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Q W E R T Y U P S U I D A F G H J K L Ç X C Z V B N M U D B Q A A A A A R J A U Q G O A A A A A C F A Ç DISLEXIA Neurobiologia da Dislexia 1. DEFINIÇÃO “(...) um distúrbio específico de aprendizagem que possui origem neurobiológica. É caracterizada por dificuldades com a precisão e/ou reconhecimento fluente de palavras e por habilidades pobres de fala e decodificação. Essas dificuldades resultam tipicamente de um déficit no componente fonológico da linguagem que é inesperado em relação a outras habilidades cognitivas e efetiva instrução em sala de aula. Consequências secundárias podem incluir problemas na compreensão de leitura e a reduzida experiência em leitura que pode impedir o aumento no vocabulário e conhecimento” (Lyon, Shaywitz e Shaywitz, 2003 - International Dyslexia Association). DISLEXIA = Transtorno específico de leitura. Considerada um transtorno de aprendizagem que tem como característica básica dificuldade para aprender a ler, escrever e soletrar. APRENDIZAGEM ATO NATURAL / INTENCIONAL DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOLÓGICO HABILIDADES PRESERVADAS DISLEXIA Inteligência Normal Ausência de problemas sensoriais Instrução escolar adequada Oportunidades sócio culturais suficientes Motivação Ausência de problemas emocionais DISLEXIA DIFERENÇA FUNCIONAL H E EVIDÊNCIA GENÉTICA PERSISTENTE CAPACIDADE INTELECTUAL SEM DÉFICIT DISLEXIA DIFERENÇA FUNCIONAL H E EVIDÊNCIA GENÉTICA NÍVEL SENSORIAL PROCESSAMENTO DA FALA A 1 . MOLIM 2. PROSIM 3. JU LUTEM 4. B CITRANSE BRANSE LEXIM PALAVRAS ESTRANGEIRAS CROATA ESLOVENIA ALBANIA RUSSO LEITURA ÁREAS DIVERSAS REDES DIFERENTES FORMA CONTÍNUA/ ASSOCIADA H E H D FUNÇÕES SEQUÊNCIA PROCESSAMENTO ATENÇÃO - FOCO - MANUTENÇÃO MEMÓRIA - CURTO PRAZO - LONGO PRAZO - RECONHECIMENTO FUNÇÕES EXECUTIVAS Os avanços nos conhecimentos epidemiológicos, neurobiológicos, genéticos e das alterações observadas em exames funcionais, além da documentação de resposta a tratamentos específicos, permitem reconhecer que não existem motivos para NÃO considerar a dislexia um distúrbio de bases orgânicas. Anatomia Neurológica Genética Genética Estudos reconhecem o papel da genética na gênese da dislexia, crianças cujos pais possuem problemas de leitura teriam a maior probabilidade de apresentarem o transtorno, havendo inclusive o relato de “famílias disléxicas”. Acredita-se que a herança seja do tipo poligênica( 2 ou mais pares de genes), sendo conhecidos nove loci onde os genes da dislexia estão codificados, denominados de DYX a DYX9, de acordo com a ordem de identificação. O mais frequentemente reproduzido é o DYX2, localizado no braço curto do cromossomo 6. 3.1 Nível genético Transtorno familial, com padrão complexo de herança e, portanto, de etiologia multifatorial. Encontrado em 23 a 65% de crianças cujos pais são disléxicos e 40% de irmãos de disléxicos também são afetados. Em estudo com gêmeos há taxa de concordância de 68% para os monozigóticos e apenas 38% para os dizigóticos. Considerações (a) penetrância incompleta - uma família pode apresentar um ou mais indivíduos com alto risco genotípico, mas não desenvolverem o transtorno; (b) fenocópias - o inverso também pode acontecer e o indivíduo pode manifestar o transtorno com baixo risco genotípico; (c) heterogeneidade de concordância genótipo-fenótipo, na qual loci gênicos distintos podem estar implicados em diferentes famílias e; (d) “oligogeneticidade” - alguns genes diferentes que atuam juntos para a determinação de um fenótipo. E outros fatores como a definição fenotípica, subtipos de dislexia e níveis de severidade como aspectos que também devem ser considerados. Bases