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Estamos nas redes Sociais www.faspec.edu.br @Faspec.oficial Uniorka Faspec/ Uniorka (041) 4007-2070 Seja bem-vindo, ao nosso Material Didático! Aqui vai, uma dica de como estudar em nossa instituição! O AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem) segue o que chamamos de trilha de conhecimento, ou seja, ao iniciar os estudos nas disciplinas, você deverá acessar todos os itens (fórum de debate, apostila, vídeo aulas, vídeo complementares, biblioteca virtual etc.), seguindo a sequência disponível. Na medida que realiza o estudo de um liberará o acesso de outro. Você só conseguirá acessar as avaliações se acessar os itens que antecedem elas primeiro. Ao acessar a sala da disciplina de sua escolha você precisa apenas seguir os critérios que constam em verde abaixo de cada sala virtual. Basta dar início a disciplina acessando o fórum de debate, depois apostila, daí segue para as vídeo aulas, então acessará sua biblioteca virtual e por fim os seus vídeos complementares. É bem dedutivo, basta verificar o que é exigido! Quando finalizar os seus vídeos complementares, você conseguirá acessar os seus questionários, então basta respondê-los na ordem no numeral das avaliações (N1, N2,N3 e assim sucessivamente!). Tem que seguir a ordem do quadradinho. Ao final da trilha estão as avaliações para você fazer! Bons Estudos! Guia do Estudante Instituição de Ensino Charles Babbage 2 Sumário Módulo I – Noções em Agronegócios ........................................................................................................... 3 Disciplina: Ética e Cidadania ............................................................................................................................. 3 Disciplina: Técnica de redação e documentos ..................................................................................................... 8 Disciplina: Matemática Aplicada ..................................................................................................................... 15 Disciplina: Marketing Pessoal ......................................................................................................................... 26 Disciplina: Psicologia Organizacional ............................................................................................................. 60 Disciplina: Organização e técnicas administrativas ...................................................................................... 86 Disciplina: Ferramentas de Controle da Organização ................................................................................ 107 Módulo II – Auxiliar em agronegócio ........................................................................................................ 121 Disciplina: Segurança e Qualidade de vida no Trabalho .......................................................................... 121 Disciplina: Relações Humanas no Trabalho ............................................................................................... 127 Disciplina: Legislação Aplicada .................................................................................................................... 137 Disciplina: Gestão Ambiental ........................................................................................................................ 139 Disciplina: Gestão de Cadeia de Suprimento ............................................................................................. 143 Módulo III - Técnica em Agronegócios ..................................................................................................... 146 Disciplina: Mercado agrícola e agroindustrial ............................................................................................. 146 Disciplina: Logística de Armazenagem ....................................................................................................... 158 Disciplina: Agronegócio, comercio exterior e trading ................................................................................ 160 Disciplina: Comercialização de Produtos .................................................................................................... 167 Disciplina: Associativismo, cooperativismo e extensão Rural ................................................................. 174 Referência ........................................................................................................................................................... 180 Instituição de Ensino Charles Babbage 3 Módulo I – Noções em Agronegócios Disciplina: Ética e Cidadania Introdução Há uma confusão na compreensão dos termos ética e moral, inclusive levando a crer que ambos têm o mesmo significado. Deixo claro que isto não está correto. Vamos compreender o conceito de ética para depois diferenciá-lo de moral. Quando falamos sobre ética, parece que as coisas estão indo mal. Parece que há uma crise e logo nos reportamos a escândalos envolvendo a administração pública. "Ora, cada um de nós tem sua própria ética baseada nas regras impostas pelo grupo do qual fazemos parte cujas ações se fundamentam na cultura transmitida de geração a geração e que nos diz o que é certo ou errado". “A ética, como ciência do ethos, é um saber elaborado segundo regras ou segundo uma lógica peculiar” segundo o ensinamento de Patrus-Penas e Castro. É a ética, conforme Srour (2011, p.21), que esclarece o motivo que leva os agentes sociais a tomarem esta ou aquela decisão, orientados por este ou aquele valor, condicionados por estes ou aqueles interesses. Portanto, ser ético, significa ser um agente social cujas decisões são fundamentadas na moral do grupo ao qual pertence e são tomadas com base em valores e interesses que busquem o bem comum. Introdução à Moral Colombo et. al (2011 p. 25) indica que, para Vásquez (2005) o comportamento moral é legislado pela ética. Os autores reforçam ainda que “a ética vai definir o que é bom e investigar princípios da moralidade de uma sociedade. Ela fundamenta e justifica certos comportamentos, mas não cria a moral”. A moral de um povo é o conjunto de normas vigentes consideradas como critérios que orientam o modo de agir dos indivíduos daquela sociedade. “Quando se qualifica um comportamento como bom ou mau, tem-se um critério que é definido no espaço da moralidade” e isso interessa à ética no sentido de procurar o fundamento dos valores que oferecem sustentação para este comportamento bom ou mau. Observe que a Figura 1.2 resume e diferencia a ética como disciplina teórica e a ética individual, a moral e a conduta. A origem da palavra “ética”, está no “caráter distintivo, os costumes, hábitos e valores de determinada coletividade ou pessoa”. Daí surge a confusão entre ética e moral, pois a palavra “costume” foi traduzida em latim por mos ou mores no plural, derivando a palavra moral, no português. Vamos nos reportar a Srour (2011, p. 21) para a definição de ética como sendo “o estudo dos fatos sociais, ou seja, relações entre agentes historicamente definidos. A Ética é o conhecimento científico dos fatos morais”. Instituição de Ensino Charles Babbage 4 As escolhas que estes agentes fazem considerando suas avaliações sobre o bem e o mal; o mal e o bem (quando se admite que há um mal necessário para que um bem maior seja atingido); o bem e o bem (quando só é possível beneficiar uma das partes como exemplificado na Figura 1.3); e o mal e o mal (quando se admite que “entre os males, o menor”) é o que diferencia fatos morais (estudados pela ética) de fatos sociais (do cotidiano). Valores e virtudes Valores são princípios dos quais não se abre mão.Eles estão na base de nossa conduta individual assim como são os fundamentos da tomada de decisão das organizações. Você conhece os valores declarados pela empresa onde você trabalha? Observe que na Figura 2.1, os valores estão na base do planejamento estratégico das organizações. Os níveis estratégico, tático e operacional executam suas tarefas e tomam decisões com base nas crenças da organização. Sá (2010, p. 79), recorre a Aristóteles para ensinar que “aos hábitos dignos de louvor chamamos virtudes”. Vale aqui ressaltar que os virtuosos são dignos de louvor ainda que o meio em que vivam ou trabalhem não proporcione a prática da conduta virtuosa. A conduta virtuosa (respeitar todos os seres, por exemplo) é uma qualidade fundamental no campo da ética e somente é possível para pessoas com valores (respeito, por exemplo) fortes. Veremos mais adiante a importância dos códigos de ética profissionais e organizacionais, contudo, vale aqui observar que de nada adianta existirem padrões de conduta se as pessoas não se identificarem legitimamente com seus princípios. Quando os valores mudam os costumes também mudam, a legislação acompanha esta mudança e estabelece limites para o convívio harmonioso e este conjunto determina o comportamento ético das pessoas naquela sociedade. Por exemplo, na década de 50 não se imaginava que as mulheres trabalhassem fora de casa. O valor atribuído à presença da mulher no mundo do trabalho era diferente daquele que vemos atualmente, no século XXI. A mudança deste valor leva a uma mudança de costumes, pois atualmente não somente a mulher trabalha como já se vê uma mudança radical de valores em que o homem passa a se dedicar mais às atividades domésticas. Com esta mudança de valores e costumes, a legislação que prevê os direitos das mulheres passa a reger situações como a obrigatoriedade de berçário para