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Biologia Molecular e Celular Isabel Lima SINALIZAÇÃO CELULAR Está perdido? As anotações que eu fiz durante a aula estão em preto. Já as anotações feitas durante a leitura do Alberts estão em azul! Em verde estão algumas observações feitas nas aulas para tirar as dúvidas! Referências utilizadas: ALBERTS, B.; JOHNSON, A.; LEWIS, J.; et al. Biologia molecular da célula. Artmed, 2010. INTRODUÇÃO ● Os fatores modificam a superfície celular a depender da resposta da célula ○ Esses fatores podem ser produzidos por outras células ● Esses fatores participaram de toda a evolução celular, existindo até em procariotos TIPOS DE SINALIZAÇÃO ● ENDÓCRINA ○ A célula endócrina libera o sinal na corrente sanguínea ○ A célula alvo é distante ○ Sinal = hormônio ● PARÁCRINA ○ A célula emissora libera o sinal no meio externo ○ A célula alvo é vizinha ○ Sinal = mediador local ○ Sinalização autócrina ■ é uma parácrina em que a célula emissora é a célula alvo ● SINÁPTICA ○ A célula pré-sináptica libera o sinal na fenda sináptica ○ A célula alvo é vizinha e chamada de pós-sináptica Biologia Molecular e Celular Isabel Lima ○ Sinal = neurotransmissor ● CÉLULA-CÉLULA/DEPENDENTE DE CONTATO ○ A célula emissora possui o sinal na sua membrana (prot. transmembrana) ○ A célula alvo tem um receptor de sinal na mp ○ Sinal = proteína transmembrana ■ Há um contato direto entre as proteínas transmembranas ○ Sist. imune ATUAÇÃO DOS SINAIS ● O sinal pode ser secretado por Exocitose, Difusão e Expostas a mp. ● Independentemente disso, todos eles precisam de receptores ○ funcionam com um sistema de alta especificidade. ○ Podem ser proteínas transmembranas ou receptores intracelulares. (816) ● Sinais iguais + receptores diferentes = respostas diferentes ○ Acetilcolina pode ■ Aumentar a prod. de saliva em células das gland. salivares ■ Aumentar a contração no M.E.E. ■ Reduzir a contração no Músculo Cardíaco ○ Essa diferenciação é fruto de diferentes sinalizadores intracelulares, portanto, diferentes proteínas efetoras e diferentes reações. (817) ● Sobretudo, os sinais regulam a vida inteira da célula: ○ Sinais de sobrevivência → célula sobrevive ■ Receber sinais para crescer e se dividir (mitógenos) ■ Receber sinais para se diferenciar (Diferenciação terminal) ○ Não chega sinal de sobrevivência → apoptose Biologia Molecular e Celular Isabel Lima TIPOS DE SINAL ● HIDROFÍLICA ○ É recepcionada por proteínas na mp da célula alvo ● HIDROFÓBICA ○ É recepcionada no citoplasma ou no núcleo, já que atravessa a mp ○ Podem ser derivados do colesterol (cortisol, estradiol e testosterona) e da tiroxina (hormônio da tireoide) ○ Atravessa a mp → citosol → sinal + receptor → núcleo → ativa um gene → transcrição de genes (resposta) ■ O receptor pode estar no DNA, funcionando como repressor transcricional: sinal atravessa a mp → citosol → núcleo → sinal + receptor → ativação gênica. ● Síntese de eicosanóides ○ Evita a formação de trombos e a divisão celular MODELO DE RESPOSTA AO SINAL 1. Sinal + receptor ⇒ Transdução inicial de sinal 2. Proteína molde modificando a conformação de uma parte do receptor ⇒ transmissão 3. Ativação das moléculas de sinalização intracelular ⇒ transdução e amplificação 4. Influência de outras cascatas de ativação