Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Capítulo 05: Dinâmica da Vorticidade 1 Introdução • O movimento em linhas de corrente circulares é chamado de movimento em vórtices. • A presença de linhas de corrente fechadas não significa necessariamente que as partículas de fluido estejam rotacionando em relação aos seus centroides. • Pode-se ter vórtices rotacionais ou irrotacionais dependendo das partículas de fluido terem ou não vorticidade. 2 Introdução • Dois escoamentos em vórtice básicos são: – A rotação de corpo rígido – E o vórtice irrotacional – A velocidade angular na rotação de corpo rígido pode ser denotada por ω0 = ω/2. 3 ru ωθ 2 1 = (1) r u π θ 2 Γ = (2) Introdução • A vorticidade de um elemento é igual a ω em todos os pontos para a rotação de um corpo rígido representado pela Eq. (1), de modo que a circulação ao redor de qualquer contorno é ω multiplicada pela área delimitada pelo contorno. • Em contraste, o escoamento representado pela Eq. (2) é irrotacional em todos os pontos exceto pela origem, onde a vorticidade é infinita. Toda a vorticidade do escoamento é concentrada em uma linha coincidente com o eixo de vórtices. 4 Introdução • A circulação ao redor de qualquer circuito que não inclua a origem é nula e, caso inclua a origem é Γ. • Um vórtice irrotacional é chamado de linha de vórtices. 5 Linhas e tubos de vórtices • Uma linha de vórtices é uma curva em um fluido tal que sua tangente em qualquer ponto forneça a direção da vorticidade local. • Uma linha de vórtices está relacionada ao vetor vorticidade da mesma forma que uma linha de corrente está relacionada ao vetor velocidade. • Se ωx, ωy e ωz são as componentes cartesianas do vetor vorticidade ω, então a orientação da linha de vórtices satisfaz as equações: 6zyx dzdydx ωωω == (3) Linhas e tubos de vórtices • que são análogas à Eq. (3.7) para uma linha de corrente. • Em um vórtice irrotacional, a única linha de vórtices no campo de escoamento é o eixo de vórtices. • Em uma rotação de corpo rígido, todas as linhas perpendiculares ao plano de escoamento são linhas de vórtices. • Linhas de vórtices que passam através de qualquer curva fechada formam uma superfície tubular, chamada tubo de vórtices. 7 Linhas e tubos de vórtices • Assim como linhas de corrente delimitam um tubo de corrente, linhas de vórtices delimitam um tubo de vórtices. 8 Linhas e tubos de vórtices • A circulação ao redor de um pequeno tubo de vórtices é , que é similar à expressão da taxa de escoamento através de um pequeno tubo de corrente. • A intensidade de um tubo de vórtices é definida como a circulação ao redor de uma curva fechada tomada na superfície do tubo que o circunde uma única vez. • Do Teorema de Stokes, tem-se que a intensidade de um tubo de vórtices é igual à vorticidade média multiplicada pela área de um corte transversal ao tubo. 9 Aω dd ⋅=Γ Au ddQ ⋅= Papel da viscosidade em vórtices rotacionais e irrotacionais • Assume-se escoamento de fluido incompressível para analisar a viscosidade em dois tipos básicos de escoamento em vórtices: rotação de corpo rígido e vórtice irrotacional. • Rotação de corpo rígido – Elementos de fluido em uma rotação de corpo rígido não se deformam. Como as tensões viscosas são proporcionais à taxa de deformação, elas são nulas nesse tipo de escoamento. Usando a expressão para tensões viscosas em coordenadas polares: 10 0 1 = ∂ ∂ + ∂ ∂ = r u r u r r r θ θ θθ µσ Papel da viscosidade em vórtices rotacionais e irrotacionais – tendo-se substituído uθ = ωr/2 e ur = 0. Aplicando-se, então, as Equações de Euler, que em coordenadas polares são simplificadas a – A diferença de pressão entre dois pontos vizinhos é 11 g z p r p r u ρ ρ θ − ∂ ∂ −= ∂ ∂ −=− 0 2 (4) dzgdrrdz z p dr r p dp ρωρ −= ∂ ∂ + ∂ ∂ = 2 4 1 Papel da viscosidade em vórtices rotacionais e irrotacionais – tendo-se empregado uθ = ωr/2. Integrando-se a expressão entre dois pontos quaisquer 1 e 2, tem-se – Superfícies de pressão constante são dadas por – Que representa um paraboloide de revolução. 