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PROCESSOS BIOLOGICOS - ORGANICOS

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Nome: Monique dos Santos Pereira Disciplina: PROCESSOS BIOLÓGICOS
Quais são as principais moléculas orgânicas presentes nas células e algumas
de suas propriedades e funções.
PROTEÍNAS
Composto orgânico mais abundante no nosso corpo com aproximadamente 10 a
15%. Ela é formada pelo encadeamento de aminoácidos e representa cerca do 50 a
80% do peso seco da célula (músculo:80%; sangue:70% e pele: 90%) sendo,
portanto, o composto orgânico mais abundante de matéria viva.
O que difere um indivíduo do outro como a cor do cabelo, olho, pele, é a proteína.
Átomos que formam a proteína: C,O,H,N e S* ( nem todas as proteínas têm esse
átomo).
Principais funções :
● ESTRUTURAL: queratina, colágeno (unha ,cabelo ,pele..)
● ENERGÉTICA: 3º fonte de energia (último caso, depois da 1ª e 2ª fonte
energética que são os açúcares e os lipídios forem esgotados).
● DEFESA: anticorpos.
● ENZIMÁTICA: enzimas (toda enzima é uma proteína, mas nem toda proteína
é uma enzima. Existem raras exceções). As enzimas aceleram as reações e
diminuem o gasto de energia para essas reações, ou seja, se não fossem as
enzimas, muitas reações no nosso corpo não aconteceriam.
● HORMONAL: insulina e glucagon.
- Insulina: quando muito açúcar no sangue e a insulina é liberada pelo
pâncreas. Esse açúcar vai ser armazenado principalmente no fígado
em forma de glicogênio.
- Glucagon: quando está com pouco açúcar no sangue o glucagon é
liberado, quebra o açúcar que está armazenado no fígado em forma
de glicogênio, e libera glicose novamente na corrente sanguínea.
- Essas duas substâncias controlam o nível de açúcar circulando na
corrente sanguínea.
Do que é formada a proteína?
A proteína é um polímero, é uma molécula muito grande que é formada por muitas
moléculas pequenas que se repetem, essas moléculas são chamadas de
monômero. Para ocorrer a união entre os monômeros, acontece a chamada
ligação peptídica.
1. AMINOÁCIDOS
CARACTERÍSTICAS GERAIS:
● São as unidades fundamentais das proteínas.
● Todas as proteínas são formadas a partir da ligação em sequência de
aminoácidos.
● Existem, além destes 20 aminoácidos principais, alguns aminoácidos
especiais, que só aparecem em alguns tipos de proteínas.
Todo aminoácido possui um C (carbono) central, fazendo ligações simples com um
H (hidrogênio) , outro com o grupo amina, outro com o grupo ácido carboxílico e
uma ligação com um R ( radical) . Quando o muda o R (radical) , muda o
aminoácido.
CLASSIFICAÇÃO DOS AA.
As células animais não sintetizam todos os aminoácidos necessários, sendo que
alguns devem ser ingeridos com o alimento.
Assim, os aminoácidos podem ser classificados em dois tipos:
● ESSENCIAIS - NÃO SINTETIZADOS pelos animais.
Ex: HUMANOS (Fenilalanina; Valina; Triptofano; Treonina; Lisina;
Leucina; Isoleucina; Metionina).
● NÃO ESSENCIAIS (Naturais) – SINTETIZADOS pelos animais.
Ex: Glicina; Alanina; Serina; Cisteína; Tirosina; Arginina; Ácido
aspártico; Ácido glutâmico; Histidina; Asparagina; Glutamina; Prolina.
O que difere as proteínas:
● Quantidade de AA do polipeptídio.
● Tipos de AA.
● Sequência dos AA.
CLASSIFICAÇÃO
● Proteínas simples – Somente aminoácidos.
● Proteínas conjugadas (proteínas ligadas a outras
substâncias).