Neurobiológicas Bases neurobiológicas da leitura normal As estruturas neurais relacionadas à leitura estão distribuídas principalmente no HEMISFÉRIO CEREBRAL ESQUERDO, incluindo as regiões OCCIPITAL, TEMPORAL POSTERIOR, GIROS ANGULAR e SUPRAMARGINAL DO LOBO PARIETAL e o GIRO FRONTAL INFERIOR. Essas áreas são ativadas em diferentes tipos de situações que ocorrem durante a leitura. Salienta-se também a ativação em menor quantidade do hemisfério não dominante durante a leitura. Área Visual primária Visualização da palavra lida Giro temporal posterior, giro angular e supramarginal Processo de análise fonológica de uma palavra, na segmentação das unidades. Giros lingual e fusiforme Análise visual da palavra. Permite análise ortografica para o significado Área de Broca Processo de decodificação fonológica Assim, após a visualização da palavra BOLA ( pelas regiões occipitais), os quatro símbolos alfabéticos são analisados, na região têmporo-parietal, a qual efetua a correlação dos sons “bê” + o + ele + a, com sua letras correspondentes. H E GIRO TEMPORAL SUPERIOR CÓRTEX OCCIPTO TEMPORAL CEREBELO MENOR ATIVAÇÃO TEMPORAL DISFUNÇÃO TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM Bases Neurobiológicas Dislexia Estudos mostram menor ativação das regiões posteriores, e dos giros temporais superior, angular e supramarginal durante a leitura de pacientes dislexos e uma hiperatividade em áreas frontais. Existe uma dificuldade no reconhecimento de que as palavras, escritas e faladas podem ser quebradas em unidades menores de sons e que, de fato, as letras constituindo a palavra impressa representam os sons ouvidos na palavra falada. Sobre a esses pontos ainda o fato de existirem mais fonemas que letras, já que o som de letras próximas ou de um acento, como na palavra POLO, na qual a letra O tem sons diferentes. Que, em geral Sobretudo, a região temporoparietal, giro frontal inferior e região occipitotemporal, todas do hemisfério esquerdo, são tipicamente ativadas em leitores normais durante atividade de leitura. Porém, tais regiões apresentam um padrão disfuncional no disléxico, que em geral apresenta hipoatividade nas áreas posteriores (regiões temporoparietal e occipitotemporal) e hiperatividade frontal, que pode refletir o uso de estratégias compensatórias. Que, em geral Os circuitos frontal e temporoparietal têm grande importância funcional para o leitor iniciante, com função mais analítica. Sua função se dá pela subdivisão da palavra e conexão de cada grafema a seus respectivos sons. Sobretudo, a região temporoparietal tem sido relacionada ao processamento fonológico, subjacente ao uso da rota fonológica de leitura. Por sua vez o sistema occipitotemporal se torna mais ativo ao leitor experiente. Desta forma, as alterações neurológicas estão diretamente relacionadas a comprometimentos específicos no processamento da informação. Assim...a habilidade mais prejudicada na dislexia é a de segmentar, manipular e sintetizar sequências de sílabas e fonemas que compõe as palavras, a habilidade de consciência fonológica. Consciência fonológica é a habilidade de manipular os sons isolados da linguagem falada, ou seja, a capacidade de reconhecer fonema como unidade sonora. Disléxicos utilizam caminhos neurais diferentes durante atividades de leitura e escrita. De acordo com essa Associação Internacional de Dislexia, a dislexia é um transtorno específico de aprendizagem, de origem neurobiológica, caracterizado pela dificuldade na correta e/ou fluente leitura de palavras, na escrita e nas habilidades de decodificação. Essas dificuldades são tipicamente decorrentes de um déficit no processamento fonológico da linguagem