nessa resposta⇒ integração 5. Esses mensageiros secundários convocam outras proteínas que ativarão as efetoras 6. Ativação das proteínas efetoras ⇒ distribuição 7. Resposta da célula alvo a. Modificação no metabolismo b. Movimento do citoesqueleto c. Expressão gênica Biologia Molecular e Celular Isabel Lima RECEPTOR Funcionam como transdutores de sinal, convertendo um evento extracelular em um evento intracelular. Pode ser dividido em 3 classes ACOPLADOS A CANAIS IÔNICOS. ● Envolvidos na sinalização sináptica rápida ● Mediado por neurotransmissores → abre e fecha o canal ○ Altera a permeabilidade da mp aos íons, alterando a excitabilidade da célula-alvo RECEPTORES ACOPLADOS À PROTEÍNA G ● Atuação indireta na sinalização por contato, podendo estar ligada a canais iônicos ou enzimas ● A interação é mediada por uma proteína trimérica de ligação a GTP (proteína G) PROTEÍNA G + CANAL IÔNICO ● A ativação da proteína-alvo altera a concentração de moléculas sinalizadoras intracelulares que, por sua vez, alteram a permeabilidade da mp à íons (818) RECEPTORES ACOPLADOS A ENZIMAS ● Funcionam como enzimas ou são acopladas à enzimas ● O sítio de interação com o ligante é extracelular e o sítio catalítico/sítio de ligação com a enzima é intracelular (819) Biologia Molecular e Celular Isabel Lima MOLÉCULAS SINALIZADORAS INTRACELULARES ● Transmitem para o interior da célula o evento que foi lido pelos receptores na membrana. São chamadas de “Segundos Mensageiros”. ○ São gerados em grande quantidade ○ Difundem para longe do local de produção ○ AMPc, Ca++ → hidrossolúveis → citosol ○ Diacilglicerol → hidrofóbicos → m.p. COMUTADORES MOLECULARES ● Tipo específico de SM ● São ativadas/inativadas por um sinal. Esse processo deve ter um equilíbrio ímpar para o bom funcionamento da célula. ● Podem ser ativadas por fosforilação ○ Proteína-cinase → add um fosfato à hidroxila ■ Serinas/treoninas-cinase, tirosinas-cinase ■ Cascata de cinases → uma cinase ativa a outra, que ativa a outra…. ○ Proteína-fosfatase → tira um fosfato (819) ● Podem ser ativadas pela hidrólise do GTP ○ Ativado → ligado ao GTP X Inativado → ligado ao GDP ■ Possuem uma GTPase intrínseca ○ Existem 2 tipos de proteínas de ligação ao GTP Biologia Molecular e Celular Isabel Lima ■ Proteínas triméricas de ligação ao GTP (Proteína G) ■ Proteínas monoméricas de ligação a GTP (GTPases monoméricas) ○ Proteínas de regulação ■ Proteínas de ativação da GTPase (GAP) ■ Fatores de troca de nucleotídeos (GEF) ● No caso da G, o receptor que atua como GEF ● Ou ainda podem ser ativadas quando estão ligadas a outra proteína sinalizadora, ou por modificações nas ligações covalentes (820) ESPECIFICIDADE E PRECISÃO DOS M.S. ● Alta afinidade e especificidade das interações entre as moléculas sinalizadoras e seus parceiros ○ Sítios de ancoragem → interação específica e de alta afinidade com o alvo, mantendo uma interação forte e persistente ○ As proteínas-alvo ignoram sinais que não sejam especificamente seus ● Variabilidade de sinal ○ As células em uma população exibem uma variação aleatória na concentração e na atividade dos M.S. ○ Uma variação repentina nessa concentração/atividade gera uma sinalização. ● Complexo de sinalização Biologia Molecular e Celular Isabel Lima ○ São agregados com proteínas de suporte ○ Como todas as proteínas-alvo estão agregadas juntas, elas podem atingir concentrações locais altas e podem ser ativadas sequencialmente com uma velocidade maior ○ Podem ser transitórios, durando apenas o intervalo de tempo do sinal, rodeando o sinal, podendo fosforila-lo ou formar PIs ○ Proximidade induzida ■ Reunir as proteínas pode ativá-las a partir dos seus domínios de interação (SH2, SH3 e PTB) ○ Tipos: ■ Pré-formação do complexo de sinalização na proteína de suporte ■ Associação do complexo de sinalização no receptor ativado ■ Associação do complexo de sinalização nos sítios de ancoragem de fosfoinositídeos. RESPOSTA Pode variar segundo o seu tempo de resposta, sensibilidade, variação dinâmica das concentrações de sinal, persistência da resposta, nas diferentes formas de processamento do sinal, na sua capacidade de integração com outras vias de sinalização e na coordenação de respostas múltiplas. (825) MECANISMOS DE RESPOSTA CELULAR ● VIA RÁPIDA (s - min) ○ Modificação na função proteica ○ A proteína já estava lá esperando pelo sinal ● VIA LENTA (min - h) ○ Existe a síntese de RNA → Proteína alterada ○ Passa por todo o processo de expressão gênica Biologia Molecular e Celular Isabel Lima FORMA DA RESPOSTA ● Sigmóide⇒ só rola com muito sinal liberado ○ Reage brutalmente quando a concentração do sinal em situações normais é baixae vai aumentando proporcionalmente ao aumento do sinal ● Descontínua / tudo ou nada ⇒ O sinal deve chegar a uma concentração específica ○ É uma forma de selecionar o sinal ○ Não aumenta com o tempo, bateu a meta é vapo (828) MODELOS DE ALIMENTAÇÃO ● Retroalimentação Positiva⇒ O produto estimula a sua própria produção ○ o sinal X aumenta a produção de Y que estimula a maior produção do Y ○ Cria sistemas biestáveis → o produto se auto sustenta (829) ● Retroalimentação Negativa⇒ O produto inibe a sua própria produção ○ O sinal W aumenta a produção de Z que retarda a produção do sinal Z ○ Ele limita a persistência da resposta ○ Retardo longo → respostas oscilatórias ○ Retardo curto → freio abrupto (830) AJUSTE CELULAR DA SENSIBILIDADE ● Adaptação / Dessensibilização⇒ depois de tanto sinal, a célula acostumou ○ A adaptação permite que a resposta seja com base na variação da concentração do sinal, e não no aumento da concentração em si. → o que vale é o delta!! ● Mecanismos ○ Retroalimentação negativa ○ Inativação dos receptores Biologia Molecular e Celular Isabel Lima ■ Endocitose → retroalimentação do receptor, quebrando-o no lisossomo ■ inativação na mp mesmo → fosforilação do receptor RECEPTORES ACOPLADOS À PROTEÍNA G ou GPCRs O QUE SÃO? ● Medeiam a maioria dos sinais externos ● Consiste em uma única cadeia que atravessa a mp 7x ● A interação é mediada por uma proteína trimérica de ligação a GTP (proteína G) que pode estar ligado a um canal iônico ou a enzimas (832) ○ Possui a subunidade Alfa (GTPase) e a subunidade Beta e Gama, que ficam sempre juntas. ○ Inativado/GDP → Alfa+Beta+Gama ■ Proteínas RGS ativam as GAPS e inativam ○ Ativado/GTP → Alfa // Beta+Gama ■ Influência do sinal estimulando a GEF AMP cíclico e CINASE A (PKA) ● É um segundo mensageiro ● É formado a partir do ATP com uma reação de ciclização catalisada pela adenililciclase. A Fosfodiesterase quebra a ligação que cicliza o