Buscar

TCC PRONTO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 27 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

2
CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE JUIZ DE FORA
 PÓS GRADUAÇÃO EM DIREITO PÚBLICO: CONSTITUCIONAL, ADMINISTRATIVO E TRIBUTÁRIO
LICITAÇÕES PÚBLICAS NA MODALIDADE PREGÃO E SUAS VANTAGENS PARA UMA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EFICIENTE 
OCTACILIO PEREIRA DO VALLE NETTO
JUIZ DE FORA
 2021
OCTACILIO PEREIRA DO VALLE NETTO
LICITAÇÕES PÚBLICAS NA MODALIDADE PREGÃO E SUAS VANTAGENS PARA UMA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EFICIENTE 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito l à obtenção do grau de pós graduação em Direito Público do Centro Universitário Estácio de Juiz de Fora.
JUIZ DE FORA
2021
LICITAÇÕES PÚBLICAS NA MODALIDADE PREGÃO E SUAS VANTAGENS PARA UMA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EFICIENTE 
						 Octacilio Pereira do Valle Netto 
RESUMO
O presente trabalho tem por foco o estudo, pesquisa e a análise das modalidades licitatórias, principalmente do Pregão, seja ele presencial ou eletrônico e suas diversas vantagens para a Administração Pública. São analisados os aspectos principiológicos e procedimentais frente às modalidades de certames, proporcionando uma análise e constatação de suas vantagens comparativas. Na sequência, relata-se as vantagens e desvantagens da utilização do pregão eletrônico. Finaliza-se, identificando que as vantagens do Pregão Eletrônico precedem às desvantagens, sendo um processo mais ágil e eficaz para a Administração.
Palavras chave: Licitações Públicas. Princípios. Pregão eletrônico. Pregão Presencial. Vantagens.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO	4
2. DESENVOLVIMENTO	4
2.1 Conceito da licitação	4
2.2 Obrigatoriedade da licitação	5
3. PRINCÍPIOS DAS LICITAÇÕES	6
4. MODALIDADES DE LICITAÇÃO	7
4.1 Pregão	7
5. MODALIDADES: PRESENCIAL E ELETRÔNICO	7
5.1 Pregão presencial	8
5.2 Pregão eletrônico pelo Decreto 10.024/2019	8
6. AS INOVAÇÕES DO DECRETO N° 10.024, DE 20 DE SETEMBRO DE 2019............................................................................................................................11
6.1 Contratação de serviços comuns de engenharia (Art. 1º e Art. 3º, VII) ....................................................................................................................................11
6.2 Bens e serviços especiais (Art. 3º, III e Art. 4º, III)...........................................11
6.3. Aplicabilidade às estatais (Art. 1º, §2º)	11
6.4. Transferências voluntárias da União (Art. 1º, §3º; Art. 5º, §2º; Art. 52 e Art. 56)	11
6.5. Adoção do Sicaf por entes da federação que utilizam recursos da União decorrentes de transferência voluntária (art. 55)	11
6.6. Desenvolvimento sustentável (Art. 2º, §1º; Art. 7º, Parágrafo único)	12
6.7. Estudo Técnico Preliminar (Art. 3º; Art. 8º e Art. 14)	12
6.8. Obrigatoriedade do Sistema de Compras do Governo Federal (Art. 5º)......12
6.9 Julgamento por maior desconto (Art. 7º; Art. 15, §3º)....................................12
6.10. Complementação do rol de documentos (Art. 8º)..........................................13
6.11. Orçamento sigiloso (Art. 15)...........................................................................13
6.12. Designação do pregoeiro (Art. 16, §2º)..........................................................13
6.13 Plano de capacitação (Art. 16, §3º)..................................................................13
6.14 Fim da exigência de publicação em jornal (Art. 20; Art. 49, §2º)..................13
6.15 Prazo de resposta a pedido de esclarecimento e aspecto vinculante dos esclarecimentos (Art. 17, II; Art. 23)........................................................................14
6.16. Impugnação (Art. 17, II; Art. 24)......................................................................14
6.17. Encaminhamento dos documentos de habilitação concomitantemente a apresentação da proposta (Art. 26; Art. 25)...........................................................14
6.18 Documentos complementares (Art. 38, §2º) ..................................................15
6.19 Modos de disputa (Art. 31; Art. 32 e Art. 33)..................................................15
6.20 Prazo para reinício da sessão (Art. 33 e Art. 47)............................................16
6.21. Documentação de empresa estrangeira (Art. 41).........................................16
6.22 Classificação e desempate (Art. 26, § 7º; Art. 37)..........................................17
6.23. Sanção a cadastro de reserva (Art. 49, §1º)..................................................17
7. Vantagens do pregão eletrônico em relação aos demais................................17
8. CONCLUSÃO........................................................................................................22
9. REFERÊNCIAS.....................................................................................................25
1. INTRODUÇÃO 
Nos dias atuais um dos grandes desafios dos gestores públicos é administração dos recursos de maneira eficaz e eficiente visando sempre proporcionar e oferecer serviços de qualidade a população visando sempre um equilíbrio entre a qualidade do serviço e sua economia aos cofres públicos.
Os administradores públicos na busca de suas prerrogativas quanto a compras de bens e prestações de serviços, os quais são de necessidade constante da administração pública, precisam se balizar e obedecer as legislações que conduzem as instituições públicas e principalmente atender os princípios que norteiam a administração todos expressos no artigo 37, da CR/88. 
 	No intuito de garantir que os regras arroladas sejam observados nas contratações públicas, foi criada a Lei Federal 8.666/1993, que determina normas gerais sobre licitações e contratos administrativos, atinentes a obras, serviços, compras, alienações, concessões e permissões no âmbito de todos os poderes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, e também, aos fundos especiais, autarquias, empresas públicas , fundações públicas e sociedade de economia mista controladas direta ou indiretamente por qualquer dos entes da Federação. 
