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GEOLOGIA
Tempo cronológico da Terra:
 Idade da terra – 4.600 milhões de anos
4.600M.A. até 545M.A. – Pré Câmbrico
545M.A. até 245M.A. – Paleozoico / Era primária
245M.A. até 65M.A. – Mesozoico / Era secundária 
65M.A. até a atualidade – Cenozoico / Era terciária
Magma é um material rochoso em fusão, proveniente do interior da Terra.
Núcleo interno e núcleo externo são constituídos por ferro e níquel, nos estados sólido e líquido, respetivamente.
Manto – estado sólido e rochoso.
Fontes de energia da terra: manto (rochas e elementos radioativos) e o sol.
Extinções de espécies
CAUSAS ANTRÓPICAS: - caça/pesca em excesso; - alterações climáticas; - incêndios.
CAUSAS CÓSMICAS: - impactos meteoríticos.
CAUSAS GEOLÓGICAS: - atividade vulcânica; - transgressões e regressões marinhas; - migração dos continentes. 
Transgressão marinha – ocorre quando o nível do mar aumenta e há um avanço do mar em relação ao continente.
Regressão marinha – ocorre quando o nível do mar baixa e há um recuo do mar, deixando a descoberto maior área de continente.
Aquecimento global Þ transgressões marinhas
Glaciação Þ regressão marinha
Sistemas 
Sistema isolado – não ocorrem trocas.
Sistema fechado – apenas ocorrem trocas de energia.
Sistema aberto – ocorrem trocas de massa e energia.
TERRA: sistema fechado e composto 
Subsistemas: Geosfera, hidrosfera, atmosfera, biosfera
Implicações de o sistema terra ser considerado fechado:
- a quantidade de matéria é finita e limitada; - a acumulação de materiais poluentes resultantes da atividade humana no interior do sistema; - a interdependência dos sistemas terrestres.
Geosfera: parte superficial da Terra que se encontra no estado sólido e restantes materiais que se encontram no seu interior.
Afloramento rochoso – rochas á superfície 
Hidrosfera: constituída pelos reservatórios de água: rios, lagos, glaciares, calotes de gelo e águas subterrâneas.
Atmosfera: camada gasosa da Terra constituída por uma mistura de gases.
Biosfera: constituída pela biomassa que se encontra distribuída pela flora e fauna da superfície do globo, incluindo o próprio Homem, a fauna e a flora dos oceanos.
Interação de subsistemas
 (
Fotossíntese 
Respiração 
) (
Ciclo hidrológico
) (
Água é indispensável 
à
 vida
Seres vivos podem poluir a água
)
RELAÇÃO GEOSFERA ↔ HIDROSFERA RELAÇÃO ATMOSFERA ↔ GEOSFERA RELAÇÃO GEOSFERA ↔ BIOSFERA
 (
Meteorização, erosão e transporte
Sais minerais das rochas influenciam as características minerais da água
) (
Vulcanismo
Meteorização e erosão das plantas
) (
Exploração do minério
Plantas fixam-se e retiram minerais do solo
)
Rochas
ROCHAS MAGMÁTICAS / ÍGNEAS: - formam-se a partir da consolidação/solidificação do magma. ®vulcânicas ou extrusivas ex:basalto ®plutónicas ou intrusivas ex:granito
ROCHAS SEDIMENTARES: - formam-se a partir de sedimentos de rochas pré-existentes. ®detríticas ex: arenito,brecha,conglomerado ®quimiogénicas ex: salgema,gesso,calcário ®biogénicas ex: calcário,conquífero 
ROCHAS METAMÓRFICAS: - formam-se a partir de rochas pré-existentes, sujeitas a elevadas pressões e temperaturas. ex: mármore 
Rochas sedimentares
® Sedimentogénese: meteorização, erosão, transporte, deposição/sedimentação
METEORIZAÇÃO: alterações das rochas por ação de agentes externos (água, ar, variações térmicas, seres vivos...); a meteorização pode ser física, havendo desagregação mecânica das rochas, ou química, havendo transformações dos minerais noutros, mais estáveis face às novas condições ambientais em que se encontram.
