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ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA EVOLUÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO – PARTE I Livro Eletrônico PRESIDENTE: Gabriel Granjeiro VICE-PRESIDENTE: Rodrigo Teles Calado COORDENADORA PEDAGÓGICA: Élica Lopes ASSISTENTES PEDAGÓGICAS: Francineide Fontana, Kamilla Fernandes e Larissa Carvalho SUPERVISORA DE PRODUÇÃO: Emanuelle Alves Melo ASSISTENTES DE PRODUÇÃO: Giulia Batelli, Jéssica Sousa, Juliane Fenícia de Castro e Thaylinne Gomes Lima REVISOR: Mayra Barbosa Souza DIAGRAMADOR: Charles Maia da Silva CAPA: Washington Nunes Chaves Gran Cursos Online SBS Quadra 02, Bloco J, Lote 10, Edifício Carlton Tower, Sala 201, 2º Andar, Asa Sul, Brasília-DF CEP: 70.070-120 Capitais e regiões metropolitanas: 4007 2501 Demais localidades: 0800 607 2500 Seg a sex (exceto feriados) / das 8h às 20h www.grancursosonline.com.br/ouvidoria TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – De acordo com a Lei n. 9.610, de 19.02.1998, nenhuma parte deste livro pode ser fotocopiada, gravada, reproduzida ou armazenada em um sistema de recupe ração de informações ou transmitida sob qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico sem o prévio consentimento do detentor dos direitos autorais e do editor. © 02/2019 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br/ouvidoria ADRIEL SÁ Professor de Direito Administrativo, Administra- ção Geral e Administração Pública em diversos cursos presenciais e telepresenciais. Servidor público federal da área administrativa desde 1999 e, atualmente, atuando no Ministério Pú- blico Federal. Formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal de Santa Catarina, com especialização em Gestão Públi- ca. Foi militar das Forças Armadas por 11 anos, sempre atuando nas áreas administrativas. É coautor da obra “Direito Administrativo Facili- tado” e autor da obra “Administração Geral e Pública - Teoria Contextualizada em Questões”, ambas publicadas pela Editora Juspodivm. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 4 de 126www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Evolução da Administração – Parte I Prof. Adriel Sá SUMÁRIO Evolução da Administração – Parte I .............................................................5 1. Evolução da Administração, Principais Abordagens da Administração (Clássica até Contingencial) .........................................................................5 1.1. Noções Introdutórias ............................................................................5 1.2. Abordagem Clássica .............................................................................8 1.2.1. Aspectos Gerais e Origens ..................................................................8 1.2.2. Escola da Administração Científica .....................................................13 1.2.3. Escola da Teoria Clássica ..................................................................25 1.3. Teoria das Relações Humanas ..............................................................32 1.4. Teoria Neoclássica ..............................................................................36 1.4.1. Administração por Objetivos (APO) ....................................................38 1.5. Teoria da Burocracia ...........................................................................41 1.5.1. Características e Vantagens ..............................................................43 1.5.2. Disfunções da Burocracia ..................................................................45 1.5.3. A Racionalidade do Modelo Burocrático ...............................................48 1.6. Teoria Estruturalista ...........................................................................50 1.6.1. Uso do Poder pelas Organizações.......................................................52 1.6.2. Conflitos e Dilemas Organizacionais ...................................................53 1.6.3. Tipologia de Blau e Scott ..................................................................54 1.7. Teoria Comportamental .......................................................................57 Resumo ...................................................................................................60 Questões de Concurso ...............................................................................63 Gabarito ..................................................................................................82 Gabarito Comentado .................................................................................83 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 5 de 126www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Evolução da Administração – Parte I Prof. Adriel Sá EVOLUÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO – PARTE I 1. Evolução da Administração, Principais Abordagens da Administração (Clássica até Contingencial) 1.1. Noções Introdutórias Para a explanação das diversas teorias administrativas desenvolvidas no âmbito da Administração, utilizarei as diversas concepções apresentadas pela doutrina. Mas, o que são “teorias”? Maximiano (2004)1 conceitua teoria como um con- junto de proposições que procuram explicar os fatos da realidade prática. Portanto, teorias são estudos elaborados a partir da observação de práticas existentes em determinados ambientes, ou seja, hipóteses são formadas, com- provando ou negando a existência dessas hipóteses. Por isso, afirmamos que não existem teorias absolutas, pois precisam estar dentro de um contexto. Pois bem! Cada teoria administrativa procura observar os diversos elementos que conduzem pessoas a se agruparem em razão de objetivos comuns. É dentro de cada uma dessas teorias que praticamente todos os assuntos da disciplina de Administração estão inseridos, tais como motivação, liderança, equilíbrio organiza- cional, dentre outros, ou seja, cada uma das teorias desenvolvidas possui utilização atualmente em alguns de seus aspectos. Exemplo: discorre Chiavenato (2003)2, por exemplo, que os postulados dos autores clássicos, em especial de Taylor, apesar de todas as críticas, nunca foram total- 1 MAXIMIANO, A. C. de A. Introdução à Administração. São Paulo, Atlas: 2004. 2 CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna administração das organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 6 de 126www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Evolução da Administração – Parte I Prof. Adriel Sá mente substituídos por outra abordagem. É o caso dos princípios da Adminis- tração, a departamentalização, a racionalização do trabalho e a estrutura linear ou funcional, dentre outros. Um exemplo prático é o do administrador que considera a necessidade de adotar o princípio da unicidade de supervisão, própria da teoria clássica de Fayol e, ao mesmo tempo, atenta para a importância dosgrupos informais sobre o desempe- nho dos indivíduos, descrita pela teoria das relações humanas. Vamos percorrer, portanto, diversas teorias, desde as clássicas (século XIX) até as contemporâneas. Nesse sentido, você deve entender que muitas delas podem possuir aspectos e postulados que subsistem até hoje. No contexto das teorias administrativas, podemos constatar dois tipos de abor- dagens de estudo: a abordagem prescritiva e normativa e a abordagem descri- tiva e explicativa. A abordagem prescritiva e normativa caracteriza-se pela preocupação em prescrever princípios normativos que devem ser aplicados como receituário em todas as circunstâncias para que o administrador possa ser bem-sucedido. É uma abordagem com receitas antecipadas, soluções “enlatadas” e princípios normativos que regem o como fazer as coisas dentro das organizações. Essa perspectiva visu- aliza a organização como deveria funcionar em vez de explicar seu funcionamento. É a abordagem de que se utilizam, por exemplo, as teorias clássica, das relações humanas e neoclássica. As teorias prescritivas e normativas compreendem duas grandes categorias: doutrinas (princípios ou preceitos) e técnicas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 7 de 126www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Evolução da Administração – Parte I Prof. Adriel Sá As doutrinas recomendam como agir e contêm valores implícitos ou explícitos. Por exemplo, a Administração Científica possui a doutrina ou princípio da eficiência dos recursos; ainda, o movimento da qualidade possui a doutrina ou princípio da satisfação do cliente. As técnicas são soluções para problemas específicos. Por exemplo, o pro- blema de estudar a eficiência de um processo pode ser resolvido com as técni- cas do estudo de tempos e movimentos. As técnicas, em geral, agregam-se em métodos. Por sua vez, a abordagem descritiva e explicativa, em vez de estabelecer como o administrador deverá lidar com as organizações, descreve, analisa e explica as organizações, a fim de que o administrador escolha a maneira apro- priada de lidar com elas, levando em conta sua natureza, tarefas, participantes, problemas, situação, restrições etc., aspectos que variam intensamente. Questão 1 (CESPE/TÉCNICO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO/APOIO TÉCNI- CO E ADMINISTRATIVO/ADMINISTRAÇÃO/2013) Julgue o item a seguir, relativo a administração. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 8 de 126www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Evolução da Administração – Parte I Prof. Adriel Sá Propostas pela teoria clássica da administração, a abordagem normativa e a pres- critiva fundamentam-se em princípios gerais de administração, como o da visão sistêmica das organizações, formulados a partir de experimentos científicos acerca de aspectos formais e informais da organização. Errado. A questão aprofunda o que estudaremos no decorrer deste assunto. Mas vale a pena corrigir o item, para que você tenha uma ideia do que veremos adiante: “pro- postas pela teoria clássica da administração, a abordagem normativa e a prescritiva fundamentam-se em princípios gerais de administração, como o da visão sistêmica das organizações, formulados a partir de experimentos científicos acerca de aspec- tos formais e informais da organização”. A visão sistêmica da organização é uma abordagem descritiva e explicativa, enfati- zada na abordagem sistêmica, e não clássica. Ainda, a teoria clássica não estudou a organização informal, mas apenas a formal. A organização formal e a organização informal são evidenciadas na teoria estrutu- ralista. Na verdade, essa teoria visualiza uma abordagem múltipla da teoria clás- sica (ênfase na organização formal) e da teoria das relações humanas (ênfase na organização informal), tentando estabelecer um estudo entre ambas as teorias. 1.2. Abordagem Clássica 1.2.1. Aspectos Gerais e Origens A abordagem clássica da Administração possui suas origens nas consequências geradas pela Revolução Industrial, em especial, relacionadas ao crescimento ace- lerado e desorganizado das empresas, exigindo a substituição do empirismo e da improvisação por algo mais científico. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 9 de 126www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Evolução da Administração – Parte I Prof. Adriel Sá Nesse sentido, Oliveira (2008)3 elenca as principais razões do surgimento e da consolidação da abordagem clássica, que podem ser resumidas por dois grandes eventos e suas respectivas consequências: • Aumento da complexidade da administração das organizações: essa si- tuação ocorreu, principalmente, como resultado de duas realidades da época: − crescimento muito rápido da economia e, consequentemente, das organi- zações; e − desorganização administrativa das organizações, como resultado do acon- tecimento anterior; • Busca do maior rendimento possível proporcionado pelos recursos das organizações: essa situação, provocada, principalmente, pelo incre- mento do nível de concorrência entre as organizações, foi gerada por três realidades da época: − necessidade de aumentar a eficiência e a produtividade das organizações, as quais deveriam ser sustentadas basicamente pelas pessoas, sendo que estas eram consideradas como simples instrumentos de produção; − necessidade, como decorrência do item anterior, de estudar e aprimorar os processos produtivos das organizações, analisando tarefas, tempos e mé- todos, adequação dos maquinários etc.; e − necessidade, como fator de influência do item anterior, de ajustar o sistema básico de pagamento da época, o qual se relacionava ao dia de trabalho e às peças produzidas, sendo que essa situação desmotivava os trabalha- dores das organizações, pois estes acreditavam que seus esforços só pro- porcionavam benefícios para os proprietários das organizações e, portanto, não se esforçavam em suas tarefas e o nível de produtividade era baixo. 3 OLIVEIRA, D. de P. R. de. Teoria Geral da Administração. Uma abordagem prática. São Paulo: Atlas, 2008. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 10 de 126www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Evolução da Administração – Parte I Prof. Adriel Sá É interessante destacar que a abordagem clássica se mostra rígida, inflexível e conservadora, porque foi concebida em uma época de estabilidade e permanência. No entanto, em que pese essa estabilidade e permanência, não houve a harmonia nas tratativas entre as organizações e as pessoas que nela trabalhavam, ou seja, as relações trabalhistas se mostraram bastante limitadas. Isso ajudou as insatisfações dos funcionários aumentarem, abrindo espaço para contestações organizadas ao sistema por meio de movimentos sindicais. No fim do século XIX e iníciodo século XX, dois personagens se destacam nos primeiros trabalhos pioneiros a respeito da Administração clássica: • Frederick Winslow Taylor (um americano), que divulgou os postulados a chamada Escola da Administração Científica, cuja preocupação principal era aumentar a eficiência da organização por meio da racionalização do trabalho operário; e • Jules Henri Fayol Barros Zacanti (um turco), que desenvolveu a chamada teoria clássica, preocupada em aumentar a eficiência da empresa por meio de sua organização e da aplicação de princípios gerais da Administração em bases científicas. Desde logo, não podemos confundir a abordagem clássica com a teoria clássica. Esta insere-se no contexto daquela. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 11 de 126www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Evolução da Administração – Parte I Prof. Adriel Sá Assim, podemos dizer que Taylor e Fayol se constituem os autores principais da chamada abordagem clássica da Administração. No entanto, outros expoentes também contribuíram para a formação do compêndio teórico. Vejamos, portanto, um resumo comparando essas duas orientações teóricas4: ESCOLA DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA TEORIA CLÁSSICA Desenvolvida nos Estados Unidos, a partir dos trabalhos de Taylor. Desenvolvida na França, com os traba- lhos pioneiros de Fayol. Expoentes: Frederick Winslow Taylor (1856- 1915), Henry Lawrence Gantt (1861-1919), Frank Bunker Gilbreth (1868-1924), Har- rington Emerson (1853-1931) e Henry Ford (1863-1947). Expoentes: Henri Fayol (1841-1925), James D. Mooney, Lyndall F. Urwick (1891-1979) e Luther Gulick. A preocupação básica era aumentar a produ- tividade da empresa por meio do aumento de eficiência no nível operacional, isto é, no nível dos operários. Daí a ênfase na análise e na divisão do trabalho do operário, uma vez que as tarefas do cargo e o ocupante constituem a unidade fundamental da organização. A preocupação básica era aumentar a efi- ciência da empresa por meio da forma e disposição dos órgãos componentes da organização (departamentos) e de suas inter-relações estruturais. Daí a ênfase na anatomia (estrutura) e na fisiologia (fun- cionamento) da organização. É uma abordagem de baixo para cima (do operário para o supervisor e gerente) e das partes (operário e seus cargos) para o todo (organização empresarial). É uma abordagem inversa à da Adminis- tração Científica: de cima para baixo (da direção para a execução) e do todo (orga- nização) para as suas partes componen- tes (departamentos). Predominava a atenção para o método de tra- balho, para os movimentos necessários à exe- cução de uma tarefa, para o tempo padrão determinado para sua execução. Predominava a atenção para a estru- tura organizacional, para os elementos da Administração, os princípios gerais da Administração e a departamentalização. 