O presente artigo foi criado com o intuito de apresentar os princípios constitucionais pertinentes a chamada Lei de Licitações bem como suas modalidades, porem, o objetivo principal é demonstração das vantajosidades da modalidade denominada Pregão, sendo especificado suas duas modalidades (eletrônico e presencial), juntamente com uma pesquisa de mercado eficaz, o qual gera um processo licitatório que atenda sua finalidade respeitando sempre os princípios constitucionais elencados no artigo 37, da CR/88.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 	Conceito de licitação
Segundo Carvalho Filho (2014,p.239) a definição de Licitação é:
 “o procedimento administrativo vinculado por meio do qual entes das administração Pública e aqueles que por ela controlados selecionam a melhor proposta entre as oferecidas pelos vários interessados, com dois objetivos – a celebração de contrato, ou a obtenção do melhor trabalho técnico, artístico ou cientifico.” 
2.2	Obrigatoriedade da icitação
A Constituição Federal impõe a licitação para todos os contratos de obras, serviços, compras e alienações no art. 37, XXI, e também para as concessões e permissões de serviços públicos do art.175.
A Lei requer licitação para as obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações.
É importante salientar que todos estão obrigados a licitar, órgãos da Administração Pública direta, os fundos especiais, autarquias, fundações públicas, empresas públicas, as sociedades de economia mista e entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Em relação às entidades da administração indireta, o artigo 119 da Lei nº 8.666/93 determina que editarão regulamentos próprios, devidamente publicados e aprovados pela autoridade de nível superior a que estiverem vinculados, ficando sujeitos às disposições da lei.
A Emenda Constitucional no 19/98 deu nova redação ao artigo 22, XXVII, da ConstituiçãoFederal, deixando aberta a possibilidade de procedimentos diferenciados para a Administração direta, autárquica e fundacional que se submetem ao artigo 37, XXI e, do outro lado, as empresas públicas e sociedades de economia mista, que se submetem ao artigo 173, §1º, III.
O artigo 173, prevê lei que estabelece o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo, dentre outras matérias, sobre “licitação e contratação de obras e serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração pública”. Com isso, foi definido o estatuto jurídico das empresas públicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias pela Lei nº 13.303, de 30/6/16, o qual estabelece normas sobre licitações e contratos a partir do artigo 28 (v. capítulo 10). O artigo 40 da lei prevê regulamento próprio para tais entidades.
3. PRINCÍPIOS DAS LICITAÇÕES
O conceito de José Cretella Júnior a respeito de princípios de forma geral:
“Princípios de uma ciência são as proposições básicas, fundamentais, típicas que condicionam todas as estruturações subseqüentes. Princípios, neste sentido, são os alicerces da ciência (Revista de Informação Legislativa, v. 97:7).
 Os princípios são a base que norteiam sustentação da lei. São eles que servem de fundamento para que se possa interpretar a legislação. Os princípios são estabelecidos como ideias gerais, que traçam a elaboração das leis, bem como seu entendimento e aplicação. Eles são utilizados em todas as áreas do direito, inclusive nos processos licitatórios. Assim podemos definir como conjunto de ideias gerais que devem ser os fundamentos e aplicados em todas as licitações. Tanto na elaboração quanto na aplicação das leis no processo licitatório, devem sempre ser obedecidos os princípios das licitações.
Os princípios estão previstos na Lei de Licitação( 14.133/2021), no Artigo 5º, e deixa claro o cuidado do legislador em deixar evidenciá-los logo no início da lei.
O art. 5º da Lei 14.133/2021 assim dispõe:
“Art. 5º Na aplicação desta Lei, serão observados os princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade, da eficiência, do interesse público, da probidade administrativa, da igualdade, do planejamento, da transparência, da eficácia, da segregação de funções, da motivação, da vinculação ao edital, do julgamento objetivo, da segurança jurídica, da razoabilidade, da competitividade, da proporcionalidade, da celeridade, da economicidade e do desenvolvimento nacional sustentável, assim como as disposições do Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942 (Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro)..”
Sendo assim, a Lei de Licitação prevê os princípios que serão utilizados como base para todos os procedimentos licitatórios, os quais vamos definir separadamente para deixar claro seus objetivos e garantias.
Esses princípios devem ser obedecidos em todas as licitações, visando contemplar um processo legitimo, onde alcance o resultado pretendido pela administração pública.
4. MODALIDADES DE LICITAÇÃO
Segundo o artigo 28 da nova Lei Federal 14.133/2021 o procedimento licitatório poderá se realizar por cinco diferentes modalidades:
Art. 28. São modalidades de licitação:
I - pregão;
II - concorrência;
III - concurso;
IV - leilão;
V - diálogo competitivo
4.1 Pregão 
A modalidade licitatória que nos interessa é o pregão, disciplinada pela Lei Federal nº 10.520/02 e também regulamentada pelo Decreto Federal nº 3.555/00 e Decreto Federal nº 10.024/19 que regulamenta a modalidade eletrônica.
Segundo os professores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo:
Pregão é a modalidade de licitação para aquisição de bens e serviços comuns pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, conforme disposto em regulamento, qualquer que seja o valor estimado da contratação, na qual a disputa pelo fornecimento é feita por meio de propostas e lances em sessão pública (ALENXANDRINO; PAULO, 2006, p.426)
5. MODALIDADES: PRESENCIAL E ELETRÔNICO
Existem duas formas de licitação na modalidade Pregão, a presencial e a eletrônica, conforme Joel de Menezes Niebuhr:
Existem dois tipos de pregão: o presencial e o eletrônico. No primeiro, os licitantes podem estar todos presentes fisicamente, numa determinada sessão, em que os procedimentos são realizados. No segundo, no eletrônico, o processamento do pregão dá-se basicamente por meio da utilização da tecnologia da informação, à distância, isto é, sem a presença dos licitantes, que encaminham as suas propostas e participam do certame valendo-se da internet. (NIEBUHR, Joel de Menezes. Pregão presencial eletrônico, p. 23.)