- As rochas que afloram à superfície ficam expostas a condições muito diferentes daquelas em que foram geradas. Consequentemente, essas rochas alteram-se quimicamente e fisicamente por processos de meteorização. 
Os materiais resultantes da meteorização são removidos por ação da gravidade, pela água, pelo gelo e pelo vento, designando-se esse processo por erosão.
Os materiais sofrem transporte, pelo vento, pela água ou pelos seres vivos. Podem ser partículas ou fragmentos de dimensões variadas, designados detritos. 
Em condições propícias, os materiais transportados depositam-se, constituindo sedimentos – sedimentação. 
® Diagénese: compactação, cimentação 
- Conjunto de processos físico-químicos que intervêm após a sedimentação e pelos quais os sedimentos se transformam em rochas sedimentares coerentes e consolidadas. COMPACTAÇÃO: compressão de sedimentos pelas camadas superiores que sobre eles se foram depositando, com consequente expulsão de água e diminuição do seu volume. CIMENTAÇÃO: preenchimento dos espaços entre os sedimentos por novos minerais que resultam da precipitação de substâncias químicas dissolvidas na água (sílica, carbonato de cálcio, óxido de ferro...). Estes materiais formam um cimento que liga as partículas, formando uma rocha sedimentar.
Diáclase – pequenas fraturas
Litologia – tipo de rocha
Estratos = camadas
Diagénese = litificação 
Granulometria dos sedimentos – tamanho dos sedimentos
ROCHAS SEDIMENTARES DETRÍTICAS: formadas a partir de fragmentos de outras rochas. ROCHAS SEDIMENTARES QUÍMICAS: resultantes da precipitação de substâncias químicas.ROCHAS SEDIMENTARES BIOGÉNICAS: formadas por acumulação de detritos orgânicos ou restos de seres vivos.
Balastros ® compactação e cimentação ® brechas e conglomerados
Areias ® compactação e cimentação ® arenitos
Siltes e argilas ® compactação ® siltitos e argilitos
Rochas magmáticas
ROCHAS PLUTÓNICAS OU INTRUSIVAS: - resultam da consolidação do magma em profundidade; - arrefecimento lento; - cristais desenvolvem-se, tornando-se visíveis á vista desarmada (macroscopicamente) ® TEXTURA GRANULAR.
ROCHAS VULCÂNICAS OU EXTRUSIVAS: - resultam da consolidação do magma á superfície; - arrefecimento rápido; - cristais desenvolvem-se pouco e não se distinguem macroscopicamente ® TEXTURA AGRANULAR. 
Rochas metamórficas 
Formam-se em profundidade e resultam de alterações estruturais e mineralógicas de rochas pré-existentes, que ocorrem no estado sólido. Há recristalização dos minerais.
Fatores de metamorfismo: calor, pressão, fluidos circulantes, tempo.
METAMORFISMO DE CONTACTO: a região, junto à intrusão do magma, onde se formam rochas metamórficas designa-se auréola de metamorfismo. Principais fatores de metamorfismo: calor e fluidos circulantes (derivados do magma); Apresenta textura não foliada. Ex: mármore, quartzito, corneana 
METAMORFISMO DE REGIÃO: afeta grandes áreas na crosta terrestre nomeadamente, regiões associadas á formação de montanhas onde ocorre o choque / convergência de placas tectónicas. Envolve altas temperaturas e pressões que variam de moderadas a altas. Apresentam textura foliada – os minerais apresentam-se orientados perpendicularmente ás tensões a que estiveram sujeitos. Ex: ardósia, xisto, gnaisse 
 
Ciclo litológico
 (
metamorfismo
)
Fósseis 
Os fósseis encontram-se principalmente em rochas sedimentares mas também em rochas de baixo grau de metamorfismo. Ex: ardósia
SOMATOFÓSSIL: restos de seres vivos fossilizados. Ex: conchas, esqueletos, dentes.
ICNOFÓSSIL: marcas da atividade do ser vivo, fossilizados. Ex: pegadas, ovos, fezes.