● Nucleoproteínas (Ác. Nucleicos).
● Glicoproteínas (Glicídios).
● Metaloproteínas (Metais).
● Lipoproteínas (Lipídios).
Níveis de Organização:
● A estrutura primária corresponde à sequência linear dos aminoácidos
unidos por ligações peptídicas. É o nível estrutural mais simples e mais
importante, pois dele deriva todo o arranjo espacial da molécula.
● Em algumas proteínas, a substituição de um aminoácido por outro pode
causar doenças e até mesmo levar à morte.
● Na estrutura secundária corresponde ao primeiro nível de enrolamento
helicoidal, ou seja, ela começa a se enrolar nela mesma pela atração dos
aminoácidos.
Os dois arranjos locais mais comuns que correspondem à estrutura
secundária são a alfa-hélice e a beta-folha ou beta-pregueada.
● No nível terciário de estruturação, ocorre o enovelamento final, interação
entre estruturas secundárias. Podem ocorrer interações entre hélices, entre
folhas beta, entre ambas, ou entre regiões não enoveladas.Os radicais R dos
aminoácidos são os responsáveis por esse nível de estruturação, e podem
realizar diferentes tipos de ligações para realização da estrutura terciária,
como ligações de hidrogênio, interações hidrofóbicas, ligações iônicas
(eletrostáticas) e forças de van der Waals. Além dessas ligações não
covalentes, um tipo de ligação covalente é frequentemente observado na
estrutura terciária: pontes de dissulfeto. Essas pontes são realizadas entre
aminoácidos cuja cadeia lateral apresenta moléculas de enxofre (S), como as
cisteínas. Os enxofres da cadeia peptídica interagem covalentemente
formando a ponte na estrutura e influenciando o
dobramento.(MARZZOCO,2015).
● Estrutura Quaternária (união de cadeias polipeptídicas)
● Surge apenas nas proteínas oligoméricas ( mais de uma cadeia
polipeptídica).
● Estrutura TRIDIMENSIONAL, pela distribuição espacial de mais de uma
cadeia polipeptídica no espaço, as subunidades da molécula.
● As subunidades podem atuar de forma independente ou cooperativamente no
desempenho da função bioquímica da proteína.
● Proteínas GLOBULARES (Albumina) e FIBROSAS (Queratina).
Quanto a forma:
● Proteínas Fibrosas: A maioria das proteínas fibrosas são insolúveis em
meio aquoso e possuem pesos moleculares bastante elevados.
Normalmente são formadas por longas moléculas de formato quase
retilíneas e paralelas ao eixo da fibra. Fazem parte deste grupo as proteínas
estruturais como o colágeno do tecido conjuntivo, a queratina do cabelo, a
miosina dos músculos, entre outras;
● Proteínas Globulares: Possuem estrutura espacial mais complexa e são
esféricas. Geralmente são solúveis em meio aquoso. São exemplos de
proteínas globulares as proteínas ativas, como as enzimas, e as
transportadoras, como a hemoglobina.
O QUE AFETA A FORMA DA PROTEÍNA?
Na mutação gênica ocorre a alteração de um trecho da molécula de DNA, levando
a uma modificação na proteína sintetizada, como ocorre em uma doença
conhecida como anemia falciforme.
Para que possam desempenhar suas funções biológicas, as proteínas precisam
apresentar sua conformação natural.
O calor, acidez, concentração de sais, entre outras condições ambientais podem
alterar a estrutura espacial das proteínas. Com isso, suas cadeias polipeptídicas
desenrolam e perdem a conformação natural.
Quando isso ocorre, chamamos de desnaturação das proteínas.
O resultado da desnaturação é a perda da função biológica característica daquela
proteína.
Entretanto, a sequência de aminoácidos não é alterada. A desnaturação
corresponde apenas a perda de conformação espacial das proteínas.
