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FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO 
ENSINO DA ORIGEM E EVOLUÇÃO DA 
TERRA E DAS ESPÉCIES
CURSOS DE GRADUAÇÃO – EAD
Fundamentos e Métodos do Ensino da Origem e Evolução da Terra e das Espécies – 
Prof.ª Ms. Silvia Renata de Oliveira Santos 
Meu nome é Silvia Renata de Oliveira Santos. Sou Bióloga forma-
da pela Universidade Federal em São Carlos e mestre em Enge-
nharia Civil com ênfase em Engenharia Ambiental pela Escola de 
Engenharia de São Carlos – USP. Apesar da aparente diversidade 
em minha atuação e formação, acredito que todas as áreas das 
ciências naturais devem "andar de mãos dadas" e, portanto, todo 
conhecimento é complementar e não excludente. 
e-mail: siltheo@hotmail.com
Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação
FUNDAMENTOS E MÉTODOS DO 
ENSINO DA ORIGEM E EVOLUÇÃO DA 
TERRA E DAS ESPÉCIES
Silvia Renata de Oliveira Santos
Batatais
Claretiano
2014
Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação
© Ação Educacional Claretiana, 2012 – Batatais (SP)
Versão: ago./2014
Fichas de Programa Especial de Formação Pedagógica em 
Biologia 
 
 
 591.38 S233f 
 Santos, Silvia Renata de Oliveira 
 Fundamentos e Métodos do Ensino da Origem e Evolução da Terra e 
 das Espécies / Silvia Renata de Oliveira Santos – Batatais, SP : Claretiano, 
 2014. 
 284 p. 
 ISBN: 978-85-8377-150-0 
 
 1. Origem do universo. 2. Deriva Continental. 3. Lamarckismo. 4. Darwinismo. 
 5. Neo-Darwinismo. 6. Teoria Sintética da Evolução. 7. Fósseis. 8. História 
 geológica da Vida. 9. Mecanismos da evolução. 10. Biodiversidade. 
 I. Fundamentos e Métodos do Ensino da Origem e Evolução da Terra e 
 das Espécies. 
 
 CDD 591.38
Corpo Técnico Editorial do Material Didático Mediacional
Coordenador de Material Didático Mediacional: J. Alves
Preparação 
Aline de Fátima Guedes
Camila Maria Nardi Matos 
Carolina de Andrade Baviera
Cátia Aparecida Ribeiro
Dandara Louise Vieira Matavelli
Elaine Aparecida de Lima Moraes
Josiane Marchiori Martins
Lidiane Maria Magalini
Luciana A. Mani Adami
Luciana dos Santos Sançana de Melo
Patrícia Alves Veronez Montera
Raquel Baptista Meneses Frata
Rosemeire Cristina Astolphi Buzzelli
Simone Rodrigues de Oliveira
Bibliotecária 
Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11
Revisão
Cecília Beatriz Alves Teixeira
Felipe Aleixo
Filipi Andrade de Deus Silveira
Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz
Rafael Antonio Morotti
Rodrigo Ferreira Daverni
Sônia Galindo Melo
Talita Cristina Bartolomeu
Vanessa Vergani Machado
Projeto gráfico, diagramação e capa 
Eduardo de Oliveira Azevedo
Joice Cristina Micai 
Lúcia Maria de Sousa Ferrão
Luis Antônio Guimarães Toloi 
Raphael Fantacini de Oliveira
Tamires Botta Murakami de Souza
Wagner Segato dos Santos
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer 
forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na 
web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do 
autor e da Ação Educacional Claretiana.
Claretiano - Centro Universitário
Rua Dom Bosco, 466 - Bairro: Castelo – Batatais SP – CEP 14.300-000
cead@claretiano.edu.br
Fone: (16) 3660-1777 – Fax: (16) 3660-1780 – 0800 941 0006
www.claretianobt.com.br
SUMÁRIO
CaDERnO DE REfERênCIa DE COnTEúDO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 7
2 ORIENTAÇÕES PARA ESTUDO .......................................................................... 8
3 E-REFERêNCIAS ................................................................................................ 27
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA TERRA
1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 29
2 CONTEÚDOS .................................................................................................... 30
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE .............................................. 30
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 31
5 INTRODUÇÃO À ASTRONOMIA ....................................................................... 31
6 SISTEMA SOLAR ................................................................................................ 44
7 OS MOVIMENTOS DA TERRA .......................................................................... 49
8 A ESTRUTURA DA TERRA ................................................................................ 54
9 ATMOSFERA ...................................................................................................... 60
10 HIDROSFERA .................................................................................................... 65
11 TECTôNICA DE PLACAS .................................................................................. 67
12 DERIVA CONTINENTAL .................................................................................... 71
13 TEXTO COMPLEMENTAR ................................................................................ 74
14 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 77
15 CONSIDERAÇÕES ............................................................................................ 81
16 E-REFERêNCIAS ................................................................................................ 81
17 REFERêNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 84
UNIDADE 2 – ESTUDO DA TERRA
1 OBJETIVOS ....................................................................................................... 85
2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 86
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE .............................................. 86
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 87
5 MINERAIS ......................................................................................................... 88
6 ROCHAS ............................................................................................................. 91
7 INTEMPERISMO ............................................................................................... 96
8 O SOLO .............................................................................................................. 100
9 A TERRA "CONTA" SUA HISTÓRIA ................................................................... 110
10 O TEMPO GEOLÓGICO ................................................................................... 125
11 TEXTO COMPLEMENTAR ................................................................................. 131
12 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ....................................................................... 133
13 CONSIDERAÇÕES ............................................................................................ 138
14 E-REFERêNCIAS ............................................................................................... 139
15 REFERêNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 142
UNIDADE 3 – HISTÓRIA DA VIDA NA TERRA
1 OBJETIVOS ....................................................................................................... 145
2 CONTEÚDOS ................................................................................................... 145
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE .............................................. 146
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE .............................................................................. 146
5 A ORIGEMDA VIDA NA TERRA ....................................................................... 147
6 PRé-CAMBRIANO (DE 4,6 BILHÕES A 540 MILHÕES DE ANOS) .................... 156
7 A ERA PALEOzOICA (DE 540 MILHÕES A 245 MILHÕES DE ANOS) .............. 160
8 A ERA MESOzOICA (DE 245 A 65 MILHÕES DE ANOS) .................................. 173
9 A ERA CENOzOICA (DE 65 MILHÕES DE ANOS ATRÁS ATé OS 
DIAS DE HOJE) .................................................................................................. 183
10 ORIGEM E EVOLUÇÃO DO HOMEM .............................................................. 194
11 TEXTO COMPLEMENTAR ................................................................................ 210
12 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ...................................................................... 215
13 CONSIDERAÇÕES ............................................................................................. 219
14 E-REFERêNCIAS ................................................................................................ 219
15 REFERêNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 225
UNIDADE 4 – FUNDAMENTOS DA EVOLUÇÃO BIOLÓGICA
1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 227
2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 227
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE .............................................. 228
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 229
5 CRIACIONISMO E EVOLUCIONISMO .............................................................. 230
6 TEORIA SINTéTICA DA EVOLUÇÃO .................................................................. 238
7 EVIDêNCIAS DA EVOLUÇÃO BIOLÓGICA ....................................................... 239
8 MECANISMOS E PROCESSOS DA EVOLUÇÃO BIOLÓGICA ............................ 246
9 ESPéCIE E CONCEITO DE ESPECIAÇÃO ........................................................... 257
10 TEXTO COMPLEMENTAR ................................................................................ 272
11 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ...................................................................... 275
12 CONSIDERAÇÕES ............................................................................................ 279
13 E-REFERêNCIAS ............................................................................................... 281
14 REFERêNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 283
CRC
Caderno de 
Referência de 
Conteúdo
1. InTRODUÇÃO
Prezado aluno, seja bem-vindo!
Iniciaremos o estudo de Fundamentos e Métodos do Ensino 
da Origem e Evolução da Terra e das Espécies, por meio do qual 
você obterá as informações necessárias para o embasamento te-
órico da sua futura profissão como docente e para as atividades 
que virão.
Gostaríamos de ressaltar que, ao longo deste percurso, será 
necessário que você se recorde de alguns conceitos já trabalhados 
durante seus estudos. Lembre-se de que você, como futuro profis-
sional da educação, deverá sempre estar adquirindo conhecimen-
to e relembrando o que já aprendeu. Isto deve se tornar um hábito 
em sua vida docente.
Vamos ao trabalho!
© Fundamentos e Métodos do Ensino da Origem e Evolução da Terra e das Espécies8
2. ORIEnTaÇÕES PaRa ESTUDO
abordagem Geral
Antes de nos dedicarmos ao estudo das unidades que com-
põem este Caderno de Referência de Conteúdo, conheceremos, 
neste tópico, os principais aspectos dos conteúdos que serão tra-
balhados. Ao elaborarmos este tópico, mais uma vez, objetivamos 
proporcionar a você, futuro docente, a base necessária para uma 
formação sólida e criteriosa. Dessa forma, serão apresentados 
os principais aspectos e os conceitos gerais que serão estudados 
neste Caderno de Referência de Conteúdo. Então, estimado aluno, 
vamos iniciar nosso estudo para conhecermos a origem e os cami-
nhos pelos quais a vida na Terra evoluiu e prosperou.
Nós todos, em algum momento de nossas vidas, já nos per-
guntamos de onde vieram e como se formaram as estrelas, os pla-
netas e todo o universo. A investigação sobre a origem e evolução 
do Universo é objeto de estudo de muitas áreas da Ciência, cuja 
contribuição ao conhecimento científico edifica um importante 
ramo de pesquisa em todo o mundo. A Teoria da Grande Explosão, 
Explosão Primordial ou o Big Bang explica quais foram as condi-
ções e os processos necessários à origem e evolução do Universo.
Segundo o Big Bang, termo utilizado como alusão à explosão 
que deu origem a tudo que compõe o Universo, no início de tudo, 
o espaço era preenchido completamente pela matéria extrema-
mente quente e muito densa que explodiu e passou a expandir 
e resfriar contínua e lentamente. Assim, após a grande explosão, 
surgiram todos os componentes do Universo, tais como planetas, 
estrelas, sistemas, galáxias e outros corpos celestes.
