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163Redação de Correspondência Oficial
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Redação Oficial
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nt
esA Correspondência Oficial obedece a normas regedoras das
comunicações escritas internas ou externas, das repartições
públicas; sua redação é, portanto, padronizada alterando-se
apenas, naturalmente, o conceito específico de cada
comunicação.
Com a edição do Decreto Federal n.º 100.000, em 11 de janeiro
de 1991, o Presidente da República autorizou a criação de
comissão para rever, atualizar, uniformizar e simplificar as
normas de redação de atos e comunicações oficiais.
Assim, depois de alguns meses foi publicado a 1ª edição do
Manual de Redação da Presidência da República, atualmente na
2ª edição (2002).
Entretanto, restaram muitas lacunas dificultando uma
padronização mais formal em relação ao documentos emitidos
pela Administração Pública. Tornou-se lugar comum, alguns
órgãos, em especial do Poder Judiciário e Tribunal de Contas,
editarem manuais específicos de redação oficial e de
expedientes a fim de orientar seus servidores.
Assim, ao futuro servidor cabe conhecer, em primeiro lugar, os
apontamentos do Manual da Presidência da República;
em segundo lugar, na existência de um manual editado com
normas específicas do órgão em que foi nomeado, os aspectos
complementares da redação de expedientes. Normalmente,
essas normas, reguladas por portarias, são disponibilizadas no
sítio da Internet dos respectivos órgãos e só atuam no silêncio
normativo do Manual da Presidência da República.
Quanto ao seu trânsito, a comunicação oficial pode ser interna
– a que mantêm entre si diversas autoridades, bem como
seus respectivos subordinados no âmbito de determinado ór-
gão administrativo, sobre qualquer assunto de serviço – e
externa, ou seja, a correspondência que se efetua entre a
autoridade geral e outra autoridade da administração local e
as demais autoridades, fora do âmbito de sua atuação, bem
como a particular.
Enquanto a correspondência interna faz-se por meio de carta
oficial, ofício, memorando, requerimento, relatório, circular,
ordem de serviço etc., a correspondência externa é feita por
meio de ofício, carta oficial, fax, e-mail, requerimento, relatório,
proposta e outras.
Os principais requisitos que se impõem na redação oficial são a
simplicidade na estrutura da frase e no vocabulário, a
objetividade e a clareza. O estilo administrativo é impessoal e
não admite imagens de estilística, que se quadram melhor na
criação artística literária.
Das qualidades apontadas como essenciais ao estilo literário –
correção, clareza, originalidade, concisão, harmonia e vigor -
são indispensáveis na correspondência oficial a concisão, a
clareza e a correção.
CLAREZA
A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto oficial.
Pode-se definir como claro aquele texto que possibilita imediata
compreensão pelo leitor. No entanto a clareza não é algo que se
atinja por si só: ela depende estritamente das demais caracterís-
ticas da redação oficial. Para ela concorrem:
a) a impessoalidade, que evita a duplicidade de interpretações
que poderia decorrer de um tratamento personalista dado ao
texto;
b) o uso do padrão culto de linguagem, em princípio, de
entendimento geral e por definição avesso a vocábulos de
circulação restrita, como a gíria e o jargão;
c) a formalidade e a padronização, que possibilitam a impres-
cindível uniformidade dos textos;
d) a concisão, que faz desaparecer do texto os excessos
linguísticos que nada lhe acrescentam.
Assim, a clareza pode ser resumida como a fiel observância das
regras de gramática ditadas pela tradição clássica da língua.
Um texto correto não deve conter solecismos (erros de sintaxe),
cacografias (erros de grafia), deformações (alterações na forma
das palavras), cruzamentos léxicos (emprego equivocado de
palavras parecidas, expressões viciosas, barbarismos, impro-
priedades e vícios de tratamento).
• Solecismos – são erros de concordância, regência,
construção e colocação dos termos na frase.
 Observe:
Haviam inúmeras pessoas que vinham lhe felicitar.
Nessa frase há três solecismos: de concordância (o verbo haver
significando existir é impessoal e não pode vir no plural); de
colocação (o pronome pessoal átono, em locução verbal com
termo que pede próclise, antepõe-se ao verbo ou prende-se por
hífen ao infinito da expressão verbal); de regência (o verbo
felicitar é transitivo direto e seu objeto pronominal não é lhe,
mas o, a, os, as). Assim, o texto correto será:
Havia inúmeras pessoas que o vinham felicitar. ou
Havia inúmeras pessoas que vinham felicitá-lo.
REDAÇÃO DE EXPEDIENTES
Correspondência Oficial é a comunicação
que se estabelece oficialmente entre
expedidor e receptor que representam,
pelo menos um deles, algum órgão da
Administração Pública.
REDAÇÃO
OFICIAL
CONCEITOS BÁSICOS1.
REQUISITOS2.
164 Redação de Correspondência Oficial
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Redação Oficial
• Cacografias – São evitadas quando se estudam as regras
ortográficas sobre o emprego das vogais, das consoantes, do
hífen e da acentuação. Observe alguns exemplos de
cacografias: discreção por discrição; delapidar por dilapidar;
pretenção por pretensão; previlégio por privilégio; requesito
por requisito; rúbrica por rubrica.
• Deformações – São deturpações mórficas das palavras, o
que indica uma educação idiomática deficiente. Veja alguns
exemplos: contigente por contingente; ele desiguina por ele
designa; esteje por esteja; frustado por frustrado; idenização
por indenização; pertubação por perturbação; pespectiva por
perspectiva; reinterar por reiterar; prostado por prostrado.
• Cruzamentos – É comum o equívoco no emprego dos
parônimos, porque são palavras semelhantes na forma e na
pronúncia. Mas há que prestar atenção para não cair neste
erro que se chama cruzamento léxico.
Observe alguns: abjeção (degradação) e objeção (agumento
contrário); despercebido (não notado, não percebido) e
desapercebido (desaparelhado, não abastecido); emitir
(expedir, lançar, enunciar, produzir) e imitir (fazer entrar,
meter, investir em); prescrever (preceituar, determinar, perder
o efeito) e proscrever (exilar, degradar, desterrar); remição
(redenção, resgate, quitação) e remissão (perdão,
expiação – a expressão sem remissão tem o sentido de
implacavelmente, inexoravelmente).
CONCISÃO
É a fuga da prolixidade. Deve-se mencionar apenas o
estritamente indispensável, exprimindo o maior número de
ideias com o mínimo possível de palavras. Mas há que ter o
cuidado de não pretender alcançar a concisão em
detrimento da clareza.
Para melhor concisão, deve-se eliminar:
• o uso excessivo dos indefinidos um e uma:
Exemplo:
O acordo coletivo que prevê um regime de compensação de
jornada não deve ser invalidado pelo fato de haver um labor
extraordinário. É imprescindível valorizar uma negociação
coletiva, como forma de um incentivo à autocomposição dos
conflitos pelos próprios interessados.
Corrija-se para:
O acordo coletivo que prevê o regime de compensação de
jornada não deve ser invalidado pelo fato de haver labor
extraordinário. É imprescindível valorizar a negociação coletiva,
como forma de incentivo à autocomposição dos conflitos pelos próprios
interessados.
• o uso abusivo da palavra que (corrige-se fazendo a
substituição com orações reduzidas ou períodos simples):
Exemplo:
Entende-se por greve política, em sentido amplo, a que é dirigida
contra os poderes públicos para que se consigam determinadas
reivindicações que não são suscetíveis de negociação coletiva.
Corrija-se para:
Entende-se por greve política, em sentido amplo, a dirigida
contra os poderes públicos para conseguir determinadas
reivindicações não suscetíveis de negociação coletiva.
• os pormenores desnecessários:
Exemplo:
O alcoolismo, que é o uso continuado de bebidas alcoólicas, é uma
figura típica e característicade falta grave do empregado de uma
firma ou empresa, ensejadora e causadora da demissão por justa
causa para que seja feita a rescisão do contrato de trabalho.
Corrija-se para:
O alcoolismo é uma figura típica de falta grave do empregado, ensejadora
da justa causa para a rescisão do contrato de trabalho.
• o supérfluo, o redundante:
Exemplo:
Ao contrário disso, pensamos diferente, pois o alcoolismo é
um problema da alçada do Estado que tem de enfrentá-lo de
frente, assumindo o cidadão doente.
Corrija-se para:
Pensamos diferente, pois o alcoolismo é um problema da alçada do
Estado que deve assumir o cidadão doente.
CORREÇÃO
É o uso de formas adequadas quanto à gramática normativa.
Deve-se observar, principalmente, a sintaxe de concordância, a
de regência e a de colocação.
Revisão
Contribuirá, ainda, a indispensável releitura de todo texto
redigido. A ocorrência, em textos oficiais, de trechos obscuros
e de erros gramaticais provém principalmente da falta da
releitura que torna possível sua correção.
Na revisão de um expediente, deve-se avaliar, ainda, se ele
será de fácil compreensão por seu destinatário. O que nos parece
óbvio pode ser desconhecido por terceiros. O domínio que
adquirimos sobre certos assuntos em decorrência de nossa
experiência profissional muitas vezes faz com que os tomemos
como de conhecimento geral, o que nem sempre é verdade.
Explicite, desenvolva, esclareça, precise os termos técnicos, o
significado das siglas e abreviações e os conceitos específicos
que não possam ser dispensados.
A revisão atenta exige, necessariamente, tempo. A pressa com
que são elaboradas cer tas comunicações quase sempre
compromete sua clareza. Não se deve proceder à redação de
um texto que não seja seguida por sua revisão. “Não há assuntos
urgentes, há assuntos atrasados”, diz a máxima. Evite-se, pois,
o atraso, com sua indesejável repercussão no redigir.
165Redação de Correspondência Oficial
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Questões Aplicadas
Conceitos básicos
[Especialista de Regulação - ANTAQ 2009 (CESPE)]
Acerca da redação de documentos oficiais, julgue o item que se
segue.
Desrespeitam-se as exigências de clareza, objetividade
e obediência às regras gramaticais ao se apresentar o
seguinte parágrafo no início de um relatório, em um
órgão público.
1. APRESENTAÇÃO
Ao apresentar este relatório, os resultados parciais
da Ouvidoria realizada durante os meses de Outubro e
Novembro de 2008, ano em que visamos a melhorias no
atendimento dos usuários e na eficiência nos
procedimentos internos graças às restrições
orçamentárias oriundas de financiamento para as
áreas-fins.
