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1 2 Você verá por aqui... Prezado aluno, estamos de volta ao mundo maravilhoso do desenho, em particular, ao do Desenho Geométrico, capítulo importante do Desenho Técnico, objeto desta disciplina. Você deve estar de posse do material e instrumentos de Desenho Técnico solicitados na apresentação desta disciplina. Dando continuidade aos nossos trabalhos, vamos conhecer mais de perto o uso adequado desse ferramental a ser utilizado para a produção do desenho no decorrer das nossas atividades vindouras. Assim sendo, faremos a sua apresentação e, logo em seguida, daremos a orientação necessária ao bom uso e manutenção dos mesmos. Objetivo Identificar o material e instrumentos utilizados no Desenho Técnico. Aprender a manusear e cuidar adequadamente do material e instrumentos do Desenho Técnico. Aprender a traçar entidades geométricas básicas (retas, circunferências, ângulos etc.) com precisão. 3 Atenção! É importantíssimo que você tenha todo esse material e instrumentos em mãos para que possamos realizar todas as construções geométricas corretamente. Não se esqueça, daqui por diante, esses aparatos serão as nossas “ferramentas de trabalho”. Para começo de conversa... Para obtermos um bom desempenho no desenvolvimento do Desenho Geométrico, precisamos, além de conhecer todo o Material e instrumentos de Desenho, desenvolver algumas qualidades especificas tais como: a limpeza, a ordem, a atenção, o capricho, a exatidão e, sobretudo, a perseverança. Um Desenho para ser bem executado, exige uma técnica que vai desde a qualidade do papel, do lápis, da borracha e dos demais materiais e instrumentos, à sua postura laboral. Não podemos, no entanto, nos esquecer que nós, meu caro aluno, necessitamos tomar consciência de que o aprendizado flui com mais facilidade quando existe o espírito de equipe. A experiência acadêmica e do mundo do trabalho nos mostra que a troca de informações se faz necessária entre aqueles que desenvolvem uma atividade laboral. Nesse contexto, chamamos a atenção para o desenho, tendo em vista que necessitamos, não apenas, acumular conteúdo teórico, mas desenvolver a nossa habilidade motora, utilizando corretamente os instrumentos do desenho para que venhamos a produzir com satisfação e qualidade. 4 Instrumentos do desenho Certamente você dispõe em sua sala de aula uma infra-estrutura básica para trabalho com pranchetas, réguas “T” e/ou paralelas, uma sala bem iluminada e arejada ou climatizada. Bem, se a situação real não for à acima descrita, não se desespere, pois, o nosso desenho poderá ser estudado e desenvolvido em condições um pouco menos favorável. Comecemos pela prancheta. Atividade 01 Segundo CRUZ (2006, p. 31), "ao direcionar-se a uma sala de desenho, deve-se ter cuidado com as sombras ocasionadas pela régua ou mãos do desenhista...". Diante desse e de outros aspectos que devem ser observados em uma sala de desenho convencional sobre pranchetas, sugerimos que, com o auxílio do tutor, você e os seus colegas de sala organizem-se e realizem a seguinte atividade: relacionem toda a infra-estrutura disponível para você e seus colegas desenharem em sua sala de aula e faça uma reflexão com seus pares sobre o que está bom e o que poderia melhorar com ações simples e eficazes, como por exemplo: verificar se a posição das pranchetas, em relação à iluminação local, está adequada, confortável e segura para sua visão, durante o desenvolvimento dos trabalhos. Certamente, Amigo! Cuidarei dos meus instrumentos e material de desenho como se fossem meus filhos! Não se esqueça, Amiga, Limpeza, em todo o processo de trabalho, é fundamental! 