Princípios da estratigrafia que permitem fazer a datação relativa das rochas
PRINCÍPIO DA HORIZONTALIDADE ORIGINAL: Os depósitos, pela ação da gravidade, formam camadas com posição horizontal ou próxima da horizontalidade.
PRINCÍPIO DA SOBREPOSIÇÃO DE ESTRATOS: Numa sucessão de estratos não deformados qualquer um deles é mais antigo do que aquele que o cobre e mais recente do que aquele que lhe serve de base.
PRINCÍPIO DA IDENTIDADE PALEONTOLÓGICA: Estratos que contenham os mesmos fósseis têm a mesma idade, independentemente da sua litologia (tipo de rocha).
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE LATERAL: Os estratos podem estender-se lateralmente por longas distâncias. Assim, um estrato delimitado por um muro ou por um teto, e com determinadas propriedades litológicas, possui a mesma idade em toda a sua extensão lateral.
PRINCÍPIO DA INTERSEÇÃO DE ESTRATOS: Estratos afetados por outras estruturas (falhas, dobras, intrusões magmáticas) são mais antigos do que essas mesmas estruturas.
PRINCÍPIO DA INCLUSÃO: Fragmentos de rocha incluídos num estrato são mais antigos do que a rocha que as envolve.
A datação relativa das rochas pode ser feita recorrendo a fósseis de idade.
Fóssil de idade: - corresponde ao fóssil de um organismo que viveu pouco tempo na terra e teve uma grande distribuição geográfica; - fóssil que apresenta uma reduzida distribuição estratigráfica/vertical e uma ampla distribuição geográfica/horizontal; - ex: trilobite (caracteriza a era paleozoica); amonite e dinossauro (caracterizam a era mesozoica).
Fosséis de fácies ou de ambiente: - fósseis que indicam as condições do ambiente em que as rochas se formaram; - são fósseis com ampla distribuição estratigráfica/vertical e reduzida distribuição geográfica/horizontal; - ex: corais.
Idade relativa e idade radiométrica
DATAÇÃO RELATIVA: processo de datação que permite avaliar a idade de umas formações geológicas em relação às outras. Neste tipo de datação são importantes os fósseis de idades.
DATAÇÃO ABSOLUTA/RADIOMÉTRICA: consiste na determinação da idade das formações geológicas, referida em milhões de anos. A técnica mais rigorosa para determinar a idade absoluta é a datação radiométrica – desintegração regular de isótopos radioativos naturais. Desintegração que se verifica a uma taxa regular de tempo. Os átomos iniciais de um isótopo radioativo são designados isótopos-pai. Os átomos resultantes da desintegração desses isótopos são os isótopos-filho. 
O tempo necessário para que se dê a desintegração de metade dos isótopos iniciais de uma amostra, originando átomos-filhos estáveis, designa-se por período de semivida. 
Considere as rochas A e B:
Qual a relação entre a sua idade absoluta?
® Se % átomos-pai da rocha A é igual à da rocha B, então Þ A e B são da mesma idade.
® Se % átomos-pai da rocha A é superior à da rocha B, então Þ A é mais recente que B. 
® Se % átomos-pai da rocha A é inferior à da rocha B, então Þ A é mais antiga que B.
Princípios básicos do raciocínio geológico
CATASTROFISMO: as grandes alterações ocorridas à superfície da Terra foram provocadas por catástrofes. As espécies extintas eram posteriormente substituídas por outras provenientes de outras regiões do globo. Admitiu-se a existência de “pontes” (extensões continentais) que permitiram a passagem de seres vivos de uns locais para os outros.
UNIFORMITARISMO: as leis naturais são constantes no espaço e no tempo. Deve explicar-se o passado a partir do que se observa hoje, isto é, as causas que provocaram determinados fenómenos no passado são idênticas às que provocam o mesmo tipo de fenómenos presentes – Princípio do Atualismo ou Princípio das Causas Atuais – “o presente é a chave do passado”. As mudanças geológicas são cíclicas. O gradualismo é uma corrente de pensamento segundo a qual as alterações que ocorrem na Terra são interpretadas como sendo o resultado de acontecimentos que se desenvolveram de forma tranquila, lenta e gradual.