4 CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna administra- ção das organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 12 de 126www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Evolução da Administração – Parte I Prof. Adriel Sá Esse cuidado analítico e detalhista permitia a especialização do operário e o reagrupamento de movimentos, operações, tarefas, cargos etc., que constituem a chamada Organização Racional do Trabalho (ORT). Foi, acima de tudo, uma corrente de ideias desenvolvida por engenheiros que procuravam elaborar uma engenharia industrial dentro de uma concep- ção pragmática. Esse cuidado com a síntese e com a visão global permitia a melhor maneira de sub- dividir a empresa sob a centralização de um chefe principal. Foi uma corrente teó- rica e orientada administrativamente. Ênfase nas tarefas. Ênfase na estrutura. Um importante detalhe de prova é que, apesar de ambas as orientações (Adminis- tração Científica e teoria clássica) possuírem a característica de centralização de autoridade, ela é desenvolvida de forma distinta em cada uma das abordagens. Na Escola da Administração Científica, há uma ênfase nas tarefas (divisão do trabalho). Nesse caso, existe uma única autoridade para cada divisão de trabalho. Na teoria clássica, há ênfase na estrutura (criação de departamentos). Ocorre que esses departamentos precisam ter chefias, ainda que desprovidas de qualquer autonomia na tomada de decisão. É por isso que, apesar de haver uma autoridade central na organização, existem “chefes” em cada um desses departamentos. No entanto (e que isso fique bem claro!), tanto a Escola de Administração Científica quanto a teoria clássica possuem a autoridade absoluta centralizada numa figura de topo. Podemos afirmar que, em termos de estabilidade, a descentralização é preferível em épocas de certeza e previsibilidade. Por sua vez, em situações de risco, crise ou dificuldade, a autoridade é centralizada no topo, enquanto durar a emergência, e a descentralização somente voltará quando o perigo for ultrapassado. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 13 de 126www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Evolução da Administração – Parte I Prof. Adriel Sá Há algo mais ou menos assim: • está tudo previsível e “dentro do esperado”: pode descentralizar, com res- salvas; • a coisa ficou complicada: centraliza tudo! 1.2.2. Escola da Administração Científica A abordagem básica da Escola da Administração Científica se baseia na ên- fase colocada nas tarefas. A preocupação inicial era eliminar o desperdício e perdas sofridas pelas indústrias, elevando os níveis de produtividade por meio da aplicação de métodos e técnicas da engenharia industrial. Frederick Winslow Taylor (1856-1915), mentor principal dessa teoria, nas- ceu na Filadélfia, Estado da Pensilvânia, EUA. Quando Taylor trabalhava como engenheiro, o sistema de remuneração da época era do tipo “por peça ou por tarefa”. Aí, havia duas situações distintas e contraditórias: • os patrões, de um lado, procuravam ganhar o máximo na hora de fixar o preço da tarefa; • os empregados, para contrabalancear o preço das peças, diminuíam o rit- mo de produção, aumentando o número de horas. Esse cenário levou Frederick Winslow Taylor a analisar o problema da produ- ção, buscando balancear os interesses de patrões e empregados. Os autores costumam dividir a Escola de Administração Científica em dois períodos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 14 de 126www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Evolução da Administração – Parte I Prof. Adriel Sá Primeiro Período de Taylor Esse primeiro período corresponde à época da publicação de seu primeiro livro Shop management (Administração das oficinas), no qual ele enfoca técnicas para racionalização do trabalho operário, pormeio de estudos de tempo e movimen- to (motion-time study). Seu estudo começou com os operários, em que passou a analisar cuidadosamente as tarefas de cada operário. Ele segmentou cada movi- mento e processo de trabalho. Em seguida, Taylor procurou aperfeiçoá-los. Uma de suas conclusões foi a de que os operários produziam muito menos do que realmente poderiam produzir com os equipamentos disponíveis, pois mesmo que produzissem mais, não teriam uma remuneração adicional para isso. Era pre- ciso, então, mudar o sistema de remuneração. Nesse primeiro livro, Taylor reco- menda que: • o objetivo da administração é pagar salários melhores e reduzir os custos unitários de produção; • como forma de alcançar esse objetivo, a administração deve aplicar méto- dos científicos de pesquisa e experimentos para formular princípios e esta- belecer processos padronizados que permitam o controle das operações da organização; • os funcionários devem ser alocados em seus postos de trabalho segundo os métodos científicos, com os recursos para realizar as suas tarefas de forma adequada; • eles também devem ser treinados segundo um método científico para aper- feiçoar suas aptidões e executar as suas tarefas de forma mais eficiente; • a administração também deve criar uma atmosfera de íntima e cordial coope- ração com os funcionários. 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Segundo Período de Taylor Esse período é marcado pelo livro Princípios de Administração Científica, no qual Taylor concluiu que a racionalização do trabalho operário deveria ser acompanhada de uma estruturação geral da organização e que tornasse coerente a aplicação dos seus princípios. Ele, então, desenvolveu estudos sobre a Administração Geral, a qual denominou Administração Científica, sem deixar de lado as preocupações com as tarefas ope- rárias. Segundo Taylor, as organizações de sua época sofriam de três enfermidades: • vadiagem sistemática dos funcionários, que reduziam a produção para apro- ximadamente um terço da sua capacidade real, para evitar a redução das tarifas de salários pela gerência. Havia três causas para esta vadiagem siste- mática: − o falso conceito de que o maior rendimento do homem e da máquina pro- voca o desemprego; − o sistema deficiente de administração que força os operários à ociosidade no trabalho para proteger interesses pessoais e o receio à mudança; e − os métodos empíricos ineficientes utilizados nas empresas, com os quais os operários desperdiçam grande parte de seus esforços e tempo; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 16 de 126www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Evolução da Administração – Parte I Prof. Adriel Sá • a gerência desconhecia as rotinas de trabalho e do tempo necessário para a sua realização; • falta de padrão para as técnicas de métodos de trabalho. Não é difícil perceber a imagem negativa de Taylor a respeito do ser humano. Entretanto, ele se preocupou em criar um ambiente educativo baseado na inten- sificação do ritmo de trabalho em busca da maior eficiência da organização. Mas é importante estar claro que seu foco não está no ser humano, mas nas tarefas e em como elas deviam ser realizadas. Administração como Ciência Segundo Taylor, a Administração deveria ser estudada de forma científica, e não de forma empírica. A improvisação cede lugar ao planejamento, assim como o em- pirismo cede lugar à ciência. O lugar de destaque ocupado por Taylor se deve ao fato de ele ter sido o primei- ro a fazer uma análise completa do trabalho, incluindo os movimentos e tempos. Ele pregou a padronização dos modos de execução, o treinamento de funcionários, a especialização. Em resumo, foi o primeiro a assumir uma atitude metódica ao analisar e organizar as empresas, a qual era adotada em todas as camadas da pi- râmide hierárquica. Os elementos da Administração Científica podem ser assim resumidos: • estudo de tempos e padrões de produção; • supervisão funcional; • padronização de máquinas, ferramentas, instrumentos e materiais; • planejamento do desenho de tarefas e cargos; • princípio de execução; • prêmios de produção pela execução eficiente das tarefas; • definição de rotina de tarefa. 