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Aula 06
Direito Previdenciário p/ Polícia Federal
(Delegado) - Pós-Edital
Autor:
Felipe Cavalcante e Silva
Aula 06
4 de Fevereiro de 2021
 
1 
Atualizada com a EC 103/19 e com o Dec. 10.410/20 
Sumário 
Crimes previdenciários........................................................................................................................... 2 
1. Art. 171 - Estelionato Previdenciário ......................................................................................................... 2 
2. Art. 297 - Falsificação de Documento Público ........................................................................................ 3 
3. Art. 168-A - Apropriação Indébita Previdenciária ............................................................................... 4 
4. Art. 337-A - Sonegação de Contribuição Previdenciária ................................................................... 5 
5. Art. 313-A - INSERÇÃO DE DADOS FALSOS EM SISTEMA DE INFORMAÇÕES ......................... 7 
6. Art. 313-B - Modificação Não Autorizada de Sistema de Informações ........................................ 7 
Jurisprudência consolidada .................................................................................................................... 9 
1. STF - Súmulas vinculantes............................................................................................................................... 9 
2. STF – Temas de repercussão geral ............................................................................................................ 10 
3. STF – Súmulas comuns ................................................................................................................................... 22 
4. STJ – Recursos repetitivos ............................................................................................................................. 23 
5. STJ – Súmulas ...................................................................................................................................................... 34 
6. TNU – Pedidos de Uniformização de Jurisprudência ......................................................................... 37 
7. TNU - Súmulas .................................................................................................................................................... 46 
Considerações finais ............................................................................................................................ 52 
Lista de Questões ................................................................................................................................. 53 
Questões sem comentário ................................................................................................................... 60 
Gabarito ............................................................................................................................................... 63 
 
Felipe Cavalcante e Silva
Aula 06
Direito Previdenciário p/ Polícia Federal (Delegado) - Pós-Edital
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2 
 CRIMES PREVIDENCIÁRIOS 
Até a edição da Lei n. 9.983/2000, a tipificação dos crimes contra a previdência constava, em sua 
maioria, no artigo 95 da Lei 8.212/91. Após a publicação daquela lei, os ilícitos penais previdenciários 
foram reunidos no Código Penal. 
Apesar de vários crimes contra a administração pública serem potencialmente lesivos contra a 
previdência, trataremos apenas dos que foram trazidos pela lei n. 9.983/2000. Abordaremos, ainda, 
o crime de estelionato previdenciário (que já estava tipificado no Código Penal e não foi alterado pela 
lei n. 9.983/2000). 
Podemos dividir os crimes previdenciários em três grupos: 
Crimes para a concessão indevida de benefícios 
 Art. 171 - Estelionato previdenciário 
 Art. 297 - Falsificação de documento público 
Crimes para a obtenção vantagem tributária 
 Art. 168-A - Apropriação indébita previdenciária 
 Art. 337-A - Sonegação de contribuição previdenciária 
Crimes relacionados aos sistemas informatizados da previdência 
 Art. 313-A - Inserção de dados falsos em sistema de informações 
 Art. 313-B - Modificação não autorizada de sistema de informações 
 
1. ART. 171 - ESTELIONATO PREVIDENCIÁRIO 
Estelionato 
Art. 171. Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo 
ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio 
fraudulento: 
Pena – reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa. 
(...) 
§3º. A pena aumenta-se de um terço, se o crime é cometido em detrimento de entidade 
de direito público ou de instituto de economia popular, assistência social ou 
beneficiência. 
No crime de estelionato, o bem jurídico tutelado é o patrimônio (e, no caso do §3º, o patrimônio da 
entidade pública). 
Felipe Cavalcante e Silva
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3 
O crime é comum, podendo ser praticado por qualquer sujeito ativo que induza ou mantenha a 
vítima em erro, mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento. 
A conduta típica vem expressa pelo verbo obter. Somente se consuma com o resultado material (a 
vantagem ilícita obtida em prejuízo alheio, por meio de indução em erro, artifício, ardil ou fraude). 
Como há uma conduta ativa (induzir ou manter alguém em erro), admite-se a tentativa. 
O crime somente é punível com o elemento subjetivo dolo, pois não foi prevista modalidade culposa. 
A ação penal é pública incondicionada. 
Um exemplo frequente ocorre no saque indevido de benefícios após o óbito do 
segurado: o familiar deixa de informar o falecimento para continuar sacando o benefício 
após o óbito daquele. 
No caso acima, o crime somente se verifica se houver o dolo de obtenção da vantagem 
ilícita, bem como a prática de algum ato para manter/induzir o INSS em erro (como a 
renovação de senha após o falecimento – o que somente deveria ser realizado pelo titular 
do benefício). 
2. ART. 297 - FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO PÚBLICO 
Falsificação de documento público 
Art. 297. Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento 
público verdadeiro: 
Pena – reclusão de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. 
§1º. Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, 
aumenta-se a pena de sexta parte. 
§2º. Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade 
parestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade 
comercial, os livros mercantis e o testamento particular. 
§3º. Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir: 
I – na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer 
prova perante à previdência social, pessoa que não possua a qualidade de segurado 
obrigatório; 
II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que 
deva produzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que 
deveria ter sido escrita; 
III – em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as 
obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que 
deveria ter constado. 
§4º. Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos acima mencionados no § 
3º, nome do segurado e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de 
trabalho ou de prestação de serviços. 
Como estamos focando nos crimes contra a previdência, vou direto ao art. 297, §3º. 
Felipe Cavalcante e Silva
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4 
O bem jurídico tutelado é a fé pública (autenticidade dos documentos apresentados à Previdência 
Social). 
Trata-se um crime comum (pode ser praticado por qualquer pessoa da sociedade). 
A conduta típica vem expressa pelo verbo inserir (declaração falsa/diversa da que deveriaser 
escrita). A consumação ocorre com a efetiva falsificação ou alteração dos dados, independentemente 
de qualquer outro efeito ou resultado material. 
Se o agente for funcionário público, a pena será aumentada! 
O crime somente é punível com o elemento subjetivo dolo, pois não foi prevista modalidade culposa. 
Como há uma conduta ativa (falsificar, alterar, inserir), admite-se a tentativa. 
A ação penal é pública incondicionada. 
A conduta, aqui, é um pouco mais grave da que ocorre no estelionato previdenciário. Ao 
invés de simplesmente induzir/manter o sujeito passivo em erro, temos a efetiva 
adulteração de documentos aptos a fazer prova perante a previdência. 
3. ART. 168-A - APROPRIAÇÃO INDÉBITA PREVIDENCIÁRIA 
Apropriação indébita previdenciária 
Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos 
contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional: (Incluído pela Lei nº 9.983, 
de 2000) 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 
 
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem deixar de: 
I - recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância destinada à previdência 
social que tenha sido descontada de pagamento efetuado a segurados, a terceiros ou 
arrecadada do público; 
II - recolher contribuições devidas à previdência social que tenham integrado despesas 
contábeis ou custos relativos à venda de produtos ou à prestação de serviços; 
III - pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores já tiverem 
sido reembolsados à empresa pela previdência social. 
 
§ 2º É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua 
o pagamento das contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas 
à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação 
fiscal. 
 
§ 3º É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente 
for primário e de bons antecedentes, desde que: 
I - tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o 
pagamento da contribuição social previdenciária, inclusive acessórios; ou 
Felipe Cavalcante e Silva
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5 
II - o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele 
estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o 
ajuizamento de suas execuções fiscais. 
 
§ 4º A faculdade prevista no §3º deste artigo não se aplica aos casos de parcelamento de 
contribuições cujo valor, inclusive dos acessórios, seja superior àquele estabelecido, 
administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções 
fiscais. (Incluído pela Lei nº 13.606, de 2018) 
O bem jurídico tutelado é o patrimônio da Previdência Social. 
A conduta típica vem expressa pelo verbo deixar, que denota omissão própria. O crime consiste em 
deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes no prazo e na 
forma legal ou convencional. 
Apenas a pessoa responsável pelo repasse dos valores à Previdência Social pode figurar como sujeito 
ativo (crime próprio). 
Apesar de muitas vezes aproveitar à pessoa jurídica, as sanções visam a pessoa física (o indivíduo que 
tinha a obrigação de fazer o recolhimento dos tributos, mas deixou de fazê-lo). 
O sujeito passivo é a previdência social (que pode ser representada pela União ou pelos 
Estados/DF/Municípios, a depender do caso concreto). 
Como a lei não menciona a modalidade culposa, o crime somente é punível com o 
elemento subjetivo dolo. 
Não se admite a tentativa, pois se trata de crime omissivo próprio. 
Trata-se de norma penal em branco, uma vez que a consumação do crime está subordinada ao prazo 
e forma legal ou convencional, estabelecidos na Lei n. 8.212/91. 
A ação penal é pública incondicionada. Será processada na Justiça Federal se o crime for praticado 
contra o RGPS ou contra o RPPS da União. Nos demais casos, tramitará perante a Justiça comum 
estadual. 
4. ART. 337-A - SONEGAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO 
PREVIDENCIÁRIA 
Sonegação de contribuição previdenciária 
Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer acessório, 
mediante as seguintes condutas: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 
I - omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de informações previsto 
pela legislação previdenciária segurados empregado, empresário, trabalhador avulso ou 
trabalhador autônomo ou a este equiparado que lhe prestem serviços; 
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II - deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da empresa as 
quantias descontadas dos segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador de 
serviços; 
III - omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, remunerações pagas ou 
creditadas e demais fatos geradores de contribuições sociais previdenciárias: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. 