empresas com um número mínimo de mulheres empregadas. “Não é apenas no campo da moralidade que se encontram valores. Existe valoração na medida em Instituição de Ensino Charles Babbage 5 que qualquer interferência do homem na realidade se dá para conferir um significado a esta realidade”. A conduta ética Você já observou que há situações em que se faz necessária a orientação quanto às roupas adequadas para situações especiais no cotidiano, no ambiente de trabalho e no culto religioso. Veja que, no nosso país, não há penalidades legais implícitas, mas existem punições sociais expressas pela rejeição do grupo. Já em outros países, o desrespeito às normas de conduta simples como o uso de vestimentas específicas fere os princípios religiosos e, neste caso existe a punição pela lei. Veremos este tema mais adiante quando tratarmos da ética presente na interculturalidade. Neste sentido, vale ressaltar que a conduta humana deve respeitar normas implícitas no convívio ou explícitas em manuais, códigos ou na lei, por exemplo. A palavra “etiqueta” traz este conceito, pois trata-se do respeito à ética em situações específicas do convívio, como por exemplo à mesa, durante as refeições; numa cerimônia religiosa; num evento político. O cerimonial segue uma etiqueta prevista que por sua vez contempla os princípios éticos fundamentados na moral, nos costumes e valores daquele grupo. Internet com ética Você faz parte de redes sociais como Orkut, Facebook ou LinkedIn? Se a resposta for afirmativa, você sabe quantas mudanças ocorreram nestes espaços virtuais buscando oferecer alguma privacidade aos seus participantes. Então você também sabe o quanto esta privacidade é cada vez mais difícil de se obter. Os usuários da internet consomem a informação quando quiserem e a utilizam da maneira que desejarem. Quantos processos já foram movidos por pessoas que se sentiram prejudicadas pelo uso indevido de seus nomes, comprometendo a imagem pessoal e profissional! Ainda que seja possível descobrir a fonte de observações equivocadas feitas na internet, somente com o apoio da Justiça pode-se consultar os provedores e então fazer movimentos para tentar restabelecer a imagem de quem se sentiu prejudicado. O fato é que não é possível haver um controle 100% efetivo sobre o que acontece no ambiente virtual. Dependemos da consciência ética das pessoas que nele navegam para que seu uso seja feito para o bem comum. É isso que você vê no seu dia a dia? A pirataria na internet ocorre quando se obtém cópias não autorizadas de bens para uso pessoal, da mesma maneira que estas cópias são vendidas no mercado, nas ruas ou nas casas, sem autorização legal. A moral do oportunismo se instala e a conduta antiética é justificada pela necessidade do suprimento de necessidades básicas do ser humano. Esta conduta se justifica? Indica que “racionalização antiética” está na base desta conduta orientando práticas racionais fundamentadas no que Sá, chama de “ética da mentira”. As pessoas estabelecem um conjunto articulado de justificativas para seus atos imorais e ilícitos, condenados pela sociedade. Ética profissional Instituição de Ensino Charles Babbage 6 O fator humano é o grande responsável pelo sucesso das organizações. Analisaremos a seguir algumas habilidades essenciais para qualquer profissional que venha atuar no mercado de trabalho nos dias de hoje. Além de um total comprometimento e dedicação dentro da empresa, a sua colaboração como profissional é fundamental para uma boa projeção no mercado. Você deve conhecer a empresa onde vai exercer sua profissão e saber de seus compromissos e atribuições. 1. Responsabilidade: Estar consciente de suas atividades, deveres e atribuições. Saber o que, como e quando fazer. 2. Discrição: Condicionar o comportamento, mostrando controle sobre as situações difíceis, ouvir sem replicar, deixar de dizer palavras que possam agravar mais uma situação etc. 3. Organização: Atividade permanente e necessária em todas as situações. É necessário que saiba organizar-se mentalmente e priorizar sua rotina de trabalho com favores pessoais e para outros departamentos. Ter sempre á mão o material necessário ao desenvolvimento do trabalho: agenda guia telefônico, lápis, caneta, bloco de recados etc. Solicitar sempre com antecedência a matéria que for preciso. Buscar sempre a eficiência, conhecer perfeitamente o organograma da empresa, as principais rotinas e atribuições como também, normas e procedimentos da mesma. 4. Maturidade emocional: É a capacidade de sentir e atuar sobre situações anormais sem perder o equilíbrio. A pessoa que se exalta age com agressividade e perde o controle não tem maturidade profissional. O profissional temperamental é um elemento de conflito no ambiente de trabalho. Mesmo desempenhando bem suas funções é um fator negativo, pois cria dificuldades, tensões e conflitos dentro da empresa. 5. Trabalho em equipe: Assumir atitude visando atingir os objetivos comuns de todo o grupo de trabalho. 6. Iniciativa: Procurar encontrar a melhor forma de desempenhar as atribuições, buscando sempre maior aperfeiçoamento. 7. Educação, cortesia e respeito: Dirigir-se sempre às pessoas dedicando toda a atenção, pois tal atitude poderá influenciar diretamente na imagem da empresa que você representa. 8. Facilidade e adaptação: Esforçar-se para seguir as normas e rotinas da empresa. 9. Entusiasmo: Não esperar condições favoráveis de realizar suas atividades para vencer os desafios do dia a dia com entusiasmo e motivação. ―Não é o sucesso que traz o entusiasmo e sim o entusiasmo que traz o sucesso. 10. Pontualidade e assiduidade: Chegar com alguns minutos de antecedência para organizar o local de trabalho, pois este reflete a imagem de quem atua nele. A sua vida particular deve estar também organizada de modo que não interfirana profissional. Desde as questões corriqueiras como roupas, sapatos, remédios, que serão utilizados no dia seguinte quantas emoções, dissabores etc. 11. Segurança: Procurar transmitir segurança e conquistar a confiança das pessoas, certificar-se das informações que recebeu e o modo como as transmitira. 12. Facilidade de comunicação: A comunicação contribui para um bom desempenho na execução de tarefas, para a economia de tempo, e para o relacionamento interpessoal. Instituição de Ensino Charles Babbage 7 13. Vontade e disposição: Tratar as pessoas cordialmente ao assessorá-las. Dedicar-se às atividades a que você está ligado, estando sempre pronto a reconsiderar e encontrar soluções. As empresas estão em busca do profissional que consegue passar a crença, o comprometimento, à energia e a paixão por aquilo que faz. A dedicação pelo trabalho, o respeito aos valores da empresa (que devem ser compatíveis com seus valores) e a capacidade de agregar valores nas relações interpessoais são fundamentais para que você consiga executar suas atividades profissionais com eficácia. Como já estudamos anteriormente, ética não se põe no currículo, mas, então, como pode um profissional beneficiar-se de sua ética? Em que ela poderá ajudá-lo nos dias de hoje? Como demonstrar a outras pessoas que sou ético? Questões como estas são levantadas a todo o momento por diversas pessoas, em diversos lugares e as respostas sempre convergirão para um mesmo ponto. O profissional que acredita em seu potencial e leva consigo parâmetros norteadores, demonstra através de suas atitudes boa parte dos princípios éticos em que acredita. Desta forma, a ética torna-se um diferencial competitivo e não fica apenas no campo do discurso e assim não precisa ser divulgada aos que o cercam. Ela deve ser praticada quer seja em grandes ações quer seja em pequenas ações. É a partir de sua ética que o indivíduo demonstra seus valores a ser respeitado e tem sua conduta admirada por seus A política de cotas no Brasil Quando se pensa sobre a política de cotas em nosso país, é preciso levar em conta dados que se referem aos afrodescendentes que demonstram, conforme pesquisa feita por Kroth e Marchiori Neto (2006) a relação entre a média de anos de estudos, a etnia e a renda média mensal do aluno brasileiro. O resultado desta pesquisa indica que, no Brasil, a média de anos de estudo dos brasileiros brancos é de 8,3 anos com uma renda mensal mínimo de 3,9 salários-mínimos enquanto os negros e pardos têm uma média de 6 anos de estudos com cerca de 1,9 salários-mínimos de renda. Quando se avalia em termos de localização geográfica desta população, os autores desta pesquisa identificaram que em todo o país há uma média maior para os brancos tanto de anos de estudos quanto de renda mensal medida por salários-mínimos. O relatório do PNUD (2010:32) aponta no Brasil a introdução do programa “Bolsa Família” para exemplificar o crescimento do envolvimento do setor público no esforço para reduzir as desigualdades, alocando de recursos para pessoas cuja renda é menos favorecida. Além deste, outros programas contribuem para reduzir as desigualdades, em nosso país. Dentre eles estão: Luz para todos; Alfabetização de jovens e adultos; Agricultura familiar; e o ProUni. Cidadania A cidadania é o conjunto de direitos e deveres exercidos por um indivíduo que vive em sociedade, no que se refere ao seu poder e grau de intervenção no usufruto de seus espaços e na sua posição em poder nele intervir e transformá-lo. Essa expressão vem do latim Civita, que quer dizer cidade. Instituição de Ensino Charles Babbage 8 Antigamente, cidadão era aquele que fazia parte da cidade, tendo direitos e deveres por nela habitar. Atualmente, esse