem Destaque as contribuições de cada teoria estudada nesta aula, para a área da neuropsicopedagogia. 15 Aula 2 - Técnicas de avaliação neuropsicopedagógica na busca da identificação das dificuldades e transtornos da aprendizagem Apresentação da aula Nesta aula serão estudadas a atribuições do neuropsicopedagogo em usar técnicas para avaliar se o aluno está com dificuldade ou transtorno de aprendizagem. 2.1 Técnicas de avaliação neuropsicopedagógica, na busca da identificação das dificuldades e dos transtornos da aprendizagem Fonte: https://soparamaes.wordpress.com/2013/09/06/dificuldades-de-aprendizagem/ Pensar em neuropsicopedagogia, aproxima de temas mais complexos, como o do fracasso escolar. No Brasil, depara-se com a centralidade e necessidade do tema. Segundo Proença (2004), o fracasso da educação escolar no Brasil é incontestável. Mesmo tendo aumentado o número de ofertas de vagas nas escolas públicas, a qualidade do ensino oferecido ainda é desalentadora. Dados fornecidos pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica - SAEB (2001), vem preocupando muito os professores, fazendo com que realizem diagnósticos equivocados dos alunos, como tendo dificuldades e até mesmo transtornos de aprendizagem, responsabilizando-os pelo não aprender, sem considerar as demais condicionantes contextuais e pessoais envolvidas. Por isso, a neuropsicopedagogia, deve ser encarada com mais importância em instituições de ensino, clínicas e afins, para que se possa, junto com especialistas de várias áreas, mudar esse contexto. 16 Para identificar as dificuldades e transtornos da aprendizagem, precisa-se entender o conceito de cada um. Garcia (1998), define as dificuldades de aprendizagem como um conjunto heterogêneo de transtornos, que se expressa no campo da metodologia escolar. São também chamados de dificuldades intrínsecas, muitas vezes se dão por mudanças frequentes de escolas ou, passar por uma situação que abale gravemente o emocional. Porém, não é um problema da própria criança, ele está relacionado com fatores familiares, socioeconômicos e pedagógicos. 2.2 Dificuldade de aprendizagem Fonte:http://br.freepik.com/fotos-gratis/jovem-frustrado-com-a-licao-de-casa- escrevendo-em-casa-menino-que-estuda-na-mesa-desenho-infantil-com-um- lapis_1188282.htm Nas dificuldades de aprendizagem: • Não existem alterações funcionais neurais; • O problema é externo; • As dificuldades que podem ser transitórias, caso sejam acompanhadas por um profissional habilitado e aplicada uma intervenção apropriada. No transtorno de aprendizagem: • Alterações funcionais intrínsecas, com base neurológica; • Condições sociais e pedagógicas, não são a causa da limitação; • Dificuldades podem ser permanentes, apesar da intervenção. 17 2.2.1 Características Diagnósticas: DSM – V (2013) Segundo o DSM (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders - Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) – V o transtorno da aprendizagem é diagnosticado quando o resultado do indivíduo em testes padronizados, está abaixo do esperado para sua idade. A escolarização e nível de inteligência, podem incluir certos transtornos: linguagem, matemática, expressão escrita e transtorno sem outra especificação. Pode também ser caracterizado como um transtorno do neurodesenvolvimento, com uma origem biológica, que é à base das anormalidades no nível cognitivo, as quais são associadas com as manifestações comportamentais. A origem biológica inclui uma interação de fatores genéticos, epigenéticos e ambientais, que influenciam a capacidade do cérebro para perceber ou processar informações verbais ou não verbais, com eficiência e exatidão. 2.3 Técnica para identificação de transtorno ou dificuldade de aprendizagem Déficit Fonológico ou dislexia Sintática: Prejudica secundariamente a questão relacionada com a estruturação frasal. Semântica: Está relacionada na parte da significação do que se lê e se escre- ve. Leitura muito lenta, silabada, decodificação trabalhosa, pode prejudicar a interpretação do texto lido e sobrecarregar a memória operacional. Fonte: Elaborada pela autora (2017) A seguir, algumas análises de caso. 18 Análise 1: Observe como funciona a leitura lenta, silabada: A-fe-cha-du-ra-da-por-ta-da-mi-nha-ca-sa-que-brou-ho-je-a-tar-de. Nesta leitura tem 20 segmentos que não tem significado nenhum para a pessoa com dificuldade de aprendizagem, inibindo a recuperação da memória de trabalho e de fazer a interpretação. Já um leitor, vai ler essa frase utilizando-se de 11 segmentos mais significativos, ficando mais fácil recuperar a memória do trabalho e interpretar o conteúdo lido. A dificuldade na leitura e interpretação vai muito além da língua portuguesa, pois todas as outras disciplinas ficarão prejudicadas. A história e a geografia, mesmo que o sujeito tenha potencial para assimilar a matéria, se a entrada da informação se der somente com a leitura, ele terá dificuldade de interpretação, não podendo acompanhar o rendimento de seus colegas. O mesmo se dá com a matemática, por mais que tenha um bom raciocínio lógico, se tiver que ler e interpretar, essesujeito terá prejuízo. Análise 2: Observe a situação a seguir: Jean tem 9 anos e cursa o 4º ano do Ensino Fundamental. Caraterísticas de Jean: - Dificuldade para ser alfabetizado; - A dificuldade persiste para fazer a decodificação da leitura, com prejuízo na compreensão; - Compreende quando outra pessoa faz a leitura; - Muitos erros ortográficos; - Não tem histórico no desenvolvimento da linguagem oral; - Facilidade em outros tipos de linguagem. Análise: Criança inteligente, limitação para ler e escrever – Deve ser encaminhado para um especialista na área, pois pode estar apresentando “transtorno de aprendizagem”, como a dislexia. 