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Contrato com pessoa a declarar - RESUMO

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 Arts. 467 a 471, CC. 
 
Um dos contraentes pode reservar-se o direito de 
indicar outra pessoa para, em seu lugar, adquirir os 
direitos e assumir as obrigações dele decorrentes (CC, 
art. 467). 
 
Feita validamente, a pessoa nomeada adquire os 
direitos e assume as obrigações do contrato com 
efeito retroativo (CC, art. 469) 
 
Pode aplicar-se a toda espécie de contrato que, pela 
sua natureza, não demonstre incompatibilidade. Em 
geral, essa inconciliabilidade se revela nos negócios 
em que, verifique-se insubstituível a pessoa de um de 
seus sujeitos (contratos personalíssimos). 
 
Participam desse contrato: 
 
 Promitente: assume o compromisso de 
reconhecer o amicus ou eligendo; 
 Estipulante: pactua em seu favor a cláusula de 
substituição; 
 Electus: validamente nomeado, aceita sua 
indicação, que é comunicada ao promitente. 
 
A validade do negócio requer capacidade e 
legitimação de todos os personagens no momento da 
estipulação do contrato. 
 
 
O contrato com pessoa a declarar é negócio jurídico 
bilateral, o qual se aperfeiçoa com o consentimento 
dos contraentes, que são conhecidos. 
 
As partes contratantes são assim, desde logo, 
definidas e identificadas. Uma delas, no entanto, 
reserva para si a faculdade de indicar a pessoa que 
assumirá as obrigações e adquirirá os direitos 
respectivos, em momento futuro (electio amici). Só 
falta, portanto, a pessoa nomeada ocupar o lugar de 
sujeito da relação jurídica formada entre os agentes 
primitivos. 
Feita validamente a nomeação e manifestada a 
aceitação, a pessoa nomeada adquire os direitos e 
assume as obrigações do contrato como se estivesse 
presente enquanto parte contratante desde a data de 
sua celebração, independentemente de qualquer 
entendimento prévio entre ela e o estipulante. 
 
Se o nomeado não aceita a indicação ou esta não é 
feita no prazo assinado, o contrato não perde sua 
eficácia. Continua válido, subsistindo entre os 
contraentes originários. Sucede o mesmo se a pessoa 
nomeada era insolvente e a outra parte desconhecia 
esse fato. 
 
Conforme o art. 171, CC, se a nomeação não for 
idônea, no prazo e na forma corretos, o contratante 
originário permanece na relação contratual, assim 
como se o indicado era insolvente, com 
desconhecimento da outra parte. 
 
Da mesma forma ocorrerá, se o nomeado era incapaz 
no momento da nomeação. Também permanecerão 
os partícipes originários, se o nomeado não aceitar a 
posição contratual. 
 
Em resumo: 
 
O contrato será eficaz somente entre os originários 
quando: 
 
 não houver indicação; 
 o nomeado recusa; 
 o nomeado é insolvente; 
 o nomeado é incapaz no momento da 
indicação.

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