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Prévia do material em texto

Biossegurança e 
Primeiros Socorros
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.a Esp. Erika Gambeti Viana de Santana
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Luciene Oliveira da Costa Santos
Revisão Técnico:
Prof.ª Esp. Fernanda Teixeira Borges
Primeiros Socorros – Ferimentos: Superficiais e Profundos
• Primeiros Socorros.
• Conhecer os tipos de ferimentos e os primeiros socorros necessários para atuação 
como socorrista.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Primeiros Socorros – Ferimentos: 
Superfi ciais e Profundos
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de 
aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Primeiros Socorros – Ferimentos: Superficiais e Profundos
Primeiros Socorros
Podemos definir como Primeiros Socorros o primeiro atendimento prestado a 
uma pessoa que tenha sofrido um acidente ou uma lesão grave, sendo atendida por 
um socorrista devidamente treinado, no local do acidente.
A finalidade é manter o conforto para a vítima até que ela seja levada ao hospital.
O cuidado básico nessa assistência é não causar mais lesões, isto é, não ocasio-
nar um segundo trauma, ou agravar alguma lesão já existente.
Nesta unidade, ensinaremos como a técnica de bandagem é realizada, qual sua 
finalidade, e quais os materiais necessários e em quais situações podemos usá-la. 
Podemos adiantar que ela exerce uma pressão sobre a área lesionada; deixa o local 
sem movimentação brusca; realiza curativos necessários, com boa aparência, pro-
tege de outros agentes infecciosos e exerce a pressão necessária. Também explica-
remos como agir em casos de lesões ósseas, musculares e lesão nas articulações.
Nesta unidade, falaremos sobre os primeiros atendimentos a vítimas nos casos 
acima mencionados, sabemos que a função do socorrista é muito importante. Por 
isso mostraremos qual o principal objetivo dos socorristas para cada situação, e 
quais procedimentos devem ser adotados.
Figura 1 – Ferimentos, Curativos e Bandagens
Fonte: iStock/Getty Images
Ferimento é qualquer lesão causada de fora para dentro, independente de como 
foi causada, porém, podendo ser causada por agentes físicos ou químicos. Para que 
esse ferimento seja ocasionado, dependerá de um agente físico, o qual pode ser 
mecânico, elétrico, irradiante e térmico, ou químico, que pode ser ácido ou álcali.
Ferimentos: no caso de uma vítima com ferimentos, é comum ocorrer perda de 
sangue por estes, sendo leves ou profundos. Nós devemos dar considerável atenção 
para a quantidade de sangue que sai pela ferida, pois isso leva a uma hemorragia, 
podendo causar morte.
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Classi�cação
Fechado Aberto
Hematoma Equimose FeridasIncisivas/Cortantes
Feridas
Perfurantes
Feridas
Trans�xantes
Escoriações
ou Abrasões
Avulsão ou
Amputação
Perfurocontusa Perfurocortantes
Feridas
Contusas
Feridas
Penetrantes
Laceração
Figura 2
A variação de um ferimento se determina conforme sua profundidade, seu nível 
de complexidade, impurezas e onde foi localizado o agente, sendo ele classificado 
da seguinte forma:
Classi�cação
Profundidade Complexidade
Super�cial
Profundo
Simples
Complicado
Limpo
Contaminado
Contaminação
Figura 3
Quanto à natureza do agressor, como já mencionado, esta pode vir dos agentes 
físicos ou dos agentes químicos.
Importante!
São considerados agentes químicos as substâncias que conseguem entrar no organis-
mo por vias respiratórias, como poeira, fumaça, gases, vapores, ou que, pela exposição 
natural, contatos diários, podem ser absorvidos pela pele, ou por ingestão. São conside-
rados causadores físicos as diferentes formas de energia que possam estar mais propí-
cias, principalmente aos trabalhadores. Podemos citar: barulhos, tremores, compressões 
fora da normalidade, temperaturas irregulares, radiações compostas por íons, radiações 
sem íons em sua composição, bem como, aparelhos de ultrassonografia.
Importante!
