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Gabarito questionário - Efeitos sobre terceiros 2020

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Gabarito Comentado
1 - Gabarito: LETRA C
 
A Teoria Geral dos Contratos, para o Direito Civil, representa um marco teórico, principio lógico e normativo. Dela nascem muitas outras espécies de contratos, regrados algumas vezes por legislações específicas e até resoluções.  Vários são os exemplos dessa constatação, a saber, o contrato de seguro de vida, que decorre do gênero estipulação em favor de terceiros, e o contrato de shows artísticos, que decorre da promessa de fato de terceiro. Em relação a essas duas bases contratuais e com fundamento no Código Civil brasileiro, assinale a alternativa correta.
a)  O que estipula em favor de terceiro não pode exigir o cumprimento da obrigação.
INCORRETA. Conforme disposto no Código Civil:
Art. 436. O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigação.
 
b)  Se ao terceiro, em favor de quem se fez o contrato, se deixar o direito de reclamar-lhe a execução, poderá o estipulante exonerar o devedor.
INCORRETA. Conforme disposto no Código Civil:
Art. 437. Se ao terceiro, em favor de quem se fez o contrato, se deixar o direito de reclamar-lhe a execução, não poderá o estipulante exonerar o devedor.
 
c)  Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos quando este o não executar.
CORRETA. Conforme disposto no Código Civil:
Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos, quando este o não executar.
 
d)  Na estipulação em favor de terceiros, a substituição pode ser feita por ato entre vivos, ressalvados os casos de disposição de última vontade, os quais são vedados.
INCORRETA. Conforme disposto no Código Civil:
Art. 438, Parágrafo único. A substituição pode ser feita por ato entre vivos ou por disposição de última vontade.
 
e)  O estipulante pode reservar-se o direito de substituir o terceiro designado no contrato, dependendo da sua anuência e da do outro contratante.
INCORRETA. Conforme disposto no Código Civil:
Art. 438. O estipulante pode reservar-se o direito de substituir o terceiro designado no contrato, independentemente da sua anuência e da do outro contratante.
2 - Gabarito: Letra B. 
 
Sobre as condições gerais dos contratos, indique a alternativa correta.
 
a)  Nos contratos de adesão, são anuláveis as cláusulas que estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio. INCORRETA. 
 
São nulas, conforme artigo 424 do CC: 
 
Art. 424. Nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia antecipada do aderente a direito resultante da natureza do negócio.
 
b)  O estipulante pode reservar-se o direito de substituir o terceiro designado no contrato, independentemente da sua anuência e da do outro contratante. CORRETA. 
 
É o que prevê o artigo 438 do CC: 
 
Art. 438. O estipulante pode reservar-se o direito de substituir o terceiro designado no contrato, independentemente da sua anuência e da do outro contratante.
Parágrafo único. A substituição pode ser feita por ato entre vivos ou por disposição de última vontade.
 
Trata-se de regra concernente à estipulação em favor de terceiro, tratada pelo artigo 436 do CC:  
 
Art. 436. O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigação.
Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a obrigação, também é permitido exigi-la, ficando, todavia, sujeito às condições e normas do contrato, se a ele anuir, e o estipulante não o inovar nos termos do art. 438. 
 
c)  O contrato preliminar, e também quanto à forma, não necessita conter todos os requisitos essenciais ao contrato a ser celebrado. INCORRETA. 
 
A assertiva contraria o artigo 462 do CC, que excepciona quanto à forma:
 
Art. 462. O contrato preliminar, exceto quanto à forma, deve conter todos os requisitos essenciais ao contrato a ser celebrado.
 
d)  As cláusulas resolutivas expressa e tácita operam de pleno direito, independentemente de interpelação judicial. INCORRETA. 
 
A tácita depende de interpelação judicial, conforme artigo 474 do CC: 
 
Art. 474. A cláusula resolutiva expressa opera de pleno direito; a tácita depende de interpelação judicial.
 
e)  Pode o adquirente demandar pela evicção, mesmo sabendo que a coisa era alheia ou litigiosa. INCORRETA. 
 
A assertiva contraria o artigo 457 do CC:
 
Art. 457. Não pode o adquirente demandar pela evicção, se sabia que a coisa era alheia ou litigiosa.
3 - Gabarito: Letra E. 
 
Souto aceitou transportar mercadorias que lhe foram entregues por Sátiro. Foi estipulado no contrato por Sátiro que a carga deverá ser entregue a Amélia, que não é parte no contrato. 
 