conceito extrapola os limites urbanos, podendo ser compreendido no espaço rural. A expressão da cidadania frequentemente está associada ao campo do Direito, em que existe uma série de legislações voltadas para os direitos e deveres que o cidadão possui. Entre os deveres, destaca-se o voto eleitoral (que também é um direito), o zelo pelo espaço e o cumprimento das leis. Entre os direitos, destaca-se o de ir e vir, bem como o de ter acesso à saúde, moradia, alimentação e educação. O conceito de cidadania também está relacionado à nacionalidade do indivíduo, isto é, à legalidade de sua permanência em um determinado território administrado por um Estado Nacional. Fala- se, por exemplo, de cidadania brasileira, cidadania portuguesa e cidadania americana. Em casos de descumprimento aos deveres, o indivíduo poderá ter parte de sua cidadania cassada, a exemplo de presidiários que possuem o direito de votar vetado, entre outras limitações impostas pela lei penal. Disciplina: Técnica de redação e documentos Introdução São indiscutíveis que a comunicação (e a linguagem) é fatores preponderantes para o sucesso profissional. Atualmente em quase todos os processos seletivos é preciso escrever, escrever e escrever. Seja para responder às perguntas abertas, seja para fazer uma breve biografia, ou para fazer uma redação sobre um determinado assunto. Além disso, têm as entrevistas de trabalho, reuniões na empresa, reunião do condomínio, reunião de pais (escola), e-mails que enviamos aos nossos parentes e amigos contando as novidades ou pedindo opinião, o guarda de trânsito, libras e braile, placas de trânsito, e outros. A comunicação está sempre presente, através da linguagem corporal, verbal e escrita e de sinais. Veremos nesta disciplina de Técnicas de Redação e Documentos como isto ocorre dentro da organização e como poderemos desenvolver uma redação eficiente, eficaz e efetiva. Uma nota importante sobre a comunicação na organização é que ela possui características sociais, culturais e técnicas e isso requer habilidades para perceber estas nuances e adaptar o discurso, com o uso apropriado da língua. Então não basta apenas dominar as técnicas de redação e saber como elaborar um documento, é preciso conhecer os interlocutores e a própria organização e isso se faz no cotidiano das ações. Para melhor disposição do conteúdo para fins de aprendizagem a apostila está disposta em 03 capítulos (título) e seus subtítulos. Comunicação A palavra comunicação vem do latim (communicatione), e segundo Michaelis (vvv) significa: 1 Ação, efeito ou meio de comunicar. 2 Aviso, informação; participação; transmissão de uma ordem ou reclamação. 3 Mec Transmissão. 4 Relação, correspondência fácil; trato, amizade. 5 Social Processo pelo qual ideias e sentimentos se transmite de indivíduo para indivíduo, tornando possível a interação social. Para Testar os seus conhecimentos, dentro desta disciplina, realize as atividades no nosso Ava! Instituição de Ensino Charles Babbage 9 6 Mil Meios para conservar as relações entre diversos exércitos ou corpos de exército que operam conjuntamente. 7 Lugar por onde se passa de um ponto para outro. 8 Ret Figura que consiste em o orador tomar o auditório por árbitro da causa que defende, mostrando-se disposto a conformar-se com o que venha a ser decidido. 9 Figura pela qual o advogado, objetivando provar a improcedência de uma imputação, mostra que, de acordo com os argumentos do acusador, diversas pessoas e até ele próprio estariam incursos nela. C. assíncrona, Inform: transmissão de dados entre dispositivos que não é sincronizada com um relógio, mas sim efetuada quando os dados estão prontos. C. de dados seriais, Inform: V transmissão de dados seriais. C. dos santos: participação dos méritos das obras dos justos e santos; comunhão dos santos. Dar comunicação para: dar acesso a; proporcionar uma passagem para. A comunicação é de tamanha grandezaque se funde à nossa existência, à nossa própria vida. Pelo de fato não vivermos isolados, estamos nos comunicando a todo o momento, seja em forma de símbolos (placas de sinalização), de códigos (braile, Morse), de gestos (libras, guarda de trânsito, um sorriso, um aperto de mão), da fala e até mesmo do próprio silêncio, da escrita, por sons (alarme de incêndio, sirene da ambulância...). É um processo de troca entre as pessoas. É uma ação compartilhada – não se consegue se comunicar tendo apenas uma pessoa. Sempre temos aquele que emite a mensagem e aquele que recebe. Trata-se de uma prática concreta de interação – e não apenas um processo de transmissão de mensagens, mas de compreensão da mensagem e o resultado advindo desta comunicação. A comunicação é a troca de informações existente entre os indivíduos. E ocorre de um ou mais indivíduo para um indivíduo ou grupo com o intuito de motivar ou influenciar o comportamento, ou passar informações (Maximiano, 2004). Ela possibilita a vida em sociedade. Este é um modelo que reproduz o processo de comunicação que pode ser: - verbal, como uma orientação a dada sobre a forma correta de utilização de um novo tipo de máscara; - pode ser feita através de sinais (corporais, sonoros) – como os sinais utilizados pelos guardas de trânsito; ou aquele sinal sonoro emitido pelo alarme de incêndio; Emissor – o que emite a mensagem Receptor – o que recebe a mensagem. Mensagem – o conjunto de informações transmitidas. Código – a combinação de signos utilizados na transmissão de uma mensagem. A comunicação só se concretizará, se o receptor souber decodificar a mensagem. ❖ Canal de Comunicação – por onde a mensagem é transmitida: TV, rádio, jornal, revista, cordas vocais, ar... ❖ Contexto – a situação a que a mensagem se refere, também chamado de referente. Instituição de Ensino Charles Babbage 10 ❖ Ruído – qualquer perturbação na comunicação. Nem sempre a comunicação ocorre de maneira eficaz, eficiente. Existem elementos que atrapalham a comunicação e a eles é dado nome de ruído. Este é entendido como um ―conjunto de barreiras, obstáculos, acréscimos, erros e distorções que prejudicam a compreensão da mensagem‖ (Carvalho, 1995, p. 82). Vejamos: Na figura acima fica evidenciada que a subjetividade e o laconismo presente na mensagem, na maioria das vezes, o emissor tem um entendimento diferente do que foi compreendido pelo receptor. Mas afinal o que a Gerente do departamento de vendas que dizer? Será feriado na empresa? A empresa irá trabalhar normalmente? Este é o problema gerado quando não tem clareza e objetividade na mensagem emitida. Are, olhe e escute-a comunicação e a empatia são as portas principais de acesso ao mercado. Pessoas caladas e tímidas não têm vez no mundo dos negócios, pois têm dificuldade em estabelecer relacionamentos interpessoais com colegas, professores e até mesmo com o patrão. Ressalto: é preciso se comunicar, já não basta saber escrever. É preciso saber falar, expressar-se de maneiras diversas. Afinal, o importante é fazer-se entender e ter facilidade de compreender os demais nas mais variadas formas. Todos esses ingredientes fazem parte da nova receita de uma Administração de sucesso, onde todos saem vitoriosos. Características da redação um bom texto não quer dizer que ele deva ser, necessariamente, longo, com muitas explicações e pormenores desnecessários no momento. Existem algumas características que tornam o texto mais rápido, agradável, e de fácil compreensão da mensagem. Um bom texto não quer dizer que ele deva ser, necessariamente, longo, com muitas explicações e pormenores desnecessários no momento. Existem algumas características que tornam o texto mais rápido, agradável, e de fácil compreensão da mensagem. É importante que o texto contemple os requisitos descritos a seguir. Coerência É a Instituição de Ensino Charles Babbage 11 característica que deixa o texto lógico, harmônico. A coerência da conexão entre os fatos, impondo nexo a aquilo que está sendo comunicado. Clareza É a característica daquela mensagem que teve efeito, que se fez inteligível, que conseguiu eliminar possíveis elementos que pudessem atrapalhar o entendimento da mensagem pelo receptor. Com a clareza a percepção da mensagem é mais rápida, em temos de pensamento. Então podemos afirmar que a clareza é uma necessidade do emissor para a correta compreensão da mensagem que se quer passar. Concisão Confere ao texto a característica da brevidade com a exatidão. Ser breve e preciso naquilo que se pretende comunicar, evitando colocar palavras desnecessárias, inúteis. Isso evita o uso de repertório que nada acrescenta à mensagem deixando-a apenas extensa, sem nada a acrescentar. Unidade Característica que confere ao texto um todo, com um único objetivo. As partes interligadas conduzem ao mesmo fim, ou seja, ao objetivo da mensagem, ainda que a mensagem tenha assuntos diferentes, como é o caso dos relatórios, cartas de apresentação de produtos e outros. O exemplo de texto com está característica encontra-se como Anexo 01 no final desta disciplina. Instituição de Ensino Charles Babbage 12 O texto bem redigido certamente faz o seu leitor pensar sobre o assunto. Portanto, clareza e objetividade acerca do tema escolhido são fundamentais. As dificuldades iniciais para escrever um texto podem estar justamente na delimitação do tema. Às vezes, o tema escolhido pode ser amplo demais e uma delimitação se faz necessária a fim de evitar divagações. A delimitação da ideia central a ser desenvolvida se encontra geralmente logo na introdução. Para que se alcance a comunicação desejada na forma escrita, vale lembrar: - A comunicação escrita difere em muito em da comunicação falada; - é uma troca de informação escrita que também se caracteriza pela emissão e recepção da mensagem; - é elaborada, possui um conjunto de normas que devem ser seguidos, necessariamente, há o predomínio da linguagem culta ou lugar da coloquial, é formal; - A comunicação escrita é planejada, por isso é mais breve, elaborada para a devida compreensão; Técnicas de Redação Existe uma regra básica para composição de textos, onde podemos afirmas que um texto é composto de três partes essenciais e fundamentais: introdução, desenvolvimento e conclusão. Estas partes são concatenadas entre si, conferindo ao texto a unidade. São associadas através da linha de raciocínio lógico, capaz de conduzir o leitor (receptor na mensagem) à compreensão do texto e consequentemente ao alcance do objetivo da mensagem emitida. A lógica do raciocínio elaborado na escrita do texto forma uma trama (tecido) concisa, coerente e clara. Os elementos da redação/texto são: 1- Introdução: onde o assunto/tema é apresentado, primeiramente. Não deve ser muito longo-extensa. Ela deve ser breve, clara e objetiva. Aconselha-se que a introdução tenha um parágrafo. 