Quando contemplamos o céu, durante uma noite estrela-
da ou em uma noite de luar, observamos alguns dos milhares de 
componentes que formam o Universo. A lua, o sol, os planetas e 
as estrelas são os corpos celestes que, de alguma maneira, mais 
Claretiano - Centro Universitário
9© Caderno de Referência de Conteúdo
conhecemos e que, desde os tempos mais remotos, sempre pro-
curamos observar. 
Para entendermos um pouco mais do que vemos nas noites 
claras e estreladas ou de todo o esplendor de uma noite de luar, 
precisamos conhecer alguns componentes que formam o Universo.
Orientando os antigos navegantes ou como fonte de inspi-
ração poética, as estrelas são notadamente um dos componentes 
do Universo que todos nós, em algum momento de nossas vidas, 
observamos no céu. As estrelas são corpos gasosos, esféricos e bri-
lhantes, ou seja, são objetos luminosos que produzem a luz emi-
tida através das reações termonucleares em seus núcleos e que 
assim se mantêm brilhando por milhões de anos, tal como o Sol.
Sob o ponto de vista de quem as observa da Terra, as estre-
las formam constelações, identificadas por nós como figuras de 
animais, pessoas ou objetos, facilitando nossa observação do céu.
Os planetas, ao contrário das estrelas, são corpos esféricos, 
desprovidos de luz própria e que se movimentam ao redor de si 
mesmos e ao redor de uma estrela. O trajeto ou percurso que um 
planeta realiza ao redor de uma estrela é chamado de órbita, e, 
como cada planeta possui uma órbita definida, o grupo dos pla-
netas que orbitam ao redor de uma estrela formam os sistemas 
planetários, tais como o Sistema Solar.
No século 2º, um importante astrônomo chamado Ptolomeu, 
explicou o movimento dos planetas com um modelo, no qual a Terra 
era o centro de todo o universo, ao redor da qual todos os corpos 
celestes existentes orbitavam. O modelo produzido por Ptolomeu 
ficou conhecido por modelo Geocêntrico ou Geocentrismo. 
Posteriormente, a ideia de que os planetas movimentam-se 
ao redor de uma estrela constituiu a base do chamado modelo 
Heliocêntrico, foi concebida por Aristarco de Samos (310-230 a.C.) 
e posteriormente retomada por Copérnico (1473-1543) e, muito 
depois, defendida por Galileu Galilei (1564-1642).
© Fundamentos e Métodos do Ensino da Origem e Evolução da Terra e das Espécies10
Os planetas que compõem o sistema solar, ao qual pertence 
nosso planeta são classificados em relação à sua proximidade com 
o Sol, isto é, os mais próximos, Mercúrio, Vênus, Terra e Marte, 
são chamados de internos ou telúricos, enquanto Júpiter, Saturno, 
Urano, Netuno, os mais distantes, de externos ou jovianos. 
Ainda na Unidade 1, iniciaremos o estudo da Terra e para co-
nheceremos a estrutura interna e externa do nosso planeta, como 
a natureza do material que o constitui e alguns processos de sua 
dinâmica, precisaremos seguir viagem e conhecer, na Unidade 2, 
os principaisaspectos dos minerais, rochas e de alguns processos 
geológicos relacionados à origem e à estrutura desses componen-
tes, que são, na verdade, os constituintes de toda a estrutura de 
nosso planeta.
Responsáveis por, aproximadamente, 98,8% da massa total 
da Terra, os elementos químicos, constituem a unidade básica de 
todos os minerais aqui presentes. Amplamente diversos e extre-
mamente importantes à vida, os minerais podem ser classifica-
dos utilizando-se vários critérios, tais como composição química, 
estrutura cristalina, dentre outros. Vários e distintos processos e 
eventos geológicos promovem a associação de minerais, resultan-
do em estruturas geológicas chamadas rochas, e, assim como es-
tes, as rochas podem ser classificadas de várias maneiras. Neste 
material, vamos conhecer as rochas, classificando-as a partir dos 
processos que as originaram e, assim, estudaremos as rochas ígne-
as, sedimentares e metamórficas.
As rochas ígneas, também chamadas de magmáticas, resul-
tam de processos magmáticos ou vulcânicos, que dão origem às 
rochas do tipo ígneas intrusivas ou plutônicas e às rochas extru-
sivas ou vulcânicas. Assim como os granitos, as rochas plutônicas 
formam-se quando o magma sofre resfriamento no interior do 
planeta, enquanto que as rochas vulcânicas, tais como o basalto, 
resultam do resfriamento do magma em sua superfície. 
Claretiano - Centro Universitário
11© Caderno de Referência de Conteúdo
As rochas sedimentares formam-se por vários processos físi-
cos e químicos que serão detalhados a seu tempo, mas cabe aqui 
ressaltar que, de qualquer forma, tais rochas se formam pela com-
pactação de material inconsolidado ou sedimentar, que, por sua 
vez, tem origem pela ação das condições ambientais às quais as 
rochas são expostas. 
O último grupo ou classe de rochas são das chamadas rochas 
metamórficas, e, como o nome sugere, são rochas que surgem com 
a transformação ou metamorfose de rochas preexistentes. A forma-
ção desse tipo de rocha ocorre por uma série de processos, mas 
resultam, especialmente, da elevação de temperatura e pressão.
Após conhecermos os minerais e as rochas, conheceremos, 
ainda na Unidade 2, os processos de formação dos solos, suas prin-
cipais características ou propriedades, tais como o ambiente ou 
as condições de formação e evolução de um solo, além de enten-
dermos como podemos classificá-los de maneiras distintas a partir 
dos critérios utilizados. Finalizaremos este tópico conhecendo, re-
sumidamente, alguns dos principais tipos de solos brasileiros, tra-
tando, especificamente, da importância, do uso e da degradação 
desse recurso pelo homem.
Precisamos seguir em frente e, ainda na Unidade 2, vamos 
conhecer a vida na Terra desde sua origem até os dias de hoje, 
dando início ao estudo dos fósseis, entendendo-os como o regis-
tro da história da vida em nosso planeta. Os fósseis são definidos 
como restos ou vestígios de organismos que aqui viveram há mi-
lhões de anos e que guardam informações valiosas sobre a origem 
e evolução das formas de vida que habitaram e habitam a Terra. 
É importante ressaltar que, assim como a vida, muitos fenômenos 
ou eventos geológicos podem ser estudados e compreendidos pe-
los registros fósseis.
Mas como tais informações permanecem preservadas pelos 
fósseis? 
© Fundamentos e Métodos do Ensino da Origem e Evolução da Terra e das Espécies12
A fossilização é um processo complexo e demorado de trans-
formações que, em condições favoráveis, resultam em registros 
fossilíferos distintos, como os chamados restos, que preservam 
integral ou parcialmente um organismo, e os vestígios, que pre-
servam muitas e distintas evidências de sua existência. Trataremos 
dos processos e condições necessários para que a fossilização ocor-
ra e conheceremos os tipos de fósseis que resultam dos diferentes 
tipos de fossilização e de como o estudo dos fósseis possibilitam a 
construção e o conhecimento sobre a vida na Terra.
Os pseudofósseis são estruturas ou mesmo organismos que, 
equivocadamente, são definidos como fósseis, mas, embora se-
jam assim chamados, não constituem exemplos verdadeiros des-
te conceito. Assim, muitas vezes, organismos como Ginkgo bilo-
ba, Nautillus sp., Limulus sp., Lingula sp. e Latimeria chalumnae 
são chamados de fósseis vivos porque existem há muito tempo e 
permanecem imutáveis ou pouco modificados ao longo do tempo 
geológico. Outros exemplos de falsos fósseis são os dendritos de 
pirolusita, estruturas produzidas pela precipitação de minerais, ex-
tremamente semelhantes a vestígios verdadeiros.
O tempo geológico é o conceito tratado ao final da Unidade 2, 
e, a partir desta abordagem, concluímos nossa investigação sobre o 
registro fóssil como ferramenta científica e pedagógica usada para a 
construção do conhecimento sobre a história da vida na Terra.
A terceira unidade é dedicada ao estudo da vida em nosso 
planeta. Iniciaremos nossos estudos reconstruindo o passado e, 
para isso, trataremos das principais características do ambiente 
primitivo que permitiram o surgimento e o estabelecimento das 
primeiras formas de vida na Terra. Depois de conhecermos como 
era o ambiente na Terra no passado, tomaremos contato com teo-
rias e hipóteses que apresentam explicações sobre processos e fe-
nômenos que foram responsáveis pelo aparecimento da vida. As-
sim, na Unidade 3, vamos conhecer os fundamentos da "Teoria da 
Abiogênese" ou "Geração Espontânea", uma das primeiras teorias 
Claretiano - Centro Universitário
13© Caderno de Referência de Conteúdo
que tentaram explicar a origem da vida na Terra. Muitos filósofos 
defendiam a crença da geração espontânea, sendo o filósofo Aris-
tóteles um de seus defensores mais conhecidos. Aristóteles defen-
dia a crença de que existiam "princípios ativos" ou "fatores" distin-
tos para cada porção inanimada da matéria, fazendo com que os 
seres vivos surgissem espontaneamente da matéria não viva. 
Posteriormente, negando a existência dos princípios ativos, 
o italiano Fransciso Redi opôs-se às ideias de Aristóteles, defen-
dendo que todo ser vivo só poderia surgir de outra forma de vida 
preexistente. Redi elaborou alguns experimentos com o objetivo 
de demonstrar e comprovar que a vida não surge espontaneamen-
te – teoria conhecida como "Teoria da Biogênese".
Outra explicação, defendida por Anaxágoras, para a origem da 
vida na Terra, é chamada de "Panspermia Cósmica" ou "Teoria Cos-
mozóica". Segundo a Panspermia Cósmica, a vida tem origem ex-
traterrestre, isto é, originou-se em outros planetas e chegou à Terra 
em estruturas chamadas de "genes etéreos", por meio de eventos 
cósmicos tais como o bombardeio de meteoros. A teoria teve mui-
tos seguidores famosos, como o físico e químico Arrhenius.