NEOCATASTROFISMO: esta nova teoria reconhece o uniformitarismo como o guia principal que permite entender os processos geológicos, mas não exclui que fenómenos catastróficos ocasionais tenham contribuído para eventuais alterações localizadas nasuperfície terreste. 
Rocha constituinte do manto: peridotito
Rocha do fundo oceânico: basalto
Rocha das placas continentais: granito
Arcos insulares: alinhamentos de ilhas de origem vulcânica associados/localizados em limites convergentes entre duas placas oceânicas.
Orogenia: formação de cadeias montanhosas
Os movimentos de convecção gerados pelo aquecimento do material rochoso em profundidade explicam o movimento das placas tectónicas e a existência de uma geodinâmica interna.
Teoria da deriva continental (por Alfred Wegener)
Os continentes teriam estado reunidos num só (pangeia) e rodeados por um único oceano (pantalassa). O continente ter-se-á fragmentado e os continentes separaram-se até às posições que ocupam hoje.
ARGUMENTOS MORFOLÓGICOS: existe complementaridade nas linhas de costa de continentes que hoje se encontram afastados. 
ARGUMENTOS PALEONTOLÓGICOS: testemunhos fósseis idênticos em continentes que hoje se encontram separados.
ARGUMENTOS PALEOCLIMÁTICOS: vestígios de glaciares com a mesma idade em continentes separados. Provavelmente os continentes teriam estado todos reunidos num mesmo local, o pólo sul.
ARGUMENTOS GEOLÓGICOS: existe semelhanças nas camadas rochosas com a mesma idade em vários continentes que se encontram atualmente separados. 
Estrutura interna da Terra
Litosfera – zona mais exterior da Terra, rígida. Abrange a crosta e a parte superior do manto superior.
Limites entre placas
LIMITE DIVERGENTE: ocorre afastamento das placas; formação de crosta oceânico (limite construtivo); associado a vales de rifte.
LIMITE TRANSFORMANTE: movimento deslizante entre as placas; limite conservativo; associado a zonas de falhas muito extensas. 
LIMITE CONVERGENTE: colisão entre placas; destruição de crosta (limite destrutivo) nas zonas de subducção; associado a fossas ou formação de montanhas.
Morfologia dos fundos oceânicos 
PLATAFORMA CONTINENTAL: zonas marginais imersas dos continentes; não ultrapassa os 200m. 
TALUDE CONTINENTAL: domínio de transição entre o continente e o oceano; declive acentuado; ocorrem depressões profundas; designado de canhão submarino e permite o transporte, de uma forma violenta, de sedimentos não consolidados para a base do talude.
PLANÍCIES ABISSAIS: inclinações muito suaves; iniciam-se a seguir aos taludes continentais, terminam nas cristas médio-oceânicas; profundidades que oscilam entre os 4000m e os 6000m; ocorre deposição de grande quantidade de sedimentos finos e matéria orgânica de origem marinha.
DORSAL MÉDIO-OCEÂNICA: corresponde a uma forma de relevo considerável e contínua à escala do planeta; é possível definir diversas zonas (vale de rifte; fraturas muito longas, designadas falhas geológicas transformantes).
FOSSAS OCEÂNICAS: localizam-se perto da base do talude continental.
Áreas continentais
CRATÕES OU ESCUDOS – porções mais antigas da crusta continental que se mantiveram estáveis mais de 600 M.a. Constituídos por rochas intensamente dobradas e metamorfizadas e muitas intrusões graníticas. 
PLATAFORMA ESTÁVEL – zonas extensas cobertas por sedimentos de origem marinha.
 CADEIAS MONTANHOSAS – zonas mais elevadas, resultantes da colisão de placas. Constituídas por rochas magmáticas e metamórficas de alto grau.
Intervenções do homem nos subsistemas terrestres
A interferência humana tem vindo a produzir efeitos cada vez mais vasos e com impactos ambientais cada vez mais profundos no planeta.
A geosfera é um dos subsistemas em que esses efeitos são particularmente visíveis, visto ser aí que o ser humano vai procurar muitos dos recursos naturais de que necessita. 
RECURSO NATURAL: qualquer bem com utilidade para o desenvolvimento, sobrevivência e bem-estar da sociedade.