19 Análise 3: José tem 7 anos e cursa o 2º ano do Ensino Fundamental: - Não está conseguindo ser alfabetizado; - Desinteresse pelas atividades propostas; - Desatenção e agitação dentro da sala de aula; - Problemas de comportamento na escola; - Facilidade de aprender; - Facilidade para matemática. Análise: Dificuldade na leitura e escrita, desinteresse pelas atividades propostas, agitação na sala, comportamento não adequado, com facilidade de aprender de modo geral, incluindo a matemática. Aparentemente é parecido com a dislexia, porém a diferença encontra-se na idade e período escolar, bem como a facilidade em aprender matemática e outras matérias, sinalizando que consegue interpretar. Nesse caso, deverá ser feito apenas a intervenção pedagógica, podendo ser acompanhado por uma fonoaudióloga. Análise 4 Vanderlei tem 9 anos e cursa o 4º ano do Ensino Fundamental: - Lê e escreve com limitações na expressão e compreensão; - Dificuldades no desenvolvimento da linguagem oral; - É esforçado, mais não consegue acompanhar; - Tem desempenho melhor em atividades não verbais; - Não apresenta comprometimento verbal. Análise: Dificuldade oral, leitura, escrita, matemática, preservação da capacidade intelectual geral. Indica Distúrbio funcional da aprendizagem. Crianças e adolescentes com dificuldades de aprendizagem, têm sobrecarga de trabalho, pois precisam estudar muito mais do que seus colegas 20 para atingirem uma nota razoável, e quando se deparam com notas que não foram compatíveis com seus estudos, tem um sentimento de menos valia, os tornando mais vulneráveis a outras situações, como o bullying e a depressão. Por isso a sobrecarga de trabalho demanda de uma supervisão melhor da família, dos professores e todos os especialistas envolvidos. Muitas vezes faz-se necessário agir antes da definição do diagnóstico, é lógico que o diagnóstico do especialista é importante, porém, com essa espera, pode-se comprometer o atendimento precoce, agravando uma situação que poderia ser pontual. Os objetivos de Programas de intervenção com habilidades cognitivas é o de minimizar o impacto dos entraves da leitura e escrita, de crianças que apresentam dificuldades ou transtornos de aprendizagem, e também, ajudam a esclarecer o diagnóstico. Vale salientar que, todas as intervenções exigem uma análise cuidadosa, realizada por uma equipe multidisciplinar, pois, o neuropsicopedagogo não é uma ilha, ele precisa dialogar com diversas especialidades, inclusive porque as causas são múltiplas, e assim, ele precisa desenvolver técnicas como a de observar as potencialidades do indivíduo, estudar qual é o melhor método que deve ser aplicado, levando em consideração que quando se trata da dificuldade de aprendizagem, às vezes apenas alguns ajustes pedagógicos ajudam. Porém para os demais problemas, o neuropsicopedagogo terá de elaborar um questionário que envolverá a família e o professor e com base nesses dados, ele irá elaborar um plano de ação e intervenção, que podem ser desde instrumentos de avaliação, diferentes modalidades de atividades até testes padronizados, utilizados de acordo com a habilitação do profissional e da composição da equipe multidisciplinar. 21 Ví deo Assista ao vídeo de Roberto Andersen, sobre as atividades que o Neuropsicopedagogo deve exercer nas escolas, e todas as áreas de atuação deste profissional no link: https://www.youtube.com/watch?v=1RQOryd3miw 2.4 Princípios da Avaliação Neuropsicopedagógica Existem orientações pertinentes sobre os princípios da avaliação neuropsicopedagógica, quanto ao uso de testes do neuropsicopedagogo. Como há variedade de testes disponíveis, faz-se necessário que o profissional tome cuidado para não se utilizar de testes vetados a demais profissionais, e sempre escolher instrumentos de avaliação coerentes com as características do paciente. Vygotsky, Luria e Leontiv, em seu livro "Desenvolvimento e aprendizagem", concordam que os testes de avaliação precisam ser utilizados para contemplar elementos que já são de conhecimento prévio do indivíduo. Rita Russo (2015), aborda a importância de adaptar os testes para as condições do paciente e analisá-lo de maneira mais qualitativa. Outro ponto muito importante e que deve ser levado em consideração quanto à avaliação neuropsicopedagógica, são quais as habilitações e