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APS – Teoria do Processo Civil Hodiernamente, o ordenamento jurídico estabelece diretrizes e regras a serem seguidas, visando maior efetividade na aplicação de leis e pressuposto inerentes aos cidadãos (pessoas físicas e jurídica) e ao Estado. Dentre essas diretrizes está a competência, estabelecida em lei que determina de forma excepcional os limites do poder de julgar. Em resumo, é a limitação do exercício da jurisdição atribuída a cada órgão ou grupo de órgãos jurisdicional. O acordão apresentando nos mostra um exemplo nítido de competência, nesse acordão segue o ‘’conflito’’ entre um Estado (Estado do Mato Grosso), ora autor, e Eliane Severino da Costa, ora réu. O recorrente sustenta, preliminarmente, a necessidade de suspensão do processo, tendo em conta que a constitucionalidade do art. 52 do Código de Processo Civil. Quanto ao mérito, defende que o dispositivo em comento, "ao simplesmente reproduzir a redação do artigo 51 do CPC/2015, em desacordo com a jurisprudência absolutamente reiterada dos tribunais, desatento à limitação territorial, evidencia afronta ao pacto federativo, admitindo que o ente federativo seja julgado por tribunal diverso de seu Estado". Assim, requer a reforma da decisão, com o reconhecimento da competência do suscitante. Todavia, o voto posto por O EXMO. SR. MINISTRO GURGEL DE FARIA (Relator) expõe: ‘’ Objetiva o ESTADO DE MATO GROSSO a reforma da decisão que declarou competente o JUÍZO DE DIREITO DA 3ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE ITUIUTABA/MG para processar e julgar ação de indenização proposta por Eliane Severino da Costa Teodoro contra o ora agravante. Analisando a questão, verifico que inexiste ensejo para a alteração da decisão recorrida. Inicialmente, com relação ao sobrestamento postulado, em face da pendência da ADI 5737/DF no âmbito da Suprema Corte, inexiste fundamentação legal a amparar tal pretensão. Nesse sentido: AgInt no CC 158781/DF, de minha relatoria, PRIMEIRA SEÇÃO, DJe 21/3/2019; AgInt no CC 157479/SE, rel. Min. REGINA HELENA COSTA, PRIMEIRA SEÇÃO, DJe 4/12/2018. Quanto ao mérito do recurso, constato que, nos termos do art. 52, parágrafo único, do CPC/2015, se o "Estado ou o Distrito Federal for demandado, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou na capital do respectivo ente federado". Fica claro o equívoco por parte da ré, uma vez que, o ordenamento jurídico estabelece em seu Art. 55, CPC, que é competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autor Estado ou o Distrito Federal. todavia, se Estado ou o Distrito Federal for o demandado, a ação poderá ser proposta no Müller Fernandes RA:8270620 Turma:003108B02 foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, como exposto no caso em questão. Vamos a leitura do Art. 52, CPC: ART. 52, CPC: ‘’ É competente o foro de domicílio do réu para as causas em que seja autor Estado ou o Distrito Federal. Parágrafo único. Se Estado ou o Distrito Federal for o demandado, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou na capital do respectivo ente federado. Fica claro que neste caso aplicasse os ‘’pressupostos’’ do Art. 52, Parágrafo único do CPC.
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