cAMP, inativando-o. ● As mudanças de concentração da cAMP dependem de que GPCR o sinal irá ativar. Se ele ativar um acoplado à uma proteína Gs (Estimuladora), Biologia Molecular e Celular Isabel Lima aumentar-se-á a concentração de cAMP ao ativar a adenilil ciclase. Se ela ativar uma Gi (Inibidora), o inverso ocorre. APLICAÇÕES DA cAMP ● Atua na tireoide (secreta o TSH), córtex da suprarrenal (ACTH), ovário (LH), músculo (epinefrina)... ● A cólera é causada por distúrbios na cAMP. A persistência da sua produção estimula um influxo de Cl- para o lúmen do intestino, levando a uma diarreia da cólera. ● Na coqueluche, produz-se uma toxina que impede a ligação de proteínas Gi com receptores, mantendo-a inativa. (835) PROTEÍNA CINASE DEPENDENTE DE AMP CÍCLICO (PKA) ● A PKA possui 2 subunidades catalíticas e 2 subunidades reguladoras (cAMP atua) ○ As subunidades reguladoras encontram proteínas de ancoragem à cinase A, que ligam a PKA ao citoesqueleto ou à uma endomembrana ● Ativação da PKA (Cinase A) ○ A cAMP retira as subunid. regulatórias, expondo as sub. catalíticas, ativando-as. ● Formação da PKA 1. Sinal + GPCR 2. Alteração conformacional → ativa a prot. G estimuladora (Gs) 3. Prot. Gs atua na adenilil ciclase 4. Ativa o cAMP 5. cAMP se liga ao PKA, expondo a sua subunidade catalítica 6. PKA ativada se liga a proteína que vai atuar no CRE (cAMP element response), a CREB 7. A CREB, quando tem uma serina fosforialada, recruta a sua Binding-Protein, a CBP. (836) Biologia Molecular e Celular Isabel Lima PLCB (Fosfolipase C-Beta) e CINASE C (PKC) ● Atua no fígado (vasopressina), pâncreas (acetilcolina), no musc. liso (acetil colina) e nas plaquetas (trombina) ● Atua no fosfatidilinositol 4,5 difosfato, presente na bicamada interna da mp, quebrando-o em diacilglicerol (precursor para outros fosfolipídeos ou ativa a proteína cinase C) e inositol 3,4,5 trifosfato (libera Ca++ do Ret. Sarco) ATUAÇÃO DO PLCB ou FOSFOLIPASE-C-BETA 1. Molécula sinalizadora + GPCR 2. Ativa a Proteína Gq 3. A Prot. G ativa a fosfolipase C-Beta (PLCB) 4. Essa fosfolipase quebra a PI(4,5)P2 5. Forma diacilglicerol a. Migra pra mp para ativar a proteína cinase-C (PKC) i. Essa proteína é sensível ao Ca++. Por isso, a formação do IP3 é essencial para o bom funcionamento da PKC b. Pode ser clivado e formar ácido araquidônico, matéria-prima de eicosanóides, que participam nas respostas inflamatórias e nas respostas à dor. 6. Forma fosfatidilinositol 3,4,5 trifosfato (IP3) a. Se difunde no citosol e atua nos canais de Ca++ do RE controladas por ligante (837) b. Promove a saída de Ca++ do R. Sarco→ atua na Prot. Cinase C. O ÍON CÁLCIO ● Participa de MUITOS sinais ● É um mediador efetivo por conta de um poder de variação de concentração expressivo ○ Tem muito pouco Ca++ no meio IC, portanto, qualquer variação é um surto Biologia Molecular e Celular Isabel Lima ● Se auto amplifica, mas com limites ○ O aumento da [Ca++] abre o canal de Ca++ regulado pelo receptor de rianodina, liberando ainda mais cálcio no citosol ■ Retroalimentação positiva ○ Depois de muito tempo se auto amplificando, os canais fecham, iniciando uma retroalimentação negativa. ○ Esse sistema causa oscilações na [Ca++], que muitas vezes funciona como um sinal celular ● Existem mecanismos que encerram rapidamente esse