2- Desenvolvimento: tem a função de desenvolver aquilo que foi posto na introdução. É o ―corpo‖ da redação. A parte mais importante, pois nela será coloca os pormenores do assunto colocado na introdução. É neste momento que o assunto a ser passado deverá ser desenvolvido de forma inteligível. O emissor da mensagem escrita (quem faz a redação) expõe seu pensamento argumenta de uma forma lógica, com as ideias encadeadas para que o receptor acompanhe a linha de raciocínio do texto e, por conseguinte, que a mensagem atinja o seu objetivo. Recomenda-se que nesta parte do texto faz-se uso de no mínimo dois parágrafos. 3- Conclusão: é o encerramento da mensagem. Nos relatórios, neste momento são defendidos o ponto de vista e possíveis soluções. É construída a unidade do pensamentodaquilo que quer se comunicar, o fechamento do assunto abordado. Documentos Comerciais A literatura apresenta a importância dos documentos empresariais, conforme segue: Relações comerciais ocorrem de maneira formal; Expressam a realidade do momento; São registros legais; Têm caráter documental e histórico; Instituição de Ensino Charles Babbage 13 Criam, mantêm ou alteram situações/ fatos empresariais e relações mercantis. Os documentos comerciais mais conhecidos são: Ata Que documento é este? É o registro pormenorizado do que se passou em uma reunião, assembleia ou convenção. Como deve ser feita? Utiliza-se a lógica de assuntos abordos na reunião, tem a sequência da pauta. Não é elaborada como uma redação. Não pode conter rasuras nem emendas, ou correção utilizando-se corretivos ou borrachas. Quando houver erro ou esquecimento escreve-se a palavra digo seguida da forma correta correto do texto a ser escrito; Ex: ... E ficou concertado, digo, consertado às 18h (dezoito)... Os números devem ser escritos por extenso e em parênteses para que não leve a dúvidas ou possibilite falsificações – como no exemplo acima; Preferencialmente deve ser lavrado (escrita) livro exclusivo para esta finalidade, devidamente identificado e numerado. Deve ser sempre escrita por alguém que participou da reunião. A redação da ata tem uma sequência e ela deve ser escrita: a) Dia, mês, ano, hora e local da reunião; b) Relação nominal das pessoas presentes, com seus cargos; c) Mencionar à forma da convocação para a reunião (se foi carta, edital, comunicado); d) Descrever a abertura dos trabalhos pelo presidente, que geralmente, começa pela leitura da ata da reunião anterior e da pauta da reunião atual. e) Registrar o cumprimento da pauta ou ordem do dia (assuntos a serem discutidos), de forma fiel, clara e principalmente objetiva de todas as ocorrências, discussão que ocorreram e as decisões mantidas pela maioria dos participantes; f) Fechamento deve seguir conforme o modelo: Ex: Nada mais havendo a tratar, foi lavrado a presente ata que vai assinada por mim, que a redigiu e lavrou, pelo Presidente que dirigiu os trabalhos e pelos presentes na qualidade de participantes da reunião. h) As assinaturas devem ser colocadas logo após a última palavra do texto, para não deixar espaço livre, e todas as demais folhas deverão ser rubricadas por todos os participantes. Carta Circular Que documento é este: É uma comunicação escrita destinada a transmitir avisos, ordens ou instruções que sejam de interesse coletivo, onde o receptor deve ter a impressão de que a carta foi escrita para ele. Como é feito este documento? a) deve ser feito de forma breve b) preferencialmente deve tem um único objetivo. Para objetivos diversos, é melhor que se façam cartas-circulares para cada um destes. c) o texto deve seguir as normas para construção da redação para um melhor entendimento por parte do receptor. Contrato Que documento é este: É um acordo entre duas ou mais partes que deve ser analisado pelo jurídico da empresa. Nestes documentos ficam estabelecidas as relações de direitos e obrigações entre as partes. Como é feito este documento? Instituição de Ensino Charles Babbage 14 É colocado um título: Termo de Contrato. O texto se inicia com nomes e qualificações das partes, com recuo da margem esquerda, alinhada à margem direta do papel. Exemplo: Contrato de Locação de Maquinário da Lavanderia que entre si fazem, de um lado, como LOCADOR, Service Serviços de Limpeza, CNPJ 12312312/0001-XX, localizada à Rua 31 de março, sem número, bairro Centro, Cuiabá-MT, neste ato representado por Gláucia Maria Ganne, brasileira, empresária, diretora administrativa, casada, CPF 111.222.333-XX, RG 123.456 SSP/GO, e do outro, como LOCATÁRIO, Hotel Pantanal, CNPJ 321321321/0002-XX, localizado na Avenida das Palmeiras, em Várzea Grande- MT, neste ato representada por Fernando Elvecio Rondon Filho, brasileiro, advogado, diretor geral, divorciado, CPF 987.654.321-XX, RG 01010101 MEx. Em seguida vem às cláusulas contratuais obedecendo à margem da folha. Ao final constarão as assinaturas das partes e das testemunhas. Convocação Que documento é este: É um convite por escrito de pronto reconhecimento. Como este documento deve ser feito? Neste deve conter de forma breve: local, data, hora e finalidade da reunião. Além disso, deverá estar especificado que são os convidados. Isso para não comparecer ao evento pessoas cujo tema não tem relação. Ex. Não ficou especificado neste convite quem deverá comparecer ao evento, o endereço do Centro de Eventos (logradouro e cidade) a origem do convite. Segue o modelo no final desta disciplina: Anexo 02 Declaração Documento de prova escrita, depoimento e explicação. Manifestam conceito, resoluções, observações. Como ele é feito? Iniciado com relato do nome do declarante, seguido dos fins a que se destina o documento e o que está sendo declarado. Quando tratar de empresa, deve ser feito em papel timbrado, o que dispensa a necessidade de especificar o declarante. Ao final coloca-se a data e a assinatura do responsável. Ex. Segue no final desta disciplina: anexo 03 Memorando É uma comunicação ligeira, breve entre os departamentos da empresa, estando ou não no mesmo prédio ou cidade; e é também conhecida como C.I. (comunicação interna). Como é feito este documento? Como se trata de uma comunicação breve dispensa o uso das partes que contém uma redação e fica expressa a mensagem principal, sem muitos detalhes ou explicações. Nela contém a identificação imediata do emissor, local, data e a assinatura do emissor. Procuração Documento de transferência de direito. Como este documento deve ser feito? Tem incumbência legal e deve ser analisado e confeccionado pelo jurídico da empresa, ou sob a supervisão deste. Tem que conter o que deverá ser tratado de direito (o que será feito), prazo (validade da procuração), finalidade da procuração. Protocolo É um registro de entrada e saída de documentos e objetos. Deve ter detalhamento necessário – ser breve. Como este documento deve ser feito? Geralmente é utilizado livros de protocolos (evita perdas), ou formulários padrão, confeccionado para este fim. Tem conter no mínimo as seguintes informações: datas de entrada e saída (ambos, se for o caso), objeto a ser protocolado (documentos, equipamentos, uniformes,), assinatura de quem entregou e de quem retirou. Não se faz protocolos para recebimento ou entrega de dinheiro. Recibo Documento em que se Instituição de Ensino Charles Babbage 15 declara, confessa o recebimento de algo (geralmente dinheiro). Como é feito este documento? Deve conter o título: Recibo. Informações de quem está recebendo o objeto/dinheiro, os valores expressos em numeral, seguidos desta quantidade escrita Poe extenso (em parênteses), a referência da importância em dinheiro, ou do objeto recebido. Ao final colocar cidade data e a assinatura do emissor do documento seguido das testemunhas. Há vários modelos impressos disponíveis à venda em papelarias. Disciplina: Matemática Aplicada Unidades de medida ou sistemas de medida para podermos comparar um valor com outro, utilizamos uma grandeza predefinida como referência, grandeza esta chamada de unidade padrão. As unidades de medida padrão que nós brasileiros utilizamos com maior frequência são o grama, o litro e o metrô, assim como o metro quadrado e o metrô cúbico. Além destas também fazemos uso de outras unidades de medida para realizarmos, por exemplo, a medição de tempo, de temperatura ou de ângulo. Dependendo da unidade de medida que estamos