2 . ENZIMAS
As enzimas são proteínas com ação catalisadora ou catalítica. É uma ação que
resulta no favorecimento de uma reação química, pela diminuição da energia
necessária para que ela ocorra.
As reações químicas devem ocorrer em uma velocidade adequada, para que não
haja falta nem excesso de certas substâncias em nosso organismo. O primeiro
passo da reação enzimática é a ligação ao substrato por meio do seu sítio ativo
(porção da enzima o qual se liga o substrato). A catálise se inicia com o
reconhecimento do substrato pela enzima, formando um estado de transição
enzima-substrato, que é energeticamente mais favorável a formação dos produtos .
após a ação da enzima, forma-se o produto que agora é energeticamente estável.
A enzima faz parte da reação, mas não é modificada durante o processo, a ligação
ao substrato é altamente específica.
As enzimas são classificadas segundo os compostos nos quais elas agem:
● lipases atuam nas gorduras decompondo-as em glicerol e ácidos
graxos;
● catalases decompõem a água oxigenada;
● amilases decompõem os amidos em açúcares mais simples;
● proteases decompõem as proteínas;
● celulases decompõem a celulose;
● pectinases decompõem a pectina;
● xilanases decompõem a xilana;
● isomerases catalisam a conversãoda glicose em frutose.
CARBOIDRATOS
A fórmula geral do monossacarídeo é ( CnH2nOn) ou (CH2O)n - hidrato de
carbono ou carboidrato .Os carboidratos são compostos orgânicos, em sua maioria,
formados por carbono, hidrogênio e oxigênio.
São a nossa principal fonte de energia, classificados de acordo com os seus
tamanhos: monossacarídeo ( 1 molécula ), dissacarídeo ( de 2 a 10 moléculas) e
polissacarídeo ( + de 10 moléculas).
Os monossacarídeos são o tipo mais simples de carboidrato, formado por apenas
uma molécula, não sofrem hidrólise, possuem de 3 até 7 carbonos. Podem ser
nomeados conforme o número de carbonos presentes em sua estrutura:
● trioses (3C): C3H6O3 <--- C3 ( H2*3= 6) O3
● tetrose (4C): C4H8O4
● pentose (5C): C5H10O5 (desoxirribose : RNA; ribose: DNA)
● hexose (6C): C6H12O6 ( glicose: pão; frutose: fruta; galactose: leite)
● heptose (7C): C7H14O7
1. OLIGOSSACARÍDEOS
São constituídos de união de poucos monossacarídeos. Para ser considerado
oligossacarídeo, ele precisa ser formado pela união de 2 ou até 10
monossacarídeos. Quando 2 monossacarídeos se unem por ligação covalente, uma
molécula de água se perde e ocorre uma reação de desidratação chamada de
ligação glicosídica.
E para ocorrer a quebra dessa molécula haverá a hidrólise ( presença de H2O).
CLASSIFICAÇÃO:
● dissacarídeos -- 2 monossacarídeos
● trissacarídeos -- 3 monossacarídeos
● tetrassacarídeos -- 4 monossacarídeos
● pentassacarideos -- 5 monossacarídeos
Oligossacarídeos importantes
1. 2 .DISSACARÍDEOS:
Sacarose = frutose + glicose ( REAÇÃO: C6H12O6 + C6H12O6 - FÓRMULA
MOLECULAR: C12H22O11).
A melhor representação que se tem da sacarose é o açúcar de cozinha. Ela tem
função energética e pode ser quebrada pela enzima sacarase. Algumas indústrias
utilizam o açúcar invertido, isto é, o açúcar que foi acrescentado uma molécula de
água e voltou a ser frutose e glicose. Esse tipo é usado porque, ao contrário da
sacarose normal, não forma cristais de açúcares e não deixa os produtos com
consistência arenosa, ganhando uma textura desejável. A glicose proveniente da
fotossíntese dos vegetais é distribuída pelo seu corpo na forma de sacarose.