§ 1º É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara e confessa as 
contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência 
social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal. 
§ 2º É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente 
for primário e de bons antecedentes, desde que: 
I - (VETADO) 
II - o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele 
estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o 
ajuizamento de suas execuções fiscais. 
§ 3º Se o empregador não é pessoa jurídica e sua folha de pagamento mensal não 
ultrapassa R$ 1.510,00 (um mil, quinhentos e dez reais), o juiz poderá reduzir a pena de 
um terço até a metade ou aplicar apenas a de multa. 
§ 4º O valor a que se refere o parágrafo anterior será reajustado nas mesmas datas e nos 
mesmos índices do reajuste dos benefícios da previdência social. 
O bem jurídico tutelado é o patrimônio da Previdência Social. 
A conduta típica é omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de informação 
previsto pela legislação previdenciária, segurados, empregado, empresário, trabalhador avulso ou 
trabalhador autônomo ou a este equiparado que lhe prestem serviços; Deixar de lançar mensalmente 
nos títulos próprios da contabilidade da empresa as quantias descontadas dos segurados ou as 
devidas pelo empregador ou pelo tomador de serviços; Omitir, total ou parcialmente, receitas ou 
lucros auferidos, remunerações pagas ou creditadas e demais fatos geradores de contribuições 
sociais previdenciárias. 
O sujeito ativo é o contribuinte ou outra pessoa que tenha a obrigação legal de cumprir as condutas 
típicas. 
O sujeito passivo é a Previdência Social (União, no caso do RGPS/RPPS federal, ou 
Estados/DF/Municípios, no caso dos regimes próprios de servidores). 
O crime somente é punível com o elemento subjetivo dolo. 
Admite-se a tentativa. 
A consumação ocorre com a supressão ou redução da contribuição social previdenciária ou seus 
acessórios (lançamento no E-Social). 
A ação penal é pública incondicionada. 
Felipe Cavalcante e Silva
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Em termos bastante simplificados, no crime de sonegação o indivíduo age para deixar de 
pagar tributo devido. No crime de apropriação indébita, o indivíduo retém, para si, 
dinheiro arrecadado de terceiros que deveria apenas transitar por suas mãos. 
5. ART. 313-A - INSERÇÃO DE DADOS FALSOS EM 
SISTEMA DE INFORMAÇÕES 
Inserção de dados falsos em sistema de informações 
Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, 
alterar ou excluir indevidamentedados corretos nos sistemas informatizados ou bancos 
de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para 
outrem ou para causar dano: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 
 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. 
O bem jurídico tutelado é a regularidade dos sistemas informatizados ou bancos de dados da 
Administração Pública. 
A conduta típica é expressa pelos verbos inserir, facilitar, alterar ou excluir. 
Trata-se de crime próprio, pois somente pode ser cometido por funcionário autorizado a acessar os 
sistemas (o indivíduo a quem foi confiado o acesso). 
Apenas é punível a modalidade dolosa, exigindo-se o dolo específico de obtenção de proveito. 
O crime é formal, considerando-se consumado independentemente da ocorrência de qualquer 
resultado material. 
Admite-se a tentativa. 
A ação penal é pública incondicionada. Será processada na Justiça Federal se o crime for praticado 
contra o RGPS ou contra o RPPS da União. Nos demais casos, tramitará perante a Justiça comum 
estadual. 
6. ART. 313-B - MODIFICAÇÃO NÃO AUTORIZADA DE SISTEMA 
DE INFORMAÇÕES 
Modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações 
Art. 313-B. Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de 
informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente: (Incluído pela 
Lei nº 9.983, de 2000) 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
Parágrafo único. As penas são aumentadas de um terço até a metade se da modificação 
ou alteração resulta dano para a Administração Pública ou para o administrado. 
Felipe Cavalcante e Silva
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8 
O bem jurídico tutelado é a regularidade dos sistemas informatizados ou bancos de dados da 
Administração Pública (exatamente como no caso do art. 313-A). 
A conduta típica vem expressa pelos verbos modificar ou alterar. 
Trata-se de crime próprio que somente pode ser praticado por “funcionário”. 
Somente é punível a modalidade dolosa. Ao contrário do art. 313-A, não se exige dolo específico de 
proveito próprio ou alheio. 
Admite-se a tentativa. 
O crime é formal, considerando-se consumado independentemente da ocorrência de qualquer 
resultado material. 
Se houver resultado lesivo, a pena é aumentada (parágrafo único). 
A ação penal é pública incondicionada. Será processada na Justiça Federal se o crime for praticado 
contra o RGPS ou contra o RPPS da União. Nos demais casos, tramitará perante a Justiça Estadual 
comum. 
Na inserção de dados falsos (313-A), temos crime praticado por funcionário autorizado 
a acessar os sistemas. Há uma grave quebra de confiança por parte de sujeito que deveria 
zelar pela integridade dos dados. Por isso, a pena vai até 12 anos de detenção. 
Na modificação não autorizada de dados (313-B), o sujeito ativo é mais abrangente do 
que o anterior. Qualquer funcionário pode ser punido pela prática do crime do art. 313-
B, ainda que não tenha autorização formal para acesso aos sistemas. 
Por força do art. 327 do Código Penal, quem exerce cargo ou função pública, ainda que 
de forma transitória e sem remuneração, entra no conceito de funcionário (ex: um 
estagiário ou funcionário terceirizado). Caso esses indivíduos utilizem a senha de 
terceiros para alterar os sistemas, incidirão no art. 313-B. 
 
 
Felipe Cavalcante e Silva
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9 
 JURISPRUDÊNCIA CONSOLIDADA 
Nesse capítulo, apresentamos ao aluno uma consolidação da jurisprudência do Supremo Tribunal 
Federal, do Superior Tribunal de Justiça e da Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais 
Federais em matéria previdenciária. 
Além das súmulas comuns e vinculantes, consolidamos, também, os temas de repercussão geral e 
recursos repetitivo organizados por ordem cronológica (mais recentes primeiro). Espero que seja útil! 
1. STF - SÚMULAS VINCULANTES 
As súmulas vinculantes do STF vinculam todo o judiciário e, também, a administração direta e indireta 
da União, Estados, DF e municípios (art. 103-A, da CF/88). 
A consolidação abaixo está atualizada até a Súmula Vinculante n. 58, conforme consulta realizada em 
janeiro de 2021. 
Súmula 
vinculante 
Enunciado 
Data de 
julgamento 
53 
A competência da Justiça do Trabalho prevista no art. 114, VIII, da 
Constituição Federal alcança a execução de ofício das 
contribuições previdenciárias relativas ao objeto da condenação 
constante das sentenças que proferir e acordos por ela 
homologados. 
18/06/2015 
33 
Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do regime 
geral da previdência social sobre aposentadoria especial de que 
trata o artigo 40, § 4º, inciso III da Constituição Federal, até a 
edição de lei complementar específica. 
09/04/2014 
3 
Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-
se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder 
resultar anulação ou revogação de ato administrativo que 
beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do 
ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão. 
30/05/2007 
 
Felipe Cavalcante e Silva
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10 
2. STF – TEMAS DE REPERCUSSÃO GERAL 
Os temas de repercussão geral divulgados pelo STF servem como paradigma para o julgamento de 
causas posteriores. Havendo coincidência entre o acórdão recorrido e a orientação divulgada pelo 
STF, os próximos recursos extraordinários serão negados na origem (art. 1.040 do CPC). 
A relação abaixo está atualizada até janeiro de 2021. 
Tema Leading Case Tese de Repercussão Geral 
Data de 
julgamento 
457 RE 659424 É inconstitucional, por transgressão ao princípio da isonomia 
entre homens e mulheres (CF, art. 5º, I), a exigência de requisitos 
legais diferenciados para efeito de outorga de pensão por morte 
de ex-servidores públicos em relação a seus respectivos 
cônjuges ou companheiros/companheiras (CF, art. 201, V). 
13/10/2020 
942 RE 1014286 Até a edição da Emenda Constitucional nº 103/2019, o direito à 
conversão, em tempo comum, do prestado sob condições 
especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física de 
servidor público decorre da previsão de adoção de requisitos e 
critérios diferenciados para a jubilação daquele enquadrado na 
hipótese prevista no então vigente inciso III do § 4º do art. 40 da 
Constituição da República, devendo ser aplicadas as normas do 
regime geral de previdência social relativas à aposentadoria 
especial contidas na Lei 8.213/1991 para viabilizar sua 
concretização enquanto não sobrevier lei complementar 
disciplinadora da matéria. Após a vigência da EC n.º 103/2019, o 
direito à conversão em tempo comum, do prestado sob 
condições especiais pelos servidores obedecerá à legislação 
complementar dos entes federados, nos termos da competência 
conferida pelo art. 40, § 4º-C, da Constituição da República. 
31/08/2020 
985 RE 1072485 É legítima a incidência de contribuição social sobre o valor 
satisfeito a título de terço constitucional de férias. 
31/08/2020 
578 RE 662423 (i) Ressalvado o direito de opção, a regra de transição do art. 8º, 
inciso II da Emenda Constitucional nº 20/98, somente se aplica 
aos servidores que, quando da sua publicação, ainda não 
reuniam os requisitos necessários para a aposentadoria; (ii) em 
se tratando de carreira pública escalonada em classes, a 
exigência instituída pelo art. 8º, inciso II da Emenda 
Constitucional n.º 20/98, de cinco anos de efetivo exercício no 
cargo no qual se dará a aposentadoria, deverá ser compreendida 
como cinco anos de efetivo exercício na carreira a que 
pertencente o servidor. 
