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Simulado PF 7º
Simulado Inédito
Pós-Edital (06/03/2021)
Gabarito
Simulados - PF - Delegado (Pós-Edital)
Autor:
Simulado PF 7º Simulado Inédito
Pós-Edital (06/03/2021) Gabarito
6 de Março de 2021
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7º Simulado Progressivo – Delegado da PF – 06/03/2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7º Simulado Progressivo – Delegado da PF – 06/03/2021 
 
Simulado Progressivo 
7º Simulado Delegado da PF 
 
Nome: 
___________________________________________________________________________________ 
 
 
 
INFORMAÇÕES SOBRE O SIMULADO EXCLUSIVO 
 
1 – Este simulado conta com questões focadas no concurso para Delegado da Polícia Federal; 
2 – A prova contém 120 itens que abordam conhecimentos cobrados no edital do concurso; 
3 – As questões são inéditas e foram elaboradas pelos nossos professores com base no perfil da banca organizadora CESPE, 
com assertivas para serem valoradas como “certo” ou “errado”. 
4 – Este PDF foi enviado por e-mail, disponibilizado na área do aluno e em um artigo publicado no blog do Estratégia Concursos; 
5 – Os participantes têm das 8:00 às 13:00 para responder às questões e preencher o Gabarito Eletrônico; 
6 – O link para preencher o formulário com seu gabarito está localizado na última página deste PDF; 
7 – O Gabarito do Simulado e o Ranking Classificatório com nota serão divulgados no blog do Estratégia Concursos. 
8 – Esse simulado é uma auto avaliação! Você mesmo (a) vai corrigir, a partir do padrão de respostas disponível na área do aluno. 
 
PREENCHA SEU GABARITO NO LINK - http://bit.ly/Simulado-Delegado-PF-06-03 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO ADMINISTRATIVO 
Rodolfo Penna 
01. Sobre os atos administrativos, julgue a assertiva 
subsequente 
O ato administrativo imperfeito existe, mas é ineficaz. 
Gabarito: Errado 
Comentários: Ato perfeito: todas as etapas do seu 
processo de formação foram concluídas. É diferente do 
ato válido, pois este está em conformidade com a lei, 
aquele não necessariamente estará, pois a perfeição 
está relacionada com o processo de formação do ato e 
não com a sua validade. 
Ato imperfeito: é aquele que não completou o seu ciclo 
de formação, como a falta de uma assinatura ou o ato 
não publicado. O ato imperfeito, rigorosamente, não 
existe como ato administrativo. 
Ato eficaz: já está disponível para a produção de seus 
efeitos e não depende de evento posterior como uma 
condição suspensiva. Um ato inválido pode ser eficaz, 
pois é um ato perfeito e está disponível para a produção 
de efeitos (eficaz). 
Ato ineficaz: qualquer ato que não tenha possibilidade 
efetiva de produzir efeitos. Pode ser um ato que não 
esteja formado (imperfeito) ou um ato que já foi extinto, 
por exemplo, um ato revogado. Também são ineficazes 
os atos consumados e os atos pendentes. 
Sendo assim, um ato imperfeito não existe no mundo 
jurídico e, logicamente, não tem aptidão para produzir 
efeitos. 
 
02. Tratando-se da Administração Pública brasileira, 
julgue o item a seguir: 
A autonomia gerencial, financeira e orçamentária dos 
órgãos e entidades da Administração direta e indireta 
poderá ser ampliada mediante lei que disponha sobre o 
seu prazo de duração, os controles e critérios de 
avaliação de desempenho e a remuneração do pessoal. 
Gabarito: Errado 
Comentários: A Constituição Federal prevê, 
expressamente, a possibilidade de ampliação da 
autonomia gerencial financeira e orçamentária dos 
órgãos e entidades da Administração Pública através da 
celebração de contrato. Vejamos: 
“Art. 37, 
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e 
financeira dos órgãos e entidades da 
administração direta e indireta poderá ser 
ampliada mediante contrato, a ser firmado entre 
seus administradores e o poder público, que tenha 
por objeto a fixação de metas de desempenho 
para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor 
sobre: 
I - o prazo de duração do contrato; 
II - os controles e critérios de avaliação de 
desempenho, direitos, obrigações e 
responsabilidade dos dirigentes; 
III - a remuneração do pessoal”. 
O instrumento contratual apto a garantir maior 
autonomia ao órgão ou entidade é denominado contrato 
de gestão, conceituado pela doutrina como o ajuste 
formalizado no âmbito interno da Administração Pública 
com o objetivo de garantir uma maior eficiência 
administrativa, por meio da estipulação de metas de 
desempenho e aumento da autonomia gerencial, 
orçamentária e financeira do órgão ou entidade 
administrativa. 
Importante mencionar que o contrato de gestão possui 
duas aplicações distintas: 
a) contrato de gestão interno ou endógeno - como 
mencionado acima; e 
 
b) contrato de gestão externo ou exógeno – é o ajuste 
formalizado entre a Administração Pública e 
determinada entidade privada, sem fins lucrativos, 
qualificada como Organização Social (“OS”), com 
previsão, de um lado, de metas de desempenho, e, de 
outro lado, incentivos públicos (fomento) à entidade 
privada (art. 5º da Lei 9.637/1998). 
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Sendo assim, o erro da afirmação está no fato da 
ampliação da autonomia decorrer da celebração de 
contrato de gestão, e não diretamente da lei, cabendo a 
este instrumento (lei) apenas dispor sobre o prazo de 
duração, os controles e critérios de avaliação de 
desempenho e a remuneração do pessoal. 
 
03. Sobre o instituto da desapropriação, julgue o item a 
seguir de acordo com a jurisprudência do Supremo 
Tribunal Federal 
Verificados os pressupostos legais para o licenciamento 
da obra, não o impede a declaração de utilidade pública 
para desapropriação do imóvel, mas o valor da obra não 
se incluirá na indenização, quando a desapropriação for 
efetivada. 
Gabarito: Certo 
Comentários: A afirmação retrata a literalidade da 
Súmula 23 do STF. De fato, não há impedimento para que 
sejam concedidas licenças para obras no imóvel já 
declarado de utilidade pública ou de interesse social, 
mas o valor da obra não se incluirá na indenização, 
quando a desapropriação for efetivada. 
 
04. Julgue o item, considerando o atual entendimento 
sobre o processo administrativo: 
O prazo processual, no âmbito do processo 
administrativo, deverá ser contado em dias úteis, tendo 
em vista a vigência dos arts. 15 e 219 do CPC, salvo se 
existir norma específica estabelecendo essa forma de 
contagem. 
Gabarito: Errado 
Comentários: Conforme Enunciado 33 da I Jornada de 
Direito Administrativo do CJF/STJ: 
O prazo processual, no âmbito do processo 
administrativo, deverá ser contado em dias 
corridos mesmo com a vigência dos arts. 15 e 219 
do CPC, salvo se existir norma específica 
estabelecendo essa forma de contagem. 
Tal enunciado afasta a dúvida sobre se o CPC – Código de 
Processo Civil – teria estendido ao processo 
administrativo a contagem de prazos em dias úteis. 
 
05. Sobre os consórcios públicos, conforme disciplinado 
na Lei 11.107/2005, julgue o item a seguir 
É permitida a gestão associada de serviços públicos pelos 
diferentes entes federativos, com a possibilidade de 
conjugação de recursos fiscais, podendo o consórcio 
público ser contratado, com dispensa de licitação, por 
entidades da Administração indireta dos entes 
consorciados. 
Gabarito: Certo 
Comentários: O consórcio público é a gestão associada 
dos entes federativos para a prestação de serviços 
públicos de interesse comum. Os entes públicos firmam 
um acordo denominado "protocolode intenções", que 
posteriormente será enviado ao Poder Legislativo de 
cada um dos entes consorciados, que após ratificado, 
será formalizado o consórcio. 
Conforme disposto na norma, os objetivos dos 
consórcios públicos serão determinados pelos entes da 
Federação que se consorciarem, observados os limites 
constitucionais – art. 2º. 
Art. 2º, 
§ 1º Para o cumprimento de seus objetivos, o 
consórcio público poderá: 
I – firmar convênios, contratos, acordos de 
qualquer natureza, receber auxílios, contribuições 
e subvenções sociais ou econômicas de outras 
entidades e órgãos do governo; 
II – nos termos do contrato de consórcio de direito 
público, promover desapropriações e instituir 
servidões nos termos de declaração de utilidade 
ou necessidade pública, ou interesse social, 
realizada pelo Poder Público; e 
III – ser contratado pela administração direta ou 
indireta dos entes da Federação consorciados, 
dispensada a licitação. 
 
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06. Com relação a temática da responsabilidade civil do 
Estado, julgue o item subsequente 
Conforme a jurisprudência dos tribunais superiores e a 
disposição constitucional do art. 37, § 6º, as 
concessionárias de rodovia respondem por roubo e 
sequestro ocorridos nas dependências de 
estabelecimento por ela mantido para utilização de 
usuários. 
Gabarito: Errado 
Comentários: Concessionária de rodovia não responde 
por roubo e sequestro ocorridos nas dependências de 
estabelecimento por ela mantido para a utilização de 
usuários. A segurança que a concessionária deve 
fornecer aos usuários diz respeito ao bom estado de 
conservação e sinalização da rodovia. Não tem, contudo, 
como a concessionária garantir segurança privada ao 
longo da estrada, mesmo que seja em postos de pedágio 
ou de atendimento ao usuário. O roubo com emprego de 
arma de fogo é considerado um fato de terceiro 
equiparável a força maior, que exclui o dever de 
indenizar. Trata-se de fato inevitável e irresistível e, 
assim, gera uma impossibilidade absoluta de não 
ocorrência do dano. STJ. 3ª Turma. REsp 1749941-PR, 
Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 04/12/2018 (Info 
640). 
Cuidado. O STF já reconheceu a responsabilidade civil da 
concessionária que administra a rodovia por FURTO 
ocorrido em seu pátio: STF. 1ª Turma. RE 598356/SP, Rel. 
Min. Marco Aurélio, julgado em 8/5/2018 (Info 901). 
 