Lactose = galactose + glicose (REAÇÃO: C6H12O6 + C6H12O6 - FÓRMULA
MOLECULAR: C12H22O11)
A enzima que a quebra é a lactase, mas no decorrer da idade, o intestino delgado
para de produzir essa enzima – principalmente se o consumo de leite for baixo – e o
indivíduo pode apresentar intolerância à lactose. O problema também é genético.
Os sintomas podem ser desde dores abdominais até fortes diarreias.
Maltose = glicose + glicose (REAÇÃO: C6H12O6 + C6H12O6 - FÓRMULA
MOLECULAR: C12H22O11)
Este dissacarídeo não é encontrado livre na natureza e para obtê-lo é necessário
quebrar o amido. Ela é usada para produção de álcool. A Semente de cevada,
durante sua germinação, quebra os amidos que estão nas suas reservas nutritivas,
liberando malte e que pode ser usado na fabricação de cerveja. O processo é o
mesmo para os fungos levedos de cerveja, que digerem o malte e fermentam o
produto deste malte, a glicose, produzindo álcool.
1. 3. POLISSACARÍDEOS
Os polissacarídeos são formados pela união de até milhares de monossacarídeos,
por isso são considerados polímeros de monossacarídeos. Eles se dividem em
heteropolissacarídeos e homopolissacarídeos. Será hetero se for constituído de
diferentes espécies de monossacarídeos e homo se for constituído pela mesma
espécie. No caso dos principais polissacarídeos - o amido, celulose, glicogênio e a
quitina, são todos homo, pois são formados por glicoses. Os polissacarídeos são
insolúveis em água e se encontram bastante concentrados em raízes, caules e
tubérculos.
● O amido é a maior reserva energética dos vegetais. O excesso de glicose da
fotossíntese é estocada na célula em forma de amido. Este pode ser
consumido por alguns mamíferos, pois as glândulas salivares produzem a
enzima amilase, que quebra o amido em várias moléculas de glicose,
tornando-o um uma grande fonte energética.O amido é encontrado em várias
partes dos corpos de vegetais, como raízes, caule, e sementes.
● A celulose é o carboidrato mais abundante na natureza. Tem função
estrutural por ser o principal constituinte da parede celular dos vegetais. Ela
não pode ser digerida por animais. Os ruminantes que conseguem fazer a
digestão da celulose possuem parasitas no seu estômago que realizam essa
atividade. Eles fazem isso em duas etapas com a ajuda da enzima celulase e
celobiose: Celulose + Celulose -> Celobiose . Celobiose + Celobiase ->
Glicose. Apesar de não conseguirmos digeri-las, elas são muito importantes
para o peristaltismo do intestino durante e excreção das fezes.
● Glicogênio é o “amido” dos animais. Neles, a glicose que não foi consumida
é estocada nos músculos e no fígado em forma de glicogênio. Neste último, o
glicogênio representa 10% da massa.
● Quitina : exoesqueleto (artrópodes) e parede celular (fungos).
As principais funções dos carboidratos são: energética e estrutural.
A glicose é um carboidrato chave para a sobrevivência humana. Ela é o
combustível básico das funções neurológicas e , sem ela, o cérebro pode entrar em
colapso.Por isso,períodos de longo jejum ou atividade física muito intensa sem
reposição energética podem causar danos ao cérebro.
LIPÍDEOS
São compostos orgânicos, essas biomoléculas são compostas por carbono,
oxigênio e hidrogênio e são insolúveis em H2O (polar).
São solúveis em solventes orgânicos (éter,acetona,benzina) são apolares.
Essas biomoléculas são compostas por carbono, oxigênio e hidrogênio.
A água não dissolve lipídios pois, a água é polar e os lipídios são apolares.