Além destas, outras hipóteses foram idealizadas para expli-
car como a vida surgiu na Terra quando, em 1924, o bioquímico 
russo Alexandre Oparin sugeriu que os compostos presentes na 
atmosfera primitiva deram origem à primeira forma de vida. O mo-
delo proposto por Oparin ficou conhecido como a "Sopa Orgânica 
de Oparin", "Teoria dos Coacervados" ou "Hipótese Heterotrófi-
ca". Em 1954, o modelo foi demonstrado experimentalmente pelo 
estudante Stanley Miller, que simulou, em um experimento até 
hoje considerado um clássico, como as primeiras proteínas teriam 
se formado e, a partir delas, como surgiram as primeiras substân-
cias coloidais ou os coacervados. Partindo da premissa de que os 
autótrofos foram os primeiros seres viventes do planeta, conhece-
remos as ideias que fundamentam a "Hipótese Autotrófica".
© Fundamentos e Métodos do Ensino da Origem e Evolução da Terra e das Espécies14
Ainda na Unidade 3, seguiremos nossa viagem para conhe-
cermos um pouco da história da vida ao longo do tempo geológi-
co. Para isso, nossa jornada investigativa passará por éons, eras e 
períodos, e, juntos, descobriremos organismos, extintos ou viven-
tes, cujos registros, pistas ou evidências deixadas por eles contam 
a história da vida na Terra. Ao finaldessa unidade, conheceremos 
um pouco da nossa própria história, recriando, de forma breve e 
simplificada, os caminhos trilhados pela nossa espécie, finalizando 
a Unidade 3. 
Para concluir nossa jornada, conheceremos, na última uni-
dade deste CRC, a Unidade 4, como o pensamento evolutivo trans-
formou o pensamento científico e as mais diversas esferas da 
sociedade. Para conhecermos as ideias que orientam os estudos 
sobre a evolução das espécies, vamos conhecer os pensamentos 
dominantes desse campo científico, abordando duas vertentes: o 
criacionismo e o evolucionismo. 
Endossados pelo conceito de um planeta jovem e, portan-
to, imutável, os criacionistas fundamentam-se essencialmente na 
ideia de que todas as formas de vida resultam da "criação divina", 
a partir de uma concepção de pensamento de imutabilidade, cujos 
argumentos são sustentados na interpretação, em diversos graus 
de literalidade, de livros sagrados. Um defensor e criacionista con-
victo do século 18 foi o taxonomista Carolus Linnaeus e o filósofo 
Charles Bonnet.
O pensamento evolucionista traz uma nova forma de ver e 
entender a vida na Terra. Defendendo o pensamento da evolução 
gradativa das formas de vida, Jean-Baptiste de Lamarck argumen-
tava que todos os seres seriam obra de um criador, mas que estes 
teriam se modificado em direção a uma maior complexidade ou a 
um grau maior de perfeição ao longo do tempo. Com esse pensa-
mento, rompe-se a ideia de imutabilidade, fortalecendo a concep-
ção de que os organismos se modificam gradativamente.
Claretiano - Centro Universitário
15© Caderno de Referência de Conteúdo
Os fundamentos de Lamarck contribuíram valiosamente na 
construção de uma teoria evolutiva, mas foi o jovem Charles Ro-
bert Darwin o idealizador da "Teoria da Evolução das Espécies" ou 
"Evolução Biológica", publicada em sua obra e considerada um di-
visor de águas do pensamento científico e o princípio unificador 
para de todas as áreas das ciências biológicas. A teoria formulada 
por Darwin foi reinterpretada por muitos estudiosos, que a remo-
delaram com as contribuições da genética, patologia, sistemática 
vegetal e zoológica, dentre outras áreas das ciências biológicas, 
para a construção de uma teoria evolutiva moderna à luz dos pres-
supostos de Darwin. Na Unidade 4, conheceremos, ainda, os prin-
cipais mecanismos e processos pelos quais se desenvolve toda a 
diversidade biológica.
Ao finalizarmos o estudo de Fundamentos e Métodos do En-
sino da Origem e Evolução da Terra e das Espécies, esperamos que 
você tenha ampliado suas concepções sobre a origem e evolução 
da Terra e da vida em nosso planeta e que continue sua jornada 
sempre atento e curioso para que possa aprender e ensinar todos 
os dias.
Glossário de Conceitos 
O Glossário de Conceitos permite a você uma consulta rá-
pida e precisa das definições conceituais, possibilitando-lhe um 
bom domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área de 
conhecimento dos temas tratados em Fundamentos e Métodos do 
Ensino da Origem e Evolução da Terra e das Espécies. Veja, a seguir, 
a definição dos principais conceitos:
1) adaptações Biológicas: "As adaptações que os diver-
sos organismos vivos possuem são um aspecto central 
no estudo da biologia. Todas as características que adé-
quam os seus possuidores a algo, geralmente, são ditas 
adaptativas e permitem que os seres vivos desenvolvam 
uma certa harmonia com o ambiente, ajustando-se as-
sim para a sua sobrevivência em um determinado local" 
(WIKIPéDIA, 2012). 
© Fundamentos e Métodos do Ensino da Origem e Evolução da Terra e das Espécies16
2) aglomerados estelares: "são conjuntos de estrelas que 
se formaram na mesma época e a partir da mesma nu-
vem. Essas estrelas devem apresentar idade e composi-
ção química inicial semelhantes" (DICIONÁRIO LIVRE DE 
GEOCIêNCIAS, 2012). 
3) ancestral: "Antepassado, em genealogia, é o nome que 
normalmente se atribui a um ascendente já morto ou 
que se localiza a várias gerações anteriores na repre-
sentação gráfica da árvore genealógica". Em biologia, 
em especial no estudo da evolução das espécies, "cos-
tuma-se usar a expressão ancestral comum para o an-
tepassado de diferentes espécies ou qualquer nível de 
classificação dos seres vivos. Pela teoria da evolução, 
todos os seres vivos até hoje encontrados são descen-
dentes de um mesmo ancestral comum universal, no 
que se chama também origem comum. Pela ancestra-
lidade comum constrói-se o que sejam os cladogramas, 
na filogenia. Em genética um homólogo é referente aos 
cromossomos que apresentam homologia parcial, sendo 
que cromossomos homólogos derivam de um ancestral 
comum" (WIKIPéDIA, 2012). 
4) astenosfera: "Região interna do planeta Terra, onde as 
ondas sísmicas diminuem de velocidade. Etimologica-
mente astenosfera significa esfera (camada) frágil (do 
grego sthenos = sem força, fraco), em referência ao fato 
de que é a região onde as ondas sísmicas diminuem de 
velocidade, o que denota que tem um comportamento 
mais plástico do que a litosfera, acima e do manto infe-
rior, abaixo" (DICIONÁRIO LIVRE DE GEOCIêNCIAS, 2012). 
5) atmosfera: "Nome genérico que se dá ao envoltório 
fundamentalmente gasoso de diversos astros, podendo 
não existir em alguns como na Lua. A atmosfera terres-
tre é um envoltório gasoso, composto principalmente 
pelos gases Nitrogênio (N2), Oxigênio (O2), Argônio (A), 
Dióxido de carbono (CO2), Neônio (Ne), Hélio (He), Crip-
tônio (Kr), Hidrogênio (H2), Xenônio (Xe), Ozônio (O3), 
Radônio (Rn) e Vapor de água (H20). Secundariamente 
encontra-se outros gases, aerosóis e substâncias parti-
culadas" (DICIONÁRIO LIVRE DE GEOCIêNCIAS, 2012). 
Claretiano - Centro Universitário
17© Caderno de Referência de Conteúdo
6) autótrofos: "Autotrofismo ou autotrofia (grego trofein, 
alimentar-se), em biologia, é o nome dado à qualidade 
do ser vivo de produzir seu próprio alimento a partir da 
fixação de dióxido de carbono, por meio de fotossínte-
se ou quimiossíntese. É o oposto de heterotrofismo. Os 
seres vivos com essa característica são chamados de au-
tótrofos ou autotróficos. Estão entre eles bactérias (Cya-
nobacteria), protistas (algas), e plantas. Os animais e os 
fungos são heterótrofos" (WIKIPéDIA, 2012). 
7) Camuflagem: "conjunto de técnicas e métodos que per-
mitem a um dado organismo ou objeto permanecer in-
distinto do ambiente que o cerca. Têm-se como exem-
plos desde as cores amadeiradas do bicho-pau até as 
manchas verdes-marrons nos uniformes dos soldados 
modernos" (WIKIPéDIA, 2012). 
8) Crosta Terrestre: "é a esfera mais superficial, separada 
do manto superior pela descontinuidade de Mohorovi-
cic (Moho). Há dois tipos de crosta, que se diferenciam 
por sua composição química: Crosta continental e crosta 
oceânica. A crosta terrestre junto com a porção superior 
do Manto, compõem a Litosfera" (DICIONÁRIO LIVRE DE 
GEOCIêNCIAS, 2012).
9) Diversidade Biológica: "Biodiversidade ou diversidade 
biológica é a diversidade da natureza viva. Desde 1986, 
o conceito tem adquirido largo uso entre biólogos, am-
bientalistas, líderes políticos e cidadãos informados no 
mundo todo. Este uso coincidiu com o aumento da pre-
ocupação com a extinção, observado nas últimas déca-
das do século 20. Pode ser definida como a variedade 
e a variabilidade existente entre os organismos vivos e 
as complexidades ecológicas nas quais elas ocorrem. 
Ela pode ser entendida como uma associação de vários 
componentes hierárquicos: ecossistema, comunidade, 
espécies, populações e genes em uma área definida. A 
biodiversidade varia com as diferentes regiões ecológi-
cas, sendo maior nas regiões tropicais do que nos climas 
temperados" (WIKIPéDIA, 2012).
10) Estalactite: "Feição originada a partir do teto de uma ca-
verna, com as mais diferentes formas, como resultado 
© Fundamentos e Métodos do Ensino da Origem e Evolução da Terra e das Espécies18
da precipitação de bicarbonato de cálcio dissolvido na 
água. Quando se desenvolve a partir do piso da caverna, 
devidoà queda de gotas de água é denominada estalag-
mite" (MINEROPAR, 2012). 
11) Estalagmite: "Espeleotema formado no solo de uma ca-
verna ou gruta calcária pela precipitação de carbonato 
de cálcio calcita e/ou aragonita a partir de gotas d’água 
que caem do teto. Ao encontrar o solo e exposta a uma 
atmosfera mais aquecida, a água perde sua carga de bi-
carbonato de cálcio dissolvida, que se precipita como 
carbonato insolúvel, dando origem a uma estrutura 
alongada que recebe o nome de estalagmite. Esta cres-
ce de baixo para cima e eventualmente vai se encontrar 
e se unir com uma estalactite que esteja se formando 
a partir do teto. A união destes dois espeleotemas dá 
origem a uma terceira forma chamada coluna" (MINE-
ROPAR, 2012). 
