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RESPOSTAS AV1 D TRIBUTÁRIO

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RESPOSTAS AV1 D. TRIBUTÁRIO
1- Durante a tramitação do Projeto de Lei Orçamentária Anual para o exercício de 2021, o Deputado Estadual José Predicando apresentou uma Emenda estabelecendo regras para a seleção de servidores temporários em decorrência da necessidade de assistência a pacientes acometidos pela COVID-19. 
De acordo com o Deputado, o agravamento da pandemia, o volume de recursos públicos a serem aplicados e a perspectiva de seu prolongamento no médio prazo justificam o estabelecimento de regras específicas para dar transparência e assegurar isonomia aos processos de seleção.
Na qualidade de assistente jurídico da Comissão de Finanças e Controle da Casa Legislativa, você recebe a incumbência de emitir um parecer sobre a Emenda apresentada pelo Deputado José Predicando.
PERGUNTA: 
Há amparo jurídico para a admissibilidade e aprovação da Emenda, com base nos princípios do Direito Financeiro aplicáveis ao Orçamento Público? Cite e explique o princípio que autoriza ou veda o conteúdo da Emenda apresentada pelo parlamentar ao Projeto de Lei Orçamentária Anual
a) Não há amparo jurídico para a aprovação da emenda apresentada, vez que fere o princípio da Exclusividade orçamentária.
b) O princípio da Exclusividade versa que a lei do orçamento deve tratar exclusivamente de questões de orçamento, ou seja, sobre as previsões de receita, fixação de despesa e autorização de crédito/abertura de crédito suplementares. Portanto, a emenda apresentada é declarada inconstitucional, uma vez que tratam-se de regras específicas para dar transparência e assegurar a isonomia no processo de seleção de servidores temporários na assistência de pacientes com COVID-19 e não sobre algo em relação à orçamento. 
2- A Lei de Responsabilidade Fiscal (LC nº 101/2000) tem como pressupostos a ação planejada e transparente de forma a evitar riscos e corrigir desvios prejudiciais às contas públicas. Assim, no campo da despesa pública, fixou limites de despesas com pessoal no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Ao apreciar a prestação de contas do Governador do Estado referente ao exercício financeiro 2015, o Tribunal de Contas constatou os seguintes registros concernentes às despesas com pessoal do Poder Executivo, com base nas informações do Relatório de Gestão Fiscal do 3º Quadrimestre de 2015:
Despesa total com pessoal do exercício: R$ 4.040.050.000,00
Receita Corrente Líquida do exercício: R$ 8.500.000.000,00
Atuando no Ministério Público de Contas do Tribunal, você deve emitir um Parecer sobre esse montante de despesa com pessoal do Poder Executivo em relação à receita corrente líquida apurada ao final do exercício financeiro de 2015.
PERGUNTA: 
O percentual de despesa com pessoal apurado em relação à receita corrente líquida excede o limite estabelecido pela LRF ao Poder Executivo Estadual? O percentual apurado enseja alguma consequência para a gestão? Em caso positivo, quais as medidas e os dispositivos da LRF que devem ser observados?
a) Não excedeu, pois o artigo 20, inc. II, alínea “c”, da Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece que o limite do Poder Executivo Estadual com despesas com pessoal seria de, no máximo, 49%, equivalente ao montante de R$ 4.165.000.00,00, com base nos dados informados no caso concreto. Assim, o valor de R$ 4.040.050.000,00 apresentado como despesa total pelo Executivo Estadual ainda está dentro do limite, uma vez que é o equivalente à somente 47,53% do valor liberado para utilização.
b) Sim, pois excedeu a 95% do limite do percentual de 49% determinado ao Poder Executivo Estadual, conforme dispõe artigo 22, parágrafo único da Lei 101/2000.
c) Em caso positivo, serão vedados ao Poder a concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de qualquer título, salvo os derivados de sentença judicial ou de determinação legal ou contratual; a criação de cargo, emprego ou função; alteração de estrutura de carreira que implique em aumento de despesa; provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal a qualquer título, ressalvada a reposição decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidores das áreas de educação, saúde e segurança e a contratação de hora extra.
3- De acordo com o art. 156, inciso I, da Constituição Federal, a instituição do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) é de competência dos municípios.
O prefeito do Município de Bom Trabalho percebeu que o município vizinho de Bom Descanso não instituiu o IPTU, beneficiando os proprietários de imóveis daquela cidade, a maior parte de alto padrão e valor, por ser região litorânea.
Todavia, o prefeito de Bom Trabalho alega com frequência que os moradores de Bom Descanso sempre procuram a cidade vizinha para acessar serviços em geral, denunciando o custo desses serviços são arcados por sua municipalidade. Assim, determinou à Secretaria Municipal de Finanças que efetuasse a cobrança do IPTU dos proprietários de imóveis localizados em Bom Descanso.
PERGUNTA: 
A cobrança pela Fazenda Pública de Bom Trabalho de IPTU dos proprietários de imóveis de Bom Descanso está adequada à distribuição de competência para instituir tributos disposta na Constituição Federal? Qual a competência e seu atributo que autoriza ou não permite essa cobrança pelo Município de Bom Trabalho?
a) Não, pois de acordo com o artigo 156, inc. I da CF/88 e artigo 32 do Código tributário nacional, compete somente aos municípios recolher os impostos acerca da propriedade predial e territorial urbana dentro da sua área. No caso apresentado, é totalmente vedado à Secretaria Municipal de Finanças de Bom trabalho cobrá-lo, pois somente o município de Bom Descanso poderia recolher ou deixar de recolher esses impostos.
4- Federalismo fiscal é uma técnica de divisão das competências entre os entes federados, e possui diversas dimensões entre arrecadação, gasto e endividamento públicos. O sistema de repartição de receitas tributárias é um de seus mecanismos, que visa corrigir eventuais distorções do sistema tributário. De acordo com o art. 6º do Código Tributário Nacional, ele só transfere a receita. A competência permanece intacta. 
O art. 153, III, atribui à União a competência para instituir imposto sobre a renda de qualquer natureza. Todavia, de acordo com os arts. 157, I, e 158, I, da CF/1988, pertence aos Estados e ao Distrito Federal, e aos Municípios, respectivamente, o produto da arrecadação desse imposto incidente na fonte sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem.
Você, na qualidade de advogado, foi contratado por um servidor estadual que teve retido da sua remuneração um valor excessivo a título de imposto de renda retido na fonte.
PERGUNTA:
Com base na jurisprudência sobre o assunto, a ação judicial a ser proposta para obter a restituição do valor retido indevidamente da remuneração do seu cliente deve ser proposta em desfavor de que Fazenda Pública? 
Cite e mencione resumidamente o conteúdo do julgado que fundamenta a sua resposta.
a) A ação judicial deverá ser proposta na Fazenda Pública Estadual, pois de acordo com a Súmula 447 STJ, os Estados e o Distrito Federal são as partes legítimas para propor ação de restituição de imposto de renda retido na fonte proposta por seus servidores, corroborando com esse entendimento, o julgado do STJ no agravo regimental - AgRg no Ag 430959 PE 2001/0159438-9.
Além disso, o artigo 157, I, da CF/88, explica que mesmo que o produto de arrecadação do imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte sobre rendimentos pagos seja estabelecido pela União, quem irá exercer direito sobre eles serão os Estados e o Distrito federal.

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