[Escriturário - BB I 2009 (CESPE)]
Com referência à redação de correspondências oficiais, julgue
o próximo item.
Na elaboração de um documento oficial — por exemplo,
relatório ou parecer —, respeitam-se os requisitos de
clareza, objetividade, formalidade, impessoalidade e
normas gramaticais, redigindo-se o seguinte parágrafo.
De acordo com as normas internas,
válidas desde novembro de 2008, toda e
qualquer requisição de material de consumo
deverá ser preenchida no formulário n.º 12 e
encaminhada à Direção de Suprimentos.
[Analista Judiciário - TRT/MA 2009 (FCC)]
A ocorrência de ambiguidade e falta de clareza faz necessária
uma revisão da seguinte frase:
(A) Causa-nos revolta, a todos, o pouco interesse que ele vem
demonstrando na condução desse processo – razão pela
qual há quem peça a demissão dele.
(B) Conquanto ele nos haja dado uma resposta inconclusiva e
protelado a decisão, há quem creia que nos satisfará o
desfecho deste caso.
(C) Inconformados com a resposta insatisfatória que nos deu,
reiteramos o pedido para que ele não deixe de tomar as
providências que o caso requer.
(D) Ele deu uma resposta insatisfatória à providência que lhe
solicitamos, em razão da qual será preciso insistir em que
não venha a repeti-la.
(E) Caso não sejam tomadas as providências cabíveis,
seremos obrigados a comunicar à Direção o menos-
cabo com que está sendo tratado este caso.
1
2
3
[Técnico de Desenvolvimento - INPE/MCT 2009 (FCC)]
ZYX/WXPP - 03/2008
São Paulo, 30 de novembro de 2008
Senhor Cristóvão Colombo,
Coordenador de Projetos Especiais.
Considerando o trecho inicial de um ofício apresentado acima,
julgue o item que se segue.
O exemplo respeita as regras gramaticais da língua
portuguesa para o registro culto da linguagem, atende
aos padrões de identificação do documento, apresenta
data e local da emissão de forma apropriada e faz uso
correto de vocativo e de formas de tratamento compatíveis
com o cargo do destinatário.
[Assistente Administrativo - MPE/RR 2008 (CESPE)]
O relator especial da ONU para o Direito à Alimentação,
Jean Ziegler, ofereceu contornos ainda mais contundentes:
sugeriu que o cultivo em massa destinado aos biocombustíveis
configura um crime contra a humanidade por seu impacto
nos preços mundiais dos alimentos. Ziegler carrega na
denúncia o discurso segundo o qual o uso de terras férteis
para os biocombustíveis conduzirá o mundo à redução de
superfícies destinadas aos alimentos. A consequência é a
elevação dos preços.
Eis uma briga de gigantes.
Jornal do Brasil, 15/4/2008.
Em relação ao texto acima, julgue o item.
O último período do texto é adequado para emprego em
correspondências oficiais.
[Técnico Judiciário - STJ 2008 (CESPE)]
Prezado Sr. Fulano de Tal,
D.D. Chefe do almoxarifado,
Atendendo à Vossa solicitação de 24/7/2008, venho en-
caminhar, a demanda de materiais desta secção para o
segundo semestre do ano em curso.
Considerando que o fragmento acima é parte de um memoran-
do, julgue o seguinte item.
O fragmento em questão está correto quanto à
observância dos requisitos exigidos na redação e
padronização desse tipo de correspondência oficial.
4
5
1. certo; 2. certo; 3. D;
4. errado; 5. errado; 6. errado .
6
166 Redação de Correspondência Oficial
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Redação Oficial
Origem – Evolução e Conceito
Expressão de tratamento é o pronome ou a locução de que se
serve uma pessoa para falar ou escrever a outra.
As expressões de tratamento são, teoricamente, da segunda
pessoa gramatical – a pessoa com quem se fala – desde que
uma tradição milenar estabeleceu que às autoridades
supremas não se poderia falar diretamente, senão por meio de
seus elevados atributos. Daí terem surgido expressões como
Vossa Majestade, Vossa Excelência, Vossa Santidade e outras,
nas quais ao possessivo “vosso” juntou-se um substantivo
abstrato (Majestade, Excelência, Santidade, Senhoria, Alteza).
Com o correr do tempo, no entanto, a concordância do verbo
deixou de ser feita com o pronome “vossa”, passando a
acompanhar o substantivo abstrato (Majestade, Excelência,
Senhoria) e, deste modo, ficando na terceira pessoa, o que,
aparentemente, veio a configurar uma anomalia, ou seja, uma
segunda pessoa gramatical em concordância formal com a
terceira.
Daí que as expressões de tratamento são, em teoria, da segun-
da pessoa gramatical – a pessoa com quem se fala – porém a
concordância do verbo será sempre feita na terceira pessoa:
“Vossa Excelência conhece o processo...”
“Vossa Senhoria pertence ao grupo dos bons advogados...”
“Vossa Santidade é bem-vinda ao Brasil.”
Pronome de tratamento é, pois, a palavra ou expressão usada
para se referir à segunda pessoa, em lugar dos pronomes pes-
soais tu e vós,como você, vocês, o senhor, os senhores, a
senhora, as senhoras, Vossa Excelência, Vossa Senhoria etc.
Pode-se usar, também para a terceira pessoa, em lugar de ele,
ela, eles, elas como Sua Excelência, Suas Excelências, Sua
Senhoria, Suas Senhorias, Sua Majestade, etc. Em ambos os
casos, o verbo fica na terceira pessoa.
PRONOMES DE TRATAMENTO
As formas de tratamento mais usuais são:
• Você (v.) – Vocês (vv.) usa-se para pessoas familiares ou
comquem se tem intimidade.
• Senhor (Sr.) – Senhora (Sr.a ou Sra.) – Senhores (Srs.) –
Senhoras (Sr.as ou Sras.) – para pessoas com quem se tem
um certo distanciamento respeitoso.
• Vossa Senhoria (V. S.a ou V. Sa.) – V. Senhorias (V. S.as ou V.
Sas.) – para pessoas de cerimônia, em correspondências
comerciais e oficiais.
• Vossa Excelência (V. Ex.a ou V. Exa.) – Vossas Excelências
(V. Ex.as ou V. Exas.) – para altas autoridades.
• Vossa Eminência (V. Em.a ou V. Ema.) – Vossas Eminências
(V. Em.as ou V. Emas.) – para cardeais.
• Vossa Alteza (V. A.) – Vossas Altezas (VV. AA.) – para prínci-
pes e duques.
• Vossa Santidade (V. S.) – para o Papa.
• Vossa Excelência Reverendíssima (V. Ex.a Rev.ma ou V. Exa.
Revma.) – para arcebispos e bispos
•Vossa Reverendíssima (V. Rev.ma ou V. Revma.) – Vossas
Reverendíssimas (V. Rev.mas ou V. Revmas.) – para
monsenhores, cônegos e superiores religiosos.
•Vossa Reverência (V. Rev.a ou V. Rev.) – para sacerdotes,
pastores e religiosos em geral.
•Vossa Paternidade (V. P) – Vossas Paternidades (VV. PP.) –
para superiores de ordens religiosas.
•Vossa Magnificência (V. Mag.a ou V. Maga.) – Vossas
Magnificências (V. Mag.as ou V. Magas.) – para reitores de
universidades.
•Vossa Majestade (V. M.) – Vossas Majestades (VV. MM.) –
para reis e rainhas.
• Vossa Excelência – Sua Excelência – é a forma de tratamento
mais elevada. Aplica-se aos três Chefes de Poder
(Presidente da República, Presidente do Congresso Nacional
e Presidente do Supremo Tribunal Federal) para os quais
não se deve usar as correspondentes abreviaturas
(V. Ex.a e S. Ex.a).
Observação:
Alguns redatores estendem essa deferência a altos
dignitários e aos membros do clero. Dizem: “Sua Excelên-
cia, o Senhor Governador...”, “Senhor Embaixador, tenho a
honra de submeter a Vossa Excelência...”, “Sua Excelência
o Senhor Bispo de...”
O tratamento “Excelência” se aplica, ainda, e normalmente
abreviado, aos altos representantes dos Poderes Públicos:
ministros, senadores, deputados, oficiais-generais,
governadores, desembargadores, juízes, prefeitos e,
também, a presidentes de associações.
“Aproveitamos o ensejo para informar a V. Ex.a...”
(e não: para informá-lo).
FORMAS DE TRATAMENTO3.
Vossa Senhoria – na troca de correspondência entre chefes de
idêntica hierarquia, é comum esse tratamento cujo emprego,
na maioria das vezes, se faz abreviadamente (V. S.a).
Vós – é um tratamento comum no serviço público dado, em
geral, a servidor ou servidores de categoria não inferior à de
quem assina o ato administrativo. Os vocativos constituídos
por expressões indicadoras de cargos não alteram o
tratamento vós. Assim, é correto dizer:
“Passo às vossas mãos, senhor Diretor...”.
167Redação de Correspondência Oficial
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É bom não esquecer que os possessivos vosso(s) e vossa(s)
podem ser usados com o tratamento vós, mas são
incompatíveis com as outras formas de tratamento.
Redigir-se-á, pois, corretamente:
“Fica a critério de Vossa Excelência...” e nunca:
“Vossa Excelência tem a vosso critério...”.
CONCORDÂNCIA
Embora de 3ª pessoa, as formas de tratamento, chamadas de
formas de reverência, com o possessivo Vossa se aplicam à
pessoa a quem falamos e a quem nos dirigimos.
A concordância, no entanto, é feita com a forma verbal e com as
formas pronominais da 3ª pessoa:
“Vossa Excelência deve apresentar o Relatório...”.
“Vossa Senhoria já pode divulgar a sua Ordem de Serviço...”.
Nas leis, decretos, resoluções e portarias, a autoridade é
indicada na 3ª pessoa:
“O Presidente da República decreta...”.
“O Diretor resolve...”.
VOCATIVO OU INVOCAÇÃO
É a expressão pela qual se chama a atenção da pessoa a quem
se escreve ou o qualificativo que indica a expressão de trata-
mento a ser empregada no texto do expediente.