utilizando, a unidade em si ou é muito grande ou muito pequena, neste caso então utilizamosos seus múltiplos ou submúltiplos. O grama geralmente é uma unidade muito pequena para o uso cotidiano, por isto em geral utilizamos o quilograma, assim como em geral utilizamos o mililitro ao invés da própria unidade litro. Veja a tabela a seguir na qual agrupamos estas principais unidades de medida, seus múltiplos submúltiplos do Sistema Métrico Decimal, segundo o Sistema Internacional de Unidades – SI. Exemplos: Para convertermos 2,5 metros em centímetros, devemos multiplicar (porque na tabela metro está à esquerda de centímetro) 2,5 por 10 duas vezes, pois para passarmos de metros para centímetros saltamos dois níveis à direita. Primeiro passamos de metros para decímetros e depois de decímetros para centímetros: Isto equivale a passar a vírgula duas casas para a direita. Portanto: 2,5 m é igual a 250 cm. Equivalência entre medidas de volume e medidas de capacidade um cubo com aresta de 10 cm terá um volume de 1.000 cm3, medida está equivalente a 1 l. Como 1.000 cm3 equivalem a 1 dm3 , temos que 1 dm3 equivale a 1 l. Como um litro equivale a 1.000 ml, podemos afirmar que 1 cm3 equivale a 1 ml. 1.000 dm3 equivalem a 1 m3 , portanto 1 m3 é equivalente a 1.000 l, que equivalem a 1 kl. Grandezas Fisicamente falando, grandeza tem um conceito mais amplo, mas matematicamente que é o que nosso foco, podemos defini-la como tudo aquilo que pode ser medido. O Para melhor aprendizagem, acesse nosso Ambiente Virtual de Aprendizagem. Bons estudos! Instituição de Ensino Charles Babbage 16 número de pessoas em um elevador, o seu peso e a sua altura são exemplos de grandezas. Grandezas Diretamente Proporcionais Botando-se embaixo de uma torneira completamente aberta, um balde para encher, quanto mais tempo a torneira permanecer aberta, quanto mais água o balde irá conter, pelo menos até que esteja cheio. As grandezas tempo de vazão da água e volume de água no balde são grandezas diretamente proporcionais, pois quanto maior o tempo de vazão da água, maior o volume de água no balde. Duas grandezas são diretamente proporcionais quando ao aumentarmos o valor de uma delas um certo número de vezes, o respectivo valor da outra grandeza igualmente aumenta o mesmo número de vezes. Quando diminuímos o valor de uma delas, proporcionalmente o respectivo valor da outra também diminui. Vamos analisar a tabela abaixo que representa os primeiros dez segundos do balde sob a torneira. Conceitualmente a razão de dois valores quaisquer da primeira coluna é igual a razão dos respectivos valores da segunda coluna, assim temos: Cada uma das igualdades acima são exemplos de uma proporção. Estas proporções são formadas pela igualdade de duas razões. A primeira é a razão de dois valores da primeira grandeza e a segunda é a razão dos respectivos valores da segunda grandeza. Exemplo: Se o balde da situação acima tiver uma capacidade de 7,98 litros, estando o mesmo vazio, quanto segundo serões necessários para enchê-lo completamente? Podemos escolher qualquer uma das linhas da tabela acima, para juntamente com o 7,98 corresponde à capacidade do balde, montarmos uma proporção. Vamos chamar de t os tempos que estamos procurando e por comodidade nos cálculos, vão escolher a primeira linha da tabela para montarmos a proporção abaixo: Observe que esta proporção segue os mesmos padrões das quatro proporções citadas mais acima. A primeira razão é formada por dois valores da primeira coluna e a segunda razão, pelos dois respectivos valores da segunda coluna, só que neste caso a linha do consequente (denominador) não têm os seus dados visíveis na tabela, pois paramos a tabela na décima linha. Vamos encontrar o valor de t recorrendo à propriedade da quarta proporcional que estudamos no tópico proporção: Serão necessários 57 segundos para se encher o balde completamente. Grandezas Inversamente Proporcionais Instituição de Ensino Charles Babbage 17 Na situação de estudo que tivemos acima, vimos que o referido balde leva 57 segundos para ser completamente cheio, quando ele está totalmente vazio e a torneira completamente aberta, mas o que aconteceria se tivéssemos diversas torneiras com vazão idêntica? Vejamos mais esta outra tabela: Você deve ter percebido o óbvio. Quanto mais torneiras se têm, mais rapidamente se enche o balde. Duas grandezas são inversamente proporcionais quando ao aumentarmos o valor de uma delas certo número de vezes, o respectivo valor da outra grandeza diminui o mesmo número de vezes. Quando diminuímos o valor de uma delas, proporcionalmente o respectivo valor da outra aumenta. Vejamos as seguintes proporções obtidas a partir da tabela acima: Cada uma destas proporções é formada pela igualdade da razão de dois valores da primeira grandeza com o inverso da razão dos respectivos valores da segunda grandeza. Repare que os termos da segunda razão estão invertidos em relação aos termos da primeira. Exemplo: Estando o balde vazio, em quantos segundos conseguiremos enchê-lo completamente utilizando-nos de 6 torneiras? Como no exemplo anterior, podemos escolher qualquer uma das linhas da tabela acima e para variar vamos escolher a terceira linha juntamente com o 6, das seis torneiras, para montarmos a proporção. Novamente iremos chamar de t o tempo que estamos procurando. A proporção será então: Note que temos t /19 no segundo membro, que é o inverso da razão 19/t. Novamente recorrendo à propriedade da quarta proporcional vamos encontrar o valor de t: Serão necessários 9,5 segundos para se enchê-lo completamente. Razão e Proporção - Porcentagem - Regra de três. Razão é uma forma de se realizar a comparação de duas grandezas, no entanto, para isto é necessário que as duas estejam na mesma unidade de medida. A razão entre dois números a e b é obtida dividindo-se a por b. Obviamente b deve ser diferente de zero. 32: 16 é um exemplo de razão cujo valor é 2, isto é, a razão de 32 para 16 é igual a 2. Você só poderá obter a razão entre o comprimento de duas avenidas, se as duas medidas estiverem, por exemplo, em quilômetros, mas não poderá obtê-la caso uma das medidas esteja em metros e a outra em quilômetros ou qualquer outra unidade de medida que não seja o metro. Neste caso seria necessário que fosse eleita uma unidade de medida e se convertesse para ela, a grandeza que estivesse em desacordo. Na razão, o número a é chamado de antecedente e o b tem o nome de consequente. Porcentagem ou razão centesimal são as razões cujo termo consequente é igual a 100. Representamos a porcentagem através Instituição de Ensino Charles Babbage 18 do símbolo "%". 10% é o mesmo que 0,10 (10 centésimos). Proporção nada mais é que a igualdade entre razões. Digamos que em determinada escola, na sala A temos três meninos para cada quatro meninas, ou seja, temos a razão de 3 para 4, cuja divisão de 3 por 4 é igual 0,75. Suponhamos que na sala B, tenhamos seis meninos para cada oito meninas, então a razão é 6 para 8, que também é igual 0,75. Neste caso a igualdade entre estas duas razões vêm a ser o que chamamos de proporção, já que ambas as razões são iguais a 0,75. Regra de três é um método de resolução de problemas que envolvem grandezas proporcionais. "Um automóvel viajando a 80 km faz determinado percurso em 2 horas. Se a viagem fosse realizada à velocidade de 120 km, qual seria o tempo gasto?". Este é um exemplo de problema que pode ser resolvido via regra de três, no caso uma regra de três simples inversas. A solução dos problemas de regra de três tem como base a utilização da "propriedade fundamental das proporções" e a "quarta proporcional". Escalas Quando se constrói uma escala, deve- se considerar o tamanho real do que você quer representare também o tamanho da figura que o representará. Estes tamanhos devem estar na mesma unidade de medida. Por exemplo, uma casa que possui um comprimento de 20 metros deve ser representada em um desenho de no máximo 20 cm. Vemos que as unidades de medida não são as mesmas, portanto, vamos transformar o metro em cm, pois é nesta unidade que representaremos o desenho, 20 metros = 2000 centímetros. A escala é simplesmente a razão entre o tamanho do desenho e o tamanho real, assim, para o nosso exemplo: Ela significa que cada centímetro no desenho representa 100 centímetros no real. Alinhamento de três pontos O alinhamento de três pontos pode ser determinado aplicando o cálculo do determinante de uma matriz de ordem 3x3. Ao calcular o determinante da matriz construída utilizando as coordenadas dos pontos em questão e encontrando valor igual à zero, podemos afirmar que existe colinearidade dos três pontos. Observe os pontos no plano cartesiano a seguir: Três pontos não alinhados em um plano cartesiano formam um triângulo de vértices A(xA, yA), B(xB, yB) e C(xC, yC). A sua área poderá ser calculada da seguinte forma: A = 1/2. |D|, ou seja, |D| / 2. Instituição de Ensino Charles Babbage 19 Para que exista a área do triângulo esse determinante deverá ser diferente de zero. Caso seja igual a zero os três pontos, que eram os vértices do triângulo, só poderão estar alinhados. Portanto, podemos concluir que três pontos distintos A(xA, yA), B(xB, yB) e C(xC, yC). Estarão alinhados se o determinante correspondente a eles for igual a zero. Exemplo: Verifique se os pontos A(0,5), B(1,3) e C(2,1) são ou não colineares (são alinhados). O triângulo retângulo e sua trigonometria O triângulo é a figura mais simples e uma das mais importantes da Geometria, ele é objeto de estudos desde os povos antigos. O