FUNÇÕES
● isolante térmico: nos animais as células gordurosas formam uma camada
que atua na manutenção na temperatura corporal, sendo fundamental para
animais que vivem em climas frios;
● constituinte da membrana plasmática ( se não tivessem lipídios não
existiria membrana plasmática, se não tivesse celular, nao existiriam seres
vivos)
● reserva energética: utilizada pelo organismo em momentos de necessidade,
e está presente em animais e vegetais;
● hormonal
● proteção mecânica
● outros.
CLASSIFICAÇÃO
1. GLICERÍDEOS
Podem ter de 1 a 3 ácidos graxos unidos a uma molécula de glicerol (um álcool,
com 3 carbonos unidos a hidroxilas-OH). O exemplo mais conhecido é o
triglicerídeo, que é composto por três moléculas de ácidos graxos.
TIPOS
ÓLEOS GORDURAS
vegetal animal
líquido sólido
insaturado saturado
C 二 C C 一 C
Insaturados (quando ao menos uma
dupla de átomos de carbono da cadeia
está ligada através de ligação dupla).
Os insaturados com apenas uma
ligação dupla são classificados como
ácidos graxos, esses por sua vez ,
ficam distantes um do outro como na
figura acima, o corpo então tem mais
facilidade em quebrar/eliminar, por isso
é considerada melhor para ingestão.
*Hidrogenada (trans): se torna
saturada,quando inclui hidrogênio
nessas ligações, transformando ela em
sólida.: manteiga, que seria um óleo na
forma líquida, porém se torna sólido
devido a esse processo.
Ligação simples entre 2 carbonos. A
gordura saturada é muito juntinha,
então o corpo tem maior dificuldade
para quebrar essa gordura, por isso é
considerada ruim para ingestão.
2 . ESTERÓIDES
São compostos por 4 anéis de carbonos interligados, unidos a hidroxilas, oxigênio e
cadeias carbônicas.
FUNÇÕES:
● constituem a membrana plasmática
● regula a fluidez da membrana plasmática
● precursor da vitamina D
● precursor dos sais biliares ( bile é uma substância que o fígado produz, que é
armazenado na vesícula biliar), emulsificando a gordura e ajudando na
digestão da mesma.
TIPOS DE COLESTEROL
LDL= lipoproteína de baixa densidade (ruim)
HDL= lipoproteína de alta densidade (bom)
As moléculas de colesterol associam-se às proteínas sanguíneas (apoproteínas),
formando as lipoproteínas HDL ou LDL, que são responsáveis pelo transporte dos
esteróides.
As lipoproteínas LDL carregam o colesterol, que se for consumido em excesso se
acumula no sangue. Já as lipoproteínasHDL retiram o excesso de colesterol do
sangue e levam até o fígado, onde será metabolizado. Por fazer esse papel de
"limpeza", as HDL são chamadas de bom colesterol.
Alguns hormônios são derivados do colesterol e são chamados de hormônios
esteróides. Estes são os hormônios produzidos no córtex da glândula adrenal
(cortisol e aldosterona), nos ovários (estrogênio e progesterona), nos testículos
(testosterona) e na placenta (estrogênio e progesterona).
3- FOSFOLIPÍDIOS
Base da membrana plasmática, é um glicerídeo (um glicerol unido a ácidos graxos)
combinado com um fosfato.
● Cabeça polar - hidrofílica (afinidade com H2O).
● Cauda apolar - hidrofóbica ( repele H2O).
FUNÇÃO: formar a bicamada da membrana plasmática.
4- CERÍDEOS
Estão presentes nas superfícies das folhas das plantas, no corpo de alguns insetos,
nas ceras de abelhas e até mesmo aquela que está dentro do ouvido humano.
Esse tipo de lipídio é altamente insolúvel e evita a perda de água por transpiração.
São constituídas por uma molécula de álcool (diferente do glicerol) e 1 ou mais
ácidos graxos.