Os vocativos mais usuais são:
para Excelência: Excelentíssimo Senhor
para Eminência: Eminentíssimo Senhor
para Senhoria: Senhor
para Juiz: Meritíssimo
para Tribunais: Colendo, Egrégio, Venerando
para Reitor: Magnífico
Na correspondência oficial, o título de representante
diplomático ou consular não deve preceder o nome pessoal.
Assim, dir-se-á:
“Exmo. Sr. Fulano de Tal, Embaixador do Brasil em...”.
“Senhor Sicrano de Tal, Cônsul do Brasil em...”.
Não se abrevia o vocativo na correspondência dirigida aos três
Chefes de Poder, grafando-se:
“Excelentíssimo Senhor Presidente da República”.
“Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal”.
“Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional”.
Observação:
Alguns redatores também não abreviam o vocativo em
correspondências para Ministros, Governadores de
Estado, Desembargadores, Prefeitos Municipais e
autoridades eclesiásticas de maior nível hierárquico.
Observações:
1. Não se usa artigo diante de pronome de tratamento,
à exceção de senhor, senhora e senhorita:
 “Esperei Sua Excelência por mais de duas horas”.
 “Esperei a senhora por mais de duas horas”.
2. Os pronomes de tratamento são formas rigorosamente
femininas. Quando se tratar de homem, é aceitável a
concordância com o masculino (concordância
ideológica).
“Sua Excelência estava preocupada ou
preocupado com o processo”.
Se houver aposto faz-se a concordância obrigatória com o
aposto:
“Sua Excelência, o presidente, parece preocupado”.
“Sua Excelência, a desembargadora, parece preocupada”.
3. Usa-se Vossa Excelência quando nos dirigimos à pessoa:
 “Convido Vossa Excelência a participar da sessão...”.
Usa-se Sua Excelência quando falamos a respeito da
pessoa:
“Aguardamos a assinatura de Sua Excelência para dar
andamento ao processo”.
Usa-se o vocativo “Senhor” seguido do cargo respectivo para
as seguintes autoridades:
Vice-Presidente da República; Ministros de Estado;
Secretário-Geral da Presidência da República; Consultor-Geral
da República; Chefe do Gabinete Militar da Presidência da
República; Chefe do Gabinete Civil da Presidência da Repúbli-
ca; Chefe do Gabinete Pessoal do Presidente da República;
Secretários da Presidência da República; Advogado-Geral da
União; Procurador-Geral da República; Comandantes das Três
Armas; Chefes de Estado-Maior das Três Armas; Oficiais
Generais das Forças Armadas; Embaixadores; Secretário-Exe-
cutivo de Ministérios; Secretário-Nacional de Ministérios; Pre-
sidente Vice-Presidente e Membros do Senado Federal, da Câ-
mara dos Deputados, das Assembleias Legislativas dos Esta-
dos, da Câmara Distrital do Distrito Federal e dos Tribunais;
Governadores e Vice-Governadores de Estados e do Distrito
Federal; Secretários de Estado de Governos Estaduais;
Presidentes das Câmaras Municipais; Juízes;
Desembargadores; Auditores da Justiça Militar.
168 Redação de Correspondência Oficial
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Redação Oficial
Quadro-resumo
169Redação de Correspondência Oficial
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Quadro-resumo
170 Redação de Correspondência Oficial
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Redação Oficial
Para essas autoridades, o vocativo na correspondência será:
“Senhor Vice-Presidente”.
“Senhor Ministro”.
“Senhor Chefe do Gabinete Militar”.
“Senhor Advogado-Geral da União”.
“Senhor General”.
“Senhor Presidente do Senado Federal”.
“Senhor Senador”.
“Senhor Governador”.
Para as demais autoridades e par ticulares que recebem o
tratamento de Vossa Senhoria, o vocativo será “Senhor”
seguido do cargo respectivo. Grafar-se-á, pois:
“Senhor Superintendente”.
“Senhor Diretor-Presidente”.
“Senhor Chefe”.
Para Reitores de universidades o vocativo será:
“Magnífico Reitor”.
Para o Papa:
“Santíssimo Padre”.
ParaCardeais:
“Eminentíssimo Senhor Cardeal” ou “Eminentíssimo” e
“Reverendíssimo Senhor Cardeal”.
Para Arcebispos e Bispos:
“Excelência Reverendíssima”.
Para Monsenhores, cônegos, superiores religiosos,
sacerdotes, clérigos e pastores:
“Reverendo”.
PRONOMES DE TRATAMENTO NO
CORPO DA CORRESPONDÊNCIA
Com exceção dos três Chefes de Poder, os pronomes de trata-
mento são escritos abreviados no corpo da correspondência
(V. Ex.a, V. S.a, V. Mag.a, V. S., V. Ex.a Rev.ma, V. Rev.ma., V. Rev.).
As expressões “Senhor”, “Senhores” escrevem-se abreviadas
quando seguidas do nome ou cargo exercido pelo destinatário:
“Sr. Fulano”, “Srs. Membros da Comissão”, “Sr. Comandante”.
Se não estiverem seguidas do cargo ou nome do destinatário,
escrevem-se por extenso:
“...o senhor já deve ter tido ciência...”.
“...o que os senhores reclamam...”.
Emprega-se Vossa Excelência, no corpo da correspondência,
em comunicações dirigidas às seguintes autoridades:
Do Poder Executivo
• sempre por extenso (Vossa ou Sua Excelência):
Presidente da República;
• sempre abreviado (V. Ex.a ou S. Ex.a):
Vice-Presidente da República;
Ministros de Estado;
Consultor-Geral da República;
Comandantes das Três Armas;
Secretário-Geral da Presidência da República;
Chefe do Gabinete Militar da Presidência da República;
Chefe do Gabinete Civil da Presidência da República;
Secretários da Presidência da República;
Procurador-Geral da República;
Advogado-Geral da União;
Chefes de Estado Maior das Três Armas;
Oficiais Generais das Forças Armadas;
Embaixadores;
Secretário-Executivo e Secretário-Nacional de Ministérios;
Governadores e Vice-Governadores dos Estados e do
Distrito Federal;
Secretários de Estado dos Governos Estaduais;
Prefeitos Municipais
Do Poder Legislativo
• sempre por extenso (Vossa Excelência ou Sua Excelência):
Presidente do Congresso Nacional.
• sempre abreviado (V. Ex.a ou S. Ex.a):
Presidente, Vice-Presidente e Membros do Senado
Federal e da Câmara dos Deputados;
Presidente e Ministros do Tribunal de Contas da União;
Presidente e Conselheiros dos Tribunais de Contas dos Estados e
do Distrito Federal;
Presidente e Membros das Assembleias Legislativas Estaduais;
Presidentes das Câmaras Municipais.
Do Poder Judiciário
• sempre por extenso (Vossa Excelência ou Sua Excelência):
Presidente do Supremo Tribunal Federal;
• sempre abreviado (V. Ex.a ou S. Ex.a):
Vice-Presidente e Ministros do Supremo Tribunal Federal;
Presidente e Ministros do Superior Tribunal de Justiça;
Presidente e Ministros do Superior Tribunal Militar ;
Presidente e Ministros do Tribunal Superior Eleitoral;
Presidente e Ministros do Tribunal Superior do Trabalho;
Presidente e Desembargadores dos Tribunais de Justiça;
Presidentes e Membros dos Tribunais Regionais Federais;
Presidente e Membros dos Tribunais Regionais Eleitorais;
Presidente e Membros dos Tribunais Regionais do Trabalho;
Juízes titulares e substitutos; Auditores da Justiça Militar.
171Redação de Correspondência Oficial
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NO ENDEREÇAMENTO
O endereçamento é feito com a transcrição do nome completo
do destinatário e seu endereço (rua, número, Código de
Endereçamento Postal (CEP), cidade e sigla do estado, (UF),
iniciando-se a partir da metade inferior do anverso do envelope,
à esquerda, a fim de deixar espaço suficiente para selagem na
metade superior direita. No verso do envelope deve constar o
nome completo do remetente e seu endereço.
Quando se tratar de destinatários residentes fora do Brasil,
devem ser obedecidas as normas de endereçamento do país
de destino, incluindo-se, após o código da cidade, o nome do
país, em português. O restante do endereço é escrito na língua
estrangeira correspondente.
No envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas às
autoridades obedece aos seguintes padrões:
DESTINATÁRIO:
Presidentes da República, do Congresso Nacional e do
Supremo Tribunal Federal:
Envelope:
Excelentíssimo Senhor Presidente da República
(nome do Presidente)
Palácio do Planalto
Praça dos Três Poderes
70100-000 – Brasília – DF
Envelope:
Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional
(nome do Senador ou Deputado Presidente)
Senado Federal
Praça dos Três Poderes
70100-000 – Brasília – DF
Envelope:
Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal
Ministro (nome do Presidente do Supremo)
Supremo Tribunal Federal
Praça dos Três Poderes
70100-000 – Brasília - DF
DESTINATÁRIO:
Autoridades tratadas por Vossa ou Sua Excelência:
Envelope:
Excelentíssimo Senhor
(nome da autoridade)
Ministro de Estado dos Transportes
Esplanada dos Ministérios, Bloco “R”
70044-900 – Brasília – DF
Envelope:
Excelentíssimo Senhor
Senador (nome do Senador)
Senado Federal
70165- 900 – Brasília – DF
Envelope:
Excelentíssimo Senhor Governador
(nome do Governador)
Palácio Anchieta
Praça J.Clímaco s/n
29010-080 – Vitória – ES
Envelope:
Excelentíssimo Senhor Deputado
(nome do Deputado)
Câmara dos Deputados
Praça dos Três Poderes
70165-900 – Brasília – DF
DESTINATÁRIO:
Autoridades tratadas por Vossa ou Sua Senhoria.
Envelope:
Ao Senhor
(nome do destinatário)
Rua xymnz, n.° 000 – Pampulha
30000-000 – Belo Horizonte – MG
Para envio de correspondências, o remetente deve assinalar:
Remetente:
NOME (em caixa alta)
Cargo (em caixa alta e baixa)
Setor de Autarquias Sul
Quadra 4 - Bloco N
70.070-0400 – Brasília-DF
172 Redação de Correspondência Oficial
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Redação Oficial
Digníssimo (DD) - Muito Digníssimo (MD) -
Ilustríssimo (Ilmo.)
Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento
digníssimo (DD), às autoridades arroladas na lista anterior.
A dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo
público, sendo desnecessária sua repetida evocação.
Fica dispensado o emprego do superlativo ilustríssimo para as
autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e
para particulares.
É suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor.
Acrescente-se que doutor não é forma de tratamento, e sim
título acadêmico. Evite usá-lo indiscriminadamente. Como regra
geral, empregue-o apenas em comunicações dirigidas a pessoas
que tenham tal grau por terem concluído curso universitário de
doutorado. É costume designar por doutor os bacharéis,
especialmente os bacharéis em Direito e em Medicina. Nos
demais casos, o tratamento Senhor confere a desejada
formalidade às comunicações.
Fechos para Comunicações
O fecho das comunicações oficiais possui, além da finalidade
óbvia de arrematar o texto, a de saudar o destinatário.
Os modelos para fecho que vinham sendo utilizados foram
regulados pela Portaria n.º 1 do Ministério da Justiça, de 1937,
que estabelecia quinze padrões. Com o fito de simplificá-los e
uniformizá-los, o Manual da Presidência da República
estabeleceu o emprego de somente dois fechos diferentes para
todas as modalidades de comunicação oficial baseadas no
padrão ofício:
a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da
República:
Respeitosamente,
b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia
inferior:
Atenciosamente,
Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas a
autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tradição próprios,
devidamente disciplinados no Manual de Redação do Ministério
das Relações Exteriores.
Os documentos declarativos (atestado, declaração etc) não
utilizam o fecho indicado acima. Veremos as fórmulas indicadas
no estudo de cada tipo de documento nos próximos capítulos.
Identificação do Signatário
Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da
República, todas as demais comunicações oficiais devem trazer
o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local
de sua assinatura.
A forma da identificação deve ser a seguinte:
(espaço para assinatura)
NOME
Chefe da Secretaria-Geral da Presidência daRepública
(espaço para assinatura)
NOME
Ministro de Estado da Justiça
Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a assinatura
em página isolada do expediente. Transfira para essa página ao
menos a última frase anterior ao fecho.
Havendo necessidade de duas assinaturas, fica à esquerda a
da autoridade responsável (no uso das atribuições) e à direita a
do corresponsável (que fornece apoio técnico e logístico).
A autoridade responsável é aquela que responde diretamente
pelas competências e pelas atribuições da unidade e o
corresponsável é a autoridade da unidade que fornecerá o apoio
técnico e/ou logístico para o desempenho da atividade.
Na maioria dos casos, o próprio documento define quem é o
responsável direto e o responsável indireto.
Forma de identificação:
 (assinatura) (assinatura)
 (Nome do responsável) (Nome do corresponsável)
 (Cargo do signatário) (Cargo do signatário)
[Especialista de Regulação - ANTAQ 2009 (CESPE)]
Acerca da redação de documentos oficiais, julgue os itens que
se seguem.
Respeitam-se as normas relativas à redação de
documentos oficiais ao se finalizar um atestado ou uma
declaração da maneira apresentada a seguir.
Atenciosamente,
(assinatura)
Fulano de Tal
Brasília, 15 de março de 2009
Escriturário - BB I 2009 (CESPE)]
Com referência à redação de correspondências oficiais, julgue
os próximos itens.
Considerando-se que Fulano de Tal represente uma
assinatura, respeitam-se as normas de elaboração de
documentos oficiais ao se redigir o final de um ofício
entre chefes de mesma hierarquia como se segue.
Brasília, 25 de março de 2009
Respeitosamente,
Fulano de Tal
Chefe da Seção de Pessoal
Questões Aplicadas
7. errado; 8. errado .
7
8
173Redação de Correspondência Oficial
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ABREVIAÇÃO
É a representação escrita de uma palavra de forma reduzida,
grafando-se apenas uma ou outra de suas letras ou sílabas.
Esta redução, de uso e valor ocasional, varia de autor para autor,
de obra para obra. Quando se torna de uso geral, entra na
categoria de abreviatura.
Num contexto geral, a abreviação subdivide-se em abreviatura,
símbolo e sigla.
ABREVIATURA
É a representação de uma palavra de forma reduzida, apresen-
tando-se a letra inicial, as letras ou sílabas iniciais, as letras
iniciais com as letras médias ou finais ou as letras iniciais com
as letras finais.
Na apresentação das abreviaturas, observe-se:
• Normalmente após a abreviatura coloca-se ponto:
prof. = professor; cel. = coronel;
pp. = páginas; srta. = senhorita.
Observação:
No estilo comercial, o ponto é substituído, por
vezes, pela barra diagonal:
c/c = conta corrente; d/d = dias de data; a/m = ao mês.
• A flexão de plural é feita com o acréscimo do s minúsculo ou
pela repetição da letra inicial:
vols. = volumes; arts. = artigos;
AA = autores; EE = editores.
• A inicial poderá ser maiúscula ou minúscula de acordo com as
normas da ortografia oficial:
R = rua; Dr. = doutor; Sr. = senhor;
tel. = telefone; fl. = folha.
• Quando a palavra for acentuada e a vogal tônica fizer parte da
abreviatura, esta deverá receber o acento respectivo:
pág. = página; lég. = légua; gên = gênero
SÍMBOLO
É a letra, sinal ou desenho que representa uma palavra ou ex-
pressão. Os apresentados por letras chamam-se simplesmente
símbolos; aqueles representados por desenhos recebem o nome
de signos, como os do zodíaco, os bibliográficos, topográficos
etc.; já os configurados por sinais formam o que chamamos de
sinalização, como a rodoviária, a aeronáutica, a naval etc.
SÍMBOLOS DE UNIDADES DE MEDIDAS
• São representados por letras maiúsculas ou minúsculas, de
acordo com as normas oficiais:
Hz = hertz; h = hora ou horas; W = watt; Mb = megabit;
MB = megabyte; kVAr = quilovar.
• Com os símbolos das unidades de medidas não se usa ponto
abreviativo nem se coloca o s de plural:
15h = 15 horas; 18h40min = 18 horas e 40 minutos;
40,5 km = quarenta quilômetros e meio;
250g = duzentos e cinqüenta gramas;
35mm = trinta e cinco milímetros.
Observação:
A representação das horas nunca deverá conter vírgula,
pois esta é privativa de decimal e hora não é decimal.
Assim: 16h15min e não 16,15h ou outras formas.
• Os símbolos das unidades de medida, com exceção das horas,
devem ser escritos depois do número a que se referem e não
antes ou intercalados entre a parte inteira e a parte decimal:
CORRETO: 34,5km; 1,25kg; 35mm.
ERRADO: 34km500m; 1kg250g; mm35
Observação:
Com a representação de moedas o símbolo será escrito
antes da quantia a que se refere: R$80,00; US$150,00.
• Escreve-se o símbolo da unidade na mesma linha do número
a que se refere e não como expoente ou índice:
 CORRETO: 5ha = cinco hectares;
40kg = quarenta quilos;
20mm = vinte milímetros.
 ERRADO: 5ha ; 40kg;; 20mm
Observação:
Os símbolos das unidades de ângulo plano são grafados
como expoentes: 45° = quarenta e cinco graus; 13°18’20”
= treze graus, dezoito minutos e vinte segundos.
• O símbolo do real é R$. Fica antes do número que indica a
importância e separado deste por um espaço; se houver
possibilidade de fraude não se deve deixar espaço entre o
número e o símbolo:
R$ 200,00 = duzentos reais ou, então,
R$200,00 = duzentos reais.
ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS4.
174 Redação de Correspondência Oficial
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Redação Oficial
ABREVIATURAS MAIS COMUNS
A
(a), (aa) = assinado, assinados.
A., AA. = autor, autores.
abrev. = abreviatura
abr = abril
ac. = acórdão.
a.C. ou A.C. = antes de Cristo.
acad. = academia
A.D. = anno domini (ano do Senhor)
adj. = adjetivo
Adm.or = admirador
aer. = aeronáutica
ag. = agência
ago. = agosto
aj. ou aj.te = ajudante
Al. = alameda (toponimicamente)
alv. = alvará
a. m. = ante meridiem (antes do meio-dia)
a.m.a. = ad multos annos (para muitos anos)
am.o , am.ª = amigo, amiga
ant. = antigo, antigamente
ap. = aprovado, apostila, apud (em)
ap. ou apart. = apartamento
aprox. = aproximado
arc.° = aecebispo
Arit. = Aritmética
Arquit. = arquitetura
art., arts. = artigo, artigos
asp. = aspirante
ass. = associação, assembléia
at. = atestado
at.° = atento, atencioso
at.te = atenciosamente
aux. = auxiliar
aux.° = auxílio
av. = aviador
Av. = avenida (toponimicamente)
B
B. = beco (toponimicamente)
BB. = bombordo
B.el, B.éis = bacharel, bacharéis
bibl. = biblioteca, bibliografia, bibliográfico
bilh.e = bilhete
bras. = brasileiro
btl. = batalhão
C
c/ = com
cap. caps. = capítulo, capítulos
cart., carts. = cartonado, cartonados
cat., cats. = catálogo, catálogos
Ct., Cts. = centavo, centavos
cf., cfr. = confira ou confronte
cfe., conf. = conforme
C.ia, Cia = companhia (comercial ou militarmente)
circ. = circular
circ. adm. = circunscrição administrativa
cit. = citado(s), citada(s), citação
cl. = classe(s)
Cód. = Código
col., cols. = coluna, colunas, colaborador, colaboradores.
