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Objetivo Os objetivos são conhecer a história da fisioterapia, junta- mente com as suas áreas de atuação e condutas no trata- mento fisioterapêutico; possibilitar a compreensão do que representa a profissão e sua importância para a sociedade; desenvolver e exercer um comportamento profissional, sustentado nos códigos morais e na legislação. Fisioterapia O QUE É FISIOTERAPIA A fisioterapia está inserida na área da saúde e mais especi- ficamente nas ciências da vida, compondo uma profissão de grande importância para a população em geral. Além disso, a fisioterapia é a ciência que tem como objeto de estudo o movimento humano em todas as suas formas de expressão e potencialidades. Além de estudar, diagnos- ticar e reabilitar os indivíduos com distúrbios cinéticos funcionais que ocorrem em órgãos e em sistemas do corpo humano, a fisioterapia previne e promove a saúde, defini- da como um estado completo de bem-estar físico, psíquico e social, e não apenas ausência de doenças e enfermidades. Distúrbios cinéticos ou cinesiológicos funcionais se referem às perturbações de movimentos que levam às incapacidades nas funções de órgãos ou sistemas corporais. Sendo assim, é importante ressaltar que a fisioterapia tem como objetivo não apenas restabelecer, reabilitar, restau- rar ou desenvolver a integridade dos órgãos, sistemas ou funções, mas também para manter, preservar e promover a saúde e qualidade de vida aos indivíduos. SAÚDE X DOENÇA Saúde: A saúde é definida como um completo bem-estar físico, mental e social. É um estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e seu ambiente, que mantém caracterís- ticas estruturais e funcionais do organismo. Doença: A doença é definida como uma ausência de saúde e um processo patológico caracterizado por sinais e sinto- mas que podem afetar todo o corpo ou alguma de suas partes. JURAMENTO DA FISIOTERAPIA “Juro, por Deus e minha família, diante de meus mestres que me dedicarei à fisioterapia com honra, dignidade e respeitando a vida humana desde a concepção até a morte, jamais cooperando em ato que voluntariamente se atente contra ela, ou que coloque em risco a integridade física, psíquica e social do ser humano; dispondo todo conheci- mento, talento e inteligência para a promoção, proteção e recuperação da saúde. Repassarei meus conhecimentos sempre que se fizer necessário e agirei com humildade e honestidade. Assim, eu juro.” SÍMBOLO OFICIAL DA FISIOTERAPIA A composição é formada por duas serpentes entrelaçadas em espiral em volta de um raio. Essa imagem está inserida em uma moldura chamada de camafeu, e deve conter a inscrição da palavra fisioterapia ou fisioterapeuta. O símbolo da fisioterapia foi aprovado e oficializado pela resolução n.232 do Coffito, de 2002. • As duas serpentes são associadas à ciência e sabedo- ria, bem como à transmissão e utilização do conheci- mento compreendido de forma sábia. Estão entrelaça- das para demonstrar elo ou integração entre os atributos da natureza humana, social e profissional. A cor verde predominante simboliza a saúde. • O raio identifica valores e práticas corretas da vida e por estar entre as serpentes, remete também à união entre a consciência individual e as técnicas utilizadas na fisioterapia. As técnicas elétricas foram os primei- ros recursos terapêuticos utilizados pela profissão. A cor amarelo-ouro simboliza a luz, claridade e brilho intenso. • O camafeu significa pedra esculpida. Pode se referir ao elemento como uma moldura ou elipse em fundo branco, que representa solidez da profissão. Além disso, de acordo com a resolução n.232 do Coffito (2002), esse símbolo tem seu uso autorizado. • No âmbito do sistema dos Conselhos Federal e Regio- nais da Fisioterapia, pode ser utilizado como segundo brasão em documentos oficiais. • Nas forças armadas, polícias militares e nos corpos de bombeiros militares como símbolo profissional de indivíduo com patente de oficial, graduado em grau universitário superior em fisioterapia. • Por fisioterapeutas com registro em Conselho Regio- nal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefito). • Por pessoas físicas ou jurídicas, desde que expressa- mente autorizadas pelo Coffito. PROFISSIONAL FISIOTERAPEUTA O fisioterapeuta é o profissional da saúde com formação acadêmica superior, capacitado para atuar em todos os níveis de atenção à saúde e em diversas áreas. Pode-se dizer também que o fisioterapeuta