5- CAROTENÓIDES
São pigmentos alaranjados presentes nas células de todas as plantas que
participam na fotossíntese junto com a clorofila, porém desempenham papel
acessório. Um exemplo de fonte de caroteno é a cenoura, que ao ser ingerida, essa
substância se torna precursora da vitamina A, fundamental para a boa visão.
Os carotenóides também trazem benefícios para o sistema imunológico e atuam
como anti-inflamatório.
ÁCIDOS NUCLEICOS
Os ácidos nucléicos são essenciais para todas as formas de vida e são encontrados
em todas as células.Tanto o DNA, quando o RNA, são de extrema importância para
a vida: eles constituem o material genético de todos os seres vivos. No caso de
organismo eucariontes, os ácidos nucléicos estão presentes nos núcleos das
células, enquanto que, nos organismos procariontes (que não tem núcleo envolto
por membrana), o material genético fica disperso no citoplasma.
Os ácidos nucléicos vêm em duas formas naturais chamadas ácido
desoxirribonucléico (DNA) e ácido ribonucléico (RNA).
Os ácidos nucléicos funcionam para criar, codificar e armazenar informações
biológicas nas células e servem para transmitir e expressar essas informações
dentro e fora do núcleo.
FORMAÇÃO
Os ácidos nucleicos são formados por nucleotídeos. Estes nucleotídeos contam
com um grupamento fosfórico (fosfato), um glicídio (uma pentose, que é um açúcar
com cinco carbonos) e uma base nitrogenada (purina ou pirimidina). Cada proteína
existente, é produto da informação programada pela sequência de nucleotídeos dos
ácidos nucleicos, o DNA e o RNA são de extrema importância para a transmissão
de informações genéticas de uma geração para outra.
São os ácidos nucleicos que determinam como cada pessoa é: eles trazem
informações genéticas de nossos antepassados, nos conferindo características.
DNA: formato helicoidal.
O Ácido Desoxirribonucléico (ADN), também chamado de DNA, fica armazenado no
núcleo celular dos eucariotos ou na região de nucleóide dos procariotos. Também
está presente em algumas organelas, como mitocôndrias e cloroplastos.
A estrutura do DNA é altamente conservada entre os organismos, inclusive com
longos trechos idênticos. É formado por duas cadeias de nucleotídeos, pareadas em
posições opostas, e por ligações de hidrogênio entre as bases nitrogenadas.
Essa conservação da molécula está relacionada à sua função: armazenar
informações genéticas. As informações genéticas são determinadas através da
sequência de bases contidas em uma fita.
Além de armazenar as informações genéticas, o DNA também é responsável por
transmitir essa informação genética para os descendentes. Essa característica
hereditária do DNA garante com que indivíduos passem suas características
genéticas para os descendentes.
Antes do processo de divisão celular, o DNA presente em uma célula precisa ser
duplicado, através do processo de replicação.
RNA : fita simples.
O Ácido Ribonucléico (ARN ou RNA) é, assim como o DNA, composto por
nucleotídeos.
Pode ser encontrado tanto no núcleo celular como no citoplasma dos eucariontes,
assim como nas organelas detentoras de DNA próprio, como as mitocôndrias e
cloroplastos. Nos procariotos, pode ser encontrado em todo o conteúdo interno
celular.
A molécula de RNA, embora seja composta por nucleotídeos, assim como a
molécula de DNA, é mais simples e menor. Os nucleotídeos do RNA, além da
pentose e da uracila exclusiva, se dispõem como uma fita simples, não
estabelecendo ligações de hidrogênio entre as bases.
A função do RNA é mediar a síntese proteica, controlando a expressão gênica e
levando as informações contidas nos genes para a maquinaria de síntese, que está
contida nos ribossomos, fora do núcleo celular em organismos eucarióticos.
