Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 2 Sumário Módulo 1 – Do que é constituído um celular: .......................................................................... 4 1.1 Touch ................................................................................................................................... 4 1.2 Tela ....................................................................................................................................... 5 1.3 Display ................................................................................................................................. 5 Tipos de tecnologia para display de celular .............................................................................. 6 1.4 Frontal .................................................................................................................................. 6 1.5 Carcaça ................................................................................................................................ 7 1.6 Bateria .................................................................................................................................. 8 1.7 Placa: ................................................................................................................................... 9 Módulo 2 – Troca de tela e ferramentas: .................................................................................10 2.1 Troca de Tela sem Cola ...................................................................................................10 Passo a passo: ...........................................................................................................................11 Remover a tampa traseira e bateria: ....................................................................................11 Remover os parafusos traseiros: ..........................................................................................12 Remover a Frontal avariada: .................................................................................................12 Colocar a tela nova e testar: ..................................................................................................12 Finalizar a montagem: ............................................................................................................13 2.2 Troca de Tela com Cola ...................................................................................................13 Passo a passo: ...........................................................................................................................14 Regular a Máquina Separadora de tela:...............................................................................14 Remover a Frontal: .................................................................................................................14 Limpar a carcaça: ...................................................................................................................15 Testar a nova Frontal: ............................................................................................................15 Colar e montar: .......................................................................................................................15 2.3 Fonte de Bancada .............................................................................................................16 Passo a passo: ...........................................................................................................................16 Ligar: ........................................................................................................................................16 Ajustar a corrente elétrica: .....................................................................................................17 Ajustar a voltagem: .................................................................................................................18 Plugar as ponteiras: ...............................................................................................................18 2.4 Manta Antiestática ............................................................................................................19 2.5 Luva Antiestática ..............................................................................................................20 2.6 Solda ...................................................................................................................................21 Passo a passo: ...........................................................................................................................22 3 Ligar o soldador: .....................................................................................................................22 Isolar a área perimetral: .........................................................................................................22 Aplicar fluxo de solda: ............................................................................................................23 Posicionar novo componente: ...............................................................................................23 2.7 Soprador.............................................................................................................................24 2.8 Máquina separadora de tela ...........................................................................................24 Módulo 3 – Sistema .....................................................................................................................25 3.1 Hard Reset .........................................................................................................................25 3.2 Reset ...................................................................................................................................26 3.3 ROM .....................................................................................................................................27 3.4 Conta Google e Icloud .....................................................................................................27 Módulo 4 – Placas ........................................................................................................................28 4.1 Placas .................................................................................................................................28 4.2 Cuidados ............................................................................................................................29 4.3 Conector de Carga ...........................................................................................................29 4.4 Banho Químico .................................................................................................................30 