12 ( ) ( )122122212 8 1 zzgrrpp −−−=− ρωρ (5) ( )2122 2 12 8 1 rr g zz −=− ω Papel da viscosidade em vórtices rotacionais e irrotacionais – Um ponto importante a notar é que as tensões viscosas estão ausentes desse escoamento (no entanto, as tensões viscosas são importantes no período transiente durante a inicialização do movimento do fluido). 13 Papel da viscosidade em vórtices rotacionais e irrotacionais – Em termos da velocidade, a Eq. (5) pode ser escrita como – que mostra que a função de Bernoulli – não é constante para pontos de diferentes linhas de corrente. Isso é esperado para escoamentos invíscidos rotacionais. 14 1 2 112 2 22 2 1 2 1 zgupzgup ρρρρ θθ +−=+− ρ θ pzg u B ++= 2 2 Papel da viscosidade em vórtices rotacionais e irrotacionais • Vórtice irrotacional – Em um vórtice irrotacional representado por – a tensão viscosa é – que é não nula em todos os pontos. Isto se deve ao fato de os elementos de fluido se deformam nesse escoamento. 15 r u π θ 2 Γ = 2 1 rr u r r u r r r π µ θ µσ θθ Γ −= ∂ ∂ + ∂ ∂ = Papel da viscosidade em vórtices rotacionais e irrotacionais – Observa-se, no entanto, que a força viscosa líquida sobre um elemento é nula, assim como no caso do escoamento de corpo rígido. Em um escoamento incompressível, a força viscosa resultante por unidade de volume relacionada à vorticidade é – que é nula para escoamentos irrotacionais. As forças viscosas sobre as superfícies de um elemento se cancelam, originando uma resultante nula. 16 ( )i j ij x ω×∇−= ∂ ∂ µ σ (6) Papel da viscosidade em vórtices rotacionais e irrotacionais – As equações do movimento se reduzem a Equações de Euler, embora as tensões viscosas sejam não nulas em todos os pontos. A distribuição de pressão pode então ser obtida da Eq. (4), originando – A integração entre dois pontos fornece: 17 dzgdr r dp ρ π ρ − Γ = 32 2 4 ( ) ( )12212212 2 zzguupp −−−−=− ρ ρ θθ Papel da viscosidade em vórtices rotacionais e irrotacionais – o que implica em – Nota-se que a Equação de Bernoulli é aplicável entre dois pontos quaisquer do campo de escoamento e não necessariamente ao longo de uma mesma linha de corrente, o que é esperado para escoamentos irrotacionais invíscidos. – Superfícies de pressão constante são dadas por 18 2 2 22 1 2 11 22 zg up zg up ++=++ θθ ρρ − Γ =−=− 2 2 2 1 2 22 2 2 1 12 11 822 rrgg u g u zz π θθ Papel da viscosidade em vórtices rotacionais e irrotacionais – que são hipérboles de revolução de segundo grau. O escoamento é singular na origem, onde há uma descontinuidade (velocidade infinita). 19 Papel da viscosidade em vórtices rotacionais e irrotacionais – Consequentemente, em um vórtice real como o encontrado na atmosfera, há necessariamente um núcleo rotacional (de raio R) no centro em que a distribuição de velocidades possa ser idealizada por . Fora do núcleo o escoamento é quase irrotacional e a distribuição de velocidade . Nesse caso, foi escolhido um valor de circulação tal que uθ é contínuo em r = R. – A intensidade do vórtice é tal que 20 2ru ωθ = rRu 22ωθ = ( )( ) 2núcleodoáreaevorticidad Rωπ==Γ Papel da viscosidade em vórtices rotacionais e irrotacionais – Uma forma de gerar um vórtice irrotacional é rotacionar um cilindro sólido circular em um corpo infinito de fluido viscoso. A solução em regime permanente das equações de Navier-Stokes satisfazendo a condição de não- deslizamento, em r = R, é – sendo R o raio do cilindro e ω/2 sua velocidade angular (constante). Tal escoamento não possui singularidades e é irrotacional em todos os pontos. 21 Rr r R u ≥= , 2 2ω θ 2Ru ωθ = Papel da viscosidade em vórtices rotacionais e irrotacionais – As tensões viscosas estão presentes, e a dissipação viscosa da energia cinética é compensada pelo trabalho realizado nasuperfície do cilindro. – No entanto, não há força viscosa resultante em qualquer ponto no regime permanente. • Discussão – Os exemplos fornecidos nesta seção sugerem que a irrotacionalidade não implica em ausência de tensões viscosas. De fato, elas estão sempre presentes em fluidos reais pois os elementos de fluido deformam em tal escoamento. 