Para isso, são formados três tipos de RNAs que se assemelham quanto a estrutura
química, mas se diferem quanto à função:
● RNAr: é chamado de RNA ribossômico e possuem a função de ativar as
subunidades dos ribossomos na região de nucléolo nos eucariotos;
● RNAm: é o RNA mensageiro que possui função de transportar a informação
para síntese protéica contida no DNA;
● RNAt: chamado RNA transportador, assim que é sintetizado, percorre o
citoplasma em busca de aminoácidos que constituem as proteínas a serem
sintetizadas nos ribossomos.
O processo de síntese dos RNAs é chamado de transcrição e utiliza como base a
molécula de DNA.
A estrutura do ácido nucleico
Um nucleotídeo é composto de três partes que são unidas por ligações. As três
partes são um grupo fosfato, um açúcar de 5 carbonos e uma base de nitrogênio.
Grupo fosfato
O grupo fosfato é formado por um átomo de fósforo com quatro átomos de oxigênio
carregados negativamente ligados a ele.
Açúcar de 5 carbonos
O açúcar de 5 carbonos (conhecido como pentose) inclui ribose e desoxirribose, que
estão presentes no ácido nucléico. Tanto a ribose quanto a desoxirribose têm cinco
átomos de carbono e um átomo de oxigênio.
Ligados aos átomos de carbono estão átomos de hidrogênio e grupos hidroxila.
No açúcar ribose, existem grupos hidroxila ligados ao segundo e terceiro átomos de
carbono. No açúcar desoxirribose, há um grupo hidroxila ligado ao terceiro átomo de
carbono, mas apenas um átomo de hidrogênio está ligado ao segundo átomo de
carbono.
Base de nitrogênio
A molécula de nitrogênio atua como uma base no ácido nucléico porque pode dar
elétrons a outras moléculas e criar novas moléculas por meio desse processo. Ele
pode se ligar a moléculas de carbono, hidrogênio e oxigênio para criar estruturas em
anel.
As estruturas em anel vêm em anéis simples (pirimidinas) e anéis duplos
(purinas). As pirimidinas incluem timina, citosina e uracila. As purinas incluem
adenina e guanina.
As purinas são maiores do que as pirimidinas e suas diferenças de tamanho ajudam
a determinar seus pares nas fitas de DNA.
Ligações de ácido nucléico
As ligações que unem as moléculas de fósforo, açúcar e nitrogênio são chamadas
de ligações glicosídicas e ligações de éster.
As ligações glicosídicas são feitas entre o primeiro átomo de carbono em um açúcar
de 5 carbonos e o nono átomo de nitrogênio em uma base nitrogenada.
As ligações de éster são feitas entre o quinto átomo de carbono em um açúcar de 5
carbonos e o grupo fosfato.
Essas ligações não apenas unem um único nucleotídeo, mas também unem cadeias
de nucleotídeos que criam polinucleotídeos que formam o ácido desoxirribonucléico
(DNA) e o ácido ribonucléico (RNA).
Para criar essas cadeias, o grupo fosfato que está ligado ao quinto átomo de
carbono em um açúcar de 5 carbonos se ligará ao terceiro átomo de carbono no
próximo açúcar de 5 carbonos.
Sentido da vida é 5 para 3.
VITAMINAS
As vitaminas são compostos orgânicos e nutrientes essenciais no funcionamento do
nosso corpo, tanto sua deficiência como seu excesso podem causar várias doenças.
Embora não sejam fonte de energia, possuem outras características, sendo
divididas em hidrossolúveis (solúveis em água) e lipossolúveis(solúveis em
gordura).
As lipossolúveis são: A, D, E, K. As vitaminas A e D são armazenadas sobretudo
no fígado, e a vitamina E nos tecidos gordos e órgãos reprodutores. A capacidade
de armazenamento de vitamina K é reduzida.
As lipossolúveis são absorvidas pelo intestino humano através da ação dos sais
biliares segregados pelo fígado, e são transportadas pelo sistema linfático para
diferentes partes do corpo.