capacidades de avaliar que neuropsicopedagogo possui, como também quais são as patologias que são de sua competência, para que não entre em competências de outro profissional. Assim, pode-se dizer que a avaliação neuropsicopedagógica envolve o processo de ensino-aprendizagem e suas dificuldades, nesse caso, é de sua competência avaliar a área da leitura, escrita, compreensão, aritmética, observação psicomotora e investigação dos pré-requisitos da alfabetização. Não sendo de sua competência a avaliação de transtornos da inteligência, como o do humor, transtornos alimentares, psicóticos entre outros. Em seu livro, Rita Russo (2015), elabora etapas do atendimento neuropsico-pedagógico, com ênfase em como o neuropsicopedagogo precisa 22 ser flexível e perspicaz em suas estratégias, pois cada indivíduo deve ser avaliado de forma única. Para Rita (2015), investigar o histórico familiar é fundamental para iniciar uma análise. Nessa entrevista, faz-se necessário saber sobre a gestação, parto e fatos que estejam envolvidos no nascimento do avaliado até o pós-parto. Em seguida, deve-se avaliar a situação atual do paciente, sua evolução ao longo do tempo, sua compreensão sobre seu problema, seu desenvolvimento neuropsicomotor, o jeito de ser, experiências escolares e o estudo da queixa (motivo da consulta). O diálogo com a equipe técnica-pedagógica e professores da escola frequentada pelo paciente, deve ser contínua. A entrevista pode ocorrer numa única sessão, porém, logo em seguida deve-se informar o objetivo e a função da avaliação neuropsicopedagógica, a previsão do número de sessões e a forma de encerramento. A avaliação Neuropsicopedagógica poderá ser através da observação do indivíduo frente às atividades que serão propostas. Nessa avaliação, o neuropsicopedagogo deverá anotar a forma e como o indivíduo reage frente às atividades apresentadas, qual a sua colaboração, se está se opondo em executar as tarefas, ou mesmo se está se sentindo inseguro ou tenso. Quanto às sessões, o neuropsicopedagogo deverá levar em consideração: quantas sessões serão utilizadas para a intervenção, quanto tempo será necessário para cada sessão; lembrando sempre que essa análise deverá ser feita conforme o diagnóstico de cada indivíduo. Após esses trâmites, se faz necessário à devolutiva aos familiares, paciente e à escola. Nesta fase o neuropsicopedagogo irá apresentar os resultados levantados através da coleta de dados feita na avaliação, indicando os resultados e prestando orientações de como proceder para alcançar uma melhora significativa.Entre várias modalidades de avaliação, pode-se destacar: a avaliação quantitativa e a avaliação qualitativa. Avaliação quantitativa: Poderão ser utilizados nessa avaliação, instrumentos que envolvam a leitura, escrita, aritmética, atenção e funções executivas, memória de aprendizagem e destreza motora. Avaliação qualitativa: O neuropsicopedagogo poderá utilizar-se de desenhos, sequência e movimentos, exercícios de criatividade, tarefas 23 envolvendo leitura, escrita, cálculos, interpretação e intelecção de texto, jogos (competitivos ou não) e softwares educativo. Para todas essas intervenções apresentadas, é necessário um bom planejamento, os quais deverão ser divididos em fases, conforme proposto por Beltrán (1993,1996) com início, intermediário e final da intervenção. Na fase Inicial, deve-se observar de como o indivíduo utiliza-se de sua capacidade em aprender, e como viabiliza essas habilidades nos desafios escolares. Já na fase Intermediária, o neuropsicopedagogo terá de utilizar recursos com modalidades variadas como estratégias, visando os processos de compreensão-retenção e recuperação-utilização. E por último, a fase Final, o neuropsicopedagogo, baseando-se em seus princípios de avaliação aplicada e nos dados levantados, reavaliará o quadro do indivíduo para detectar se atingiu ou não o objetivo esperado. Caso afirmativo, deve se dar alta, em caso negativo, fará um relatório dos ganhos atingidos com a intervenção aplicada e terá de elaborar um novo plano de ação. Resumo da aula Apresentou-se nesta aula, a importância do neuropsicopedagogo identificar as dificuldades de aprendizagem, e transtornos da aprendizagem, pois, somente conhecendo cada conceito é que poderá elaborar um plano de ação para cada indivíduo, se a intervenção poderá ser feita apenas por um pedagogo, por uma equipe multidisciplinar, ou até mesmo se terá de encaminhá- lo para um especialista na área, ou ainda, a vários especialistas, mas sempre lembrando, de sua atribuição como neuropsicopedagogo, que é o de acompanhar o indivíduo durante o início e até o final da intervenção. Atividade de Aprendizagem Elabore uma reflexão sobre o significado da frase: “Nenhum profissional conseguirá acionar a aprendizagem no aluno, se o mesmo não tiver a vontade e ação de mover-se para aprender.” 24 Aula 3 - Conceito da avaliação neuropsicopedagógica, formas e análise da avaliação Apresentação da aula Nesta aula serão estudados os conceitos da avaliação, e formas e análises de avaliação, analisando o resultado de uma avaliação neuropsico- pedagógica. 