22 Papel da viscosidade em vórtices rotacionais e irrotacionais – No entanto, tem-se que a força viscosa resultante é nula se a vorticidade ω = 0. – Observa-se, também, que para a rotação de corpo rígido, há vorticidade uniforme e nenhuma tensão viscosa. Entretanto, este é o único exemplo de rotação que ocorre sem efeitos viscosos pois a Eq. (6) implica que a força resultante é nula em um escoamento rotacional se ω é uniforme em todos os pontos. – Exceto por esse exemplo, a rotação de um fluido é acompanhada por efeitos viscosos. 23 Teorema da Circulação de Kelvin • Vários teoremas do movimento em vórtices em um fluido invíscido foram publicados por Helmoltz em 1858. • Inspirado em tais trabalhos, Kelvin em 1868 introduziu a ideia de circulação e provou o seguinte teorema: “Em um escoamento invíscido barotrópico com forças de corpo conservativas, a circulação ao redor de uma curva movendo-se com o fluido permanece constante com o tempo” se o movimento for observado de um referencial não rotacional. 24 Teorema da Circulação de Kelvin • O teorema pode ser enunciado em termos simples da seguinte forma: Em um instante de tempo, toma-se um contorno fechado C e localiza-se a nova posição de C seguindo-se todos o movimento de todos seus elementos de fluido. O Teorema da Circulação de Kelvin prediz que a circulação em ambas as localizações de C são iguais. Assim: 25 0= Γ Dt D (7) Teorema da Circulação de Kelvin • Para provar o Teorema de Kelvin, a taxa de variação da circulação é dada por • onde dx é a separação entre dois pontos de C. 26 ( )∫∫∫ +== Γ C ii C i i C ii dx Dt D udx Dt Du dxu Dt D Dt D (8) Teorema da Circulação de Kelvin • Empregando-se a equação da conservação da quantidade de movimento • sendo σij o tensor de tensões deviatórico, Eq. (4.33). A primeira integral da Eq. (8) se torna 27 jiji i i g x p Dt Du , 11 σ ρρ ++ ∂ ∂ −= ∫∫∫ ∫∫∫∫ ++−= ++ ∂ ∂ −= ijijii ijijiii i i i dxdxg dp dxdxgdx x p dx Dt Du , , 1 11 σ ρρ σ ρρ Teorema da Circulação de Kelvin • tendo-se empregado que é a diferença na pressão entre dois pontos vizinhos. A Eq. (8) se torna • Deve-se, então, mostrar que cada termo da Eq. (9) é igual a zero. • Considerando-se forças de corpo conservativas, de modo que , sendo Π o potencial de força ou a energia potencial por unidade de massa. 28 xdpdp ⋅∇= ( ) ( )∫ ∫∫∫ +⋅⋅∇+−⋅= Γ C ii CC dx Dt D ud dp d Dt D xσxg ρρ 1 (9) Π−∇=g Teorema da Circulação de Kelvin • A integral de linha de g ao longo de uma linha de fluido AB é • Como a integral é avaliada para uma linha de fluido fechada, os pontos A e B coincidem e o primeiro termo da Eq. (9) é nulo. • Assumindo-se, então um escoamento barotrópico. Neste caso, a densidade é função apenas da pressão. 29 BA B A B A B A ddd Π−Π=Π−=⋅Π∇−=⋅ ∫∫∫ xxg Teorema da Circulação de Kelvin • Neste caso, pode-se escrever ρ‒1 em função de p; adotando-se , tem-se que a integral de dp/ρ entre dois pontos A e B podem ser avaliados fornecendo-se • A integral ao redor de um contorno fechado é então nula. Se as tensões viscosas podem ser desprezadas para as partículas que perfazem o contorno, a integral do tensor de tensões deviatórico é nula. 30 dpdP≡−1ρ AB B A B A PPdp dp dPdp −=−= ∫∫ ρ Teorema da Circulação de Kelvin • Notando-se que a velocidade um ponto x + dx em C é dado por • de modo que • O último termo da Eq. (9) se torna então 31 ( ) ( )xxxxuu d Dt D Dt D d Dt D d +=+=+ ( )xu d Dt D d = ( ) 0 2 1 2 = == ∫∫∫ C iC iiC ii udduudxDt D u Teorema da Circulação de Kelvin • Completa-se, assim, a prova do Teorema de Kelvin. • Três agentes podem criar ou destruir a vorticidade em um escoamento: – Forças de corpo não conservativas. – Relações pressão-densidade não barotrópicas. – Tensões viscosas. 32 Teorema da Circulação de Kelvin • Discussão sobre o Teorema de Kelvin: – Como a circulação é a integral de superfície da vorticidade, o Teorema de Kelvin essencialmente mostra que escoamentos irrotacionais permanecem irrotacionais caso quatro restrições sejam satisfeitas: – Escoamento invíscido: • Ao se obter o teorema, as equações de Euler foram utilizadas, mas apenas ao longo do contorno C. Isto significa que a circulação é preservada se não houver forças viscosas resultantes ao longo do caminho percorrido por C. A presença de efeitos viscosos causa a difusão da vorticidade, mudando a circulação. 