Os recursos podem ser utilizados a um ritmo mais ou menos acelerado. Um consumo muito acelerado leva ao rápido esgotamento desses recursos que faltarão para as gerações futuras. Uma forma de atenuar tal situação consiste em preceder à reciclagem dos resíduos produzidos. Os recursos naturais podem ser renováveis ou não renováveis. 
RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS: são aqueles que a Terra produz a uma velocidade superior àquela com que o homem é capaz de os consumir.
RECURSOS NATURAIS NÃO RENOVÁVEIS: são aqueles que a Terra produz a uma velocidade inferior àquela com que o homem é capaz de os consumir.
Proteção ambiental e desenvolvimento sustentável
RISCO GEOLÓGICO: probabilidade de num sistema complexo de processos geológicos ocorrerem prejuízos diretos ou indiretos numa dada população, num dado momento.
ORDENAMENTO DE TERRITÓRIO: gestão da intervenção homem/espaço natural. Consiste no planeamento das ocupações, no potenciar do aproveitamento das infraestruturas existentes e no assegurar da preservação de recursos limitados.
POLUIÇÃO: ato ou ação do homem que, em consequência das suas diferentes atividades, introduza alterações negativas nos diferentes subsistemas terrestres.
IMPACTE AMBIENTAL: conjunto de ações ou comportamentos do homem sobre os subsistemas terrestres, capazes de interferir no seu equilíbrio natural.
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: conjunto de processos e atitudes que podem satisfazer as necessidades do homem no presente, sem comprometer as necessidades das gerações futuras.
aumento da libertação aumento do aquecimento degelo e aumento
de metano e CO2 para ® efeito estufa ® global ® do nível médio das
 a atmosfera águas do mar/oceano
aumento da diminuição da menor filtração consequências negativas
libertaçao de ® camada do ® da radiação ® para os seres vivos
 CFC’s ozono UV no ambiente terrestre 
Métodos para o estudo do interior da geosfera 
MÉTODOS DIRETOS: - afloramentos; - minas; - sondagens ( furos profundos e furos ultraprofundos); - vulcanismo/vulcanologia.
MÉTODOS INDIRETOS: - geotermia; - gravimetria; - geomagnetismo; - sismologia; - astrogeologia; - planetologia.
Geomagnetismo: a Terra tem um campo magnético natural. Um corpo magnetizado fica alinhado paralelamente às linhas de força do campo magnético e orienta-se de acordo com a direção dos polos magnéticos. Certas rochas retêm uma “memória” do campo magnético terrestre da altura da formação dos minerais ferromagnéticos que contêm. O estudo das propriedades magnéticasdas lavas solidificadas mostra que o campo magnético tem mudado periodicamente a sua polaridade, ou seja, o polo magnético que está atualmente situado perto do Pólo Norte geográfico – polaridade normal – já esteve, no passado, próximo do Polo Sul geográfico – polaridade inversa. 
Magnetosfera – região à volta da terra ocupada por o seu campo magnético.
Admite-se que o geomagnetismo se deve ao contínuo movimento de rotação do material constituinte do núcleo externo, que se encontra no estado líquido. Este movimento cria uma corrente elétrica, a qual, por sua vez, origina o campo magnético terrestre. 
Geotermismo: denomina-se gradiente geotérmico, o aumento da temperatura por quilómetro de profundidade. Denomina-se grau geotérmico, o número de metros que e necessário aprofundar para que a temperatura aumente 1°C. A dissipação de calor é permanente e denomina-se fluxo térmico, que é avaliado pela quantidade de energia térmica libertada por unidade de superfície e por unidade de tempo.
Parâmetros geotérmicos:
GRADIENTE GEOTÉRMICO: variação da temperatura em profundidade.
FLUXO GEOTÉRMICO: transferência de calor do interior para o exterior do planeta.
