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DISTURBIOS DA CIRCULAÇÃO - parte 1 (patologia)

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Vitória Trindade 
DISTURBIOS DA CIRCULAÇÃO 
– PARTE 1 – 
HIPEREMIA 
Aumento da quantidade de sangue no interior dos 
vasos, mais especificamente na microcirculação. 
 
 
HIPEREMIA ATIVA 
• Aumento do fluxo sanguíneo devido à dilatação 
arteriolar, ou seja, da artéria. 
Vasodilatação arteriolar → aumento do fluxo de 
sangue no local → coloração avermelhada do local 
• A hiperemia ativa pode ser, fisiológica ou 
patológica. 
 
Hiperemia ativa fisiológica: 
• Quando há necessidade de maior irrigação ou em 
necessidades funcionais. 
• Exemplos: 
✓ Hiperemia facial devido a emoções; 
✓ Hiperemia corporal em ambientes 
quentes; 
✓ Hiperemia nos músculos esqueléticos 
durante exercício físico 
✓ Hiperemia na mucosa intestinal durante a 
digestão. 
Hiperemia ativa patológica: 
• Ocorre em inflamações. 
 
 
 
HIPEREMIA PASSIVA / CONGESTÃO 
• Ocorre uma redução da drenagem venosa (veia), 
resultando em uma distensão das veias distais, 
vênulas e capilares. 
• Hiperemia congestiva é sempre patológica. 
• A hiperemia congestiva é sempre patológica, mas 
pode ser localizada ou generalizada. 
Hiperemia passiva localizada: 
• Obstrução de uma veia por trombose. 
• Aumento da viscosidade sanguínea 
 
Hiperemia passiva generalizada: 
• Insuficiência cardíaca que leva a diminuição do 
retorno venoso. 
 
 
 
Hiperemia ativa 
 
 
Hiperemia passiva 
Vitória Trindade 
• Consequências da hiperemia passiva: 
✓ Edema devido à estase sanguínea no vaso. 
✓ Hemorragia devido ao choque das 
hemácias no vaso hiperemiado. 
✓ Necrose e isquemia no local posterior a 
obstrução. 
 
• Aspectos morfológicos do tecido: 
✓ Com a estase venosa os órgãos e locais 
ficam avermelhados. 
✓ Coloração vermelho-azulada devido a 
baixa oxigenação do sangue (venoso). 
✓ Com isso, os órgãos ficam tumefeitos e 
brilhantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
HIPEREMIA PASSIVA CRÔNICA NOS MMIII 
→ Ocorre na insuficiência cardíaca crônica. 
→ Também ocorre na insuficiência venosa por 
incapacidade valvular das veias em manter o 
retorno venoso. 
→ Consequências: 
• A estase sanguínea provoca edema, 
principalmente durante o dia, enquanto o 
indivíduo está em pé. 
• Melhora do edema quando o membro é elevado 
ou deitado. 
 
→ A longo prazo: 
• Hemorragia por diapedese – a estase sanguínea 
leva a passagem das hemácias para o tecido 
conjuntivo. 
• Escurecimento na metade inferior da perna e no 
pé, devido a hemorragia e levando ao acúmulo de 
hemossiderina. 
• As veias superficiais dilatam-se por incompetência 
das válvulas. 
 
→ Dilatação das veias e aumento da estase 
sanguínea: 
• Favorecem a formação de trombos nas veias 
profundas. 
• Maior fonte de tromboembolia pulmonar. 
 
 
IMAGENS DA INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA (IVC) – 
um dos tipos de hiperemia passiva/ congestiva 
• Os defeitos presentes nas valvas das veias, 
dificultam o retorno venoso. 
• Com isso temos as veias dilatadas que aparecem 
nas pernas como varizes; 
• Como consequência da redução do retorno venoso 
temos edema e aumento da pigmentação na pele. 
 
