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10 Resumo de Contratos Administrativo


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TÓPICOS SOBRE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 
 
Esse pequeno guia tem por f im ajudá-lo a estudar a matéria acima citada e não fazer uma 
exaustiva abordagem sobre o assunto. 
 
1 – INTRODUÇÃO7 
Art. 54. Os contratos administrativos de que trata esta Lei regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito público, aplicando-se-lhes, 
supletivamente, os princípios da teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado. 
A d isc ip l i na dos CONTRATOS ADM encontra -se p ra t ic amente exaur ida nos A r ts . 54 a 80 da Le i 8 .666/93 . 
 
 
2 – CONTRATOS EM SENTIDO AMPLO 
2.1. CO N TR A TO S X A TO S - Enquanto os ATOS são sempre unilaterais, os contratos são acordos, por isso, bilaterais. 
 
2.2. OQUE É UM CONTRATO ? - O Contrato é um acordo de vontades entre as partes, com o fim de adquirir, resguardar, transferir, modificar, 
conservar ou extinguir direitos. São bilaterais, com manifestação livres de ambas as partes. Não podem ferir a legislação, devem ter objeto lícito e 
possível, e contratantes capazes. 
 
2.3. CONTRATO CIVIL X CONTRATO ADMINISTRATIVO - Dentre esses, uma das espécies é o contrato administrativo, expressão reservada 
para designar tão-somente os ajustes que a Administração, nessa qualidade(PODER DE IMPÉRIO), celebra com pessoas físicas ou 
jurídicas, públicas ou privadas, para a consecução de fins públicos, segundo regime jurídico de direito público (cláusulas 
exorbitantes) e em face a supremacia desse interesse. 
 
 
3 – CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO 
 
3 .1 . CONTRATOS PRIVADOS DA ADMINISTRAÇÃ O 
Também chamados de ÀTIPICOS, Onde a ADM não usa seu poder de império ou seja basicamente é regido pelas de regras de direito privado. 
Ex.: Seguro, financiamento, locação feita pelo poder público, quando a administração for usuária de serviços públicos. 
 
3 .2 . CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 
Também chamados e TÍPICOS, Onde a ADM usa de SUPREMACIA e em nele contém as Cláusulas Exorbitantes 
Em Regra são formais, onerosos, comutativos, “intuitu personae” (celebrados em função das características pessoais do contratado) e precedidos de 
licitação, exceto se dispensável ou inexigível. 
 
3.2.1. Atuação da Adm com Poder Público – Subordinar os interesses do particular aos interesses da coletividade. 
 
3.2.2. Finalidade Pública – O que deve predominar deve ser o interesse público. 
 
3.2.3. Formalismo – São sempre formais e escritos, não existe contratos verbais, salvo os de pequenos valor de pronto 
pagamento,R$4.000. Obrigatório na concorrência e tomada de preços e nas inexigibilidades. 
 
3.2.4. Contrato de adesão – Essa é sua natureza, autonomia de quem adere se limita a aceitação. 
 
3.2.5. Personalidade (Intuitu personae) – Devido a licitação, garantias, habilitação prévia, qualificação técnica. Subcontratação somente 
se expressamente definido no edital (art. 72 e 78, VI) 
 
3.2.6. “Cláusulas Exorbitantes” (ART. 58)– São as que caracterizam os contratos administrativos(obrigatórias), em prol do interesse 
público com supremacia estatal, elas que extrapolam os limites do dir. privado, onde são inadmissíveis pois colocar uma parte em posição 
privilegiada. 
 
