Buscar

Farmacologia - Aula 02 - SNC

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 Helano Brilhante – Med79 - UFGC 
1 
Farmacologia – Sistema Nervoso Central 
1. Introdução 
▪ Basicamente, o SNC é subdividido em encéfalo e em medula 
espinhal. 
▪ Encéfalo – Dividido em CEREBRO (TELENCEFALO 
+DIENCEFALO), em CEREBELO e em TRONCO ENCEFALICO 
(MESENCEFALO + PONTE + BULBO). 
 
▪ Neurônio – Constitui a unidade básica do sistema 
nervoso, ou seja, é a celular base desse sistema. 
Apresenta como principal função a reação a estímulos e 
a promoção da propagação de respostas para outros 
neurônios e para outras partes do organismo. 
▪ Os neurônios são formados por dendritos, que captam o 
estimulo, pelo corpo celular, que processa esse 
estimulo e pelos axônios, que propagam o potencial de 
ação responsivo. 
 
 
 
 
2 Helano Brilhante – Med79 - UFGC 
2 
▪ Agora, vejamos como ocorre o processo de comunicação 
entre os neurônios, ou seja, como a informação é 
processada e transmitida até a execução do comando 
especifico pelo tecido alvo. 
▪ De modo geral, pode-se afirmar que a comunicação no 
interior do neurônio, ou seja, a transmissão do 
potencial de ação, ocorre por meio de estímulos 
elétricos, enquanto a comunicação entre dois neurônios 
distintos ocorre por meio de neurotransmissores. 
▪ Antes de analisarmos cada um desses processo, vamos 
relembrar um pouco de fisiologia das membranas 
celulares. 
▪ Potencial de Ação – Processo que envolve alterações nas 
cargas elétricas celulares, especificamente uma 
despolarização, conduzindo a uma excitação celular. 
Basicamente, é o potencial de ação que permite a uma 
célula, nesse caso, o neurônio, a execução de sua 
função. 
 
▪ Para que ocorra o potencial de ação, por sua vez, é 
necessário que, inicialmente, haja entrada de cargas 
positivas no interior celular, conduzindo ao processo 
de despolarização, como mostrado no gráfico acima. 
▪ Esses íons, em geral, são Na+, que entram pela ação da 
bomba de sódio potássio, ou íons Ca2+, que entram por 
proteínas de membrana. 
▪ Obs.: Lembre-se que na atuação da bomba de sódio 
potássio, tem-se a entrada de 3 íons sódio e a saída de 
2 íons potássio. 
▪ Repare bem, o que ocorre, em suma, é que o interior 
celular, antes negativo, torna-se positivo, enquanto o 
 
 
 
3 Helano Brilhante – Med79 - UFGC 
3 
exterior, antes positivo, torna-se negativo. Daí o nome 
“despolarização”. 
▪ Uma vez que muitos canais de sódio e de cálcio se abrem 
ao mesmo tempo, o potencial de ação é atingido e, 
somente assim, o impulso nervoso consegue ser propagado 
por toda a extensão do axônio, até atingir a fenda 
sináptica, onde haverá a liberação de 
neurotransmissores. 
 
2. Neurotransmissores do SNC 
a) Glutamato 
▪ Sintetizado a partir do ALFA-CETO-GLUTARATO, oriundo do 
Ciclo de Krebs, por meio da enzima GABA-TRANSAMINASE. 
▪ Consiste em um neurotransmissor excitatório, 
sintetizado nos chamados NEURONIOS GLUTAMATÉRGICOS. 
▪ O glutamato configura um neurotransmissor excitatório, 
sendo os seus principais receptores: 
i. NMDA – Canais de Ca2+ e de K+ residentes no hipocampo, 
na medula e no córtex cerebral. Atuam elevando a entrada 
de cálcio, ou seja, promovendo a despolarização. Um 
ponto importante acerca desse tipo de receptor é a 
demanda pela presença do aminoácido glicina para seu 
funcionamento. 
ii. AMPA – Canais de Na+ e de K+ residentes no hipocampo e 
no córtex cerebral. Atuam elevando o influxo de sódio 
e de cálcio, bem como o efluxo de potássio 
(hiperpolarização). 
 