25/08/2020 
Felipe Cavalcante e Silva
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452 RE 639138 É inconstitucional, por violação ao princípio da isonomia (art. 5º, 
I, da Constituição da República), cláusula de contrato de 
previdência complementar que, ao prever regras distintas entre 
homens e mulheres para cálculo e concessão de 
complementação de aposentadoria, estabelece valor inferior do 
benefício para as mulheres, tendo em conta o seu menor tempo 
de contribuição. 
18/08/2020 
72 RE 576967 É inconstitucional a incidência de contribuição previdenciária a 
cargo do empregador sobre o salário maternidade. 
05/08/2020 
543 RE 657989 A alteração de regência constitucional do salário-família não 
repercute nas relações jurídicas existentes na data em que 
promulgada a Emenda Constitucional nº 20/1998. 
16/06/2020 
709 RE 791961 I) É constitucional a vedação de continuidade da percepção de 
aposentadoria especial se o beneficiário permanece laborando 
em atividade especial ou a ela retorna, seja essa atividade 
especial aquela que ensejou a aposentação precoce ou não. II) 
Nas hipóteses em que o segurado solicitar a aposentadoria e 
continuar a exercer o labor especial, a data de início do benefício 
será a data de entrada do requerimento, remontando a esse 
marco, inclusive, os efeitos financeiros. Efetivada, contudo, seja 
na via administrativa, seja na judicial a implantação do benefício, 
uma vez verificado o retorno ao labor nocivo ou sua 
continuidade, cessará o benefício previdenciário em questão. 
08/06/2020 
1092 RE 1265549 Compete à Justiça comum processar e julgar causas sobre 
complementação de aposentadoria instituída por lei cujo 
pagamento seja, originariamente ou por sucessão, da 
responsabilidade da Administração Pública direta ou indireta, 
por derivar essa responsabilidade de relação jurídico-
administrativa. 
05/06/2020 
1091 RE 1221630 É constitucional o fator previdenciário previsto no art. 29, caput, 
incisos e parágrafos, da Lei nº 8.213/91, com a redação dada 
pelo art. 2º da Lei nº 9.876/99. 
05/06/2020 
996 RE 968414 Não encontra amparo no Texto Constitucional revisão de 
benefício previdenciário pelo valor nominal do salário mínimo. 
15/05/2020 
160 RE 596701 É constitucional a cobrança de contribuições sobre os proventos 
dos militares inativos, aqui compreendidos os Policiais Militares 
e o Corpo de Bombeiros dos Estados e do Distrito Federal e os 
integrantes das Forças Armadas, entre o período de vigência da 
Emenda Constitucional 20/98 e da Emenda Constitucional 
41/03, por serem titulares de regimes jurídicos distintos dos 
servidores públicos civis e porque a eles não se estende a 
20/04/2020 
Felipe Cavalcante e Silva
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12 
interpretação integrativa dos textos dos artigos 40, §§ 8º e 12, e 
artigo 195, II, da Constituição da República. 
723 RE 761263 É constitucional, formal e materialmente, a contribuição social 
do segurado especial prevista no art. 25 da Lei 8.212/1991. 
15/04/2020 
1082 RE 1225330 As gratificações de natureza pro labore faciendo são 
incorporadas à aposentadoria conforme as normas de regência 
de cada uma delas, não caracterizando ofensa ao direito à 
integralidade a incorporação em valor inferior ao da última 
remuneração recebida em atividade por servidor que se 
aposentou nos termos do art. 3º da Emenda Constitucional nº 
47/2005. 
20/03/2020 
445 RE 636553 Em atenção aos princípios da segurança jurídica e da confiança 
legítima, os Tribunais de Contas estão sujeitos ao prazo de 5 
anos para o julgamento da legalidade do ato de concessão inicial 
de aposentadoria, reforma ou pensão, a contar da chegada do 
processo à respectiva Corte de Contas. 
19/02/2020 
672 RE 638307 Lei municipal a versar a percepção, mensal e vitalícia, de 
'subsídio' por ex-vereador e a consequente pensão em caso de 
morte não é harmônica com a Constituição Federal de 1988. 
19/12/2019 
1065 ARE 1224327 É constitucional a contribuição previdenciária devida por 
aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS) que 
permaneça em atividade ou a essa retorne. 
27/09/2019 
932 RE 828040 O artigo 927, parágrafo único, do Código Civil é compatível com 
o artigo 7º, XXVIII, da Constituição Federal, sendo constitucional 
a responsabilização objetiva do empregador por danos 
decorrentes de acidentes de trabalho, nos casos especificados 
em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida, por 
sua natureza, apresentar exposição habitual a risco especial, 
com potencialidade lesiva e implicar ao trabalhador ônus maior 
do que aos demais membros da coletividade. 
05/09/2019 
1057 ARE 1215727 Os guardas civis não possuem direito constitucional à 
aposentadoria especial por exercício de atividade de risco 
prevista no artigo 40, § 4º, inciso II, da Constituição Federal. 
30/08/2019 
163 RE 593068 
Não incide contribuição previdenciária sobre verba não 
incorporável aos proventos de aposentadoria do servidor 
público, tais como terço de férias, serviços extraordinários, 
adicional noturno e adicional de insalubridade. 
11/10/2018 
965 RE 1039644 
Para a concessão da aposentadoria especial de que trata o 
art. 40, § 5º, da Constituição, conta-se o tempo de efetivo 
exercício, pelo professor, da docência e das atividades de 
13/10/2017 
Felipe Cavalcante e Silva
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13 
direção de unidade escolar e de coordenação e 
assessoramento pedagógico, desde que em 
estabelecimentos de educação infantil ou de ensino 
fundamental e médio. 
691 RE 626837 
Incide contribuição previdenciária sobre os rendimentos 
pagos aos exercentes de mandato eletivo, decorrentes da 
prestação de serviços à União, a estados e ao Distrito 
Federal ou a municípios, após o advento da Lei nº 
10.887/2004, desde que não vinculados a regime próprio 
de previdência 
25/05/2017 
384 RE 602043 
Nos casos autorizados constitucionalmente de acumulação 
de cargos, empregos e funções, a incidência do art. 37, 
inciso XI, da Constituição Federal pressupõe consideração 
de cada um dos vínculos formalizados, afastada a 
observância do teto remuneratório quanto ao somatório 
dos ganhos do agente público. (A mesma tese foi fixada 
para o Tema 377) 
27/04/2017 
173 RE 587970 
Os estrangeiros residentes no País são beneficiários da 
assistência social prevista no artigo 203, inciso V, da 
Constituição Federal, uma vez atendidos os requisitos 
constitucionais e legais. 
20/04/2017 
754 RE 924456 
Os efeitos financeiros das revisões de aposentadoria 
concedidas com base no art. 6º-A da Emenda 
Constitucional nº 41/2003, introduzido pela Emenda 
Constitucional nº 70/2012, somente se produzirão a partir 
da data de sua promulgação (30.3.2012). 
05/04/2017 
571 RE 647827 
Não se aplica a aposentadoria compulsória prevista no 
artigo 40, parágrafo 1º, inciso II, da Constituição Federal 
aos titulares de serventias judiciais não estatizadas, desde 
que não sejam ocupantes de cargo público efetivo e não 
recebam remuneração proveniente dos cofres públicos. 
15/02/2017 
930 RE 937595 
Os benefícios concedidos entre 05.10.1988 e 05.04.1991 
(período do buraco negro) não estão, em tese, excluídos da 
possibilidade de readequação segundo os tetos instituídos 
pelas EC´s nº 20/1998 e 41/2003, a ser aferida caso a caso, 
conforme os parâmetros definidos no julgamento do RE 
564.354, em regime de repercussão geral. 
03/02/2017 
763 RE 786540 1. Os servidores ocupantes de cargo exclusivamente em 
comissão não se submetem à regra da aposentadoria 
15/12/2016 
Felipe Cavalcante e Silva
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compulsória prevista no art. 40, § 1º, II, da Constituição 
Federal, a qual atinge apenas os ocupantes de cargo de 
provimento efetivo, inexistindo, também, qualquer idade 
limite para fins de nomeação a cargo em comissão; 2.Ressalvados impedimentos de ordem infraconstitucional, 
não há óbice constitucional a que o servidor efetivo 
aposentado compulsoriamente permaneça no cargo 
comissionado que já desempenhava ou a que seja 
nomeado para cargo de livre nomeação e exoneração, uma 
vez que não se trata de continuidade ou criação de vínculo 
efetivo com a Administração. 
503 RE 661256 
No âmbito do Regime Geral de Previdência Social - RGPS, 
somente lei pode criar benefícios e vantagens 
previdenciárias, não havendo, por ora, previsão legal do 
direito à 'desaposentação', sendo constitucional a regra do 
art. 18, § 2º, da Lei nº 8.213/91. 
26/10/2016 
204 RE 598572 
É constitucional a previsão legal de diferenciação de 
alíquotas em relação às contribuições previdenciárias 
incidentes sobre a folha de salários de instituições 
financeiras ou de entidades a elas legalmente 
equiparáveis, após a edição da Emenda Constitucional nº 
20/1998. 
30/03/2016 
782 RE 778889 
Os prazos da licença adotante não podem ser inferiores aos 
prazos da licença gestante, o mesmo valendo para as 
respectivas prorrogações. Em relação à licença adotante, 
não é possível fixar prazos diversos em função da idade da 
criança adotada. 