Vitória Trindade 
 
 
HEMORRAGIA 
Saída de sangue dos vasos ou coração para meio 
externo ou para cavidades pré-formadas. 
Podem ser: 
• Hemorragias externas - quando a lesão causa 
perda de sangue na superfície do corpo e é 
visível ao exame clínico. 
• Hemorragias internas - não podemos ver a 
saída do sangue, uma vez que a lesão envolve 
a parte interna do organismo. Nesse último 
caso, o problema é relativamente maior, pois, 
se não observada a tempo, pode causar 
consequências graves e até mesmo a morte. 
 
PETÉQUIAS 
• Diminutas áreas hemorrágicas (até 3mm) 
• Múltiplas – espalhada pelo corpo; 
• Resultado de defeitos qualitativos ou quantitativos 
de plaquetas. 
 
 
PÚRPURA 
• Lesão superficial um pouco maior que as petéquias 
• São múltiplas – por todo o corpo 
• Plana ou discretamente elevada 
 
 
EQUIMOSE 
• Hemorragia que aparece como mancha azulada 
ou arroxeada. 
• Mais extensa que a purpura. 
• A equimose se apresenta em manchas planas, 
difusas e irregulares, é conhecida como 
hemorragia em lençol, justamente por não 
provocarem elevação no local. 
• Frequente em traumatismos. 
 
 
HEMATOMA 
• Hemorragia em que o sangue se acumular e 
forma uma tumoração. 
• Pode ser necessário remover os hematomas, 
dependendo do tamanho e da localização. 
• Também frequente após traumatismos. 
 
 
HEMORRAGIAS INTERNAS 
• Hemartrose: hemorragia na cavidade articular. 
• Hemopericárdio: hemorragia no pericárdio. 
• Hemotórax: hemorragia no tórax. 
• Hemoperitônio: hemorragia no peritônio. 
 
Vitória Trindade 
HEMORRAGIAS EXTERNAS 
• Epistaxe – eliminação de sangue pelas narinas; 
• Hemoptise – eliminação de sangue pela tosse. 
• Hematêmese – sangue eliminado no vômito pela 
boca, oriundo do sistema digestório. 
• Hematoquezia – eliminação de sangue vivo pelas 
fezes (sangue não digerido – cor vermelha). 
• Melena – eliminação de sangue digerido pelas 
fezes (tipo borra de café). 
• Otorragia – perda de sangue pelo meato acústico 
externo. 
• Hematúria – eliminação de sangue com urina. 
✓ Hematúria macroscópica (visível a olho nu) 
✓ Hematúria microscópica (detectada no 
exame de urina). 
• Metrorragia – perda de sangue do útero, fora do 
período menstrual. 
 
ETIOPATOGÊNESE DA HEMORRAGIA 
Causas de hemorragia: 
• Perda da integridade da parede do vaso; 
• Alterações dos mecanismos de coagulação 
sanguínea; 
• Modificações qualitativas e quantitativas das 
plaquetas. 
 
HEMORRAGIA POR LESÃO DA PAREDE DO VASO 
• Rexe ou ruptura – provoca ruptura da parede do 
vaso. Pode ocorrer por: 
✓ Traumatismos 
✓ Crises hipertensivas c/ aumento da 
pressão sanguínea 
✓ Fragilidade vascular – como nos 
aneurismas. 
 
• Diapedese – quando as hemácias saem do vaso 
entre as células endoteliais, pois elas se contraem 
sem romper o vaso. Pode ocorrer: 
✓ Reações alérgicas, devido a presença de 
anticorpos na superfície do endotélio. 
✓ Na sepse, devido a ação de endotoxinas. 
 
Diapedese 
 
HEMORRAGIA POR ALTERAÇÕES COAGULAÇÃO 
• Pode ser observada: 
✓ Pequenos cortes que sangram por muito 
tempo; 
✓ Sangramento menstrual prolongado 
(menorragia); 
✓ Hemorragia excessiva em extrações 
dentárias; 
✓ Grande equimose após pequenos 
traumatismos. 
• Causas: 
✓ Deficiência congênita ou adquirida dos 
fatores de coagulação. 
▪ Congênita – hemofilia. 
▪ Adquirida – deficiência de 
vitamina K. 
✓ Uso excessivo de anticoagulantes. 
 