triângulo possui propriedades e definições de acordo com o tamanho de seus lados e medida dos ângulos internos. Quanto aos lados, o triângulo pode ser classificado da seguinte forma: Equilátero: possui os lados com medidas iguais. Isósceles: possui dois lados com medidas iguais. Escaleno: possui todos os lados com medidas diferentes. Quanto aos ângulos, os triângulos podem ser denominados: Acutângulo: possui os ângulos internos com medidas menores que 90º Obtusângulo: possui um dos ângulos com medida maior que 90º. Retângulo: possui um ângulo com medida de 90º, chamado ângulo reto. No triângulo retângulo existem algumas importantes relações, uma delas é o Teorema de Pitágoras, que diz o seguinte: “A soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa”. Essa relação é muito importante na geometria, atende inúmeras situações envolvendo medidas. As relações trigonométricas existentes no triângulo retângulo admitem três casos: seno, cosseno e tangente. senoB = b/a cossenoB = c/a tangenteB = b/c Instituição de Ensino Charles Babbage 20 senoC = c/a cossenoC = b/a tangenteC = c/b Os problemas envolvendo trigonometria são resolvidos através da comparação com triângulos retângulos. Mas no cotidiano geralmente não encontramos tamanha facilidade, algumas situações envolvem triângulos acutângulos ou triângulos obtusângulos. Nesses casos. Necessitamos do auxílio da lei dos senos ou dos cossenos. Lei dos senos A lei dos senos estabelece relações entre as medidas dos lados com os senos dos ângulos opostos aos lados. Observe: Exemplo 3 Lei dos cossenos Nos casos em que não podemos aplicar a lei dos senos, temos o recurso da lei dos cossenos. Ela nos permite trabalhar com a medida de dois segmentos e a medida de um ângulo. Dessa forma, se dado um triângulo ABC de lados medindo a, b e c, temos: a² = b² + c² - 2 * b * c * cos A b² = a² + c² - 2 * a * c * cos B c² = a² + b² - 2 * a * b * cos C Exemplo 2 Determine o valor do lado oposto ao ângulo de 60º. Observe figura a seguir: Em um triângulo, os lados de medidas 6√3 cm e 8 cm formam um ângulo de 30º. Determine a medida do terceiro lado. De acordo com a situação, o lado a ser determinado é oposto ao ângulo de 30º. Dessa forma, aplicamos a fórmula da lei dos cossenos da seguinte maneira: Instituição de Ensino Charles Babbage 21 x² = (6√3)² + 8² - 2 * 6√3 * 8 * cos 30º x² = 36 * 3 + 64 – 2 * 6√3 * 8 * √3/2 x² = 108 + 64 – 96 * √3 * √3/2 x² = 172 – 48 * 3 x² = 172 – 144 x² = 28 x = 2√7 cm A partir do estudo de ângulos e medidas, podemos avançar e entendermos os conceitos de cálculo de área. Imagine a seguinte situação: Aproveitando uma promoção de uma loja de materiais para construção, uma família resolve trocar o piso da sala de sua residência. Sabem que a sala mede 4 metros de largura e possui um comprimento de 5,5 metros. Sabem também que o ladrilho desejado é quadrado, com 25 cm de lado. Quantos ladrilhos serão necessários para ladrilhar o piso da sala inteira? Problemas como este serão constantes na área e trabalho, então precisamos avaliar alguns conceitos: Cálculo da Área do Triângulo. Denominamos de triângulo a um polígono de três lados. Observe a figura acima. A letra h representa a medida da altura do triângulo, assim como letra b representa a medida da sua base. A área do triângulo será metade do produto do valor da medida da base, pelo valor da medida da altura, tal como na fórmula abaixo: x² = (6√3)² + 8² - 2 * 6√3 * 8 * cos 30º Exemplos: A medida da base de um triângulo é de 7 cm, visto que a medida da sua altura é de 3,5 cm, qual é a área deste triângulo? Do enunciado temos: Cálculo da Área do Paralelogramo Instituição de Ensino Charles Babbage 22 Um quadrilátero cujos lados opostos são iguais e paralelos é denominado paralelogramo. Com h representando a medida da sua altura e com b representando a medida da sua base, a área do paralelogramo pode ser obtida multiplicando-se b por h, tal como na fórmula abaixo: Se você dispuser do valor das medidas h e b, você poderá utilizar a fórmula do paralelogramo para obter a área do losango. Outra característica do losango é que as suas diagonais são perpendiculares. Observe na figura acima, que a partir das diagonais podemos dividir o losango em quatro triângulos iguais. Consideremos a base b como a metade da diagonal d1 e a altura h como a metade da diagonal d2, para calcularmos a área de um destes quatro triângulos. Bastará então que a multipliquemos por 4, para obtermos a área do losango. Vejamos: Cálculo da Área do Quadrado Todo quadrado é também um losango, mas nem todo losango vem a ser um quadrado, do mesmo modo que todo quadrado é um retângulo, mas nem todo retângulo é um quadrado. O quadrado é um losango, que além de Instituição de Ensino Charles Babbage 23 possuir quatro lados iguais, com diagonais perpendiculares, ainda possui todos os seus ângulos internos iguais a 90°. Observe ainda que além de perpendiculares, as diagonais também são iguais. Por ser o quadrado um losango e por ser o losango um paralelogramo, podemos utilizar para o cálculo da área do quadrado, as mesmas fórmulas utilizadas para o cálculo da área tanto do losango, quanto do paralelogramo. Como ambas as diagonais são idênticas, podemos substituí-las por d, simplificando a fórmula para: Exemplos A lateral da tampa quadrada de uma caixa mede 17 cm. Qual a superfície desta tampa? Do enunciado temos que a variável l é igual a 17: Por definição o retângulo é um quadrilátero equiângulo (todo os seus ângulos internos são iguais), cujos lados opostos são iguais. Se todos os seus quatro lados forem iguais, teremos um tipo especial de retângulo, chamado de quadrado. Por ser o retângulo um paralelogramo, o cálculo da sua área é realizado da mesma forma. Se denominarmosas medidas dos lados de um retângulo como na figura ao lado, teremos a seguinte fórmula: Exemplos Um terreno mede 5 metros de largura por 25 metros de comprimento. Qual é a área deste terreno? Instituição de Ensino Charles Babbage 24 A divisão do perímetro de uma circunferência, pelo seu diâmetro resultará sempre no mesmo valor, qualquer que seja circunferência. Este valor irracional constante é representado pela letra grega minúscula pi, grafada como: Por ser um número irracional, o número pi possui infinitas casas decimais. Para cálculos corriqueiros, podemos utilizar o valor 3,14159265. Para cálculos com menos precisão, podemos utilizar 3,1416, ou até mesmo 3,14. O perímetro de uma circunferência é obtido através da fórmula: Exemplos: A lente de uma lupa tem 10 cm de diâmetro. Qual é a área da lente desta lupa? Como informado no enunciado, o diâmetro da circunferência da lupa é igual a 10 cm, o que nos leva a concluir que o seu raio é igual a 5 cm, que corresponde à metade deste valor: Podemos também encontrar o volume de todos os sólidos geométricos. O volume corresponde à “capacidade” desse sólido. Tente imaginar alguns sólidos geométricos, é possível preenchê-lo com algum material, como a água? Se existe essa possibilidade, podemos realizar o cálculo do volume para cada objeto pensado. Se por acaso é impossível preencher a figura que você imaginou, é porque, provavelmente, ela é uma figura plana bidimensional, como um quadrado, um triângulo ou um círculo. Vejamos então algumas fórmulas para o cálculo de volume de sólidos: 1. Volume de um prisma qualquer Um prisma é um poliedro que possui uma base inferior e uma base superior. Essas bases são paralelas e congruentes, isto é, possuem as mesmas formas e dimensões, e não se interceptam. Para determinarmos o volume de um prisma qualquer, nós calculamos a área de sua base para, em seguida, multiplicá-la pela sua altura. Sendo assim: 2.Volume de um cilindro Instituição de Ensino Charles Babbage 25 Assim como ocorre com os prismas, para calcular o volume do cilindro, multiplicamos a área da base pela altura. Podemos definir novamente: Volume de uma pirâmide A pirâmide assemelha-se ao cone em relação ao cálculo do volume. Para calcular o volume da pirâmide, multiplicamos a área da base por um terço da sua altura. Definimos novamente: V = (área da base) . 1/3 altura Para a pirâmide da figura acima, podemos calcular seu volume como: Resolução de sistemas de equações um sistema de equações é um conjunto finito de equações nas mesmas variáveis. Os sistemas de equações são ferramentas bastante comuns na resolução de problemas nas diversas áreas do conhecimento (Matemática, Física, Química, Engenharia etc.). De maneira geral, a resolução de um sistema é bem simples. Tal fato, muitas vezes leva o aluno a se atrapalhar para encontrar a solução deste, principalmente no que se refere à escolha do método de resolução e à solução final da questão. Antes de mais nada é necessário entender o que significa resolver um sistema de equações. Por exemplo, considere o sistema descrito a seguir. simultaneamente, ambas as equações. Na maioria das vezes, podemos resolver um sistema utilizando qualquer um dos métodos existentes. Contudo, é sempre muito bom saber fazer a escolha pelo método mais rápido e seguro. Tendo isso em mente, apresento a seguir, três métodos de resolução de sistemas. Resolução de sistemas de equações. Um sistema de equações é um conjunto finito de equações nas mesmas variáveis. Os sistemas de equações são ferramentas bastante comuns na resolução de problemas nas diversas áreas do conhecimento (Matemática, Física, Química, Engenharia etc.). De maneira geral, a resolução de um sistema é bem simples. Tal fato, muitas vezes leva o aluno a se atrapalhar para encontrar a solução