3.1 Conceito da avaliação neuropsicopedagógica Atualmente, predominam as formas de avaliação que podem ser consideradas como um instrumento de exclusão. O aluno deve ser avaliado não só nos aspectos cognitivos, mas em sua plenitude, o que hoje se costuma chamar “integralidade do sujeito”. Por isso, é de suma importância que sejam avaliados não somente ao aluno, mas também o professor. Isso fará com que haja uma construção no ensino aprendizagem, fazendo com que muitas instituições de ensino evoluam neste processo de avaliação, provocando em seus educadores e professoras, a necessidade de buscar novos conhecimentos. Essa área do conhecimento humano tem como objetivo, o estudo da Educação e o cérebro, que com a prática da pedagogia pode ser modificado, visto que o cérebro é entendido como um órgão social. Neste sentido, podemos dizer que a busca da aprendizagem se dará a partir da descoberta neurocientífica para que de uma forma prática e segura, a neuropedagogia possa interferir significativamente nas tendências cognitivas e competências do indivíduo, ou seja, atendendo suas necessidades nas estruturas cognitivas, emocionais, sociointerativas, e orgânicas, realizando um trabalho de prevenção por avaliar processos didático – metadológicos e do ensino-aprendizagem. Hoje a forma de avaliação predominante, pode ser considerada como instrumento de exclusão. Dentro da sala de aula, o professor começa excluindo o aluno ao organizar seu trabalho, por se basear em um tipo de ensino o qual acredita que é o ideal para aprendizagem, e se o aluno não se adequar a esse 25 modelo de aprendizagem, ele é classificado e excluído do processo. Pode-se dizer que esse conceito de avaliação é punitivo e coercitivo. Diante desse contexto, o conceito de avaliação do neuropsicopedagogo não é somente o de mudar o sistema avaliativo, mas também o trabalho pedagógico e as condições do trabalho do próprio professor, pois se faz necessário descobrir a forma e o ritmo de cada indivíduo. É indispensável que o Neuropsicopedagogo tenha clareza e critérios do que se pretende avaliar, para poder adotar uma metodologia e recursos adequados. É preciso ter coerência entre um instrumento de avaliação e a prática pedagógica do professor; a partir dessa avaliação, começa ocorrer uma grande mudança nas instituições de ensino, pois os instrumentos certos de avaliação devem começar a ser aplicados no momento em que se ensina, ou seja, na sala de aula. Os instrumentos de avaliação do neuropsicopedagogo devem-se à multiplicidade dos conteúdos e do sujeito avaliar, com coerência. Esses instrumentos serão aplicados não mais como uma forma de avaliação punitiva, mas uma forma de avaliar o ensino. Com isso em mente, se faz necessário conhecer cada vez mais as formas pelos quais os alunos aprendem, assim ficará mais fácil a intervenção. A avaliação terá de ser uma mediação entre o ensino do professor e a aprendizagem do indivíduo. Deve-se sempre levar em consideração que cada aluno aprende de forma diferente, porque cada um traz a sua própria história de vida, condicionando e influenciando em sua forma de aprender. Por isso, a avaliação do neuropsico- pedagogo é através das informações sobre a história do aluno. Assim, a avaliação neuropsicopedagógica, consiste em buscar as causas das dificuldades ou transtornos de aprendizagem, na qual serão realizados testes específicos como leitura, escrita, matemática, atenção e processos envolvidos no saber do indivíduo. Nessas avaliações o neuropsicopedagogo, poderá detectar dificuldades na aprendizagem em um grau pequeno. Nesse conceito da avaliação, pode-se observar que o problema com a aprendizagem sempre existiu, mas atualmente com um olhar novo na neuropsicopedagogia, aliado ao conhecimento do cérebro, pode-se desenvolver 26 melhores formas de avaliação, para utilizar de instrumentos de intervenção mais apropriados. 3.2 Formas de avaliação Deve-se levar em consideração que cada aluno é único e aprende de forma diferente, pois, cada um traz sua história de vida o condicionando e influenciando em sua forma de aprender. Existem várias formas de avaliação, uma delas é a avaliação diagnóstica. Nessa avaliação o professor não pode planejar uma aula pensando em um aluno ideal, mas deve pensar no contexto geral de sua sala de aula, levando em consideração a realidade de cada um de seus alunos. Através da avaliação diagnóstica, ficará mais fácil identificar o aluno ideal. A avaliação reguladora é a análise que terá de ser feita de como o ensino aprendizagem contribui para modificar o aluno, verificando se o aluno atingiu os objetivos pretendidos, nessa forma se o aluno não aprendeu conceitos, procedimentos e atitudes que constam no planejamento, então se faz necessário regular o trabalho, ou seja, elaborar um novo planejamento. Já na avaliação somativa, avalia a qualidade da atuação do professor, do profissional em todo o seu objetivo em um período pedagógico previsto. Outra