que frequentemente não é esperado em relação a outras habilidades cognitivas e à provisão de adequada instrução escolar. As consequências secundárias podem incluir problemas na compreensão de leitura e subsequente redução de experiências com leitura, impedindo a ampliação do vocabulário e do conhecimento geral . A dislexia do desenvolvimento, como distúrbio heterogêneo, apresenta uma gama ampla de sinais e manifestações reunidos em dois grandes grupos: déficits na linguagem e déficits sensoriais. O déficit na linguagem refere-se principalmente à alteração nas habilidades de leitura e escrita,com dificuldade de aquisição e automatização dessas habilidades. A automatização ocorre com a decodificação e a compreensão fluentes. A decodificação refere-se à habilidade de converter rapidamente as letras (grafemas) em seus respectivos sons (fonemas), e a compreensão está relacionada com a apreensão do que está sendo lido ou ouvido. Já o déficit sensorial engloba alterações no processamento visual ou no processamento auditivo. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL CRIANÇAS COM DIFICULDADES DE LEITURA NÃO SÃO DISLÉXICAS TODAS AS CRIANÇAS DISLÉXICAS APRESENTAM SÉRIOS DISTÚRBIOS DE LEITURA TRANSTORNO SECUNDÁRIO DA LEITURA Atraso/ Dificuldade/ Déficit DISLEXIA Inabilidade específica/ origem biológica FO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL FORMAÇÃO ESPECÍFICA NEUROLOGISTA F A O U N D O I Ó L O G O PSICOPEDAGOGO P S I C Ó L O G O FATORES DE RISCO/INDICADORES ??? FATORES SOCIAIS PEDAGÓGICOS ORGÂNICOS LINGUÍSTICOS DISLEXIA SINTOMAS Dificuldade e demora aquisição leitura/ escrita Lentidão tarefas leitura/escrita Discrepância realizações acadêmicas/ potencial cognitivo Dificuldade organização sequencial/ temporal especial Baixa motivação auto-estima Trocas/ omissões /Inversões letras e palavras HABILIDADES COGNITIVAS E PERCEPTIVO LINGUÍSTICAS FOCALIZAR A ATENÇÃO CONCENTRAR SEGUIR INSTRUÇÕES MEMÓRIA AUDITIVA ORDENAÇÃO MEMÓRIA VISUAL DECODIFICAÇÃO ANÁLISE ESTRUTURAL E CONTEXTUAL DA LÍNGUA SÍNTESE LÓGICA E INTERPRETAÇÃO DESENVOLVIMENTO E EXPANSÃO DO VOCABULÁRIO FLUÊNCIA NA LEITURA EVIDÊNCIAS ESCRITA COM: TROCAS OMISSÕES GRAFEMAS/ JUNÇÕES SÍLABAS AGLUTINAÇÕES Ex.: mato – nato guerra - gera trote – trode muito - muinto pobre – popre era uma vez - eraumaves calçada – galçada aniversário – a mi versario encontrando - entrando DISLÉXICOS FAMOSOS ALBERT EINSTEIN TOM CRUISE WALT DISNEY ROBIN WILLIAMS THOMAS EDISON NAPOLEÃO BONAPARTE WHOOPY GOLDBERG WINSTON CHURCHIL No ano de 2001 prestei vestibular para o curço de relações públicas na univercidade de... passei e comecei a curçar trez cadeiras na outra metade passei para o curço de História e deste momento em diante passei a curçar 11 cadeiras para poder tirar o atrazo dos anos que na frequentei a escola porque fiquei quatro anos em casa que morava em... com meus pais. Fiz o meu curso em e anos e meio ou melhor 3 anos meio tive que esperar devido ao tempo mínimo ezigido pelo meque. No 3 semestre fiz 9 cadeiras onde uma delas ela era a monografia. Tive que trancar devido que não conseguía a escrever o que propunha ao professor no 4 semestre fiz denovo e mais uma vez tive que trancar agora estou tentando de novo o professor num dia dise para eu procurar a professora T, porque achava que eu era Dislequiso eu fui mas ela não pode me ajudar muito fez o que era possível ao alcance. Disléxico,24 anos LEITURA ROTAS USO SIMULTÂNEO LOGOGRÁFICA FONOLÓGICA LEXICAL Na rota fonológica, a emissão da palavra se dá pela decodificação e conversão de grafemas para fonemas. O grafema é a representação gráfica das letras. Já o fonema se refere ao som a ser emitido durante a realização