GRAU GEOTÉRMICO: profundidade (em metros) que é necessário descer para que a temperatura interna da geosfera aumente 1ºC 
 (
≠
4
ºC
) (
≠1ºC
) (
100m
) (
18ºC
) (
22ºC
) (
zona
 + constante
) (
19ºC
) (
18ºC
) Local A Local B	
maior fluxo ® maior gradiente ® menor grau
geotérmico geotérmico geotérmico
Vulcanismo
VULCANISMO PRIMÁRIO: fase da erupção. - central (associado a um cone vulcânico); - fissural (associado a fissuras, fraturas na superfície terrestre).
VULCANISMO SECUNDÁRIO: após a erupção. 
Magma – no interior da geosfera ( ascende e origina lava)
Lava + gases – na superfície 
CONE VULCÂNICO: elevação de forma cónica, resultante da acumulação de materiais libertados durante uma erupção.
CHAMINÉ VULCÂNICA: canal no interior do aparelho vulcânico, que estabelece a comunicação entre a câmara magmática e o exterior.
CRATERA: abertura do cone vulcânico, em forma de funil, que se localiza no topo da chaminé vulcânica, formada por explosão ou por colapso da chaminé.
CÂMARA MAGMÁTICA: local situado no interior da Terra, onde se acumula material rochoso fundido, que se designa magma.
FORMAÇÃO DE CALDEIRAS VULCÂNICAS: esvaziamento, total ou parcial, da câmara magmática torna o aparelho vulcânico instável por falta de apoio de sustentação do cone, o que pode conduzir ao seu abatimento.
PRODUTOS VULCÂNICOS: - sólidos: piroclastos ou tefra (cinzas, lapilli, bombas) - líquidos: lava - gasosos: monóxido de carbono, dióxido de carbono, hidrogénio, azoto, compostos de enxofre
COMPOSIÇÃO DA LAVA (sílica): - básica (52% ou menos); - àcida (65% ou mais); - intermédia (entre 52% e 65%).
Quanto maior o teor em sílica mais viscoso é o magma.
VISCOSIDADE DO MAGMA: - temperatura: aumento da temperatura diminui a viscosidade. - teor em sílica: maior teor em sílica, maior viscosidade. - capacidade de retenção de gases: maior viscosidade, maior retenção de gases.
CLASSIFICAÇÃO DA LAVA EM FUNÇÃO DA VISCOSIDADE: - lavas encordoadas ou pahoehoe (muito fluída). - lavas escoriáceas ou aa (fluída). - lavas em almofada ou pillow lavas (fluída).
- domo ou cúpula vulcânica (a lava viscosa solidifica sobre a abertura vulcânica, obstruindo a cratera). - agulha vulcânica (formam-se quando a lava de elevada viscosidade, acaba por solidificar na chaminé). - nuvens ardentes ou escoadas piroclásticas (são massas densas de cinzas e gases incandescentes, libertadas de modo explosivo e dotadas de grande mobilidade).
TIPOS DE ERUPÇÕES: - vulcanismo efusivo (fluído); - vulcanismo explosivo (viscoso); - vulcanismo misto.
Magma ácido (elevado teor em sílica) Magma básico (baixo teor em sílica)
 ¯ ¯
 Elevada viscosidade Baixa viscosidade 
 ¯ ¯
Ascensão lenta em direção á superfície Ascensão rápida em direção á superfície 
 ¯ ¯
 Elevada retenção de gases Baixa retenção de gases 
 ¯ ¯
 Libertação violenta de gases Libertação reduzida de gases
 ¯ ¯
 Erupção explosiva Erupção efusiva
 ¯ ¯
 Escoadas lávicas curtas e inexistentes Escoadas lávicas longas
 ¯ ¯
 Libertação de piroclastos Ausência de piroclastos
 ¯ ¯
 Forma estrato vulcões Forma escudo
 ¯¯
 Elevada perigosidade Baixa perigosidade
MANIFESTAÇÕES DE VULCANISMO SECUNDÁRIO: - nascentes termais; - geisers; - fumarolas: mofetas (monóxido e dióxido de carbono), sulfataras (enxofre).