9
UNIDADE Primeiros Socorros – Ferimentos: Superficiais e Profundos
Figura 4 – Ferimentos Fechados
Fonte: iStock/Getty Images
Esse tipo de ferimento é aquele que a solução de continuidade do tecido epitelial 
se mantém íntegro. Sua classificação pode ser:
• Contusão: pode ser causado por um objeto lesante, que danifica o tecido subcu-
tâneo, a hipoderme, sem que haja rompimento da pele;
• Hematoma: isso acontece quando algum vaso sanguíneo é rompido, formando 
um hematoma em consequência de uma contusão. E se estiver localizado na 
região da cabeça, o popularmente conhecido como “galo”, na linguagem mé-
dica é chamado hematoma subgaleal;
• Equimose: é a propagação sanguínea na epiderme sem formação de coágu-
los, acontece quando há o rompimento de vasos sanguíneos superficiais.
Figura 5 – Ferimentos Abertos
Fonte: iStock/Getty Images
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São ferimentos que ficam aparentes, lesionando o tecido epitelial, deixando à 
mostra todas as camadas da pele normalmente com sangramento. Também são 
denominadas feridas.
Os ferimentos podem ser traumas de baixa ou alta complexidade, decorrentes 
da superfície de contato com o agente causador. As feridas podem ser divididas em:
• Incisivas/cortantes: causadas por atrito com objetos cortantes, afiados, capazes 
de penetrar a pele (lâminas, lanças, facas etc.), produzindo ferimento regular e 
com quase nenhum trauma aparente;
• Contusas: são causadas por alguns objetos cortantes que, apesar de serem menos 
afiados, são capazes de causar ferimentos graves com traumas aparentes, além de 
dilacerar a pele ao redor do ferimento. São denominadas feridas cortocontusas;
• Perfurantes: podem ser causados por objetos afiados que normalmente pos-
suem ponta com facilidade de perfurar a pele, assim como as camadas interio-
res, chegando até mesmo aos órgãos e resultando em uma lesão grave, com 
risco de morte, e apresenta formato regular ou irregular. Lesões consideradas 
perfurantes podem ser divididas em:
 » Perfurocontusas: a lesão é chamada romba, ocasionada por ferimento de 
arma de fogo;
 » Perfurocortantes: ocorre quando o agente causador é arma branca, como 
faca, bisturi ou até mesmo estilete.
• Penetrante: quando o agente causador atinge algum órgão vital do organismo 
– normalmente isso acontece com abdome ou tórax. Pode ter diversos forma-
tos, até mesmo linear.
• Transfixante: pode apresentar diversas feridas, independentementede ser su-
perficial ou penetrante. O objeto causador é capaz de ser introduzido e pode 
perfurar todas as camadas da pele, assim como algum órgão em sua extensão. 
O ferimento por arma de fogo é o exemplo mais comum do que é uma ferida 
perfurocontusa, podendo também ser classificada por penetrante ou transfi-
xante. Podemos afirmar que as lesões transfixantes possuem:
 » Orifício de Entrada: a ferida apresenta um formato redondo ou oval, normal-
mente pequena, com bordas dilaceradas e ao redor; notam-se vestígios do projé-
til como pólvora e outros fragmentos;
 » Orifício de Saída: a lesão já apresenta um formato maior, com bordas irre-
gulares, indicando que o projétil saiu por aquele local.
• Escoriações ou abrasões: quando há um forte impacto do nosso tecido epitelial, 
com alguma superfície dura, sendo que somente esta é atingida. Podendo também 
apresentar alguns vestígios do corpo estranho, como graxa, areia e outros;
• Avulsão ou amputação: acontece quando alguma parte do corpo é arrancada 
como membros superiores e inferiores, ou até mesmo partes do corpo como: 
dedos, orelha, nariz etc;
11
UNIDADE Primeiros Socorros – Ferimentos: Superficiais e Profundos
• Lacerações: acontece quando uma força é feita excessivamente sobre a pele cau-
sando lesões irregulares e desconexas. Podemos apresentar variados exemplos.
Figura 6 – Ferimento: quais os cuidados essenciais
Fonte: iStock/Getty Images
Podemos afirmar que a assistência nos primeiros socorros visa a três objeti-
vos principais:
• Cuidar do ferimento para que outras lesões não sejam causadas;
• Conter sangramentos;
• Evitar contaminação da lesão.