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Essas técnicas e ferramentas podem ser encontradas, analisadas e aperfeiço- adas de forma científica por meio de um estudo de tempos e movimentos, substi- tuindo métodos empíricos por métodos científicos. Dessa forma, é possível estabe- lecer um padrão para a organização por meio de uma pesquisa. Isso foi chamado de Organização Racional do Trabalho (ORT). Segundo Taylor, os operários não tinham competência nem formação ou meios para analisar cientificamente o seu trabalho e estabelecer de forma científica o método ou ferramenta mais eficiente. Os supervisores deixavam sob a responsabi- lidade dos seus subordinados a escolha da melhor técnica de execução do trabalho. Assim, na Administração Científica ocorre uma realocação e divisão das responsa- bilidades. A gerência é responsável pelo planejamento e supervisão do trabalho dos operários, enquanto esses se limitam à execução das tarefas. Segundo Chiavenato (2003)5, a ORT é baseada nos seguintes princípios: • análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos; • estudo da fadiga humana; • divisão do trabalho e especialização do operário; • desenho de cargos e tarefas; • incentivos salariais e prêmios de produção; 5 CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna administra- ção das organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br18 de 126www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Evolução da Administração – Parte I Prof. Adriel Sá • conceito de homo economicus (homem econômico); • condições ambientais de trabalho, como iluminação e conforto; • padronização de métodos e ferramentas; • supervisão funcional. Vejamos, com mais detalhes, alguns desses princípios norteadores da Organi- zação Racional do Trabalho. Divisão do Trabalho e Especialização do Funcionário Uma das decorrências do estudo dos tempos e movimentos foi a divisão do trabalho e a especialização dos funcionários para aumentar a produtividade. Dessa maneira, cada funcionário passou a se especializar em uma única tarefa, ajustan- do-se aos padrões estabelecidos das organizações. Essa medida tirou a liberdade do funcionário em determinar a sua maneira de trabalhar. Ele ficou confinado a uma única tarefa de execução padrão e repetitiva. A ideia básica era de que a especialização aumentava a eficiência. Desenho de Cargas e Tarefas A primeira tentativa de estabelecer uma política de cargos e tarefas foi proposta por Taylor. Segundo ele, tarefa é toda atividade executada por uma pessoa em seu tra- balho, constituindo-se na menor unidade dentro da divisão de trabalho de uma organização. Já o cargo é o conjunto de tarefas executadas de forma cíclica e repetitiva. Assim, desenhar um cargo significa especificar as tarefas que o compõe, os métodos de execução e a relação com os demais cargos existentes. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 19 de 126www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Evolução da Administração – Parte I Prof. Adriel Sá A Administração Científica prega que o desenho de cargos deva ser feito de forma simples e elementar. A ênfase nas tarefas levou os engenheiros a simplifi- car os cargos para obter o máximo de especialização por parte de cada operário e, consequentemente, a maior eficiência. A simplicidade facilita o treinamento dos funcionários, pois permite que aprendam de forma rápida as suas tarefas, além de promover o controle por parte dos supervisores. Esse conceito foi muito aplicado em linhas de montagens; em vez de um operá- rio realizar uma tarefa complexa, essa tarefa é decomposta em várias partes dis- postas em uma linha de produção, em que cada uma é tratada por um funcionário. É importante saber que o fluxo de sequência é definido, assim como o seu tempo de execução. Incentivos Salariais e Prêmios de Produção Como forma de fazer o operário colaborar com os princípios idealizados, Taylor e seus seguidores desenvolveram planos de incentivos salariais e prêmios de pro- dução. A ideia era que os salários fixos não estimulavam uma postura colaborativa e altamente produtiva dos operários. Ele propôs que os operários fossem remune- rados por sua produção. Nesse caso, é estabelecido um patamar a ser alcançado periodicamente pelos funcionários. A produção conseguida acima da meta deve ser recompensada de forma adicional. Com planos de prêmios de produção, Taylor procurava atender os objetivos das empresas e dos funcionários que poderiam ganhar mais se produzis- sem mais. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 20 de 126www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Evolução da Administração – Parte I Prof. Adriel Sá Homo Economicus Segundo o conceito de homem econômico, as pessoas são influenciadas pelo salário e recompensas financeiras e materiais, ou seja, a importância está em como ganhar a vida e não uma procura de trabalho por afinidade. Esse princípio pode ser considerado um dos mais depreciáveis, pois tem a visão do ser humano como um indivíduo mesquinho, limitado, preguiçoso e culpado pela ineficiência da organiza- ção e seus desperdícios. Condições de Trabalho É certo que apenas a recompensa financeira não seria suficiente para obter o máximo de produtividade dos operários. Era preciso um conjunto de condições de trabalho que possibilitassem o aumento da produtividade, tais como: • adequação de instrumentos de trabalho, equipamentos de produção aos pro- cessos para minimizar o esforço do trabalho e o desperdício de tempo na execução das tarefas; • arranjo físico das máquinas e equipamentos para racionalizar o fluxo de pro- dução; • melhoria do ambiente físico de trabalho, de maneira que o ruído, ventilação, iluminação e conforte não reduzam a produtividade e eficiência do operário; • projeto de instrumentos e equipamentos especiais para reduzir movimentos inúteis. Supervisão Funcional Taylor recomenda que a autoridade de gerir os operários deva ser dividida entre vários supervisores, sendo cada um especializado em uma área diferente. Dessa maneira, cada supervisor tem uma autoridade funcional. A autoridade funcional O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 21 de 126www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Evolução da Administração – Parte I Prof. Adriel Sá é relativa e parcial. Essa “administração funcional” consistia, portanto, em dividir o trabalho de maneira que cada homem tivesse que executar a menor variedade possível de funções, independentemente de seu nível hierárquico. Sempre que pos- sível, deveria se limitar a apenas uma função. A supervisão funcional representa a divisão do trabalho para as funções de chefes e de supervisores. Ela separa o planejamento mental do braçal. Essa abor- dagem apresentou uma série de críticas, pois acreditava-se que a eficiência era alcançada pela subordinação única. Princípios da Administração Científica A preocupação de racionalizar, padronizar e prescrever normas de conduta ao administrador levou os teóricos da Administração Científica a pensar em princípios que pudessem ser aplicados a todas as situações possíveis: abordagem prescri- tiva e normativa6. Um princípio é uma afirmação válida para uma determinada situação. É uma previsão antecipada do que deverá ser feito quando ocorrer aquela situação. Den- tre a difusão de princípios defendidos pelos autores da Administração Científica, destacarei aqueles que sempre são cobrados em provas: os princípios da Admi- nistração Científica de Taylor e os princípios básicos de Ford. Para Taylor, a gerência deve seguir quatro princípios, a saber: • princípio de planejamento: substituir no trabalho o critério individual do operário, a improvisação e a atuação empírico-prática, por métodos baseados em procedimentos científicos. Substituir a improvisação pela ciência por meio do planejamento do método de trabalho; 6 A abordagem prescritiva e normativa caracteriza-se pela preocupação em prescrever princí- pios normativos que devem ser aplicados como receituário em todas as circunstâncias para que o admi- nistrador possa ser bem-sucedido. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 22 de 126www.grancursosonline.com.brADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Evolução da Administração – Parte I Prof. Adriel Sá • princípio de preparo: selecionar, cientificamente, os trabalhadores de acor- do com suas aptidões e prepará-los e treiná-los para produzirem mais e me- lhor, conforme o método planejado. Preparar máquinas e equipamentos em um arranjo físico e disposição racional; • princípio do controle: controlar o trabalho para se certificar de que está sendo executado de acordo com os métodos estabelecidos e segundo o plano previsto. A gerência deve cooperar com os trabalhadores para que a execução seja a melhor possível; • princípio da execução: distribuir atribuições e responsabilidades para que a execução do trabalho seja disciplinada. Como dissemos, apesar de Taylor ser o expoente principal da Administração Científica, outros personagens contribuíram, de forma evidente, para a afirmação dos postulados teóricos. Um desses personagens foi Henry Ford, que aplicava seus princípios em negócios efetuados pela Ford Companhia de Motores. Ford desenvolveu três princípios, que visavam acelerar a produção por meio de um trabalho ritmado, coordenado e econômico – a linha de montagem: • princípio de intensificação: diminuir o tempo de duração das atividades com a utilização imediata dos equipamentos e matéria-prima e a rápida colo- cação do produto no mercado; • princípio de economicidade: reduzir, ao mínimo, o volume do estoque da matéria-prima em transformação, fazendo com que o automóvel fosse pago à empresa antes de vencido o prazo de pagamento dos salários e da matéria-prima adquirida. A velocidade de produção deve ser rápida; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 23 de 126www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Evolução da Administração – Parte I Prof. Adriel Sá • princípio de produtividade: aumentar a capacidade de produção do ho- mem no mesmo período (produtividade) por meio da especialização e da linha de montagem. O operário ganha mais e o empresário tem maior produ- ção – adaptação do conjunto de trabalhadores ao ritmo imposto pela esteira de produção. Outro conceito que Ford também desenvolveu foi o conceito de produção em massa. Vamos entender isso melhor! Inicialmente, a empresa Ford Companhia de Motores trabalhava artesanalmen- te. Segundo estudos, o tempo total trabalhado antes de serem repetidas as mes- mas operações de um montador da Ford chegava a 514 minutos. Nesse sistema, cada trabalhador ficava sempre na mesma área de montagem e fazia uma parte importante de um carro (por exemplo, colocando rodas, ou molas, ou motor) antes de passar para o carro seguinte, que vinha até ele. Porém, era responsabilidade do trabalhador apanhar as peças no estoque e trazê-lo até seu posto. Para cumprir essa responsabilidade, o trabalhador tinha que ir atrás do trabalho. A primeira providência que Ford tomou, para tornar esse processo mais eficien- te, foi a de entregar as peças em cada posto, de onde os trabalhadores não preci- savam mais ficar saindo. Em seguida, Ford decidiu que o montador executaria uma única tarefa, andando de um carro para outro dentro da fábrica. Em 1913, pouco antes de implantar a linha de montagem, o tempo médio de ciclo de cada montador da Ford havia caído para 2,3 minutos. No entanto, logo apareceram os problemas desse procedimento: a movimenta- ção consumia tempo e, como os montadores tinham velocidades diferentes de tra- balho, os mais rápidos perdiam sua eficiência quando encontravam os mais lentos O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 24 de 126www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Evolução da Administração – Parte I Prof. Adriel Sá pela frente. Nesse sentido, desenvolveu-se a essência da linha de montagem mó- vel, na qual o produto em processo desloca-se ao longo de um percurso enquanto os operadores ficam parados. Assim, Ford evidenciou dois princípios da produção em massa: peças pa- dronizadas e trabalhadores especializados. O princípio das peças padronizadas deu origem ao controle de qualidade (uniformidade das peças e produtos) e à redução da quantidade de peças na fabri- cação de seus carros. O princípio do trabalhador especializado afirmava que cada pessoa ou cada grupo de pessoas tinha uma tarefa fixa dentro de uma etapa de um processo pre- definido. Assim, por esse princípio, cada trabalhador atuava apenas no processo específico que lhe fosse atribuído. Os princípios da produção em massa podem ser assim resumidos: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 25 de 126www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Evolução da Administração – Parte I Prof. Adriel Sá 1.2.3. Escola da Teoria Clássica A Escola da Teoria Clássica surge na França, em 1916. Essa teoria foi idealizada por Jules Henri Fayol Barros Zacanti (1841-1925), nascido na Turquia, engenheiro de minas na França. O modelo da teoria clássica possui ênfase na estrutura que a organização deve possuir para ser eficiente7. Henri Fayol criou um sistema de administração dividido em três aspectos principais: • a administração é uma função distinta das demais funções, como finanças, produção e distribuição; • a administração é um processo de planejamento, organização, comando, co- ordenação e controle; • o processo de administração pode ser ensinado e aprendido. 7 Ainda que a ênfase da teoria clássica (estrutura) seja distinta da Administração Científica (tarefas), ambos os modelos buscavam a eficiência organizacional. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 26 de 126www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Evolução da Administração – Parte I Prof. Adriel Sá Funções Básicas e Função Administrativa Com a publicação, em 1916, do livro Administration industrielle et générale, Fayol afirma que, em toda organização, independentemente de tamanho ou natu- reza de suas atividades, o conjunto de todas as suas operações pode ser dividido em seis grupos ou funções básicas, a saber: • técnicas: relacionadas com a produção de bens ou de serviços da organi- zação; • comerciais: relacionadas com compra, venda e trocas; • financeiras: relacionadas com procura e gerência de capitais; • de segurança: relacionadas com proteção e preservação dos bens e pessoas; • contábeis: relacionadas com inventários, registros, balanços, custos e esta- tísticas; e • administrativas: relacionadas com a integração de cúpula das outras cinco funções. Como se observa, esse autor considerava que a mais importante dessas funções era a função administrativa, pois desempenhava um papel central de integração e coordenação das demais funções. Isso não quer dizer que a função administrati- va se concentra exclusivamente no topo da organização; pelo contrário, se reparte proporcionalmente por todos os níveis da hierarquiada empresa. Assim, Fayol di- vidiu-a em outras cinco funções (chamadas de POC3): • previsão: estabelece os objetivos da empresa, especificando a forma como serão alcançados. Parte de uma sondagem do futuro, desenvolvendo um pla- no de ações para tingir as metas traçadas. É a primeira das funções, já que servirá de base diretora à operacionalização das demais; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 27 de 126www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Evolução da Administração – Parte I Prof. Adriel Sá • organização: é a forma de coordenar todos os recursos da empresa, sejam humanos, financeiros ou materiais, alocando-os da melhor forma segundo o planejamento estabelecido; • comando: faz com que os subordinados executem o que deve ser feito. Pres- supõe que as relações hierárquicas estejam claramente definidas, ou seja, que a forma como administradores e subordinados se influenciam esteja ex- plícita, assim como o grau de participação e colaboração de cada um para a realização dos objetivos definidos; • coordenação: a implantação de qualquer planejamento seria inviável sem a coordenação das atitudes e esforços de toda a empresa, almejando as metas traçadas; • controle: controlar é estabelecer padrões e medidas de desempenho que permi- tam assegurar que as atitudes empregadas são as mais compatíveis com o que a empresa espera. O controle das atividades desenvolvidas permite maximizar a probabilidade de que tudo ocorra conforme as regras estabelecidas e ditadas8. 8 Contemporaneamente, as funções administrativas consideradas são as funções de planejar, organizar, dirigir e controlar. No entanto, essas funções administrativas, hoje conhecidas, são uma evolução da teoria clássica da Administração, idealizada por Fayol. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 28 de 126www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Evolução da Administração – Parte I Prof. Adriel Sá Princípios Gerais da Administração Fayol, usando uma metodologia de observação dos fatos, conduziu experimen- tos e extraiu alguns princípios em torno de seu modelo administrativo, os chama- dos 14 princípios gerais da Administração, os quais passo a elencar: Divisão do trabalho Consiste na especialização das tarefas e das pessoas para aumentar a eficiência. Autoridade e responsabilidade Autoridade é o direito de dar ordens e o poder de espe- rar obediência. A responsabilidade é uma consequên- cia natural da autoridade e significa o dever de prestar contas. Ambas devem estar equilibradas entre si. Disciplina Depende de obediência, aplicação, energia, comporta- mento e respeito aos acordos estabelecidos. Unidade de comando Cada empregado deve receber ordens de apenas um superior. É o princípio da autoridade única. Unidade de direção Uma cabeça e um plano para cada conjunto de ativida- des que tenham o mesmo objetivo. Subordinação dos interesses indivi- duais aos gerais Os interesses gerais da empresa devem sobrepor-se aos interesses particulares das pessoas. Remuneração do pessoal Deve haver justa e garantida satisfação para os empre- gados e para a organização em termos de retribuição. Centralização Refere-se à concentração da autoridade no topo da hierarquia da organização. Cadeia escalar É a linha de autoridade que vai do escalão mais alto ao mais baixo em função do princípio do comando. Ordem Um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. É a ordem material e humana. Equidade Amabilidade e justiça para alcançar a lealdade do pes- soal. Estabilidade do pessoal A rotatividade do pessoal é prejudicial para a eficiência da organização. Quanto mais tempo uma pessoa per- manecer no cargo, tanto melhor para a empresa. Iniciativa A capacidade de visualizar um plano e assegurar pes- soalmente o seu sucesso. Espírito de equipe A harmonia e a união entre as pessoas são grandes forças para a organização. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 29 de 126www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Evolução da Administração – Parte I Prof. Adriel Sá Com a teoria da Administração Científica, a teoria proposta por Fayol foi uma das primeiras das teorias administrativas. Obviamente que apresentaria limitações e seria superada por novos pensamentos. Ainda assim, contribuiu muito para a formação do atual pensamento adminis- trativo que, a partir dela, foi se desenvolvendo até chegar aos moldes da Adminis- tração moderna. Não obstante, algumas críticas foram observadas em relação à teoria clássica de Fayol9. 1) Abordagem simplificada da organização formal: os autores clássicos concebem a organização em termos lógicos, formais, rígidos e abstratos, sem con- siderar seu conteúdo psicológico e social com a devida importância. Limitaram-se à organização formal, estabelecendo esquemas lógicos e preestabelecidos, segundo os quais as organizações devem ser construídas e governadas. Nesse sentido, são prescritivos e normativos, ou seja, explicam como o administrador deve conduzir- -se em todas as situações por meio do processo administrativo e os princípios ge- rais que deve seguir para obter a máxima eficiência. A preocupação com as regras do jogo é fundamental. 2) Ausência de trabalhos experimentais: a teoria clássica pretendeu ela- borar uma ciência de administração para estudar e tratar a Administração, subs- tituindo o empirismo e a improvisação por técnicas científicas. Porém, os autores clássicos fundamentam seus conceitos na observação e no senso comum. Seu método é empírico e concreto, baseado na experiência direta e no pragma- tismo, e não confrontam a teoria com elementos de prova. 9 CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria Geral da Administração. 8. ed. São Paulo: Campus, 2011. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 30 de 126www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Evolução da Administração – Parte I Prof. Adriel Sá As ideias mais importantes são catalogadas como princípios, o que provocou críticas, pois o princípio utilizado como sinônimo de lei deve, como essa, envolver um alto grau de regularidade e consistência, permitindo razoável previsão em sua aplicação, tal como aconteceu nas outras ciências. 3) Extremo racionalismo na concepção da Administração: os autores clássicos se preocupam com a apresentação racional e lógica das suas proposições, sacrificando a clareza das suas ideias. O abstracionismo e o formalismo são critica- dos por levarem a análise da Administração à superficialidade, à supersimplificação e à falta de realismo. A insistência sobre a concepção da Administração com um conjunto de princí- pios universalmente aplicáveis provocou a denominação de Escola Universalista. Alguns autores preferem, pelo espírito pragmático e utilitarista, a denominação “teoria pragmática”. O pragmatismo do sistemaleva-o a apelar à experiência direta e não representativa para obter soluções aplicáveis de modo imediato. 4) Teoria da máquina: a teoria clássica também recebe a denominação de “teoria da máquina” pelo fato de considerar a organização sob o prisma do com- portamento mecânico de uma máquina: a determinadas ações ou causas decorrem determinados efeitos ou consequências dentro de uma correlação determinística. A organização deve ser arranjada tal como uma máquina. Os modelos admi- nistrativos correspondem à divisão mecanicista do trabalho, em que a divisão do trabalho é a mola do sistema. A abordagem mecânica, lógica e determinística da organização foi o fator que conduziu erradamente os clássicos à busca de uma ciência da Administração. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 31 de 126www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Evolução da Administração – Parte I Prof. Adriel Sá 5) Abordagem incompleta da organização: tal como aconteceu com a Ad- ministração Científica, a teoria clássica preocupou-se apenas com a organização formal, descuidando-se da organização informal. O foco na forma e a ênfase na estrutura levaram a exageros. A teoria da organização formal não ignorava os problemas humanos da orga- nização, porém, não conseguiu dar um tratamento sistemático à interação entre pessoas e grupos informais, nem aos conflitos intraorganizacionais e ao processo decisório. 6) Abordagem de sistema fechado: a teoria clássica trata a organização como se fosse um sistema fechado, composto de algumas variáveis perfeitamente conhecidas e previsíveis e de alguns aspectos que são manipulados por meio de princípios gerais e universais. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 32 de 126www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Evolução da Administração – Parte I Prof. Adriel Sá 1.3. Teoria das Relações Humanas A teoria das relações humanas foi de encontro às ideias das escolas da aborda- gem clássica, surgindo basicamente como um movimento de oposição e reação à teoria clássica da Administração. Segundo destacam Motta e Vasconcelos (2006)10, os teóricos da época consi- deravam que o importante era aperfeiçoar os sistemas de trabalho, elaborando os sistemas mais eficientes e racionais possíveis. Havia o pressuposto de que sistemas perfeitos, bem ajustados e eficientes trariam por si só os bons resultados espera- dos. Pouco a pouco, os estudos organizacionais foram mostrando que o ser humano não é totalmente controlável e previsível e que, portanto, há sempre um certo grau de incerteza associado à gestão de pessoa. Os estudiosos compreendendo outros aspectos ligados à motivação e à afetividade humana começaram a perceber os limites da regra e do controle burocrático como formas de regulação social. Entre os anos de 1927 e 1933, o professor Elton Mayo conduziu experimentos com grupos de trabalhadores da fábrica da Western Electric Company. O objetivo da pesquisa era identificar o efeito da iluminação do ambiente no desempenho dos trabalhadores. As conclusões desse estudo foram de tal importância para o pensa- mento administrativo da época que foi considerado como o marco inicial da Escola das Relações Humanas no trabalho. O conceito de relações humanas nos remete ao fato de que cada pessoa pos- sui uma personalidade própria e diferenciada que influi no comportamento e nas atitudes das outras com quem mantém contatos e é, por outro lado, igualmente influenciada pelas outras. 10 MOTTA, F. C. P.; VASCONCELOS, I. F. G. de. Teoria Geral da Administração. 