I. Exigência de Garantia 
II. Poder de alteração unilateral do contrato (nos limites da lei) 
III. Possibilidade de rescisão unilateral do contrato (art. 78, I ao XVII, devidamente motivada, contraditório e a ampla defesa) 
IV. Manutenção do equilíbrio financeiro do contrato = Uma proteção contra possíveis abusos da ADM, reajustes periódicos de preços e 
tarifas. 
V. Poder de fiscalização, acompanhamento e ocupação (art. 67) 
VI. Restrições ao uso da cláusula “exceptio non adimpleti contractus” = não pode ser imposta a ADM nos primeiros 90 dias em obediência 
ao princípio da continuidade. Só após 90 dias poderá interromper ou rescindido o contrato com direito a indenização. 
VII. aplicação direta de penalidade contratuais (art. 87, I ao IV) = 1o. advertência, 2o. multa, 3o. suspensão temporária da participação 
em licitação e impedimento de contratar com a Administração, por prazo não superior a 2 anos, 4o. declaração de inidoneidade. 
 
4 – GARANTIAS PARA A EXECUÇÃO DOS CONTRATOS 
4.1 OBJETIVO – A Adm busca reduzir o risco de ocorrência de má execução do contrato, ou na hipótese de essa acontecer, assegurar uma rápida e 
eficiente correção. 
 
4.2. Garantia oferecidas pelos contratados (Art. 56): 
a. Em Contratos de obras, serviços e compras, no máximo 5% do valor do contrato; 
b. Em Contratos de obras, serviços e compras de grande vulto e notória complexidade técnica e riscos consideráveis, no máximo 10% do 
valor do contrato. 
 
 
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MODALIDADES DE GARANTIA, A ESCOLHA É DO CONTRATADO (Art. 56): 
I. Dinheiro ou título da dívida pública 
II. seguro garantia – garantia oferecida por seguradora 
III. fiança bancária – garantia oferecida por banco 
 
 
5 – VARIAÇÕES DA QUANTIDADE INICIALMENTE CONTRATADA 
5.1. QUANDO ACONTECE ? 
1o. quando houver modificação no projeto ou nas especificações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos. 
2o. quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites 
permitidos por lei. 
 
Limite de alterações 
a. regra geral: acréscimos e supressões 25% do valor atualizado do contrato. 
b. reforma de edifício ou equipamento: até o limite de 50% para acréscimos e 25% para supressões. 
c. Por acordo entre os contratantes: qualquer percentual para supressões, devendo sempre respeitar o equilíbrio econômico e 
financeiro do contrato. 
 
Ex.: Pavimentar rodovia de 200KM a R$ 300.000, a ADM decide nas mesmas condições pavimentar 250KM assim o valor do contrato passaria a R$ 
375.000. 
 
 
 
6 – RESPONSABILIDADE PELOS ENCARGOS DA EXECUÇÃO 
 
6.1. RESPONSABILIDADE DIRETA DOS CONTRATADOS 
a. Art. 70. O contratado é responsável pelos danos causados diretamente à Administração ou a terceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo 
(responsabilidade subjetiva) na execução do contrato, não excluindo ou reduzindo essa responsabilidade a fiscalização ou o 
acompanhamento pelo órgão interessado. 
b. É de responsabilidade também do contratados os encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do 
contrato. Sem prejuízo da fiscalização ou seja mesmo que a ADM estivesse fiscalizando ela NÃO é solidária com os danos causados. 
c. Pela solidez e segurança da obra ou do serviço 
 
 
6.2. RESPONSABILIDADE DA ADM: 
a. Fato da obra quando problema ocorrido deveu-se o fato natural ou imprevisível, sem que tenha havido culpa de alguém. São danos 
causados pela própria natureza da obra, sua localização, extinção ou duração. 
b. Art. 70, § 2o A Administração Pública responde solidariamente com o contratado pelos encargos previdenciários resultantes da execução 
do contrato. 
 
 
7 – EXTINÇÃO E PRORROGAÇÃO DO CONTRATO 
 
7.1. Extinção do contrato – A forma natural de extinção do contrato é o cumprimento do seu objeto, seja a construção da obra contratada, a 
entrega dos bens adquiridos, o fim do prazo de prestação, de determinado serviço, etc. Nesses casos há o adimplemento do contrato. 
7.1.1. Conclusão do objeto do contrato – Término da obra (adimplemento); 
 
7.1.2. Término do prazo de duração – Fim do prazo de fornecimento de merenda escolar pelo prazo de um ano (adimplemento). 
 