5.1 Pregão presencial 
Diógenes Gasparini realça, quanto ao Pregão presencial, que:
 “[...] A espécie de pregão em que a disputa pelo fornecimento de bens ou prestação de serviços comuns é feita em seção pública, por meio de propostas de preços escritas e lances verbais nela formalmente apresentados” (GASPARINI, Diógenes (coord.). Pregão presencial e eletrônico, 2009. p. 31.)
5.2	Pregão eletrônico pelo Decreto 10.024/2019
O Decreto nº 10.024, de 20 de setembro de 2019, regulamenta a licitação, na modalidade de serviços comuns, incluídos os serviços comuns de engenharia, e dispõe sobre o uso da dispensa eletrônica, no âmbito da administração pública federal. Revoga, portanto, o Decreto nº 5.450, de 31 de maio de 2005.
O pregão eletrônico é uma modalidade licitatória mais célere realizada em plataforma WEB para a aquisição de bens e a contratação de serviços comuns, incluindo, hoje, os serviços comuns de engenharia, e dispõe sobre o uso da dispensa eletrônica, no âmbito da administração pública federal.
O Decreto excluiu qualquer dúvida sobre a obrigatoriedade da utilização dessa modalidade licitatória para tais objetos. Dessa forma, a utilização da modalidade de pregão, na forma eletrônica, pelos órgãos da administração pública federal direta, pelas autarquias, pelas fundações e pelos fundos especiais é obrigatória.
Faculta-se, todavia, às estatais a adoção das disposições do novo decreto (art. 40 da Lei nº 13.303, de 30 de junho de 2016).
A adoção do pregão eletrônico também se tornou obrigatória aos Municípios, quando da utilização de verbas federais por meio de transferências voluntárias, convênios e contratos de repasse.
A norma é expressa, estabelecendo que, para a aquisição de bens e a contratação de serviços comuns pelos entes federativos, com a utilização de recursos da União decorrentes de transferências voluntárias, tais como convênios e contratos de repasse, a utilização da modalidade de pregão, na forma eletrônica, ou da dispensa eletrônica será obrigatória, exceto nos casos em que a lei ou a regulamentação específica que dispuser sobre a modalidade de transferência discipline de forma diversa as contratações com os recursos do repasse.
Assemelhada ao anterior decreto, será admitida, excepcionalmente, mediante prévia justificativa da autoridade competente, a utilização da forma de pregão presencial nas licitações ou a não adoção do sistema de dispensa eletrônica, desde que fique comprovada a inviabilidade técnica ou a desvantagem para a administração na realização da forma eletrônica.
Hely Lopes Meirelles faz a seguinte consideração sobre a licitação de menor preço: 
“Na licitação de menor preço o que a Administração procura é simplesmente, a vantagem econômica na obtenção da obra, do serviço, da compra. A licitação de menor preço é a comum: os demais tipos atendem a casos especiais da Administração. É usual na contratação de obras singelas, de serviços que dispensam especialização, na compra de materiais e gêneros padronizados. Nesse tipo de licitação o menor preço é fator decisivo de julgamento, por mínima que seja a diferença. Atentar para o art. 15, II, dispondo que as compras, sempre que possível, deverão ser processadas pelo Sistema de Registro de Preços.” (MEIRELLES, 2010, p. 204) 
Além de ser um procedimento que permite aoslicitantes encaminhar lances exclusivamente por meio do sistema eletrônico, permite que durante o transcurso da sessão pública, os licitantes recebam informações em tempo real, do valor dos lances oferecidos, podendo oferecer outro de menor valor, recuperando ou mantendo a vantagem sobre os demais licitantes, podendo baixar seu ultimo lance ofertado. 
Para Meirelles (2010 p. 230), diferentemente das outras espécies de licitação, em que a modalidade é estabelecida em função do valor do objeto licitado, o pregão destina-se à aquisição de bens e serviços comuns.
 Vejamos as considerações de Meirelles: 
(...) o pregão destina-se à aquisição de bens e serviços comuns. Nos termos do citado diploma, consideram-se bens e serviços comuns aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado (art. 1º, § 1º). O conceito legal é insuficiente, visto que, a rigor, todos os bens licitados devem ser objetivamente definidos em descrição sucinta e clara (Lei 8.666, de 1993, art. 40, I). É preciso, então, verificar, no diversos casos concretos, a utilidade da contratação de certo objeto por pregão. (MEIRELLES, 2010, p. 130) 
Inicialmente instituído por intermédio de Medida Provisória, o pregão eletrônico, além de trazer mais economia, agilidade e desburocratização, traz juntamente o emprego da tecnologia da informação, os lances ocorrem através da Internet, meio este que permite maior rapidez e publicidade, tornando-se a modalidade muito apreciada pela Administração Pública, substituindo vantajosamente o tradicional convite. 