33 Teorema da Circulação de Kelvin – Forças de corpo conservativas: • Forças de corpo conservativas como a gravidade atuam no centro de massa de uma partícula de fluido e, assim, não tendem a rotacioná-la. – Escoamento barotrópico: • A terceira restrição para a validade do Teorema de Kelvin é que a densidade deve ser uma função apenas da pressão. Um líquido homogêneo incompressível, no qual ρ é constante em todos os pontos, e um escoamento isentrópico de um gás perfeito, no qual p/ργ é constante, são exemplos de escoamentos barotrópicos. • Escoamentos não barotrópicos são chamados de baroclínicos. • Para um elemento barotrópico, linhas de p constante são paralelas a linhas de ρ constante, de modo que forças de pressão resultantes passam através do centro de passa do elemento. 34 Teorema da Circulação de Kelvin • Para elementos baroclínicos, as linhas de p e de ρ constantes não são paralelas. Assim, a força de pressão resultante não passa através do centro de massa e o torque resultante modifica a vorticidade e a circulação. 35 Teorema da Circulação de Kelvin – Referencial sem rotação: • O movimento observado com relação a um referencial em rotação pode desenvolver vorticidade e circulação por mecanismos não considerados na demonstração do Teorema de Kelvin. – Sob as quatro restrições anteriores, o Teorema de Kelvin essencialmente prediz que escoamentos irrotacionais permanecem irrotacionais por todo o tempo. • Teoremas de vórtices de Helmoltz: – Sob as mesmas quatro restrições, Helmoltz provou os seguintes teoremas para escoamentos em vórtices: 36 Teorema da Circulação de Kelvin – Linhas de vórtices se movem com o fluido. – A intensidade de um tubo de vórtices, que é a circulação, é constante ao longo de seu comprimento. – Um tubo de vórtices não acaba no interior de um fluido. O tubo de vórtices ou acaba em um contorno sólido ou forma um ciclo fechado (um “anel de vórtices”). – A intensidade de um tubo de vórtices permanece constante com o tempo. 37 Equação da vorticidade em um referencial sem rotação • Consideram-se a densidade do fluido constante (resultando em um escoamento barotrópico), bem como efeitos viscosos. • A vorticidade é definida como • Como o divergente de um rotacional é nulo, a vorticidade d qualquer escoamento deve satisfazer 38 uω ×∇≡ 0=⋅∇ ω (10) Equação da vorticidade em um referencial sem rotação • Uma equação para a taxa de variação da vorticidade é obtida tomando-se o rotacional da equação do movimento. Será visto que a pressão e a gravidade são eliminadas durante essa operação. Em forma simbólica, deseja-se realizar a operação • sendo Π o potencial de força de corpo. 39 ∇+Π∇+∇−=∇⋅+ ∂ ∂ ×∇ uuu u 21 ν ρ p t (11) Equação da vorticidade em um referencial sem rotação • Usando-se a identidade vetorial • Notando-se que o rotacional de um gradiente desaparece, tem-se da Eq. (11) que • tendo-se empregada também a identidade 40 ( ) ( ) 2 2 1 2 1 q∇+×=⋅∇+××∇=∇⋅ uωuuuuuu ( ) ωuωω 2∇=××∇+ ∂ ∂ ν t (12) ( )uu ×∇∇=∇×∇ 22 Equação da vorticidade em um referencial sem rotação • O segundo termo da Eq. (12) pode ser escrito como • tendo-se empregada a identidadevetorial • além dos fatos de que 41 ( ) ( ) ( )uωωuuω ∇⋅−∇⋅=××∇ ( ) ( ) ( )BAABABBABA ∇⋅−⋅∇−∇⋅+⋅∇=××∇ 0=⋅∇ u 0=⋅∇ ω Equação da vorticidade em um referencial sem rotação • Assim, a Eq. (12) se torna • Tal equação modela a taxa de variação da vorticidade em um muito com ρ constante e forças de corpo conservativas. • O termo representa a taxa de variação de ω devida à difusão de vorticidade do mesmo modo que o termo representa a aceleração devido à difusão de quantidade de movimento. 42 ( ) ωuωω 2∇+∇⋅= ν Dt D (13) ω 2∇ν u2∇ν Equação da vorticidade em um referencial sem rotação • O termo representa a taxa de variação da vorticidade devido ao alongamento e à inclinação das linhas de vórtices. • Nota-se que os termos de pressão e de gravidade não aparecem na equação da vorticidade, uma vez que essas forças atuam no centro de massa de um elemento e, portanto, não geram torque. 