Consideradas essas informações e o disposto na legislação civil sobre estipulações contratuais em favor de terceiros, é correto afirmar que:
 
a)  somente Sátiro, na condição de estipulante, pode exigir o cumprimento da obrigação de entrega da carga perante o transportador Souto; INCORRETA. 
 
Em regra, tanto o estipulante (Sátiro) quanto o terceiro em favor de quem se estipulou (Amélia) a obrigação podem exigi-la do devedor (Souto), como decorre do parágrafo único do artigo 436 do CC: 
 
Art. 436. O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigação.
Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a obrigação, também é permitido exigi-la, ficando, todavia, sujeito às condições e normas do contrato, se a ele anuir, e o estipulante não o inovar nos termos do art. 438.
 
b) somente Amélia, na condição de terceiro em favor de quem se estipulou a obrigação, pode exigir o cumprimento da entrega da carga perante o transportador Souto;
 
Tanto Sátiro quanto Amélia podem exigir a obrigação, de acordo com o disposto no artigo 436 do CC.
 
c)  se à Amélia for atribuído o direito de reclamar do transportador a entrega da carga, poderá Sátiro exonerar Souto dessa obrigação;
 
A assertiva contraria o disposto no artigo 437 do CC. Se Sátiro atribuir à Amélia o direito de reclamar a execução da obrigação, ele não poderáexonerar o devedor Souto. Veja o dispositivo: 
 
Art. 437. Se ao terceiro, em favor de quem se fez o contrato, se deixar o direito de reclamar-lhe a execução, não poderá o estipulanteexonerar o devedor.
 
d)  tanto o estipulante Sátiro quanto a destinatária Amélia poderão, individual ou conjuntamente, exigir o cumprimento do contrato de Souto e alterar as condições e normas do contrato; INCORRETA. 
 
O parágrafo único do artigo 436 do CC estabelece que o terceiro em favor de quem se estipulou (Amélia) só poderá exigir a obrigação se sujeitar-se às normas e condições do contrato e com ele concordar e, ainda, se o estipulante não substituir o terceiro nos termos artigo 438 do CC. 
 
Veja novamente o dispositivo: 
 
Art. 436. O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigação.
Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a obrigação, também é permitido exigi-la, ficando, todavia, sujeito às condições e normas do contrato, se a ele anuir, e o estipulante não o inovar nos termos do art. 438.
 
e)  Sátiro, na qualidade de estipulante, pode reservar-se o direito de substituir a destinatária da carga, Amélia, independentemente da sua anuência e da do transportador. CORRETA. 
 
A assertiva reproduziu o que preceitua o artigo 438 do CC: 
 
Art. 438. O estipulante pode reservar-se o direito de substituir o terceiro designado no contrato, independentemente da sua anuência e da do outro contratante.
Parágrafo único. A substituição pode ser feita por ato entre vivos ou por disposição de última vontade. 
4 - Gabarito: letra C
 
a)  O que estipula em favor de terceiro não pode exigir o cumprimento da obrigação.
INCORRETO. Conforme disposto no Código Civil:
Art. 436. O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigação.
 
b)  Na estipulação em favor de terceiro, se ao terceiro, em favor de quem se fez o contrato, se deixar o direito de reclamar-lhe a execução, ainda assim poderá o estipulante exonerar o devedor.
INCORRETO. Conforme disposto no Código Civil:
Art. 437. Se ao terceiro, em favor de quemse fez o contrato, se deixar o direito de reclamar-lhe a execução, não poderá o estipulante exonerar o devedor.
 
 
c)  Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos quando este não o executar.
CORRETO. Conforme disposto no Código Civil:
Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos, quando este o não executar.
 
 
d)  Na estipulação em favor de terceiro, o estipulante não pode reservar-se o direito de substituir o terceiro designado no contrato.
INCORRETO. Conforme disposto no Código Civil:
Art. 438. O estipulante pode reservar-se o direito de substituir o terceiro designado no contrato, independentemente da sua anuência e da do outro contratante.
 
 
 
Referência:
Código Civil: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm
5 - Em que pese a redação confusa da questão, é possível extrair a presença da estipulação em favor de terceiro.
 
Inicialmente, temos que destacar que nem sempre o contrato gera efeitos apenas inter partes. Há, de fato, exceções legais que relativização os efeitos contratuais, no momento em que o negócio atinge terceiros.
 
Em que pese haver outros exemplos no ordenamento jurídico, citaremos, justamente, a estipulação em favor de terceiro.
 