07. Em relação as empresas estatais, julgue o seguinte 
item 
Lei que autoriza a criação de sociedade de economia 
mista controlada pela União pode conter cláusula 
genérica que permita àquela sociedade adquirir 
participação em outras empresas. 
Gabarito: Certo 
Comentários: Embora o inciso XX do art. 37 da CF preveja 
que a criação de subsidiárias e a participação em 
empresas privadas pelas entidades da Administração 
Indireta dependam de autorização legislativa "em cada 
caso", o STF entendeu que a expressão (em cada caso) 
apenas exige a existência, na própria lei que deu origem 
à entidade da administração indireta, de um dispositivo 
conferindo genericamente a autorização (ADI 1649/DF, 
rel. Min. Maurício Corrêa, 24.3.2004.- ADI-1649). 
 
08. Em relação aos contratos administrativos, julgue a 
afirmação a seguir 
A alteração unilateral de contrato administrativo pela 
administração pública poderá implicar na modificação 
do regime de execução da obra ou do serviço ou na 
substituição da garantia de execução. 
Gabarito: Errado 
Comentários: Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei 
poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos 
seguintes casos: 
(...) 
II - por acordo das partes: 
a) quando conveniente a substituição da garantia 
de execução; 
b) quando necessária a modificação do regime de 
execução da obra ou serviço, bem como do modo 
de fornecimento, em face de verificação técnica 
da inaplicabilidade dos termos contratuais 
originários; 
c) quando necessária a modificação da forma de 
pagamento, por imposição de circunstâncias 
supervenientes, mantido o valor inicial atualizado, 
vedada a antecipação do pagamento, com relação 
ao cronograma financeiro fixado, sem a 
correspondente contraprestação de fornecimento 
de bens ou execução de obra ou serviço; 
d) para restabelecer a relação que as partes 
pactuaram inicialmente entre os encargos do 
contratado e a retribuição da administração para 
a justa remuneração da obra, serviço ou 
fornecimento, objetivando a manutenção do 
equilíbrio econômico-financeiro inicial do 
contrato, na hipótese de sobrevirem fatos 
imprevisíveis, ou previsíveis porém de 
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conseqüências incalculáveis, retardadores ou 
impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda, 
em caso de força maior, caso fortuito ou fato do 
príncipe, configurando álea econômica 
extraordinária e extracontratual. 
 
09. Em relação ao previsto na Lei Anticorrupção – Lei 
Federal n. 12.846/2013, julgue a assertiva subsequente 
A celebração do acordo de leniência evita a sanção de 
publicação extraordinária da decisão condenatória. 
Gabarito: Certo 
Comentários: Conforme disposto na legislação, a 
autoridade máxima de cada órgão ou entidade pública 
poderá celebrar acordo de leniência com as pessoas 
jurídicas responsáveis pela prática dos atos previstos na 
Lei que colaborem efetivamente com as investigações e 
o processo administrativo – art. 16. 
Art. 16, 
2º A celebração do acordo de leniência isentará a 
pessoa jurídica das sanções previstas no inciso II 
do art. 6º e no inciso IV do art. 19 e reduzirá em 
até 2/3 (dois terços) o valor da multa aplicável. 
Nos termos do Art. 6º, II, a celebração do acordo isentará 
a pessoa jurídica da publicação extraordinária da decisão 
condenatória. 
Já nos termos do Art. 19, IV, o acordo isentará a pessoa 
jurídica da proibição de receber incentivos, subsídios, 
subvenções, doações ou empréstimos de órgãos ou 
entidades públicas e de instituições financeiras públicas 
ou controladas pelo poder público. 
 
10. Em relação ao poder de polícia, julgue a assertiva 
subsequente 
O poder de polícia é dotado de exigibilidade, que confere 
meios indiretos para sua execução, como a aplicação de 
multas, admitindo-se ainda, quando previsto em lei ou 
para evitar danos irreparáveis ao interesse público, a 
autoexecutoriedade, com o uso de meios diretos de 
coação. 
Gabarito: Certo 
Comentários: Em linhas gerais, a exigibilidade permite 
que o administrador imponha sanções administrativas 
(meios indiretos) sem necessidade de autorização 
judicial, ao passo que a autoexecutoriedade permite que 
se execute materialmente os atos administrativos de 
forma a coagir o administrado (meios diretos). 
Conforme ensina Maria Sylvia Zanella Di Pietro, 
a autoexecutoriedade depende de expressa previsão 
legal ou de uma situação de urgência, neste último caso 
quando indispensável à proteção do interesse público. 
Celso Antônio Bandeira de Mello desmembra a 
autoexecutoriedade em exigibilidade e executoriedade, 
explicando se tratar a primeira dos meios indiretos de 
constrangimento do destinatário do ato administrativo e 
a segunda dos meios diretos de execução imediata do 
ato pela própria Administração. Para o autor, somente a 
segunda é que depende de previsão em lei (ou situação 
de urgência). 
 
11. Em relação a recente jurisprudência do Supremo 
Tribunal Federal sobre improbidade administrativa, 
julgue a assertiva subsequente 
Todos os agentes políticos encontram-se sujeitos a duplo 
regime sancionatório, submetendo-se tanto à 
responsabilização civil pelos atos de improbidade 
administrativa, quanto à responsabilização político-
administrativa por crimes de responsabilidade.Gabarito: Errado 
Comentários: Os agentes políticos, com exceção do 
Presidente da República, encontram-se sujeitos a duplo 
regime sancionatório, de modo que se submetem tanto 
à responsabilização civil pelos atos de improbidade 
administrativa quanto à responsabilização político-
administrativa por crimes de responsabilidade. 
O foro especial por prerrogativa de função previsto na 
Constituição Federal em relação às infrações penais 
comuns não é extensível às ações de improbidade 
administrativa. 
STF. Plenário. Pet 3240 AgR/DF, rel. Min. Teori Zavascki, 
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red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em 
10/5/2018 (Info 901). 
 
12. Sobre os atributos dos atos administrativos, julgue o 
item a seguir: 
A autoexecutoriedade não está presente em todos os 
atos administrativos, exigindo previsão na lei ou situação 
de urgência. 
Gabarito: Certo 
Comentários: Importa ressaltar que nem todo ato 
administrativo goza de autoexecutoriedade. A imposição 
de uma multa, por exemplo, possui o atributo da 
imperatividade, sua cobrança, entretanto, depende da 
atuação do Poder Judiciário. A Administração Pública 
não pode penhorar bens do administrado, por exemplo, 
sem a atuação judicial. 
A doutrina vem reconhecendo a existência da 
autoexecutoriedade em duas situações: 
a) Quando expressamente previsto em lei: não há 
necessidade de que a lei afirme literalmente que o ato é 
autoexecutório, basta prever que a Administração pode 
atuar diretamente; 
b) Em situações de urgência: neste caso, não há 
necessidade de previsão legal, o ato autoexecutório 
decorre diretamente do poder de império estatal para 
consecução do interesse público. 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Nelma Fontana 
A respeito da aplicabilidade das normas constitucionais, 
julgue os próximos dois itens. 
13. A norma constitucional que assegura a liberdade de 
locomoção no território nacional em tempo de paz, 
podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, 
permanecer ou dele sair com seus bens possui eficácia 
contida, uma vez que seu alcance pode ser reduzido por 
legislação infraconstitucional. 
Gabarito: Certo 
Comentários: O inciso XV do artigo 5º da CF/88 dispõe 
que “é livre a locomoção no território nacional em tempo 
de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, 
nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens.” 
Trata-se de direito fundamental de aplicabilidade direta 
e imediata, mas que pode sofrer restrições advindas de 
lei infraconstitucional, motivo pelo qual é classificado 
como norma de eficácia contida. 
 
14. O exercício ao direito de resposta, proporcional ao 
agravo, além da indenização por dano material, moral ou 
à imagem, conforme prescrição do artigo 5º, inciso V, da 
Constituição Federal, depende de regulamentação 
infraconstitucional para que possa efetivamente 
exercido, motivo pelo qual a norma constitucional é de 
eficácia limitada de princípio programático. 
Gabarito: Errado 
Comentários: A norma constitucional contida no artigo 
5º, V, da CF/88, é de eficácia plena, de modo que não 
depende de regulamentação para produzir os seus 
efeitos. 
 
A respeito dos direitos de nacionalidade e dos direitos 
políticos, nos termos fixados pela Constituição Federal e 
pela jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, analise 
os próximos itens. 
15. Conquanto não se admita no Brasil o sufrágio 
censitário, o capacitário é permitido pela Constituição 
Federal. 
Gabarito: Errado 
Comentários: Sufrágio censitário é aquele que diferencia 
o eleitor pela capacidade econômica. Sufrágio 
capacitário é o que diferencia o eleitor pelo grau de 
escolarização. No Brasil, já se admitiu os dois modelos, 
mas a atual Constituição assegura o sufrágio universal 
(artigo 14), de modo a estar vedado na Lei Maior tanto o 
sufrágio censitário quanto o capacitário. 
 
16. A lei que alterar o processo eleitoral, em atenção ao 
princípio da anterioridade eleitoral, só entrará em vigor 
um ano após a sua publicação. 
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Gabarito: Errado 
Comentários: Nos termos do artigo 16 da CF/88, a lei que 
alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de 
sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até 
um ano da data de sua vigência. 
 