43 ( )uω ∇⋅ Velocidade induzida por um filamento de vórtice: Lei de Biot-Savart • Frequentemente é útil a capacidade de calcular a velocidade induzida por um filamento de vórtices com uma orientação arbitrária no espaço. Tal resultado pode ser usado na teoria de aerofólios finos. • Considerando-se um escoamento com densidade constante e partindo-se da definição da vorticidade • Aplicando-se o rotacional dessa equação, obtém-se 44 uω ×∇≡ ( ) ( ) uuuω 2∇−⋅∇∇=×∇×∇=×∇ Velocidade induzida por um filamento de vórtice: Lei de Biot-Savart • Assume-se que a conservação da massa possa ser escrita como e resolve-se a equação vetorial de Poisson para u em termos de ω. A equação de Poisson na forma • Apresenta uma solução expressa como • em que a integração é feita em todo o espaço . 45 0=⋅∇ u ( ) ε ρ φ r −=∇2 ( ) ( ) Vd rr r r V ′ ′− = ∫ ′ ρ επ φ 4 1 ( )rV ′′ Velocidade induzida por um filamento de vórtice: Lei de Biot-Savart • Utilizando-se tal forma para cada componente da vorticidade, obtém-se para u: • Tomando-se como um pequeno cilindro ao redor de uma linha de vórtice C através do ponto 46 Vd rrV ′ ′− ×∇′ = ∫ ′ ω u π4 1 (14) V ′ r′ Velocidade induzida por um filamento de vórtice: Lei de Biot-Savart • Tem-se que a Eq. (14) pode ser reescrita como • Usa-se, então o teorema da divergência na primeira integral na forma • Obtém-se, então 47 [ ] [ ]{ }∫ ′ − ′×′−∇′−′−×∇′= V Vdrrrr ωωu 1 4 1 π (15) ( ) ∫∫ ∂= ×=×∇ VAV ddV FAF ( ){ }∫∫ ′′∂=′ ′−×′−∇′′+′−×′= VVA rrrrVdrrd 2 4 1 ωωAu π (16) Velocidade induzida por um filamento de vórtice: Lei de Biot-Savart • Colapsando-se então e ao redor de um segmento de linha de vórtices na vizinhança de . Nas duas faces finais de , de modo que • Uma vez que , ω é constante ao longo de uma linha de vórtices de modo que • e 48 V ′ VA ′∂=′ r′ A′ ωA ||′d 0=×′ ωAd 0=⋅∇ ω 0=× ′=×′ ∫∫ ′′ ωAωA ladoslados AA dd 0=′∫ ′ladosA dA Velocidade induzida por um filamento de vórtice: Lei de Biot-Savart • Pois a geratriz de é uma curva fechada. • Para a segunda integral , sendo um elemento no fim da face da superfície e dl o comprimento de arco ao longo da linha de vórtices. • Pelo Teorema de Stokes • sendo Γ a circulação ao redor da linha de vórtices C e ds o comprimento de um elemento de arco na geratriz de 49 ladosA′ lA ddVd ⋅′=′ A′d Γ=⋅=′⋅ ∫∫ ′∂= ACfim dd suAω A′ Velocidade induzida por um filamento de vórtice: Lei de Biot-Savart • Dessa forma, tem-se então uma vez que ω é paralela a dl. Como (vetor unitário), então a Eq. (16) se reduz a • para qualquer comprimento de linha de vórtices C. Para um pequeno segmento de linha de vórtices dl: • que é uma expressão da Lei de Biot-Savart. 50 llAω ddd Γ=⋅′ rrrr ′−−=′−∇′ 1 ( )∫ Γ×′−= ′−C rr drr l1u 2 4 1 π ( ) 2 4 rrdd rr ′−× Γ = ′−1lu π (17) Equação da vorticidade para um referencial em rotação • Assumindo-se um fluido quase incompressível (de acordo com a aproximação de Boussinesq), de modo que a equação da conservação da massa possa ser aproximada por . Além disso, será empregada a seguinte notação para indicar derivadas espaciais: • Primeiro, deve-se mostrar que o divergente de ω é nulo. Da definição de ω tem-se: 51 0=⋅∇ u i i x∂ ∂ ≡ A A , ( ) niqinqinqinqii uu ,,,, εεω == Equação da vorticidade para um referencial em rotação • No último termo, εinq é antissimétrico em i e n, enquanto uq,ni é simétrico em i e n. Como o produto contraído de um tensor simétrico com um antissimétrico é nulo, tem-se • o que mostra que o campo de vorticidade é solenoidal, mesmo para escoamentos de fluidos compressíveis e em regime transiente. 52 0ou0, =⋅∇= ωiiω (18) Equação da vorticidade para um referencial em rotação • As equações da conservação da massa e da quantidade de movimento para um escoamento quase incompressível e sistema de coordenadas em rotação • onde Ω é a velocidade angular do sistema de coordenadas e gi é a gravidade efetiva (incluindo a aceleração centrífuga). 