da leitura. O processamento fonológico inicia-se pela conversão de partes de palavra e segmentos ortográficos em sons e segmentos fonológicos até que a pronúncia da palavra seja alcançada. À medida que a criança se torna mais competente na leitura, observa-se o aumento da velocidade do processamento e da extensão dos segmentos processados. Além disso, o uso da rota fonológica possibilita a leitura de palavras novas ou inventadas. Na rota lexical, a pronúncia acontece pelo reconhecimento da palavra como um todo. O processo inicia- se com o reconhecimento da representação ortográfica pré-armazenada da palavra no léxico mental ortográfico, que por sua vez ativa o léxico semântico. Finalmente, a representação fonológica é resgatada e ocorre a pronúncia da palavra. Uma vez que a rota lexical produz leitura mediada pelo léxico visual, ela funciona melhor com palavras conhecidas e de alta frequência, sem importar a sua regularidade. Assim, crianças que fazem leitura puramente logográfica tendem a considerar correta uma pseudopalavra, por exemplo, RASSUNO, para a figura de um objeto. Já a leitura fonológica, com falta de acesso ao léxico ortográfico, pode ser percebida em crianças que consideram corretas pseudopalavras homófonas, ou incorretas palavras irregulares. No primeiro caso, as crianças consideravam correta a grafia “PÁÇARU” para a figura de um pássaro e, no segundo caso, julgavam incorreta uma palavra irregular, ou seja, palavra em que a correta emissão do som depende da memorização prévia, pois a correta leitura não é regular nem pode ser feita com o uso de regras. Alguns exemplos são palavras contendo "x" intervocálico, como “TÁXI”. Crianças em séries iniciais tendem a ler de forma mais lenta, uma vez que o processamento se dá pela rota fonológica de conversão grafema-fonema. Contudo, à medida que elas vão se tornando decodificadoras fluentes e lendo em velocidades cada vez maiores, passam a ler mais e se familiarizam com a forma visual geral das palavras que encontram com mais frequência. Ou seja, a familiaridade com as palavras acaba por constituir progressivamente um léxico ortográfico que contém a representação visual das palavras e que permite à criança fazer o reconhecimento direto dessas palavras, sem a necessidade de decodificação grafofonêmica para a construção da pronúncia e acesso ao significado. Para que o problema da criança possa ser caracterizado como especificamente de leitura e não meramente de linguagem geral, é preciso demonstrar que de fato ela é capaz de compreender as mesmas sentenças quando estas são faladas. É importante destacar que a baixa velocidade na leitura pode ter impacto significativo no desempenho da criança em sala de aula, sendo necessário muito mais tempo para ler os textos didáticos. Em função disso, algumas crianças passam a utilizar estratégias de adivinhação da palavra escrita durante a leitura. Um exemplo observado em sala de aula é a criança ler a palavra “Anônimo” como sendo o nome próprio “Antônio”. Uma troca como essa compromete de maneira significativa a compreensão de um texto, por exemplo, de história da arte. As dificuldades dos disléxicos na decodificação grafofonêmica podem ser explicadas em decorrência do pobre desenvolvimento da rota lexical, impedindo a assimilação das regras ortográficas. Assim, o disléxico acaba cometendo erros de generalização quando faz a correspondência grafema-fonema, como, por exemplo, na palavra casa, lê /cassa/. Além disso, os erros de trocas (juveiro, ofelha) e omissões de letras (coba em cobra, abido em abridor) nas palavras demonstram os sinais típicos da dislexia. DECODIFICAÇÃO Identificar Signo gráfico FONEMA - GRAFEMA