10/03/2016 
579 RE 581488 
É constitucional a regra que veda, no âmbito do Sistema 
Único de Saúde, a internação em acomodações superiores, 
bem como o atendimento diferenciado por médico do 
próprio Sistema Único de Saúde, ou por médico 
conveniado, mediante o pagamento da diferença dos 
valores correspondentes. 
03/12/2015 
823 RE 883642 
Os sindicatos possuem ampla legitimidade extraordinária 
para defender em juízo os direitos e interesses coletivos ou 
individuais dos integrantes da categoria que representam, 
inclusive nas liquidações e execuções de sentença, 
independentemente de autorização dos substituídos. 
19/06/2015 
Felipe Cavalcante e Silva
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15 
396 RE 603580 
Os pensionistas de servidor falecido posteriormente à EC 
41/2003 têm direito à paridade com servidores em 
atividade (EC 41/2003, art. 7º), caso se enquadrem na 
regra de transição prevista no art. 3º da EC 47/2005. Não 
tem, contudo, direito à integralidade (CF, art. 40, § 7º, 
inciso I). 
20/05/2015 
555 ARE 664335 
I - O direito à aposentadoria especial pressupõe a efetiva 
exposição do trabalhador a agente nocivo à sua saúde, de 
modo que, se o EPI for realmente capaz de neutralizar a 
nocividade não haverá respaldo constitucional à 
aposentadoria especial; II - Na hipótese de 
exposição do trabalhador a ruído acima dos limites legais 
de tolerância, a declaração do empregador, no âmbito do 
Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), no sentido da 
eficácia do Equipamento de Proteção Individual – EPI, não 
descaracteriza o tempo de serviço especial para 
aposentadoria. 
09/12/2014 
323 RE 599362 
A receita auferida pelas cooperativas de trabalho 
decorrentes dos atos (negócios jurídicos) firmados com 
terceiros se insere na materialidade da contribuição ao 
PIS/PASEP. 
06/11/2014 
772 ARE 703550 
É vedada a conversão de tempo de serviço especial em 
comum na função de magistério após a EC 18/1981. 
03/10/2014 
480 RE 609381 
O teto de retribuição estabelecido pela Emenda 
Constitucional 41/03 possui eficácia imediata, submetendo 
às referências de valor máximo nele discriminadas todas as 
verbas de natureza remuneratória percebidas pelos 
servidores públicos da União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios, ainda que adquiridas de acordo com regime 
legal anterior. Os valores que ultrapassam os limites 
estabelecidos para cada nível federativo na Constituição 
Federal constituem excesso cujo pagamento não pode ser 
reclamado com amparo na garantia da irredutibilidade de 
vencimentos. 
02/10/2014 
522 RE 650851 
A imposição de restrições, por legislação local, à contagem 
recíproca do tempo de contribuição na administração 
pública e na atividade privada para fins de concessão de 
aposentadoria viola o art. 202, § 2º, da Constituição 
Federal, com redação anterior à EC 20/98. 
01/10/2014 
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16 
350 RE 631240 
I - A concessão de benefícios previdenciários depende de 
requerimento do interessado, não se caracterizando 
ameaça ou lesão a direito antes de sua apreciação e 
indeferimento pelo INSS, ou se excedido o prazo legal para 
sua análise. É bem de ver, no entanto, que a exigência de 
prévio requerimento não se confunde com o exaurimento 
das vias administrativas; II – A exigência de 
prévio requerimento administrativo não deve prevalecer 
quando o entendimento da Administração for notória e 
reiteradamente contrário à postulação do segurado; 
III – Na hipótese de pretensão de revisão, 
restabelecimento ou manutenção de benefício 
anteriormente concedido, considerando que o INSS tem o 
dever legal de conceder a prestação mais vantajosa 
possível, o pedido poderá ser formulado diretamente em 
juízo – salvo se depender da análise de matéria de fato 
ainda não levada ao conhecimento da Administração –, 
uma vez que, nesses casos, a conduta do INSS já configura 
o não acolhimento ao menos tácito da pretensão; 
IV – Nas ações ajuizadas antes da conclusão do julgamento 
do RE 631.240/MG (03/09/2014) que não tenham sido 
instruídas por prova do prévio requerimento 
administrativo, nas hipóteses em que exigível, será 
observado o seguinte: (a) caso a ação tenha sido ajuizada 
no âmbito de Juizado Itinerante, a ausência de anterior 
pedido administrativo não deverá implicar a extinção do 
feito; (b) caso o INSS já tenha apresentado contestação de 
mérito, está caracterizado o interesse em agir pela 
resistência à pretensão; e (c) as demais ações que não se 
enquadrem nos itens (a) e (b) serão sobrestadas e baixadas 
ao juiz de primeiro grau, que deverá intimar o autor a dar 
entrada no pedido administrativo em até 30 dias, sob pena 
de extinção do processo por falta de interesse em agir. 
Comprovada a postulação administrativa, o juiz intimará o 
INSS para se manifestar acerca do pedido em até 90 dias. 
Se o pedido for acolhido administrativamente ou não 
puder ter o seu mérito analisado devido a razões 
imputáveis ao próprio requerente, extingue-se a ação. Do 
contrário, estará caracterizado o interesse em agir e o feito 
deverá prosseguir; V – Em todos os casos acima 
– itens (a), (b) e (c) –, tanto a análise administrativa quanto 
a judicial deverão levar em conta a data do início da ação 
03/09/2014 
Felipe Cavalcante e Silva
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17 
como data de entrada do requerimento, para todos os 
efeitos legais. 
524 RE 656860 
A concessão de aposentadoria de servidor público por 
invalidez com proventos integrais exige que a doença 
incapacitante esteja prevista em rol taxativo da legislação 
de regência. 
22/08/2014 
156 RE 596962 
I - As vantagens remuneratórias legítimas e de caráter geral 
conferidas a determinada categoria, carreira ou, 
indistintamente, a servidores públicos, por serem 
vantagens genéricas, são extensíveis aos servidores 
inativos e pensionistas; II - Nesses casos, a 
extensão alcança os servidores que tenham ingressado no 
serviço público antes da publicação das Emendas 
Constitucionais 20/1998 e 41/2003 e se aposentado ou 
adquirido o direito à aposentadoria antes da EC 41/2003; 
III - Com relação àqueles servidores que se aposentaram 
após a EC 41/2003, deverão ser observados os requisitos 
estabelecidos na regra de transição contida no seu art. 7º, 
em virtude da extinção da paridade integral entre ativos e 
inativos contida no art. 40, § 8º, da CF para os servidoresque ingressaram no serviço público após a publicação da 
referida emenda; IV - Por fim, com relação aos 
servidores que ingressaram no serviço público antes da EC 
41/2003 e se aposentaram ou adquiriram o direito à 
aposentadoria após a sua edição, é necessário observar a 
incidência das regras de transição fixadas pela EC 47/2005, 
a qual estabeleceu efeitos retroativos à data de vigência da 
EC 41/2003, conforme decidido nos autos do RE 
22/08/2014 
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18 
590.260/SP, Plenário, Rel. MIN. RICARDO LEWANDOWSKI, 
julgado em 24/6/2009. 
728 ARE 808107 
São constitucionais os índices de correção monetária 
adotados pelo INSS para reajustar os benefícios 
previdenciários nos anos de 1997, 1999, 2000, 2001, 2002 
e 2003. 
23/05/2014 
727 RE 797905 
Compete ao Supremo Tribunal Federal julgar mandado de 
injunção referente à omissão quanto à edição da lei 
complementar prevista no art. 40, § 4º, da Constituição de 
1988. 
16/05/2014 
363 RE 627543 
É constitucional o art. 17, V, da Lei Complementar 
123/2006, que veda a adesão ao Simples Nacional à 
microempresa ou à empresa de pequeno porte que possua 
débito com o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS ou 
com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, 
cuja exigibilidade não esteja suspensa. 
30/10/2013 
313 RE 626489 
I – Inexiste prazo decadencial para a concessão inicial do 
benefício previdenciário; II – Aplica-se o prazo 
decadencial de dez anos para a revisão de benefícios 
concedidos, inclusive os anteriores ao advento da Medida 
Provisória 1.523/1997, hipótese em que a contagem do 
prazo deve iniciar-se em 1º de agosto de 1997. 
16/10/2013 
27 RE 567985 
É inconstitucional o § 3º do artigo 20 da Lei 8.742/1993, 
que estabelece a renda familiar mensal per capita inferior 
a um quarto do salário mínimo como requisito obrigatório 
para concessão do benefício assistencial de prestação 
continuada previsto no artigo 203, V, da Constituição. 
19/04/2013 
312 RE 580963 
É inconstitucional, por omissão parcial, o parágrafo único 
do art. 34 da Lei 10.741/2003 (Estatuto do Idoso). 
19/04/2013 
334 RE 630501 
Para o cálculo da renda mensal inicial, cumpre observar o 
quadro mais favorável ao beneficiário, pouco importando 
o decesso remuneratório ocorrido em data posterior ao 
implemento das condições legais para a aposentadoria, 
respeitadas a decadência do direito à revisão e a prescrição 
quanto às prestações vencidas. 
21/02/2013 
Felipe Cavalcante e Silva
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19 
190 RE 586453 
Compete à Justiça comum o processamento de demandas 
ajuizadas contra entidades privadas de previdência com o 
propósito de obter complementação de aposentadoria, 
mantendo-se na Justiça Federal do Trabalho, até o trânsito 
em julgado e correspondente execução, todas as causas 
dessa espécie em que houver sido proferida sentença de 
mérito até 20/2/2013. 