sinal ○ Canal de Ca++/H+ na membrana ○ Permutador Ca++/Na+ ○ Reabsorção de Ca++ no Ret. Sarco. PROTEÍNA G + CANAL IÔNICO ● São capazes de ativar/inativar canais iônicos presentes na mp, alterando a sua permeabilidade a íons e, portanto, modificando a sua excitabilidade. (843) ● Ações diretas ○ A acetilcolina divide a prot. G do musc. cardíaco e a unidade BY abre os canais de K+, repolarizando a membrana e impedindo a contração. ● Ações indiretas ○ Fosforilação de canais iônicos ou formação de nucleotídeos cíclicos que ativam/inativam esses canais (843, albertão) OLFATO E VISÃO ● Proteína Golf → Proteína responsável pelo olfato ○ Ativa a adenililciclase, produzindo cAMP que abre canais de Na+, despolarizando a membrana e criando um impulso ○ Cada odorante ativa uma proteína em específico, que cria um impulso diferente do outro, gerando a sensação de diferentes odores ● Proteína Gtransducina → proteína responsável pela visão Biologia Molecular e Celular Isabel Lima ○ Ativa a fosfodiesterase do GMP cíclico que quebra a cGMP, provocando o fechamento de canais de cátions, hiperpolarizando a membrana ○ A reposição de cGMP acontece com a ativação da guanililciclase, ativada quando há uma queda na concentração de Ca++ no citosol ÓXIDO NÍTRICO ● Mediador local de ação rápida ● Relaxa a musculatura lisa da parede dos vasos sanguíneos ● Formação: 1. Acetilcolina é recebida por um receptor na MP 2. Óxido-nítrico-sintetase converte a arginina em NO 3. NO se difunde pela MP até chegar na célula muscular lisa 4. NO se liga a guanilil ciclase → produção de GMP cíclico 5. GMP cíclico causa a reabsorção de Ca++ no Ret. Sarcoplasmático 6. Relaxamento rápido da musculatura lisa → vasodilatação ⇒ Fosfodiesterase → quebra a parte cíclica do GMP que impede a reabsorção de Ca++ no Ret. Sarco., causando a contração da musculatura. RECEPTORES ACOPLADOS À ENZIMAS ● Funcionam como enzimas ou são acopladas à enzimas ● O sítio de interação com o ligante é extracelular e o sítio catalítico/sítio de ligação com a enzima é intracelular (819) ● Receptores tirosina-cinase e receptores citosina RECEPTORES TIROSINA-CINASE (RTK) ● Os receptores tirosina-cinase estão distribuídos na mp Biologia Molecular e Celular Isabel Lima ● Possuem um domínio extracelular que se liga ao sinal e um domínio citosólico com a ativação da cinase. Essa ativação leva a fosforilação das cadeias laterais da tirosina, criando sítios de ancoragem para outras proteínas de sinalização intracelular. ○ Essa ativação perpassa por uma dimerização entre dois domínios citoplasmáticos da cinase. Essa união pode promover a fosforilação ou outras mudanças conformacionais responsáveis pela ativação.● Eles funcionam na seguinte ordem: 1. Ligação do sinal a cinase 2. Promove a fosforilação do receptor 3. Forma pontos de ligação de outras proteínas a. Cada uma se liga a um sítio em específico pela SH2 b. A fosforilação da tirosina é um comutador 4. Essas proteínas vão transmitir o sinal atuando como um segundo mensageiro. (854) O FUNCIONAMENTO DA RTK COMO AS PROTEÍNAS SE ANCORAM ● Se ligam pelos domínios de interação modulares ● Podem ser enzimas ○ Fosfolipase C-Y (PLCY) que age como a PLCB ○ Src → fosforila a tirosina Biologia Molecular e Celular Isabel Lima ○ PI 3 Cinase → fosforila lipídeos ● Se ligam à