Na fase que antecede à fase hospitalar, evite cuidados excessivos com ferimentos 
menos importantes, pois não precisa de um cuidado muito rigoroso no primeiro 
contato, entendendo que, o mesmo não atingiu as camadas mais profundas da pele. 
Esses cuidados prorrogam o deslocamento ao hospital, que pode prejudicar ainda 
mais o estado da vítima, levando em considerações as lesões internas que podem 
ter ocorrido.
No primeiro socorro à vítima com ferimentos, devemos seguir alguns pas-
sos importantes:
1. Em qualquer vítima, para um tratamento efetivo, é necessário o controle 
do ABC. Ferimentos que apresentam hemorragia necessitam de cuidados 
já no passo C;
Sendo:
A. Observar se há obstrução das vias aéreas;
B. Verificar os movimentos respiratórios;
C. Observar a coloração da pele, para que possamos acompanhar a circulação sanguínea. 
Podemos citar estes três passos como um atendimento efetivo em casos de parada.
2. Verificar a lesão, buscando informações de como esse ferimento foi causado, 
de como essa lesão foi causada, e após quanto tempo o socorro foi acionado;
12
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3. Verifi cação cautelosa da área afetada. Um dos agravantes, é que o objeto 
possa estar contaminado, piorando ainda mais o estado da vítima. Para um 
socorro mais efetivo, pode ser necessário que o ferimento fi que exposto, 
podendo haver necessidade de cortar as roupas; evite movimentar a vítima 
se não for necessário;
4. Higienize a superfície do ferimento para a remoção de impurezas; utilizar 
um pano estéril para retirada manual delicada e, em certo momento, pode 
ser necessário administrar soro fi siológico, sempre com calma, e demons-
trando habilidade. Não há necessidade de limpeza total da lesão, isso é 
realizado no hospital. Se houver algum objeto fi xado na vítima, não retire, 
mas faça com que ele não se movimente, deixe-o imóvel;
5. Proteja a lesão com pano que esteja esterilizado, deve ser realizada uma pro-
teção triangular se, no momento, estiver em falta, utilize outro tipo de fi ta.
Cuidados nos Diversos Tipos de Ferimentos
• Em escoriações, é muito comum encontrar diversos tipos de resíduos (areia, 
graxa, terra etc.), realize a limpeza simples, como já foi explicado; na sequên-
cia, proteja a área lesionada com pano estéril, colocando no local com faixa 
comum, ou utilizando a técnica de bandagem;
• Em lesões incisivas, realize a fixação das bordas com um curativo compressivo, 
utilizando faixa comum, ou a técnica de bandagem;
• Em lesões lacerantes, deve-se controlar a hemorragia, utilizando as técnicas de pres-
são direta, ou elevação do membro, proteger com pano esterilizado e pressionar 
com firmeza. Caso a ferida seja grave, você deve deixar a parte lesionada imóvel;
• Nas desagregações repentinas e amputações, os cuidados de emergência ne-
cessitam, além do controle da hemorragia, todo o comprometimento das pes-
soas que estão prestando o socorro em manter íntegro, na medida do possível, 
o membro amputado. Se houver um desprendimento de pele, realize a antis-
sepsia do local, depois realize o curativo de forma limpa.
Caso haja amputação, leve o membro ao hospital transportando da forma cor-
reta: em um saco plástico, se possível, mantenha resfriado, mais nunca congele.
Amputação: ato ou efeito de desagregar; dissolução, separação.
• Nas lesões perfurantes, causadas por arma de fogo, proteja os ferimentos oca-
sionados pelo projétil. Em casos de ferimentos por facas, se esta ainda estiver 
no corpo da vítima, jamais a retire, pois isso pode causar consequências graves, 
portanto, de uma forma ágil, imobilize a área e direcione a vítima ao hospital;
• No caso de ferimentos em cabeça, tórax e abdome esse tipo de lesão necessita 
de um cuidado maior, pois órgãos vitais podem ter sido atingidos. Se o ferimento 
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UNIDADE Primeiros Socorros – Ferimentos: Superficiais e Profundos
for na cabeça, nunca pressione o local, pois pode haver algum trauma e lesionar 
ainda mais o cérebro. Ferimentos penetrantes em tórax podem comprometer o 
ato de respirar, evitando assim que o ar faça sua rota até os pulmões; realize um 
curativo oclusivo, lembrando que um dos lados não pode ser fixado;
• Nos casos de eviscerações, que é quando ocorre a saída das vísceras, jamais tente 
colocá-las para dentro do organismo, isso pode causar graves consequências. 
