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Cap. 1 - Informe-se sobre o racismo - O sistema racista está em constante evolução e atualizações, e assim, deve-se entender seu mecanismo. Segundo Munanga, todos os racismos são abomináveis e cada um atinge as suas vítimas de modo particular. O modo brasileiro, tem como principais características o silêncio, o não dito, que confunde toda a população. Dessa forma, é necessário diferenciá-lo de outras experiências conhecidas, como o nazismo e o aparthaeid, nas quais o racismo era explícito e institucionalizado. - Além disso, é preciso identificar os mitos que sustentam as peculiaridades do sistema de opressão que vive-se aqui. O mais nocivo desses, indubitavelmente, é o da democracia racial, concebido e difundido por sociólogos, de elites econômicas, na metade do século passado. Afirma que o Brasil transcendeu os conflitos raciais pela harmonia entre negros e brancos, por conta da miscigenação e da ausências de leis segragadoras. Tal visão, paralisa a prática antirracista pois romantiza as violências sofridadas pelos povo negro. - Dessa forma, a melhor forma de combater o racismo é reconhecê-lo nomeando a opressão, pois é difícil lutar contra aquilo que não pode ser nomeado. As palavras “branco”, “negro”, “racismo”, “racista”, não podem ser mais um tabu, pois o racismo está em nós e nas pessoas ao nosso redor, mais grave é não reconhecer e não combater a opressão. Dizer que uma atitude foi racista é apenas uma forma de caracterizá-la e definir seus sentidos e implicações. - O autoquestionamento, buscando entender seu lugar e duvidar daquilo que aparenta ser “natural”, é a primeira medida para evitar a reprodução da violência que privelegia uns e oprime outros.
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