17. Consoante entendimento do Supremo Tribunal 
Federal, a infidelidade partidária provoca a perda de 
mandato nas eleições proporcionais e nas eleições 
majoritárias. 
Gabarito: Errado 
Comentários: Segundo posicionamento do STF, quando 
a eleição é proporcional (deputados e vereadores), o 
mandato é do partido, mas quando é majoritária 
(prefeitos, governadores, presidente da República e 
senadores), o mandato é da pessoa. Assim, a infidelidade 
partidária provoca perda de mandato de deputados e 
vereadores apenas (ADI 5081). 
 
18. Situação hipotética: João, brasileiro nato, após 
quinze anos de residência nos Estados Unidos da 
América, decidiu se naturalizar estadunidense, não 
obstante o fato de já possuir todas as condições legais 
para residir, trabalhar e exercer no país outros direitos 
civis. Após a sua naturalização, João atentou contra a 
vida de Brayan, seu desafeto profissional. Assustado, 
regressou ao Brasil e estabeleceu residência. Assertiva: 
João, por ter perdido a nacionalidade brasileira, poderá 
ser extraditado aos Estados Unidos, preenchidas as 
demais exigências da ordem jurídica brasileira. 
Gabarito: Certo 
Comentários: Nos termos do artigo 12, § 4º, da CF/88, 
será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro 
que adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: a) de 
reconhecimento de nacionalidade originária pela lei 
estrangeira; b) de imposição de naturalização, pela 
norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado 
estrangeiro, como condição para permanência em seu 
território ou para o exercício de direitos civis. No caso 
sob comento, João, voluntariamente, adquiriu outra 
nacionalidade, razão pela qual perdeu a brasileira e 
poderá ser extraditado do Brasil. 
 
Sobre a organização constitucional da segurança pública, 
nos termos da jurisprudência do Supremo Tribunal 
Federal, julgue o próximo item. 
19. A Guarda Municipal não é órgão de segurança 
pública, de modo que os seus servidores fazem jus ao 
direito de greve, diferentemente do que se aplica aos 
policiais civis e federais. 
Gabarito: Errado 
Comentários: Segundo posicionamento do STF, as 
Guardas Municipais executam atividade de segurança 
pública (art. 144, § 8º, da CF), essencial ao atendimento 
de necessidades inadiáveis da comunidade (art. 9º, § 1º, 
CF), pelo que se submetem às restrições firmadas pelo 
Supremo Tribunal Federal no julgamento do ARE 
654.432. 
 
A respeito da Organização dos Poderes, julgue os 
próximos itens. 
20. Caso: Para viabilizar o repasse direto de verbas 
públicas às escolas, conferindo-lhes maior autonomia na 
aplicação dos recursos, conforme as necessidades de 
cada localidade, foram criadas Caixas Escolares, que 
embora instituídas e mantidas pelo Poder Público, são 
sociedades civis com personalidade jurídica de direito 
privado, sem fins lucrativos. Assertiva: As Caixas 
Escolares, porque são entidades voltadas diretamente à 
prestação de serviços de educação e recebem recursos 
públicos via conta específica, estão submetidas ao 
regime geral de precatórios para o pagamento de suas 
dívidas, conforme previsto no artigo 100 da Constituição 
Federal. 
Gabarito: Errado 
Comentários: As Caixas Escolares têm personalidade 
jurídica de direito privado e não integram a 
Administração Pública, de modo que não podem pagar 
suas dívidas por precatório (ADPF 484 AP. Informativo 
980). 
 
21. É irrecorrívela decisão de mérito proferida pelo 
Senado Federal, no processo por crime de 
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responsabilidade instaurado contra o Presidente da 
República. 
Gabarito: Certo 
Comentários: A competência para julgar o Presidente da 
República por crime de responsabilidade é do Senado 
Federal (artigo 52, I, da CF/88). Em homenagem à 
separação de Poderes, não cabe ao Judiciário fazer juízo 
de mérito da decisão proferida pelo Senado. 
 
22. Conquanto as comissões parlamentares de inquérito 
(CPI) possuam poderes de investigação próprios das 
autoridades judiciais, a CPI municipal não tem a 
prerrogativa para quebrar diretamente o sigilo bancário 
de seus investigados, porque município não tem Poder 
Judiciário. 
Gabarito: Certo 
Comentários: De acordo com STF, pelo fato de o 
município não possuir Poder Judiciário, a CPI da Câmara 
de Vereadores não possui poderes para promover 
quebra de sigilo de dados sem ordem judicial. 
 
A respeito do controle de constitucionalidade, analise o 
próximo item. 
23. Segundo posicionamento do Supremo Tribunal 
Federal, a perda superveniente de representação no 
Congresso Nacional causará a desqualificação do partido 
político para a propositura da ação direta de 
inconstitucionalidade. 
Gabarito: Errado 
Comentários: Segundo posicionamento do STF (ADI-AgR 
2.159/DF), no momento da propositura da ação, deve ser 
verificado o cumprimento da exigência de representação 
no Congresso Nacional (CN), de maneira que se houver 
perda superveniente de representação no CN, o partido 
não será desqualificado e a ação não será prejudicada 
quanto à apreciação. 
 
A respeito dos direitos sociais e da ordem social, julgue o 
próximo item, considerando o texto constitucional e a 
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. 
24. Conquanto brasileiros e estrangeiros sejam titulares 
dos direitos e garantias fundamentais assegurados pela 
Constituição Federal, algumas diferenças foram feitas 
pela Lei Maior, dentre as quais se inclui o benefício 
assistencial de prestação continuada destinado a idosos 
e deficientes hipossuficientes economicamente, uma vez 
que somente é garantido aos brasileiros que preencham 
os requisitos exigidos em lei. 
Gabarito: Errado 
Comentários: O STF, no RE 587.970, em tese de 
repercussão geral com julgamento de mérito, decidiu 
que “os estrangeiros residentes no País são beneficiários 
da assistência social prevista no artigo 203, inciso V, da 
Constituição Federal, uma vez atendidos os requisitos 
constitucionais e legais". 
 
DIREITO CIVIL 
Paulo Sousa 
25. O negócio jurídico não será considerado nulo 
quando for celebrado por pessoa que não consegue 
exprimir sua vontade por causa permanente. 
Gabarito: Certo 
Comentários: Por ser pessoa relativamente incapaz 
(art. 4º, inciso III, CC) é causa de anulabilidade, não 
de nulidade, conforme o art. 171, inciso I, do Código 
Civil: “Art. 171. Além dos casos expressamente 
declarados na lei, é anulável o negócio jurídico: I - por 
incapacidade relativa do agente;” 
 
26. A pessoa jurídica restará obrigada pelo negócio 
jurídico resultante de ato de seu administrador, 
ainda que esse ato tenha excedido o limite definido 
em seu ato constitutivo. 
Gabarito: Errado 
Comentários: Conforme o art. 47 do Código Civil: 
“Art. 47. Obrigam a pessoa jurídica os atos dos 
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administradores, exercidos nos limites de seus 
poderes definidos no ato constitutivo.”. 
 
27. Em relação à responsabilidade civil do Estado por 
omissão, é correto afirmar que é objetiva quando 
relativa a atividade naturalmente perigosa. 
Gabarito: Certo 
Comentários: Conforme recente entendimento do 
STJ, informativo nº 674: “Aplica-se igualmente ao 
estado o que previsto no art. 927, parágrafo único, 
do Código Civil, relativo à responsabilidade civil 
objetiva por atividade naturalmente perigosa, 
irrelevante o fato de a conduta ser comissiva ou 
omissiva. (REsp 1.869.046-SP). 
 
28. Uma pessoa desaparecida após o desabamento 
do prédio que morava, que possuía 20 andares, 
somente poderá ter declarada a sua morte 
presumida após dois anos do ocorrido. 
Gabarito: Errado 
Comentários: Não há esse prazo, conforme o Código 
Civil: Art. 7 o Pode ser declarada a morte presumida, 
sem decretação de ausência: I - se for extremamente 
provável a morte de quem estava em perigo de 
vida;” 
 
29. O ente de fiscalização do exercício profissional é 
pessoa jurídica de direito privado. 
Gabarito: Errado 
Comentários: Enquadra-se no conceito previsto no 
art. 41, p. único, do Código Civil: “Art. 41. São 
pessoas jurídicas de direito público interno: 
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as 
pessoas jurídicas de direito público, a que se tenha 
dado estrutura de direito privado, regem-se, no que 
couber, quanto ao seu funcionamento, pelas normas 
deste Código.” Nesse sentido, observa-se o 
enunciado nº 141-CJF: “A remissão do art. 41, 
parágrafo único, do Código Civil às pessoas jurídicas 
de direito público, a que se tenha dado estrutura de 
direito privado, diz respeito às fundações públicas e 
aos entes de fiscalização do exercício profissional.” 
 
30. As benfeitorias são agregadas ao bem principal, 
ao contrário dos frutos e produtos, que dele se 
originam. 
Gabarito: Certo 
Comentários: As benfeitorias integram os bens, não 
sendo considerados como algo a ser retirado deles. 
Já os frutos e os produtos são oriundos dos bens, 
sendo considerados individualmente após se 
separarem do bem. 
 
31. A venda de bem entre ascendente e 
descendente, por meio de interposta pessoa, é ato 
jurídico anulável, aplicando-se o prazo prescricional 
de 2 (dois) anos previsto no art. 179 do Código Civil. 
Gabarito: Errado 
Comentários: O prazo será decadencial, não 
prescricional. Conforme o Informativo nº 667-STJ 
(REsp 1.679.501/GO). 
 
32. É de boa-fé a posse se o possuidor não ignora o 
vício ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa. 
Gabarito: Errado 
Comentários: É de boa-fé se ele ignora o vício, 
conforme o art. 1.201 do Código Civil: “Art. 1.201. É 
de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o 
obstáculo que impede a aquisição da coisa.” 
 
