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A Arte Contemporânea tem como objetivo a aproximação da obra e artista do público, a priori, geralmente, a obra é questionada pelo visualizador. Esse estranhamento se dá por conta do alto contraste entre as artes mais conservadoras e as contemporâneas, sendo extremamente diferentes em alguns aspectos. Entretanto, esse questionamento sobre a arte em questão faz parte da obra, seria uma espécie de convite para que o indivíduo possa fazer parte da arte. Deve-se entender que a arte não termina na última pincelada ou esculpida, ela estende-se até a concepção e interpretação do indivíduo, sendo a sua subjetividade o principal mecanismo artístico para os inúmeros entendimentos. A Arte Contemporânea e o termo vanguarda surgiram após a Segunda Guerra Mundial, além dela, muitas outras escolas artísticas se libertaram de padrões políticos e religiosos, começando um novo período artístico, onde regia-se a espontaneidade. O termo vanguarda refere-se a tudo que é autêntico, atual e inovador, assim como a Arte Contemporânea, que é a junção de diferentes estilos e técnicas, materiais, sendo flexível a obras mais simples até as mais complexas. Um bom exemplo desse estilo é a obra arquitetônica de Rebecca Horn, intitulada de ‘’A estrela ferida’’. É uma escultura feita por quatro cubos empilhados, simboliza barracas de praia que estavam espalhadas pela orla de La Barceloneta. Além dela, há a obra alemã de Peter Eisenman intitulada de ‘’Memorial aos Judeus Mortos da Europa’’, consiste em blocos de concretos desuniformes que simbolizam a confusão de um sistema que perdeu o contato com a razão humana, segundo o criador. Algumas das características da Arte Contemporânea são a autenticidade nas obras; a indiferença com padrões religiosos e políticos; a liberdade de inovação, técnicas distintas e cores; maior alcance de público, incluindo classes menos favorecidas; mistura de estilos artísticos; uso de tecnologia na criação das obras, entre outros. Visto a grande diversidade e liberdade dentro da Arte Contemporânea, a influência de outros movimentos artísticos é algo previsível. Por exemplo, a Street Art, um estilo artístico bastante presente nas grandes cidades, em fachadas de prédios, calçadas, rodovias, muros, etc. Geralmente, a Street Art manifesta-se por performances artísticas e o grafite. Um bom exemplo desse movimento é a obra intitulada de ‘’A Escadaria das Bailarinas’’ produzida por Eduardo Kobra, na cidade de São Paulo. As artes de rua são de extrema importância para cidades de concreto, pois, dão vida e cor a uma cidade que está afundada no cinza e no estresse do dia a dia. Essas artes dão esperança e leveza para a vida do indivíduo, mesmo sendo uma ‘’felicidade passageira’’, oferecida pela arte. Já a Arte Pós-Moderna, que surge nos anos 60, se opõe às características da Modernidade. Ela investe na interação com o indivíduo, traz elementos do dia a dia e a fácil compreensão. Além disso, a antiarte, jogos com arte, a desvalorização da obra/autor, são uma das principais diferenças entre o Pós-Modernismo e o Modernismo, onde empregava-se a cultura elevada, o conhecimento superior, a oposição ao público, etc. Por conta do contexto da época, a Pós-Modernidade está ligada diretamente à comunicação, isso se dá pelo avanço midiático dos meios de comunicação e a evolução tecnológica. Os novos conceitos artístico oferecidos pela era digital foram denominados de Pós-Modernismo, tendo como principais características a aceitação do efêmero, do fragmentário, do descontínuo e do caótico; o desenvolvimento por meio da proliferação, justaposição e da disjunção; a desconstrução artística; hiper- realismo; imaginação e criatividade; noções do cotidiano; interação com o público; subjetividade no interpretar o mundo; referências sarcásticas a estilos anteriores; individualismo; ausência de um método específico; entre outros. Um dos principais artistas desse movimento foi Jeff Koons, ele tinha como característica o uso de diversas técnicas e materiais para compor sua obra. Uma de suas obras mais notórias é Puppy, um cachorro de 16 metros de altura formado por flores. Essa obra teve o uso de materiais do cotidiano, com o objetivo de alcançar mais público e mostrar que a arte pode ser simples e feita com itens do dia a dia. Por vez, pode-se entender como um estilo artístico provocador e controverso, devido a sua simplicidade, se comparando com outros movimentos artísticos. Além disso, a antiarte é bastante presente nesse movimento em específico. Enquanto a Arte Contemporânea traz o novo e o autêntico, a antiarte parte para usar e até mesmo banalizar outras artes, além de fazer uma sátira a pobre interpretação artística da atualidade. A principal obra desse movimento é a intitulada de ‘’Fonte’’ do artista Marcel Duchamp, consiste em um urinol de porcelana. O conceito dessa obra é a retirada de um objeto do cotidiano de um cenário banal e introduzi-lo em um cenário novo e incomum, além, da sátira para as concepções artísticas do público e do artista. Diferente da Arte Contemporânea, o Pós-Modernismo rompe com todas as preconcepções artísticas que até então eram tão influentes e objetificadas. Ele passa a banalizar questões do cotidiano, no sentido de estar sempre na média artística, diferente de movimentos anteriores onde empregava-se um cenário perfeito e até mesmo utópico. Ele surge para mostrar a realidade do cotidiano, que nem sempre é tão pura e deslumbrante. BARROSO, F. Priscila. História da Arte. Porto Alegre: SAGAH, 2018. (Minha biblioteca digital). Acesso em 01 de jun. de 2021.
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