 
 
4 Helano Brilhante – Med79 - UFGC 
4 
iii. Cainato – Canais de Na+ e de K+ residentes no hipocampo 
e no cerebelo. Atuam elevando o influxo de sódio e o 
efluxo de potássio, ou seja, promovendo a 
despolarização. 
 
iv. Receptores Metabotrópicos (proteína G) – Residentes no 
hipocampo, no neocórtex e no cerebelo. Esse tipo de 
receptor, por sua vez, pode ser subdividido em 3 
subgrupos. Vejamos: 
➢ Subgrupo I – Promovem a despolarização por meio da 
ativação da ADENILATO-CICLASE e da FOFOSLIPASE C (PLC). 
➢ Subgrupo II e Subgrupo III – Promovem a hiperpolarização 
por meio da inibição da ADENILATO-CICLASE, da inibição 
do influxo de cálcio e da promoção do efluxo de 
potássio. 
 
 
 
 
5 Helano Brilhante – Med79 - UFGC 
5 
 
b) GABA 
▪ Sintetizado a partir do GLUTAMATO por meio de um 
processo de descarboxilação, realizado pela enzima 
GLUTAMATO-DESCARBOXILASE. 
▪ Ao contrário do glutamato, o GABA configura um 
neurotransmissor do tipo INIBITORIO. 
▪ Em relação aos seus receptores, o GABA apresenta tipos 
ionotrópicos e tipos metabotrópicos. Vejamos: 
i. GABA A – Receptor ionotrópico pentamérico, localizados 
na membrana plasmática do neurônio. Note que esse 
receptor apresenta canal de cloreto em sua superfície, 
de modo que, a partir da ligação do GABA, tem-se 
facilitação da abertura de tal canal, bem como a maior 
entrada do ânion cloreto, promovendo, assim, 
hiperpolarização celular, ou seja, a diminuição de sua 
atividade. Além disso, é importante destacar a presença 
de outros sítios, como o dos benzodiazepínicos, nos 
quais os fármacos dessa classe se ligam, promovendo, 
assim como o GABA, elevação da atividade dos canais de 
cloreto e, por conseguinte, hiperpolarização do 
neurônio. 
 
 
 
6 Helano Brilhante – Med79 - UFGC 
6 
 
ii. GABA B – Receptores do tipo metabotrópicos, ou seja, 
ligados à proteína G. Após sua ligação, tem-se o aumento 
do efluxo de potássio, bem como o fechamento dos canais 
de cálcio, promovendo, assim, processo de 
hiperpolarização celular. Além disso, também pode ser 
verificada a inativação da FOSFOLIPASE C, o que 
corrobora o processo de diminuição da atividade 
celular. 
 
▪ Em relação a esse neurotransmissor e a seus receptores, 
faz-se imprescindível a notação de suas aplicações 
farmacológicas, especialmente em situações que demandam 
relaxamento e determinado grau de rebaixamento da 
consciência. Por exemplo, em casos de ansiedade 
patológica ou em crises convulsivas, tem-se o uso de 
fármacos capazes de modular a atividade dos receptores 
 
 
 
7 Helano Brilhante – Med79 - UFGC 
7 
gabaérgicos, a exemplo de benzodiazepínicos e de 
barbitúricos. 
 
 
 
 
 
 
 
