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Modernidade Líquida e Sociedade de consumo
Aula 3 Teorias e Técnicas de Grupo
Profa. Msc. Camila Sichinel
Zygmunt Bauman
ORIGEM
Poznán (Polônia) (1925-2017)
PRINCIPAIS OBRAS
Modernidade Líquida; Modernidade e Holocausto; Amor Líquido; Medo Líquido
FRASE-SÍNTESE
“Vivemos tempos líquidos. Nada é para durar.”
A FILOSOFIA DE BAUMAN
Para Bauman, a modernidade “sólida”, forjada entre os séculos XIV e XV e cujo apogeu se deu nos séculos XIX e XX, teve como traço básico a ideia de que o homem seria capaz de criar um novo futuro para a sociedade, que cresceria em paralelo a uma vida enraizada em instituições fortes e presentes, como o Estado e a família. A confiança no homem e em sua capacidade de moldar o próprio futuro seria o principal traço desse período.
Segundo Bauman, a partir das últimas décadas, sobretudo após a queda do Muro de Berlim, em 1989, essa modernidade “sólida” estaria em desintegração e seria gradualmente substituída por uma modernidade “líquida”. A palavra liquidez remete à fluidez, ausência de forma definida, velocidade, mobilidade e inconsistência. Esses seriam, para ele, justamente, os traços essenciais das relações sociais na atualidade.
A antiga confiança “sólida” num futuro perfeitamente arquitetado pela razão foi substituída pela incerteza. O futuro tornou-se nebuloso e indefinido. As “distopias” ou as “utopias negativas” ganham força – sabe-se apontar problemas e dificuldades no mundo, mas poucos sabem oferecer alternativas consistentes a esses problemas e dificuldades. 
Incertos quanto ao futuro das sociedades, os homens pós-modernos têm fixado suas esperanças e expectativas no presente, no instante e no indivíduo; por todos os lados, os anúncios publicitários e as revistas conclamam as pessoas a “aproveitar o agora”, “pensar em si mesmas”. O ser humano pós-moderno substitui os projetos para o futuro pelo prazer instantâneo, a produção pela especulação, o conteúdo pela performance, a experiência pela flexibilidade e os sonhos pelas ambições.
Além disso, a sociedade líquida, pouco apegada aos seus antecedentes, é obcecada pela novidade: a nova notícia, a nova promoção, o novo carro, a nova rede social. Os laços que uniam os homens ao passado são cortados, e vive-se numa espécie de “eterno presente”. Os produtos se renovam diariamente, e os empresários não temem anunciar que os próprios objetos produzidos já estão “atrasados”. 
Da mesma forma, os trabalhadores do século XXI vivem numa constante liquidez, numa permanente incerteza e medo de ser “descartados”, posto que a mobilidade e a flexibilidade das empresas são tamanha que, a qualquer momento, cortes inesperados e mudanças de planos podem acontecer. A solidez das convicções, assim, foi substituída pela liquidez do instante. Nos laços amorosos, observa-se a mesma tendência: relacionamentos fluidos, inconstantes e momentâneos caracterizam nossa época, que consagrou o conceito de “ficar”, expressão da liquidez do amor.
Bauman hoje
A noção de “liquidez”, para Bauman, é utilizada inclusive para analisar as guerras e os conflitos do mundo contemporâneo, como o chamado “terrorismo”. A partir do ataque de 11 de setembro de 2001, a natureza da guerra entra em mutação. Torna-se raro, assim, uma guerra entre dois exércitos que se confrontam: a guerra passa a ser, predominantemente, assistemática, isolada, dispersa e assimétrica, com ataques brutais e esporádicos, feitos especialmente a distância, com aeronaves ou drones. 
Essa é a maneira como a França atacou o Mali ou os Estados Unidos atacaram o Estado Islâmico. Por outro lado, a forma com que os chamados “terroristas” atacam embaixadas norte-americanas e países europeus também tem essas características, ainda que em escalas e intensidades diferentes. A guerra torna-se, assim, “líquida”.
A liquidez e sua volatilidade seriam características que vieram desorganizar todas as esferas da vida social como o amor, a cultura, o trabalho, etc. tal qual a conhecíamos até o momento.
Características da Modernidade Líquida
Zygmunt Bauman, Modernidade Líquida
Uma sociedade de consumidores e de ausência de certezas
Na modernidade líquida, o indivíduo é que moldará a sociedade à sua personalidade.