tirosina pelo SH2 ou PTB. O SH3 se liga à outras proteínas (854) FAMÍLIA RAS ● Tem 3 tipos muito semelhantes: H, K e N-Ras. ● As Ras e as Rhos são as únicas que participam do processo de sinalização, interagindo com proteínas de sinalização intracelular. ● São comutadores → alternam entre ativados e inativados segundo a sua ligação com o GTP/GDP. ○ Possuem as proteínas auxiliares, Ras-GEF e Ras-GAP (854) ○ Quando inativadas (GDP) persistem ligadas à membrana ATIVAÇÃO 1. Sinal + RTK 2. RTK fosforilado 3. Cria pontos de ligação com a GRB2 via seu domínio SH2 4. O domínio SH3 se liga a Ras-GEF 5. A Ras-GEF ativa a proteína Ras (GDP → GTP) 6. A Ras estando ativa, ela atuará na cascada de MAP-Cinases ● Cascata da MAP-Cinase 1. A proteína Ras ativa a RAF ou a MAP-cinase-cinase-cinase 2. RAF fosforila o ATP atuando na MEK ou na MAP-cinase-cinase 3. A MEK atua na ERK ou MAP-cinase 4. Essa ERK pode a. Atuar no citoplasma → atividades proteicas (via rápida) b. Atuar no núcleo → mudanças na expressão gênica (via lenta) ⇒3,2,1 em MAP FAMÍLIA RHO ● Regulam o citoesqueleto de Actina e microtúbulos Biologia Molecular e Celular Isabel Lima ● Possuem a Rho, Rac e Cdc42, todas GTPases que variam o seu estado segundo a sua ligação com o GTP/GDP ○ Participação de Rho-GEF e GAPs ○ Quando inativadas (GDP) se ligam a GDIs no citosol ATIVAÇÃO 1. Efrinas (sinal) + RTK do tipo Eph 2. RTK Eph ativado → colapso dos cones de crescimento 3. Ativação de uma efexina (Rho-GEF) → Ativa a Rho, inserindo um GTP 4. Rho-GTP atua no citoesqueleto (859) PI 3 CINASE ● É uma enzima que se liga à cauda lateral da Tirosina-Cinase (RTK) ● Atua nos sinais de sobrevivência da célula ● PI 4,5 P2 → Hidrolisado pelas fosfolipases C Beta ou Gama produzindo IP3 solúvel e diacilglicerol. ● PI 3,4,5 P3 → É produto dessa hidrólise e permanece na membrana até serem desfosforiladas por fosfatases, como a PTEN. ● Existem vários tipos de PI 3 Cinases, as ativadas pela RTK e GPCRs são as da classe I. ● O sinal se liga a PI 3 Cinase via dos domínios PH. A serina/treonina-cinase Akt, por exemplo, tem o domínio PH e, ao se ligar com o PI 3, por influência do sinal “insulina”, promove a sobreviência da célula. O SINAL DE SOBREVIVÊNCIA 1. Sinal de sobrevivência + Receptor tirosina-cinase 2. Ativa a PI 3 Cinase, que produz PI 3,4,5 P3 3. Esse fosfatidilinositol 3,4,5 trifosfato chama a PKB e a PDK1, ambas com domínios PH - Akt Biologia Molecular e Celular Isabel Lima 4. Ativação da Akt 5. Fosforilação da Bad, separando as suas subunidades liberando um fator de inibição a apoptose (861) TOR ● É ativada por fatores de crescimento pela PI 3 Cinase-Akt, ao inativar uma GAP que inativa as Rheb. Com a ativação das Rheb, há a ativação do complexo 1 do mTOR. ● Promove o crescimento e a sobrevivência celular. RTK X GPCR ● Se sobrepõem no citosol ● Elas acabam se misturando por terem solutos em comum, criando diversas vias de ativação de uma mesma resposta JAK - STAT ● O receptor se associa com outra proteína que tem atividade enzimática de cinase (JAK) ● A aproximação dos receptores causa a fosforilação alternada das estruturas e depois a fosforilação das tirosinas adjacentes. ○ Essas fosfotirosinas servem como sítio de ligação para as STAT 1 e 2, que se ancora pelos domínios SH2 ● Essas STAT também sofrem