3. ed. São Paulo: Pioneira Thom- son Learning, 2006. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 33 de 126www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Evolução da Administração – Parte I Prof. Adriel Sá Para a teoria das relações humanas, a motivação econômica é secundária para determinar a eficiência do trabalhador; ou seja, as pessoas são motivadas pela necessidade de reconhecimento, de aprovação social e participação nas atividades. Assim, vigora na teoria das relações humanas o conceito de homem social. A experiência de Hawthorne foi um dos trabalhos apresentados pelos au- tores da teoria das relações humanas. Antes disso, o pensamento administrativo estava fundamentado na teoria clássica de Taylor e Fayol11. Uma das críticas dos autores humanistas aos autores clássicos foi justamente a falta de atenção à existência de uma organização informal entre os trabalhadores. Os clássicos acreditavam que o único fator que os influenciaria na produtividade seria o salário. Pois bem! Vamos voltar à experiência de Hawthorne. Hawthorne é o nome de um bairro localizado na cidade americana de Chicago, Estado de Illinois. Essa pesquisa foi realizada nesse bairro, durante cinco anos, e se iniciou em 1927, na fábrica da Western Electric Company. O objetivo da pesquisa era avaliar a correlação entre iluminação e eficiên- cia dos operários, medida por meio da produção. A experiência foi coordenada por Elton Mayo e também se estendeu a outros temas, como a fadiga, os aciden- tes no trabalho, a rotatividade do pessoal (turnover) e o efeito das condições de trabalho sobre a produtividade do pessoal. 11 A Escola das Relações Humanas é o grande contraponto às teorias de Taylor e Fayol, por afirmar que o trabalho é uma atividade grupal e que os indivíduos têm motivações não econômicas (psi- cológicas) para o trabalho. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 34 de 126www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Evolução da Administração – Parte I Prof. Adriel Sá As conclusões sobre essa pesquisa proporcionaram os delineamentos dos prin- cípios básicos da Escola das Relações Humanas12: • o nível de produção é resultante da integração social: é a capacidade social do trabalhador que determina o seu nível de competência e eficiência e não sua capacidade de executar movimentos eficientes dentro do tempo estabelecido; • comportamento social dos empregados: os trabalhadores não agem ou reagem isoladamente como indivíduos, mas como membros de grupos. Como integrante do grupo, ao indivíduo é imposto punições sociais ou morais dos colegas, no intuito de se ajustar aos padrões do grupo; • recompensas e sanções sociais: o comportamento dos trabalhadores está condicionado a normas e padrões sociais. Os operários que produziram acima ou abaixo da norma socialmente determinada perderam o respeito e a consi- deração dos colegas. As pessoas são avaliadas pelo grupo em relação a essas normas e padrões de comportamento; • grupos informais: diferentemente dos autores clássicos, que se preocu- pavam com aspectos formais da organização, a teoria humanista concen- trava-se nos aspectos informais da organização, como grupos informais, comportamento socialdos empregados, crenças, atitude e expectativa, motivação; • relações humanas: cada pessoa possui uma personalidade própria e di- ferenciada que influi no comportamento e nas atitudes das outras com quem mantém contatos e é, por outro lado, igualmente influenciada pelas outras; 12 WAHRLICH, B. M. de S. Uma análise das teorias de organização. 5. ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1986. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 35 de 126www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Evolução da Administração – Parte I Prof. Adriel Sá • importância do conteúdo do cargo: apesar de não ser objetivo da pesqui- sa, Mayo e seus colaboradores verificaram que a especialização proposta pela teoria clássica não cria a organização mais eficiente. Houve a observação de que os operários trocavam de posição para variar e evitar a monotonia; • ênfase nos aspectos emocionais: os elementos emocionais não planeja- dos e irracionais do comportamento humano merecem atenção especial da teoria das relações humanas. Daí a denominação de sociólogos da organiza- ção aos autores humanistas. Assim, a teoria humanista concentrava-se nos aspectos informais da orga- nização, como grupos informais, comportamento social dos empregados, crenças, atitude e expectativa, motivação. Em suma, há quatro pontos principais da teoria das relações humanas: Sistema social A qualidade do tratamento dispensado pela gerência aos trabalhadores influencia fortemente seu desempenho, ou seja, o bom tratamento por parte da administração, reforçando o sentido de grupo, produz bom desem- penho. Esse efeito positivo do tratamento da administração sobre o desem- penho humano ficou conhecido como o efeito de Hawthorne, por causa do nome do experimento. Lealdade ao grupo (relações com o grupo) O sistema social formado pelos grupos determina o resultado do indivíduo, que pode ser mais leal ao grupo do que à administração. Alguns grupos não atingem os níveis de produção esperados pela administração porque há, entres seus membros, uma espécie de acordo que define uma quantidade correta, que é menor, a ser produzida. Logo, o efeito Hawthorne não fun- ciona em todos os casos. Conceito de autoridade (papel inter- mediário do gerente) O supervisor de primeira linha deve ser, não um controlador, mas um inter- mediário entre a administração superior e os grupos de trabalhos. O con- ceito de autoridade deve basear-se não na coerção, mas na cooperação e na coordenação. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 36 de 126www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Evolução da Administração – Parte I Prof. Adriel Sá Esforço coletivo (trabalho em equipe) Por causa da influência do sistema social sobre o desempenho individual, a administração deve entender o comportamento dos grupos e fortalecer as relações com os grupos, em vez de tratar os indivíduos como seres iso- lados. A responsabilidade da administração é desenvolver as bases para o trabalho em equipe, o autogoverno e a cooperação. 1.4. Teoria Neoclássica A abordagem neoclássica nada mais é do que a redenção da teoria clássica de- vidamente atualizada e redimensionada aos problemas administrativos atuais e ao tamanho das organizações de hoje. Em outros termos, a teoria neoclássica repre- senta a teoria clássica colocada em um novo figurino e dentro de um ecletismo que aproveita a contribuição de todas as demais teorias administrativas.13 13 CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração. 9. ed. Barueri: Ed. Manole, 2014. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 37 de 126www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Evolução da Administração – Parte I Prof. Adriel Sá Koontz e O’Donnell (1976)14 apresentam os seguintes fundamentos da abor- dagem neoclássica: • a administração é um processo operacional composto por funções, como pla- nejamento, organização, direção e controle; • como a administração envolve uma variedade de situações organizacionais, precisa fundamentar-se em princípios básicos que tenham valor preditivo; • a administração é uma arte que, como a medicina ou a engenharia, deve se apoiar em princípios universais; • os princípios de administração, a exemplo dos princípios das ciências lógicas e físicas, são verdadeiros; • a cultura e o universo físico e biológico afetam o meio ambiente do adminis- trador. Como ciência ou arte, a teoria da administração não precisa abarcar todo o conhecimento para servir de fundamentação científica aos princípios de administração. Como principais características da teoria neoclássica, Chiavenato (2014)15 ci- tas as seguintes: • ênfase na prática da administração; • reafirmação relativa dos postulados clássicos; • ênfase nos princípios gerais de administração; • ênfase nos objetivos e nos resultados; • ecletismo nos conceitos. 14 KOONTZ, H.; O’Donnell, C. Princípios de Administração – Uma Análise das Funções Administrati- vas. São Paulo: Pioneira, 1976. 15 CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração. 9. ed. Barueri: Ed. Manole, 2014. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 38 de 126www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Evolução da Administração – Parte I Prof. Adriel Sá Enquanto a Administração Científica enfatizava os métodos e a racionalização do trabalho e a teoria clássica punha ênfase nos princípios gerais da Administração, a teoria neoclássica considera os meios na busca da eficiência, mas enfatiza os fins e os resultados na busca de eficácia. Há um forte deslocamento para os objetivos e resultados. 1.4.1. Administração por Objetivos (APO) A APO surgiu na década de 1950, por meio da publicação do livro de Peter F. Drucker, no qual caracteriza pela primeira vez a Administração por Objetivos. A Administração por Objetivos ou Administração por Resultados constitui um modelo administrativo bastante difundido e plenamente identificado com o espírito pragmático e democrático da abordagem neoclássica. Vejamos. A Administração por Objetivos é uma técnica de direção de esforços por meio do planejamento e controle administrativo fundamentada no princípio de que, para atingir resultados, a organização precisa antes definir em que negócio está atuando e aonde pretende chegar. Inicialmente, se estabelecem os objetivos anuais da empresa, formulados na base de um plano de objetivos a longo prazo. Escolhidos e fixados os objetivos or- ganizacionais a serem alcançados, o próximo passo é saber como alcançá-los, isto é, estabelecer a estratégia empresarial a ser utilizada para melhor alcançar aqueles objetivos. Chiavenato (1999)16 nos ensina que a Administração por Objetivos (APO) é um estilo de administração que enfatiza o estabelecimento conjunto de objetivos tan- gíveis, verificáveis e mensuráveis,no início de cada período, de preferência coinci- 16 CHIAVENATO, I. Administração nos novos tempos. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1999. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 39 de 126www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Evolução da Administração – Parte I Prof. Adriel Sá dindo com o exercício fiscal da empresa, em consonância com as metas gerais da organização, fixadas pelos acionistas, por meio da diretoria. A temática da interligação de objetivos departamentais apresenta uma questão muito interessante: o apoio desses objetivos em princípios básicos diferentes. Exemplo: uma organização de pequeno porte possui três departamentos espe- cíficos: departamento de compras, departamento de vendas e departamento de marketing. Todos esses departamentos têm em comum o objetivo de tornar a empresa com- petitiva no mercado em que atua. No entanto, o desmembramento desse objetivo amplo em objetivos setoriais pode possuir bases diferentes. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 40 de 126www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Evolução da Administração – Parte I Prof. Adriel Sá Por exemplo, o departamento de compras quer comprar a quantidade ideal para que não haja custos adicionais no estoque. Já o departamento de vendas prefere atuar com um estoque mais “folgado”, para não correr o risco de “vender sem ter”. Conseguiu compreender? Analisando as características da Administração por Objetivos (APO), observa- mos tendências em que cada área da organização tem em maximizar seus ob- jetivos, não observando os objetivos gerais, que englobam os resultados da organização como um todo. Nesse sentido, essa maximização de objetivos departamental é chamada de su- bobjetivação e pode ser um esforço que anula os objetivos de outras áreas. Essas ações levam a organização a um sistema centrífugo de esforços, segundo Chia- venato (2001)17. O termo “centrífugo” aplicado aqui expressa uma tendência de os objetivos departamentais se afastarem dos objetivos globais, ou seja, os esforços mais se separam do que se conjugam, tendendo a sair do sistema. Por sua vez, a correção desse efeito ocorre por meio do sinergismo, que seria não a soma de objetivos, mas a multiplicação desses objetivos, ou seja, a combinação de objetivos departamentais para o resultado de objetivos organizacionais globais. Para facilitar, esquematizarei esses três conceitos importantes afetos à Admi- nistração por Objetivos: 17 CHIAVENATO, I. Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro: Campus, 2001. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 41 de 126www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Evolução da Administração – Parte I Prof. Adriel Sá 1.5. Teoria da Burocracia A teoria da burocracia desenvolveu-se na Administração por volta da década de 1940, adotando as concepções formuladas anteriormente pelo economista e soci- ólogo Max Weber. Segundo essa teoria, a burocracia é uma forma ideal de organização huma- na que se baseia na adequação dos meios aos objetivos (fins) pretendidos – a racionalidade – a fim de garantir a máxima eficiência possível no alcance desses objetivos. Daí, diz-se que a teoria da burocracia se baseia na teoria do “homem organizacional”. Diferentemente do estruturalismo, que veremos a seguir, o modelo burocrático focaliza somente os aspectos formais das organizações, adotando um modelo me- canicista (com estrutura hierárquica mais rígida, funções especializadas e procedi- mentos formais), próximo das concepções da Administração Científica de Taylor e da teoria clássica de Fayol. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 42 de 126www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Evolução da Administração – Parte I Prof. Adriel Sá Para Max Weber, a burocracia está alicerçada em um tripé, composto por três características que delineiam essa teoria: a formalidade, a impessoalidade e o pro- fissionalismo. Formalidade: nas organizações formais, a capacidade de influenciar o com- portamento alheio baseia-se em normas e regulamentos que estipulam qual é o comportamento esperado, e quais são os direitos e deveres dos participantes. Numa burocracia, o comportamento esperado de cada indivíduo está subordi- nado a normas racionais, que definem as sanções negativas e positivas associadas à observância ou não desse mesmo comportamento, ou seja, tem como objetivo a racionalidade das decisões baseadas em critérios impessoais. Impessoalidade: como consequência da formalidade, as relações entre os integrantes das organizações burocráticas são governadas pelos cargos que eles ocupam. As relações processam-se entre ocupantes de cargos (ou papéis), e não entre pessoas. O indivíduo investido em determinado cargo gerencial (ou cargo investido de autoridade) é um superior, que ocupa uma jurisdição, a qual define os limites de seus poderes, dentro dos quais as ordens podem ser dadas e devem ser obedecidas. As relações se processam entre ocupantes de cargos oficialmente definidos. A obediência não é devida a alguém pessoalmente, mas ao cargo ocupado pelo su- perior. Como nas organizações burocráticas as relações são determinadas pelos papéis que os cargos estabelecem para seus ocupantes, são impessoais. Profissionalismo: na grande maioria das organizações formais e para a gran- de maioria das pessoas, os cargos são ocupados em regime de dedicação exclusiva, oferecendo a seus ocupantes uma carreira profissional. O membro de uma burocra- cia é um funcionário que faz do cargo um meio de vida mediante o recebimento de um salário regular em troca de seus serviços. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. http://www.grancursosonline.com.br http://www.grancursosonline.com.br 43 de 126www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Evolução da Administração – Parte I Prof. Adriel Sá A escolha para ocupar o cargo, em geral, deve-se às suas qualificações, que são aprimoradas por meio de treinamento especializado, em função desse caráter ocupacional que tem a participação das pessoas. Isso significa que são sistemas de trabalho que fornecem a seus integrantes um meio de subsistência. 1.5.1. Características e Vantagens A maioria das questões de provas cobram as características e vantagens dessa abordagem. Para facilitar seu estudo, montei duas tabelas que resumem, essen- cialmente, essas características e vantagens: CARACTERÍSTICAS Caráter legal das normas e regulamentos É baseada em uma legislação própria com uma estrutura social razoavelmente organizada. Dessa maneira, economizam
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