Vitaminas são substâncias sintetizadas pelo organismo e agentes ativos para a
manutenção das funções biológicas. A sua deficiência ou ausência pode causar
quadros doentios diversos denominados avitaminose e seu excesso pode causar
hipervitaminose.
● Vitamina A (retinol)
Função: importante na integridade da pele e mucosas, na visão.
Falta: cegueira noturna.
Fonte: manteiga, leite, gema de ovo, fígado, espinafre, chicória, tomate, mamão,
batata, cará, abóbora.
● Vitamina D (calciferol)
Função: importante no metabolismo do cálcio e fósforo. Tem importância na
construção, resistência, e regeneração dos tecidos ósseos. Quando o indivíduo se
expõe ao sol, forma-se vitamina D a partir da pró vitamina D existente no corpo.
Falta: raquitismo, fraqueza nos ossos.
Fonte: óleo de fígado de peixes, leite, manteiga, gema de ovo, raio de sol.
● Vitamina E (tocoferol)
Função: antioxidante e saúde das hemácias.
Falta:anemia e lesão muscular (pouco comum pois é abundante nos alimentos).
● Vitamina K (filoquinona)
Função: importante para coagulação, parece colaborar na fosforilação oxidativa no
metabolismo celular.
Falta: hemorragia.
Fonte: ovos, verdura, fígado.
*Não necessita de ser ingerida na dieta, pois a flora bacteriana intestinal
produz vitamina k necessária no dia-a-dia.
● Vitamina C (ácido ascórbico)
Função: síntese de colágeno ( dá firmeza para pele)
Falta: escorbuto (forma feridas na mucosa)
Fonte: frutas cítricas (limão, laranja, acerola, quiwi) e verduras como pimentão
verde, brócolis, espinafre.
● Vitamina B1 (tiamina)
Função: metabolismo de açúcares e lipídios.
Falta: beribéri (fraqueza).
Fonte: cereais, carnes , legumes.
● Vitamina B2 (riboflavina)
Função:regula o metabolismo das proteínas, lipídeos e glicídeos a nível celular.
Falta: rachaduras na boca, anemia.
Fonte: fígado, rim, lêvedo de cerveja, espinafre, berinjela.
● Vitamina B3 (niacina)
Função: epitélio intestinal, respiração celular, possibilita o metabolismo das
gorduras e carboidratos.
Falta: pelagra (aumento no crescimento da língua).
Fontes: levedo, fígado, rim, coração, ovo, cereais integrais.
● Vitamina B5(ácido pantotênico)
Função: auxilia o metabolismo em geral.
Falta:fadiga; fraqueza muscular; perturbações nervosas; anorexia; diminuição da
pressão sanguínea.
Fontes: fígado, rim, gema de ovo, carnes, brócolis, trigo integral, batata.
● Vitamina B6 (piridoxina)
Função: saúde do SNC.
Falta: lesões no SNC.
Fonte: carnes de boi e porco, fígado, cereais integrais, batata, banana.
● Vitamina B8 (biotina)
Função: síntese de queratina.
Falta: inflamações na pele.
● Vitamina B9 (ácido fólico)
Função: formação do tubo neural, e glóbulos vermelhos.
Falta: anemia; alteração na medula óssea; distúrbios intestinais; lesões nas
mucosas.
● Vitamina B12 (cobalamina)
Função:importante na síntese dos ácidos nucleicos e no metabolismo do sistema
nervoso. Estimula a síntese das células sanguíneas.
Falta: anemia, alterações nervosas e problemas no aparelho digestivo.
Fonte: fígado e rim de boi, ostra, ovo, peixe, aveia.
BIBLIOGRAFIA
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https://www.formacaosolidaria.org.br/wp-content/uploads/2016/06/BIO-A_Prote%C3
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p%C3%ADdios%20ou%20gorduras%20s%C3%A3o,por%20carbono%2C%20oxig%
C3%AAnio%20e%20hidrog%C3%AAnio.
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