5 Para saber mais... Sugerimos que você leia a dissertação de mestrado intitulada "Avaliação Pós-ocupação e Apreciação Ergonômica do Ambiente Construído: um estudo de caso". CRUZ, Helga Rossana Rêgo da Silva. Universidade Federal de Pernambuco. Programa de Pós- graduação em Engenharia de Produção, 2006, 186p., através dos endereços eletrônicos: http://www.bdtd.ufpe.br/tedeSimplificado//tde_arquivos/26/TDE-2006- 12-04T131731Z-280/Publico/HRRSC.pdf. http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?sele ct_action=&co_obra=30637. Prancheta A prancheta se constitui em uma mesa para desenho, com mecanismos que proporcionam mudança na inclinação do tampo e da sua altura, cujo tampo de madeira encontra-se, normalmente, revertido com plástico branco, verde ou azul (figuras 01a e 01b). Encontra-se acompanhada de um banco, cuja altura depende do tipo da prancheta utilizada e do poder aquisitivo do usuário, possibilitando maior ou menor conforto ao usuário ou, ainda, maior ou menor durabilidade (figura 02). Devemos manter a prancheta e o banco sempre limpos. Toda atenção deverá ser dada ao tampo da prancheta, tendo em vista que o mesmo receberá o papel e os demais materiais e instrumentos do desenho que, se não estiverem em boas condições de higiene, poderão prejudicar a qualidade final do trabalho produzido. Para tal limpeza, podemos utilizar um pano levemente umedecido ou embebido com álcool. 6 FIGURA – 01a FIGURA – 01b FIGURA - 02 Régua “T” Instrumento utilizado em desenho técnico para o traçado de linhas retas paralelas, a régua “T” serve como base para o traçado de retas que formam um determinado ângulo com a horizontal, empregando o par de esquadros (veremos este instrumento logo em seguida). Pode ser fabricada em madeira, com bordas de plástico inquebrável ou acrílico. Essa régua pode ser fixa ou acoplada a um cabeçote móvel, com transferidor, permitindo o traçado de retas inclinadas (figura 03). Deverá estar sempre limpa. Tal limpeza poderá ser realizada com um pano levemente umedecido ou embebido com álcool. Régua Paralela Instrumento utilizado em desenho técnico para o traçado de linhas retas paralelas com precisão. Deslizando horizontalmente sobre a prancheta, fixada em um sistema mecânico constituído de cordões em nylon especial e roldanas, serve como base, como a régua "T", para o traçado de retas que formam um determinado ângulo com a horizontal, empregando o par de esquadros. É Figura 03 7 confeccionada em material acrílico cristal, podendo ter proteção de alumínio anodizado (figuras 04a e 04b). Deverá estar sempre limpa. Tal limpeza poderá ser realizada com um pano levemente umedecido ou embebido com álcool. FIGURA – 04a FIGURA – 04b Régua Graduada Instrumento usado para medir e executar traços retos. É aconselhável o uso de régua transparente, graduada em centímetros (cm) e milímetros (mm), com 30cm de comprimento (figura 05). Recomendamos que seja em acrílico, pois proporciona mais precisão no traçado de retas e marcação das medidas lineares e apresenta mais durabilidade. Quando suja, deve ser limpa com flanela levemente umedecida ou embebida com álcool ou lavada m água fria. Figura - 05 8 Par de Esquadros Como o nome está dizendo, é composto de dois instrumentos utilizados para traçar retas paralelas, retas perpendiculares e construção de ângulos, processos que serão vistos oportunamente. Devemos dar preferência aos esquadros transparentes e sem graduação, pois a finalidade dos esquadros não é medir. Ao adquirirmos um par de esquadros, devemos verificar se eles podem ser dispostos como na figura 06, pois existem esquadros de vários