Aprendizagem METALINGUAGEM Conhecimento do alfabeto Leitura oral Transcrição de texto oral para língua escrita COMPREENSÃO Captação dos Sentidos ou conteúdo das mensagens escritas Aprendizagem Domínio progressivo de textos escritos DECODIFICAÇÃO + COMPREENSÃO LER é decodificar a língua escrita, acessar o código escrito e dizer o que compreende. falha - DECODIFICAÇÃO COMPREENSÃO LEITURA DISLEXIA PROCESSOS BÁSICOS SUPERIORES Reconhecimento Compreensão Palavras Compreensão Textos DECODIFICAÇÃO PERCEPTIVOS LÉXICO Percepção Visual Significado das palavras Movimento OCULARES dos olhos SACÁDICOS Características do Texto Maturidade dos processos cognitivos do leitor Visão / fadiga ocular Distância olho-texto Postura do corpo Tipo de letra e papel LEITURA Indivíduo Professores Escola Família Aprendizagem língua materna Reconhecimento Significado ROTAS FONOLÓGICA VISUAL Fonemas Sílabas Palavras Frases Orações Períodos Parágrafos Reconhecimento Global e Pronúncia imediata OBJETIVOS Identificar as letrasRecuperar sons Consciência fonológica Pronúncia dos sons Significado de palavra (vocabulário) - Análise global da palavra Ativar as notações léxicas Chegar ao significado MÉTODO DE ALFABETIZAÇÃO FÔNICO GLOBAL CONSTRUTIVISMO DISLEXIA DE DESENVOLVIMENTO ADQUIRIDA AVC DISLEXIA DIFICULDADE NA CORRESPONDÊNCIA ENTRE SÍMBOLOS GRÁFICOS E FONEMAS CONFUSÃO ESPACIAL CONFUSÕES – PROXIMIDADE ARTICULATÓRIA SEQUELAS DE DIST. FALA Proximidade espacial (a – o; e – o; e – c...) Letras simétricas (b – d; b – p; d – q; n – u; w – m) Inversão de sílabas (me – em; sol – los; som – mos) Sons acusticamente próximos (d – t; j – x; m – b – p; v – f) - Dislalia Classificações Dificuldade na leitura oral de palavras pouco familiares; a dificuldade encontra-se na conversão letra-som. Normalmente associada a uma disfunção do lóbulo temporal Dificuldade na leitura devida a um problema de ordem visual, ou seja, o processo visual é deficiente. O leitor lê através de um processo extremamente elaborado de análise e síntese fonética. Disfunções do lóbulo occipital Leitores que apresentam problemas dos dois subtipos, sendo associada às disfunções dos lóbulos pré-frontal, occipital e temporal. Dislexia Fonológica Dislexia Superficial Dislexia Mista Dificuldades com a linguagem falada; Dificuldade com a percepção espacial; Confusão entre direita e esquerda. Disgrafia (letra feia); Discalculia Dificuldades com a memória de curto prazo e organiz. Dificuldades em seguir indicações de caminhos . Dificuldades para compreender textos escritos; Dificuldades em aprender uma segunda língua. Difi Dificuldades com a linguagem e escrita ; Dificuldades em escrever; Dificuldades com a ortografia; Lentidão na aprendizagem da leitura Sinais de Alerta Haverá Sempre Haverá Muitas vezes Haverá ás vezes Movimenta os lábios ou murmura? Movimenta a cabeça ao longo da linha? Sua leitura silenciosa é mais rápida que a oral ou mantém o mesmo ritmo? Segue a linha com o dedo? Fixa excessivamente o olho na linha impressa? Demonstra excessiva tensão ao ler? Efetua excessivos retrocessos da vista? OBSERVAÇÕES DO LEITOR INTERVENÇÃO FAMÍLIA SALA DE AULA INDIVIDUALIZADA FONOLOGIA/ ORTOGRAFIA VALORIZAÇÃO PESSOAL/ AUTO ESTIMA ADAPTAÇÕES PEDAGÓGICAS SUGESTÕES PARA INTERVENÇÃO Treino de consciência fonológica (jogos de cartas; com movimentos corporais; dominó com figuras; poesias; adivinhações) Exercícios de discriminação visual (jogos; quebra-cabeças; figura-fundo) Atividades psicomotoras – orientação espacial; percepção visual; tátil; orientação temporal; ritmo. Exercícios analíticos - sintéticos ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS – SALA DE AULA Valorizar os trabalhos, pelo