fosforilação pela Jak, permitindo a formação de um complexo STAT 1 e STAT 2, que se ligam novamente pelos domínios SH2, que migra para o núcleo, ativando uma sequência gênica que atuará em ações inflamatórias. ● A ativação gênica gera uma retroalimentação negativa, ativando outras proteína que inibe a atividade da JAK - STAT Biologia Molecular e Celular Isabel Lima APOPTOSE ● Manutenção dos tecidos adultos ○ Serve para esculpir ou ainda para retirar acessórios desnecessários dos tecidos. ○ Sobretudo, elimina células anormais (1022) ● Desenvolvimento embrionários ● Mecanismos de defesa ● Apoptose → A apoptose é coordenada e programada. Portanto, a apoptose é um mecanismo previsto. ○ Pode se dividir em corpos apoptóticos ou iniciar uma destruição programada de encolhimento e condensação, evitando o extravasamento desordenado de partes celulares para o meio EC ● Necrose → Na necrose, há o desordenamento do processo, gerando uma resposta inflamatória. ○ Pode ser causada por uma depleção energética CASCATA DE CASPASES ● C → Cisteína + Asp → Ácido aspártico ○ Clivam sequências de proteínas dentro da célula, causando, assim, a apoptose. ■ Lâminas nucleares, DNA, citoesqueleto, proteínas de adesão ○ Seu processo é destrutivo, autoamplificável e irreversível. 1. Sinal apoptótico age nas caspases iniciadoras, dimerizando-as e clivando-as 2. Formação da caspase iniciadora ativa 3. Essa caspase iniciadora ativa vai agir nas caspases executoras, ativado-as a. Um único complexo caspases iniciadora ativa pode ativar diversas caspases executoras, amplificando o processo 4. Essas caspases executoras vão clivar múltiplos substratos em resíduos de ácido aspártico, gerando a apoptose Biologia Molecular e Celular Isabel Lima AS VIAS DA APOPTOSE VIA EXTRÍNSECA ● A célula que sofrerá apoptose expõe os fatores da morte ou TNF (fator de necrose tumoral) ● O fator TNF dispara a exposição do Fas Receptor na mp da célula ● Os linfócito T possui a Fas Ligante que se liga ao Fas Receptor da célula que deverá morrer → DISC (complexo de sinalização indutor de morte) ○ Esse Fas Receptor é um marcador da célula que acoplou antígenos à sua membrana ● Esse fas receptor atua sobre caspases iniciadoras que atuaram nas caspases-8 executoras a jusante (downtream), acontecendo a apoptose ● FLIP → Proteína que inativa o DISC, inibindo a apoptose. (1025) VIA INTRÍNSECA ou MITOCONDRIAL 1. A liberação do citocromo C (habia no espaço intermembrana das mitocôndrias) 2. Ligação do citocromo C com a Apaf1 (fator 1 de ativação da protease apoptótica) 3. Citocromo C + Apaf1 se agrupa ao CARD formando uma unidade do apoptossoma 4. Essas unidades se agrupam formando o apoptossoma, compostos por 7 Apaf1 + CARD 5. Esse conjunto ativa as caspases 9, que se liga ao apoptossomo 6. Esse conjunto ativa caspases executoras → apoptose Biologia Molecular e Celular Isabel Lima LIBERAÇÃO DO CITOCROMO C 1. O estímulo apoptótico promove a formação de um oligômero com as proteínas efetoras da família Blc2 pró-apoptóticas. a. Essas proteínas podem ser a Bax e Bak 2. Por esse canal, passa o citocromo C, liberando-o Portanto, quando não se tem o estímulo apoptótico, proteínas da família Bcl2 que são anti-apoptóticas (Bcl2 e BclX1) se ligam às pró-apoptóticas, inibindo-as a formar o oligômero, impedindo