Col.° = colégio
com. = comunicação
comp. = companhia (militarmente)
compr. = comprimento
constr. = construção
contr. = contração
cop. = copiado
cp. = compare
cron. = cronológico
C.ta = comandita
cump.to = cumprimento
D
d.C., D.C. = depois de Cristo
dec. = decreto
dep. = departamento
desc. = desconto
desp. = despesa
dez = dezembro
dic. = dicionário
dif. = diferente
dipl. = diploma
distr. = distrito
div. = divisão
div. adm. = divisão administrativa
doc., docs. = documento, documentos
dz. = dúzia
E
E., EE. = editor, editores
E.C. = era cristã
ed. = edição
E.D. = espera deferimento
e.g. = exempli gratia (por exemplo)
el. = elemento(s)
eletr. = eletricista
E.M. = em mão
emol. = emolumentos
E.M.P. = em mão própria
empr. = empréstimo
end. = endereço
enf. = enfermeiro
eng. = engenharia
eng.° = engenheiro
epis. = epístola
175Redação de Correspondência Oficial
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E.R. = espera resposta
Esc. = escola
est. = estante(s)
etc. = et coetera (e outras coisas, e os outros, e os demais, e
assim por diante)
ex. = exemplo(s), exemplar(es)
export. = exportação
F
F. = fulano
f., fem. = feminino
Fac. = Faculdade
Fam. = família
farm. = farmácia, farmacêutico
fasc. = fascículo(s)
fev. = fevereiro
fig. = figura, figurado
fl. fls. = folha, folhas (use fl. quando se tratar de uma só folha e
fls. quando se referir a mais de uma folha.)
folh. = folheto
fs.= fac símile
G
g.de = grande
gên = gênero
ger. = geralmente
gloss. = glossário
gov. = governo, governador
gr., grs. = grosa, grosas
H
h = hora
hab. = habitante(s)
h.c. = honoris causa (por causa da honra, honorariamente)
herd.° = herdeiro
Hist. = História
hon. = honorário
hosp. = hospital
H.P. = horse-power (cavalo-vapor)
I
ib., ibid. = ibidem (no mesmo lugar)
id. = idem (o mesmo)
i.e. = id est (isto é)
ind. = indústria
índ. = índice
inf. = informação, inferior
infl. = influência, influente
inv. = invariável
J
jan. = janeiro
J.C. = Jesus Cristo
jul. = julho
jun. = junho
Jur. = jurisprudência
L
l. = linha(s)
l., liv. = livro(s)
L. = largo (toponimicamente
lat. = latitude
lég., légs. = légua, léguas
loc. = locução, locativo
loc. cit. = loco citato (no lugar citado)
long. = longitude
M
m. = masculino, mês ou meses.
maq. = maquinista
mar = março
masc. = masculino
méd. = médico
méd. vet. = médico veterinário
mod. = moderno
m.or = morador
ms., mss. = manuscrito, manuscritos
mús. = música
N
n. = nome
N. = norte
N.B. = nota bene (nota bem)
N.A. = nota do autor
N.E. = nota do editor
N.R. = nota da redação
N.T. = nota do tradutor
n.° = número
N. Obs.= nihil obstat (nada obsta)
nov. = novembro
num. = numeral
O
ob. = obra(s)
ob. cit. = obra citada
obj. = objeto
Obr.° = obrigado
obs. = observação, observações
of., Of. = ofício
O m. q. = o mesmo que
op. cit. = opus citatum (obra citada)
ord. = ordinal
orig. = original
out. = outubro
176 Redação de Correspondência Oficial
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Redação Oficial
P
p., pág., pp., págs. = página, páginas
P., Pça. = praça (toponimicamente)
pal. = palavra(s)
par. = parecer
pass. = passim (aqui e ali, em diversos lugares)
pátr. = pátrio
P.B. = peso bruto
pc. = pacote(s)
pç. = peça(s)
P. D. = pede deferimento
P. E .F. = por especial favor
P. E. O. = por especial obséquio
p. ex. = por exemplo
p. ext. = por extenso
p.f. = próximo futuro
P. F. = por favor
pg. = pago (adjetivo), pagou (forma verbal)
pgto. = pagamento
P. J. = pede justiça
pl. = plural
P. M. = Prefeitura Municipal
p.m. = post meridiem (depois do meio-dia)
p.m.o.m. = pouco mais ou menos
P. M. P. = por mão própria
pop. = popular
port. = portaria
p.p. = próximo passado, por procuração
pq. = porque
Pq. = parque (toponimicamente)
pref. = prefeito
pres. = presidente
P. R. J. = pede recebimento e justiça
probl. = problema(s)
proc. = processo, procuração, procurador
prof., profª, profs. = professor, professora, professores
prov. = provisório
P. S. = post scriptum (pós-escrito, depois de escrito)
Q
q. = que
q.do, qdo. = quando
Q.G. = quartel-general
q.to, qto. = quanto
q.v. = quod vide (veja isto), quantum vis (quanto se queira)
R
R. = rua (toponimicamente), réu (em linguagem forense),
reprovado (classificação escolar)
rec. = receita
rec.° = recebido
ref. = reformado
reg. = regular, regimento
reg.° = registrado, regulamento
rel. = relatório
Rem.te = remetente
res. = resolução
S
S. A., S/A = sociedade anônima
sc.= scilicet (a saber, quer dizer)
S.E. = salvo erro
séc. = século
sec = seção
secr. = secretário
seg., segs. = seguinte, seguintes
S.E.O. = salvo erro ou omissão
sep. = separação
set. = setembro
sing. = singular
S.M.J. = salvo melhor juízo
T
t. = tomo (s), termo
T. = travessa (toponimicamente)
tb. = também
tel. = telefone
tes. = tesoureiro
test.° = testamento
tit. = título
trad. = tradução
trim. = trimestre
V
v. = veja, você, verso
v.g. = verbi gratia; por exemplo
vol., vols. = volume, volumes
ABREVIATURAS DE FORMAS DE TRATAMENTO,
TÍTULOS E POSTOS
A
alm. = almirante
arc.° = arcebispo
asp. = aspirante
B
B.el, B.éis = Bacharel, Bacharéis
brig. = brigadeiro
b.po = bispo
C
c. alm. = contra-almirante
cap. = capitão
cap. av. = capitão aviador
c.f., cap. frag. = capitão-de-fragata
177Redação de Correspondência Oficial
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Redação Oficial
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c.m.g., cap.-m.-g. = capitão-de-mar-e-guerra
c.t., cap.ten. = capitão-tenente
card. = cardeal
c.el, cel. = coronel
com., com.te, comte. = comandante
com. = comendador
côn. = cônego
cons., cons.o = conselheiro
D
D. = digno, Dom, Dona
DD. = digníssimo
Dr., Drs. = Doutor, Doutores = Doutora, Doutoras
E
Em.a, Ema., Em.as, Emas. = Eminência(s)
emb. = embaixador
Em.mo, Emmo. = Eminentíssimo
eng.o, engo. = engenheiro
Ex.mo, Exmo. = Excelentíssimo
G
gen = general
gen. brig.. = general de brigada
gen. div. = general de divisão
gen. ex. = general de exército
g.-m. = guarda-marinha
I
Il.ma, Ilma. = Ilustríssima
Il.mo, Ilmo. = Ilustríssimo
L
L.do, Ldo. = Licenciado
M
maj. = major
maj. av. = major aviador
maj. brig. = major brigadeiro
m.al, mal. = marechal
M.e, Me. = madre
méd. = médico
méd. vet. = médico veterinário
MM. = meritíssimo
Mons. = monsenhor
N
N. S. = Nosso Senhor
N. S.a, N. Sa. = Nossa Senhora
P
P., P.e, Pe. = Padre
Pár.o, Páro. = Pároco
Pr. = pastor
pref. = prefeito
pres. = presidente
presb.o, presbo. = presbítero
proc. = procurador
prof., profs. = professor, professores
prof.a, profa., prof.as, profas. = professora, professoras.
R
Rev., Rev.do, Revdo. = Reverendo
Rev.mo, Revmo. = Reverendíssimo
S
S. A. = Sua Alteza
sac. = sacerdote
S. A. I. = Sua Alteza Imperial
S. A. R. = Sua Alteza Real
sarg. = sargento
S. A. S. = Sua Alteza Sereníssima
secr. = secretário
Sor. = Sóror
S.P. = Santo Padre
Sr. Srs. = Senhor, Senhores
Sr.a, Sra., Sr.as, Sras. = Senhora, Senhoras
Sr.ta, Srta., Sr.tas, Srtas. = Senhorita, Senhoritas
SS. = Santíssimo ou Santíssima
S. S. = Sua Santidade
T
ten., t.te = tenente
ten. av., t.te av. = tenente aviador
ten. brig., t.te brig. = tenente brigadeiro
ten. cel., ten.-c.el, t.te-c.el = tenente-coronel
V
V. = você
V.A., VV.AA., S.A., SS.AA. = Vossa Alteza, Vossas Altezas, Sua
Alteza, Suas Altezas.
V. Em.a, V.Ema., V. Em.as, V. Emas., S. Em.a, S. Ema., S. Em.as, S.
Emas. = Vossa Eminência, Vossas Eminências, Sua Eminência,
Suas Eminências.
V. Ex.a, V. Exa., V. Ex.as, V. Exas., S. Ex.a, S.Exa., S. Ex.as, S.Exas.
= Vossa Excelência, Vossas Excelências, Sua Excelência, Suas
Excelências.
V. Ex.ª Rev.ma, V. Exa. Revma., V. Ex.as Rev.mas, V. Exas. Revmas.,
S. Ex.ª Rev.ma, S. Exa. Revma., S. Ex.as Rev.mas, S. Exas. Revmas.
= Vossa Excelência Reverendíssima, Vossas Excelências
Reverendíssimas, Sua Excelência Reverendíssima, Suas
Excelências Reverendíssimas.
V. M., VV. MM., S. M., SS. MM. = Vossa Majestade, Vossas
Majestades, Sua Majestade, Suas Majestades.
V. P., VV. PP., S. P. SS. PP. = Vossa Paternidade, Vossas
Paternidades, Sua Paternidade, Suas Paternidades.
V. Rev.ª, V. Reva., V. Rev.as, V. Revas., S. Rev.ª, S. Reva., S.
Rev.as, S. Revas. = Vossa Reverência, Vossas Reverências,
Sua Reverência, Suas Reverências.
178 Redação de Correspondência Oficial
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Redação Oficial
V. Rev.ma, V. Revma., V. Rev.mas, V. Revmas., S. Rev.ma, S. Revma.,
S. Rev.mas, S. Revmas. = Vossa Reverendíssima, Vossas
Reverendíssimas, Sua Reverendíssima, Suas
Reverendíssimas.
V. S., S. S. = Vossa Santidade, Sua Santidade.
V. S.ª, V. Sa., V. S.as, V. Sas., S. S.ª, S. As., S. S.as, S. Sas. =
Vossa Senhoria, Vossas Senhorias, Sua Senhoria, Suas
Senhorias.
ABREVIATURAS NO ESTILO COMERCIAL
A
a/a = ao ano
A/C = ao cuidadoa/m = ao mês
B
B/L = Bill of lading (nota de embarque)
C
c/ = com, conta
c/c = conta corrente
cf. = confira, confronte
CIF = cost, insurance and freight (custo, seguro e frete).