conteúdo e não pelos erros de escrita Oportunizar avaliações orais, além das avaliações escritas Valorizar os aspectos positivos Orientar as atividades específicas de leitura e escrita, através de passos sequenciais Respeitar os ritmos individuais, flexibilizando o tempo para realização das tarefas FERRAMENTAS PARA LEITURA Mais tempo para ler e reler. Programar intervalos frequentes. Livros com versão em áudio. Material multissensorial – visão, audição e tato. Ex.: filmes. Fazer anotações (papéis auto adesivos, esquemas, mapas) Marcador para bloquear linhas Analisar, discutir o assunto antes da leitura Antecipar perguntas Gravar resumo Utilizar ilustrações, linha do tempo Utilizar marcadores para cobrir a linha anterior e posterior NAS TAREFAS DE LEITURA E ESCRITA Oportunizar a leitura de textos, a partir da identificação de parágrafos Chamar atenção para palavras-chave Colocar um número reduzido de questões por página Orientar para a compreensão dos enunciados das questões Solicitar que o aluno reveja suas respostas Estimular o aluno a descobrir formas de registrar o que estudou (desenhos, gráficos, esquemas, etc.) Avaliar a natureza das falhas cometidas: compreensão? Aplicação do conceito? Desenvolvimento do raciocínio? Ortografia: trocas/ omissões/ inversões. FERRAMENTAS PARA ESCRITA Esclarecer as instruções escritas. Reescrever as instruções Organizar o trabalho Usar processador de texto Usar recurso de correção ortográfica Construir relatório oral com uso de gravador e depois, escrito Avaliação da escrita com maior pontuação para o conteúdo do que para ortografia Organizar caixa de palavras com ilustrações Lista de palavras por ordem de assunto ou prefixos similares Usar marcadores em cor diferente para a letra ou sílaba, com erros frequentes. ORIENTAÇÃO INDIVIDUALIZADA (considerar o nível e características diagnosticadas) Exercícios que relacionam fonologia e ortografia Compreensão de textos Produção de textos É importante que a Escola oportunize ao aluno identificar o uso da leitura e escrita como forma de relacionar-se e comunicar-se com o mundo à sua volta, de forma agradável e prazerosa. ATUAÇÃO - PROFESSOR IDENTIFICAR DIFICULDADES DESCREVER OS EFEITOS DA DEFICIÊNICA NA LEITURA: EM SEU RENDIMENTO NAS DIVERSAS DISCIPLINAS NA ADAPTAÇÃO EMOCIONAL NA ADAPTAÇÃO GERAL EVITAR SITUAÇÕES EM QUE A CRIANÇA LEIA EM VOZ ALTA NÃO AVALIAR NEGATIVAMENTE OS ERROS DISLÉXICOS EVITAR A EXIGÊNCIA DA APRENDIZAGEM DE OUTRA LÍNGUA AVALIAR, QUANDO POSSÍVEL, OS CONHECIMENTOS DE OUTRAS DISCIPLINAS, ORALMENTE AVALIAR, CONSIDERANDO O RÍTMO PRÓPRIO EVITAR COMPARAÇÕES RELATIVAS AO RENDIMENTO ALCANÇADO PELOS OUTROS. RELAÇÃO FAMILIAR SER INFORMADO SOBRE: A SÍNDROME AS DIFICULDADES ESPECÍFICAS E SUAS CONSEQUÊNCIAS NO RENDIMENTO ESCOLAR ADAPTAÇÃO GERAL SER ORIENTADO PARA: EVITAR ATITUDES NEGATIVAS, CRÍTICAS, RECHAÇO, ALTAS EXIGÊNCIAS, CASTIGOS EVITAR INTERVENÇÕES NA INSTRUÇÃO ESCOLAR COMPREENDER AS DIFICULDADES ACEITAÇÃO – NÃO É FALTA DE INTERESSE – NEGLIGÊNCIA EVITAR CULPA ACOMPANHAMENTO DO TRATAMENTO TERAPÊUTICO “Não compreendo o que tenho: sou inteligente e tenho facilidade para matemática; se o professor levasse em conta apenas minhas respostas orais, eu seria o primeiro da classe; mas, infelizmente sou o último, pois mesmo os meus colegas pouco dotados aprendem sem dificuldade o que eu, apesar de todos os meus esforços, não consigo ler: ler e escrever.” Percy, 14 anos. 1896 Hout e Estienne, 2011. “Ela puxou a mim. Eu tenho dislexia, ela também tem”; “Para eu entender os textos que tenho que ler na faculdade, tenho que ler várias vezes; Eu tenho essa dificuldade e ela também.” “Ele é preguiçoso. Quando se interessa, presta