8 Helano Brilhante – Med79 - UFGC 
8 
c) Acetilcolina 
▪ Produzida a partir da COLINA em união com a ACETIL-COA 
por ação da enzima ACETIL-COLINA-TRANSFERASE, sendo 
transferida para armazenamento em vesículas sinápticas 
e posterior liberação mediante despolarização de 
membrana, via influxo de cálcio. 
▪ Lembre-se que a acetilcolina também é um 
neurotransmissor do sistema nervoso autônomo. 
▪ Em relação a seus receptores, a acetilcolina apresenta 
receptores do tipo muscarínicos e receptores do tipo 
nicotínicos, podendo ser pré ou pós sinápticos. 
Vejamos: 
i. Receptor M1 – Presente no SNC, desempenhando funções 
não totalmente elucidadas, mas, em princípio, 
excitatórias e relacionadas à atenção, ao despertar e 
à analgesia. O mecanismo de atuação desse receptor 
ocorre via proteína Gq. 
ii. Receptor M4 – Presente no SNC, desempenha funções 
inibitórias, a exemplo da hiperpolarização de membrana. 
O mecanismo de atuação consiste na inibição da atuação 
colinérgica, bem como no efluxo de potássio. 
iii. Receptor M5 – Presente no SNC, desemprenha funções 
excitatórias. Seu mecanismo e suas respostas são 
semelhantes àquelas descritas em M1. 
iv. Receptor Nn – Presente no SNC, desempenhando funções 
excitatórias semelhantes às descritas em M1. 
 
 
 
 
9 Helano Brilhante – Med79 - UFGC 
9 
▪ Outro ponto de destaque em relação à acetilcolina são 
as suas vias de distribuição ao longo do SNC. Note-se 
que tais vias, que nascem de núcleos específicos, 
configuram a localização dos principais neurônios 
responsáveis pela síntese desse neurotransmissor. 
Vejamos: 
i. Núcleo Tegmental Pedunculopontino – A partir desse 
núcleo, a acetilcolina será liberada principalmente 
para regiões do diencéfalo.ii. Núcleo Basal – A partir desse núcleo, a acetilcolina 
será liberada para a região cortical. 
iii. Núcleo Septal Medial – A partir desse núcleo, a 
acetilcolina será produzida e liberada no próprio 
diencéfalo. 
▪ Em relação a sua relevância farmacológica, faz-se 
possível o destaque de 3 tópicos principais, a saber o 
processo de aprendizado e de memória, a doença de 
Parkinson e a regulação da pressão arterial. 
d) Dopamina 
▪ Neurotransmissor sintetizado a partir da tirosina, por 
meio da enzima TIROSINA HIDROXILASE, que converte 
tirosina em L-DOPA, e por meio da enzima L-AMINOACIDO 
AROMATICO DESCARBOXILASE, que converte DOPA em 
DOPAMINA. 
▪ Lembre-se que a via supracitada é a mesma responsável 
pela síntese de NORADRENALINA, de modo que 
interferências farmacológicas na dopamina, por exemplo, 
podem afetar também a noradrenalina. 
▪ A dopamina no SNC conta com algumas vias, as quais se 
responsabilizam por sua distribuição. Vejamos: 
i. Mesolímbica – Relacionada à comportamentos e às 
emoções, sendo sua hiperatividade relacionada a 
sintomas psicóticos positivos. 
ii. Mesocortical – Responsável pelas emoções e pelos 
comportamentos. 
iii. Nigroestriada – Responsável pela coordenação dos 
movimentos voluntários. 
iv. Tuberoinfundibular – Relacionada à secreção hormonal, 
especialmente a prolactina. 
 
