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ATIVIDADE 01 – LÍNGUA PORTUGUESA – 9º ANO - SEMANA 18 - 31/05 a 04/06/2021 DATA DA REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE: _____/______/_______ ALUNO: ___________________________________________________________________________ ESCOLA: __________________________________________________________________________ Querido(a) aluno(a), o eufemismo é a figura de linguagem empregada para tornar um enunciado mais brando ou agradável para o interlocutor, menos agressivo. É utilizado, em geral, em práticas comunicativas que exigem moderação ou para falar de conteúdos fortes e polêmicos por meio de termos mais suaves e menos impactantes. Texto I Disponível em https://m.facebook.com/tirasarmandinho/photos/a.488361671209144/3599783253400288/?type=3&source=57 . Acesso em 12 de abril de 2021. 1. O eufemismo, presente na tirinha de Armandinho, se revela através do termo: a) alinhado. b) colônia. c) império. d) bonito. Gabarito: (A) Inicie esta atividade lendo a tirinha de Armandinho e busque compreender as características desse gênero textual. Em seguida, leia o comando da questão e volte ao texto para identificar o que está sendo solicitado. Agora, leia as alternativas e observe a pertinência de cada afirmação dita. O comando solicita que você escolha, entre as opções de resposta, aquele termo que atenua, suaviza o sentido produzido. Se você compreendeu o conceito de eufemismo, optou pela letra (A), porque o sentido decorrente da palavra “alinhado” vem substituir o termo “colônia”, empregado no primeiro quadrante, pois, apesar de o país continuar dependente de outros países, o termo alinhado atenua o sentido, se comparado à colônia. E Você, querido(a) aluno(a), o que acha da crítica feita pela tirinha de Armandinho? Quais os efeitos da dependência de outros países para as questões sociais e econômicas do nosso país? Que relação você estabeleceria da tirinha em questão com o momento da dificuldade de aquisição de vacinas da Covid19 que estamos enfrentamos? Observe a sequência a seguir e responda. 1- Ele morreu. 2- Ele faleceu. 3- Ele não está mais entre nós. 2. Sobre o eufemismo, assinale a alternativa CORRETA. a) O impacto negativo da palavra faleceu é o mesmo da palavra morreu. b) O verbo morrer é o que menos causa impacto negativo na interação verbal. c) Há uma gradação decrescente quanto ao impacto negativo na interação verbal. d) A expressão “não está mais entre nós” não causa impacto negativo na interação verbal. Leia a crônica de Jô Soares, “Da difícil arte de redigir um telegrama”, em seguida, responda. Texto I Da difícil arte de redigir um telegrama. “O GLOBO” 26.10.1994 (Jô Soares) Há uma história famosa a respeito de uns parentes que tinham que comunicar, por telegrama, a uma senhora que estava viajando, o falecimento de uma irmã. Reuniram-se em volta de uma mesa e “toca” a escrever. Primeiro, foi o primo quem redigiu a nota. Depois de alguns minutos, mostrou o resultado de seu trabalho: “INTERROMPA VIAGEM E VOLTE CORRENDO. TUA IRMà MORREU”. Todos leram e um dos tios fez o seguinte comentário: - Eu acho que não está bom. Afinal de contas, vocês sabem que ela é cardíaca, está viajando e um telegrama assim pode ser um choque. Todos concordaram, inclusive um outro primo afastado que era meio sovina e achou o telegrama muito longo: - Depois, com o preço que se paga por palavra, isso não é mais um telegrama, é um telegrana. Ninguém riu do infante trocadilho, mesmo porque velório não é lugar para gargalhadas. Foi a vez de o cunhado tentar redigir uma forma mais amena, que não assustasse a senhora em passeio. Sentou-se e escreveu: “INTERROMPA VIAGEM E VOLTE CORRENDO. SUA IRMà PASSANDO MUITO MAL”. Novamente o telegrama não foi aprovado. Um irmão psicólogo observou: - Não sejamos infantis. Se ela está viajando pela Europa e recebe esta notícia, não vai acreditar na história “passando muito mal”. Sobretudo com “volte correndo” no meio. - Também concordo – falou o primo afastado sempre pensando no outro. Então, o genro aproximou-se: - Acho que tenho a forma ideal. Pegou o bloco e rabiscou rapidamente: “INTERROMPA VIAGEM E VOLTE DEVAGAR. TUA IRMà PASSANDO MAIS OU MENOS”. Todos examinaram atentamente o telegrama. A filha reclamou: - Vocês acham que mamãe é boba? Se a gente escrever que a titia está passando mais ou menos e que ela pode voltar devagar, ela já vai adivinhar que todas estas precauções são pelo fato de ela ser cardíaca e que, na realidade, a irmã dela morreu! - Concordo plenamente _ disse o facultativo da família que era também sobrinho da senhora em