atenção.” “Quando eu era criança, eu era duro de prestar atenção, eu era que nem ele.” Berberian e Massi. Estratégias de leitura e escrita: Logográfica – usa as pistas visuais para leitura. Cores , fundo, formas das palavras são algumas pistas. A palavras é tratada como um desenho. Alfabética – palavra tratada como encadeamento de unidades menores (letras ou sons) que, unidas, resultam em uma unidade maior e com significado (a palavra). O leitor converte o som em escrita (e vice-versa), conseguindo ler e escrever palavras novas. Em um primeiro momento a leitura alfabética pode ser sem compreensão porque apesar da conversão letra-som, o significado não é alcançado, visto que os recursos de atenção e memória estão voltados à tarefa de decodificação. O leitor converte o som em escrita (e vice-versa), conseguindo ler e escrever palavras novas. Acriança é capaz de isolar fonemas individuais e de mapeá-los nas letas correspondentes. Em um primeiro momento a leitura alfabética pode ser sem compreensão porque apesar da conversão letra-som, o significado não é alcançado, visto que os recursos de atenção e memória estão voltados à tarefa de decodificação. Em um segundo momento, com a automatização da decodificação, o leitor consegue ter acesso ao significado. Ortográfica – os níveis lexical e morfêmico são reconhecidos diretamente em necessidade de conversão fonológica. A partir da representação ortográfica, a criança tem acesso direto ao sistema semântico. Ou seja o leitor já possui um léxico mental ortográfico, podendo relacionar a palavra escrita diretamente ao seu significado, fazendo uma leitura competente e tornando possível a leitura de palavras irregulares. O léxico mental designa aquela parte da memória semântica (onde se armazenam os conceitos) que processa, de forma interativa e paralela, a informação fornecida por cada palavra (ao nível gráfico, fonológico, morfológico, sintático e semântico). As representações inscritas no léxico mental levam a automatismos e à ativação de estratégias, de modo a permitir o rápido estabelecimento e a ativação de conexões entre as informações recebidas. Utilizando a estratégia ortográfica, ela poderá escrever palavras utilizando o acesso a um sistema léxico-grafêmico que armazena a estrutura morfológica de cada palavras. Tais estratégias não são excludentes no leitor competente. As crianças disléxicas guardam informação, mas não a arquivam no local mais acessível. Muitas vezes devido ao tempo que demoram a procurar o significado de uma palavra já não sabem o que estão à procura ou quando falam de um assunto todos já mudaram para outro tópico de conversação. Uma analogia mais convencional é procurar um livro numa biblioteca que não tem sistema de classificação e cujos livros estão dispostos de forma aleatória nas prateleiras. A procura demorará horas e será bem frustrante. Assim, é importante que as crianças disléxicas sejam ensinadas a nomear e organizar bem a informação, como uma biblioteca, para poupar tempo e esforço e evitar a frustração. Diagnóstico Para o diagnóstico de dislexia é necessária uma avaliação multidisciplinar e de exclusão. Envolvendo profissionais Psicólogos, Psicopedagogos, Fonoaudiólogos, Oftalmologista, Otorrinolaringologista, Neurologista e outros. Deverão ser descartados fatores , como déficit intelectual, disfunções ou deficiências auditivas e visuais, lesões cerebrais (congênitas e adquiridas), desordens afetivas anteriores ao processo de fracasso escolar (com constantes fracassos escolares o disléxico irá apresentar prejuízos emocionais, mas estes são consequências, não causa da dislexia). É importante ressaltar que o bom e o mau prognóstico da dislexia não