deste, principalmente no que se refere à escolha do método de resolução e à solução final da questão. Antes de mais nada é necessário entender o que significa resolver um sistema de equações. Por exemplo, considere o sistema descrito a seguir. Resolver este sistema de equações é o mesmo que obter os valores de x e de y que satisfazem, simultaneamente, ambas as equações. Na maioria das vezes, podemos resolver um sistema utilizando qualquer um dos métodos existentes. Instituição de Ensino Charles Babbage 26 Contudo, é sempre muito bom saber fazer a escolha pelo método mais rápido e seguro. Tendo isso em mente, apresento a seguir, três métodos de resolução de sistemas. Passo 1: Multiplique a segunda linha por -2, para obter outra equação equivalente, na qual a incógnita x apareça com o coeficiente -2, de maneira a ser possível (na adição) cancelar os termos que contém x. Nota: Aqui você poderia ter escolhido multiplicar a primeira linha por (-1/2), mas o processo de resolução seria mais complicado. Passo 2: Some as equações e isole y na equação obtida. Passo 3: Substitua o valor de y = -1 encontrado, em qualquer uma das equações do sistema, para encontrar o valor de x. Passo 4: Escrever a solução do sistema. S = {(4,-1)} Método da Substituição Este método consiste em isolar uma incógnita numa equação e substituí-la na outra equação do sistema dado, recaindo-se numa equação com uma única incógnita. Procure sempre escolher a equação mais simples (desde que ela exista) para isolar uma das incógnitas. Exemplo: Resolva o sistema Passo 1: Isole o x na segunda equação (equação mais simples). Escolhemos essa equação e a variável x para isolar, pois nela o coeficiente de x é igual a 1. Disciplina: Marketing Pessoal Relações Interpessoais no Ambiente de Trabalho A interação em qualquer ambiente que seja nasce da aceitação, desprendimento e acolhimento, e no mundo atribulado em que vivemos às vezes não Para completar a leitura, acesse o Ava, para assistir as vídeo aulas gravadas! Instituição de Ensino Charles Babbage 27 nos damos conta disto. Relacionar-se é dar e receber ao mesmo tempo, é abrir-se para o novo. Passamos mais tempo em nosso ambiente de trabalho do que em nosso lar, e ainda assim não nos damos conta de como é importante estar em um ambiente saudável, e o quanto isto depende de cada um. Durante algumas horas refletiremos qual o nosso papel e importância na qualidade do ambiente em que trabalhamos. A aceitação começa pela capacidade de escutar o outro, colocar-se no lugar dele e estar preparado para aceitar ao outro e a nós mesmos. Objetivos do treinamento: • Potencializar mecanismos, ferramentas e habilidades que irão aumentar ainda mais a flexibilidade nas relações intra e interpessoais. • Melhorar o potencial de autocrítica e a habilidade de negociação. • Desenvolver critérios e habilidades para o estabelecimento de um canal mais efetivo de comunicação. Reciclar valores pessoais demonstrando sua inter-relação com a função de liderança. Temas Abordados: Tempo ❖ Qualidade do seu tempo ❖ Tempo para tudo O ambiente e as pessoas – Encaixando-as no contexto ❖ Relações hierárquicas ❖ Formalidade ❖ Respeito Qualidade de Vida ❖ Estado Interno ❖ Escolhas Ouvir além das palavras Saber conversar ❖ Clareza ❖ Honestidade ❖ Ética Delegando tarefas a si mesmo ❖ Suas tarefas essenciais ❖ Relacionando-se Falar é bom agir é melhor ❖ Ações práticas Enxergar o todo e não a parte ❖ Enxergando o conjunto das coisas ❖ Preconceitos ❖ Aceitação Verdades e Mentiras A primeira impressão é a que fica ❖ Apresentação ❖ Comunicação ❖ Linguagem corporal Enxergando-se ❖ Como os outros o enxergam Escutando-se ❖ Escutando a si mesmo Voz e corpo Ler nas entrelinhasInstituição de Ensino Charles Babbage 28 A Difícil arte de decifrar o outro ❖ Qual o seu ponto de vista Dar e receber feedback ❖ Positivo e Negativo Eu sei, eu não sei você sabe você não sabe. Decifrando ❖ Decifrar o outro ❖ Crenças e valores A arte da comunicação interpessoal Saber ouvir é cultivar a difícil arte da empatia que é a habilidade de se colocar no lugar do outro Além das palavras, existe um mundo infinito de nuances e prismas diferentes que geram energias ou estímulos que são percebidos e recebidos pelo outro, através dos quais a comunicação se processa. Um olhar, um tom de voz um pouco diferente, um franzir de cenho, um se levantar de sobrancelhas, podem comunicar muito mais do que está contido em uma mensagem manifestada através das palavras. Os problemas são simples uma dessas constatações de pessoas que se dizem com grandes problemas de comunicação é que, de fato, os problemas são relativamente simples e de fácil solução. O que ocorre é que esse problema, por menor que seja, compromete todo o sistema de comunicação. Por exemplo, uma pessoa pode ter boa cultura, ser extrovertida e desinibida, saber usar bem as mãos, possuir um rico vocabulário e dominar uma boa fluência verbal. Pode possuir tudo isso, mas se falar de forma linear, com voz monótona irá provocar desinteresse e sonolência aos ouvintes e, consequentemente, a comunicação ficou limitada. O somatório desses pequenos problemas impede que uma pessoa se comunique com fluidez e naturalidade. É o mesmo princípio de que: "A união faz a força", ou seja, o conjunto dessas dificuldades neutraliza o efeito que a comunicação poderia provocar, impedindo-a de mostrar o seu potencial e a sua competência, gerando frustrações na vida pessoal e profissional. Timidez Há pessoas que possuem muito conhecimento e muito talento, mas na hora de falar em público, em uma reunião ou quando convidadas para proferir uma palestra, ficam totalmente apavoradas e preferem fugir a enfrentar. Se observarmos bem, uma pessoa não é valorizada por aquilo que sabe ou conhece, mas por aquilo que faz com aquilo que sabe. Por isso, a timidez tem impedido muitas pessoas de conseguirem galgar melhores possibilidades de sucesso na vida. Basicamente, os problemas de timidez manifestamse por medos, tais como de não ser bem-sucedido, de errar, de ter o famoso "branco". Outra evidência é a baixa autoestima, ou a sensação de incapacidade para se expressar diante de situações desafiadoras. Além disso, há o excesso de manifestações no próprio corpo, tais como tremedeira, gagueira, sudorese, taquicardia, chegando, em alguns casos até desmaios. Saber ouvir Saber ouvir é muito mais do que escutar e darmos a nossa interpretação conforme desejarmos ou baseada nas nossas próprias limitações. Saber ouvir é cultivar a difícil arte da empatia que é a habilidade de se colocar no lugar do outro e prestar muita atenção no significado das palavras, na maneira em que a pessoa está transmitindo, no seu estado emocional, seus limites e conhecimentos; é olhar para os seus olhos, é perguntar se houver dúvidas, é evitar interpretar ou "alucinar" a partir do que foi dito. O mesmo princípio da empatia se processa para quem deseja se comunicar. Para conseguir um ótimo resultado, basta colocar-se no lugar do outro e gerar estímulos adequados conforme o jeito do outro funcionar, de processar informações, de entender Instituição de Ensino Charles Babbage 29 conforme o seu nível cultural ou limitações de vocabulário, conceitos e experiências pessoais. A pergunta ideal para termos a evidência se, de fato, o outro entendeu o que dissemos é "O que você entendeu do que eu disse?". O mundo seria, certamente, bem melhor e as pessoas conseguiriam relacionar-se melhor se pudessem fazer e responder a essa pergunta. Voz Outra grande dificuldade para muitos (e o problema é que desses, poucos sabem) é sobre a utilização adequada da voz. Há pessoas que falam muito devagar, outras ainda que tenha dicção ruim ou falam de forma linear ou ainda com volume muito baixo. A questão é simples: como posso esperar, de fato, que alguém me compreenda ou preste atenção no que digo se nem sequer consigo entender o que estou dizendo? Corpo Curiosamente, a expressão corporal assume até mais importância do que a voz e, em alguns casos, do que o próprio conteúdo. Medo de olhar nos olhos, expressão facial incongruente com o conteúdo, aparência mal-cuidada, ausência de gestos ou excessiva gesticulação, bem como posturas inadequadas são suficientes para tirarem o brilho de um processo de comunicação. Vícios Quantas vezes ouvimos, ou melhor, tentamos ouvir pessoas, acompanhar seu raciocínio, mas fica difícil pois ouvimos alguns ruídos, tais como "aaaa...", "éééé....", "tá", "né", "certo", "percebe" repetidos inúmeras vezes. Deixamos de prestar atenção no conteúdo e ficamos incomodados com esses sons que dificultam a compreensão. Prolixidade Por acaso, você conhece pessoas que dão várias voltas, entram em paralelas ou transversais, fazem retornos, dão marcha ré engata novamente a primeira marcha... Já deu para perceber que estamos falando de pessoas prolixas, ou seja: ninguém aguenta por muito tempo ouvir aquelas pessoas que falam demais e desnecessariamente, principalmente sobre assuntos sem interesse. Controle Emocional Você já ficou magoado e ficou chateado um dia inteiro por um simples fato ocorrido no trânsito ou um tom de voz mais elevado em um momento de discussão ou um "bom dia" que não lhe disseram? Você já imaginou o poder que você mesmo dá, assim, de presente a uma pessoa que você nem conhece, talvez nunca mais a veja na vida, ou mesmo que seja alguém conhecido, que é a capacidade de tirar o seu bom humor, seu otimismo, ou a sua motivação? Esteja atento para essas armadilhas da comunicação e previna-se. Conheço uma frase de um filme de treinamento chamado "O