 
 
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
Rodrigo Vaslin 
33. Suspende-se o processo pela morte ou pela perda da 
capacidade processual de qualquer das partes, de seu 
representante legal ou de seu procurador. Falecido o 
réu, o juiz ordenará a intimação do autor para que 
promova a citação do respectivo espólio, de quem for o 
sucessor ou, se for o caso, dos herdeiros, no prazo que 
designar, de no mínimo 2 (dois) e no máximo 6 (seis) 
meses. 
Gabarito: Certo 
Comentários: Art. 313. Suspende-se o processo: I – pela 
morte ou pela perda da capacidade processual de 
qualquer das partes, de seu representante legal ou de 
seu procurador; §2º Não ajuizada ação de habilitação, ao 
tomar conhecimento da morte, o juiz determinará a 
suspensão do processo e observará o seguinte: I – 
falecido o réu, ordenará a intimação do autor para que 
promova a citação do respectivo espólio, de quem for o 
sucessor ou, se for o caso, dos herdeiros, no prazo que 
designar, de no mínimo 2 (dois) e no máximo 6 (seis) 
meses; 
 
34. Durante a suspensão, é vedado praticar qualquer ato 
processual. 
Gabarito: Errado 
Comentários: Art. 314. Durante a suspensão é vedado 
praticar qualquer ato processual, podendo o juiz, 
todavia, determinara realização de atos urgentes a fim 
de evitar dano irreparável, salvo no caso de arguição de 
impedimento e de suspeição. 
 
35. Considera-se proposta a ação quando a petição 
inicial for protocolada, todavia, a propositura da ação só 
produz quanto ao réu os efeitos mencionados no art. 240 
depois que for validamente citado. 
Gabarito: Certo 
Comentários: Art. 312. Considera-se proposta a ação 
quando a petição inicial for protocolada, todavia, a 
propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos 
mencionados no art. 240 depois que for validamente 
citado. 
 
36. O juiz não resolverá o mérito quando o autor desistir 
da ação, não concorrer qualquer das condições da ação, 
bem como quando verificar a prescrição ou a 
decadência. 
Gabarito: Errado 
Comentários: A decisão sobre prescrição e decadência é 
de mérito. 
Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz: II – 
decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência 
de decadência ou prescrição. 
 
37. Depois de decorrido o prazo para a resposta, o autor 
não poderá, sem o consentimento do réu, desistir da 
ação. 
Gabarito: Errado. 
Comentários: Essa era a previsão do art. 267, §4º, 
CPC/73. O atual art. 485, §4º diz: § 4º Oferecida a 
contestação, o autor não poderá, sem o consentimento 
do réu, desistir da ação. 
 
38. Se o autor der causa, por 3 (três) vezes, a sentença 
fundada em abandono da causa, não poderá propor 
nova ação contra o réu com o mesmo objeto, ficando-lhe 
ressalvada, entretanto, a possibilidade de alegar em 
defesa o seu direito. 
Gabarito: Certo 
Comentários: Art. 485, §3º, Se o autor der causa, por 3 
(três) vezes, a sentença fundada em abandono da causa, 
não poderá propor nova ação contra o réu com o mesmo 
objeto, ficando-lhe ressalvada, entretanto, a 
possibilidade de alegar em defesa o seu direito. 
 
39. A sentença estrangeira homologada pelo STJ é título 
executivo judicial. 
Gabarito: Certo 
Comentários: Art. 515. São títulos executivos judiciais, 
cujo cumprimento dar-se-á de acordo com os artigos 
previstos neste Título: VIII - a sentença estrangeira 
homologada pelo Superior Tribunal de Justiça. 
 
40. A sentença estrangeira de divórcio consensual 
produz efeitos no Brasil, independentemente de 
homologação pelo Superior Tribunal de Justiça. 
Gabarito: Certo 
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Comentários: Art. 960, § 5o A sentença estrangeira de 
divórcio consensual produz efeitos no Brasil, 
independentemente de homologação pelo Superior 
Tribunal de Justiça. 
§ 6o Na hipótese do § 5o, competirá a qualquer juiz 
examinar a validade da decisão, em caráter principal ou 
incidental, quando essa questão for suscitada em 
processo de sua competência. 
Antes do NCPC (art. 965, §5º), para o divórcio consensual 
produzir efeitos aqui no Brasil, era necessária a sentença 
de homologação. Nessa época, o STJ decidiu: 
É possível a homologação de sentença estrangeira de 
divórcio, ainda que não exista prova de seu trânsito em 
julgado, na hipótese em que, preenchidos os demais 
requisitos, tenha sido comprovado que a parte 
requerida foi a autora da ação de divórcio e que o 
provimento judicial a ser homologado teve caráter 
consensual. Isso porque quando a sentença a ser 
homologada tratar de divórcio consensual, será possível 
inferir a característica de trânsito em julgado. STJ. Corte 
Especial. SEC 7746-US, Rel. Min. Humberto Martins, 
julgado em 15/5/2013 (Info 521). 
Obs1: Como não precisa mais de homologação, 
Assumpção entende que a sentença estrangeira de 
divórcio consensual poderá ser levada ao cartório de 
pessoas naturais para registro independentemente de 
atividade jurisdicional. Se houver alguma dúvida, a 
respeito da autenticidade ou impugnação da parte 
interessada, a demanda vai a juízo e ele aplica o 965, §6º, 
CPC. 
 
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E 
COOPERAÇÃO INTERNACIONAL 
Vanessa Arns 
41. O Tratado de Assunção foi firmado em 1991 para a 
Constituição de um “Mercado Comum do Sul” 
(MERCOSUL), fundado na reciprocidade de direitos e 
obrigações entre os Estados-Partes, implicando a livre 
circulação de bens, serviços e fatores produtivos entre os 
países, respeitando a soberania de cada país e sem 
eliminar os direitos alfandegários e restrições não 
tarifárias à circulação de mercadorias. 
Gabarito: Errado 
Comentários: Segundo o Tratado de Assunção: Tratado 
de Assunção, art. 1: A livre circulação de bens, serviços e 
fatores produtivos entre os países, através, entre outros, 
da eliminação dos direitos alfandegários e restrições não 
tarifárias à circulação de mercadorias e de qualquer 
outra medida de efeito equivalente; 
 
42. Segundo o Acordo de Residência do Mercosul, os 
nacionais de um Estado-Parte que desejarem residir no 
território de outro Estado-Parte poderão obter 
residência legal neste último, pelo prazo máximo de 6 
(seis) meses, mediante a comprovação de sua 
nacionalidade e preenchimento dos seguintes requisitos: 
passaporte, ainda que expirada a validade, carteira de 
identidade e comprovante de endereço. 
Gabarito: Errado 
Comentários: Acordo sobre Residência para nacionais 
dos Estados partes do MERCOSUL, Decreto 6975/2009: 
Art. 4º, 1. Aos peticionantes compreendidos nos 
parágrafos 1 e 2 do Artigo 3o, a representação consular 
ou os serviços de migração correspondentes, segundo 
seja o caso, poderá outorgar uma residência temporária 
de até dois anos, mediante prévia apresentação da 
seguinte documentação: 
a) Passaporte válido e vigente ou carteira de identidade 
ou certidão de nacionalidade expedida pelo agente 
consular do país de origem, credenciado no país de 
recepção, de modo que reste provada a identidade e a 
nacionalidade do peticionante; 
 
43. De acordo com o Protocolo Adicional ao Tratado de 
Assunção sobre a Estrutura Institucional do MERCOSUL 
(Protocolo de Ouro Preto) são fontes jurídicas do 
Mercosul: o Tratado de Assunção, seus protocolos e os 
instrumentos adicionais ou complementares; os acordos 
celebrados no âmbito do Tratado de Assunção e seus 
protocolos; as Decisões do Conselho do Mercado 
Comum, as Resoluções do Grupo Mercado Comum e as 
Diretrizes da Comissão do Mercosul, adotadas desde a 
entrada em vigor do Tratado de Assunção. 
Gabarito: Certo 
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7º Simulado Progressivo – Delegado da PF – 06/03/2021 
 
Comentários: De acordo com o Protocolo Adicional ao 
Tratado de Assunção sobre a Estrutura Institucional do 
MERCOSUL (Protocolo de Ouro Preto) 
Art. 41: As fontes jurídicas do Mercosul são: 
 I - o Tratado de Assunção, seus protocolos e os 
instrumentos adicionais ou complementares; 
 II - os acordos celebrados no âmbito do Tratado de 
Assunção e seus protocolos; 
 III - as Decisões do Conselho do Mercado Comum, as 
Resoluções do Grupo Mercado Comum e as Diretrizes da 
Comissão do Mercosul, adotadas deste a entrada em 
vigor do Tratado de Assunção. 
 
44. A soberania de Estado costeiro sobre o seu mar 
territorial abrange não apenas as águas, mas também o 
leito do mar, seu subsolo e o espaço aéreo 
correspondente, devendo tal Estado, contudo, admitir o 
direito de passagem inocente de navios mercantes ou de 
guerra de qualquer outro Estado. 
Gabarito: Certo 
Comentários: De acordo com a Convenção de Montego 
Bay: 
ARTIGO 17 
Direito de passagem inocente 
Salvo disposição em contrário da presente Convenção, os 
navios de qualquer Estado, costeiro ou sem litoral, 
gozarão do direito de passagem inocente pelo mar 
territorial. 
ARTIGO 18 
Significado de passagem 
1. "Passagem" significa a navegação pelo mar territorial 
com o fim de: 
a) atravessar esse mar sem penetrar nas águas interiores 
nem fazer escala num ancoradouro ou instalação 
portuária situadafora das águas interiores; 
b) dirigir-se para as águas interiores ou delas sair ou fazer 
escala num desses ancoradouros ou instalações 
portuárias. 
 