20/02/2013 
24 RE 563708 
I - O art. 37, XIV, da Constituição Federal, na redação dada 
pela Emenda Constitucional 19/98, é autoaplicável; II 
- Não há direito adquirido a regime jurídico, notadamente 
à forma de composição da remuneração de servidores 
públicos, observada a garantia da irredutibilidade de 
vencimentos. 
06/02/2013 
88 RE 583834 
Em razão do caráter contributivo do regime geral de 
previdência (CF/1988, art. 201, caput), o art. 29, § 5º, da 
Lei nº 8.213/1991 não se aplica à transformação de auxílio-
doença em aposentadoria por invalidez, mas apenas a 
aposentadorias por invalidez precedidas de períodos de 
auxílio-doença intercalados com intervalos de atividade, 
sendo válido o art. 36, § 7º, do Decreto nº 3.048/1999, 
mesmo após a Lei nº 9.876/1999. 
21/09/2011 
162 RE 584388 
É inconstitucional a percepção cumulativa de duas pensões 
estatutárias pela morte de servidor aposentado que 
reingressara no serviço público, por meio de concurso, 
antes da edição da EC 20/1998 e falecera após o seu 
advento. 
31/08/2011 
302 RE 603191 
É constitucional a substituição tributária prevista no art. 31 
da Lei 8.212/1991, com redação dada pela Lei 9.711/98, 
que determinou a retenção de 11% do valor bruto da nota 
fiscal ou fatura de prestação de serviço. 
01/08/2011 
414 RE 638483 
Compete à Justiça Comum Estadual julgar as ações 
acidentárias que, propostas pelo segurado contra o 
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), visem à 
prestação de benefícios relativos a acidentes de trabalho. 
10/06/2011 
242 RE 600091 
Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar as ações 
de indenização por danos morais e patrimoniais 
decorrentes de acidentes de trabalho propostas por 
empregado contra empregador, inclusive as propostas 
pelos sucessores do trabalhador falecido, salvo quando a 
sentença de mérito for anterior à promulgação da EC nº 
25/05/2011 
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20 
45/04, hipótese em que, até o trânsito em julgado e a sua 
execução, a competência continuará a ser da Justiça 
Comum. 
388 RE 613033 
É inviável a aplicação retroativa da majoração prevista na 
Lei nº 9.032/1995 aos benefícios de auxílio-acidente 
concedidos em data anterior à sua vigência. 
15/04/2011 
343 RE 580871 
É devida a devolução aos pensionistas e inativos, perante o 
Juízo competente para a execução, da contribuição 
previdenciária indevidamente recolhida no período entre a 
EC 20/1998 e a EC 41/2003, sob pena de enriquecimento 
ilícito do ente estatal. 
17/11/2010 
76 RE 564354 
Não ofende o ato jurídico perfeito a aplicação imediata do 
art. 14 da Emenda Constitucional 20/1998 e do art. 5º da 
Emenda Constitucional 41/2003 aos benefícios 
previdenciários limitados a teto do regime geral de 
previdência estabelecido antes da vigência dessas normas, 
de modo a que passem a observar o novo teto 
constitucional. 
08/09/2010 
91 RE 584100 
O prazo nonagesimal previsto no art. 150, III, c, da 
Constituição Federal somente deve ser utilizado nos casos 
de criação ou majoração de tributos, não nas situações, 
como a prevista na Lei paulista 11.813/04, de simples 
prorrogação de alíquota já aplicada anteriormente. 
25/11/2009 
139 RE 590260 
Os servidores que ingressaram no serviço público antes da 
EC 41/2003, mas que se aposentaram após a referida 
emenda, possuem direito à paridade remuneratória e à 
integralidade no cálculo de seus proventos, desde que 
observadas as regras de transição especificadas nos arts. 
2º e 3º da EC 47/2005. 
24/06/2009 
89 RE 587365 
Segundo decorre do art. 201, IV, da Constituição Federal, a 
renda do segurado preso é a que deve ser utilizada como 
parâmetro para a concessão do auxílio-reclusão e não a de 
seus dependentes. 
25/03/2009 
36 RE 569056 
A competência da Justiça do Trabalho prevista no art. 114, 
VIII, da Constituição Federal alcança somente a execução 
das contribuições previdenciárias relativas ao objeto da 
condenação constante das sentenças que proferir, não 
11/09/2008 
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21 
abrangida a execução de contribuições previdenciárias 
atinentes ao vínculo de trabalho reconhecido na decisão, 
mas sem condenação ou acordo quanto ao pagamento das 
verbas salariais que lhe possam servir como base de 
cálculo. 
70 RE 575089 
Na sistemática de cálculo dos benefícios previdenciários, 
não é lícito ao segurado conjugar as vantagens do novo 
sistema com aquelas aplicáveis ao anterior, porquanto 
inexiste direito adquirido a determinado regime jurídico. 
10/09/2008 
 
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3. STF – SÚMULAS COMUNS 
As súmulas comuns do STF não possuem caráter vinculante, mas podem justificar a improcedência 
liminar do pedido ou a negativa de seguimento de recurso, conforme os artigos 332, I, e 932, IV, a, 
do CPC. A relação está atualizada até a edição da Súmula n. 736, conforme consulta realizada em 
janeiro de 2021. 
Súmula Enunciado 
Data de 
julgamento 
687 
A revisão de que trata o art. 58 do ADCT não se aplica aos benefícios 
previdenciários concedidos após a promulgação da Constituição de 1988. 
24/09/2003 
688 É legítima a incidência da contribuição previdenciária sobre o 13º salário. 24/09/2003 
613 
Os dependentes de trabalhador rural não têm direito à pensão 
previdenciária, se o óbito ocorreu anteriormente à vigência da Lei 
Complementar nº 11/71. 
17/10/1984 
530 
Na legislação anterior ao art. 4º da Lei nº 4.749, de 12-8-1965, a 
contribuição para a previdência social não estava sujeita ao limite 
estabelecido no art. 69 da Lei nº 3.807, de 26 de agosto de 1960, sôbre o 
13º salário a que se refere o art. 3º da Lei nº 4.281, de 8-11-63. 
03/12/1969 
465 
O regime de manutenção de salário, aplicável ao IAPM e ao IAPETC, exclui 
a indenização tarifada na Lei de Acidentes do Trabalho, mas não o 
benefício previdenciário. 
01/10/1964 
466 
Não é inconstitucional a inclusão de sócios e administradores de 
sociedades e titulares de firmas individuais como contribuintes 
obrigatórios da previdência social. 
01/10/1964 
467 
A base do cálculo das contribuições previdenciárias, anteriormente à 
vigência da Lei Orgânica da Previdência Social, é o salário mínimo mensal, 
observados os limites da L. 2.755 de 1956. 
01/10/1964 
371 
Ferroviário, que foi admitido como servidor autárquico, não tem direito a 
dupla aposentadoria. 
03/04/1964 
372 
A L. 2.752, de 10.4.56, sôbre dupla aposentadoria, aproveita, quando 
couber, a servidores aposentados antes de sua publicação. 
03/04/1964 
207 
As gratificações habituais, inclusive a de Natal, consideram-se 
tacitamente convencionadas, integrando o salário. 
13/12/1963 
241 
A contribuição previdenciária incide sôbre o abono incorporado ao 
salário. 
13/12/1963 
 
Felipe Cavalcante e Silva
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23 
4. STJ – RECURSOS REPETITIVOS 
Assim como ocorre com a repercussão geral no STF, os recursos especiais julgados no STJ sob o rito 
do art. 1.036/CPC servem como paradigma para o julgamento de causas posteriores. Havendo 
coincidência entre o acórdão recorrido e a orientação divulgada pelo STJ, os próximos recursos 
especiais serão negados na origem (art. 1.040 do CPC). 
A relação abaixo está atualizada até janeiro de 2021. 
Tema 
Leading 
Case 
Tese de Recurso Repetitivo 
Data de 
julgamento 
1013 REsp 
1786590/SP 
No período entre o indeferimento administrativo e a efetiva 
implantação de auxílio-doença ou de aposentadoria por invalidez, 
mediante decisão judicial, o segurado do RPGS tem direito ao 
recebimento conjunto das rendas do trabalho exercido, ainda que 
incompatível com sua incapacidade laboral, e do respectivo 
benefício previdenciário pago retroativamente. 
24/06/2020 
999 REsp 
1596203/PR 
Aplica-se a regra definitiva prevista no art. 29, I e II da Lei 
8.213/1991, na apuração do salário de benefício, quando mais 
favorável do que a regra de transição contida no art. 3º da Lei 
9.876/1999, aos Segurado que ingressaram no Regime Geral da 
Previdência Social até o dia anterior à publicação da Lei 
9.876/1999.  Ainda não transitou em julgado. 
11/12/2019 
995 REsp 
1727064/SP 
É possível a reafirmação da DER (Data de Entrada do 
Requerimento) para o momento em que implementados os 
requisitos para a concessão do benefício, mesmo que isso se dê no 
interstício entre o ajuizamento da ação e a entrega da prestação 
jurisdicional nas instâncias ordinárias, nos termos dos arts. 493 e 
933 do CPC/2015, observada a causa de pedir.  Ainda não 
transitou em julgado. 