Homem Milagre", que diz o seguinte: "SNIOP", ou seja: "Salve-se das Nefastas Influências de Outras Pessoas". De qualquer modo é importante que você mesmo mantenha o devido controle emocional e saiba proteger-se dessas negatividades. Foco de Mudanças Você não pode mudar as atitudes e comportamentos de outras pessoas. Assuma! Você é o responsável apenas por aquilo que está ao seu alcance e pelas mudanças que pode proporcionar a você mesmo. Conceito de Motivação Compreender a motivação humana tem sido um desafio para muitos administradores e psicólogos. Várias pesquisas têm sido elaboradas e diversas teorias têm tentado explicar o funcionamento desta Instituição de Ensino Charles Babbage 30 força que leva as pessoas a agirem em prol do alcance de objetivos. Os fatores que levam uma pessoa a caminhar em determinada direção podem- lhe ser intrínsecos ou extrínsecos. Quando são intrínsecos, há motivação; quando são extrínsecos, há apenas movimento. É fato que muitas vezes, uma pessoa sente-se levada a fazer algo para evitar uma punição ou para conquistar uma recompensa. Entretanto, em ambos os casos, a iniciativa para a realização da tarefa não partiu da própria pessoa, mas de um terceiro, que a estimulou de alguma forma para que ela se movimentasse em direção ao objetivo pretendido. A pessoa não teria caminhado em direção ao objetivo caso não houvesse a punição ou a recompensa. As pessoas podem, também, agirem levadas por um impulso interno, por uma necessidade interior. Neste caso, existe vontade própria para alcançar o objetivo, existe motivação, que pode ser transformada em movimento permanente por meio da doutrinação. Aliás, é isso que as organizações produtivas buscam. Porém, na maioria das vezes, o que se vê é a aplicação de técnicas de estímulo ao movimento imediatista. O movimento é uma situaçãopassageira. Só dura enquanto persistirem os estímulos que o geraram. Além disso, a eliminação dos estímulos normalmente provoca insatisfação e um comportamento indesejável. Conclui-se que motivação, nada mais é do que a predisposição do indivíduo ou do grupo para efetuar certas ações, buscando alcançar objetivo. Os motivos (necessidades ou desejos) são as forças que impelem o comportamento do indivíduo. Tipos de Motivação: De um modo geral, as pessoas são levadas à ação pelos seguintes fatores: Fatores externos: Um pai diz ao filho que ele precisa tirar boas notas na escola, um garoto faz algo que sua mãe mandou um funcionário ―obedece ao chefe. Pressão social: Noventa por cento das pessoas trabalha porque a sociedade espera que ela trabalhe. Muitas pessoas desejam casar porque a sociedade espera isso delas. um funcionário procura progredir na empresa porque é isso que se espera dele. Fatores internos: Ocasionalmente encontramos pessoas que agem por conta própria. São pessoas automotivadas que agem em função do que julgam bom para elas e para o bem comum. Motivação, ou melhor, automotivação, é a vivência diária do seu envolvimento em um determinado ambiente ou situação. Esperar da empresa o reconhecimento do que se faz é realmente lógico, mas vem em segundo lugar. Ter grau máximo de satisfação e orgulho do que se faz, buscar a realização do ―sempre pode se fazer mais, nunca se acomodar com o que está realizado, e acima de tudo transmitir esse sentimento, essa sensação, a toda a sua equipe, vai lhe garantir motivação incondicional. Esperar sempre de você, na busca da auto superação, em qualquer tarefa, isso sim, garante motivação constante, independente das condições externas. Não se esqueça de que tudo começa de dentro para fora, incluindo o otimismo, a alegria, a satisfação e a motivação. São pessoas que agem, não por terem sido mandadas, ar, nem por terem sido pressionadas pelas expectativas das pessoas que a rodeiam, mas por consciência da conveniência de atingir objetivos fixados por elas próprias e pelo desejo de desfrutar dos frutos de suas realizações. Como motivar as pessoas e criar condições para isso. Sabemos que cada pessoa é um ser e que Instituição de Ensino Charles Babbage 31 reage diferente ao mundo, porém as formas mais tradicionais de motivar as pessoas são: Reconhecimento; Ser tratado como pessoa; Ser tratado de modo justo; Ser ouvido; Desafios; Novas oportunidades; Orgulho do próprio trabalho; Condições de trabalho adequadas: Sensação de ser útil; Ser aceito como é. Para criar condições para motivação, devemos identificar as necessidades e anseios das pessoas, buscar o trabalho que mais atrai a pessoa, reconhecer o bom desempenho, facilitar o desenvolvimento da pessoa, projetar o trabalho de modo a torná-lo atraente, adotar um sistema de recompensas ligado ao desempenho, garantir meios para o feedback positivo, aperfeiçoar continuamente as práticas gerenciais. Teorias da Motivação A Teoria Comportamental marca a mais profunda influência das ciências do comportamento na administração. Para muitos, representa a aplicação da Psicologia Organizacional à Administração. Surgiu em 1947 nos Estados Unidos, dentro de uma fundamentação amplamente democrática. Esta teoria se assenta em novas proposições acerca da motivação humana, notadamente as contribuições de McGregor, Maslow e Herzberg. O administrador precisa conhecer os mecanismos motivacionais para poder dirigir adequadamente as pessoas. Douglas McGregor (1906-1964) Foi um dos pensadores mais influentes na área das relações humanas. Douglas McGregor nasceu em Detroit e licenciou-se no City College. Doutorou-se em Harvard, onde lecionou Psicologia Social, e foi professor de Psicologia no MIT. Em 1948 era presidente do Antioch College, em Yellow Springs, e em 1962 lecionava a disciplina de Gestão Industrial na Sloan Fellows. McGregor é mais conhecido pelas teorias de motivação X e Y. A primeira assume que as pessoas são preguiçosas e que necessitam de motivação, pois encaram o trabalho como um mal necessário para ganhar dinheiro. A segunda baseia- se no pressuposto de que as pessoas querem e necessitam de trabalhar. Um argumento contra as teorias X e Y é o fato de elas serem mutuamente exclusivas. Para o contrapor, antes da sua morte, McGregor estava desenvolvendo a teoria Z, que sintetizava as teorias X e Y nos seguintes princípios: emprego para a vida, preocupação com os empregados, controle informal, decisões tomadas por consenso, boa transmissão de informações do topo para os níveis mais baixos da hierarquia, entre outros. Frederick Herzberg foi o autor da "Teoria dos Dois Fatores" que aborda a situação de motivação e satisfação das pessoas. Nesta teoria Herzberg afirmava que: A satisfação no cargo é função do conteúdo ou atividades desafiadoras e estimulantes do cargo, são os chamados "fatores motivadores"; A satisfação no cargo é função do ambiente, da supervisão, dos colegas e do contexto geral do cargo, enriquecimento do cargo (ampliar as responsabilidades) são os chamados "fatores higiênicos". Herzberg verificou e evidenciou através de muitos estudos práticos a presença de que dois fatores distintos devem ser considerados na satisfação do cargo; são eles: os Fatores Higiênicos e os Motivacionais. Instituição de Ensino Charles Babbage 32 Fatores Higiênicos: Estes fatores são aqueles que se referem às condições que rodeiam o funcionário enquanto trabalha, englobando as condições físicas e ambientais de trabalho, o salário, os benefícios sociais, as políticas da empresa, o tipo de supervisão recebido, o clima de relações entre a direção e os funcionários, os regulamentos internos, as oportunidades existentes etc. Correspondem à perspectiva ambiental. Constituem os fatores tradicionalmente utilizados pelas organizações para se obter motivação dos funcionários. Herzberg, contudo, consideram esses fatores higiênicos muitos limitados na sua capacidade de influenciar poderosamente o comportamento dos empregados. Este, escolheu a expressão "higiene" exatamente para refletir o seu caráter preventivo e profilático e para mostrar que se destinam simplesmente a evitar fontes de insatisfação do meio ambiente ou ameaças potenciais ao seu equilíbrio. Quando esses fatores são ótimos, simplesmente evitam a insatisfação, uma vez que sua influência sobre o comportamento, não consegue elevar substancial e duradouramente a satisfação. Porém, quando são precários, provocam insatisfação. Fatores Motivacionais Estes fatores são aqueles que se referem ao conteúdo do cargo, às tarefas e aos deveres relacionados com o cargo em si. São os fatores motivacionais que produzem algum efeito duradouro de satisfação e de aumento de produtividade em níveis de excelência, isto é, acima dos níveis normais. O termo motivação, para Herzberg, envolve sentimentos de realização, de crescimento e de reconhecimento profissional, manifestados por meio do exercício das tarefas e atividades que oferecem um suficiente desafio e significado para o trabalhador. Quando os fatores motivacionais são ótimos, elevam substancialmente a satisfação; quando são precários, provocam ausência de satisfação. Em suma, a teoria dos dois fatores sobre a satisfação no cargo afirma que: A satisfação no cargo é a função do conteúdo ou atividades desafiadoras e estimulantes do cargo: são os chamados Fatores Motivacionais; A satisfação no cargo é função do ambiente, da supervisão, dos colegas e do contexto geral do cargo: são os chamados Fatores Higiênicos. Maslow apresentou a teoria da motivação, segundo a qual as necessidades humanas estão organizadas e dispostas em níveis, numa hierarquia de importância
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