12) Estratigrafia: "A estratigrafia é o ramo da geologia que 
estuda os estratos ou camadas de rochas, buscando de-
terminar os processos e eventos que as formaram. Ba-
sicamente segue o princípio da sobreposição das cama-
das. O estudo e definições da estratigrafia numa escala 
global são elaboradas pela The International Commission 
on Stratigraphy (Comissão Internacional de Estratigrafia) 
que, por sua vez, é o maior corpo científico dentro da In-
ternational Union of Geological Sciences (União Interna-
cional das Ciências Geológicas)" (WIKIPéDIA, 2012). 
13) fósseis: "Restos de seres vivos ou vestígios de atividades 
biológicas (ovos, pegadas etc.) preservados nos sistemas 
naturais. Entende-se por "sistemas naturais" aqueles 
contextos em que o processo de preservação não resul-
ta da ação antrópica, podendo o fóssil ser preservado 
em sedimentos, rochas, gelo, piche, âmbar, solos, caver-
nas etc. Preservam-se como moldes do corpo ou partes 
do próprio ser vivo, seus rastos e pegadas. A totalidade 
dos fósseis e sua colocação nas formações rochosas e 
camadas sedimentares é conhecido como registro fóssil. 
A palavra "fóssil" deriva do termo latino fossile que signi-
fica "desenterrado" ou "extraído da terra". A ciência que 
Claretiano - Centro Universitário
19© Caderno de Referência de Conteúdo
estuda os fósseis é a Paleontologia, iniciada com os tra-
balhos de Georges Cuvier" (WIKIPéDIA, 2012).
14) Galena: "Mineral que cristaliza no sistema isométrico, 
classe hexaoctaédrica, composição PbS, brilho metálico 
reluzente e cor cinza do chumbo. Pode conter peque-
nas quantidades de zinco, cádmio, antimônio, bismuto 
e cobre, sendo que o enxofre pode ser substituído pelo 
selênio, formando uma série completa PbSPbSe. Pela 
oxidação é convertida em anglesita, um sulfato, e em 
cerussita, um carbonato. É a mais importante fonte de 
chumbo" (MINEROPAR, 2012). 
15) Geoclinal: "Depressão estreita, longa e acunhada, de-
senvolvida em margem continental passiva. Caso con-
tenha ou não rochas vulcânicas associadas aos sedi-
mentos, é denominada eugeoclíneo ou miogeoclíneo" 
(MINEROPAR, 2012). 
16) Heterotróficos: "Heterotrofismo ou heterotrofia, em 
biologia, é o nome dado à qualidade do ser vivo que não 
possui a capacidade de produzir glicose a partir da fo-
tossíntese (CO2+H2O+Energia Luminosa ----resulta em-
--- O2+Glicose) e por isso se alimenta de outros seres 
vivos autótrofos, direta ou indiretamente. É o contrário 
de autotrofismo. O Heterotrofismo resume basicamente 
em um ser que necessita de outro ser para se alimentar 
e sobreviver" (WIKIPéDIA, 2012). 
17) Intemperismo: "Conjunto de processos atmosféricos e 
biológicos que causam a alteração, decomposição quí-
mica, desintegração e modificação das rochas e dos so-
los. O intemperismo é mais acentuado nas rochas que 
se formaram em profundidade, sob condições de tem-
peratura e pressão elevadas, e que se encontram em de-
sequilíbrio na superfície terrestre. Há minerais que não 
são afetados pelo intemperismo, como o quartzo. No 
entanto, a maioria se decompõe, formando minerais no-
vos, estáveis em condições de superfície como o caulim. 
O produto final do processo de alteração das rochas é o 
solo. Sin: meteorização" (MINEROPAR, 2012). 
18) Isótopos: "Átomos de um elemento químico cujos nú-
cleos têm o mesmo número atômico, ou seja, os isóto-
© Fundamentos e Métodos do Ensino da Origem e Evolução da Terra e das Espécies20
pos de um certo elemento contêm o mesmo número de 
prótons designado por "z", mas que contém diferentes 
números de massas atómicas, designadas por "A". A pa-
lavra isótopo, que significa "no mesmo lugar", vem do 
fato de que os isótopos se situam no mesmo local na 
tabela periódica. A diferença nos pesos atômicos resulta 
de diferenças no número de neutrons nos núcleos ató-
micos, ou seja, os isótopos são átomos que possuem a 
mesma quantidade de prótons, mas não a mesma de 
neutrons. Ex.: O átomo de Hidrogênio possui três formas 
de isótopos: o Prótio (1 próton sem nêutron) o Deutério 
(1 próton e 1 nêutron) e o Trítio (1 próton e 2 nêutrons). 
Na nomenclatura científica, os isótopos são designados 
pelo nome do elemento seguido por um hífen e pelo nú-
mero de núcleons (prótons e nêutrons) no núcleo ató-
mico (ex: ferro-57, urânio-238, hélio-3). Na forma sim-
bólica, o número de núcleos é escrito como um prefixo 
subido do símbolo químico (ex: 57Fe, 238U, ³He). Existem 
339 isótopos naturais na Terra. E mais de 3100 são co-
nhecidos" (WIKIPéDIA, 2012). 
19) Litosfera: " s.f. Geol.- Do grego lithos=rocha, significando 
esfera rochosa, é a parte externa do planeta Terra, com-
posta por material rochoso e rígido. A litosfera é forma-
da pela crosta terrestre (crosta continental e crosta oce-
ânica) e pela parte superior e rígida do manto. Abaixo da 
litosfera situa-se a astenosfera" (DICIONÁRIO LIVRE DE 
GEOCIêNCIAS, 2012).
20) Manto: "O Manto é a camada que fica diretamente abai-
xo da Crosta (Continental e Oceânica) prolongando-se 
em profundidade até o limite Núcleo exterior. O Manto 
terrestre estende-se desde cerca de 30 km de profundi-
dade (podendo ser bastante menos nas zonas oceâni-
cas) até aos 2900 km abaixo da superfície (transição para 
o núcleo). A diferenciação do manto iniciou-se há cerca 
de 3,8 bilhões de anos, quando a segregação gravimétri-
ca dos componentes do proto-planeta Terra produziram 
a atual estruturação em camadas ou esferas. A pressão 
na parte inferior do Manto atinge mais de 140 GPa (cer-
Claretiano - Centro Universitário
21© Caderno de Referência de Conteúdo
ca de 1 400 000 atmosferas)" (DICIONÁRIO LIVRE DE GE-
OCIêNCIAS, 2012). 
21) Mesosfera: "Camada situada na parte superior da estra-
tosfera, onde a temperatura diminui com a altura até al-
cançar o mínimo de cerca de 900 C aos 80km. A pressão 
atmosférica é muito baixa e diminui aproximadamente 
de 1mb, na base da mesosfera aos 50km acima do solo, 
até 0,01mb na mesopausa, por volta dos 90km acima da 
superfície terrestre" (MINEROPAR, 2012). 
22) Mimetismo: "consiste na presença, por parte de deter-
minados organismos denominados mímicos, de carac-
terísticas que os confundem com um outro grupo de 
organismos, por exemplo o bicho-folha é confundido 
com a folha, os modelos. Essa semelhança pode se dar 
principalmente no padrão de coloração, textura, forma 
do corpo, comportamento e características químicas, e 
deve conferir ao mímico uma vantagem adaptativa. O 
mimetismo é comumente confundido com a camufla-
gem. No entanto, a distinção entre esses processos se dá 
pelo fato de que o mimetismo consiste na semelhança 
com um organismo em específico, enquanto a camufla-
gem ocorre quando determinado organismo possui um 
padrão de coloração semelhante ao seu entorno, dificul-
tando sua detecção. Apesar de ser uma classificação um 
tanto subjetiva e sujeita a alguns casos intermediários, 
podemos perceber que mimetismo e camuflagem cons-
tituem estratégias distintas. No caso da camuflagem o 
organismo evita a detecção, enquanto no mimetismo o 
organismo é detectado, mas o organismo-alvo o confun-
de com outro" (WIKIPéDIA, 2012). 
23) Mineral: "Segundo proposta da Associação Mineralógica 
Internacional (IMA, na sigla em Inglês), mineral é defini-
do como todo elemento ou compostoquímico, normal-
mente cristalino e formado através de processos geoló-
gicos" (DICIONÁRIO LIVRE DE GEOCIêNCIAS, 2012). 
24) Órgãos análogos: "Órgãos de seres vivos que desempe-
nham funções semelhantes em diferentes organismos, 
porém apresentando origem embrionária e estrutura 
anatômicas diferentes. Ilustram o fenômeno da conver-
© Fundamentos e Métodos do Ensino da Origem e Evolução da Terra e das Espécies22
gência adaptativa, o que reflete que evoluíram de ante-
passados distintos. Um exemplo de órgãos análogos são 
as asas das aves e dos insetos que, apesar de distintas 
quanto à estrutura e origem embrionária, têm a mesma 
função: permitir o vôo" (WIKIPéDIA, 2012). 
25) Órgãos homólogos: "são órgãos de seres vivos que se di-
ferem, mas se desenvolvem de modo semelhante, como 
os membros anteriores de grande parte dos animais ver-
tebrados. Têm origem embrionária semelhante e podem 
desempenhar funções distintas, como a asa de morce-
go, adaptadas para o vôo; e a as nadadeiras do golfinho, 
adaptadas para a natação. Ambas têm a mesma estru-
tura óssea. Desempenham funções distintas por causa 
do habitat de cada ser, e da adaptação. Isso é denomina-
do divergência evolutiva" (WIKIPéDIA, 2012). 
26) Órgãos Vestigiais: "Durante a evolução, algumas estru-
turas podem perder ou modificar sua funcionalidade não 
exercendo mais a sua principal função e se tornam es-
truturas vestigiais que freqüentemente são chamados 
órgãos vestigiais, embora muitos deles não são realmen-
te órgãos. Essas estruturas exercem o mesmo papel ou 
não em diferentes espécies, apesar de terem uma fun-
ção clara em espécies ancestrais ou relacionadas" (WIKI-
PéDIA, 2012). 
