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Patologia Aula 2. Asma e Bronquiectasia ASMA Conceito Distúrbio inflamatório crônico das vias aéreas que causa episódios recorrentes de sibilos, falta de ar, opressão torácica e tosse Tais sintomas estão associados a uma broncoconstricção difusa e limitação do fluxo aéreo que é reversível espontaneamente ou com tratamento Aumento da reatividade das vias aéreas a uma variedade de estímulos levando a broncoconstricção, inflamação das paredes brônquicas e aumento da secreção de muco Principais estímulos: ácaros, poeira, pólen, frio, exercício físico, ar condicionado, etc. Patogenia Predisposição genética a hipersensibilidade tipo 1 Exposição a gatilhos ambientais A hipersensibilidade do tipo 1 é um distúrbio decorrente da entrada em funcionamento de mastócitos, que é mediado por IGE e subsequente acúmulo de células inflamatórias em locais de deposição de antígenos. Esses eventos são regulados principalmente pela indução de TH2 que estimulam com a IL-4 a produção de IGE ativando mastócitos, com a IL-5 atraindo eosinófilos e ainda levando ao aumento da produção de muco. O quadro clínico resulta da liberação de mediadores de mastócitos e de inflamação rica em eosinófilos No primeiro contato com o antígeno, ocorre a produção de IGE e sensibilização do macrófago A fase tardia ocorre principalmente por conta do alto número de eosinófilos Liberação de o Grânulos dos mastócitos: leucotrienos, histaminas, prostaglandinas (broncoconstricção, aumento da permeabilidade vascular e aumento da secreção de muco) o Acetilcolina: constricção do músculo liso o Citocinas inflamatórias: IL-4, IL-5 Resposta Imediata (15 min até 4h) o Mediadores dos mastócitos o Broncoconstricção o Sensível a broncodilatador Respota Tardia (6h) o Não responde a broncodilatador o Fase celular e inflamatória o Uso de corticoide inalatório Morfologia Pulmões em hiperventilação Tampões mucosos espessos e pegajosos Eosinofilia Remodelagem de vias aéreas: espessamento da parede, fibrose e espessamento da membrana basal, aumento das glândulas mucosas e cél. caliciformes e hipertrofia e hiperplasia do músculo liso Quadro Clínico Dispneia súbita Sibilos Aperto no tórax Tosse com escarro espesso Taquipneia Classificação que norteia o tratamento: asma leve intermitente, leve persistente, moderada e grave Aumento da IGE sérica e eosinofilia no hemograma Hiperinsuflação no raio-x de tórax Espirometria alterada – obstrução brônquica ECG – taquicardia e pode haver sinais de cor pulmonale Patogenia eTratamento Exposição ao alérgeno e fatores causadores → estímulo de IGE → Degranulação de mastócitos → liberação de histamina, leucotrienos e prostaglandinas → secreção de muco, inflamação e broncoespasmo → sibilo e estreitamento das vias aéreas → 1. Evitar alérgenos, injeção contra alergias, uso de corticoides 2. Estabilizadores de mastócitos 3. Antagonistas de receptores de leucotrienos e anti histamínicos 4. Broncodilatadores A asma, em muitos casos, é uma emergência médica BRONQUIECTASIA Conceito Dilatação anormal e permanente dos brônquios e seus ramos Sequela de processos inflamatórios graves Devido ao controle atual das infecções é cada vez menos frequente Tosse, febre, expectoração purulenta e odor fétido Condições hereditárias e congênitas – fibrose cística Condições pós infecciosas Obstruções brônquicas Patogenia Obstrução e infecção que geram inflamação, necrose, fibrose e dilatação Mecanismo bem exemplificado na fibrose cística Fibrose Cística o Doença autossômica recessiva o Alteração genética dos canais de cloro, onde as secreções das vias aéreas saem pouco Cl- atraindo menos Na+ que acaba por diminuir a atração de água gerando espessidade do muco o Obstrução de vias aéreas e maior facilidade de infecções o Outros achados: secreção intestinal por íleo meconial, deficiência enzimática do pâncreas exócrino, perda de sal pelo suor
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