Primeiro, sem os parâmetros da modernidade sólida, o indivíduo será definido pelo seu estilo de vida, por aquilo que ele consome e o modo que consome.
Segundo, na modernidade líquida, há sempre movimentação. As pessoas agora se deslocam mais facilmente e podem viver em vários lugares do mundo, sempre quando têm recursos para tal.
Terceiro, a competição econômica, que fez os salários diminuírem e os trabalhadores perderem a segurança do emprego. Na modernidade líquida, já não é mais possível trabalhar toda vida na mesma empresa.
Assim, a modernidade líquida:
é fluída;
Na modernidade sólida, as instituições eram firmes, existia a segurança no trabalho e um salário que permitia ao indivíduo viver com dignidade.
está em movimento;
é imprevisível.
Isto abre um novo paradigma, pois agora é preciso pensar a sociedade em termos fluidos, de processos e não mais em termos de blocos.
	Vida Líquida
Bauman argumenta que os indivíduos, na sociedade líquida, tendem a considerar que a atitude mais racional é a de não se comprometer com o que seja. Assim, quando uma nova oportunidade ou ideia aparecem, este indivíduo se engaja sem maiores dramas.
Como esta volatilidade impacta em nossa vida? A modernidade líquida nos dá uma sensação de fracasso por tanta fragmentação.
Por isso, uma questão muito importante para Bauman será a construção de uma ética dentro desse cenário fluido.
As condições necessárias para garantir a sobrevivência humana (ou, ao menos, para aumentar suas probabilidades) deixou de ser divisível e 'localizável'. O sofrimento e os problemas de nossos dias tem, em todas as suas múltiplas formas e verdades, raízes planetárias que precisam de soluções planetárias. (BAUMAN, Z. Vida Líquida, 9º Edição, Austral:Paidos, 2015).
Modernidade Sólida x Modernidade Líquida
Bauman utiliza a metáfora da liquidez para fazer um contraponto com os tempos da certeza que seriam identificados pelo estado sólido.
Com isto, se construiu um sistema baseado na racionalidade, onde era importante que o indivíduo se adequasse à sociedade onde estava inserido.
A religião e o nacionalismo davam um sentido para a comunidade e um sentimento de pertencimento. Assim, o ser humano construía sua identidade a partir dessas referências.
Há, no entanto, uma mudança nos anos 60 e 70 quando se começam a enfraquecer as instituições que forneciam as claves para o indivíduo construir sua identidade como as crenças religiosas, a família e a escola.
Devido à concorrência dos mercados e ao aumento da competitividade, o indivíduo deixa de ter certezas. Desta maneira, todas aquelas verdades que a modernidade sólida tinha como imutáveis são questionadas.
Por isso, na modernidade líquida, esses conceitos estão em permanente adaptação, pois se adaptam ao meio onde estão inseridos.
Sem referências externas e numa sociedade onde tudo é permitido (ao menos em teoria), os indivíduos tem que construir sua identidade a partir da sua experiência pessoal.
Isso gera a angústia e o desconforto, mas também uma sensação de liberdade, onde o indivíduo tem a responsabilidade total dos seus atos.
Confira no quadro abaixo um resumo das diferenças entre a modernidade sólida e líquida.
Sociedade de consumo
Sociedade de consumo
A questão central não é o consumo em si (o ato de adquirir um bem), mas a FUNÇÃO SIMBÓLICA existente na aquisição de determinado produto.
Sociedade de consumo
Sociedade de consumo
Características da sociedade de consumo
As principais características da sociedade de consumo são:
Para a maioria dos bens, a sua oferta excede a procura, levando as empresas a recorrerem a estratégias de marketing agressivas e sedutoras que induzem o consumidor a consumir, permitindo-lhes escoar a produção.
A maioria dos produtos e serviços estão normalizados, osseus métodos de fabrico baseiam-se na produção em série, recorrendo-se a estratégias de marketing que permitam o escoamento permanente dos produtos e serviços.
Os padrões de consumo estão massificados e o consumo assume as características de consumo de massas.
O consumo de alguns produtos como forma de integração social.[1]
Existe uma tendência para o consumismo (um tipo de consumo impulsivo, descontrolado, irresponsável e muitas vezes irracional). Muitas vezes até para suprir faltas e vazios
Entrevista com o Bauman
https://www.youtube.com/watch?v=1miAVUQhdwM