27) Paleogeografia: "Estudo e descrição da geografia física 
do passado geológico (como, por exemplo, a reconsti-
tuição da distribuição dos antigos continentes e mares, 
das modificações do relevo, da variação das condições 
ambientais)" (GLOSSÁRIO ILUSTRADO DE TERMOS GEO-
LÓGICOS, 2012). 
28) Paleontologia: "(do grego palaiós, antigo + óntos, ser + 
lógos, estudo) é a ciência natural que estuda a vida do 
passado da Terra e o seu desenvolvimento ao longo do 
tempo geológico, bem como os processos de integração 
da informação biológica no registro geológico, isto é, a 
formação dos fósseis" (WIKIPéDIA, 2012). 
29) Pedogênese: "Modo pelo qual o solo se origina, com es-
pecial referência aos fatores e processos responsáveis 
pelo seu desenvolvimento. Os fatores que regulam os 
Claretiano - Centro Universitário
23© Caderno de Referência de Conteúdo
processos de formação do solo são: material de origem, 
clima, relevo, ação de organismos e o tempo" (MINERO-
PAR, 2012). 
30) Topografia: "(do idioma grego topos, lugar, região, e 
graphein, descrever: "descrição de um lugar") é a ciên-
cia que estuda todos os acidentes geográficos definin-
do a situação e a localização deles que podem ficar em 
qualquer área. Tem a importância de determinar anali-
ticamente as medidas de área e perímetro, localização, 
orientação, variações no relevo, etc e ainda representá-
-las graficamente em cartas (ou plantas) topográficas. A 
topografia é também instrumento fundamental para a 
implantação (chamadas locações) e acompanhamentos 
de obras como: projeto viário, edificações, urbanizações 
(loteamentos), movimento de terra (cubagem de terra), 
etc. O termo só se aplica a áreas relativamente peque-
nas, sendo utilizado o termo geodésia quando se fala de 
áreas maiores. Para isso são usadas coordenadas que 
podem ser duas distâncias e uma elevação, ou uma dis-
tância, uma elevação e uma direção. é também muitas 
vezes utilizado como ciência necessária à caracterização 
da intensidade sísmica num dado local, visto que só em 
locais onde a topografia é conhecida, é que são possíveis 
identificações de intensidade" (WIKIPéDIA, 2012). 
Esquema dos Conceitos-chave 
Para que você tenha uma visão geral dos conceitos mais 
importantes deste estudo, apresentamos, a seguir (Figura 1), um 
Esquema dos Conceitos-chave. O mais aconselhável é que você 
mesmo faça o seu esquema de conceitos-chave ou até mesmo o 
seu mapa mental. Esse exercício é uma forma de você construir o 
seu conhecimento, ressignificando as informações a partir de suas 
próprias percepções. 
É importante ressaltar que o propósito desse Esquema dos 
Conceitos-chave é representar, de maneira gráfica, as relações en-
tre os conceitos por meio de palavras-chave, partindo dos mais 
complexos para os mais simples. Esse recurso pode auxiliar você 
© Fundamentos e Métodos do Ensino da Origem e Evolução da Terra e das Espécies24
na ordenação e na sequenciação hierarquizada dos conteúdos de 
ensino. 
Com base na teoria de aprendizagem significativa, entende-se 
que, por meio da organização das ideias e dos princípios em esque-
mas e mapas mentais, o indivíduo pode construir o seu conhecimen-
to de maneira mais produtiva e obter, assim, ganhos pedagógicos 
significativos no seu processo de ensino e aprendizagem. 
Aplicado a diversas áreas do ensino e da aprendizagem es-
colar (tais como planejamentos de currículo, sistemas e pesquisas 
em Educação), o Esquema dos Conceitos-chave baseia-se, ainda, 
na ideia fundamental da Psicologia Cognitiva de Ausubel, que es-
tabelece que a aprendizagem ocorre pela assimilação de novos 
conceitos e de proposições na estrutura cognitiva do aluno. Assim, 
novas ideias e informações são aprendidas, uma vez que existem 
pontos de ancoragem. 
Tem-se de destacar que "aprendizagem" não significa, ape-
nas, realizar acréscimos na estrutura cognitiva do aluno; é preci-
so, sobretudo, estabelecer modificações para que ela se configure 
como uma aprendizagem significativa. Para isso, é importante con-
siderar as entradas de conhecimento e organizar bem os materiais 
de aprendizagem. Além disso, as novas ideias e os novos concei-
tos devem ser potencialmente significativos para o aluno, uma vez 
que, ao fixar esses conceitos nas suas já existentes estruturas cog-
nitivas, outros serão também relembrados. 
Nessa perspectiva, partindo-se do pressuposto de que é você 
o principal agente da construção do próprio conhecimento, por 
meio de sua predisposição afetiva e de suas motivações internas 
e externas, o Esquema dos Conceitos-chave tem por objetivo tor-
nar significativa a sua aprendizagem, transformando o seu conhe-
cimento sistematizado em conteúdo curricular, ou seja, estabele-
cendo uma relação entre aquilo que você acabou de conhecer com 
o que já fazia parte do seu conhecimento de mundo (adaptado do 
site disponível em: <http://penta2.ufrgs.br/edutools/mapascon-
ceituais/utilizamapasconceituais.html>. Acesso em: 11 mar. 2010).
Claretiano - Centro Universitário
25© Caderno de Referência de Conteúdo
Como pode observar, esse Esquema oferece a você, como 
dissemos anteriormente, uma visão geral dos conceitos mais im-
portantes deste estudo. Ao segui-lo, será possível transitar entre 
os principais conceitos e descobrir o caminho para construir o seu 
processo de ensino-aprendizagem. 
O Esquema dos Conceitos-chave é mais um dos recursos de 
aprendizagem que vem se somar àqueles disponíveis no ambien-
te virtual, por meio de suas ferramentas interativas, bem como 
àqueles relacionados às atividades didático-pedagógicas realiza-
das presencialmente no polo. Lembre-se de que você, aluno EaD, 
deve valer-se da sua autonomia na construção de seu próprio co-
nhecimento. 
Questões autoavaliativas
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões 
autoavaliativas sobre os conteúdos ali tratados, as quais podem ser 
de múltipla escolha, abertas objetivas ou abertas dissertativas. 
 Responder, discutir e comentar essas questões, bem como 
relacioná-las com a prática do ensino de Biologia pode ser uma 
forma de você avaliar o seu conhecimento. Assim, mediante a re-
solução de questões pertinentes ao assunto tratado, você estará 
se preparando para a avaliação final, que será dissertativa. Além 
disso, essa é uma maneira privilegiada de você testar seus conhe-
cimentos eadquirir uma formação sólida para a sua prática profis-
sional. 
Você encontrará, ainda, no final de cada unidade, um gabari-
to, que lhe permitirá conferir as suas respostas sobre as questões 
autoavaliativas de múltipla escolha. 
As questões de múltipla escolha são as que têm como respos-
ta apenas uma alternativa correta. Por sua vez, entendem-se por 
questões abertas objetivas as que se referem aos conteúdos 
matemáticos ou àqueles que exigem uma resposta determinada, 
© Fundamentos e Métodos do Ensino da Origem e Evolução da Terra e das Espécies26
inalterada. Já as questões abertas dissertativas obtêm por res-
posta uma interpretação pessoal sobre o tema tratado; por isso, 
normalmente, não há nada relacionado a elas no Tópico Gabarito. 
Você pode comentar suas respostas com o seu tutor ou com seus 
colegas de turma.
Bibliografia Básica
É fundamental que você use a Bibliografia Básica em seus 
estudos, mas não se prenda só a ela. Consulte, também, as biblio-
grafias complementares.
figuras (ilustrações, quadros...)
Neste material instrucional, as ilustrações fazem parte inte-
grante dos conteúdos, ou seja, elas não são meramente ilustra-
tivas, pois esquematizam e resumem conteúdos explicitados no 
texto. Não deixe de observar a relação dessas figuras com os con-
teúdos, pois relacionar aquilo que está no campo visual com o con-
ceitual faz parte de uma boa formação intelectual. 
Dicas (motivacionais)
Este estudo convida você a olhar, de forma mais apurada, 
a Educação como processo de emancipação do ser humano. É 
importante que você se atente às explicações teóricas, práticas e 
científicas que estão presentes nos meios de comunicação, bem 
como partilhe suas descobertas com seus colegas, pois, ao com-
partilhar com outras pessoas aquilo que você observa, permite-se 
descobrir algo que ainda não se conhece, aprendendo a ver e a 
notar o que não havia sido percebido antes. Observar é, portanto, 
uma capacidade que nos impele à maturidade. 
Você, como aluno do Programa Especial de Formação Peda-
gógica em Biologia na modalidade EaD, necessita de uma forma-
ção conceitual sólida e consistente. Para isso, você contará com 
a ajuda do tutor a distância, do tutor presencial e, sobretudo, da 
interação com seus colegas. Sugerimos, pois, que organize bem o 
seu tempo e realize as atividades nas datas estipuladas. 
Claretiano - Centro Universitário
27© Caderno de Referência de Conteúdo
É importante, ainda, que você anote as suas reflexões em 
seu caderno ou no Bloco de Anotações, pois, no futuro, elas pode-
rão ser utilizadas na elaboração de sua monografia ou de produ-
ções científicas.
Leia os livros da bibliografia indicada, para que você amplie 
seus horizontes teóricos. Coteje-os com o material didático, discuta 
a unidade com seus colegas e com o tutor e assista às videoaulas. 
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões 
autoavaliativas, que são importantes para a sua análise sobre os 
conteúdos desenvolvidos e para saber se estes foram significativos 
para sua formação. Indague, reflita, conteste e construa resenhas, 
pois esses procedimentos serão importantes para o seu amadure-
cimento intelectual.
Lembre-se de que o segredo do sucesso em um curso na 
modalidade a distância é participar, ou seja, interagir, procurando 
sempre cooperar e colaborar com seus colegas e tutores.
Caso precise de auxílio sobre algum assunto relacionado a 
este Caderno de Referência de Conteúdo, entre em contato com 
seu tutor. Ele estará pronto para ajudar você. 