C.ia, Cia. = companhia
C.ta = comandita
cta. = conta
Cx. ou cx. = caixa
D
D. = deve
d/ = dia(s)
d/d = dias de data
dr.º = dinheiro
d/v = dias de vista
E
E/M = em mão
E.M.P. = em mão própria
F
FOB = free on board (livre a bordo)
F.° = filho
G
G/P= ganhos e perdas
H
H. ou H.er = haver
L
l. = letra ou lançado
Lt.da ou Ltda. = limitada
M
m. = mês, meses
m/ = meus(s), minha(as)
m/a = meu aceite
m/c = minha carta; minha conta
m/d = meses de data
m/l = minha letra
m/o = minha ordem
m/p = meses de prazo
N
n/c = nossa conta, nossa casa, nossa carta
n/ch = nosso cheque
n/l = nossa letra
n/o = nossa ordem
n/s = nosso saque
O
o/ = ordem
P
p. ou p/ = por, próximo; para
p/c = por conta
S
s/ = sem, seu(s), sua(s), sobre (depois da palavra cheque).
s/a = seu aceite
S/A = sociedade anônima
S.A.R.L. = sociedade anônima de responsabilidade limitada.
S/C = sociedade por cotas
s/c = sua carta, sua conta, sua casa.
s/d = sem data
s/f = seu favor
s/o = sua ordem
V
v/ = vosso
v/c = vossa conta
v/o = vossa ordem
ABREVIATURAS DOS SÍMBOLOS MAIS USADOS
• PARA COMPRIMENTO:
mm = milímetro
dm = decímetro
cm = centímetro
m = metro
dam = decâmetro
hm = hectômetro
km = quilômetro
Mn = miriâmetro
179Redação de Correspondência Oficial
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• PARA ÁREA
m2 = metro quadrado
a = are
km2= quilômetro quadrado
ha = hectare
• PARA VOLUME
ml = mililitro
l = litro
hl= hectolitro
kl= quilolitro
dm3 = decímetro cúbico
cm3 = centímetro cúbico
m3= metro cúbico
• PARA MASSA
mg = miligrama
cg = centigrama
dg = decigrama
g = grama
kg = quilograma
t = tonelada
• PARA TEMPO
s = segundo
min = minuto
h = hora
d = dia
• PARA FREQUÊNCIA
kc = quilociclo
Hz = hertz
kHz = quilohertz
MHz= megahertz
• PARA VELOCIDADE
m/s = metro por segundo
m/s2 = metro por segundo ao quadrado
km/h = quilômetro por hora
• PARA VAZÃO
m3/s = metro cúbico por segundo
• PARA FLUXO DE MASSA
kg/s = quilograma por segundo
• PARA FORÇA
kgf = quilograma-força
N= Newton
• PARA ENERGIA
J = Joule
KT = quiloton
KWh = quilowatt-hora
kJ = quilojoule
kcal = quilocaloria
KeV = quiloelétron-volt
MeV = megaelétron-volt
• PARA POTÊNCIA
W = watt
cv = cavalo-vapor
kW= quilowatt
Var = var
KVAr = quilovar
• PARA NÍVEL DE POTÊNCIA
B = bel
dB = decibel
• PARA INTENSIDADE DE CORRENTE
mA = miliampere
A = ampere
kA = quiloampere
• PARA IMPEDÂNCIA ELÉTRICA
W = ohm
• PARA QUANTIDADE DE ELETRICIDADE
C = coulomb
kC = quilocoulomb
• PARA TENSÃO ELÉTRICA
V = volt
kVA = quilovolt-ampere
• PARA FLUXO MAGNÉTICO
G = Gauss
T = Tesla
°C = grau celsius
• PARA ÂNGULO PLANO
° = grau
, = minuto
” = segundo
• PARA DADOS DIGITAIS
b = bite
Kb = quilobite
Mb = megabite
B = byte
KB= quilobyte
MB = megabyte
GB= gigabyte
180 Redação de Correspondência Oficial
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Redação Oficial
SIGLAS
Na primeira referência deverá constar o nome completo do
órgão, entidade, imposto ou locução própria, seguido da sigla
entre travessões ou parênteses:
Exemplo:
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) recomenda...
Ainda quanto a siglas, observe-se:
• Não se coloca ponto abreviativo entre as letras das siglas
nem no final.
Exemplos:
APAE, CCC, IGP, IRPF, IPHAN .
• A sigla pode ser pluralizada pelo acréscimo de um s
minúsculo ou pela duplicação das letras.
Exemplos:
APAEs (Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais);
CCCs (Contas Consumo de Combustíveis);
EEUU (Estados Unidos).
• Se a sigla for composta de até três letras, deve ser escrita
inteiramente em maiúsculas.
Exemplos:
ECT, MEC, UnB, GDF, IR, MinC, OIT, BC, MTb, IPC, CNPq .
Observação:
As letras minúsculas são abreviaturas e não devem ser
confundidas com as letras das siglas.
• Se a sigla for composta de mais de três letras, observe-se:
a) se formar palavra, a primeira letra poderá ser escrita em
maiúscula e as outras em minúsculas.
Exemplos:
Petrobras, Emater, Embrapa, Bacen, Renavam,
Indabra, Abrafesta, Cibrazem, Mapa.
b) se não formar palavra, todas as letras serão maiúsculas;
Exemplos:
INSS, SUDS, DNER, INPS, IPVA, IPTU, CTBC,
RFFSA, DNPM, DNPDC.
Outras dicas:
• escreva as siglas que são pronunciáveis, no mesmo corpo do
texto e somente com a inicial maiúscula.
Exemplos:
Aisan, Opas, Depin, Ascom, Desai.
(Exceções: CNEN e EMFA);
• não use pontos intermediários ou pontos finais.
Exemplo:
SUS;
• nas siglas consagradas pelo uso, observe o princípio de que
a primeira referência no texto seja acompanhada de
explicitação de seu significado.
Exemplo:
Assessoria de Comunicação e
Educação em Saúde (Ascom);
• escreva em maiúsculas todas as siglas até três letras.
Exemplos:
UCA, OMS, SIM, AIS;
• escreva em maiúsculas as siglas com quatro letras ou mais
quando se pronunciar separadamente cada uma das letras
ou parte delas. Exemplos: INSS, BNDES, IBGE;
• mantenha na forma original as siglas que em sua origem
trazem letras maiúsculas e minúsculas na estrutura.
Exemplos:
UnB, CNPq, CBAt;
• use apenas as siglas já existentes, evitando criá-las apenas
porque o texto exige palavras curtas;
• evite a profusão de siglas;
• as siglas dos órgãos estrangeiros que tiverem nome traduzido
em por tuguês deverão seguir essa designação e não a
original.
Exemplos:
Organização das Nações Unidas (ONU),
Fundo Monetário Internacional (FMI);
• nos outros casos, mantém-se a sigla estrangeira, mesmo
que o seu nome em português não corresponda perfeitamente
à sigla.
Exemplo:
Organização das Nações Unidas para
Alimentação e Agricultura (FAO);
• para o plural das siglas basta acrescentar o s, sem o apóstrofo.
Exemplos: Assessorias de Comunicação (Ascoms)
Depar tamentos Nacionais de Trânsito (Denatrans);
Coordenações Regionais (Cores); Agentes Indígenas de Saúde
(Aisans); Distritos Sanitários Indígenas (Dseis); e
Organizações Não-Governamentais (ONGs).
181Redação de Correspondência Oficial
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TIMBRE/LOGOMARCA
Armas nacionais
A Instrução Normativa n.º 83 - Dasp (Departamento Administrativo do Serviço Público), de 3 de abril de 1978, dispõe sobre o uso
obrigatório das Armas Nacionais, de onde é possível extrair o seguinte:
Das disposições preliminares
• é obrigatório o uso das Armas Nacionais nos papéis de expediente, nos convites e nas publicações de âmbito federal (artigo 26,
inciso X, da Lei n.º 5.700, de 1º de setembro de 1971), único emblema que figurará nos modelos padronizados;
• as Armas Nacionais poderão ser omitidas nos papéis e nas publicações de uso interno das repartições federais.
Das disposições finais
• as repartições federais que, por força de lei ou de regulamento, tenham competência para aprovar impressos e formulários,
deverão ajustar os modelos em vigor às diretrizes dessa Instrução quanto à qualidade, formato e impressão, após o que ficará
proibido o emprego de logotipos e/ou emblemas em impressos e formulários oficiais, em substituição às Armas Nacionais.
• Timbre padronizado conforme a IN n.º 83/Dasp:
1,5 cm
2 cm
Fonte: arial
Estilo: negrito
Tamanho: 10
Padronização de espaços
Nos modelos de correspondências oficiais, convencionou-se que as distâncias estão indicadas em espaços (enter) para o sentido
vertical e em centímetros (toques) para o sentido horizontal. Em vir tude de equipamentos de microinformática, o tipo de letra
convencionado é o Times New Roman, fonte 12, por ser o padrão que mais se aproxima do estabelecido no Manual de Redação da
Presidência da República.
Para formatar o espaço simples, deve ser acessada a tela principaldo Microsoft Word e clicar em:
Formatar → Parágrafo → Entre linhas → Simples .
No BrOffice Writter, deve ser acessada:
Formatar → Parágrafo → Recuos e Espaçamentos → Espaçamentos de linhas → Simples .
A partir da formatação, os espaços definidos nas correspondências oficiais terão as medidas equivalentes em centímetros, na forma
indicada a seguir:
a) sentido vertical (Enter)
• 0,5 cm = 1 espaço simples;
• 1 cm = 2 espaços simples;
• 1,5 cm = 3 espaços simples;
• 2 cm = 4 espaços simples;
• 2,5 cm = 5 espaços simples;
• 3 cm = 6 espaços simples;
• 3,5 cm = 7 espaços simples;
• 4 cm = 8 espaços simples; e
• 5,5 cm = 11 espaços simples.
b) sentido horizontal (utilizar a barra de espaço)
• .......... = 1 cm equivale a 10 toques ;
• ............... = 1,5 cm equivale a 15 toques;
• ................... = 2 cm equivale a 19 toques; e
• ........................ = 2,5 cm equivale a 24 toques.
182 Redação de Correspondência Oficial
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Redação Oficial
TIPOS DE DOCUMENTOS5.
O Padrão Ofício
Há três tipos de expedientes que se diferenciam antes pela finalidade do que pela forma: o ofício, o aviso e o memorando.