a passagem de citocromo C que permitirá a apoptose. Portanto, a Bcl 2, quanto inativada, é uma inibidora da apoptose. CÉLULAS NERVOSAS O sinal de sobrevivência celular mantém apenas os neurônios que estão interligados em sinapses utilizadas. Portanto, os neurônios sofrem apoptose, caso inutilizados, para não atrapalhar a rede neural. Formação das trilhas de memória. FATORES DE SOBREVIVÊNCIA INIBINDO A APOPTOSE ● Fatores de sobrevivência ○ É um sinal extracelular que inibe a apoptose ○ Algumas células exigem a sinalização constante desses fatores. Quando ele cessa, a célula entra em apoptose. (1029) AUMENTO DA PRODUÇÃO DE BCL 2 1. O fator de sobrevivência se liga ao receptor,ativando 2. Esse receptor ativa um regulador de transcrição Biologia Molecular e Celular Isabel Lima 3. Esse fator de transcrição produz um RNAm que será decodificado em Bcl 2 anti-apoptótico (Bcl2 e BclX1) 4. Esse Bcl 2 E BclX1 na mitocôndria inibe a passagem de citocromo C, inibindo a apoptose ⇒ Atua justamente na via lenta, haja vista que existe a codificação e decodificação. INATIVAÇÃO DE PROTEÍNAS PRÓ-APOPTÓTICAS BH3 ● BH3 → Fazem parte da família de Bcl2. Seus domínios BH3 se ligam a proteínas Bcl2 anti-apoptóticas, neutralizando-as. Assim, elas permitem a atuação das Bcl 2 pró-apoptóticas. ○ proteínas p53 → ativam a transcrição de tipos de BH3, iniciando a apoptose de células potencialmente cancerosas. (1027-1028) 1. Fator de sobrevivência + receptor RTK 2. Ativa PI 3 Cinase que fosforila o PI 4,5 P2 em PI 3,4,5 P3 3. O PI 3,4,5 P3 ativa a Akt 4. Akt inativa as BH3 e ativa Bcl2 anti-apoptóticas (Bcl2 e BclX1) 5. Bcl 2 - BH3 inativa → inibe a apoptose INATIVAÇÃO DE ANTI-IAPS ● IAPs → Possui os domínios BIR que se ligam as caspases, inativando-as. Podem, também, inserir ubiquitinas na proteína, levando-a a ser destruída por proteossomos. Portanto, inibe a apoptose. ○ Existem os anti-IAP que possuem domínios de ligação aos domínios BIR das IAP, impedindo que elas se liguem as caspases e incentivando a apoptose (1029) 1. Fator de sobrevivência + receptor 2. Ativa a MAP-Cinase (cascata das MAP cinases) 3. Essa MAP cinase fosforila a HID, inativando-a a. A HID é uma bloqueadora das IAPs 4. Sem o anti-IAP, as IAPS estão livre para bloquear as caspases executoras → evita apoptose Biologia Molecular e Celular Isabel Lima FAGÓCITOS NA APOPTOSE ● Os fragmentos condensados derivados da célula que sofreu apoptose são fagocitados pelas células vizinhas sem deixar traços (não dispara reação inflamatória). ● Para que isso ocorra, a fosfatidilserina (concentrada na bicamada interna) deve fazer o flip-flop e passar para a bicamada externa. Após isso, proteínas de ponte ligam a fosfatidilserina com células vizinhas, iniciando a fagocitose. ● Células saudáveis expõem proteínas sinal na mp, bloqueando a fagocitose. (1030 - 1031) APOPTOSE COMBINA COM SAÚDE ● Apoptose excessiva → isquemia participando em infartos e derrames ○ Na isquemia, há também uma necrose das células devido ao vazamento do sangue e a sua não chegada as células alvo ● Apoptose inibida → câncer ○ Bcl2 anti-apoptóticas (Bcl2 e BclX1) inibidas formam linfomas incapazes de entrar em apoptose. ○ Mutação no p53 → perpetuação de células com potencial tumoral
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