3. E-REfERênCiAS 
DICIONÁRIO LIVRE DE GEOCIêNCIAS. Disponível em: <http://www.dicionario.pro.br/
dicionario/index.php/P%C3%A1gina_principal>. Acesso em: 1º jun. 2012.
GLOSSÁRIO ILUSTRADO DE TERMOS GEOLÓGICOS. Disponível em: <http://www.dct.
uminho.pt/pnpg/gloss/glossa.html>. Acesso em: 1º jun. 2012.
MINEROPAR. Serviço Geológico do Paraná. Disponível em: <http://www.mineropar.
pr.gov.br/modules/glossario/>. Acesso em: 1º jun. 2012.
WIKIPéDIA. A Enciclopédia Livre. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip% 
C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal>. Acesso em: 1º jun. 2012.
Claretiano - Centro Universitário
EA
D
Introdução ao 
Estudo da Terra
1
1. OBJETIVOS
• Apresentar aspectos básicos associados à origem e à for-
mação do Universo e do Sistema Solar. 
• Conhecer as definições e as características da estrutura e 
composição do Sistema Solar.
• Identificar a ocorrência de regularidades ou ciclos natu-
rais que resultam dos movimentos de rotação e transla-
ção da Terra. 
• Compreender a organização das estruturas estática e di-
nâmica da Terra. 
• Identificar as estruturas litosférica e tectônica das placas. 
• Conhecer a Teoria da Deriva Continental. 
© Fundamentos e Métodos do Ensino da Origem e Evolução da Terra e das Espécies30
2. COnTEúDOS 
• Universo – o Big Bang e a origem do Universo. 
• Estrelas, galáxias e outros componentes do Universo. 
• Organização, estrutura e planetas do Sistema Solar. 
• Movimentos da Terra – o dia e a noite, as estações do ano 
e as fases lunares. 
• Estruturas internas da Terra: estática e dinâmica. 
• Estruturas externas da Terra: atmosfera e hidrosfera. 
• Processos dinâmicos da Terra – tectônica de placas e de-
riva continental. 
3. ORIEnTaÇÕES PaRa O ESTUDO Da UnIDaDE 
Antes de iniciar o estudo desta unidade, é importante que 
você leia as orientações a seguir: 
1) Como o aluno é a figura central do curso, alguns recursos 
foram elaborados para você! Consulte o Glossário e as 
obras sugeridas na Bibliografia Básica e Complementar. 
Esses recursos oferecer-lhe-ão apoio, além de comple-
mentarem a sua formação. 
2) A compreensão dos conteúdos é muito importante para 
sua formação, por isso, quando surgirem dúvidas, es-
clareça-as com seu tutor e discuta-as com seus colegas, 
compartilhando suas experiências. Lembre-se sempre 
de que a construção de conhecimentos é um processo 
dinâmico e essencial para nosso aprendizado. 
3) Não se limite ao estudo do Caderno de Referência de 
Conteúdo. Este expõe conteúdos fundamentais à forma-
ção do futuro docente, mas, de modo algum, visa esgo-
tá-los. Assim, é essencial que você explore outras fontes!
4) Pesquise também sites confiáveis, como o da Nasa, 
que traz informações sobre o Universo. Disponível em: 
<http://www.nasa.gov/>. Acesso em: 6 nov. 2012.
Claretiano - Centro Universitário
31© U1 - Introdução ao Estudo da Terra
5) Conheça mais sobre a camada de ozônio e saiba como 
nossas atividades podem destruí-la! Visite o site: < 
http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/questoes_
ambientais/camada_ozonio/>. Acesso em: 6 nov. 2012.
4. InTRODUÇÃO À UnIDaDE
Para o Homem, desvendar os segredos do Universo sempre 
significou revelar sua própria origem. Por isso, sem dúvida alguma, 
tal assunto é fascinante. Vamos conhecer e discutir brevemente 
os principais aspectos e modelos que procuram explicar a origem 
do Universo, das galáxias e de seus componentes. Posteriormente, 
nosso planeta será o enfoque de nossos estudos e teremos a opor-
tunidade de estudar a estrutura e a dinâmica da Terra. 
Convido você, prezado leitor, ao iniciarmos o estudo de Ori-
gem e Evolução da Terra e das Espécies, para conhecer aspectos 
fundamentais sobre a origem do Universo, do Sistema Solar e, cla-
ro, do nosso próprio planeta. 
5. InTRODUÇÃO À aSTROnOMIa
Para iniciarmos nossos estudos sobre a origem da Terra, co-
nheceremos alguns conceitos estudados pela Astronomia, ciência 
caracteristicamente multidisciplinar e, cujo campo de estudos, nos 
proporciona muitas e interessantes possibilidades para o trabalho 
em sala de aula.
Etimologicamente, o termo Astronomia teve origem na lín-
gua grega, significando a "lei das estrelas". Como ciência, a Astro-
nomia constrói diversos conhecimentos por meio de observações 
investigativas, análises espaciais dos fenômenos físicos, químicos 
e biológicos que ocorrem dentro e fora da Terra. A Astronomia ain-
da se ocupa do estudo e da compreensão da origem e evolução 
de todos oscorpos e objetos que podem ser observados no céu. 
(TEIXEIRA et al., 2003). 
© Fundamentos e Métodos do Ensino da Origem e Evolução da Terra e das Espécies32
Mas, por que estudar Astronomia? 
Bem, a resposta pode parecer simplista, mas essa é a ciência 
que busca respostas para questões que enfrentamos há muito tem-
po. Provavelmente, quando você ainda era uma criança, olhou mui-
tas vezes para as estrelas no céu e, ao observá-las, perguntou-se:
Como surgiram as estrelas? De onde viemos? 
Será que existe algo além do que nossos olhos podem ver? 
Perguntas como essas são óbvias e supostamente simples. 
Algumas já foram respondidas pela Astronomia; outras continuam 
sem respostas ou com respostas bastante controversas, e, ainda, 
há aquelas que estão longe do nosso alcance. 
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
De qualquer forma, a Astronomia é uma ciência, ou uma área do conhecimento 
científico, utilizada há muito tempo para diversas finalidades. Vamos conhecer 
um pouco da história desta ciência lendo o texto a seguir.
Astronomia Antiga
As especulações sobre a natureza do Universo devem remontar aos tempos 
pré-históricos, por isso a Astronomia é frequentemente considerada a mais an-
tiga das ciências. Desde a antiguidade, o céu vem sendo usado como mapa, 
calendário e relógio. Os registros astronômicos mais antigos datam de aproxi-
madamente 3.000 a.C. e se devem aos chineses, babilônios, assírios e egípcios. 
Naquela época, os astros eram estudados com objetivos práticos, como medir 
a passagem do tempo (fazer calendários) para prever a melhor época para o 
plantio e a colheita, ou com objetivos mais relacionados à astrologia, como fazer 
previsões do futuro, já que, não tendo qualquer conhecimento das leis da natu-
reza (física), acreditavam que os deuses do céu tinham o poder da colheita, da 
chuva e mesmo da vida. 
Vários séculos antes de Cristo, os chineses sabiam a duração do ano e usavam 
um calendário de 365 dias. Deixaram registros de anotações precisas de come-
tas, meteoros e meteoritos desde 700 a.C. Mais tarde, também observaram as 
estrelas que agora chamamos de novas.
Os babilônios, assírios e egípcios também sabiam a duração do ano desde épo-
cas pré-cristãs. Em outras partes do mundo, evidências de conhecimentos as-
tronômicos muito antigos foram deixadas na forma de monumentos, como o de 
Newgrange, construído em 3.200 a.C. (no solstício de inverno o sol ilumina o 
corredor e a câmara central), e Stonehenge, na Inglaterra, que data de 3.000 a 
1.500 a.C. 
[...] 
Claretiano - Centro Universitário
33© U1 - Introdução ao Estudo da Terra
O ápice da ciência antiga se deu na Grécia, de 600 a.C. a 400 d.C., a níveis só 
ultrapassados no século XVI. Do esforço dos gregos em conhecer a natureza do 
cosmos, e com o conhecimento herdado dos povos mais antigos, surgiram os pri-
meiros conceitos de Esfera Celeste, uma esfera de material cristalino, incrustada 
de estrelas, tendo a Terra no centro. Desconhecedores da rotação da Terra, os 
gregos imaginaram que a esfera celeste girava em torno de um eixo passando 
pela Terra. Observaram que todas as estrelas giram em torno de um ponto fixo no 
céu e consideraram esse ponto como uma das extremidades do eixo de rotação 
da esfera celeste.
Há milhares de anos, os astrônomos sabem que o Sol muda sua posição no céu 
ao longo do ano, se movendo aproximadamente um grau para leste por dia. O 
tempo para o Sol completar uma volta na esfera celeste define um ano. O ca-
minho aparente do Sol no céu durante o ano define a eclíptica (assim chamada 
porque os eclipses ocorrem somente quando a Lua está próxima da eclíptica). 
Como a Lua e os planetas percorrem o céu em uma região de dezoito graus 
centrada na eclíptica, essa região é definida como o Zodíaco, dividida em doze 
constelações, várias com formas de animais (atualmente as constelações do Zo-
díaco são treze: Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Escorpião, Ofiúco, 
Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes). 
As constelações são grupos aparentes de estrelas. Os antigos gregos, e os chi-
neses e egípcios antes deles, já tinham dividido o céu em constelações.
Os astrônomos da Grécia antiga
Tales de Mileto (~624-546 a.C.) introduziu na Grécia os fundamentos da geome-
tria e da Astronomia, trazidos do Egito. Pensava que a Terra era um disco plano 
em uma vasta extensão de água. 
Pitágoras de Samos (~572-497 a.C.) acreditava na esfericidade da Terra, da 
Lua e de outros corpos celestes. Achava que os planetas, o Sol, e a Lua eram 
transportados por esferas separadas da que carregava as estrelas. Foi o primeiro 
a chamar o céu de cosmos. 
Aristóteles de Estagira (384-322 a.C.) explicou que as fases da Lua dependem 
de quanto da parte da face da Lua iluminada pelo Sol está voltada para a Terra. 