dependem apenas de fatores biológicos e neurológicos, mas do diagnóstico precoce, e consequentemente do início precoce da intervenção. Isto irá permitir uma maior integração com a escola, facilitar a aceitação e inserção social da criança com dificuldade de leitura e escrita, prevenindo as consequências emocionais e comportamentais desastrosas do não reconhecimento em termos de auto competência e autoestima. A importância do diagnóstico ou suspeita clinica precoce reside na maior plasticidade do cérebro mais jovem para uma melhor resposta à estimulação adequada, além de se evitar os problemas decorrentes da ausência ou de um diagnóstico mais tardio. Psicogênese da língua escrita Pré-silábica, sem variações quantitativas ou qualitativas dentro da palavra e entre as palavras. O aluno diferencia desenhos (que não podem ser lidos) de “escritos” (que podem ser lidos), mesmo que sejam compostos por grafismos, símbolos ou letras. A leitura que realiza do escrito é sempre global, com o dedo deslizando por todo o registro escrito. ALNI (Natália) ALNI (Brigadeiro) ALNI (Refrigerante) Pré-silábica com exigência mínima de letras ou símbolos, com variação de caracteres dentro da palavra, mas não entre as palavras. A leitura do escrito é sempre global, com o dedo deslizando por todo o registro escrito. BABO (Canetinha) BABEBI (caderno) BABE (Livro) Pré-silábica com exigência mínima de letras ou símbolos, com variação de caracteres dentro da palavra, mas não entre as palavras. A leitura do escrito é sempre global, com o dedo deslizando por todo o registro escrito. ROIA (Romina) RIOA (Sapo) OAIR (Pato) Pré-silábica com exigência mínima de letras ou símbolos, com variação de caracteres dentro da palavra e entre as palavras (variação qualitativa intrafigural e interfigural). Neste nível, o aluno considera que coisas diferentes devem ser escritas de forma diferente. A leitura do escrito continua global, com o dedo deslizando por todo o registro escrito. O O (Sapo) O O (Urso) C C O (Patinho) Silábica sem valor sonoro convencional. Cada letra ou símbolo corresponde a uma sílaba falada, mas o que se escreve ainda não tem correspondência com o som convencional daquela sílaba. A leitura é silabada. EABR (Brigadeiro) ABI (Pipoca) RA (Suco) MN (Bis) Silábica sem valor sonoro convencional. Cada letra ou símbolo corresponde a uma sílaba falada, mas o que se escreve ainda não tem correspondência com o som convencional daquela sílaba. A leitura é silabada. I A O (Ricardo) IM O D I U G O U A A O U In ga ne i u bo bo na cas ca do/o vo Silábica com valor sonoro convencional. Cada letra corresponde a uma sílaba falada e o que se escreve tem correspondência com o som convencional daquela sílaba, em geral representada pela vogal, mas não exclusivamente. A leitura é silabada. DR EDMO Dr Edmo NA VO TABA AMA POQ UGRÍO TEQRER Não vou trabalhar amanhã porque o Grêmio tem que reunir. Silábico-alfabética. Este nível marca a transição do aluno da hipótese silábica para a hipótese alfabética. Ora ela escreve atribuindo a cada sílaba uma letra, ora representando as unidades sonoras menores, os fonemas. A LENDA DO DIAMENTE EXISTIA UM CASAL QUE MORAVA LA NA BEIRA DO RIO O HOMEM SECHAMAVA ITABIJA E A MULHER SE CHAMAVA POTIRA O MARIDO IA SAIR PARA A GUERRA PASOUSI MUITOS DIAS E POTIRA FICOU COM SAUDADIS OS ÍNDIOS AVISARÃO A POTIRA QUE ITABIJA TINHA MORRIDO E ELA CHOROU MUITO O DEUS QUE ERA O SOL FEZ AS LAGRIMAS DE POTIRA VIRARE DIMANTES. Alfabética. Neste estágio, o aluno já compreendeu o sistema de escrita, entendendo que cada um dos caracteres da palavra corresponde a um valor sonoro menor do que a sílaba. Agora, falta-lhe dominar as convenções ortográficas.