tamanhos. Por possuírem dimensões médias e, conseqüentemente, mais mobilidade, recomendamos a aquisição do par de esquadros de número 25 ou 26. Sugerimos, também, que sejam em acrílico, pois proporcionam mais precisão no traçado de retas e apresentammais durabilidade. Quando sujos, devem ser limpos com flanela levemente umedecida ou embebida com álcool ou lavados em água fria. Figura - 06 9 Transferidor É o instrumento que se utiliza para medir e traçar ângulos. Recomendamos que sejam em acrílico e transparente, pois proporciona mais precisão na identificação e/ou marcação dos ângulos e apresenta mais durabilidade. Existem dois modelos: o de meia volta (180 0 ) (figura 07a) e o de volta inteira (360 0 ) (figura 07b). Quando sujos, devem ser limpos com flanela levemente umedecida ou embebida com álcool ou lavados em água fria. Figura - 07a Figura – 07b Escalímetro O escalímetro é um instrumento bastante utilizado no Desenho Técnico como um todo, particularmente nos desenhos técnicos aplicados às engenharias e à Arquitetura (figura 08). Sua função é facilitar o processo de produção e de leitura de desenhos técnicos aplicando escalas, as quais poderão ser de redução, natural ou de ampliação. Oportunamente utilizaremos o escalímetro que contém as escalas: 1:100, 1:50, 1:25, 1:20 etc. Normalmente são fabricados em plástico resistente e indeformável e não devem servir para o traçado de linhas retas, papel destinado às réguas “Ts”, paralelas, algumas réguas graduadas e aos esquadros. Quando sujo, deve ser 10 limpo com flanela levemente umedecida ou embebida com álcool ou lavada em água fria. Figura - 08 Lápis ou Lapiseira Utilizados para desenhar ou escrever, você poderá escolher entre o uso do lápis ou da lapiseira, conforme nos apresentam as figuras 09 e 10, respectivamente. O lápis deve ter perfil hexagonal, para melhor manipulação. O lápis ou a lapiseira devem estar seguros na mão, mas não preso, isto é, devem mover-se com facilidade. Em muitas situações, o peso do próprio lápis ou lapiseira é suficiente para darmos um traço leve. Com o lápis ou lapiseira podemos conseguir diferentes tonalidades através da pressão aplicada aos mesmos. Tanto o lápis quanto a lapiseira têm na parte interna um material denominado grafite ou mina de grafite ou, simplesmente, mina. O lápis deve estar sempre bem apontado com uma lixa em formato cônico e a mina da lapiseira sempre bem afiada. FIGURA - 09 FIGURA - 10 11 Atenção! Caro aluno, por ser mais prática em seu manuseio como um todo, consideraremos, daqui por diante, a lapiseira como o instrumento padrão para o traçado de linhas à grafite. Atividade 02 Pense e responda as seguintes questões: 1) Qual(ais) instrumento(s) é(são) utilizado(s) para traçar retas paralelas, retas perpendiculares e, inclusive, pode ser utilizado na construção de ângulos? 2) Se você fosse escolher entre a régua Tê e a régua Paralela, qual você optaria? Por que? 3) Que instrumento é utilizado para medir e traçar ângulos? Quais são os tipos disponíveis no mercado? 4) Para que serve um escalímetro? 5) Por que adotaremos a lapiseira como o instrumento padrão para o traçado de linhas à grafite? Classificação da Grafite A mina de grafite apresenta grau de dureza variável e por isso é classificada de três modos: por números, letras ou números e letras, a saber: Por número N . 1 - grafite macia - de traço forte é usada para destacar traços e fazer esboços. N . 2 - grafite média - de traço médio é usada para escrita em geral e traços pouco relevantes. N 3 - grafite dura - de traço fraco é usada para traços que não precisem ser destacados, mas necessitam de muita exatidão. Por letras 12 Letra B - grafite macia - equivalente à grafite N . 