53 0, =iiu jjiiikjijkjij i ugpuuu t u ,,, 1 2 ν ρ ε ++=Ω++ ∂ ∂ (19) (20) Equação da vorticidade para um referencial em rotação • A aceleração advectiva pode ser escrita como • Tendo-se empregado a relação 54 ( ) ( ) ( ) ( ) iji ijjkijkj ijjijjijjij u uuu uuuuuuu , 2 , ,,,, 2 1 2 1 +×−= += +−= ωu ωε (21) ( ) ( ) jiijmnjminjnim mnkmnijkkijk uuu u ,,, , −=−= = δδδδ εεωε (22) Equação da vorticidade para um referencial em rotação • O termo de difusão viscosa pode ser escrito como • tendo-se empregado o fato de que uj,ij = 0 pela equação da continuidade. A Eq. (22) prediz que • que foi empregada várias vezes anteriormente. 55 ( ) jkijkijjjijjijji uuuu ,,,,, ωεννν −=+−= (23) ωu ×∇−=∇ νν 2 Equação da vorticidade para um referencial em rotação • Como , o termo de Coriolis na Eq. (20) pode ser escrito como • Substituindo-se as Eqs. (21), (23) e (24) na Eq. (20), tem-se • Tendo-se assumido que . 56 ΩuuΩ ×−=× jkijkkjijk uu Ω−=Ω εε 22 (24) ( ) jkijkikkjijk i j i puu t u ,, , 2 12 2 1 ωεν ρ ωε −−=Ω+− Π++ ∂ ∂ (25) Π−∇=g Equação da vorticidade para um referencial em rotação • A Eq. (25) é uma forma alternativa da Equação de Navier-Stokes, e a equação da vorticidade pode ser obtida aplicando-a o rotacional. Uma vez que • deve-se operar a expressão na Eq. (25), obtendo-se 57 qinqin u ,εω = ( ) qnqi ,ε ( ) ( )[ ] jqkijknqi q inqi qkkjijknqi iq jnqiqinqi p uuu t , , , , , 2 , 1 2 2 1 ωεεν ρ ε ωεεεε − −= =Ω+− Π++ ∂ ∂ (26) Equação da vorticidade para um referencial em rotação • O segundo termo do lado esquerdo desaparece ao se notar que εnqi é antissimétrico em q e i, enquanto a derivada é simétrica em q e i. • O terceiro termo do lado esquerdo da Eq. (26) se torna 58 ( ) iqj u , 2 2 Π+ ( )[ ] ( ) ( )[ ] ( )[ ] ( )[ ] ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) jnjjjjn jnnjkkknn jnnjkkknkkkkn jnnjkkkn qkkjqjnkqknjqkkjijknqi uu uuu uuu uu uu ,, ,, ,,,, ,, ,, 2 2200 222 22 22 ωω ωω ωωω ωω ωδδδδωεε +Ω+−= Ω++Ω+−+= Ω++Ω+−Ω+= Ω++Ω+−= Ω+−−=Ω+− (27) Equação da vorticidade para um referencial em rotação • tendo-se empregado que ui,i = 0, ωi,i = 0 e o fato de que as derivadas de Ω são nulas. • O primeiro termo da direita da Eq. (26) pode ser escrito como • que envolve a componente n do vetor 59 [ ] n iqnqiiqnqi q inqi p ppp ∇×∇+= += − ρ ρ ρε ρ ε ρρ ε 2 ,,2, , , 1 0 111 (28) p∇×∇ρ Equação da vorticidade para um referencial em rotação • O termo viscoso da Eq. (26) pode ser escrito como • Empregando-se as Eqs. (27) a (29) na Eq. (26), tem- se 60 ( ) jjnjjnnkk jqkqjnkqknjjqkijknqi ,,, ,, ωνωνων ωδδδδνωεεν =+= −−=− (29) ( ) [ ] jjnnjnjjjjnn puu t ,2,, 1 2 ωνρ ρ ωω ω +∇×∇+−Ω+= ∂ ∂ Equação da vorticidade para um referencial em rotação • Mudando-se o índice livre de n para i, tem-se • Em notação vetorial, obtém-se • Esta é a equação da vorticidade para um fluido quase incompressível (pela aproximação de Boussinesq) paraum referencial em rotação. 61 ( ) [ ] jjiijijji pu Dt D ,2, 1 2 ωνρ ρ ω ω +∇×∇+Ω+= ( ) ωuΩωω 2 2 1 2 ∇+∇×∇+∇⋅+= νρ ρ p Dt D (30) Equação da vorticidade para um referencial em rotação • Tem-se que u e ω são a velocidade (relativa) e a vorticidade observadas para um referencial em rotação com velocidade angular Ω. Como a vorticidade é definida como o dobro da velocidade angular, 2Ω é a vorticidade planetária e (ω + 2Ω) é a vorticidade absoluta do fluido, medida a partir de um referencial inercial. • O lado esquerdo da Eq. (30) representa a taxa de variação de vorticidade relativa ao seguir uma partícula de fluido. 62 Equação da vorticidade para um referencial em rotação • O último termo, , representa a taxa de variação de ω devido à difusão molecular da vorticidade, assim como representa a aceleração devido à difusão da velocidade. • O segundo termo do lado direito é a taxa de geração de vorticidade devido à baroclinicidade do escoamento. Em um escoamento barotrópico, a densidade é função apenas da pressão. Dessa forma, tem-se que . 63 ω 2∇ν u2∇ν 0=∇×∇ pρ Equação da vorticidade para um referencial em rotação • Significado de – Para examinar o significado desse termo, toma-se um sistema de coordenadas natural, em que s é avaliado ao longo de uma linha de vórtices, n é a direção para fora do centro de curvatura e m é avaliada ao longo da terceira direção normal. 