Gasparini define ao pregão da seguinte forma: 
Portanto, pregão é o procedimento administrativo mediante o qual a pessoa obrigada a licitar, seleciona para a aquisição de bens comuns ou para a contratação de serviços comuns, dentre as propostas escritas, quando admitidas, melhoráveis por lances verbais ou virtuais, apresentadas pelos pregoantes em sessão pública presencial ou virtual, em fase de julgamento que ocorre antes da fase de habilitação. (GASPARINI, 2007, p. 38) 
6. AS INOVAÇÕES DO DECRETO Nº 10.024, DE 20 DE SETEMBRO DE 2019
O Decreto 10.024 de 2019 foi baseado em estudos, realizados em parceria com o Banco Mundial, e contou com a colaboração de gestores, servidores, pregoeiros e fornecedores por meio de consultas e audiências públicas realizadas pelo Ministério da Economia. 
Podendo ser destacadas:
6.1 Contratação de serviços comuns de engenharia (Art. 1º e Art. 3º, VIII): em entendimento do Tribunal de Contas da União (TCU), a Súmula TCU Nº 257, o Decreto 10.024/19 prevê a aplicação do pregão eletrônico para os serviços comuns de engenharia, que pode ser conceituado como atividade ou conjunto de atividades que necessitam da participação e do acompanhamento de profissional engenheiro habilitado, nos termos do disposto na Lei Nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos, mediante especificações usuais de mercado;
6.2 Bens e serviços especiais (Art. 3º, III e Art. 4º, III): entende-se por aqueles que, devido a sua alta heterogeneidade ou complexidade técnica, não podem ser considerados como bens e serviços comuns. A aquisição ou a contratação de serviços especiais são vedadas pelo Decreto 10.024/19;
6.3. Aplicabilidade às estatais (Art. 1º, §2º): é facultado às estatais o uso do pregão eletrônico e da dispensa eletrônica. Porém, se optarem pelo uso da modalidade, devem observar o disposto da Lei Nº 13.303/16;
6.4. Transferências voluntárias da União (Art. 1º, §3º; Art. 5º, §2º; Art. 52 e Art. 56): as aquisições de bens e contração de serviços comuns realizados pelos entes federados, com recursos da União, ficam obrigadas a utilizar o pregão eletrônico, salvo quando houver lei ou regulamentação específica disciplinando a realização da licitação de modo diverso;
6.5. Adoção do Sicaf por entes da federação que utilizam recursos da União decorrentes de transferência voluntária (art. 55): os entes da federação que utilizam recursos da União decorrentes de transferência voluntária poderão utilizar o Sicaf para fins habilitatórios;
6.6. Desenvolvimento sustentável (Art. 2º, §1º; Art. 7º, Parágrafo único): o novo Decreto coloca o desenvolvimento sustentável como princípio básico do pregão eletrônico, devendo este ser observado em todas as etapas do processo de contratação, sob as perspectivas econômica, social, ambiental e cultural, no mínimo, baseando-se nos planos de gestão de logística sustentável dos órgãos e das entidades. Além disso, no Art. 7º do Decreto nº 10.024/2019, o desenvolvimento sustentável é estabelecido como critério objetivo para escolha da proposta mais vantajosa;
6.7. Estudo Técnico Preliminar (Art. 3º; Art. 8º e Art. 14): Segundo o Art. 3º, inciso IV, do Novo Decreto, o ETP é um documento da primeira etapa de planejamento de uma contratação, e, assim, deve caracterizar o interesse público envolvido e a melhor solução ao problema e, na hipótese de conclusão pela viabilidade da contratação, fundamentará o termo de referência. Destaca-se que o Art. 8º, inciso I, esclarece que Estudo Técnico Preliminar instruirá o processo do pregão eletrônico quando necessário;
6.8. Obrigatoriedade do Sistema de Compras do Governo Federal (Art. 5º): Os órgãos e entidades integrantes do Sistema de Serviços Gerais (Sisg) devem obrigatoriamente utilizar o Comprasnet. Os entes federados na execução de recursos oriundos das transferências voluntárias podem utilizar: o Comprasnet, sistemas próprios ou sistemas disponíveis no mercado, desde que estejam integrados à plataforma de operacionalização das modalidades de transferências voluntárias;
6.9 Julgamento por maior desconto (Art. 7º; Art. 15, §3º): Os critérios de julgamento para seleção da melhor proposta compreendem aqueles de menor preço ou maior desconto, conforme previsto em edital. De modo a considerar os prazos para o cumprimento do contrato e do fornecimento e as especificações técnicas, assim como os parâmetros mínimos de desempenho e de qualidade, os regulamentos do plano de gestão de logística sustentável e as demais condições estipuladas no edital para definição do melhor preço.