Com o fito de uniformizá-los, pode-se adotar uma diagramação única, que siga o que chamamos de padrão ofício.
As peculiaridades de cada um serão tratadas adiante; por ora busquemos as suas semelhanças.
Partes do documento no Padrão Ofício
O aviso, o ofício e o memorando devem conter as seguintes partes:
• Tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede :
Exemplos:
Mem. 123/2009-MF Aviso 123/2009-SG Of. 123/2009-MME
• local e data em que foi assinado, por extenso, com alinhamento à direita:
Exemplo:
 Porto Alegre, 15 de agosto de 2009.
• assunto: resumo do teor do documento.
Exemplos:
Assunto: Produtividade do órgão em 2009.
Assunto: Necessidade de aquisição de novos computadores.
• destinatário: o nome e o cargo da pessoa a quem é dirigida a comunicação. No caso do ofício deve ser incluído também o endereço.
• texto: nos casos em que não for de mero encaminhamento de documentos, o expediente deve conter a seguinte estrutura:
– introdução, que se confunde com o parágrafo de abertura, na qual é apresentado o assunto que motiva a comunicação.
 Evite o uso das formas: “Tenho a honra de”, “Tenho o prazer de”, “Cumpre-me informar que”, empregue a forma direta;
– desenvolvimento, no qual o assunto é detalhado; se o texto contiver mais de uma ideia sobre o assunto, elas devem ser tratadas
 em parágrafos distintos, o que confere maior clareza à exposição;
– conclusão, em que é reafirmada ou simplesmente reapresentada a posição recomendada sobre o assunto.
Os parágrafos do texto devem ser numerados, exceto nos casos em que estes estejam organizados em itens ou títulos e subtítulos.
Já quando se tratar de mero encaminhamento de documentos a estrutura é a seguinte:
– introdução: deve iniciar com referência ao expediente que solicitou o encaminhamento. Se a remessa do documento não tiver
sido solicitada, deve iniciar com a informação do motivo da comunicação, que é encaminhar, indicando a seguir os dados
completos do documento encaminhado (tipo, data, origem ou signatário, e assunto de que trata), e a razão pela qual está sendo
encaminhado, segundo a seguinte fórmula:
“Em resposta ao Aviso n.º 12, de 1º de fevereiro de 2009, encaminho, anexa, cópia do Ofício n.º 34, de 3 de abril de 2008, do
Departamento Geral de Administração, que trata da requisição do servidor Fulano de Tal.”
ou
“Encaminho, para exame e pronunciamento, a anexa cópia do telegrama n.º 12, de 1º de fevereiro de 2009, do Presidente da
Confederação Nacional de Agricultura, a respeito de projeto de modernização de técnicas agrícolas na região Nordeste.”
– desenvolvimento: se o autor da comunicação desejar fazer algum comentário a respeito do documento que encaminha, poderá
acrescentar parágrafos de desenvolvimento; em caso contrário, não há parágrafos de desenvolvimento em aviso ou ofício de
mero encaminhamento.
• fecho (tratado anteriormente);
• assinatura do autor da comunicação; e
• identificação do signatário (tratado anteriormente);
Forma de diagramação
Os documentos do Padrão Ofício devem obedecer à seguinte forma de apresentação:
• deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas de rodapé;
• para símbolos não existentes na fonte Times New Roman poder-se-á utilizar as fontes Symbol e Wingdings;
• é obrigatório constar a partir da segunda página o número da página;
183Redação de Correspondência Oficial
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• os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser impressos em ambas as faces do papel. Neste caso, as margens esquerda
e direita terão as distâncias invertidas nas páginas pares (“margem espelho”);
• o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de distância da margem esquerda;
• o campo destinado à margem lateral esquerda terá, no mínimo, 3,0 cm de largura;
• o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 cm;
• deve ser utilizado espaçamento simples entre as linhas e de 6 pontos após cada parágrafo, ou, se o editor de texto utilizado não
comportar tal recurso, de uma linha em branco;
• não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, sublinhado, letras maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bordas ou qualquer
outra forma de formatação que afete a elegância e a sobriedade do documento;
• a impressão dos textos deve ser feita, preferencialmente, na cor preta em papel branco. A impressão colorida deve ser usada
apenas para gráficos e ilustrações;
• todos os tipos de documentos do Padrão Ofício devem ser impressos em papel de tamanho A-4, ou seja, 29,7 x 21,0 cm;
• deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de arquivo Rich Text nos documentos de texto;
• dentro do possível, todos os documentos elaborados devem ter o arquivo de texto preservado para consulta posterior ou aproveitamento
de trechos para casos análogos;
• para facilitar a localização, os nomes dos arquivos devem ser formados da seguinte maneira:
tipo do documento + número do documento + palavras-chaves do conteúdo
Exemplo: “Of. 123 - relatório produtividade ano 2009”
Aviso e Ofício
Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial praticamente idênticas. A única diferença entre eles é que o aviso é
expedido exclusivamente por Ministros de Estado, para autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o ofício é expedido para
e pelas demais autoridades. Ambos têm como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração
Pública entre si e, no caso do ofício, também com particulares.
Forma e Estrutura
Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo do padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o destinatário,
seguido de vírgula.
Exemplos: Excelentíssimo Senhor Presidente da República
Senhora Ministra
Senhor Chefe de Gabinete
Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as seguintes informações do remetente:
– nome do órgão ou setor;
– endereço postal;
– telefone e endereço de correio eletrônico.
Memorando
Definição e Finalidade
O memorando é a modalidade de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem estar
hierarquicamente em mesmo nível ou em níveis diferentes. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação eminentemente
interna. Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser empregado para a exposição de projetos, ideias, diretrizes etc. a
serem adotados por determinado setor do serviço público. Sua característica principal é a agilidade. A tramitação do memorando
em qualquer órgão deve pautar-se pela rapidez e pela simplicidade de procedimentos burocráticos. Para evitar desnecessário
aumento do número de comunicações, os despachos ao memorando devem ser dados no própriodocumento e, no caso de falta
de espaço, em folha de continuação. Esse procedimento permite formar uma espécie de processo simplificado, assegurando
maior transparência à tomada de decisões, e permitindo que se historie o andamento da matéria tratada no memorando.
Forma e Estrutura
Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do padrão ofício, com a diferença de que o seu destinatário deve ser
mencionado pelo cargo que ocupa.
Exemplos: Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração
Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos
184 Redação de Correspondência Oficial
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Redação Oficial
Exemplo de Ofício
[Ministério]
[Secretaria/Departamento/Setor/Entidade]
[Endereço para correspondência].
[Endereço - continuação]
[Telefone e Endereço de Correio Eletrônico]
Ofício n.º 524/2009/SG-PR
Brasília, 27 de maio de 2009.
A Sua Excelência o Senhor
Deputado [Nome]
Câmara dos Deputados
70.160-900 – Brasília – DF
Assunto: Demarcação de terras indígenas
Senhor Deputado,
1. Em complemento às observações transmitidas pelo telegrama n.º 154, de 24 de abril
último, informo Vossa Excelência de que as medidas mencionadas em sua carta n.º 6708, dirigida
ao Senhor Presidente da República, estão amparadas pelo procedimento administrativo de
demarcação de terras indígenas instituído pelo Decreto n.º 22, de 4 de fevereiro de 1991 (cópia
anexa).
2. Em sua comunicação, Vossa Excelência ressalva a necessidade de que – na definição
e demarcação das terras indígenas – fossem levadas em consideração as características sócio-
econômicas regionais.
3. Nos termos do Decreto n.º 22, a demarcação de terras indígenas deverá ser precedida
de estudos e levantamentos técnicos que atendam ao disposto no art. 231, § 1º, da Constituição
Federal. Os estudos deverão incluir os aspectos etno-históricos, sociológicos, cartográficos e
fundiários. O exame deste último aspecto deverá ser feito conjuntamente com o órgão federal ou
estadual competente.
4. Os órgãos públicos federais, estaduais e municipais deverão encaminhar as
informações que julgarem pertinentes sobre a área em estudo. É igualmente assegurada a
manifestação de entidades representativas da sociedade civil.
5. Os estudos técnicos elaborados pelo órgão federal de proteção ao índio serão publi-
cados juntamente com as informações recebidas dos órgãos públicos e das entidades civis acima
mencionadas.
5 cm
1,5 cm
2,5 cm
3 cm
1,5 cm
(297 x 210mm)
(continua)
2 cm
2,5 cm
185Redação de Correspondência Oficial
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6. Como Vossa Excelência pode verificar, o procedimento estabelecido assegura que a
decisão a ser baixada pelo Ministro de Estado da Justiça sobre os limites e a demarcação de terras
indígenas seja informada de todos os elementos necessários, inclusive daqueles assinalados em
sua carta, com a necessária transparência e agilidade.
Atenciosamente,
[Nome]
[cargo]
3,5 cm
2
(continuação)
Observação:
• A primeira página não recebe numeração (paginação).
186 Redação de Correspondência Oficial
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Redação Oficial
Ofício Circular
Obedece aos mesmos critérios e padrões do ofício.
É utilizado quando um mesmo assunto é transmitido simultaneamente para vários destinatários. O ofício circular é assinado e
numerado apenas uma vez, e seus destinatários podem ser identificados em grupos afins ou isoladamente.
Exemplo: Aos prefeitos; secretários estaduais de saúde.
O ofício circular terá um original assinado para constar do arquivo; e as vias a serem encaminhadas terão no local da assinatura
a expressão “original assinado”. A forma de arquivamento é de apenas uma cópia grampeada a um controle que indique o nome
do público destinatário, seja ela particular ou do Serviço Público. Esse controle comprovorá o envio pela unidade protocolizadora.
Estrutura básica
• título: Ofício Circular (primeiras letras maiúsculas), seguido do número sequencial do documento, da sigla da unidade que o emitiu;
• local e data: por extenso, alinhados à direita, com ponto final;
• identificação do destinatário e endereçamento: forma de tratamento, seguido do nome e cargo da autoridade e do endereço,
alinhados à esquerda;
• assunto: resumo do assunto tratado, terminado com ponto final;
• texto: iniciar com a informação do motivo da comunicação. Caso seja resposta, iniciar fazendo referência ao expediente que
solicitou o encaminhamento, indicando os dados completos do documento encaminhado ou, se não tiver sido solicitado;
• fecho: respeitosamente ou atenciosamente, seguido de vírgula;
• assinatura: nome da autoridade emitente em caixa alta e baixa. Cargo, seguido do nome por extenso da unidade emitente, ambos
centralizados.