1. Letra HB e F - grafite média - equivalente à grafite N . 2. Letra H - grafite dura - equivalente à grafite N . 3. Por Números e Letras 2B, 3B, .... , 6B - grafites muito macias. 2H, 3H, .... , 9H - grafites muito duras É importante destacar que nesta classificação os números que antecedem as letras indicam o aumento ou a diminuição do grau de dureza da grafite. Para saber mais... A grafite foi descoberta na Baviera por volta de 1400, não lhe tendo sido dado na época o devido valor. A história do lápis remonta a 1564, quando se descobriu na Inglaterra um filão de grafite pura. A coroa inglesa mandou então abrir minas para se obter grafite como material de desenho. Estas minas forneceram grafite a toda a Europa, até se esgotarem as suas reservas no séc. XIX. O mineral era misturado com gomas, resinas e colas. Esta mistura era então colocada numa ranhura de um pedaço de madeira geralmente de cedro e atado com um cordel. À medida que se ia gastando a grafite, o cordel era desenrolado e repunha-se a mina no extremo. Em 1761, na Alemanha, Faber criou uma pequena oficina de fabrico de lápis. Misturava duas partes de grafite com uma de enxofre. Napoleão, no séc. XVIII, encomendou a Conté a exploração de processos de fabricar lápis para substituir os importados. Apareceu então uma nova espécie de lápis que consistia na mistura de terra (argilas), grafite e água, que eram solidificados por cozedura e colocados em ranhuras de madeira. Este foi o antecessor do lápis que conhecemos. No passado usaram-se certos materiais na confecção das minas como ceras, goma-laca, resinas, negro de fumo, etc. Atualmente algumas das melhores minas fazem-se misturando grafites de grande qualidade com polímeros especiais. 13 Encontramos no mercado uma enorme variedade de qualidades de grafite. Envolvida em madeira (lápis), em minas simples de várias espessuras para porta minas, desde as mais vulgares 0,5mm, 0,7 mm, 1,2 mm, até às mais grossas apenas envolvidas em plástico para desenhos que exigem um grande depósito de grafite. Existem também em muitas durezas, desde extra-duras a extra-macias. As mais duras permitem traços finos cinzento pálido, as mais macias produzem traços mais grossos e mais negros, pois depositam mais grafite no papel. Assim, temos basicamente a seguinte escala de grafites: dura média macia 8H, 7H, 6H, 5H, 4H, 3H, 2H, H, HB, F, B, 2B, 3B, 4B, 5B, 6B, 7B, 8B, 9B Por "H" entende-se "Hard" - uma mina dura. Por "B" entende-se "Brand" ou "Black" - uma mina macia ou preta. Por "HB" entende-se "Hard/Brand"- uma mina de dureza média Associados ao uso da grafite estão sempre os afiadores ou canivetes para afiar, as borrachas mais ou menos macias e os porta-minas. A grafite pode ser usada praticamente em todas as superfícies, exceto nas plastificadas, onde adere mal. Quase todos os tipos de papel - lisos, texturados, rugosos - são também um suporte adequado. Papéis como o "Ingres" ou "Canson" são óptimos suportes para trabalhos em valores de cinzento e "degradés". O tipo de papel que se usa é importantíssimo pois determina a forma como a grafite se vai comportar. Papéis coloridos são também freqüentemente usados para trabalhos de desenho a grafite. Em: http://desmat.no.sapo.pt/mit_grafite.html Acesso: 16/06/2008. http://desmat.no.sapo.pt/mit_grafite.html 14 Lapiseira com estilete Existem vários modelos de lapiseira. Aconselhamos, no entanto, o uso da lapiseira com estilete. Estilete é um pequeno cilindro metálico que reveste a mina de grafite da lapiseira (figura 11). O estilete contribui bastante para melhorar a precisão e qualidade