45. O Brasil apresentou reserva ao Tratado de Roma, que 
criou o Tribunal Penal Internacional, por não permitir a 
extradição de seus nacionais. 
Gabarito: Errado 
Comentários: A Constituição Federal veda a extradição 
de brasileiros natos. No entanto, o Brasil é signatário do 
Estatuto de Roma que prevê a possibilidade de entrega 
de indivíduos que tenham cometido crimes contra a 
humanidade, independentemente de sua nacionalidade. 
O instituto aqui é a entrega (surrender) e não a 
extradição! 
 
46. A Convenção de Palermo, um instrumento 
internacional multilateral e solene, foi promulgada pelo 
Congresso Nacional brasileiro e ratificada, no âmbito 
interno, por decreto. 
Gabarito: Errado 
Comentários: Conforme vimos, os acordos 
internacionais são aprovados pelo Congresso Nacional 
por meio de decreto legislativo, mas são PROMULGADOS 
pelo PRESIDENTE DA REPÚBLICA por meio de decreto do 
executivo (caracterizando o modelo da duplicidade de 
vontades na incorporação de instrumentos 
internacionais no ordenamento juridico brasileiro). 
 
47. Um Estado é obrigado a abster-se da prática de atos 
que frustrariam o objeto e a finalidade de um tratado já 
na assinatura do tratado. 
Gabarito: Certo 
Comentários: De acordo com o Art. 18 da CVDT (Dec. nº 
7.030/2009): 
Um Estado é obrigado a abster-se da prática de atos que 
frustrariam o objeto e a finalidade de um tratado, 
quando: 
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7º Simulado Progressivo – Delegado da PF – 06/03/2021 
 
a) tiver assinado ou trocado instrumentos constitutivos 
do tratado, sob reserva de ratificação, aceitação ou 
aprovação, enquanto não tiver manifestado sua 
intenção de não se tornar parte no tratado; ou 
b) tiver expressado seu consentimento em obrigar-se 
pelo tratado no período que precede a entrada em vigor 
do tratado e com a condição de esta não ser 
indevidamente retardada. 
 
48. Cônsul de Estado estrangeiro poderá ser processado 
e julgado pelo Poder Judiciário brasileiro no caso de 
praticar crime não relacionado a atos de ofício em 
território brasileiro. 
Gabarito: Certo 
Comentários: De acordo com a Convenção de Viena 
Sobre Relações Consultares: 
ARTIGO 43º 
Imunidade de Jurisdição 
1. Os funcionários consulares e os empregados 
consulares não estão sujeitos à Jurisdição das 
autoridades judiciárias e administrativas do Estado 
receptor PELOS ATOS REALIZADOS NO EXERCÍCIO DAS 
FUNÇÕES CONSULARES.. 
 
DIREITO PENAL 
Michael Procópio 
49. Ricardo exigiu o pagamento de uma verba indevida, 
antes de tomar posse como funcionário público federal. 
Avisou aos empresários da região que tomaria posse 
como Auditor Fiscal e que necessitava de uma verba para 
sua festa de comemoração. Assim, praticou o delito de 
concussão. 
Gabarito: Certo 
Comentários: A conduta de Ricardo configura crime de 
concussão. Trata-se de exigir, para si ou para outrem, de 
forma direta ou indireta, vantagem indevida. A exigência 
pode se dar no exercício da função ou mesmo antes de o 
agente exercer a função, desde que exija em razão da 
função que futuramente exercerá. 
 
50. José Carlos, médico cirurgião, trazia consigo, 
enquanto realizava seu treino de bike em uma rodovia 
federal, uma arma de fogo calibre 9 mm. Um policial 
rodoviário, após tomar ciência do fato, abordou o 
médico e lhe deu voz de prisão. No segundo momento, 
já no interior da viatura, o policial disse que poderia fazer 
vista grossa, caso lhe desse um “troco”. Então, o médico 
entregou a quantia de R$ 250,00 (duzentos e cinquenta 
reais) ao policial, que permitiu que ele fosse embora, 
levando consigo a mencionada arma. Sobre o caso 
narrado, é correto afirmar que o policial cometeu o 
crime de corrupção ativa, uma vez que teve a iniciativa 
de solicitar quantia em dinheiro de forma indevida. 
Gabarito: Errado 
Comentários: A conduta do policial caracteriza 
corrupção passiva. As condutas incriminadas do crime de 
corrupção passiva são as seguintes, a serem praticadas 
pelo funcionário público: Solicitar vantagem indevida, 
para si ou para outrem, direta ou indiretamente; Receber 
vantagem indevida, para si ou para outrem, direta ou 
indiretamente; Aceitar promessa de vantagem indevida, 
para si ou para outrem. 
 
51. Vanessa, estagiária do INSS, faz sem a permissão de 
sua supervisora a inserção de dados falsos no sistema de 
informações do banco para obter vantagem ilícita, 
aproveitando-se que o sistema estava logado com a sua 
senha, enquanto a supervisora foi ao banheiro. Há crime 
de inserção de dados falsos em sistema de informações 
na conduta descrita acima realizada pela funcionária 
pública, previsto no artigo 313-A do CP. 
Gabarito: Errado 
Comentários: Está incorreta, Vanessa não era autorizada 
a inserir os dados no sistema condutas incriminadas pelo 
art. 313-A consistem em o funcionário público 
autorizado inserir dados falsos; facilitar a inserção de 
dados falsos; alterar indevidamente dados corretos; ou 
excluir indevidamente dados corretos. 
 
52. O crime de peculato ocorre quando um funcionário 
público exige, para si, direta ou indiretamente, ainda que 
fora da função, mas em razão dela, vantagem indevida. 
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Gabarito: Errado 
Comentários: A conduta típica descrita na alternativa se 
refere ao crime de concussão. 
 
53. Um funcionário público comete o crime de peculato 
culposo quando concorre, mesmo que culposamente, 
para o crime de outrem. 
Gabarito: Certo 
Comentários: Está correta. A forma culposa do peculato 
tem guarida no parágrafo segundo do artigo 312, 
prevendo ser punida, com pena de detenção, de três 
meses a um ano, a conduta de o funcionário público 
concorrer culposamente para o crime de outrem. Neste 
caso, pune-se o funcionário público pela sua violação ao 
dever jurídico de cuidado, ao permitir, com sua 
imprudência, negligência ou imperícia, que outra pessoa 
se aproprie, desvie ou subtraia o dinheiro, o valor ou 
outra coisa móvel de quem tem a posse em razão do 
cargo, que pertença à Administração Pública ou esteja 
sob sua custódia. 
 
54. Configura peculato-desvio a retenção dos valores 
descontados da folha de pagamento dos servidores 
públicos que recebiam seus vencimentos já com os 
descontos dos valores de retenção a título de 
empréstimo consignado, mas, por ordem de 
administrador, os repasses às instituições financeiras 
credoras não eram realizados. 
Gabarito: Certo 
Comentários: É o que decidiu o STJ: “Peculato-desvio é 
crime formal para cuja consumação não se exige que o 
agente público ou terceiro obtenha vantagem indevida 
mediante prática criminosa, bastando a destinação 
diversa daquela que deveria ter o dinheiro. Os aspectos 
formais da descrição típica da conduta estão 
preenchidos na medida em que é desviado dinheiro 
destinado ao pagamento de empréstimos consignados 
de servidores públicos 
2. Configura peculato-desvio a retenção dos valores 
descontados da folha de pagamento dos servidores 
públicos que recebiam seus vencimentos já com os 
descontos dos valores de retenção a título de 
empréstimo consignado, mas, por ordem de 
administrador, os repasses às instituições financeiras 
credoras não eram realizados. 
3. Na modalidade peculato-desvio, não se discute o 
deslocamento de verbas públicas em razão de gestão 
administrativa, mas o deslocamento de dinheiro 
particular em posse do Estado. Assim, a consumação do 
crime não depende da prova do destino do dinheiro ou 
do benefício obtido por agente ou terceiro”. (APn 
814/SD, Rel. p/ acórdão Min João Otávio de Noronha, 
Corte Especial, DJe 04/02/2020).55. Comete peculato-furto o colaborador de empresa 
terceirizada que presta serviço para órgão público 
federal o qual, no interior da repartição pública, subtrai 
para si aparelho celular de servidor público que trabalha 
no mesmo órgão. 
Gabarito: Errado 
Comentários: O celular subtraído não era propriedade 
da Administração Pública, nem ao menos estava sob sua 
custódia, não havendo de se falar no delito de peculato-
furto, portanto está incorreta. 
 
56. Charlie, canadense, após cumprir pena no Brasil por 
tráfico internacional de drogas, teve decretada sua 
expulsão do país. No entanto, na execução da medida, 
Charlie não foi localizado, permanecendo no Brasil. Seis 
meses seguintes ao ato executório, ele foi detido em 
região de fronteira no Paraná. Charlie, a partir da 
determinação de sua expulsão, praticou o crime de 
reingresso de estrangeiro expulso quando foi detido no 
paraná. 
Gabarito: Errado 
Comentários: O delito de reingresso de estrangeiro 
expulso, previsto no art. 338 do Código Penal, tipifica a 
conduta de reingressar, mas, no caso em tela, apesar de 
ter sido decretada a expulsão de Charlie do país, a 
medida não foi cumprida. Dessa forma, não houve a 
saída do território brasileiro, razão pela qual a conduta 
descrita é atípica. 
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57. Francisco, funcionário público federal, patrocinou 
interesse privado perante a administração pública, 
valendo-se de sua qualidade. Neste caso, o agente 
cometeu o crime de advocacia administrativa segundo o 
código penal brasileiro. 
Gabarito: Certo 
Comentários: A questão está correta, tendo em vista que 
a conduta praticada por Francisco se amolda àquela 
tipificada no art. 321, caput do Código Penal: 
Art. 321 – Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse 
privado perante a administração pública, valendo-se da 
qualidade de funcionário: 
Pena – detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano, além da 
multa. 
 