forma, são os testes de avaliação.Esses testes pedagógicos têm como objetivo, identificar as dificuldades de uma sala, ou de alguns alunos. Também, pode-se utilizar a forma do diagnóstico psicopedagógico clínico, nas áreas de avaliação emocional, pedagógica, motora e cognitiva. Na área emocional, se avalia a condição afetiva do indivíduo, diante situações de aprendizagem na escola, na família e no pessoal. Essa avaliação tem como objetivo analisar o comportamento do aluno frente ao contexto social, sua interação na escola e na família e todos os seus sentimentos como desejos, conflitos, dúvidas, medos, alegrias, inclusive na área cognitiva. A avaliação na área motora objetivo é avaliar o estágio de desenvolvimento dos sistemas: nervoso, sensorial e motor. A contribuição na área pedagógica é o de avaliar o processo da gênese, da escrita, leitura e cálculo, tendo como objetivo, observar o desenvolvimento da aprendizagem nas seguintes particularidades: 27 1. Escrita - posição do papel, postura para escrever e segurar o lápis(caneta), erros ortográficos, velocidade da escrita; 2. Leitura - Velocidade, postura e dificuldade; 3. Cálculo - Relações de tamanho, conceito de quantidade, compreensão dos números. A área cognitiva avalia o estágio do desenvolvimento cognitivo relacional, ou seja, nessa área o objetivo é avaliar o desenvolvimento do raciocínio lógico, como o estágio das operações do pensamento, a atenção e concentração. Assim, podemos concluir que a avaliação só faz sentido quando leva ao desenvolvimento do educando, afirma Luckesi (1994). 3.3 de avaliação Fonte: http://neuropsicologiagoiania.com.br/ Para o neuropsicopedagogo analisar uma avaliação, ele terá que: observar, anotar, planejar, envolver toda a sala nas atividades apresentadas, e fazer uma avaliação precisa e abrangente. Felizmente existem alguns profissionais que transgridem uma sistemática tradicional e conseguem colocar em prática suas propostas, levando sempre em consideração que em qualquer processo de avaliação de aprendizagem, tem-se que focar no sujeito, no individual ou no coletivo. http://neuropsicologiagoiania.com.br/ 28 Também, deve-se levar em consideração que os protagonistas de uma avaliação são o professor e o aluno. Por isso, discutir critérios de avaliação de forma coletiva, irá ajudar a obter resultados melhores. A avaliação sempre esteve relacionada com o poder, no modelo tecnicista, que privilegia a atribuição de notas e a classificação dos estudantes; ela é ameaçadora, pode se dizer que essa avaliação passa a ser um instrumento de poder e dominação. Infelizmente, muitas instituições escolares ainda apoiam esse tipo de sistema, e encontram dificuldades de agir diferentemente, muitas vezes os profissionais vivenciaram esse tipo de avaliação quando eram alunos. Porém, com a introdução de um novo profissional habilitado, esse conceito começa a mudar, pode-se dizer que nas novas análises avaliativas, deixa-se de considerar os alunos como deficientes e se torna um desafio para profissionais que não querem deixar para trás nenhum indivíduo. O acompanhamento de um neuropsicopedagogo, parte de uma queixa de que o indivíduo apresenta limitações nas atividades escolares, principalmente na escrita e na leitura, apresentando também, dificuldades no aspecto temporal e no raciocínio lógico-matemático. Apesar dessas queixas, o indivíduo apresenta interesse, curiosidade e é inteligente, porém, precisa de estímulos e recursos pedagógicos para desenvolver habilidades cognitivas. Diante desse contexto o neuropsicopedagogo poderá iniciar a avaliação, com 2 encontros semanais, duração de 1 hora de análise diagnóstico, e utilizar os seguintes instrumentos: I. Encontro com o professor; II. Entrevista com os pais; III. Verificação de algumas atividades pedagógicas; IV. Desenhos projetivos: casa, animal, família; V. Testes de psicomotricidade; VI. Provas operacionais; VII. Provas projetivas; VIII. Anamnese: com a mãe ou responsável. 29 Resultado: Constatou-se que o comportamento apresentado, reflete questões múltiplas resultantes da construção e constituição do sujeito e das relações estabelecias com os serres e o mundo, logo que trata-se de uma criança institucionalizada. Observando seu aspecto corporal, demonstrou ter consciência do seu próprio corpo, tem domínio correto, obedecendo bem aos comandos. Na orientação temporal há um déficit acentuado, pois não tem noção de tempo através da análise com o quebra-cabeça; mostrou dificuldades no encaixe, demonstrando problema espacial. Na área cognitiva apresentou dificuldades nas limitações do raciocínio lógico e construção de números. Apresentou dificuldade na linguagem, com leitura e escrita pré -operatória. Já na área afetivo social, apresentou baixa autoestima, sentimento de abandono. No aspecto pedagógico, as dificuldades são próprias, impedindo que se estabeleçam vínculos com o conhecimento. O indivíduo tem uma carência psicoafetiva, visto que sente a ausência do vínculo do pai. Seu meio social não propicia construções enriquecedoras; modelo de aprendizagem inadequado. Faz-se necessário que sejam introduzidos estímulos significativos para o desenvolvimento de novas formas de pensar. Para isso são necessários: 1. Desenvolver novas técnicas pedagógicas, que o façam reaprender as primeiras modalidades de aprendizagem; 2. Atividades de linguagem e escrita; 3. Troca de professora para que aja uma mudança total nos vínculos afetivos com os elementos da aprendizagem; 4. A intervenção psicopedagógica; 5. O acompanhamento de um psicólogo para trabalhar o afetivo social. 