Para Flávio Tartuce, a estipulação em favor de terceiro, tratada entre os arts. 436 a 438 do CC - é a hipótese em que um terceiro, que não é parte do contrato, é beneficiado por seus efeitos, podendo exigir o seu adimplemento. Em suma, na estipulação em favor de terceiro, os efeitos são de dentro para fora do contrato, ou seja, exógenos, tornando-se uma clara exceção à relativização contratual.
 
Vamos às alternativas.
 
a) AC Industrial S.A. poderá exigir de Mac Geral & Companhia o cumprimento da obrigação firmada em favor de Rota Transportes Ltda - CORRETA.
 
Na estipulação em favor de terceiro, aquele que promete algo (promitente) se obriga a beneficiar o terceiro (Rota Transportes LTDA), mas nem por isso se deseobriga ante o estipulante, já que este tem o direito de exigir o cumprimento da obrigação.
 
Vejamos:
"Art. 436. O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigação."
b) Ao exigir o cumprimento da obrigação, Rota Transportes Ltda. deverá efetuar o transporte ao preço previamente ajustado pelas partes contratantes - CORRETA.
 
A anuência do terceiro é imprescindível para que o contrato se aperfeiçoe. Desta forma, anuindo com a estipulação, o terceiro ficará sujeito às condições e normas do contrato.
 
Neste sentido:
"Art. 436. O que estipula em favor de terceiro pode exigir o cumprimento da obrigação. 
 
Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a obrigação, também é permitido exigi-la, ficando, todavia, sujeito às condições e normas do contrato, se a ele anuir, e o estipulante não o inovar nos termos do art. 438."
c) Somente Rota Transportes Ltda. poderá exigir o cumprimento da obrigação - INCORRETA.
 
Conforme observado nas duas assertivas acima, tanto Rota Transportes LTDA quanto AC Industrial S.A podem exigir o cumprimento das obrigações constantes no contrato.
 
d) AC Industrial S/A poderá reservar-se o direito de substituir Rota Transportes Ltda., independentemente de sua anuência ou de Mac Geral & Companhia - CORRETA.
 
É o que extraímos do CC/02:
"Art. 438. O estipulante pode reservar-se o direito de substituir o terceiro designado no contrato, independentemente da sua anuência e da do outro contratante."
6 - GABARITO: LETRA D
 
No caso em análise, em que há uma promessa de fato de terceiro, pois Wagner prometeu que um terceiro, seu irmão Urandi, concederia moratória a Wanderley por uma dívida que ele (Wanderley) possui com Urandi, após a celebração do contrato de compra e venda entre Wagner e Wanderley, se Urandi não conceder tal moratória, Wagner responderá por perdas e danos perante Wanderley, conforme determina o Art. 439, caput, do CC. Se Urandi aceitasse a concessão de moratória prometida por Wagner e não a cumprisse, Wagner não teria que responder perante Wanderley, recaindo a obrigação indenizatória, neste caso, somente em Urandi (Art. 440 do CC).
"Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos, quando este o não executar".
"Art. 440. Nenhuma obrigação haverá para quem se comprometer por outrem, se este, depois de se ter obrigado, faltar à prestação".
Logo, a Letra D é a resposta correta.
7 - A assertiva está INCORRETA.
Dispondo sobre a promessa de fato de terceiro, ensina Maria Helena Diniz que "o contrato produzirá efeitos em relação a terceiro se uma pessoa se comprometer com a outra a obter a prestação de fato de um terceiro não participante dele, caso em que se configura o contrato por terceiro (promessa de fato de terceiro)" (DINZ, Maria Helena, cf. Teoria das Obrigações Contratuais e Extracontratuais, p. 118).
Sobre o tema (e ressaltando que o terceiro não participa da formação contratual) é de se pontuar que, não executando a tarefa o terceiro, a responsabilidade incidirá tão somente naquele que prometeu a conduta (omissiva ou comissiva).
Destaca-se todavia que, não obstante as lições dispostas, vindo o terceiro a obrigar-se após a promessa não mais haverá responsabilização do contratante originário sobrevindo falta à prestação.
Feitas as observações cabíveis, destaca-se posição consagrada pelo CC/02:
"Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos, quando este o não executar."
Não obstante a sistemática advinda da responsabilização pelo inadimplemento, há de se concluir que o instituto da promessa de fato de terceiro é plenamente válida no ordenamento jurídico brasileiro.
Sendo assim, a assertiva está INCORRETA.
8 - A narrativa aborda o instituto da promessa de fato de terceiro.
 