22/10/2019 
1007 REsp 
1674221/SP 
O tempo de serviço rural, ainda que remoto e descontínuo, 
anterior ao advento da Lei 8.213/1991, pode ser computado para 
fins da carência necessária à obtenção da aposentadoria híbrida 
por idade, ainda que não tenha sido efetivado o recolhimento das 
contribuições, nos termos do art. 48, § 3o. da Lei 8.213/1991, seja 
qual for a predominância do labor misto exercido no período de 
carência ou o tipo de trabalho exercido no momento do 
implemento do requisito etário ou do requerimento 
administrativo.  Ainda não transitou em julgado. 
14/08/2019 
998 
REsp 
1759098 
O Segurado que exerce atividades em condições especiais, quando 
em gozo de auxílio-doença, seja acidentário ou previdenciário, faz 
jus ao cômputo desse mesmo período como tempo de serviço 
especial.  Ainda não transitou em julgado. 
26/06/2019 
Felipe Cavalcante e Silva
Aula 06
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24 
907 
REsp 
1435837 
O regulamento aplicável ao participante de plano fechado de 
previdência privada para fins de cálculo da renda mensal inicial do 
benefício complementar é aquele vigente no momento da 
implementação das condições de elegibilidade, haja vista a 
natureza civil e estatutária, e não o da data da adesão, assegurado 
o direito acumulado. 
27/02/2019 
966 
REsp 
1612818 
4. O direito ao benefício mais vantajoso, incorporado ao 
patrimônio jurídico do trabalhador segurado, deve ser exercido 
por seu titular nos dez anos previstos no caput do artigo 103 da Lei 
8.213/1991. Decorrido o decênio legal, acarretará a caducidade do 
próprio direito. [...] 6. Tese delimitada em sede de representativo 
da controvérsia: sob a exegese do caput do artigo 103 da Lei 
8.213/1991, incide o prazo decadencial para reconhecimento do 
direito adquirido ao benefício previdenciário mais vantajoso. 
13/02/2019 
982 
REsp 
1648305 
Comprovadas a invalidez e a necessidade de assistência 
permanente de terceiro, é devido o acréscimo de 25% (vinte e 
cinco por cento), previsto no art. 45 da Lei n. 8.213/91, a todos os 
aposentados pelo RGPS, independentemente da modalidade de 
aposentadoria.  O STF acolheu Questão de Ordem manejada 
pelo INSS para suspender os efeitos da decisão proferida pelo STJ! 
Ainda não houve o trânsito em julgado. 
22/08/2018 
955 
REsp 
1312736 
a) "A concessão do benefício de previdência complementar tem 
como pressuposto a prévia formação de reserva matemática, de 
forma a evitar o desequilíbrio atuarial dos planos. Em tais 
condições, quando já concedido o benefício de complementação 
de aposentadoria por entidade fechada de previdência privada, é 
inviável a inclusão dos reflexos das verbas remuneratórias (horas 
extras) reconhecidas pela Justiça do Trabalho nos cálculos da 
renda mensal inicial dos benefícios de complementação de 
aposentadoria." b) "Os eventuais prejuízos causados ao 
participante ou ao assistido que não puderam contribuir ao fundo 
na época apropriada ante o ato ilícito do empregador poderão ser 
reparados por meio de ação judicial a ser proposta contra a 
empresa ex-empregadora na Justiça do Trabalho." c) "Modulação 
dos efeitos da decisão (art. 927, § 3º, do CPC/2005): nas demandas 
ajuizadas na Justiça comum até a data do presente julgamento - se 
ainda for útil ao participante ou assistido, conforme as 
peculiaridades da causa -, admite-se a inclusão dos reflexos de 
verbas remuneratórias (horas extras), reconhecidas pela Justiça do 
Trabalho, nos cálculos da renda mensal inicial dos benefícios de 
complementação de aposentadoria, condicionada à previsão 
regulamentar (expressa ou implícita) e à recomposição prévia e 
integral das reservas matemáticas com o aporte de valor a ser 
apurado por estudo técnico atuarial em cada caso." d) "Nas 
reclamações trabalhistas em que o ex-empregador tiver sido 
08/08/2018 
Felipe Cavalcante e Silva
Aula 06
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25 
condenado a recompor a reserva matemática, e sendo inviável a 
revisão da renda mensal inicial da aposentadoria complementar, 
os valores correspondentes a tal recomposição devem ser 
entregues ao participante ou assistido a título de reparação, 
evitando-se, igualmente, o enriquecimento sem causa da entidade 
fechada de previdência complementar." 
936 
REsp 
1370191 
I - O patrocinador não possui legitimidade passiva para litígios que 
envolvam participante/assistido e entidade fechada de 
previdência complementar, ligados estritamente ao plano 
previdenciário, como a concessão e a revisão de benefício ou o 
resgate da reserva de poupança, em virtude de sua personalidade 
jurídica autônoma. II - Não se incluem, no âmbito da matéria 
afetada, as causas originadas de eventual ato ilícito, contratual ou 
extracontratual, praticado pelo patrocinador. 
13/06/2018 
609 
REsp 
1682678 
O segurado que tenha provado o desempenho de serviço rurícola 
em período anterior à vigência da Lei n. 8.213/1991, embora faça 
jus à expedição de certidão nesse sentido para mera averbação 
nos seus assentamentos, somente tem direito ao cômputo do 
aludido tempo rural, no respectivo órgão público empregador, 
para contagem recíproca no regime estatutário se, com a certidão 
de tempo de serviço rural, acostar o comprovante de pagamento 
das respectivas contribuições previdenciárias, na forma da 
indenização calculada conforme o dispositivo do art. 96, IV, da Lei 
n. 8.213/1991. 
25/04/2018 
896 
Resp 
1485417 
Para a concessão de auxílio-reclusão (art. 80 da Lei 8.213/1991), o 
critério de aferição de renda do segurado que não exerce atividade 
laboral remunerada no momento do recolhimento à prisão é a 
ausência de renda, e não o último salário de contribuição. 
22/11/2017 
Felipe Cavalcante e Silva
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26 
627 
Resp 
1361410 
O segurado especial, cujo acidente ou moléstia é anterior à 
vigência da Lei n. 12.873/2013, que alterou a redação do inciso I 
do artigo 39 da Lei n. 8.213/91, não precisa comprovar o 
recolhimento de contribuição como segurado facultativo para ter 
direito ao auxílio-acidente. 
08/11/2017 
732 
REsp 
1411258 
O menor sob guarda tem direito à concessão do benefício de 
pensão por morte do seu mantenedor, comprovada a sua 
dependência econômica, nos termos do art. 33, § 3º, do Estatuto 
da Criança e do Adolescente, ainda que o óbito do instituidor da 
pensão seja posterior à vigência da medida provisória 1.523/96, 
reeditada e convertida na lei 9.528/97. Funda-se essa conclusão 
na qualidade de lei especial do Estatuto da Criança e do 
Adolescente (8.069/90), frente à legislação previdenciária. 
11/10/2017 
943 
REsp 
1551488 
1.1. Em caso de migração de plano de benefícios de previdência 
complementar, não é cabível o pleito de revisão da reserva de 
poupança ou de benefício, com aplicação do índice de correção 
monetária. 1.2. Em havendo transação para migração de plano de 
benefícios, em observância à regra da indivisibilidade da 
pactuação e proteção ao equilíbrio contratual, a anulação de 
cláusula que preveja concessão de vantagem contamina todo o 
negócio jurídico, conduzindo ao retorno ao statu quo ante. 
14/06/2017 
904 
REsp 
1546680 
O décimo terceiro salário (gratificação natalina) somente integra o 
cálculo do salário de benefício, nos termos da redação original do 
§ 7º do art. 28 da Lei 8.212/1991 e § 3º do art. 29 da Lei n. 
8.213/1991, quando os requisitos para a concessão do benefício 
forem preenchidos em data anterior à publicação da Lei n. 
8.870/1994, que expressamente excluiu o décimo terceiro salário 
do cálculo da Renda Mensal Inicial (RMI), independentemente de 
o Período Básico de Cálculo (PBC) do benefício estar, parcialmente, 
dentro do período de vigência da legislação revogada. 
10/05/2017 
941 
REsp 
1564070 
Nos planos de benefícios de previdência complementar 
administrados por entidade fechada, a previsão regulamentar de 
reajuste, com base nos mesmos índices adotados pelo Regime 
Geral de Previdência Social, não inclui a parte correspondente a 
aumentos reais. 
22/03/2017 
944 
REsp 
1433544 
Nos planos de benefícios de previdência privada patrocinados 
pelos entes federados - inclusive suas autarquias, fundações, 
sociedades de economia mista e empresas controladas direta ou 
indiretamente -, para se tornar elegível a um benefício de 
prestação que seja programada e continuada, é necessário que o 
participante previamente cesse o vínculo laboral com o 
patrocinador, sobretudo a partir da vigência da Lei Complementar 
09/11/2016 
Felipe Cavalcante e Silva
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27 
n. 108/2001, independentemente das disposições estatutárias e 
regulamentares. 
629 
REsp 
1352721 
Possibilidade de reproposição de ação de aposentadoria por idade 
de trabalhador rural caso reúna elementos necessários para 
instrução da nova ação. [...] 5. A ausência de conteúdo probatório 
eficaz a instruir a inicial, conforme determina o art. 283 do CPC, 
implica a carência de pressuposto de constituição e 
desenvolvimento válido do processo, impondo a sua extinção sem 
o julgamento do mérito (art. 267, IV do CPC) e a consequente 
possibilidade de o autor intentar novamente a ação (art. 268 do 
CPC), caso reúna os elementos necessários à tal iniciativa. 