30 Amplie Seus Estudos SUGESTÃO DE LEITURA Neurociências e Desenvolvimento Cognitivo de Herber Maia. O livro procura trazer uma reflexão sobre os aspectos do Desenvol- vimento Cognitivo e da aprendizagem escolar da criança que promovam a capacitação dos professores e dos profissionais afins para o desafio da inclusão escolar. Resumo da aula Nesta aula estudou-se os métodos de avaliação aplicados durante muito tempo, e como ainda é um tabu para muitos professores e instituições mudarem seus métodos, porém com a habilitação de novos profissionais nas instituições escolares, pode-se mudar esse contexto. Pois, para se fazer uma avaliação nos alunos, precisa-se primeiro avaliar os profissionais, principalmente os que atuam diretamente com o aluno dentro da sala de aula. Atividade de Aprendizagem Como o neuropsicopedagogo, pode ajudar a mudar o conceito de avaliação do professor e da instituição? 31 Aula 4 - Identificar e compreender as bases neurocientíficas dos processos envolvidos na aprendizagem, integrando avaliação e a intervenção em situações que envolvam esses processos no plano individual ou coletivo Apresentação da aula Esta aula tem como propósito, aprofundar o conhecimento na neurociência, tendo em vista a necessidade do profissional de hoje, seja da área da educação ou da saúde, terem bases neurocientíficas para trazer ao campo pedagógico as inovações e conclusões mais importantes dos últimos 20 anos, na área da ciência e da sociedade. 4.1 Identificar e compreender as bases neurocientíficas dos processos envolvidos na aprendizagem Identificar e compreender a área sobre como o cérebro se modifica e aprende, levam à discussões realizadas por grandes teóricos da Psicologia, como Piaget, Vygotsky, Wallon e Ausubel, sobre o ensino. É importante observar que hoje, a Neurociência defende o processo de aprendizagem, mas os teóricos já faziam algo semelhante, embora fossem por caminhos diferentes. Houveum avanço significante das metodologias de pesquisa e da tecnologia, permitindo que sejam elaborados novos estudos. Lino de Macedo, do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP), também piagetiano, diz o seguinte: "Até o século passado, apenas se intuía como o cérebro funcionava. Ganhamos precisão" (MACEDO, 2012). Mas, antes de levar as ideias neurocientíficas para a sala, ou na aplicação de avaliação e intervenção, precisamos compreender as bases neurocientíficas. Primeiro, precisa-se compreender que tanto a Psicologia Cognitiva como a Neurociência, se ocupam de entender a aprendizagem, porém, cabe lembrar que cada uma têm diferentes focos. A Neurociência faz isso por meio de experimentos comportamentais e do uso de aparelhos como os de ressonância magnética e de tomografia, que permitem observar as alterações no cérebro durante o seu funcionamento. 32 As áreas da psicologia e da neurociência, nos permitem entender de forma abrangente o desenvolvimento da criança, e com base em evidências neurocientíficas, pode-se dizer que há uma correlação entre um ambiente rico e o aumento das sinapses (conexões entre as células cerebrais). Mas, faz-se necessário uma definição de qual meio estimulante a ser utilizado para cada tipo de aprendizado, como quais intervenções serão mais apropriadas para intensificar o efeito do meio. O professor, dificilmente irá conseguir planejar aulas com bases neurocientíficas, pois, para isto terá que compreender estas bases, ficando cada vez mais evidente a importância de todos da área da educação, ou da saúde aprimorarem e atualizarem os seus conhecimentos. Laurinda Ramalho de Almeida, professora do Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), e especialista em Wallon, diz: "A Neurociência mostra que o desenvolvimento do cérebro decorre da integração entre o corpo e o meio social. O educador precisa potencializar essa interação por parte das crianças" (ALMEIDA, 2012). Vamos considerar algumas conclusões neurocientíficas ligadas à aprendizagem, explanando a integração que existe entre Neurociência, Psicologia e Pedagogia, segundo a Nova Escola. 4.2 Emoção A emoção interfere no processo de retenção da informação. Pesquisadores como Larry Cahill e James McGaugh (1990), publicaram os resultados de estudos mostrando duas séries de imagens a pessoas, uma expressava caráter emocional e a outra neutra. Através de um tomógrafo, observou-se uma ativação da amígdala (parte importante do sistema emotivo do cérebro) e uma formação na memória. "Quanto mais emoção contenha determinado evento, mais ele será gravado no cérebro", diz Iván Izquierdo, médico, neurologista e coordenador do Centro de Memória da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). 