7.1.3. Anulação – Pela autoridade Adm ou pelo Judiciário. Será promovida a responsabilidade de quem deu causa a nulidade, se a nulidade 
não foi ocorrida por culpa do contratado a este cabe o direito de indenização até a parte que executou e prejuízos comprovados. 
 
7.1.4. Rescisão – Pode ser unilateral pela ADM, acordo entre aspartes, ou ainda judicial. Como regra Faz surgir obrigação de indenizar a 
parte contrária, pela parte que lhe deu causa. 
 
7.2. Prorrogação do contrato – Como regra geral a duração dos contratos ADM se limitam a vigência dos respectivos créditos orçamentários . 
 
Exceto quando (art. 57, I, II, III, IV ) - 1o. Haja previsto em contrato e no plano plurianual, 2o. Contratos que o preço fica mais baixo com o tempo 
(Max. 60 meses+12), 3o. Aluguel equip. de informática (vedado contrato com prazo indeterminado) 
 
Ou caso ocorra (art. 57, § 1o.) – 1o. Alteração no projeto/quantidade/interesse inicial, 2o. superveniÊncia de fato excepcional ou imprevisível, 3o. 
omissão ou atraso de decisão ou pagamento 
 
 
8 – INEXECUÇÃO DO CONTRATO 
Descumprimento Total/Parcial de alguma cláusula de todo o contrato. Caracteriza o inadimplemento. 
 
8.1. Inexecução Culposa (+dolo) – Descumprimento ou cumprimento irregular em razão de ação ou omissão da ADM ou do contratado. Culpa no 
sentido amplo: negligência, imperícia, imprudência + dolo. 
Pela Administração= Cabe indenização ao contratado, devolução da garantia, os pagamentos devidos pela execução do contrato até o 
momento, ressarcimento de custos da desmobilização. 
Pelo contratado= rescisão unilateral do ctr e demais conseqüências previstas em lei. 
 
8.2. Inexecução Sem Culpa – Teoria da imprevisão = causa justificadora do inadimplente que o libera-o da responsabilidade. Ler art. 65, II, D) 
(Ex.: Impeça, atrase, onerosidade excessiva). 
 
 
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8.3. Causas que justificam a inexecução do contrato – Liberam nesse caso o inadimplente de responsabilidade. 
8.3.1. – Noções da teoria da imprevisão “rebuc sic stantibus” = A1o. na Doutrina, hoje positivada (subtendida em qualquer contrato 
de execução prolongada). Requisitos: 
a. Imprevisibilidade – se for previsível deve ser de conseqüências incalculáveis; 
b. Independência de participação culposa ou dolosa das partes. 
 
8.3.2. – Força maior e caso fortuito = EXTERNO – Furacão, terremoto, guerra, populacho. INTERNO – feito tudo algo sai errado. 
 
8.3.3. – Fato do príncipe = Altera INDiretamente o equilíbrio econômico-financeiro do contrato (Ex.: modificação carga tributária, 
proibição de importação de determinada matéria prima) 
 
8.3.4. – Fato da administração (Art. 78, XIV, XV, XVI) = diretamente através de uma ação ou omissão (Ex.: suspensão superior a 120 
dias, atraso pagamento superior a 90, não liberação de determinada área.) 
 
8.3.5. – Interferências imprevistas – Situações preexistente e só que foram conhecidas no momento da execução. Ex.: rocha numa 
escavação, dutos num metrô, Cáceres a quebra de uma broca de diamante, etc. 
 