Vejamos o que leciona Maria Helena Diniz sobre a matéria:
"Não se pode vincular terceiro a uma obrigação. Só será devedor o que se comprometer a cumprir uma prestação por manifestação de sua própria vontade, por determinação ou por decorrência de ilícito por ele mesmo praticado. O promitente deve obter tal anuência, mas como sua obrigação é de resultado, não se exonerará, apesar de ter envidado esforços para conseguir aquele consenso. Logo, se alguém vier a prometer a to de terceiro, esse terceiro não estará obrigado, a menos que consinta nisso. Se o terceiro não executar o ato prometido por outrem, sujeita o que prometeu obter tal ato à indenização de prejuízos" (DINIZ, Maria Helena, Código Civil Anotado, 15º ed. Saraiva: São Paulo, p. 378).
No mesmo sentido, extraímos do Código Civil:
"Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos, quando este o não executar."
Logo, como o terceiro (Reinaldo) em nenhum momento anuiu com a obrigação prometida, além de não receber pela sua atuação (já que sua obrigação é de resultado), Danilo ficará sujeito a ressarcir Sandro por eventuais prejuízos causados.
 
Assim, concluímos que está correta a alternativa de letra A.
9 - A assertiva está CORRETA.
Dispondo sobre a promessa de fato de terceiro, ensina Maria Helena Diniz que "o contrato produzirá efeitos em relação a terceiro se uma pessoa se comprometer com a outra a obter a prestação de fato de um terceiro não participante dele, caso em que se configura o contrato por terceiro (promessa de fato de terceiro)" (DINZ, Maria Helena, cf. Teoria das Obrigações Contratuais e Extracontratuais, p. 118).
Sobre o tema (e ressaltando que o terceiro não participa da formação contratual) é de se pontuar que, não executando a tarefa o terceiro, a responsabilidade incidirá tão somente naquele que prometeu a conduta (omissiva ou comissiva).
Destaca-se todavia que, não obstante as lições dispostas, vindo o terceiro a obrigar-se após a promessa, não mais haverá responsabilização do contratante originário sobrevindo falta à prestação.
Em suma, tem-se que:
- Prometendo o fato sem que o terceiro se comprometa: responsabilização do promitente em eventual falta;
- Prometendo o fato e havendo a anuência em executar a prestaçãopor parte do terceiro: responsabilização do terceiro em eventual falta.
Na linha de todo o exposto, o Código Civil positivou:
"Art. 439. Aquele que tiver prometido fato de terceiro responderá por perdas e danos, quando este o não executar.
(...)
Art. 440. Nenhuma obrigação haverá para quem se comprometer por outrem, se este, depois de se ter obrigado, faltar à prestação."
10 - ALTERNATIVA INCORRETA.
 
O erro da questão consiste na afirmação de que o contrato será considerado inválido, pois, de acordo com o art. 471, do Código Civil, isso não ocorrerá.
 
No caso de o nomeado ser incapaz ou insolvente, o contrato produzirá seus efeitos entre os contratantes originários, conforme transcrição abaixo:
Art. 471. Se a pessoa a nomear era incapaz ou insolvente no momento da nomeação, o contrato produzirá seus efeitos entre os contratantes originários.
11 - Gabarito: Letra B. 
 
Sobre o contrato com pessoa a declarar, marque a alternativa correta:
a)  A indicação da pessoa que irá adquirir os direitos e assumir obrigações deve ser comunicada à outra parte no momento da conclusão do contrato. INCORRETA. 
 
A assertiva contraria o disposto no artigo 468 do CC, segundo o qual a indicação da pessoa que deve adquirir os direitos e assumir as obrigações dele decorrentes, na forma do artigo 467, deve ser comunicada à outra parte no prazo de cinco dias da conclusão do contrato, se outro prazo não tiver sido estipulado.
 
Veja os dispositivos: 
 
Art. 467. No momento da conclusão do contrato, pode uma das partes reservar-se a faculdade de indicar a pessoa que deve adquirir os direitos e assumir as obrigações dele decorrentes.
 
Art. 468. Essa indicação deve ser comunicada à outra parte no prazo de cinco dias da conclusão do contrato, se outro não tiver sido estipulado.
Parágrafo único. A aceitação da pessoa nomeada não será eficaz se não se revestir da mesma forma que as partes usaram para o contrato.
b)  Se a pessoa a nomear era incapaz ou insolvente no momento da nomeação, o contrato produzirá seus efeitos entre os contratantes originários. CORRETA. 
 