Memorando Circular
Obedece aos mesmos critérios e padrões do memorando.
É utilizado quando um mesmo assunto é transmitido simultaneamente para vários destinatários.
O memorando circular é assinado e numerado apenas uma vez, podendo seus destinatários serem identificados em grupos afins
ou isoladamente.
Exemplos: Aos diretores do TRE/RS;
Ao Diretor Administrativo do TRE/RS e membros da Comisssão de Concurso Público do TRE/RS.
O memorando circular terá um original assinado para constar do arquivo; e as vias a serem encaminhadas terão no local da
assinatura a expressão “original assinado”.
A forma de arquivamento é de apenas uma cópia grampeada a um controle que comprove o envio por meio de malote ou correio,
pela unidade protocolizadora, ou mesmo, o recebimento da correspondência pela unidade destinatária ou pelo dirigente.
Estrutura básica
• título: Memorando Circular (primeiras letras maiúsculas), seguido do número sequencial do documento, das siglas da unidade que
o tenha emitido e da unidade hierarquicamente superior separadas por barra.
 Exemplo: Comor/Cgmsi, até Coordenação Geral;
• local e data: na mesma linha da epígrafe, por extenso, alinhado à direita com ponto final;
• destinatário: é mencionado pelo cargo que ocupa;
• assunto: resumo do assunto tratado, terminado com ponto final;
• texto: desenvolvimento do assunto;
• fecho: Respeitosamente ou Atenciosamente, conforme o caso, seguido de vírgula;
• assinatura: nome e cargo do emitente, centralizados.
187Redação de Correspondência Oficial
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Exemplo de Aviso
Aviso n.º 45/SCT-PR
Brasília, 27 de maio de 2009.
A Sua Excelência o Senhor
[Nome e cargo]
Assunto: Seminário sobre o uso de energia no setor público.
Senhor Ministro
Convido Vossa Excelência a participar da sessão de abertura do Primeiro Seminário Regional
sobre o Uso Eficiente de Energia no Setor Público, a ser realizado em 5 de junho próximo, às 9 horas, no
auditório da Escola Nacional de Administração Pública – ENAP, localizada no Setor de Áreas Isoladas Sul,
nesta capital.
O Seminário mencionado inclui-se nas atividades do Programa Nacional das Comissões
Internas de Conservação de Energia em Órgão Públicos, instituído pelo Decreto n.º 99.656, de 26 de
outubro de 1990.
Atenciosamente,
[nome do signatário]
[cargo do signatário]
5 cm
1,5 cm
(297 x 210mm)
3 cm
188 Redação de Correspondência Oficial
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Redação Oficial
Exemplo de Memorando
Mem. n.º 118/DJ
Brasília, 27 de maio de 2009.
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração
Assunto: Administração. Instalação de microcomputadores
1. Nos termos do Plano Geral de informatização, solicito a Vossa Senhoria verificar a
possibilidade de que sejam instalados três microcomputadores neste Departamento.2 Sem descer a maiores detalhes técnicos, acrescento, apenas, que o ideal seria que o
equipamento fosse dotado de disco rígido e de monitor LCD. Quanto a programas, haveria
necessidade de dois tipos: um processador de textos, e outro gerenciador de banco de dados.
3. O treinamento de pessoal para operação dos micros poderia ficar a cargo da Seção de
Treinamento do Departamento de Modernização, cuja chefia já manifestou seu acordo a respeito.
4. Devo mencionar, por fim, que a informatização dos trabalhos deste Departamento
ensejará racional distribuição de tarefas entre os servidores e, sobretudo, uma melhoria na qualidade
dos serviços prestados.
Atenciosamente,
[nome do signatário]
[cargo do signatário]
5 cm
1,5 cm
(297 x 210mm)
3 cm
189Redação de Correspondência Oficial
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Redação Oficial
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Exposição de Motivos
Definição e Finalidade
Exposição de motivos é o expediente dirigido ao Presidente da República ou ao Vice-Presidente para:
a) informá-lo de determinado assunto;
b) propor alguma medida; ou
c) submeter a sua consideração projeto de ato normativo.
Em regra, a exposição de motivos é dirigida ao Presidente da República por um Ministro de Estado.
Nos casos em que o assunto tratado envolva mais de um Ministério, a exposição de motivos deverá ser assinada por todos os
Ministros envolvidos, sendo, por essa razão, chamada de interministerial.
Forma e Estrutura
Formalmente, a exposição de motivos tem a apresentação do padrão ofício. O anexo que acompanha a exposição de motivos que
proponha alguma medida ou apresente projeto de ato normativo, segue o modelo descrito adiante.
A exposição de motivos, de acordo com sua finalidade, apresenta duas formas básicas de estrutura: uma para aquela que tenha
caráter exclusivamente informativo e outra para a que proponha alguma medida ou submeta projeto de ato normativo. No primeiro
caso, o da exposição de motivos que simplesmente leva algum assunto ao conhecimento do Presidente da República, sua
estrutura segue o modelo antes referido para o padrão ofício.
EM. n.º 00146/1991-MRE
Brasília, 24 de maio de 1991.
Excelentíssimo Senhor Presidente da República.
O Presidente George Bush anunciou, no último dia 13, significativa mudança da posição norte-
americana nas negociações que se realizam – na Conferência do Desarmamento, em Genebra – de uma
convenção multilateral de proscrição total das armas químicas. Ao renunciar à manutenção de cerca de dois
por cento de seu arsenal químico até a adesão à convenção de todos os países em condições de produzir
armas químicas, os Estados Unidos reaproximaram sua postura da maioria dos quarenta países participan-
tes do processo negociador, inclusive o Brasil, abrindo possibilidades concretas de que o tratado venha a ser
concluído e assinado em prazo de cerca de um ano. (...)
Atenciosamente,
[nome do signatário]
[cargo do signatário]
1,5 cm
(297 x 210mm)
3 cm
Exemplo de Exposição de Motivos
5 cm
5 cm
1,5 cm
1 cm
2,5 cm
190 Redação de Correspondência Oficial
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Redação Oficial
Já a exposição de motivos que submeta à consideração do Presidente da República a sugestão de alguma medida a ser adotada ou
a que lhe apresente projeto de ato normativo – embora sigam também a estrutura do padrão ofício –, além de outros comentários
julgados pertinentes por seu autor, devem, obrigatoriamente, apontar:
a) na introdução: o problema que está a reclamar a adoção da medida ou do ato normativo proposto;
b) no desenvolvimento: o porquê de ser aquela medida ou aquele ato normativo o ideal para se solucionar o problema, e eventuais
alternativas existentes para equacioná-lo;
c) na conclusão, novamente, qual medida deve ser tomada, ou qual ato normativo deve ser editado para solucionar o
problema.
Deve, ainda, trazer apenso o formulário de anexo à exposição de motivos , devidamente preenchido, de acordo com o
modelo previsto no Anexo II do Decreto n.º 4.176, de 28 de março de 2002.
Ao elaborar uma exposição de motivos, tenha presente que a atenção aos requisitos básicos da redação oficial (clareza , concisão,
impessoalidade, formalidade, padronização e uso do padrão culto de linguagem) deve ser redobrada.
A exposição de motivos é a principal modalidade de comunicação dirigida ao Presidente da República pelos Ministros.
Além disso, pode, em certos casos, ser encaminhada cópia ao Congresso Nacional ou ao Poder Judiciário ou, ainda, ser
publicada no Diário Oficial da União, no todo ou em parte.
Mensagem
Definição e Finalidade
Mensagem é o instrumento de comunicação oficial entre os Chefes dos Poderes Públicos, notadamente as mensagens enviadas
pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo para informar sobre fato da Administração Pública; expor o plano de governo
por ocasião da abertura de sessão legislativa; submeter ao Congresso Nacional matérias que dependem de deliberação de suas
Casas; apresentar veto; enfim, fazer e agradecer comunicações de tudo quanto seja de interesse dos poderes públicos e da
Nação. Minuta de mensagem pode ser encaminhada pelos Ministérios à Presidência da República, a cujas assessorias caberá
a redação final.
As mensagens mais usuais do Poder Executivo ao Congresso Nacional têm as seguintes finalidades:
a) encaminhamento de projeto de lei ordinária, complementar ou financeira:
b) encaminhamento de medida provisória;
c) indicação de autoridades;
d) pedido de autorização para o Presidente ou o Vice-Presidente da República se ausentarem do País por mais de 15 dias;
e) encaminhamento de atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de rádio e TV;
f) encaminhamento das contas referentes ao exercício anterior;
g) mensagem de abertura da sessão legislativa;
h) comunicação de sanção (com restituição de autógrafos);
i) comunicação de veto;
j) outras mensagens.
Forma e Estrutura
As mensagens contêm:
a) a indicação do tipo de expediente e de seu número, horizontalmente, no início da margem esquerda:
Mensagem n.º
b) vocativo, de acordo com o pronome de tratamento e o cargo do destinatário, horizontalmente, no início da margem esquerda;
Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Federal,
c) o texto, iniciando a 2 cm do vocativo;
d) o local e a data, verticalmente a 2 cm do final do texto, e horizontalmente fazendo coincidir seu final com a margem direita.
A mensagem, como os demais atos assinados pelo Presidente da República, não traz identificação de seu signatário.
191Redação de Correspondência Oficial
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Exemplo de Mensagem
Mensagem n.º 118
Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Federal,
Comunico a Vossa Excelência o recebimento das Mensagens SM n.º 106 a 110, de 1991,
nas quais informo a promulgação dos Decretos Legislativos n.ºs 93 a 97, de 1991, relativos à
exploração de serviços de radiodifusão.
Brasília, 27 de março de 1991.
1,5 cm
(297 x 210mm)
3 cm
5 cm
4 cm
2 cm
2 cm
192 Redação de Correspondência Oficial
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Redação Oficial
ATA N.º 003/2009
ATA DA ......(identificação da reunião) ......... do (a) .......(nome da entidade/órgão) .....................
 Aos........(por extenso)........... dias do mês de ..............(por extenso)........... do ano de ...................
(por extenso)............... no(a) ................... (local da reunião) .........................com a presença dos
senhores .............................................. (pessoas presentes, devidamente qualificadas)
..................................... e sob a Presidência do senhor ....................