HEMOFILIA 
Hemofilia é uma doença genético-hereditária que se 
caracteriza por desordem no mecanismo de 
coagulação do sangue e manifesta-se quase 
exclusivamente no sexo masculino. 
Existem dois tipos de hemofilia: A e B. 
✓ A hemofilia A - ocorre por deficiência do fator VIII 
de coagulação do sangue; 
✓ E a hemofilia B 0 por deficiência do fator IX. 
A mutação que causa hemofilia fica localizada no 
cromossoma X. Em geral, as mulheres não 
desenvolvem a doença, mas são portadoras do defeito. 
O filho do sexo masculino é que pode manifestar a 
enfermidade. 
 Os episódios de sangramento podem ocorrer logo no 
primeiro ano de vida do paciente sob a forma de 
equimoses (manchas roxas), que se tornam mais 
evidentes quando a criança começa a andar e a cair. No 
Vitória Trindade 
entanto, quando acometem a musculatura das costas, 
não costumam exteriorizar-se. 
Nos quadros leves, o sangramento ocorre em situações 
como cirurgias, extração de dentes e traumas. 
 
 
HEMORRAGIA POR ALTERAÇÕES QUALITATIVAS OU 
QUANTITATIVAS DAS PLAQUETAS 
• Causas: 
✓ Redução do número de plaquetas 
(trombocitopenia/ plaquetopenia) 
✓ Alterações funcionais das plaquetas 
(trombastenia) 
✓ Causam petéquias e purpuras. 
 
• Causas da plaquetopenia: 
✓ Aplasia e infiltração neoplásica da medula 
óssea. 
✓ Síndrome mielodisplásica. 
 
EVOLUÇÃO DA HEMORRAGIA 
• Formação de hemossiderinadevido ao acúmulo de 
ferro no local da hemorragia. 
• Hematina: se a hemorragia ocorrer no TGI. 
 
 
CONSEQUÊNCIAS DA HEMORRAGIA 
Grande perda de sangue: 
• Anemia aguda. 
• Casos mais graves – choque hipovolêmico. 
Outros quadros: 
• Asfixia quando a hemorragia se dá no pulmão. 
• Hipertensão intracraniana (HIC) se a 
hemorragia for no crânio. 
 
HEMOSTASIA 
• Parada ou cessação de um sangramento. 
• Pode ser feita: 
✓ Naturalmente: hemostasia espontânea pelos 
próprios componentes do organismo (parede 
vascular, plaquetas, sistema de coagulação). 
✓ Artificialmente: ligadura ou cauterização dos 
vasos lesados. 
 
TROMBOSE 
Caracterizado pela solidificação do sangue no interior 
dos vasos ou do coração, de um indivíduo vivo. 
TROMBO COÁGULO 
✓ Massa granulo, seca e 
opaca. 
✓ Fica aderida ao vaso. 
✓ Tem superfície brilhante 
e úmida. 
✓ Homogênea, elástica e 
não adere a parede do 
vaso. 
 
 
Vitória Trindade 
 
ETIOPATOGÊNESE 
• A trombose resulta da ativação patológica do 
processo de coagulação sanguínea. Ocorre devido: 
✓ Lesão endotelial: 
▪ Aterosclerose 
▪ Traumatismo 
 
✓ Alteração do fluxo sanguíneo: 
▪ Redução na velocidade do fluxo: 
permanência prolongada em leito. 
▪ Aumento na viscosidade: por 
desidratação. 
▪ Aumento na turbulência do sangue 
valvuloparias ou aneurismas. 
 
✓ Hipercoagulabilidade. (tríade de Virchow) 
 
 
Tríade de Virchow

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