Explicou, também, os eclipses: um eclipse do Sol ocorre quando a Lua passa 
entre a Terra e o Sol; um eclipse da Lua ocorre quando a Lua entra na sombra da 
Terra. Aristóteles argumentou a favor da esfericidade da Terra, já que a sombra 
da Terra na Lua durante um eclipse lunar é sempre arredondada. Afirmava que o 
Universo é esférico e finito. Aperfeiçoou a teoria das esferas concêntricas de Eu-
doxus de Cnidus (408-355 a.C.), propondo em seu livro De Cælo que "o Universo 
é finito e esférico, ou não terá centro e não pode se mover". 
Heraclides de Pontus (388-315 a.C.) propôs que a Terra gira diariamente sobre 
seu próprio eixo, que Vênus e Mercúrio orbitam o Sol, e a existência de epiciclos. 
Aristarco de Samos (310-230 a.C.) foi o primeiro a propor que a Terra se movia 
em volta do Sol, antecipando Copérnico em quase 2.000 anos. Entre outras coi-
sas, desenvolveu um método para determinar as distâncias relativas do Sol e da 
Lua à Terra e mediu os tamanhos relativos da Terra, do Sol e da Lua.
Eratóstenes de Cirênia (276-194 a.C.), bibliotecário e diretor da Biblioteca Ale-
xandrina de 240 a.C. a 194 a.C., foi o primeiro a medir o diâmetro da Terra. 
Ele notou que, na cidade egípcia de Siena (atualmente chamada de Aswân), 
no primeiro dia do verão, ao meio-dia, a luz solar atingia o fundo de um grande 
poço, ou seja, o Sol estava incidindo perpendicularmente à Terra em Siena. Já 
© Fundamentos e Métodos do Ensino da Origem e Evolução da Terra e das Espécies34
em Alexandria, situada ao norte de Siena, isso não ocorria; medindo o tamanho 
da sombra de um bastão na vertical, Eratóstenes observou que em Alexandria, 
no mesmo dia e hora, o Sol estava aproximadamente sete graus mais ao sul. A 
distância entre Alexandria e Siena era conhecida como de 5.000 estádios. Um 
estádio era uma unidade de distância usada na Grécia antiga. 
Um camelo atravessa 100 estádios em um dia, e viaja a cerca de 16 km/dia. 
Como 7 graus corresponde a 1/50 de um círculo (360 graus), Alexandria deveria 
estar a 1/50 da circunferência da Terra ao norte de Siena e a circunferência da 
Terra deveria ser 50×5.000 estádios. Infelizmente, não é possível se ter certeza 
do valor do estádio usado por Eratóstenes, já que os gregos usavam diferentes 
tipos de estádios. Se ele utilizou um estádio equivalente a 1/6 km, o valor está a 
1% do valor correto de 40.000 km. O diâmetro da Terra é obtido dividindo-se a 
circunferência por π.
Hiparco de Nicéia (c.190-c.120 a.C.), considerado o maior astrônomo da era 
pré-cristã, construiu um observatório na ilha de Rodes, onde fez observações 
durante o período de 147 a 127 a.C. Como resultado, ele compilou um catálogo 
com a posição no céu e a magnitude de 850 estrelas. A magnitude, que espe-
cificava o brilho da estrela, era dividida em seis categorias, de 1 a 6, sendo 1 a 
mais brilhante, e 6 a mais fraca visível a olho nu. Hiparco deduziu corretamente 
a direção dos pólos celestes, e até mesmo a precessão, que é a variação da 
direção do eixo de rotação da Terra devido à influência gravitacional da Lua e do 
Sol, que leva 26.000 anos para completar um ciclo. Para deduzir a precessão, 
ele comparou as posições de várias estrelas com aquelas catalogadas por Ti-mocharis de Alexandria e Aristyllus de Alexandria 150 anos antes (cerca de 283 
a.C. 260 a.C.). Estes eram membros da Escola Alexandrina do século III a.C. e 
foram os primeiros a medir as distâncias das estrelas de pontos fixos no céu (co-
ordenadas eclípticas). Foram, também, dos primeiros a trabalhar na Biblioteca de 
Alexandria, que se chamava Museu, fundada pelo rei do Egito, Ptolémée Sôter 
Ier, em 305 a.C. 
Hiparco também deduziu o valor correto de 8/3 para a razão entre o tamanho da 
sombra da Terra e o tamanho da Lua e também que a Lua estava a 59 vezes o 
raio da Terra de distância; o valor correto é 60. Ele determinou a duração do ano 
com uma margem de erro de 6 minutos. 
Ptolomeu (85 d.C.-165 d.C.) (Claudius Ptolemaeus) foi o último astrônomo im-
portante da antiguidade. Não se sabe se ele era egípcio ou romano. Ele compilou 
uma série de treze volumes sobre Astronomia, conhecida como o Almagesto, 
que é a maior fonte de conhecimento sobre a Astronomia na Grécia [...] 
(Adaptado de: OLIVEIRA FILHO; SARAIVA, 2011). 
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Para compreendermos os aspectos da Astronomia que são 
importantes para o ensino de ciências e biologia, vamos saber 
como responder aos nossos alunos a seguinte pergunta:
Como o Universo surgiu? 
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35© U1 - Introdução ao Estudo da Terra
Origem do Universo 
[...] Primeiro não havia nada. 
Nem gente, nem parafuso. 
O céu era então confuso. 
E não havia nada [...]
(Caetano Veloso)
Mas, não existia nada mesmo? Não existia o céu, o ar, a água, 
o fogo, a terra, nada? 
Não é bem assim. Vamos conhecer as explicações sobre a 
origem do Universo. 
A palavra "Universo", ou o "conjunto de objetos celestes", 
como era inicialmente chamado, teve sua origem no latim com 
a expressão unus verterem, que significa "aquilo que gira como 
uma coisa só". Segundo Cherman (2005), essa denominação retra-
ta o pensamento medieval equivocado de que a Terra era o cen-
tro de tudo. Mesmo com a queda de tal concepção e em virtude 
das valiosas contribuições de cientistas como Copérnico, Kepler e 
Newton, o uso da palavra persistiu. 
O que é Big Bang? 
O Big Bang é o nome pelo qual ficou conhecida a teoria que 
explica a origem do Universo. Segundo a teoria do Big Bang, toda 
a matéria que estava reunida sob condições de temperatura e 
densidade virtualmente elevadas, explodiu em um evento único 
chamado de "A Grande Explosão" ou "Explosão Primordial" que, 
posteriormente, tornou-se conhecido pela expressão Big Bang 
(TEIXEIRA et al., 2003). 
A ideia de que toda a matéria do Universo estava confinada 
em um grande bloco foi proposta por Georges-Henri Édouard 
Lemaître, que, ao postular sua "teoria cosmogônica", explicou como 
© Fundamentos e Métodos do Ensino da Origem e Evolução da Terra e das Espécies36
a matéria ficou confinada antes de explodir. Para compreender 
melhor, leia a citação a seguir:
[...] Novas teorias consideram o início da expansão como a 
origem desta fase do Universo. Ou seja, antes do Big Bang já 
havia um Universo que podia ou não ser parecido com o que hoje 
reconhecemos como tal. Antes do Big Bang, por exemplo, pode ter 
havido um período de contração universal. Todos os componentes 
do Universo se reunindo em um espaço muito pequeno para, logo 
em seguida, se repelirem mutuamente dando origem à expansão 
(CHERMAN, 2005). 
Ao explicar a origem do Universo a teoria do Big Bang 
ainda versa sobre a permanente expansão da matéria desde o 
instante da explosão até o presente, ou seja, o Universo continua a 
expandir-se. Dessa maneira, pela contínua expansão do Universo, 
estrelas, planetas e outros corpos celestiais formaram-se e, ainda, 
se formam continuamente. 
Aprendemos que o nosso planeta surgiu há cerca de 15 
bilhões de anos, mas qual a idade do Universo? Ao estabelecermos 
a linha cronológica com a sucessão dos principais episódios do 
Big Bang, podemos entender um pouco melhor essas e outras 
questões! 
Observe na Figura 1 a seguir a representação dos principais 
eventos após a grande explosão. 
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37© U1 - Introdução ao Estudo da Terra
Figura 1 Escala de tempo e principais eventos após a grande explosão. 
O Universo surgiu no tempo zero, ou seja, imediatamente 
após a explosão. O Big Bang gerou as seguintes grandezas: espaço, 
tempo e energia. Nos primeiros três segundos após a redução da 
temperatura, que era extremamente elevada e impedia a estabi-
lização da matéria, a radiação foi liberada em todas as direções e 
com temperaturas iguais. Nesse modelo uma das maiores evidên-
cias da liberação da radiação é a existência da radiação cósmica de 
fundo, observada por Arno Penzias e Robert Wilson, em 1965. A 
radiação cósmica de fundo constitui uma das provas remanescen-
tes da radiação original, isto é, do exato instante da explosão, po-
dendo ser captada no espectro de radiação das micro-ondas (DIAS, 
2003). 
Após os três primeiros minutos que sucederam à explosão, a 
temperatura decaiu de 100 para cerca de 1 bilhão de graus Celsius, 
e o Universo entrou em um período de evolução. A estabilização 
da matéria permitiu que, por meio da nucleogênese, se formassem 
© Fundamentos e Métodos do Ensino da Origem e Evolução da Terra e das Espécies38
os átomos de hidrogênio (H) e hélio (He), os principais elementos 
da matéria que compõem o Universo. 
Posteriormente, entre 300 mil e 1 bilhão de anos após a ex-
plosão, surgiram as primeiras estrelas. Com 800.000 anos, o Uni-
verso tornou-se gradualmente transparente, permitindo a passa-
gem da luz e, 5 bilhões de anos depois, apareceram as primeiras 
galáxias, culminando no nascimento do Sol, do nosso sistema 
planetário e, claro, da Terra (TEIXEIRA et al., 2003). 
Para seguirmos adiante com os estudos sobre a origem do 
nosso planeta precisamos conhecer outros conceitos e componen-
tes do Universo. 
Os componentes do Universo
As estrelas sempre foram fonte de inspiração poética e de 
fascínio, porém, mais que isso, estes corpos celestes foram utili-
zados, há muito tempo, quando ainda não havia bússolas ou GPS. 
As estrelas ou as rotas luminosas guiaram e conduziram muitos 
navegadores e outros viajantes a seus destinos.
Mas o que é uma estrela?
As estrelas são componentes essenciais do Universo, corpos 
ou objetos celestes brilhantes, esféricos e gasosos, constituídos, 
principalmente, por hidrogênio e hélio, com temperatura extrema-
mente elevada. 