64 ( )uω ∇⋅ Equação da vorticidade para um referencial em rotação – Assim: – tendo-se empregado que e – A Eq. (31) mostra que é igual à magnitude de ω multiplicada pela derivada de u na direção de ω. – A quantidade é um vetor e possui como componentes: . – A componente representa o aumento de us ao longo da linha de vórtices s, que é o alongamento das linhas de vórtices. 65 ( ) smns mns ∂ ∂ = ∂ ∂ + ∂ ∂ + ∂ ∂ ⋅=∇⋅ u uiiiωuω ω (31) 0=⋅=⋅ mn iωiω ω=⋅ siω ( )uω ∇⋅ ( )s∂∂uω ( ) ( ) ( )sususu mns ∂∂∂∂∂∂ ωωω e, ( )sus ∂∂ω Equação da vorticidade para um referencial em rotação – As componentes , por outro lado, representam a variação de componentes normais ao longo de s e, assim, a taxa de desvio e inclinação das linhas de vórtices ao redor dos eixos m e n, respectivamente. – Para se observar os efeitos desses termos mais claramente,será empregada a Eq. (30), suprimindo-se todos os termos exceto no lado direito, obtendo-se – cujas componentes são 66 ( ) ( )susu mn ∂∂∂∂ ωω e ( )uω ∇⋅ ( ) sDt D ∂ ∂ =∇⋅= u uω u ω s u Dt D e s u Dt D s u Dt D mmnnss ∂ ∂ = ∂ ∂ = ∂ ∂ = ω ω ω ω ω ω , (32) Equação da vorticidade para um referencial em rotação – A primeira relação da Eq. (32) mostra que a vorticidade ao longo de s varia devido ao alongamento de linhas de vórtices, refletindo o princípio da conservação da quantidade de movimento angular. O alongamento reduz o momento de inércia de elementos de fluido que constituem uma linha de vórtices, resultando em um aumento de sua velocidade angular. – A segunda e a terceira relações da Eq. (32) mostram como a vorticidade ao longo de n e m variam devido à inclinação de linhas de vórtices. 67 Equação da vorticidade para um referencial em rotação • Significado de – Orientando-se o eixo z ao longo da direção de Ω, este termo se torna . Suprimindo-se todos os demais termos da Eq. (30), obtém-se – cujas componentes são 68 ( )uΩ ∇⋅2 ( ) ( )z∂∂Ω=∇⋅ uuΩ 22 zDt D ∂ ∂ Ω= uω 2 z v Dt D z u Dt D z w Dt D yxz ∂ ∂ Ω= ∂ ∂ Ω= ∂ ∂ Ω= 2e2,2 ωωω Equação da vorticidade para um referencial em rotação – Observa-se que ao alongar as linhas de fluido na direção z, tem-se o aumento de ωz, enquanto uma inclinação das linhas verticais mudam a vorticidade relativa ao longo das direções x e y. – Nota-se que somente um alongamento ou desvio das linhas de fluido verticais é necessária para esse mecanismo ocorrer, em contraste com , para a qual um desvio ou alongamento das linhas de vórtices é necessário. 69 ( )uω ∇⋅ Equação da vorticidade para um referencial em rotação – No caso de um sistema de coordenadas em rotação, o Teorema de Circulação de Kelvin pode ser escrito como – sendo: – Observa-se que Γa é a circulação devida à vorticidade absoluta (ω + 2Ω) e difere de Γ pela “quantidade” de vorticidade planetária interceptada por A. 70 0= Γ Dt D a (33) ( ) ∫∫ ⋅+Γ=⋅+≡Γ AAa dd AΩAΩω 22 Interação de vórtices • Vórtices localizados próximos uns dos outros podem interagir mutuamente, gerando movimentos interessantes. • Para examinar tais interações, cada vórtice será idealizado por uma linha concentrada. Um vórtice real, com um núcleo dentro do qual a vorticidade é distribuída, pode ser idealizada por uma linha de vórtices concentrada com uma intensidade igual à vorticidade média no núcleo multiplicada pela área do núcleo. 71 Interação de vórtices • O movimento fora do núcleo é considerado irrotacional e, dessa forma, invíscido. Nesse caso, o movimento irrotacional de um fluido com densidade constante pode ser modelado pela equação linear de Laplace. • Assim, o princípio da superposição é válido e o escoamento em cada ponto pode ser obtido pela adição da contribuição de todos os vórtices do campo de escoamento. 72 Interação de vórtices • Para determinar a interação mútua de linhas de vórtices, deve-se ter em mente o Teorema de Helmholtz, que prediz que linhas de vórtices se movem com o escoamento. • Considerando-se a interação de dois vórtices de intensidades Γ1 e Γ2, ambas positivas. 