58. A respeito dos crimes de denunciação caluniosa e 
comunicação falsa de crime, em relação a ambos os 
crimes se admite que o agente seja autoridade pública 
encarregada da persecução criminal. 
Gabarito: Certo 
Comentários: Tanto o crime de denunciação caluniosa 
quanto a comunicação falsa de crime admitem que o 
sujeito ativo seja qualquer pessoa, por essa razão a 
questão está correta. 
 
59. Roberto alega que há um esquema de vendas de 
sentenças judiciais entre ele e um Juiz Federal de 
Manaus, sendo capaz de influir na decisão a ser tomada 
pelo magistrado, solicitando certa quantia em dinheiro a 
Maria para garantir uma sentença favorável aos 
interesses desta. Roberto insinua, ainda, que parte do 
dinheiro será direcionada ao Juiz. Considerando que 
todas as alegações são fraudulentas, majoritariamente 
se afirma que a conduta de Roberto configura crime de 
estelionato em razão da vantagem obtida por Roberto. 
Gabarito: Errado 
Comentários: A conduta praticada por Roberto se 
adequa ao delito de exploração de prestígio tipificado ao 
teor do art. 357 do Código Penal: 
Art. 357- Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra 
utilidade, a pretexto de influir em juiz, jurado, órgão do 
Ministério Público, funcionário de justiça, perito, 
tradutor, intérprete ou testemunha. 
Pena: reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa. 
Parágrafo único – As penas aumentam-se de um terço, 
se o agente alega ou insinua que o dinheiro ou utilidade 
também se destina a qualquer das pessoas referidas 
neste artigo. 
 
60. Configura o crime de tráfico de influência, delito 
contra a administração da justiça, solicitar ou receber 
dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de 
influir em juiz, jurado, órgão do Ministério Público, 
funcionário da justiça, perito, tradutor, intérprete ou 
testemunha. 
Gabarito: Errado 
Comentários: A questão está incorreta. A definição se 
refere ao crime ao delito de exploração de prestígio, que 
está localizado, no Código Penal, no seu artigo 357. A 
conduta incriminada é explorar prestígio que se arroga 
ter sobre juiz, jurado, membro do Ministério Público, 
funcionário da Justiça, perito, tradutor, intérprete ou 
testemunha. 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
Leonardo Tavares 
61. Julgue o item a seguir no tocante aos ‘remédios’ 
constitucionais no processo penal. 
De acordo com o Supremo Tribunal Federal, não é 
cabível habeas corpus contra decisão monocrática de 
ministro de tribunal. 
Gabarito: Certo 
Comentários: de acordo com o STF, realmente não cabe 
habeas corpus contra ato de ministro ou órgão 
fracionário. 
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7º Simulado Progressivo – Delegado da PF – 06/03/2021 
 
Ementa: HABEAS CORPUS. DIREITO PROCESSUAL PENAL. 
IMPETRAÇÃO CONTRA ATO DE MINISTRO RELATOR DO 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DESCABIMENTO. NÃO 
CONHECIMENTO. 1. Não cabe pedido de habeas corpus 
originário para o Tribunal Pleno contra ato de ministro 
ou outro órgão fracionário da Corte. 2. Writ não 
conhecido. (HC 105959, Relator(a): MARCO AURÉLIO, 
Relator(a) p/ Acórdão: EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, 
julgado em 17/02/2016, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-
123 DIVULG 14-06-2016 PUBLIC 15-06-2016) 
 
62. Sobre a sentença penal, julgue o item subsequente. 
Na sentença absolutória tida como imprópria, o juiz 
condena o réu pela prática da conduta; todavia, deixa de 
aplicar pena privativa de liberdade e submete-o a 
medida de segurança em razão da sua inimputabilidade 
penal. 
Gabarito: Errado 
Comentários: na sentença absolutória imprópria não há 
condenação, mas sim absolvição. 
Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na 
parte dispositiva, desde que reconheça: VI – existirem 
circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de 
pena (arts. 20, 21, 22, 23, 26 e § 1º do art. 28, todos do 
Código Penal), ou mesmo se houver fundada dúvida 
sobre sua existência; 
CP. Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença 
mental ou desenvolvimento mental incompleto ou 
retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, 
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato 
ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. 
Art. 97 - Se o agente for inimputável, o juiz determinará 
sua internação (art. 26). Se, todavia, o fato previsto como 
crime for punível com detenção, poderá o juiz submetê-
lo a tratamento ambulatorial. 
 
63. Em relação à sentença penal condenatória, avalie a 
seguinte afirmação. 
O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na 
denúncia ou queixa, pode atribuir-lhe definição jurídica 
diversa, desde que isso não provoque aplicação de pena 
mais grave, sob pena de violação ao princípio da 
correlação entre a imputação e a sentença. 
Gabarito: Errado 
Comentários: a emendatio libelli pode ocorrer mesmo se 
ensejar a aplicação de pena mais grave. 
Art. 383. O juiz, sem modificar a descrição do fato 
contida na denúncia ou queixa, poderá atribuir-lhe 
definição jurídica diversa, ainda que, em consequência, 
tenha de aplicar pena mais grave. 
 
64. Relativamente ao habeas corpus, avalie o item a 
seguir. 
É possível a impetração de habeas corpus em face de 
decisão que condenou o acusado a pena de multa, ainda 
que seja a única cominada. 
Gabarito: Errado 
Comentários: não é cabível o writ nesse caso, pois não 
há risco à liberdade do acusado. 
STF/Súmula 693. Não cabe habeas corpus contra decisão 
condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em 
curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a 
única cominada. 
 
65. Julgue o item a seguir considerando o disposto no 
Código de Processo Penal. 
A chamada mutatio libelli pode ocorrer quando o órgão 
do Ministério Público, após o encerramento da instrução 
probatória, concluir que o fato narrado na peça 
acusatória é diverso do efetivamentepraticado pelo 
acusado, promovendo o aditamento da denúncia. Sobre 
o aditamento a defesa será intimada, podendo o juiz 
acolhê-lo ou rejeitá-lo. 
Gabarito: Certo 
Comentários: a mutatio libelli está prevista no artigo 384 
do CPP, não sendo o juiz obrigado a aceitá-la. Trata-se de 
uma acusação formal, o raciocínio é basicamente o 
mesmo que aquele adotado para a denúncia. 
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7º Simulado Progressivo – Delegado da PF – 06/03/2021 
 
Art. 384. Encerrada a instrução probatória, se entender 
cabível nova definição jurídica do fato, em consequência 
de prova existente nos autos de elemento ou 
circunstância da infração penal não contida na acusação, 
o Ministério Público deverá aditar a denúncia ou queixa, 
no prazo de 5 (cinco) dias, se em virtude desta houver 
sido instaurado o processo em crime de ação pública, 
reduzindo-se a termo o aditamento, quando feito 
oralmente. [...] 
§ 2º Ouvido o defensor do acusado no prazo de 5 (cinco) 
dias e admitido o aditamento, o juiz, a requerimento de 
qualquer das partes, designará dia e hora para 
continuação da audiência, com inquirição de 
testemunhas, novo interrogatório do acusado, realização 
de debates e julgamento. 
§ 5º Não recebido o aditamento, o processo prosseguirá. 
 
66. Em relação aos remédios constitucionais, avalie o 
item subsequente. 
Considerando o procedimento simplificado que deve ser 
observado no julgamento do habeas corpus, inclusive 
com necessidade de prova pré-constituída do direito 
alegado, a jurisprudência considera incabível a 
impetração com fundamento em excesso de prazo 
injustificado na prestação jurisdicional, mesmo que tal 
mora não seja imputável ao próprio acusado e à defesa. 
Gabarito: Errado 
Comentários: É cabível habeas corpus em razão da 
demora injustificada na prestação jurisdicional não 
ocasionada pela defesa. 
PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS 
CORPUS. EXCESSO DE PRAZO PARA O PROFERIMENTO DA 
SENTENÇA. PRISÃO PROCESSUAL EM 2011 E CONCLUSOS 
OS AUTOS PARA SENTENÇA DESDE 2016. DECISÃO 
MANTIDA. AGRAVO REGIMENTAL NÃO PROVIDO. 1. A 
conclusão da instrução criminal não tem as 
características de fatalidade e de improrrogabilidade, 
fazendo-se imprescindível raciocinar com o juízo de 
razoabilidade para definir o excesso de prazo, não se 
ponderando a mera soma aritmética dos prazos para os 
atos processuais. 2. No caso, evidencia-se o 
constrangimento ilegal por excesso de prazo para 
prolação da sentença, pois o paciente, embora no curso 
da ação penal possa ter contribuído para sua delonga, 
não deu causa à atual mora processual, perdurando a 
prisão desde 13/12/2011, ou seja, há quase 8 anos, em 
ação penal que aguarda sentença desde abril de 2016. 3. 
Agravo regimental improvido. (AgRg no HC 533.019/BA, 
Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, SEXTA TURMA, julgado em 
26/11/2019, DJe 03/12/2019) 
 
67. De acordo com a Constituição Federal, “conceder-se-
á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar 
ameaçado de sofrer violência ou coação em sua 
liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de 
poder”. A esse respeito, julgue o item subsequente. 
É possível a impetração de habeas corpus pelo acusado 
com o objetivo de rever a condenação e obter a 
absolvição, com fundamento na insuficiência de provas 
de autoria, relativamente à contradição de depoimentos 
prestados por testemunhas. 
Gabarito: Errado 
Comentários: não é cabível habeas corpus com objetivo 
de reanálise das provas. 
STJ, Jurisprudência em Teses - Edição n. 36. 5) O habeas 
corpus é ação de rito célere e de cognição sumária, não 
se prestando a analisar alegações relativas à absolvição 
que demandam o revolvimento de provas. 
 