16/12/2015 
642 
REsp 
1354908 
[...] o segurado especial tem que estar laborando no campo, 
quando completar a idade mínima para se aposentar por idade 
rural, momento em que poderá requerer seu benefício. Se, ao 
alcançar a faixa etária exigida no artigo 48, § 1º, da Lei 8.213/1991, 
o segurado especial deixar de exercer atividade rural, sem ter 
atendido a regra transitória da carência, não fará jus à 
aposentadoria por idade rural pelo descumprimento de um dos 
dois únicos critérios legalmente previstos para a aquisição do 
direito. Ressalvada a hipótese do direito adquirido em que o 
segurado especial preencheu ambos os requisitos de forma 
concomitante, mas não requereu o benefício. 
09/09/2015 
640 
Resp 
1355052 
Aplica-se o parágrafo único do artigo 34 do Estatuto do Idoso (Lei 
n. 10.741/03), por analogia, a pedido de benefício assistencial feito 
por pessoa com deficiência a fim de que benefício previdenciário 
recebido por idoso, no valor de um salário mínimo, não seja 
computado no cálculo da renda per capita prevista no artigo 20, § 
3º, da Lei n. 8.742/93. 
25/02/2015 
736 
REsp 
1425326 
a) Nos planos de benefícios de previdência privada fechada, 
patrocinados pelos entes federados - inclusive suas autarquias, 
fundações, sociedades de economia mista e empresas controladas 
direta ou indiretamente -, é vedado o repasse de abono e 
vantagens de qualquer natureza para os benefícios em 
manutenção, sobretudo a partir da vigência da Lei Complementar 
n. 108/2001, independentemente das disposições estatutárias e 
regulamentares; b) Não é possível a concessão de verba não 
prevista no regulamento do plano de benefícios de previdência 
privada, pois a previdência complementar tem por pilar o sistema 
de capitalização, que pressupõe a acumulação de reservas para 
28/05/2014 
Felipe Cavalcante e Silva
Aula 06
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28 
assegurar o custeio dos benefícios contratados, em um período de 
longo prazo. 
694 
REsp 
1398260 
1. Está pacificado no STJ o entendimento de que a lei que rege o 
tempo de serviço é aquela vigente no momento da prestação do 
labor. 2. O limite de tolerância para configuração da especialidade 
do tempo de serviço para o agente ruído deve ser de 90 dB no 
período de 6.3.1997 a 18.11.2003, conforme Anexo IV do Decreto 
2.172/1997 e Anexo IV do Decreto 3.048/1999, sendo impossível 
aplicaçãoretroativa do Decreto 4.882/2003, que reduziu o 
patamar para 85 dB, sob pena de ofensa ao art. 6º da LINDB (ex-
LICC). 
14/05/2014 
626 
REsp 
1369165 
A citação válida informa o litígio, constitui em mora a autarquia 
previdenciária federal e deve ser considerada como termo inicial 
para a implantação da aposentadoria por invalidez concedida na 
via judicial quando ausente a prévia postulação administrativa. 
26/02/2014 
692 
REsp 
1401560 
A reforma da decisão que antecipa a tutela obriga o autor da ação 
a devolver os benefícios previdenciários indevidamente recebidos 
12/02/2014 
693 
REsp 
1183604 
A competência para processar e julgar as demandas que têm por 
objeto obrigações decorrentes dos contratos de planos de 
previdência privada firmados com a Fundação Rede Ferroviária de 
Seguridade Social (REFER) é da Justiça Estadual. 
03/02/2014 
704 
REsp 
1410433 
2. Nos termos do disposto nos arts. 29, II e § 5º, e 55, II, da Lei 
8.213/91, o cômputo dos salários-de-benefício como salários-de-
contribuição somente será admissível se, no período básico de 
cálculo - PBC, houver afastamento intercalado com atividade 
laborativa, em que há recolhimento da contribuição 
previdenciária. 3. A aposentadoria por invalidez decorrente da 
conversão de auxílio-doença, sem retorno do segurado ao 
trabalho, será apurada na forma estabelecida no art. 36, § 7º, do 
Decreto 3.048/99, segundo o qual a renda mensal inicial - RMI da 
aposentadoria por invalidez oriunda de transformação de auxílio-
doença será de cem por cento do salário-de-benefício que serviu 
de base para o cálculo da renda mensal inicial do auxílio-doença, 
reajustado pelos mesmos índices de correção dos benefícios em 
geral. 
11/12/2013 
644 
REsp 
1352791 
3. Não ofende o § 2º do art. 55 da Lei 8.213/91 o reconhecimento 
do tempo de serviço exercido por trabalhador rural registrado em 
carteira profissional para efeito de carência, tendo em vista que o 
empregador rural, juntamente com as demais fontes previstas na 
legislação de regência, eram os responsáveis pelo custeio do fundo 
de assistência e previdência rural (FUNRURAL). 
27/11/2013 
Felipe Cavalcante e Silva
Aula 06
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29 
638 
REsp 
1348633 
1. A controvérsia cinge-se em saber sobre a possibilidade, ou não, 
de reconhecimento do período de trabalho rural anterior ao 
documento mais antigo juntado como início de prova material. [...] 
3. No âmbito desta Corte, é pacífico o entendimento de ser 
possível o reconhecimento do tempo de serviço mediante 
apresentação de um início de prova material, desde que 
corroborado por testemunhos idôneos. 
28/08/2013 
643 
REsp 
1369832 
Não há falar em restabelecimento da pensão por morte ao 
beneficiário, maior de 21 anos e não inválido, diante da 
taxatividade da lei previdenciária, porquanto não é dado ao Poder 
Judiciário legislar positivamente, usurpando função do Poder 
Legislativo. 
12/06/2013 
534 
REsp 
1306113 
... as normas regulamentadoras que estabelecem os casos de 
agentes e atividades nocivos à saúde do trabalhador são 
exemplificativas, podendo ser tido como distinto o labor que a 
técnica médica e a legislação correlata considerarem como 
prejudiciais ao obreiro, desde que o trabalho seja permanente, 
não ocasional, nem intermitente, em condições especiais. 
21/05/2013 
563 
REsp 
1334488 
Os benefícios previdenciários são direitos patrimoniais disponíveis 
e, portanto, suscetíveis de desistência pelos seus titulares, 
prescindindo-se da devolução dos valores recebidos da 
aposentadoria a que o segurado deseja preterir para a concessão 
de novo e posterior jubilamento.  ao julgar a tese da 
“desaposentação”, o STF consolidou entendimento em sentido 
oposto ao que o STJ decidiu neste tema 563. 
08/05/2013 
532 e 
533 
REsp 
1304479 
3. O trabalho urbano de um dos membros do grupo familiar não 
descaracteriza, por si só, os demais integrantes como segurados 
especiais, devendo ser averiguada a dispensabilidade do trabalho 
rural para a subsistência do grupo familiar, incumbência esta das 
instâncias ordinárias (Súmula 7/STJ). 4. Em exceção à regra geral 
fixada no item anterior, a extensão de prova material em nome de 
um integrante do núcleo familiar a outro não é possível quando 
aquele passa a exercer trabalho incompatível com o labor rurícola, 
como o de natureza urbana. 
19/12/2012 
513 
REsp 
1177973 
A Súmula 252/STJ, por ser específica para a correção de saldos do 
FGTS, não tem aplicação nas demandas que envolvem previdência 
privada. 
14/11/2012 
546 
REsp 
1310034 
A lei vigente por ocasião da aposentadoria é a aplicável ao direito 
à conversão entre tempos de serviço especial e comum, 
independentemente do regime jurídico à época da prestação do 
serviço 
24/10/2012 
Felipe Cavalcante e Silva
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30 
554 
REsp 
1321493 
3. Aplica-se a Súmula 149/STJ ("A prova exclusivamente 
testemunhal não basta à comprovação da atividade rurícola, para 
efeitos da obtenção de benefício previdenciário") aos 
trabalhadores rurais denominados "boias-frias", sendo 
imprescindível a apresentação de início de prova material. 4. Por 
outro lado, considerando a inerente dificuldade probatória da 
condição de trabalhador campesino, o STJ sedimentou o 
entendimento de que a apresentação de prova material somente 
sobre parte do lapso temporal pretendido não implica violação da 
Súmula 149/STJ, cuja aplicação é mitigada se a reduzida prova 
material for complementada por idônea e robusta prova 
testemunhal. 
10/10/2012 
555 e 
556 
REsp 
1296673 
3. A acumulação do auxílio-acidente com proventos de 
aposentadoria pressupõe que a eclosão da lesão incapacitante, 
ensejadora do direito ao auxílio-acidente, e o início da 
aposentadoria sejam anteriores à alteração do art. 86, §§ 2º e 3º, 
da Lei 8.213/1991(...), promovida em 11.11.1997 pela Medida 
Provisória 1.596-14/1997, que posteriormente foi convertida na 
Lei 9.528/1997. 
22/08/2012 
524 
REsp 
1267995 
A orientação das Turmas que integram a Primeira Seção desta 
Corte firmou-se no sentido de que, após o oferecimento da 
contestação, não pode o autor desistir da ação, sem o 
consentimento do réu (art. 267, § 4º, do CPC), sendo que é legítima 
a oposição à desistência com fundamento no art. 3º da Lei 
9.469/97, razão pela qual, nesse caso, a desistência é condicionada 
à renúncia expressa ao direito sobre o qual se funda a ação. 