6.10. Complementação do rol de documentos (Art. 8º): o novo Decreto acrescenta, como documento obrigatório mínimo para instrução do processo licitatório, o Estudo Técnico Preliminar, as propostas dos licitantes, a ata com registro de: avisos, esclarecimentos e impugnações; suspensão e reinício da sessão, se for o caso; a decisão sobre saneamento de erros ou falhas na proposta ou documentação; e, por fim, o ato de homologação do certame;
6.11. Orçamento sigiloso (Art. 15): não constando expressamente no edital o valor da contratação, a mesma caracterizar-se-á como sigilosa e será disponibilizada permanentemente e exclusivamente aos órgãos de controle externo e interno. O caráter sigiloso do valor estimado ou do valor máximo aceitável para a contratação se fundamentará no §3º do Art. 7º da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 e no Art. 20 do Decreto nº 7.724, de 16 de maio de 2012. Após o encerramento do envio de lances, o valor estimado deve ser imediatamente divulgado. Nos casos em que o critério de julgamento da proposta for o maior desconto, a divulgação do valor estimado, do valor máximo aceitável ou o valor de referência será obrigatória;
6.12. Designação do pregoeiro (Art. 16, §2º): à critério da autoridade competente, o pregoeiro e os membros da equipe de apoio poderão ser designados para uma licitação específica, para um período determinado ou por período indeterminado, permitida a revogação da designação a qualquer momento;
6.13 Plano de capacitação (Art. 16, §3º): o novo Decreto prevê, expressamente, a obrigatoriedade dos órgãos e entidades, no estabelecimento de planos de capacitação para formação e atualização técnica de pregoeiros, membros da equipe de apoio e demais agentes responsáveis pela instrução do processo licitatório;
6.14 Fim da exigência de publicação em jornal (Art. 20; Art.49, §2º): a publicação do edital dar-se-á somente por meio do Diário Oficial da União (DOU) e no sítio eletrônico oficial do órgão ou da entidade promotora da licitação. Nos casos dos entes federativos que utilizem recursos da União oriundos de transferências voluntárias, a publicação será realizada somente na imprensa oficial do próprio estado, do Distrito Federal ou do município, bem como no sítio eletrônico oficial do órgão ou da entidade responsável pela licitação;
6.15 Prazo de resposta a pedido de esclarecimento e aspecto vinculante dos esclarecimentos (Art. 17, II; Art. 23): o prazo estipulado para o envio dos pedidos de esclarecimentos ao pregoeiro compreenderá um período de até três dias uteis anteriores à data estabelecida para abertura da sessão pública, através do meio eletrônico, na forma do edital. A partir da data do recebimento do pedido, o pregoeiro terá o prazo de dois dias úteis. A divulgação das respostas aos pedidos de esclarecimentos ocorrerá através do sistema, vinculando os participantes e a administração;
6.16. Impugnação (Art. 17, II; Art. 24): até três dias úteis anteriores à data de abertura da sessão pública, qualquer pessoa poderá impugnar os termos do edital do pregão, por meio eletrônico, na forma prevista no edital. Neste caso, caberá, ao pregoeiro, auxiliado pela equipe responsável pela elaboração do edital e seus anexos, decidir sobre a impugnação, no prazo de dois dias úteis contado da data de recebimento da impugnação. A impugnação não possui efeito suspensivo. Entretanto, havendo a concessão do efeito suspensivo, a mesma deverá ser determinada pelo pregoeiro, nos autos do processo licitatório. Se aceita a impugnação contra o edital, será definida e publicada nova data para realização do certame;
6.17. Encaminhamento dos documentos de habilitação concomitantemente a apresentação da proposta (Art. 26; Art. 25): a apresentação das propostas e dos documentos de habilitação poderão ser realizadas sob o prazo fixo de oito dias úteis, contados a partir da data de publicação do aviso do edital. Após a divulgação do edital no sítio eletrônico, todos licitantes deverão obrigatoriamente, encaminhar por meio do sistema, a proposta de preço concomitantemente com os documentos de habilitação exigidos no edital. Os licitantes que constem do Sicaf e de sistemas semelhantes mantidos pelos estados, pelo Distrito Federal ou pelos municípios, ficam facultados de apresentar os documentos de habilitação quando a licitação for realizada por esses entes federativos. E, ainda, os licitantes poderão retirar ou substituir a proposta e os documentos de habilitação anteriormente inseridos no sistema, até a abertura da sessão pública;
6.18 Documentos complementares (Art. 38, §2º): os documentos complementares serão solicitados quando houver a necessidade de confirmação daqueles exigidos no edital e já apresentados, serão encaminhados pelo licitante melhor classificado após o encerramento do envio de lances. Destaca-se que os referidos documentos não são novos, mas complementares aos anteriormente apresentados;
6.19 Modos de disputa (Art. 31; Art. 32 e Art. 33): o Decreto 10.024/19 prevê o envio dos lances por meio de dois modos de disputa: o modo aberto e o modo aberto e fechado. No modo aberto os licitantes apresentam lances públicos e sucessivos, com prorrogações, segundo o critério de julgamento definido no edital. Ao passo que, no modo de disputa aberto e fechado, os licitantes apresentam lances públicos e sucessivos, com lance final e fechado, segundo o critério de julgamento definido no edital. No modo aberto, cabe ao edital prever o intervalo mínimo da diferença de valores ou de percentuais entre os lances, que compreenderá tanto os lances intermediários quanto o lance que cobrir a melhor oferta. No modo aberto fechado, esta regra é facultativa.
O procedimento no modo de disputa aberta ocorrerá do seguinte modo: a etapa do envio dos lances na sessão pública terá duração de dez minutos sendo, em seguida, prorrogada automaticamente pelo sistema na instância da oferta de um novo lance, dentro de um períodos de dois minutos, durante a sessão pública. Essa prorrogação automática ocorrerá a cada dois minutos, de maneira sucessiva, sempre que houver lances enviados durante esse período de prorrogação, inclusive lances intermediários. Não havendo novos lances, a sessão pública será encerrada automaticamente. Entretanto, quando a sessão pública for encerrada sem as prorrogações automáticas pelo sistema, a mesma, por conseguinte, poderá ser reiniciada na etapa de envio de lances, mediante justificativa, em prol da consecução do melhor preço. No modo de disputa aberto e fechado, a etapa de envio de lances da sessão pública durará quinze minutos.
Encerrado este prazo, o aviso do fechamento iminente dos lances será encaminhado pelo sistema e, passado o período de até dez minutos, aleatoriamente determinado, a recepção de lances se encerrará automaticamente. Após o encerramento do prazo de 10 minutos, o sistema abrirá novamente, permitindo que o licitante com o valor de oferta mais baixo e os demais autores das ofertas com valores até dez por cento superior àquela ofertem um lance final e fechado durante um período sigiloso de cinco minutos. Caso haja ausência de no mínimo três ofertas enquadradas nas condições acima, os licitantes responsáveis pelos melhores lances subsequentes, na ordem de classificação, sob um máximo de três, terão a oportunidade de oferecer um lance final e fechado em até cinco minutos, o lance será sigiloso até o encerramento do prazo. Encerrados os prazos, o sistema classificará os lances em ordem crescente de vantajosidade. Caso não haja um lance final e fechado, enquadrado nos termos supracitados, a etapa fechada poderá ser reiniciada para que os demais licitantes classificados na ordem, no máximo de três, possam ofertar um lance final e fechado em até cinco minutos.