33 4.2.1 A emoção, para Piaget Valoriza o termo afetividade, em vez de emoção, e diz que ela influencia positiva ou negativamente os processos de aprendizagem, e dessa forma acelera ou atrasa o desenvolvimento intelectual. 4.2.2 A emoção para Vygotsky Para Vygostky (1988), compreender o funcionamento cognitivo (razão ou inteligência), é entender o aspecto emocional. Os dois processos são uma unidade: o afeto interfere na cognição, e vice-versa. A motivação para aprender está associada a uma base afetiva. 4.2.3 A emoção para Wallon Wallon defende que a pessoa é resultado da integração entre afetividade, cognição e movimento. O que é conquistado em um desses conjuntos interfere nos demais. O afetivo, por meio de emoções, sentimentos e paixões, sinaliza como o mundo interno e externo afeta as pessoas. Para Wallon (2007), que estudou a afetividade geneticamente, os acontecimentos estimulam tanto os movimentos do corpo quanto a atividade mental, interferindo no desenvolvimento. 4.3 Avaliação e intervenção em situações que envolvam o processo da aprendizagem no plano individual ou coletivo Quando há uma observação de forma atenciosa e qualificada nas emoções dos estudantes, pode-se encontrar pistas de como o meio escolar os afeta, se está instigando emocionalmente ou causando apatia por ser desestimulante. Muitas vezes, a partir de apenas uma avaliação, que pode ser individual ou coletiva, consegue-se reverter um quadro negativo, que não favorece a aprendizagem. A motivação é necessária para aprender, da mesma forma que sem fome não apreendemos a comer e sem sede não aprendemos a beber água, sem 34 motivação não conseguimos aprender. Hoje pode-se analisar estudos que comprovam que no cérebro existe um sistema dedicado à motivação e à recompensa. Ao analisar um sujeito que é afetado positivamente por algo, percebe-se que automaticamente a região responsável pelos centros de prazer é ativada, passando a produzir uma substância chamada dopamina, substância que gera bem-estar, que mobiliza a atenção da pessoa e reforça o comportamento dela em relação ao objeto que a afetou. A neurologista Suzana Herculano-Houzel, autora do livro Fique de Bem com Seu Cérebro (2007), traz à atenção de quando um indivíduo realiza tarefas muito difíceis ele irá se desmotivar facilmente e consequentemente seu cérebro ficará frustrado, sem obter prazer do sistema de recompensa. Amplie Seus Estudos SUGESTÃO DE LEITURA Neurociência e Educação - Como o Cérebro Aprende de Ramon M. Concenza. Com uma linguagem clara e uma abordagem esclarecedora, Neurociência e Educação é uma fonte segura dos fundamentos neurocientíficos do processo de ensino-aprendizagem, que podem auxiliar todos os envolvidos nessa ativida- de a entender o sucesso ou o fracasso de muitas estratégias pedagógicas. Para Piaget, a motivação é uma procura por respostas quando a pessoa está diante de uma situação que ainda não consegue resolver. A aprendizagem ocorre na relação entre o que ela sabe e o que o meio físico e social oferece. Sem desafios, não há porquê buscar soluções. Por outro lado, se a questão for distante do que se sabe, não são possíveis novas sínteses Para Vygotsky, a cognição tem origem na motivação. Mas ela não brota espontaneamente, como se existissem algumas crianças com vontade - e naturalmente motivadas - e outras sem. Esse impulso para agir em direção a algo é também culturalmente modulado. O sujeito aprende a direcioná-lo para aquilo que quer, como estudar. 35 A motivação está diretamente relacionada às emoções suscitadas pelo contexto. O prazer, mais do que estar na situação de ensino ou mediação, pode fazer parte do próprio ato de aprender, trata-se da sensação boa que a pessoa tem quando se percebe capaz de explicar certo fenômeno ou de vencer um desafio usando apenas o que já sabe, ficando com isso, mais interessada em aprender. Com esse contexto, se conclui que o papel da escola não é apenas ter um espaço em que a preocupação é somente transmitir conteúdo. A proposta pedagógica deve incluir atividades que os alunos tenham condições de realizar, para que despertar a curiosidade deles e os faça avançar. É necessário levá-los a enfrentar desafios, a fazer perguntas e procurar respostas. Outra base neurocientífica que envolve a aprendizagem e que precisa-se entender, é a atenção, que é fundamental para a percepção e para a aprendizagem. Foram comprovados através de Pesquisas comportamentais e neurofisiológicas, que o sistema nervoso central só processa aquilo que está atento. Em um estudo de Gilberto Fernando Xavier e André Frazão Helene, do Instituto de Biociências da USP, publicado em 2006 na revista Neuroscience, foram organizados grupos de pessoas para avaliar o desenvolvimento da habilidade de leitura e de palavras espelhadas. Um grupo treinou escrever, de maneira imaginária, palavras invertidas. Outro grupo