27/06/2012 
539 e 
540 
REsp 
1207071 
2. Compete à Justiça Estadual processar e julgar litígios instaurados 
entre entidade de previdência privada e participante de seu plano 
de benefícios. [...] 4. A inclusão do auxílio cesta-alimentação nos 
proventos de complementação de aposentadoria pagos por 
entidade fechada de previdência privada encontra vedação 
expressa no art. 3º, da Lei Complementar 108/2001, restrição que 
decorre do caráter variável da fixação desse tipo de verba, não 
incluída previamente no cálculo do valor de contribuição para o 
plano de custeio da entidade, inviabilizando a manutenção de 
equilíbrio financeiro e atuarial do correspondente plano de 
benefícios exigido pela legislação de regência. 
27/06/2012 
422 e 
433 
REsp 
1151363 
Permanece a possibilidade de conversão do tempo de serviço 
exercido em atividades especiais para comum após 1998, pois a 
partir da última reedição da MP n. 1.663, parcialmente convertida 
na Lei 9.711/1998, a norma tornou-se definitiva sem a parte do 
texto que revogava o referido § 5º do art. 57 da Lei n. 8.213/1991. 
23/03/2011 
Felipe Cavalcante e Silva
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31 
297 
REsp 
1133863 
[...] a prova exclusivamente testemunhal não basta, para o fim de 
obtenção de benefício previdenciário, à comprovação do trabalho 
rural, devendoser acompanhada, necessariamente, de um início 
razoável de prova material (art. 55, § 3º, da Lei n. 8.213/91 e 
Súmula 149 deste Superior Tribunal de Justiça) 
13/12/2010 
416 
Resp 
1109591 
1. Conforme o disposto no art. 86, caput, da Lei 8.213/91, exige-
se, para concessão do auxílio-acidente, a existência de lesão, 
decorrente de acidente do trabalho, que implique redução da 
capacidade para o labor habitualmente exercido. 2. O nível do 
dano e, em consequência, o grau do maior esforço, não interferem 
na concessão do benefício, o qual será devido ainda que mínima a 
lesão. 
08/09/2010 
213 
REsp 
1108298 
1. Nos termos do art. 86, caput e § 4o. da Lei 8.213/91, para a 
concessão de auxílio-acidente fundamentado na perda de 
audição, como no caso, é necessário que a sequela seja ocasionada 
por acidente de trabalho e que acarrete uma diminuição efetiva e 
permanente da capacidade para a atividade que o segurado 
habitualmente exercia. 2. O auxílio-acidente visa indenizar e 
compensar o segurado que não possui plena capacidade de 
trabalho em razão do acidente sofrido, não bastando, portanto, 
apenas a comprovação de um dano à saúde do segurado, quando 
o comprometimento da sua capacidade laborativa não se mostre 
configurado. 
12/05/2010 
186, 187, 
188 e 
189 
REsp 
1113983 
1. A Constituição Federal de 1988, em dispositivo não dotado de 
auto-aplicabilidade, inovou no ordenamento jurídico ao assegurar, 
para os benefícios concedidos após a sua vigência, a correção 
monetária de todos os salários-de-contribuição considerados no 
cálculo da renda mensal inicial. 2. Quanto aos benefícios 
concedidos antes da promulgação da atual Carta Magna, aplica-se 
a legislação previdenciária então vigente (...), que determinava 
atualização monetária apenas para os salários-de-contribuição 
anteriores aos 12 (doze) últimos meses [...] 4. Contudo, não havia 
amparo legal para correção dos salários-de-contribuição 
considerados no cálculo do auxílio-doença, da aposentadoria por 
invalidez, da pensão e do auxílio-reclusão, cujas rendas mensais 
iniciais eram apuradas com base na média apenas dos últimos 12 
(doze) salários-de-contribuição. 5. Assim, esta Corte Superior de 
Justiça, interpretando os diplomas legais acima mencionados, 
firmou diretriz jurisprudencial - que ora se reafirma - no sentido de 
ser incabível a correção dos 24 (vinte e quatro) salários-de-
contribuição anteriores aos 12 (doze) últimos, quando o pedido de 
revisão se referir ao auxílio-doença, à aposentadoria por invalidez, 
à pensão e ao auxílio-reclusão, concedidos antes da vigente Lei 
Maior. 
28/04/2010 
Felipe Cavalcante e Silva
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32 
214 
REsp 
1114938 
[...] os atos administrativos praticados antes da Lei 9.784/99 
podem ser revistos pela Administração a qualquer tempo, por 
inexistir norma legal expressa prevendo prazo para tal iniciativa. 
Somente após a Lei 9.784/99 incide o prazo decadencial de 5 anos 
nela previsto, tendo como termo inicial a data de sua vigência 
(01.02.99). Ressalva do ponto de vista do Relator. 2. Antes de 
decorridos 5 anos da Lei 9.784/99, a matéria passou a ser tratada 
no âmbito previdenciário pela MP 138, de 19.11.2003, convertida 
na Lei 10.839/2004, que acrescentou o art. 103-A à Lei 8.213/91 
(LBPS) e fixou em 10 anos o prazo decadencial para o INSS rever os 
seus atos de que decorram efeitos favoráveis a seus benefíciários. 
14/04/2010 
156 
REsp 
1112886 
3. Da leitura dos citados dispositivos legais que regem o auxílio-
doença, constata-se que não há nenhuma ressalva quanto à 
necessidade de que a moléstia incapacitante seja irreversível para 
que o segurado faça jus ao auxílio-acidente. 4. Dessa forma, será 
devido o auxílio-acidente quando demonstrado o nexo de 
causalidade entre a redução de natureza permanente da 
capacidade laborativa e a atividade profissional desenvolvida, 
sendo irrelevante a possibilidade de reversibilidade da doença. 
25/11/2009 
185 
REsp 
1112557 
2. [...] a Lei 8.742/93, alterada pela Lei 9.720/98, dispõe que será 
devida a concessão de benefício assistencial aos idosos e às 
pessoas portadoras de deficiência que não possuam meios de 
prover à própria manutenção, ou cuja família possua renda mensal 
per capita inferior a 1/4 (um quarto) do salário mínimo. [...] 5. A 
limitação do valor da renda per capita familiar não deve ser 
considerada a única forma de se comprovar que a pessoa não 
possui outros meios para prover a própria manutenção ou de tê-la 
provida por sua família, pois é apenas um elemento objetivo para 
se aferir a necessidade, ou seja, presume-se absolutamente a 
miserabilidade quando comprovada a renda per capita inferior a 
1/4 do salário mínimo. 
28/10/2009 
57 e 58 
REsp 
1111973 
A prescrição qüinqüenal prevista na Súmula do STJ/291 incide não 
apenas na cobrança de parcelas de complementação de 
aposentadoria, mas, também, por aplicação analógica, na 
pretensão a diferenças de correção monetária incidentes sobre 
restituição da reserva de poupança, cujo termo inicial é a data em 
que houver a devolução a menor das contribuições pessoais 
recolhidas pelo associado ao plano previdenciário. 
09/09/2009 
22 
REsp 
1095523 
2. Conforme a jurisprudência deste Tribunal Superior, ora 
reafirmada, estando presentes os requisitos legais exigidos para a 
concessão do auxílio-acidente com base no art. 86, § 4º, da Lei n.º 
8.213/91 - deficiência auditiva, nexo causal e a redução da 
capacidade laborativa - , não se pode recusar a concessão do 
benefício acidentário ao Obreiro, ao argumento de que o grau de 
26/08/2009 
Felipe Cavalcante e Silva
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33 
disacusia verificado está abaixo do mínimo previsto na Tabela de 
Fowler. 
21 
REsp 
1110565 
A condição de segurado do de cujus é requisito necessário ao 
deferimento do benefício de pensão por morte ao(s) seu(s) 
dependente(s). Excepciona-se essa regra, porém, na hipótese de o 
falecido ter preenchido, ainda em vida, os requisitos necessários à 
concessão de uma das espécies de aposentadoria do Regime Geral 
de Previdência Social - RGPS. 
27/05/2009 
18 
REsp 
1096244 
O Tema 18 do STJ foi derrubado pelo STF, em RE interposto pelo 
INSS. Vide RE 597389. 
22/04/2009 
 
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34 
5. STJ – SÚMULAS 
As súmulas do STJ não possuem caráter vinculante, mas podem justificar a improcedência liminar do 
pedido ou a negativa de seguimento de recurso, conforme os artigos 332, I, e 932, IV, a, do CPC. 
A relação abaixo está atualizada até a súmula n. 641, conforme consulta realizada em janeiro de 
2021. 
Súmula Enunciado 
Data de 
julgamento 
577 
É possível reconhecer o tempo de serviço rural anterior ao documento 
mais antigo apresentado, desde que amparado em convincente prova 
testemunhal colhida sob o contraditório. 
22/06/2016 
576 
Ausente requerimento administrativo no INSS, o termo inicial para a 
implantação da aposentadoria por invalidez concedida judicialmente será 
a data da citação válida. 
09/12/2015 
557 
A renda mensal inicial (RMI) alusiva ao benefício de aposentadoria por 
invalidez precedido de auxílio-doença será apurada na forma do art. 36, § 
7º, do Decreto n. 3.048/1999, observando-se, porém, os critérios 
previstos no art. 29, § 5º, da Lei n. 8.213/1991, quando intercalados 
períodos de afastamento e de atividade laboral. 
09/12/2015 
507 
A acumulação de auxílio-acidente com aposentadoria pressupõe que a 
lesão incapacitante e a aposentadoria sejam anteriores a 11/11/1997, 
observado o critério do art. 23 da Lei n. 8.213/1991 para definição do 
momento da lesão nos casos de doença profissional ou do trabalho. 
26/03/2014 
468 
A base de cálculo do PIS, até a edição da MP n. 1.212/1995,

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