Havendo inabilitação do licitante classificado na etapa de lance fechado, o pregoeiro será permitido, através do auxílio da equipe de apoio, mediante justificativa, admitir o reinício da etapa fechada.
6.20 Prazo para reinício da sessão (Art. 33 e Art. 47): durante período do julgamento da habilitação e das propostas, o pregoeiro poderá sanear erros ou falhas que não alteram a dimensão das propostas, dos documentos e da sua validade jurídica, segundo a decisão fundamentada. Caso seja necessária a suspensão da sessão pública para a realização de diligências, visando o saneamento documental, a mesma poderá ser reiniciada somente a partir de um aviso prévio no sistema com, no mínimo, vinte e quatro horas de antecedência.
6.21. Documentação de empresa estrangeira (Art. 41): quando permitida a participação de empresa estrangeira na licitação, as exigências de habilitação serão atendidas segundo os documentos equivalentes, inicialmente apresentados com tradução livre. Se a empresa estrangeira for a vencedora do certame, para fins de assinatura de contrato ou da ata de registro de preços, os documentos apresentados serão traduzidos por tradutor juramentado no País e apostilados nos termos do Decreto Nº 8.660, de 29 de janeiro de 2016, ou consularizados pelos respectivos consulados ou embaixadas.
6.22 Classificação e desempate (Art. 26, § 7º; Art. 37): Na etapa de apresentação da proposta e dos documentos de habilitação pelo licitante, não haverá ordem de classificação das propostas, o que ocorrerá somente após o julgamento.
Após a etapa de envio dos lances, serão aplicados os critérios de desempate, previstos nos Art. 44 e Art. 45 da Lei Complementar Nº 123, de 14 de dezembro de 2006, seguido da aplicação do critério estabelecido no §2º do Art. 3º da Lei nº 8.666, de 1993, se não houver licitante que atenda à primeira hipótese. E, ainda, inexistindo o envio de lances após o início da fase competitiva, mantendo somente as propostas iniciais, os critérios de desempate serão os mesmos informados acima, porém, persistindo o empate, o sistema eletrônico realizará um sorteio dentre as propostas empatadas. Não há ordemde classificação das propostas, visto que as mesmas podem ser retiradas ou substituídas até a abertura da sessão pública.
6.23. Sanção a cadastro de reserva (Art. 49, §1º): o Decreto do novo pregão eletrônico prevê sanções aos integrantes do cadastro de reserva que não honrarem o compromisso assumido, quando convocado, sem justificativa ou com justificativa não aceita pela Administração Pública;
7. VANTAGENS DO PREGÃO ELETRÔNICO EM RELAÇÃO AOS DEMAIS
O Pregão tem por suas vantagens especialmente a celeridade do processo. Esta celeridade é possível, por exemplo, pela inversão de fases, pelo menor prazo recursal, pelo menor prazo de publicação, sendo que a forma eletrônica do Pregão pode ainda dar mais vantagens, tanto para a administração como para os fornecedores. 
O pregão eletrônico surgiu em virtude da crescente evolução tecnológica mundial, representando, assim, um avanço nas formas licitatórias. Mantendo-se as premissas básicas do pregão presencial, foram acrescidos procedimentos específicos, cuja interação é inteiramente processada pelo sistema eletrônico de comunicação utilizando-se a rede mundial de computadores.
O pregão eletrônico foi criado, buscando, basicamente, aumentar a quantidade de participantes e baratear o processo licitatório. Esse método visa ampliar a disputa licitatória, permitindo a participação de várias empresas de diversos estados, dispensando a presença dos contendentes, vez que a tecnologia da informação é uma ferramenta acessível e de baixo custo e que permite também a transparência do processo.
A transparência gerada pela tecnologia permitiu fácil acesso aos dados da Administração Pública pela população e aos órgãos de controle como o Tribunal de Contas, evitando aos órgãos contratantes e aos licitantes se corromper. Todos os atos administrativos da licitação são publicados no meio eletrônico.
Trata-se, assim, de uma modalidade ágil, transparente e que possibilita uma negociação eficaz entre os licitantes.
O pregão eletrônico, por conseguinte, vem sendo apontado como uma maneira mais dinâmica de se processar as aquisições de bens e contratações de serviços pela Administração Pública.
Além disso, considera-se que essa nova forma de gerir a política de compras dos governos pode servir para eliminar uma das preocupações mais gritantes da sociedade: a corrupção nos processos licitatórios.
Certo é que a maioria dos gestores públicos já adota essa modalidade de licitação para a aquisição de bens e serviços, classificados como comuns, haja vista tratar-se de uma modalidade licitatória que possivelmente garante mais celeridade, maior transparência, além de garantia de economicidade para os gestores públicos.
A instituição do Pregão coaduna-se com o nosso atual estágio legislativo, que vem consolidando uma mentalidade de probidade e responsabilidade nos gastos públicos, a exemplo da Lei Complementar nº 101/2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal, pugnando cada vez mais pela transparência na gestão da res publica (coisa pública), viabilizando instrumentos preservadores do interesse público e coletivo. Afinal, o pregão eletrônico proporciona a transparência, tão relevante nos dias atuais, já que como no pregão eletrônico o processo é feito todo pela internet, é possível acompanhar tudo de qualquer lugar, vez que os dados ficam disponíveis no site gerenciador, que no âmbito federal é o “Comprasnet”.