73 Interação de vórtices • A velocidade no ponto 2 devido ao vórtice Γ1 é direcionado para cima e igual a • De modo similar, a velocidade no ponto 1 devido ao vórtice Γ2 é direcionado para baixo e igual a • O par de vórtices rotaciona no sentido anti-horário ao redor do centro de gravidade G, que é estacionário. 74 h V π2 1 1 Γ = h V π2 2 2 Γ = Interação de vórtices • Supondo-se, então, que os dois vórtices possuam a mesma circulação de magnitude Γ mas sentidos de rotação opostos. Nesse caso, a velocidade de cada vórtice é de Γ/(2πh) e possui a mesma direção. Assim, o sistema inteiro translada a uma velocidade de Γ/(2πh) relativa ao fluido. 75 Interação de vórtices • O comportamento de cada vórtice individual próximo a uma parede pode ser encontrado pela superposição de dois vórtices de intensidades iguais e opostas. A técnica envolvida é chamada de método das imagens, que possui ampla aplicação em escoamentos irrotacionais, condução de calor e eletromagnetismo. • É claro que o padrão de um escoamento invíscido devido a um vórtice A a uma distância h da parede pode ser obtido eliminando-se a parede e introduzindo-se um vórtice de igual intensidade e sentido oposto no “ponto imagem B”. 76 Interação de vórtices • A velocidade em qualquer ponto P na parede, provocado por VA (devido ao vórtice real) e por VB (relativo ao vórtice imagem) é paralela à parede. 77 Interação de vórtices • Dessa forma, a parede corresponde a uma linha de corrente e a condição de contorno invíscida, corespondente a uma velocidade nula normal à parede sólida é satisfeita. • Considera-se, agora, a interação entre dois vórtices em formato de aneis toroidais, de circulação igual e oposta. De acordo com o método das imagens, o campo de escoamento para um anel próximo à parede é idêntico ao escoamento de dois aneis de circulação oposta. 78 Interação de vórtices • O movimento translacional de cada elemento do anel é causado pela velocidade induzida por cada elemento pertencente ao mesmo anel acrescido pela velocidade de cada elemento do outro vórtice. 79 Interação de vórtices • Na figura, o movimento em A é a resultante de VB, VC e VD, tendo componentes paralela e em direção à parede. Consequentemente, o anel de vórtices aumenta em diâmetro e move-se em direção à parede com uma velocidade que diminui monotonicamente. • Por fim, considera-se a interação de dois aneis de igual magnitude e mesmo sentido de rotação. Nesse caso, ambos os aneis de movem em uma mesmadireção. • O da frente apresenta aumento do raio e reduz sua velocidade translacional. 80 Interação de vórtices • O segundo anel, por sua vez, contrai-se e acelera-se. • Isso ocorre até que o anel menor passa através do anel maior, quando o papel de ambos os aneis de vórtices se inverte. Em um fluido ideal, o processo do anel menor passar através do maior pode ocorrer indefinidamente. 81 Superfície de vórtices • Considere um número infinito de filamentos de vórtices infinitamente longos, posicionados lado a lado sobre uma superfície AB. Tal superfície é chamada de superfície de vórtices. 82 Superfície de vórtices • Se todos os filamentos de vórtices rotacionarem em sentido horário, a velocidade tangencial acima de AB possui sentido positivo para a direita, enquanto para a superfície logo abaixo AB a velocidade tangencial positiva é para a esquerda. • Observa-se assim uma descontinuidade da velocidade tangencial através da superfície de vórtices. Se os filamentos de vórtices não forem infinitesimalmente finos, então a superfície de vórtices possui uma espessura finita e a variação da velocidade se espalha. 83 Superfície de vórtices • Considerando-se a circulação ao redor de um circuito de dimensões dn e ds. A componente normal v da velocidade é contínua através da superfície (v = 0 se a superfície não se move no sentido normal a ela mesma), enquanto a componente tangencial u apresenta um “salto”. Se u1 e u2 são as velocidades tangenciais nos dois lados da superfície, então 84 ( )dsuudnvdsudnvdsud 1212 −=−−+=Γ Superfície de vórtices • Então, a circulação por unidade de comprimento, denominada de intensidade de uma superfície de vórtices, é igual ao “salto” na velocidade tangencial 85 12 uu ds d −= Γ ≡γ
Compartilhar