9 – PRINCIPAIS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 
Art. 6o, Inciso I, aqui estão as definições 
 
9.1. – Contrato de obra publica = É ajuste entra a ADM e o particular para construir, reformar, fabricar, recuperar ou ampliar bem móvel ou imóvel, 
por execução direta(pela própria ADM) ou indireta(terceiros). Subtendida em qualquer contrato de execução prolongada. 
9.1.1. – Tarefa = Quando se ajusta mão-de-obra para pequenos trabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento de materiais. 
Pequenos trabalhos (Ex.: pintar as paredes de uma repartição pública) 
 
9.1.2. – Preço unitário = Preço certo e unidades determinadas, por peça, metro quadrado, m3. (Ex.: Recuperar 100 km de uma 
determinada rodovia). 
 
9.1.3. – Empreitada preço global = totalidade da obra por preço certo e total (Ex.: Construir a estrada) 
 
9.1.4. – Empreitada integral = Execução de obra envolvendo a obra em si e todas operações necessárias para que o contratante tenha 
condições imediata de operação, COMPLEXIDADE (Ex.: fazer a rodovia, montar os postos, instalar computadores e seus respectivos 
softwares, testar e deixar pronto para os guardas rodoviários chegarem e usarem) 
 
9.2. – Contrato de Serviços (para a ADM): . Art. 6o., II, Toda atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse para a 
Administração, tais como: demolição, conserto, instalação, montagem, operação, conservação, reparação, adaptação, manutenção, transporte, locação 
de bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico-profissionais; 
 
9.3. – Contrato de Fornecimento(art. 6o., III) = É contrato por meio do qual a ADM adquire coisas móveis como: material hospitalar e escolar, 
equipamentos, gêneros alimentícios, necessários À realização e à manutenção de seus serviços 
Pode ser: integral(única vez, compra e venda – 10 automóveis de uma vez) ou parcelado - (onde a entrega será – 10 automóveis um por 
mês) ou contínuo (fornecimento de combustível durante um ano) 
 
9.4. – Contrato de Concessão = Segundo HLM “ quando a ADM delega ao particular execução remunerada de serviço ou obra publica ou lhe cede o 
uso de um bem público para que o explore por sua conta e risco, pelo prazo e e nas condições legais e contratuais. 
 
 Prestar serviço público remunerada; 
 Execução de obras públicas remunerada; 
 Uso de bem público (concessão de uso de bem público) - Quando falamos em : “ DE USO “ dizemos que é pessoal e 
INTransferível ou seja feito em razão da pessoa mas quando usa-se o termo “REAL DE USO” dizemos que o direito e referente ao 
bem por isso é transferível. 
 
9.5. - Permissão de Serviço público – é a delegação, a titulo precário, mediante licitação da prestação de serviços públicos, feita pelo poder 
concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco. Formalizada mediante contrato de 
adesão. Que observará os termos da lei, das demais normas pertinentes e do edital de licitação, inclusive quanto a precariedade e a 
revogabilidade unilateral do contratado pelo poder concedente. 
 
 
A DIFERENÇA ENTRE CONCESSÃO E PERMISSÃO 
 
 C O N C E S S Ã O P E R M I S S Ã O 
1. É Contrato Administrativo 
2. Para Prestação de serviço Público, Uso de Bem 
público e construção de obra pública 
3. P.J. ou Consórcios 
4. Licitação: Concorrência, excepcionalmente Leilão 
5. Há segurança jurídica, cláusulas de indenização 
6. Exige Lei para delegação de SERVIÇO PÚBLICO 
salvo exceções (saneamento e limpeza urbana) 
1. É Contrato de Adesão para Prestação de serviço 
Público 
2. É ato para USO de bem público 
3. P.J. ou P.F. 
4. Exige licitação mas a lei não define uma 
modalidade específica 
5. Precário, Revogável Unilateralmente 
6. Exige Lei para delegação de SERVIÇO PÚBLICO 
salvo exceções (saneamento e limpeza urbana)