do traçado de linhas. FIGURA - 11 Saiba que... Existem lapiseiras com minas de grafite de vários diâmetros (0,3mm, 0,5mm, 0,9mm etc.). Precisaremos, apenas, da lapiseira 0,5mm com mina de grafite “B” ou “HB” para realizarmos os nossos trabalhos. As espessuras e tonalidades das linhas a serem traçadas dependerão da força aplicada sobre a lapiseira, bem como da dureza da grafiteutilizada. Somente experimentando, na prática, você descobrirá as minas que melhor se adéquam ao seu estilo. Caso queira, você poderá adquirir lapiseiras de outros diâmetros para facilitar o seu traçado diferenciado (em tonalidade e/ou em espessura). É importante frisar que as Lapiseiras do tipo 0,3mm, 0,5mm e 0,7mm apresentam minas de grafite finas, que não precisam ser apontadas. No entanto, se faz necessária a manutenção da uma ponta da mina de grafite com formato cônico, o qual você obtém esfregando a referida ponta sobre uma folha de papel, formando um ângulo de aproximadamente 45 0 com essa folha, ao mesmo tempo em que rotaciona a lapiseira em torno do seu próprio eixo. Compasso Preferencialmente de precisão, o compasso é um instrumento utilizado para traçar circunferências, arcos de circunferências e 15 transportar medidas lineares, processos que estudaremos oportunamente (figura 12a). A ponta-seca (de metal) (figura 12b) e a de grafite (figura 12c) devem estar praticamente no mesmo nível. A ponta de grafite poderá estar levemente menor que a ponta seca. Deve ser lixada obliquamente e a parte lixada (chanfro) deve ficar para o lado de fora do compasso (figuras 12d e 12e). FIGURA – 12a FIGURA – 12b FIGURA – 12c FIGURA – 12d FIGURA – 12e Atenção! Estimado aluno, utilizaremos a mina de grafite do compasso com a dureza “B” para realizarmos os nossos trabalhos. É importante saber que a mina de grafite do compasso precisa ser macia, tendo em vista que é difícil aplicarmos uma força significativa sobre o compasso durante o seu uso, de maneira que o traço produzido por uma mina dura seja forte. Borracha Plástica – Sintética Utilizada para apagar erros, existem diversas marcas e tipos no mercado, mas as borrachas sintéticas ou bem macias são mais 16 apropriadas para o nosso uso (figura 13a). Para limpá-las, devemos esfregá-las num papelão grosso. Nunca devemos lavá- las. Para erros muito pequenos, podemos usar o lápis-borracha, que tem uma ponta fina e deve ser apontado como um lápis (figura 13b). FIGURA – 13a FIGURA – 13b Papel sulfite formato A4 Podemos trabalhar com blocos, cadernos ou folhas avulsas, de preferência, papel peso 40. Há, entanto, a folha de papel para impressão no formato A4 (210mm x 297mm) no comércio em geral, a qual pode ser, por nós, utilizada perfeitamente. Fita adesiva tipo gomada – crepe Pensando na fixação da folha de papel sobre a mesa de trabalho, dê preferência a uma fita adesiva que não deixe resíduo de cola no papel ou na superfície do tampo da prancheta depois de retirada (figura 14a). Para que a folha de papel sobre a mesa fique alinhada e bem apoiada no tampo da prancheta, sua fixação da deverá ocorrer obedecendo aos seguintes passos: Coloque a folha de papel embaixo da régua “T” ou paralela; Nivele a borda inferior da folha de papel, tomando como base o alinhamento da supracitada régua; Figura – 14a 17 Comece a fixar a folha de papel com um pequeno pedaço de fita adesiva, cujo primeiro ponto de fixação e os demais devem obedecer à figura 14b. Figura – 14b Fonte: MOURA, 2007 (c). Adaptação: Borges, Aldan Nóbrega, 2008. Trincha de 21/2” para limpeza Os resíduos de gerados com o uso da borracha devem ser retirados com uma trincha (figura 15) ou qualquer artefato dessa