As reações nucleares produzem a energia que mantém as 
estrelas brilhando por milhões de anos, o que nos permite estudá-
-las, isto é, conhecermos as estrelas pelo brilho que produzem e, 
assim, podermos classificá-las e compreender seu ciclo evolutivo, 
que vamos tratar mais adiante (JANONI, 2008). 
As constelações são conjuntos de estrelas aparentemente 
reunidas, mas apenas sob o ponto de vista de quem as observa 
da Terra, isto é, as estrelas que formam uma constelação não es-
tão próximas ou necessariamente ligadas entre si. O conceito de 
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39© U1 - Introdução ao Estudo da Terra
constelação foi elaborado pelo Homem, o que nos permitiu divi-
dir o céu em regiões menores para serem observadas e estudadas 
(DIAS, 2003). 
Mas, se as estrelas estão distantes, o espaço entre elas é vazio? 
Não. Chamamos esse espaço de meio interestelar, o qual é 
constituído por grandes quantidades de gás que contêm essencial-
mente hidrogênio e poeira cósmica composta por grãos de grafite 
e silicatos. 
As galáxias são elementos formados por grande quantidade 
de estrelas e material interestelar cuja forma é variável (MARAN, 
2010).
Note na Figura 2, a seguir, a grande quantidade de poeira 
cósmica que pode ser vista nas galáxias. 
Figura 2 Morfologia das galáxias: (A) Via Láctea, uma galáxia espiral e em (B) uma galáxia 
elíptica. 
Como já foi dito, as formas observadas nas diferentes galáx-
ias são variáveis, podendo ser, entre outras, elípticas ou espirais. 
As diferenças observadas no formatodas galáxias refletem as dife-
renças na estrutura ou organização de seus componentes. Para en-
tendermos um pouco mais sobre as diferentes formas das galáxias, 
observe algumas de suas características, segundo Dias (2003): 
1) Galáxias elípticas - as galáxias de forma elipsoidal são 
caracterizadas por possuírem pouca ou nenhuma maté-
ria interestelar e estrelas velhas predominantemente 
2) Galáxias espirais - são galáxias com uma área densa 
central da qual partem braços que espiralam em torno 
© Fundamentos e Métodos do Ensino da Origem e Evolução da Terra e das Espécies40
dela. Configuram-se como um grande disco plano, for-
mado por matéria interestelar abundante e por estrelas, 
jovens e velhas. A Via Láctea e a galáxia M 31, mais co-
nhecida como galáxia de Andrômeda, são exemplos de 
galáxias espirais.
Quando as galáxias se agrupam, formam grandes conjun-
tos denominados aglomerados. Estes conjuntos de galáxias for-
mam-se conforme a proximidade entre elas . Assim, por exemplo, 
a Galáxia de Andrômeda, a Via Láctea e a Nuvem de Magalhães 
constituem um Aglomerado chamado Grupo Local. Quando um 
número grande de galáxias se agrupa, tal conjunto é chamado 
de Superaglomerados, sendo este o maior nível hierárquico as-
tronômico (DIAS, 2003). 
Estrelas 
Como nós, as estrelas nascem, amadurecem e morrem, mas 
acompanhar sua evolução é um processo difícil que depende de 
ferramentas avançadas para sua observação. Outro aspecto que 
dificulta os estudos sobre o ciclo estelar é a escala de tempo que 
rege a vida de uma estrela uma vez que, em média, requer aproxi-
madamente 10 milhões de anos para completar todo processo de 
sua evolução. Assim, para conhecer todo o processo evolutivo das 
estrelas os astrônomos observam e estudam estrelas diferentes e 
em diferentes fases de sua evolução.
As estrelas nascem em imensas nuvens, formadas por gas-
es e poeira estelar, chamadas de nebulosas. As nebulosas apre-
sentam regiões menores com elevada densidade que contraem-
se fragmentando a grande nebulosa em aglomerados ou regiões 
menores e altamente turbulentas. 
Para compensar a perda de calor em sua superfície e, as-
sim, equilibrar a tendência à autocontração, as nebulosas pre-
cisam atingir temperaturas ainda mais elevadas em seu centro, o 
que se dá por meio de reações termonucleares que consomem o 
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41© U1 - Introdução ao Estudo da Terra
hidrogênio. A elevação da temperatura e da densidade, em razão 
da massa acumulada na região central, faz com que mais massa 
seja atraída para o centro, o qual se contrai e colapsa rapidamente, 
restando um núcleo denso e quente cercado por poeira e gás que 
os astrônomos denominam protoestrela (TEIXEIRA, et al., 2003). 
Podemos observar na Figura 3, a seguir, o aglomerado do 
Trapézio na nebulosa de Órion. 
Figura 3 Aglomerado do Trapézio. Imagem obtida pelo Very Large Telescope (VLT) do 
European Southern Observatory (ESO) da região central da nebulosa de Órion
O material estelar continua acumulando-se na região central 
e, após milhões de anos, com a temperatura extremamente el-
evada, intensificam-se as reações de fusão nuclear e pode-se dizer 
que neste momento nasce uma estrela! 
Quando as reservas centrais de hidrogênio esgotam-se, a 
formação dos átomos de He, por meio da fusão sucessiva de áto-
mos de hidrogênio, intensifica-se nas regiões mais periféricas da 
estrela, elevando a temperatura e ocasionando intensa expansão 
na estrela. Por sua vez, ao expandir-se, a estrela torna-se muito 
grande e mais fria tornando-se avermelhada. Nessa fase a estrela 
é chamada de gigante vermelha (MARAN, 2010). 
Observe na Figura (Figura 4), a seguir uma estrela do tipo 
gigante vermelha. 
© Fundamentos e Métodos do Ensino da Origem e Evolução da Terra e das Espécies42
Figura 4 Estrela Betelgeuse, uma gigante vermelha na constelação de Órion. 
É importante ressaltar que a cor de uma estrela varia con-
forme sua temperatura, ou seja, quanto mais quente a estrela, 
mais azulada será sua cor e, quanto mais fria, mais avermelhada 
estrela. 
A expansão que deu origem à gigante vermelha ocasiona 
queda na temperatura interna. Ao tornar-se mais fria, diminuem 
as reações de fusão nuclear em seu interior e a estrela começa a 
contrair-se mais rapidamente na região central do que na região 
periférica, o que resulta na formação de um núcleo envolto por 
uma nuvem gasosa. Posteriormente, a camada de gás expande-se 
e dissipa-se para o meio interestelar. Sem a nuvem gasosa o núcleo 
torna-se, posteriormente, uma estrela anã branca.
Veja na Figura 5, a constelação de Popa. 
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43© U1 - Introdução ao Estudo da Terra
Figura 5 A constelação de Popa, cuja estrela central evoluiu para anã branca. Esta anã 
branca é uma das estrelas mais quentes que se conhece, com uma temperatura superficial 
próxima aos 200.000°C. 
As estrelas queimam continuamente seu estoque de hi-
drogênio e consomem todas as reservas quando passam a utilizar 
outros componentes até restarem apenas núcleos ricos em ferro. 
Quando esgota todo combustível nuclear, a anã branca sofre uma 
intensa contração, lançando suas camadas externas para o espaço 
e explodindo tão violentamente que o brilho da explosão pode ul-
trapassar uma galáxia. É a fase final da vida de uma estrela chama-
da supernova (Figura 6). 
© Fundamentos e Métodos do Ensino da Origem e Evolução da Terra e das Espécies44
Figura 6 Remanescente de uma supernova da estrela N 63A que explodiu, expelindo as 
suas camadas gasosas para fora em uma região já turbulenta. Imagem capturada pelo 
Telescópio Espacial Hubble. 
A estrela, cuja massa é insuficiente para elevar a tempera-
tura, não é capaz de promover reações termonucleares e transfor-
ma-se em um aglomerado de matéria denso e frio, chamado de 
anã marrom (TEIXEIRA et al., 2003). 
Além das estrelas, existem muitos outros corpos ou objetos 
celestiais que compõem o Universo. Por ora, é importante conhe-
cer o sistema ao qual pertence nosso planeta, ou seja, o sistema 
solar. 
Vamos conhecê-lo melhor? 
6. SISTEMa SOLaR
Há cerca de 4,6 bilhões de anos, o Sol, nossa maior estre-
la, queimou seus átomos de hidrogênio, transformando-os em 
átomos de hélio e, provavelmente, devem permanecer assim por 
mais alguns bilhões de anos até morrer. 
Outros corpos celestiais, tais como planetas, satélites na-
turais, cometas, asteroides, poeira estelar e gás, formaram-se ao 
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45© U1 - Introdução ao Estudo da Terra
mesmo tempo em que o Sol, conferindo ao sistema solar uma or-
ganização harmônica em relação às massas e às órbitas planetárias 
e de seus satélites (TEIXEIRA, 2000). 
Os corpos celestiais são os componentes do sistema solar, 
um dos muitos sistemas que formam o Universo. Aprendemos que 
a Terra e os outros planetas gravitam ao redor do Sol e formam o 
sistema solar, contudo, a concepção de que os planetas giram ao 
redor de uma estrela nem sempre foi aceita. 
A concepção medieval sobre a Terra considerava nosso pla-
neta um corpo estático, maciço e com dimensões limitadas de es-
paço e de tempo. O planeta era visto como um reino puro, etéreo 
e paradisíaco. Neste reino, que incluía a lua, os planetas, as estre-
las e os corpos celestes, a Terra seria o centro de todo o Universo 
e, ao seu redor, esses satélites, estrelas e corpos celestes orbitar-
iam uma vez ao dia. O sistema idealizado por Claudio Ptolomeu 
tornou-se conhecido por Geocentrismo ou modelo Geocêntrico. 
Contrapondo-se ao Geocentrismo, a ideia concebida por 
Aristarco de Samos (310-230 a.C.) de que são os planetas que 
movimentam-se ao redor de uma estrela e não o contrário, foi 
retomada por Copérnico (1473-1543) e, muito depois, graças às 
observações feitas com um telescópio, pôde ser sustentada cien-
tificamente por Galileu Galilei (1564-1642) sendo esta a base da 
Teoria Heliocêntrica. 
Leia a seguir um texto sobre os modelos geocêntrico e he-
liocêntrico. 
Movimento dos Planetas

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