 
 
10 Helano Brilhante – Med79 - UFGC 
10 
 
▪ No que tange aos receptores dopaminérgicos, tem-se sua 
divisão básica em duas grandes famílias, sendo D1 
excitatória e D2 inibitória. Vejamos: 
i. Família D1 – Configura receptores do tipo 
metabotrópicos, os quais atuam por intermédio de 
proteína Gs, ou seja, aumentando os níveis de AMPc, 
promovendo excitação. No SNC, apresenta-se no ESTRIADO 
e no NEOCORTEX, como D1, e no HIPOCAMPO e no HIPOTALAMO 
como D5. 
ii. Família D2 – Configura receptores do tipo 
metabotrópicos, os quais atuam por meio de proteínas 
Gi, minorando os níveis de AMPc, promovendo o efluxo de 
potássio e, por conseguinte, acarretando 
hiperpolarização. No SNC, apresenta-se no ESTRIADO, na 
SUBSTANCIA NEGRA e na HIPOFISE como D2. No TUBERCULO 
OLFATORIO, no NÚCLEO ACUMBENS e no HIPOTALAMO como D3 
e, por fim, no CORTEX FRONTAL, na MEDULA OBLONGA e no 
MESENCEFALO como D4. 
 
 
 
11 Helano Brilhante – Med79 - UFGC 
11 
 
▪ Em relação às importâncias farmacológicas da dopamina, 
pode-se elencar sua atuação na doença de Parkinson, a 
alteração de suas vias por antidepressivos e por 
psicoestimulantes, sua participação no controle da 
emese e da estimulação de alguns hormônios. 
e) Noradrenalina 
▪ Produzida a partir da DOPAMINA pela ação da enzima 
DOPAMINA-BETA-HIDROXILASE. 
▪ Veja, na medula da adrenal, existe uma outra importante 
enzima, a FENILETANOLAMINA-N-METILTRANSFERASE, 
responsável pela conversão da noradrenalina em 
ADRENALINA (EPINEFRINA). 
▪ Em relação às vias noradrenérgicas, tem-se que elas se 
encontram bastante próximas às vias serotoninérgicas, 
por exemplo. De modo geral, tais vias se originam no 
núcleo LOCUS CERULEUS, de onde se dispersão, dirigindo-
se principalmente rumo ao córtex cerebral. 
 
 
 
12 Helano Brilhante – Med79 - UFGC 
12 
 
▪ Em relação aos receptores noradrenérgicos residentes no 
SNC, tem-se a seguinte organização: 
i. Alfa 1 – Atuam na FOSFOLIPASE C, produzindo IP3 e 
DAG; 
ii. Alfa 2 – Receptores inibitórios pré sinápticos. Atuam 
inibindo a ADENILATO-CICLASE, logo, reduzindo os 
níveis de AMPc. 
iii. Beta 1 e Beta 2 – Receptores excitatórios, agem na 
ADENILATO-CICLASE, elevando os níveis de AMPc. 
▪ No que tange às implicações farmacológicas da 
noradrenalina, pode-se citar o controle da PA, o 
controle do estado de humor, o ciclo sono/vigília e o 
estado de estresse do indivíduo. 
f) Serotonina 
▪ Oriunda do aminoácido TRIPTOFANO, que sofre ação da 
enzima TRIPTOFANO-HIDROXILASE, sendo convertido em 5-
HIDROXITRIPTOFANO, o qual sofre ação de outra enzima, 
a L-AMINOACIDO AROMATICO DESCARBOXILASE, sendo 
convertido em 5-HIDROXITRIPTAMINA (SEROTONINA ou 5HT). 
▪ Em relação às vias serotoninérgicas no SNC, note-se que 
elas apresentam uma colocalização com as vias 
 
 
 
13 Helano Brilhante – Med79 - UFGC 
13 
noradrenérgicas, sendo originadas no NÚCLEO DA RAFE e 
disseminada a várias regiões, desde diencéfalo até 
córtex cerebral, passando pelo cerebelo e pela medula 
espinal. 
▪ No caso dos receptores serotoninérgicos, tem-se vários 
subtipos, os quais podem ser tanto excitatórios, quanto 
inibitórios. Vejamos: 
 
▪ No tocante à importância farmacológica da serotonina, 
pode-se citar sua ação na modulação humoral, ou seja, 
antidepressiva, bem como a modulação de suas vias por 
fármacos antipsicóticos, antieméticos e ansiolíticos.

Continue navegando