natureza para que esse processo não suje ou manche o seu trabalho. Figura - 15 18 Atenção! Caro aluno, nunca passe a mão sobre o papel, nem tampouco sopre, para retirar a sujeira produzida pelo ato de apagar alguma linha desenhada, pois você corre o risco de manchar o seu trabalho. Lixa – serrinha de unha Com intuito de fazer e manter a ponta da mina de grafite do compasso “afiada”, aconselhamos o uso de uma lixa ou, simplesmente, de uma serrinha de unha, artefato facilmente encontrado em “toda esquina” (figura 16). Figura - 16 Álcool e Flanela Para auxiliar na limpeza e manutenção de alguns instrumentos do desenho, providencie uma pequena quantidade de álcool comum. Para complementar, traga junto, uma flanela. Pasta plástica para a guarda do material Finalmente, para a guarda e transporte de todo material e instrumentos do desenho que iremos trabalhar daqui por diante, pensamos numa pasta plástica com altura suficiente para tal função (figura 17). Figura - 17 19 Atividade 03 Pense e responda as seguintes questões: 1) Você utilizaria uma mina de grafite mais mole em sua lapiseira para traçar linhas mais escuras? Por que? 2) O que é e qual é a importância do estilete em uma lapiseira? 3) Como se denomina o instrumento que é utilizado para traçar circunferências, arcos de circunferências e transportar medidas lineares? 4) Por que a mina de grafite do compasso precisa ser macia? 5) Como devemos limpar uma borracha plástica? 6) Que preocupação devemos ter ao adquirirmos uma fita adesiva? 7) De posse de todo esse material e instrumentos do desenho, manuseie-os, de tal forma, que se familiarize com os mesmos, além de preparar a lapiseira e o compasso para o “doce combate” que estamos a enfrentar. Sugerimos que essa atividade seja acompanhada pelo tutor e socializada com os demais colegas de classe, tomando como base as orientações contidas nesta aula, visando o bom manuseio desse material e instrumentos do desenho convencional. Estou ansiosa! Poxa, que legal! Finalmente aprenderemos como trabalhar com os instrumentos básicos do desenho. 20 Utilização adequada da régua “T” ou paralela Para utilizarmos as réguas “T” ou paralela, devemos atentar para o seguinte: Verificar o estado de conservação das mesmas; Verificar se estão bem apoiadas sobre o tampo da prancheta; Deslizá-las verticalmente sobre o tampo da prancheta, de modo a não pressioná-las sobre o papel, para não deslocá-lo do lugar previamente fixado. Utilização adequada da régua graduada A régua graduada é um dos instrumentos de desenho mais conhecido de todos nós. A forma correta de utilizá-la requer apenas um pouco de atenção. Assim sendo, devemos atentar para o seguinte: Verificar o estado de conservação da mesma; Não traçar linhas retas no lado que contém a marcação das unidades centímetro e milímetro; Verificar se a régua está bem apoiada sobre o papel; Posicionar a régua paralela ao segmento de reta a ser medido; Procurar medir sempre a partir do número zero da graduação. Efetuar a medição, conforme exemplo (figura 18). Figura - 18 1. O segmento de reta AB mede 8,0cm (Lê-se oito vírgula zero centímetros). 2. O segmento de reta AC mede 9,6cm (Lê-se nove centímetros e seis milímetros ou nove vírgula seis centímetros). 