Coloque sobre o local plástico estéril apropriado, ou em compressa umedecida 
por soro.
Importante!
Depois de verificar como essa lesão foi causada, a característica do ferimento e em qual 
região do corpo essa lesão foi causada, se há hemorragia aparente, realize o primeiro 
socorro e já sinalize a necessidade de um especialista.
Importante!
Resumo do Atendimento à Vítima de Ferimento:
1. Controle do ABC e verificação de como a lesão está;
2. Deixe o ferimento à mostra, para facilitar a avaliação;
3. Contenha qualquer tipo de sangramento excessivo;
4. Realize a higiene da lesão;
5. Proteja a lesão com panos esterilizados;
6. Utilize a técnica de bandagem ou fita micropore;
7. Verifique se consegue sentir o pulso, pois a fixação pode comprimir 
excessivamente;
8. Se for possível, imobilize a vítima. Evite movimentos desnecessários para 
não incentivar mais sangramentos;
9. Tranquilize a vítima, procure deixá-la ciente de todos os procedimentos 
que estão sendo realizados;
10. Atenção! Para que a vítima não entre em choque, são necessários alguns cui-
dados como: colocar a vítima no oxigênio, aquecimento e elevação de membros 
superiores e inferiores nos ferimentos graves com presença de hemorragia;
11. Não atrase o transporte da vítima sem necessidade.
Técnicas de Curativos e Bandagens
Podemos definir os curativos como a realização de higiene e proteção do local, 
com a finalidade de promover o controle do sangramento, cicatrização, bem como 
cuidar para que não ocorram contaminações por outros agentes. Normalmente, 
nos serviços que antecedem ao serviço hospitalar, os curativos são realizados com 
aplicação de um tecido de algodão no local da lesão ou compressas usadas em ci-
rurgias, sendo coladas com fita flexível. As bandagens são montadas com algodão 
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rústico, corta-se em formato de triângulo e medindo: 1,20m x 1,20m x 1,70m, 
sendo utilizadas para:
• Realizar os curativos, para proteção das compressas;
• Apoiar e imobilizar os membros lesionados;
• Conter os sangramentos excessivos.
Dos modelosde bandagens os mais comuns são: modelo triangular e modelo em 
rolo. Independente do tipo, o importante é a proteção do curativo. Para conforto 
da vítima, isso vai depender da utilização de uma técnica correta. Uma bandagem 
com uma técnica mal feita pode trazer danos à vítima. 
Para montarmos uma bandagem, ela deve 
estar no formato de um triângulo e seguir alguns 
passos que veremos a seguir: Traga a ponta des-
se triângulo até o centro da bandagem e realize 
diversas dobras, até que ela atinja o tamanho 
ideal para esta lesão. 
Lembrando que, quando realizamos o proce-
dimento de bandagem – vale lembrar não é uma 
técnica estéril – não devemos utilizá-la em um 
curativo aberto. Utilize compressas cirúrgicas e ga-
zes para que o curativo seja bem feito. Para que a 
vítima se sinta confortável, na medida do possível, 
realize um procedimento adequado. Nunca realize 
a fixação do curativo sobre a lesão da vítima, pois 
isso pode trazer mais danos e lesões maiores.
Bandagem para Cobrir Ferimentos em Crânio:
• Frontal;
• Bandagem Temporal ou Facial;
• Bandagem Aberta (tipo cazuza);
• Bandagem Aberta para Fixação em Vítima Deitada (baiana);
• Bandagem em Ombro;
• Bandagem em Pescoço;
• Bandagem em Tórax sem Guia;
• Bandagem em Tórax com Guia;
• Bandagem em Coxa e/ou Glúteo;
• Bandagem em Articulações;
• Bandagem em Mão;
• Bandagem Aberta em Mão;
• Bandagens em Ossos Longos.