treinou ler termos desse tipo. Depois, tantoo primeiro grupo como o segundo, conseguiram ler com rapidez palavras espelhadas criadas pelos pesquisadores. Porém deram a tarefa para um terceiro grupo, enquanto treinavam a leitura e a escrita de termos espelhados, precisavam realizar mais uma tarefa de memorização visual. O resultado foi que tanto a memorização quanto a aquisição da habilidade de leitura invertida ficaram prejudicadas. Com esse estudo eles comprovaram que, se o desvio de atenção é significativo, a aquisição de habilidade e a memorização sofrem prejuízos. Para Piaget, se prestamos atenção é porque entendemos, ou seja, o que está sendo apresentado tem significado e representa uma novidade. Se há um desafio e se for possível estabelecer uma relação entre esse elemento novo e o que já se sabe, o cérebro dará o comando de forma positiva e a atenção é despertada. 36 A mente é seletiva, pois só se reconhece o que acontece à volta, se tiver um conhecimento prévio. Não se hesita, por exemplo, em interromper uma atividade quando se sente um cheiro de fumaça no ambiente. Assim, conhecer padrões é fundamental para se dedicar, agir e aprender sobre o que importa. Pode-se dizer que interferência do ambiente no sistema nervoso causa mudanças bem significativas no cérebro. Por exemplo, dependendo do que ocorre, a quantidade de neurônios e as conexões entre eles (sinapses) mudam. Anteriormente acreditava-se que as sinapses formadas na infância permaneciam pelo resto da vida, porém estudos indicam que não. Em 1980, um estudo pioneiro do neurocientista norte-americano Michael Merzenich, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, verificou que o cérebro de macacos adultos se modificam depois da amputação de um dos dedos da mão. A perda do membro provocava atrofia dos neurônios da região responsável pelo controle motor do dedo amputado. Ele observou que essa área acabava sendo ocupada pelos neurônios responsáveis pelo movimento do dedo ao lado. No processo de aprendizagem, pode-se dizer que o aluno deve ser ativo em suas aprendizagens, mas, cabe aos profissionais habilitados orientar e oferecer condições para que ele exerça suas potencialidades, conhecendo-o bem e todo contexto em que vive, principalmente a relação dele com a natureza do tema a ser aprendido. A ativação das redes neurais se dá em sua maior parte, por associação de redes ativadas entre si de uma forma frequente e estável, tornando as conexões sinápticas mais fortes e mais fácil na recuperação da memória. Isso acontece pela repetição de informação. Médicos e doutores em Ciência do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Ramon M. Cosenza e Leonor B. Guerra no livro Neurociência e Educação: Como o Cérebro Aprende (2011, p. 151) afirmam: "Podemos simplesmente decorar uma nova informação, mas o registro se tornará mais forte se procurarmos criar ativamente vínculos e relações daquele conteúdo com o que já está armazenado em nosso arquivo de conhecimentos". É tarefa da instituição escolar, ter profissionais que compreendam as bases neurocientíficas para que possam evoluir nos processos envolvidos na aprendizagem, integrando a avaliação e intervenção de uma forma consciente, 37 capaz de dar condições para que o aluno construa sentido sobre o que está vendo em sala. Resumo da aula Nesta aula estudou-se a integração que existe entre Neurociência, Psicologia e Pedagogia. Viu-se ainda os pontos relevantes que se constrói no cérebro e que são indispensável para aprendizagem do sujeito, como a emoção e atenção. Também foram feitos estudos de teóricos relevantes na neurociência. Atividade de Aprendizagem Discorra sobre a importância do Neuropsicopedagogo nas escolas. 38 Resumo da disciplina É notória a necessidade de um profissional habilitado com bases neurocientíficas, psicológicas e pedagógicas para atuar em instituições de ensino. Ao estudar teóricos relevantes da temática da aprendizagem humana, como Richard Mayer, Jean Piaget, Lev S. Vygotsky e Henri Wallon, que apresentaram em cada teoria seus conceitos, trazendo em cada uma delas uma visão do ser humano em seu desenvolvimento, aprendizagem e educação, porém, todas investigando a origem do psiquismo, observou-se que se precisa avançar em conhecimentos do cérebro, para não deixar nenhum indivíduo para trás, sem pelo menos ter feito algo para mudar seu futuro. Diante desse contexto, o neuropsicopedagogo deverá utilizar-se de técnicas para avaliar se o sujeito está com dificuldade ou transtorno de aprendizagem, identificando, acompa- nhando e buscando minimizar ou até mesmo sanar as dificuldades do indivíduo. 39 REFERÊNCIAS ALENCAR, E.S.;Contribuições teóricas recentes ao estudo da criatividade. Psicologia: teoria e pesquisa, v.19 n. 1,2003 ALMEIDA, L. R. de. in: SALLA, F. Neurociência: como ela ajuda a entender a aprendizagem. São Paulo: Nova Escola, 2012. Disponível no acesso: https://novaescola.org.br/conteudo/217/neurociencia-aprendizagem Acessado em: Jan/2017. 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