21 Utilização adequada do par de esquadros O par de esquadros é um dos mais importantes instrumentos de desenho técnico convencional (sobre prancheta). A forma correta de utilizá-los requer apenas um pouco de cuidado. Assim sendo, devemos atentar para o seguinte: Verificar o estado de conservação dos mesmos; Verificar se os esquadros estão bem apoiados sobre o papel. Vejamos como traçar retas paralelas e perpendiculares com o par de esquadros. Observe na figura 19 as medidas dos ângulos internos dos dois esquadros e como eles se denominam. Figura – 19 Fonte: MOURA, 2007 (c). Adaptação: Borges, Aldan Nóbrega, 2008. Atenção! Para o traçado de retas paralelas e/ou perpendiculares, mantenha um dos esquadros fixo sobre o papel, segurando-o com uma das mãos e movimente o outro esquadro para realizar a tarefa desejada. 22 Vejamos como traçar retas paralelas com o par de esquadros (figura 20). Fonte: MOURA, 2007 (c). Adaptação: Borges, Aldan Nóbrega, 2008.FIGURA – 20 23 Veja abaixo na figura 21b como traçar retas perpendiculares com o par de esquadros: Fonte: MOURA, 2007 (c). Adaptação: Borges, Aldan Nóbrega, 2008. FIGURA – 21b 24 Utilização adequada da lapiseira De acordo com o anteriormente explicitado, precisaremos, apenas, da lapiseira 0,5mm com mina de grafite “B” ou “HB” para realizarmos os nossos trabalhos. A forma correta de utilizá-la requer apenas um pouco de cuidado. Assim sendo, devemos atentar para o seguinte: Verificar o estado de conservação da mesma; Verificar a lapiseira se encontra bem apoiada em suas mãos. Traçar as linhas retas de acordo com as figuras 22a, 22b e 22c, ou seja, inclinar a lapiseira para o lado em que se está realizando o traço. Atenção: evitar traçar as linhas retas de acordo com as figuras 23a e 23b. Atenção! Evitar... FIGURA – 22a FIGURA – 22b FIGURA – 22c FIGURA – 23a FIGURA – 23b 25 Utilização adequada do transferidor O Transferidor é mais um instrumento de desenho técnico convencional (sobre prancheta). A forma correta de utilizá-lo requer atenção. Assim sendo, devemos observar o seguinte: Verificar o estado de conservação do mesmo; O transferidor pode ser de meia volta ou volta inteira, como já vimos anteriormente. É composto pelos seguintes elementos (figura 24a): 1. Graduação ou limbo: correspondem à circunferência ou semicircunferência externa, dividida em 180 ou 360 graus, respectivamente. 2. Linha de fé: segmento de reta que corresponde ao diâmetro do transferidor, passando pelas graduações de 0 0 e 180 0 . 3. Centro: corresponde ao ponto médio da linha de fé. Efetuar a medição ou marcação de um ângulo, conforme a figura 24b. Fonte: MOURA, 2007. Adaptação: Borges, Aldan Nóbrega, 2008. FIGURA – 24a 26 Fonte: MOURA, 2007. Adaptação: Borges, Aldan Nóbrega, 2008. FIGURA – 24b Utilização adequada do compasso Por fim, vamos ver a maneira correta de se traçar circunferências e arcos de circunferências utilizando corretamente o compasso, instrumento importantíssimo para desenvolvermos o nosso trabalho. A forma correta de utilizá-lo requer treinamento e um pouco de cuidado. Assim sendo, devemos atentar para o seguinte: Verificar o estado de conservação do mesmo; Verificar se a ponta seca está em bom estado e pontiaguda; Verificar se a ponta de grafite está devidamente chanfrada e imediatamente inferior à ponta seca; Verificar o modo de se manipular o compasso: 1. Repousar a ponta seca do compasso sobre o ponto central da circunferência ou do arco de circunferência a ser traçado; 2. Não pressionar o compasso sobre o papel; 3. Traçar as linhas curvas de acordo com as figuras 25a e 25bc, ou seja, inclinar o compasso apenas para o lado em que se está realizando o traço; 4. Atenção: evitar traçar as linhas curvas de acordo com a figura 26. 27 FIGURA – 25a FIGURA – 25b Atenção! Evitar... Figura - 26 28 Atividade 04 Pense e responda as seguintes questões: 1) Cite um dos aspectos que devemos atentar para que venhamos a utilizar a régua "T" ou paralela adequadamente. 2) Cite dois aspectos que devemos atentar para que venhamos a utilizar o par de esquadros adequadamente. 