Como características básicas do pregão eletrônico, pode se apontar a ausência física do pregoeiro e da comissão de licitação, como também da sessão solene e ausência de envelopes de habilitação e propostas, bem como a inexistência de lances verbais, na forma que é conhecida no pregão presencial, entretanto, o edital segue a mesma disciplina dada ao pregão presencial.
A modalidade pregão possui ainda uma característica diferenciada em relação ao estabelecimento de valor para suas aquisições, como ocorrem nas demais modalidades instituídas pela Lei de Licitações. É que como já dito o pregão pode ser aplicado a qualquer valor estimado de contratação, de forma que constitui alternativa a todas as modalidades.
O Pregão Eletrônico representa uma desejável aplicação do princípio constitucional da eficiência, com a agilização e simplificação do procedimento licitatório, através de uma inversão de fases que lhe propicia maior e mais efetiva funcionalidade. Isto, na medida em que faculta, a todos os participantes do certame, a oportunidade de ver examinada e discutida a sua proposta, sem as prévias barreiras e delongas da habilitação.
O Pregão Eletrônico também é preponderante para o perfeito atendimento do princípio da economicidade, uma vez que viabiliza resultados satisfatórios, com uma redução significativa dos valores das ofertas, além de propiciar maior agilidade às contratações, que, em regra, ocorrem com maior celeridade por meio da utilização de seu rito procedimental menos burocratizado.
De acordo com Nóbrega (2001), a celeridade e a economicidade andam juntas, dessa forma quanto maior celeridade no processo licitatório maior a economia processual e consequentemente uma maior eficiência do processo.
A utilização dos meios eletrônicos possibilita um aumento no número de concorrentes, uma vez que empresas de diferentes regiões podem participar do certame. Soma-se a isso os benefícios da Lei Complementar 123/2006, atualizada pela Lei 174/2014, que proporciona às micro e pequenas empresas concorrer com empresas maiores, uma vez que podem dar lance menor, caso sua proposta seja até 5% acima da menor proposta, entre outros benefícios. O resultado, portanto, são ganhos para a Administração e ao mesmo tempo proporciona o desenvolvimento nacional, através do fomento da economia.
Com o aumento da competitividade entre os licitantes, resultante da disputa por lances sobre as propostas iniciais ofertadas e também com a possibilidade do pregoeiro poder negociar diretamente com os licitantes, tem-se a possibilidade de obter uma proposta ainda mais vantajosa para a Administração Pública.
Segundo Marçal Justen Filho (2013, p.20):
 “O pregão apresenta três vantagens marcantes em relação às modalidades tradicionais de licitação previstas na Lei nº 8666. Em termos essenciais, as vantagens são (a) o potencial incremento das vantagens econômicas em favor da Administração, (b) a ampliação do universo de licitantes e (c) a simplificação do procedimento licitatório. Outras vantagens poderiam ser apontadas, tal como a redução de custos no pregão eletrônico (que dispensa a presença física e outras despesas) e a maior rapidez na conclusão do certame”.
A respeito do impacto da utilização da modalidade de pregão eletrônico nas compras públicas, interessante se trazer os seguintes dados reproduzidos pelo próprio ministério do planejamento no ano de 2014, confira-se:
“Em 2014, o pregão eletrônico respondeu por 60% das compras governamentais, com um gasto de R$ 7,6 bilhões, sendo empregado em 5,3 mil processos (16%). Se comparado apenas às modalidades licitatórias, essa forma de contratação foi responsável por 92% dos gastos em aquisições, resultando numa economia para os cofres públicos da ordem de R$ 1,6 bilhão (17%). Em relação ao número de certames licitatórios, o pregão eletrônico respondeu por 95%.
Ressalta-se ainda que, na comparação entre os anos de 2013 e 2014, as licitações por meio do pregão eletrônico cresceram 17% em número de processos e 25% em valores monetários.
(...) Nesse contexto, as informações apresentadas ratificam a importância dessa modalidade de contratação para a redução dos gastos públicos, além de proporcionar maior transparência, tendo em vista que todos os certames podem ser acompanhados em tempo real no Portal de Compras do Governo Federal (www.comprasnet.gov.br).
(...)Analisando os gastos públicos segundo o porte, em 2014 as
MPE forneceram bens e serviços da ordem de R$ 3,2 bilhões, ou seja, 25% do total dessas contratações. O resultado aponta um crescimento de 18% das MPE nas compras governamentais em 2014 em relação a 2013. (RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS DE CONTRATAÇÕES ECOMPRAS PÚBLICAS - DE JANEIRO A MARÇO DE 2014)”.
Como pode ser visto, o pregão eletrônico é a modalidade licitatória mais utilizada para aquisições públicas, isso porque proporciona, através de suas inovações, um processo que permite uma economia de tempo e de dinheiro público e o respeito à transparência dos atos.
Fato é que o pregão eletrônico potencializa as vantagens existentes no pregão presencial, tornando mais eficiente o processo para a administração pública e para os fornecedores, e conferindo maior transparência para a sociedade. 
Tanto é que, nos termos do que prevê o Decreto nº. 10.024/2019 (art. 1º, § 4º), o pregão presencial passa a ser a exceção, devendo ser adotado somente quando justificado e nos casos excepcionais.
No tocante ao Decreto Federal n. 10.024/2019, e ainda sem qualquer intenção de neste artigo se aprofundar no tema, importante se tecer na oportunidade alguns comentários. O Decreto em questão inaugura modelo de pregão eletrônico mais arrazoado e tende, nessa medida, a melhorar a percepção do mercado sobre a seriedade da disputa, o que deve atrair licitantes.