68. Relativamente à coisa julgada, julgue a seguinte 
afirmação. 
Apesar de existir, também no processo penal, a figura da 
coisa julgada, tal instituto se aplica de forma absoluta 
apenas em relação à sentença penal absolutória, tendo 
em vista que a sentença condenatória estará apta à 
revisão criminal prevista no artigo 621 do Código de 
Processo Penal, mesmo depois da extinção da pena. 
Gabarito: Certo 
Comentários: a sentença condenatória é passível de 
revisão criminal, mesmo depois da extinção da pena, não 
sendo definitivamente atingida pela coisa julgada 
Art. 621. A revisão dos processos findos será admitida: 
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I - quando a sentença condenatória for contrária ao texto 
expresso da lei penal ou à evidência dos autos; 
II - quando a sentença condenatória se fundar em 
depoimentos, exames ou documentos 
comprovadamente falsos; 
III - quando, após a sentença, se descobrirem novas 
provas de inocência do condenado ou de circunstância 
que determine ou autorize diminuição especial da pena. 
Art. 622. A revisão poderá ser requerida em qualquer 
tempo, antes da extinção da pena ou após. 
Parágrafo único. Não será admissível a reiteração do 
pedido, salvo se fundado em novas provas. 
 
69. Avalie a afirmação a seguir no tocante ao mandado 
de segurança em matéria penal. 
É possível a impetração de mandado de segurança 
sempre que ficar caracterizado abuso de poder praticado 
por autoridade pública, violando direito líquido e certo 
do acusado. Sendo assim, será admitido o writ, por 
exemplo, no caso de surgirem novas provas sobre a 
inocência do réu, traduzindo a violação sumária do seu 
estado de inocência. 
Gabarito: Errado 
Comentários: nesse caso será cabível a revisão criminal, 
não sendo possível a impetração do mandado de 
segurança (caráter residual). 
Art. 621. A revisão dos processos findos será admitida: 
III - quando, após a sentença, se descobrirem novas 
provas de inocência do condenado ou de circunstância 
que determine ou autorize diminuição especial da pena. 
Súmula 267/STF: não cabe mandado de segurança 
contra ato judicial passível de recurso ou correição. 
 
70. Relativamente à sentença penal, julgue o item a 
seguir. 
O juiz deverá absolver o réu, entre outros casos previstos 
na legislação, quando verificar estar provada a 
inexistência do fato, quando estiver provado que o réu 
não concorreu para a infração penal ou existirem 
circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de 
pena. 
Gabarito: Certo 
Comentários: nesses casos o réu deverá ser absolvido, 
conforme hipóteses do art. 386 do CPP. 
Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na 
parte dispositiva, desde que reconheça: 
I - estar provada a inexistência do fato; 
II - não haver prova da existência do fato; 
III - não constituir o fato infração penal; 
IV – estar provado que o réu não concorreu para a 
infração penal; 
V – não existir prova de ter o réu concorrido para a 
infração penal; 
VI – existirem circunstâncias que excluam o crime ou 
isentem o réu de pena (arts. 20, 21, 22, 23, 26 e § 1º do 
art. 28, todos do Código Penal), ou mesmo se houver 
fundada dúvida sobre sua existência; 
VII – não existir prova suficiente para a condenação. 
 
71. No tocante à coisa julgada no processo penal, julgue 
o item subsequente. 
Os limites objetivos da coisa julgada referem-se à 
classificação jurídica realizada, de modo a se impedir o 
bis in idem. Assim, alguém que seja acusado de furto (art. 
155 do CP) e posteriormente absolvido definitivamente, 
poderá perfeitamente ser acusado de roubo (art. 157 do 
CP), em relação à mesma subtração (mesma situação 
concreta), para evitar injustiças e impunidades, desde 
que nova denúncia seja apresentada, de forma correta, 
viabilizando ampla defesa e contraditório. 
Gabarito: Errado 
Comentários: o objeto da coisa julgada no processo 
penal se consolida em relação aos fatos, à realidade 
histórica, não em relação à qualificaçãojurídica. 
 
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72. Julgue o item a seguir. 
De acordo com o que estabelece o Código de Processo 
Penal, nos crimes de ação pública, caso o Ministério 
Público requeira a absolvição, em alegações finais, o juiz 
não poderá condenar o réu, pois isso violaria o sistema 
acusatório. 
Gabarito: Errado 
Comentários: não obstante a crítica de parte da 
doutrina, a disposição vigente no CPP é em sentido 
contrário, permitindo ao juiz que condene nesses casos. 
Art. 385. Nos crimes de ação pública, o juiz poderá 
proferir sentença condenatória, ainda que o Ministério 
Público tenha opinado pela absolvição, bem como 
reconhecer agravantes, embora nenhuma tenha sido 
alegada. 
 
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL 
Ivan Marques 
73. As glebas cultivadas com plantações ilícitas serão 
desapropriadas, nos termos da Constituição da 
República. 
Gabarito: Errado 
Comentários: Lei 11.343/2006. Art. 32. (...) § 4º As glebas 
cultivadas com plantações ilícitas serão expropriadas, 
conforme o disposto no art. 243 da Constituição Federal, 
de acordo com a legislação em vigor. 
 
74. A venda de droga a agente policial disfarçado possui, 
apenas, consequência processual penal, com a ilicitude 
do flagrante lavrado. 
Gabarito: Errado 
Comentários: Lei nº 11.343/2006 
Art. 33. (...) § 1º Nas mesmas penas incorre quem: (...) 
IV - vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo 
ou produto químico destinado à preparação de drogas, 
sem autorização ou em desacordo com a determinação 
legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado, 
quando presentes elementos probatórios razoáveis de 
conduta criminal preexistente. (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
 
75. O acordo de colaboração premiada poderá ser 
precedido de instrução, quando houver necessidade de 
identificação ou complementação de seu objeto, dos 
fatos narrados, sua definição jurídica, relevância, 
utilidade e interesse público. 
Gabarito: Certo 
Comentários: Lei 12.850/2013. Art. 3º-B. 
§ 4º O acordo de colaboração premiada poderá ser 
precedido de instrução, quando houver necessidade de 
identificação ou complementação de seu objeto, dos 
fatos narrados, sua definição jurídica, relevância, 
utilidade e interesse público. (Incluído pela Lei nº 
13.964, de 2019) 
 
76. Ns termos da Lei 12.850/2013, a ação controlada 
necessita, apenas, de comunicação ao juiz competente, 
sendo prescindível prévia autorização. 
Gabarito: Certo 
Comentários: Lei 12.850/2013. Art. 8º § 1º 
Art. 8º (...) § 1º O retardamento da intervenção policial 
ou administrativa será previamente comunicado ao juiz 
competente que, se for o caso, estabelecerá os seus 
limites e comunicará ao Ministério Público. 
 
77. A Comissão de Valores Mobiliários - CVM e o Banco 
Central do Brasil poderão atuar como assistentes de 
acusação em crimes contra o Sistema Financeiro 
Nacional. 
Gabarito: Certo 
Comentários: 
Lei 7.492/86. Art. 26. (...) Parágrafo único. Sem prejuízo 
do disposto no art. 268 do Código de Processo Penal, 
aprovado pelo Decreto-lei nº 3.689, de 3 de outubro de 
1941, será admitida a assistência da Comissão de Valores 
Mobiliários - CVM, quando o crime tiver sido praticado 
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7º Simulado Progressivo – Delegado da PF – 06/03/2021 
 
no âmbito de atividade sujeita à disciplina e à fiscalização 
dessa Autarquia, e do Banco Central do Brasil quando, 
fora daquela hipótese, houver sido cometido na órbita 
de atividade sujeita à sua disciplina e fiscalização. 
 
78. A gestão temerária, pelo risco envolvido, possui 
repressão penal maior do que a mera gestão 
fraudulenta. 
Gabarito: Errado 
Comentários: Lei 7.492/86. 
Art. 4º Gerir fraudulentamente instituição financeira: 
Pena - Reclusão, de 3 (três) a 12 (doze) anos, e multa. 
Parágrafo único. Se a gestão é temerária: 
Pena - Reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa. 
 
79. A sentença que decreta a falência, concede a 
recuperação judicial ou concede a recuperação 
extrajudicial é condição objetiva de procedibilidade para 
as infrações penais descritas na legislação falencial. 
Gabarito: Errado 
Comentários: Lei 11.101/2005. 
Art. 180. A sentença que decreta a falência, concede a 
recuperação judicial ou concede a recuperação 
extrajudicial de que trata o art. 163 desta Lei é condição 
objetiva de punibilidade das infrações penais descritas 
nesta Lei. 
 
80. A decretação da falência do devedor suspende a 
prescrição cuja contagem tenha iniciado com a 
concessão da recuperação judicial ou com a 
homologação do plano de recuperação extrajudicial. 
Gabarito: Errado 
Comentários: Lei 11.101/2005. 
Art. 182. Parágrafo único. A decretação da falência do 
devedor interrompe a prescrição cuja contagem tenha 
iniciado com a concessão da recuperação judicial ou com 
a homologação do plano de recuperação extrajudicial. 
 
81. Quem mantém, na mesma cela, adolescente na 
companhia de maior de idade, pratica crime do Estatuto 
da Criança e do Adolescente. 
Gabarito: Errado 
Comentários: Lei nº 13.869/2019 
Art. 21. (...) Parágrafo único. Incorre na mesma pena 
quem mantém, na mesma cela, criança ou adolescente 
na companhia de maior de idade ou em ambiente 
inadequado, observado o disposto na Lei nº 8.069, de 13 
de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente). 
 