É o que dispõe o artigo 471 do CC: 
 
Art. 471. Se a pessoa a nomear era incapaz ou insolvente no momento da nomeação, o contrato produzirá seus efeitos entre os contratantes originários.
c)  A aceitação da pessoa nomeada não necessita revestir-se da mesma forma que as partes usaram para o contrato. INCORRETA. 
 
Para a eficácia da aceitação da pessoa nomeada, esta deve se revestir da mesma forma que as partes usaram para o contrato, nos termos do parágrafo único do artigo 468 do CC: 
 
Art. 468. Essa indicação deve ser comunicada à outra parte no prazo de cinco dias da conclusão do contrato, se outro não tiver sido estipulado.
Parágrafo único. A aceitação da pessoa nomeada não será eficaz se não se revestir da mesma forma que as partes usaram para o contrato.
d)  A pessoa nomeada adquire os direitos e assume as obrigações decorrentes do contrato a partir da aceitação. INCORRETA. 
 
A pessoa nomeada adquire os direitos e assume as obrigações decorrentes do contrato a partir do momento da celebração, conforme artigo 469 do CC: 
 
Art. 469. A pessoa, nomeada de conformidade com os artigos antecedentes, adquire os direitos e assume as obrigações decorrentes do contrato, a partir do momento em que este foi celebrado.
12 - A questão trata do tema “contrato com pessoa a declarar” o qual está regulamentado do art. 467 ao art. 471, CC, conforme abaixo se transcreve:
 
Art. 467. No momento da conclusão do contrato, pode uma das partes reservar-se a faculdade de indicar a pessoa que deve adquirir os direitos e assumir as obrigações dele decorrentes.
Art. 468. Essa indicação deve ser comunicada à outra parte no prazo de cinco dias da conclusão do contrato, se outro não tiver sido estipulado.
Parágrafo único. A aceitação da pessoa nomeada não será eficaz se não se revestir da mesma forma que as partes usaram para o contrato.
Art. 469. A pessoa, nomeada de conformidade com os artigos antecedentes, adquire os direitos e assume as obrigações decorrentes do contrato, a partir do momento em que este foi celebrado.
Art. 470. O contrato será eficaz somente entre os contratantes originários:
I - se não houver indicação de pessoa, ou se o nomeado se recusar a aceitá-la;
II - se a pessoa nomeada era insolvente, e a outra pessoa o desconhecia no momento da indicação.
Art. 471. Se a pessoa a nomear era incapaz ou insolvente no momento da nomeação, o contrato produzirá seus efeitos entre os contratantes originários.
Observe que, nos termos do Art. 471, CC acima transcrito, se a pessoa a nomear era incapaz ou insolvente no momento da nomeação, o contrato produzirá seus efeitos entre os contratantes originários.
Desse modo, está correta a alternativa E.
13 - A correta é a letra C.
Contrato com pessoa a declarar: por meio desta espécie de contrato, os agentes ajustam direitos e obrigações e reservam a faculdade de indicar uma pessoa para receber e se responsabilzar por tais direitos e obrigações. Segundo o art. 467 do CC "no momento da conclusão do contrato, pode uma das partes reservar-se a faculdade de indicar a pessoa que deve adquirir os direitos e assumir as obrigações dele decorrentes".
Na prática, funciona esta modalidade de contrato como uma garantia de normalidade contratual, evitando-se, por exemplo, a elevação de preços caso se conheça, de antemão, uma prestigiada situação financeira da parte interessada.
I) A indicação da pessoa que deve adquirir os direitos e assumir as obrigações deve ser comunicada à outra parte no prazo de 05 DIAS da conclusão do contrato (e não 30 dias, como constou da alternativa), salvo se outro prazo não tiver sido estipulado (468, CC). Alternativa incorreta.
II) A pessoa nomeada adquire os direitos e assume as obrigações decorrentes do contrato a partir do momento em que o contrato foi celebrado, e não a partir do momento do seu ingresso na relação. É como se a pessoa nomeada estivesse participando da relação contratual desde a sua celebração (469, CC). Alternativa correta.
III) Se a pessoa a nomear era incapaz ou insolvente no momento da nomeação, o contrato produzirá efeitos entre os contratantes originários, desconsiderando a pessoa que poderia ingressar no contrato (471, CC). Alternativa correta.

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