Figura 7 – Tipos de bandagem
Fonte: iStock/Getty Images
15
UNIDADE Primeiros Socorros – Ferimentos: Superficiais e Profundos
Bandagem em Rolo ou Atadura de Crepe
Essa técnica tem a mesma função da triangular e, do mesmo jeito, exige que 
tenha certa atenção para que seja feita de uma forma correta e evitar outros da-
nos à vítima.
• Atadura Circular: usada para pescoço, tórax e abdômen. As voltas das ataduras 
são aplicadas de maneira que fiquem uma sobre a outra, não muito apertadas, 
para que não impeçam ou dificultem os movimentos respiratórios;
• Atadura Espiral: ideal para membros redondos, como dedos, antebraço, braço, 
perna e coxa. Mais indicada que a circular nessas situações, pois mostra maior 
fixação nos membros citados;
• Atadura Cruzada ou “em Oito”: Ideal para fixação em articulações, como joe-
lho, cotovelos entre outras.
Considerações na utilização de ataduras:
• Para que a vítima se sinta confortável, realize um procedimento bem feito, e 
deixe a atadura com boa aparência. Quando for executar a técnica, verifique 
com antecedência a extensão da lesão, se há sinais de uma má circulação;
• Na utilização desta técnica, não aperte muito a atadura, pois isso pode causar 
edemas e fortes dores no membro atingido. Devemos nos preocupar com a 
flexibilidade do membro e deixar a atadura firme;
• Na técnica de bandagem, coloque o membro da vítima na posição natural e 
evite contato extremo sobre a pele, pois isso pode incomodar e agravar ainda 
mais a lesão.
Figura 8
Fonte: iStock/Getty Images
16
17
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Técnicas de Curativo e Bandagem
https://goo.gl/Dsp4Tp
 Livros
Primeiros Socorros
FALCÃO, L. F. R. Primeiros Socorros. São Paulo. Martinari, 2010.
 Vídeos
Primeiros Socorros
https://youtu.be/fsnv8b1vNUY
 Leitura
Ferimentos Curativos e Bandagens – Primeiros Socorros
https://goo.gl/vjNVVH
17
UNIDADE Primeiros Socorros – Ferimentos: Superficiais e Profundos
Referências
COMITÊ DO PHTLS DA NATIONAL ASSOCIATION. Atendimento pré-hos-
pitalar ao traumatizado: básico e avançado: PHTLS. Rio de Janeiro: Elsevier, 
2007. 451 p. 
ERAZO. Manual de Urgências em Pronto-Socorro. 8.ed. Rio de Janeiro: Gua-
nabara-Koogan, 2006.
FIGUEIREDO, Nébia Maria Almeida de; VIEIRA, Álvaro Alberto de Bittencourt.
Emergência: atendimento e cuidados de enfermagem. 3. ed. rev. e atual. São 
Caetano do Sul- SP: Yendis Editora, 2009.
HAFEN, Karen et. al. Primeiros Socorros para estudantes. 7.ed. São Paulo: 
Manole, 2002.
JUNIOR, Jorge; TORGGER FILHO, Francisco. Paciente crítico: diagnóstico e 
tratamento. Barueri: Manole, 2006.
LIVRO DE PRIMEIROS SOCORROS. 2. ed. Stephen N. Rosemberg, M.D. Johnson 
e Johnson Editora Record.
MARINO, Paul L. Compêndio de UTI. 3.ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.
MARTINS, Herlon Saraiva. Pronto Socorro: Diagnóstico e Tratamento em Emer-
gências. São Paulo: Manole, 2008.
MICHEL, Osvaldo. Guia de Primeiros Socorros. São Paulo: Ltr, 2002.
SCHETTINO, Guilherme; MATTAR JUNIOR, Jorge; CARDOSO, Luiz Francisco; 
MATTAR STANWAY, A. Manual de Primeiros Socorros. Rio de Janeiro: 
Record, 1980.
18

Outros materiais