82. O prazo impeditivo para prisões decorrentes de 
mandado judicial para eleitores vai de 5 dias anteriores 
à eleição até 48 depois do pleito, sendo o prazo mais 
elástico para candidatos. 
Gabarito: Certo 
Comentários: Lei nº 4.737/1965 
Art. 236. Nenhuma autoridade poderá, desde 5 (cinco) 
dias antes e até 48 (quarenta e oito) horas depois do 
encerramento da eleição, prender ou deter qualquer 
eleitor, salvo em flagrante delito ou em virtude de 
sentença criminal condenatória por crime inafiançável, 
ou, ainda, por desrespeito a salvo-conduto. § 1º Os 
membros das mesas receptoras e os fiscais de partido, 
durante o exercício de suas funções, não poderão ser 
detidos ou presos, salvo o caso de flagrante delito; da 
mesma garantia gozarão os candidatos desde 15 (quinze) 
dias antes da eleição. § 2º Ocorrendo qualquer prisão o 
preso será imediatamente conduzido à presença do juiz 
competente que, se verificar a ilegalidade da detenção, 
a relaxará e promoverá a responsabilidade do coator. 
 
83. Pratica crime quem expõe o consumidor endividado 
à situação embaraçosa com um carro de som gritando 
"caloteiro" na frente da sua residência. 
Gabarito: Certo 
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Comentários: Lei 8.078/90. Art. 71. Utilizar, na cobrança 
de dívidas, de ameaça, coação, constrangimento físico 
ou moral, afirmações falsas incorretas ou enganosas ou 
de qualquer outro procedimento que exponha o 
consumidor, injustificadamente, a ridículo ou interfira 
com seu trabalho, descanso ou lazer: Pena Detenção de 
três meses a um ano e multa. 
 
84. A repressão penal será idêntica para as condutas de 
possuir arma de fogo, acessório ou munição de uso 
restrito ou proibido. 
Gabarito: Errado 
Comentários: Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, 
fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, 
ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, 
empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de 
fogo, acessório ou munição de uso restrito, sem 
autorização e em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar: Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, 
e multa. 
§ 2º Se as condutas descritas no caput e no § 1º deste 
artigo envolverem arma de fogo de uso proibido, a pena 
é de reclusão,de 4 (quatro) a 12 (doze) anos. (Incluído 
pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
DIREITO EMPRESARIAL 
Alessandro Sanchez 
85. Julgue o item: 
O estabelecimento é considerado todo complexo de 
bens organizado, para exercício da empresa, por 
empresário, ou por sociedade empresária, confundindo-
se com o conceito de empresa enquanto atividade 
econômica organizada para a produção ou a circulação 
de bens ou de serviços. 
Gabarito: Errado 
Comentários: Não há que se falar em confusão entre os 
institutos de empresa e estabelecimento vez que, se 
assim fosse, o contrato de trespasse poderia ser 
reconhecido como uma sucessão empresarial. 
 
86. Julgue o item a seguir, referente a marca de alto 
renome. 
A proteção da marca de alto renome limita-se ao 
território nacional. 
Gabarito: Certo 
Comentários: A marca de alto renome, desde que 
registrada no Brasil, gozará de proteção em todo o 
território, nos termos do art. 125 da Lei 9.279/96 
Art. 125. À marca registrada no Brasil considerada de alto 
renome será assegurada proteção especial, em todos os 
ramos de atividade. 
 
87. luz das disposições do Código Civil sobre títulos de 
crédito, assinale a opção correta. 
O pagamento de título de crédito que contenha 
obrigação de pagar soma determinada pode ser, no todo 
ou em parte, garantido por aval. 
Gabarito: Errado 
Comentários: O aval parcial é vedado pelo parágrafo 
único do art. 897 do Código Civil! 
Art. 897. O pagamento de título de crédito, que contenha 
obrigação de pagar soma determinada, pode ser 
garantido por aval. 
Parágrafo único. É vedado o aval parcial. 
 
88. A transferência do estabelecimento empresarial 
importa a sub-rogação do adquirente nos contratos 
estipulados para exploração do estabelecimento, se não 
tiverem caráter pessoal, podendo os terceiros rescindir 
o contrato em 90 (noventa) dias a contar da publicação 
da transferência, se ocorrer justa causa, ressalvada, 
neste caso, a responsabilidade do alienante. 
Gabarito: Certo 
Comentários: É literalidade do art. 1.148 do Código Civil. 
Art. 1.148. Salvo disposição em contrário, a transferência 
importa a sub-rogação do adquirente nos contratos 
estipulados para exploração do estabelecimento, se não 
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tiverem caráter pessoal, podendo os terceiros rescindir 
o contrato em noventa dias a contar da publicação da 
transferência, se ocorrer justa causa, ressalvada, neste 
caso, a responsabilidade do alienante. 
 
89. No que se refere ao contrato de franquia, julgue o 
item: 
No mínimo dez dias antes da assinatura do contrato, de 
pré-contrato ou de qualquer pagamento, deve ser 
entregue ao candidato a franqueado a Circular de Oferta 
de Franquia. 
Gabarito: Certo 
Comentários: É o que prevê o §1º do art. 2º da Lei 
13.966/18 
Art. 2º, § 1º A Circular de Oferta de Franquia deverá ser 
entregue ao candidato a franqueado, no mínimo, 10 
(dez) dias antes da assinatura do contrato ou pré-
contrato de franquia ou, ainda, do pagamento de 
qualquer tipo de taxa pelo franqueado ao franqueador 
ou a empresa ou a pessoa ligada a este, salvo no caso de 
licitação ou pré-qualificação promovida por órgão ou 
entidade pública, caso em que a Circular de Oferta de 
Franquia será divulgada logo no início do processo de 
seleção. 
 
90. Julgue o item seguinte, relativos a institutos 
complementares do direito empresarial, teoria geral dos 
títulos de crédito, responsabilidade dos sócios, falência e 
recuperação empresarial. 
Os livros comerciais, os títulos ao portador e os 
transmissíveis por endosso equiparam-se, para fins 
penais, a documento público, sendo a sua falsificação 
tipificada como crime. 
Gabarito: Certo 
Comentários: É o que se depreende da leitura do art. 
297, caput e §2º do Código Penal: 
Art. 297 CP - Falsificar, no todo ou em parte, documento 
público, ou alterar documento público verdadeiro: 
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. 
§ 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a 
documento público o emanado de entidade 
paraestatal, o título ao portador ou transmissível por 
endosso, as ações de sociedade comercial, os livros 
mercantis e o testamento particular. 
 
91. Em relação ao conceito e à natureza do 
estabelecimento, ao fundo de comércio e à sucessão 
comercial, à natureza e às espécies de nome empresarial 
e ao registro de empresas, julgue o item a seguir. 
O imóvel de uma sociedade empresarial utilizado 
exclusivamente como clube para seus funcionários 
integra o estabelecimento empresarial. 
Gabarito: Errado 
Comentários: Para ser considerado como parte do 
estabelecimento comercial, o bem deverá estar à 
disposição do exercício da empresa, o que não é o caso. 
Art. 1.142. CC Considera-se estabelecimento todo 
complexo de bens organizado, para exercício da 
empresa, por empresário, ou por sociedade empresária. 
 
92. A respeito dos procedimentos do registro de marcas, 
julgue o item. 
Para requerer o registro de uma marca, é preciso que a 
pessoa natural ou jurídica de direito privado interessada 
efetivamente exerça a atividade econômica vinculada à 
marca que deseja registrar. 
Gabarito: Certo 
Comentários: Exata disposição do que prevê o art. 128 
da Lei 9.279! 
Art. 128. Podem requerer registro de marca as pessoas 
físicas ou jurídicas de direito público ou de direito 
privado. § 1º As pessoas de direito privado só podem 
requerer registro de marca relativo à atividade 
que exerçam efetiva e licitamente, de modo direto ou 
através de empresas que controlem direta ou 
indiretamente, declarando, no próprio requerimento, 
esta condição, sob as penas da lei. 
 
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7º Simulado Progressivo – Delegado da PF – 06/03/2021 
 
CRIMINOLOGIA 
Flávio Milhomem 
93. Dentre as teorias sociológicas conflitivas da 
Criminologia, a criminologia crítica é aquela fundada 
numa teoria econômico-política do delito. Para os 
críticos, a classe dominante está interessada na 
contenção do crime em limites que não prejudiquem a 
funcionalidade do sistema econômico-social e os 
próprios interesses. 
Gabarito: Certo 
Comentários: As principais tarefas que incumbem aos 
representantes da criminologia crítica são construir uma 
teoria materialista (econômico-política) do desvio, dos 
comportamentos socialmente negativos e da 
criminalização, e elaborar as linhas de uma política 
criminal alternativa. 
 
94. Segundos os estudos da Vitimologia, o sofrimento da 
vítima não se limita ao episódio criminoso traumático 
por ela suportado, alcançando outras fases que podem 
agravar ainda mais o seu sofrimento. O tema foi 
sistematizado por meio dos chamados processos de 
vitimização; e, neste contexto, a sobrevitimização 
decorre do próprio sistema de justiça criminal. Trata-se 
do constrangimento suportado pela vítima diante dos 
procedimentos regulares (ou irregulares) das instâncias 
formais de controle social (polícias, ministério público, 
poder judiciário, etc.). 
Gabarito: Certo 
Comentários: A vitimização secundária 
(sobrevitimização/revitimização) é aquela causada pelas 
instâncias formais de controle social, no decorrer do 
processo de registro e apuração do crime, com o 
sofrimento adicional causado pela dinâmica do sistema 
de justiça criminal (inquérito policial e processo penal). 
 
95. Acerca das etapas histórico-evolutivas da 
Criminologia, pode-se afirmar que A Escola Clássica se 
valia do método indutivo-experimental para investigar a 
Criminogênese. 
Gabarito: Errado 
Comentários: O método indutivo-experimental passou a 
ser adotado somente com a escola positivista, numa 
tentativa de analisar fenômenos sociais, a partir da 
metodologia reservada à ciências naturais. 
 
96. No tocante às características da Criminologia