TIPOS DE VULCANISMO EM FUNÇÃO DO ENQUADRAMENTO TECTÓNICO:
Convergência de placas ® Vulcanismo de subducção ® Erupções explosivas
Divergência de placas ® Vulcanismo de vale de Rifte ® Erupções efusivas/mistas
Intraplaca ® Vulcanismo intraplaca ® Erupções efusivas/mistas
À medida que se vão afastando do ponto quente extingue-se a atividade dos vulcões e os mais velhos vão ser erodidos. A erosão leva à diminuição da área emersa originando um atol e mais tarde, quando a ilha está submersa forma-se um guyot.
O vulcanismo que ocorre em limites divergentes está associado a magma com baixo teor em sílica e atividade é de tipo efusivo.
Sismologia
SISMO: movimento vibratório da superfície terrestre, originado pela libertação de energia por parte da Terra.
Microssismo: sismo de pequena intensidade; libertam pequenas quantidades de energia; passam despercebidos.
Macrossismo: sismo de grande intensidade; libertam grandes quantidades de energia; não passam despercebidos; as consequências são catastróficas.
TEORIA DO RESSALTO ELÁSTICO: as tensões que se acumulam deformam os materiais rochosos do interior da Terra. A partir de um determinado ponto as rochas atingem o seu limite de acumulação de energia. Neste ponto limite, as rochas fraturam, libertando grande parte da energia acumulada.
Ondas sísmicas 
INTERNAS OU PROFUNDAS: tem origem no foco e propagam-se no interior da terra.
- ondas P ou Primárias: ondas longitudinais com maior velocidade de propagação, fazem com que as partículas vibrem paralelamente à direção da propagação da onda. Propagam-se em todos os meios, sólidos, líquidos e gasosos.
- ondas S ou Secundárias: Ondas transversais de corte, fazem com que as partículas vibrem perpendicularmente à direção de propagação da onda. Propagam-se nos meios sólidos.
SUPERFICIAIS : tem origem no epicentro e resultam da interação entre as ondas P e S, quando atingem a superfície.
- ondas L ou Love: Propagam-se nos meios sólidos e líquidos.
- ondas R ou Rayleigh: Propagam-se nos meios sólidos.
A velocidade das ondas P diminui na passagem de meios sólidos para meios líquidos.
A velocidade das ondas S anula-se na passagem de meios sólidos para meios líquidos.
A velocidade das ondas sísmicas (P e S) varia ma razão direta da rigidez dos matérias e na razão inversa da sua densidade.
Quanto maior a distancia ao epicentro maior o intervalo de tempo entre a chegada das ondas P e S a um determinado local.
Intensidade – consequências nas construções, pessoas e paisagem.
A intensidade de um sismo depende da profundidade focal e da distância epicentral, da natureza de subsolo e da quantidade de energia libertada no foco. É medida numa escala qualitativa que em função da perceção das vibrações pela população e pela destruição causada, avalia a intensidade de um sismo – escala de Mercalli modificada.
Isossista – linhas que unem pontos com a mesma intensidade sísmica.
Quanto maior a distância ao epicentro menor a intensidade.
Magnitude – quantidade de energia libertada no foco.
Nos limites convergentes com subducção quanto maior a profundidade do foco maior a distância do epicentro à fossa.
SISMOS INTERPLACA: Ocorrem nas zonas de fronteira de placas, verificando-se uma maior ocorrência nos limites convergentes.
SISMOS INTRAPLACA: Ocorrem no interior das placas tectónicas, sendo, muitas vezes, consequência de falhas ativas.
Tipos de Sismos
SISMOS NATURAIS:
 Tectónicos 
- Limite divergente: Sismos superficiais, Reduzida magnitude
- Limite convergente: Sismos superficiais a profundos, Geralmente mais destrutivos
- Limite transformante: Sismos superficiais , Magnitude muito variável, dependente da profundidade do foco sísmico.
Vulcânicos: provocados por fortes pressões que um vulcão experimenta antes de uma erupção devido aos movimentos de magma relacionados com fenómenos de vulcanismo.
De Colapso: abatimentos em grutas e cavernas ou ao desprendimento de massas rochosas.
Medidas de minimização de riscos
· Identificação das zonas de risco e de falhas ativas.
· Elaboração de cartas de isossistas de intensidade máxima.
· Avaliação de edifícios e construção antissísmica.

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