questão. Resolveu, como médico, escrever o telegrama: “PACIENTE FORA DE PERIGO. VOLTE ASSIM QUE PUDER. PACIENTE TUA IRMÔ. De todas a fórmulas até então apresentadas, esta foi a que causou mais revolta. - Que “troço” mais infantil – gritou o netinho que passava pela sala no momento em que a mensagem era lida. Puseram o menino para fora da sala, mas, no íntimo, a família concordava com ele. - Não, isso não. Se a gente manda dizer que ela está fora de perigo, para que vamos pedir que ela interrompa a viagem? – argumentou o tio. - Também acho – responderam todos num coro de aprovação. O filho mais velho resolveu tentar. Pensou bem, ponderou, sentou-se, molhou a ponta dos lábios com a língua e caprichou. “SE POSSÍVEL, VOLTE. TUA IRMà SAUDOSA. PASSANDO QUASE MAL. POR FAVOR, ACREDITE. CUIDADO CORAÇÃO. VENHA LOGO. SAUDADES. SURPRESA”. - Realmente, esse bate todos os recordes! _ disse uma nora professora. Em primeiro lugar, não é “se possível”, ela tem que voltar mesmo. Em segundo lugar, “saudosa”, tem duplo sentido. Em terceiro lugar, ninguém passa “quase mal”. Ou passa bem ou passa mal. “Quase mal” e “quase bem” é a mesma coisa. “Por favor, acredite” é um insulto à família toda. Ninguém aqui é mentiroso. Depois “cuidado coração” não fica claro. Como telegrama não tem vírgula, ela pode pensar que a gente está dizendo “cuidado, coração”, já que a palavra coração também é usada como uma forma carinhosa de chamar os outros. Por exemplo: “Oi, coração, tudo bem?”. E, finalmente, a palavra “surpresa” no telegrama chega a ser requinte de crueldade. Qual é a surpresa que ela pode esperar? - Ela pode pensar que a titia está esperando neném - falou um sobrinho. - Aos noventa anos de idade? Abandonaram a ideia rapidamente. Seguiu-se longo período de silêncio em que a família andava de lá para cá, pensando numa solução. Pela primeira vez estavam dando-se conta de que não era fácil assim mandar um telegrama. Serviu-se o costumeiro cafezinho, enquanto cada qual do seu lado procurava uma maneira de escrever para a senhora em viagem, sem que isto tivesse consequência desastrosas. De repente, o irmão psicólogo explodiu num grito “eurekiano”: - Achei! Escreveu febrilmente no papel. O telegrama passou de mão em mão e foi finalmente aprovado por todo mundo. Seu texto dizia: “SIGA VIAGEM. DIVIRTA-SE. TUA IRMà ESTÁ ÓTIMA”. Disponível em http://paxprofundis.org/livros/josoares/jo.htm . Acesso em 12 de abril de 2021. 3. Assinale a alternativa em que NÃO há o emprego de eufemismo. a) “SE POSSÍVEL, VOLTE. TUA IRMà SAUDOSA. PASSANDO QUASE MAL.” b) “Pegou o bloco e rabiscou rapidamente: “INTERROMPA VIAGEM E VOLTE DEVAGAR. TUA IRMà PASSANDO MAIS OU MENOS.” c) “O filho mais velho resolveu tentar. Pensou bem, ponderou, sentou-se, molhou a ponta dos lábios com a língua e caprichou.” d) “Todos concordaram, inclusive um outro primo afastado que era meio sovina e achou o telegrama muito longo.” Você já ouviu falar em telegrama? Há um tempo, o telegrama era um gênero bastante utilizado na nossa sociedade para envio de mensagens curtas e urgentes. Na atualidade, valemo-nos de quais gêneros em substituição do telegrama? Você achou engraçado a crônica de Jô Soares? Em que situações você costuma recorrer a eufemismos para se comunicar? #EstudoEmCasa - ATIVIDADE DE PRODUÇÃO TEXTUALSemanário – Sua escrita de toda semana! Semanário da pandemia “(Re)encontros e (re)conhecimentos” Propomos a você, querido(a) aluno(a), para TODA SEMANA escolher uma forma de registrar algum ACONTECIMENTO BOM que tenha vivido ao longo da semana. Tente ser autêntico com seus SENTIMENTOS e faça escolhas linguísticas que valorizem a SUA EXPERIÊNCIA. Crie o exercício de se AUTOAVALIAR, a partir da identificação de suas EMOÇÕES, suas EXPECTATIVAS, seus VALORES. Veja como você reage às situações do seu cotidiano e tente promover uma INTERPRETAÇÃO POSITIVA de suas experiências. Sabemos que o momento no qual nos encontramos não está muito propício para uma visão positiva sobre a vida, mas tal momento também pode servir como um APRENDIZADO PARA (RE)ENCONTROS E (RE)CONHECIMENTOS. Tal registro pode ser feito através de LINGUAGEM VERBAL ou NÃO VERBAL (vídeos, áudios, letras de música, cenas de filmes, fotos, grafites, desenhos, etc.). Queremos que você se empenhe em ser autêntico(a) com seus sentimentos, sem se preocupar em demasia com aspectos formais do texto. Quem sabe com essa ação você possa se sentir melhor e nos possibilita também conhecê-lo(a) um pouco mais! Topa o desafio?! A equipe SEDUC/SME estará ansiosa pelo seu envolvimento nessa proposta. Um abraço!!
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