é o profissional habili- tado a realizar uma avaliação específica; em elaborar o diagnóstico dos distúrbios cinéticos funcionais; prescre- ver, ordenar e induzir as condutas fisioterapêuticas; bem como acompanhar a evolução do quadro clínico ou dos sinais e sintomas do paciente e estabelecer as condições para alta do serviço fisioterapêutico. Além de qualidades como responsabilidade, ética e auto- nomia, o profissional apresenta competências e habilida- des adquiridas durante a sua formação acadêmica em Instituição de ensino superior, para prestar melhor assis- tência possível às pessoas em geral. DECRETO-LEI Decreto-lei é um decreto com força de lei que foi muito utilizado no Brasil no regime militar com legitimidade efetiva de uma norma administrativa e poder de lei. A pa- lavra lei trata basicamente do conjunto de normas estabe- lecidas por autoridades competentes. DECRETO‑LEI N. 938 (1969) Um dos documentos oficiais mais importantes da fisiote- rapia, que assegura o exercício da profissão, é o Decreto- Lei n.938, de 13 de outubro de 1969, que posteriormente foi estabelecido como o “Dia do fisioterapeuta”. Durante essas décadas de regulamentação, é fato que a profissão cresceu muito, técnica, social e cientificamente. Neste documento, elaborado durante o período do regime militar no Brasil pelos ministros da marinha de guerra, exército e aeronáutica militar, o fisioterapeuta diplomado em escolas e cursos reconhecidos pelo Ministério da Edu- cação (MEC) tornou-se um profissional de nível superior. O curso de fisioterapia no formato semipresencial é autorizado pela resolução Consuni n.190.411/2, de 11 de abril de 2019 (Portaria do MEC n.1.095, de 25 de outubro de 2018). Esse decreto-lei ainda confirma que é atividade privativa do fisioterapeuta executar métodos e técnicas próprias com a finalidade de restaurar, desenvolver e conservar a capacidade física do paciente. E acrescenta que em seu campo de atividades específicas, o fisioterapeuta pode dirigir serviços em órgãos e estabelecimentos públicos ou particulares, exercer magistério nas disciplinas de forma- ção básica ou profissional, de nível superior ou médio e supervisionar profissionais e alunos em trabalhos técni- cos e práticos. Além disso, o decreto-lei atesta que os pro- fissionais diplomados em escolas estrangeiras e devida- mente reconhecidas no país de origem podem revalidar seus diplomas. LEI N. 8.856 (1994) Em 1o de março de 1994, Itamar Franco, o presidente da época, sancionou a Lei n.8.856, que fixa a jornada de traba- lho dos profissionais fisioterapeutas à prestação máxima de 30 horas semanais de trabalho. LEI N. 6.316 (1975) Em 17 de dezembro de 1975, o presidente Ernesto Geisel sancionou a Lei n.6.316, que constitui um instrumento fundamental para a fiscalização do exercício da fisiotera- pia. Essa lei criou o Coffito e os Crefitos, compostos por membros eleitos efetivos e suplentes com mandato de quatro anos, e determinou suas respectivas competências. Em conjunto, o Coffito e os Crefitos constituem uma autar- quia federal que inicialmente foi vinculada ao ministério do trabalho. Porém, com a Lei n.9.098 (1995) ocorreu o desvinculamento. Outro ponto relevante é sobre a anui- dade, cujo valor é fixado pelo Coffito e cuja arrecadação ou cobrança é feita pelo Crefito da respectiva jurisdição. Sendo assim, o pagamento da anuidade constitui condição de legitimidade do exercício da profissão. Issoquer dizer que ao realizar o pagamento anual, poderá exercer a pro- fissão de forma legítima, em conformidade com a lei. Por fim, a Lei aborda a questão das infrações. Infringir significa basicamente transgredir ou desrespeitar. O que constituem algumas infrações do profissional fisiotera- peuta sujeitos à advertência, repreensão, multa, suspen- são ou até ao cancelamento do registro dependendo da situação como transgredir preceito ou norma do código de ética profissional; exercer a profissão quando impedido de fazê-lo; facilitar por qualquer meio, o exercício profissio- nal aos que não são registrados ou aos leigos; violar sigilo profissional; praticar ato que a lei defina como crime ou contravenção (infração penal de menor gravidade que um crime); depois de notificado, não cumprir determinação emitida pelo Crefito no prazo determinado; deixar de pa- gar, pontualmente, as contribuições obrigatórias ao Crefi- to; faltar a qualquer dever profissional prescrito nesta Lei; manter conduta incompatível com exercício da profissão.