3) Relaciones os passos que devemos seguir para que utilizemos a lapiseira de modo adequado. 4) O que devemos evitar fazer quando utilizamos o compasso? Atividade 05 Aproveite este momento para exercitar um pouco. Reúna um grupo de colegas e convide-os para compartilhar com você a realização da seguinte tarefa: fixe o papel sobre a prancheta com a fita adesiva, conforme orientação anterior, e faça o seguinte: 1) Trace linhas retas utilizando a régua “T” ou paralela. 2) Marque pontos sobre essas linhas retas e, com a régua graduada, marque segmentos de reta diversos (por exemplo: 2,0cm, 4,5cm, 10,2cm etc.). 3) Trace linhas retas paralelas e perpendiculares entre si utilizando o par de esquadros. 4) Construa ângulos quaisquer e faça suas medições utilizando o transferidor. 5) Construa ângulos específicos utilizando o transferidor (por exemplo: 300, 450; 900; 2700; 45,50 etc.). 6) Marque pontos (A, B, C etc.) sobre o papel e escolha diversas aberturas do compasso (por exemplo: 3,0cm, 3,5cm, 5,1cm etc.) e trace circunferências utilizando adequadamente o compasso. 29 Resumo A presente aula nos permitiu conhecer os instrumentos e matérias do desenho que vamos utilizar durante nossa disciplina. Aprendemos a manusear e cuidar adequadamente desse ferramental de importância primaz para o bom desempenho das atividades vindouras. Por fim, aprendemos a traçar entidades geométricas básicas (retas, circunferências, ângulos etc.) com precisão. Auto-avaliação Objetivando resgatar o conteúdo por nós estudado na presente aula, preparamos um breve exercício, no qual você deve ler atentamente as proposições expostas a seguir, de modo a executá-las com a tenção e esmero. 1) Sem recorrer a qualquer tipo de anotação, relacione todos os materiais e instrumentos de desenho que você utilizará neste curso. 2) Descreva a importância de cada um desses materiais e instrumentos de desenho. 3) Relacione os cuidados que você deverá ter para manter adequadamente os respectivos materiais e instrumentos de desenho em perfeita condição de uso. 4) Descreva os passos que você deverá seguir de maneira que o uso de cada material e instrumento de desenho seja correto. Bom trabalho e até o próximo encontro... 30 Referências CARVALHO, Benjamin de A. Desenho Geométrico. Rio de Janeiro: ed. Ao Livro Técnico,3ª edição,1993. INED - Instituto Nacional de Ensino a Distância. Curso de Formação de Técnicos em Transações Imobiliárias - TTI. Técnico em Transações Imobiliárias. Noções de Desenho Arquitetônico e Construção Civil - Módulo 06. Gráfica e Editora Equipe LTDA. Brasília, 2005. Disponível em www.ineddf.com.br. MOURA, Chateaubriand Vieira (a). Estudo Dirigido de Desenho Geométrico. Curso Técnico Integrado de Informática. Centro de Educação Tecnológica de Sergipe - CEFET-SE. Ed. 1 a . 2007, 59p. MOURA, Chateaubriand Vieira (b). Estudo Dirigido de Desenho Geométrico, Técnico e Arquitetônico. Curso Técnico em Construção Civil - Modular. Centro de Educação Tecnológica de Sergipe - CEFET-SE. Ed. 15 a . 2007, 139p. MOURA, Chateaubriand Vieira (c). Estudo Dirigido de Desenho Geométrico e Técnico. Curso Técnico Integrado em Construção Civil. Centro de Educação Tecnológica de Sergipe - CEFET-SE. Ed. 1 a . 2007, 148p. PINTO, Nilda Helena S. Corrêa. Desenho Geométrico. São Paulo: ed. Moderna, vol. 1, 2, 3 e 4, 1ª edição, 1991. PUTNOKI, José Carlos. Elementos de Geometria e Desenho Geométrico. São Paulo: ed. Scipione, vol. I e 2 , 1ª edição, 1989. REIS, Jorge Henrique de Jesus. Apostila: Desenho Geométrico. Universidade do Estado do Pará-UEPA. Pará, 2007.
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