Dentre as novidades trazidas pelo Decreto Federal n. 10.024/2019, além da obrigatoriedade da utilização do pregão eletrônico para órgãos da administração pública federal direta, autárquica, fundacional e os fundos especiais, bem como para municípios, estados e Distrito Federal, quando utilizarem verba da união, como já dito no tópico anterior, lista-se ainda as seguintes: contratação de serviços comuns de engenharia; modos de disputa aberto e fechado; envio antecipado dos documentos de habilitação; obrigatoriedade da elaboração de estudo preliminar, que serve como base para o termo de referência; mudança do prazo para impugnação do edital; regra do orçamento sigiloso, sendo revelado apenas após a fase de lances; critério de desempate.
Deste modo, pode-se destacar as seguintes vantagens do pregão eletrônico: redução da formalidade e burocracia, minimizando o uso de papel, pois as propostas são enviadas e recebidas por meio da internet; simplificação das atividades do pregoeiro devido às facilidades oferecidas pela tecnologia da informação; incremento da competição e consequente redução do custo de aquisição ao ampliar a possibilidade de participação de um número maior de fornecedores; modernização e simplificação dos processos licitatórios, o que permite mais celeridade no processo aquisitivo; garantia de maior visibilidade no processo das contratações públicas, com a consequente facilidade para realização de controles internos e externos; segurança/sigilo nas informações; negociação sem interferência de concorrentes nas cotações; compra de grande volume de itens.
Por todo o exposto, o pregão eletrônico é sem dúvida a mais célere e econômica modalidade de licitação que possui a Administração, contribuindo demasiadamente para uma desburocratização do sistema e guardando uma relação intrínseca com o princípio da eficiência, constitucionalmente previsto.
8. CONCLUSÃO
Conforme aludido neste trabalho, a modalidade pregão pode ser utilizada para diversos bens denominados comuns, e trouxe muitos benefícios para a Administração Pública. Com um Estado cada vez mais inchado e complexo é necessário que sejam formalizados diversas contratações, sendo assim o pregão torna os certames mais céleres, devido ao seu procedimento, acontecendo como um leilão às avessas, os licitantes disputam entre si, ofertando lances e diminuindo os preços das propostas, gerando economicidade aos cofres públicos. 
O pregão eletrônico trouxe enormes vantagens para a Administração Pública, baseado nas experiências do recente histórico de utilização, podemos dizer, que as vantagens são superiores aos obstáculos e deficiências de sua utilização.
O sucesso do processo licitatório esta ligado ao comprometimento, a capacitação e o conhecimento técnico e legal dos agentes , administradores públicos e de toda equipe envolvida em nas fases do processo, desde o inicio do certame, começando pela a fase interna (onde se define o objeto), indo até a fase externa (onde ocorre a homologação do processo e assinatura do contrato), devendo estes, sempre, se atentar aos princípios da Administração Pública dispostos na Constituição Federal . Portanto conclui-se que diante da modalidade pregão é possível selecionar a melhor proposta, ter agilidade no processo licitatório, ser mais eficiência nas contratações, e proporcionar economia aos erário público, e um dos principais pontos a se destacar é a publicidade e transparência do certame, o qual, qualquer pessoa interessada poderá ter acesso, e de certa forma fiscalizar o processo. Fato é que, os avanços tecnológicos dos últimos anos, como a internet, alteraram os modelos de negócios existentes. O pregão, em especial, o eletrônico, possibilitou a adequação da Administração Pública a esse novo contexto permitindo aquisições menos burocráticas que as demais modalidades da Lei 8.666/93. Sendo uma modalidade que transformou as licitações públicas, pois trouxe inovações que proporcionaram celeridade ao processo com a inversão das fases e a consequente habilitação apenas do licitante classificado em primeiro lugar, e, também com a fase de recursos que trouxe maior agilidade ao processo.
Ademais, o pregão, especialmente na sua forma eletrônica, proporcionou à licitantes de todas as regiões do país a participação em processos licitatórios, ampliando a competitividade e expandido a oportunidade para maior participação de empresas nestes processos.Além do incremento da competitividade, o pregão oferece maior transparência, pois qualquer cidadão pode averiguar os processos, basta ter acesso à internet.Outro fator de destaque no pregão é a economia gerada ao erário público, pois através dos lances, é possível adquirir produtos ou serviços de qualidade por preços vantajosos para a administração.
De forma geral, o pregão eletrônico constitui-se em um importante instrumento de fortalecimento dos princípios e valores constantes na Constituição Federal e demais Leis que objetivam o controle de todos os processos licitatórios.
Assim, entende-se que as vantagens do pregão, especialmente na sua modalidade eletrônica, superam em muito as suas desvantagens, que, inclusive, podem ser até mesmo estendidas como meras inconveniências e contratempos a serem solucionados. Trata-se, portanto, da melhor maneira para a Administração Pública realizar contratações, já que se baliza sempre pelos princípios constitucionais que regem toda a administração, buscando alcançar sempre a proposta mais vantajosa para a administração, sem se esquecer da busca por produtos e serviços de qualidade.
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 29
ed. São Paulo, Atlas
- MEIRELLES, Hely Lopes et al. Direito administrativo brasileiro. 37. ed. São Paulo: Malheiros, 2011. 894 p.
- MELLO, Celso Antônio Bandeira De. Curso de direito administrativo. 31. ed. São Paulo: Malheiros, 2014. 1138 p.
- NIEBHUR, Joel de Menezes. Pregão: Presencial e Eletrônico. 3. ed. Curitiba: Zênite, 2005. 480 p.
- PIETRO, Mariasylvia Zanella Di, Direito administrativo, Maria Sylvia
- PIETRO, Zanella Di – 31. Ed.rev. atual e ampl- Rio de Janeiro:Forense, 2018.
.

Outros materiais