4.5 Componentes Principais .................................................................................................30 4.6 Teste na Fonte ...................................................................................................................31 4 Módulo 1 – Do que é constituído um celular: 1.1 Touch Touch screen como a maioria já sabe é o responsável por receber os comandos de toques da tela e enviar para o celular executar a tarefa programada. Dependendo do modelo de celular, o touch pode se encontrar ou no vidro ou no display do aparelho, somente na prática para identificar quando ocorre cada caso. Quando se trata da manutenção ou troca de touch, deve-se tomar MUITO cuidado pois qualquer toque errado pode ocasionar dano permanente no dispositivo. Dentre todos os cuidados com touch na hora do conserto, os mais importantes são o calor, o toque e estática. No caso do calor, deve-se controlar o tempo que ele fica na máquina separadora para que não danifique os contatos nem o display que se encontra anexo a ele. Quandose refere ao cuidado com o toque, deve-se cuidar com a pressão colocada sobre o vidro pois pode quebrar com muita facilidade e trazer prejuízo no serviço. E a estática também é uma grande vilã dos defeitos “estranho”, aquele defeito que ocorre de repente e “sem explicação”. Pra que isso não ocorra, é obrigatório o uso de uma manta antiestática e luvas antiestática. 5 1.2 Tela Tela é basicamente, um vidro que protege o touch e o display. Atualmente estão disponíveis dois tipos de telas no mercado: a “frontal” completa, que é quando o vidro, touch e display formam uma peça única e impossibilita a troca de apenas um dos componentes. E existe as telas que são formadas por display e vidro separados, em alguns casos o touch é incluso no display e em outros no vidro, sendo assim, a troca ou só do display ou só do vidro é possível. 1.3 Display Display é basicamente a tela do smartphone sem o vidro protetor e sem a parte da digitalização do touch. O display possui diversas tecnologias e terminologias próprias que precisam ser compreendidas tanto para se fazer uma escolha certa na hora de comprar um smartphone quanto para conhecer melhor os componentes dos seus aparelhos eletrônicos. Displays estão presentes também em monitores, tablets, notebooks, televisores e diversos outros dispositivos eletrônicos. Fabricantes vão aumentando cada vez mais a resolução de seus smartphones e tablets, usando termos como Ultra 4k, Full HD, Retina, etc. O que você precisa mesmo saber é: quanto maior o PPI do seu dispositivo, melhor será a imagem por ele formada porque você terá mais dificuldade em distinguir os pontos (pixels) que se juntam para formar imagens. 6 Tipos de tecnologia para display de celular Há muitos tipos de exibição usados em smartphones: LCD, OLED, AMOLED, Super AMOLED, TFT, IPS e alguns outros que são menos frequentemente encontrados em smartphones hoje em dia, como TFT-LCD. Mas o que cada uma dessas tecnologias significa? Ah, é importante salientar que novas tecnologias de telas estão sempre surgindo, e é bom se manter atualizado. Estamos tratando apenas das mais populares. 1.4 Frontal Como já visto no item 1.2, a tela também é chamada de frontal, quando é formada por uma peça só que une o vidro, o touch e o display. Muitos fabricantes estão unindo o máximo esse trio para ficar difícil a separação, assim, se algum dos três quebrar, eles recomendarem fazer a troca da frontal completa, ou seja, trocar tudo. 7 O processo de troca de frontal vai ser diferente para cada marca de smartphone, porém o processo é similar. 1.5 Carcaça É a parte do celular onde é fixada a tela, placa, câmeras, bateria, ou seja, a carcaça nada mais é do que o "chassi" de um celular. Alguns modelos de smartphones vem com a carcaça acoplada a tela, facilitando ainda mais o processo de troca de tela, pois basta remover a placa, câmeras, bateria e autofalantes do smartphone antigo e instalar na nova tela que já vem com a carcaça. Alguns modelos podem vir com a carcaça em plástico, e outros em metal, variando de acordo com o modelo e o fabricante. 8 1.6 Bateria A bateria não tem mistério quanto a sua função em um smartphone. Ela serve exclusivamente para manter o celular ligado por um determinado tempo, esse tempo determinado de acordo com cada modelo. Mas muito cuidado deve ser tomado a respeito das baterias como, por exemplo, como elas são colocadas nos celulares, o que não se deve fazer para prolongar ao máximo o tempo de vida delas. Quanto a montagem, as baterias vêm de duas maneiras: interna e externa. As baterias internas são as que o usuário não consegue retirar somente tirando a tampa traseira, e as baterias externas são as clássicas, que você remove a tampa e a bateria já se encontra exposta. Quando se tratar da troca de uma bateria interna, devemos ter cuidados muito específicos. Encostar com os dedos ou alguma ferramenta metálica nos contatos da bateria sem o uso de luvas antiestática pode ocasionar na avaria imediata da mesma. Já no caso de trocar uma bateria externa, não há muito risco, pois o celular ainda se encontra fechado e protegido. Na maioria dos casos de celulares irem para uma assistência técnica, 90% dos casos, aproximadamente, são causados por danos na bateria. Mas o que causam esses problemas tão corriqueiros? 9 1.7 Placa: A placa é a parte mais importante do smartphone. É onde se encontram o processador, as memórias, os conectores e um vasto número de componentes que juntos trabalham para o funcionamento completo do aparelho. A maioria dos técnicos do ramo, têm muita resistência em trabalhar com a manutenção de placas, o que cria um grande mercado para quem pretende seguir nessa área. Qualquer erro, por menor que seja, pode resultar na perca do celular em alguns segundos, e em algumas vezes nem se sabe qual foi a causa dessa perda. É fundamental que se o técnico tenha todas as ferramentas e máquinas necessárias para trabalhar com reparos em placas como, por exemplo, fonte de bancada, soldador com ponta fica, microscópio eletrônico, entre outros muitos. Com o andamento do curso você vai conhecer cada um desses equipamentos e como devem ser usados de forma correta. 10 Módulo 2 – Troca de tela e ferramentas: 2.1 Troca de Tela sem Cola A troca de tela sem cola é aquele usado em aparelhos que são fechados por pressão e/ou parafusos na sua carcaça. É a maneira preferida de qualquer técnico pelo motivo da agilidade do serviço. Na média, uma tela desse tipo é troada em 15 minutos e já está pronta para uso do cliente. É simples, mas não é fácil, pelo fato de ter a maioria dos componentes por encaixe, as telas sem cola necessitam de mais atenção a todos os periféricos tirados na tela antiga, como por exemplo, autofalantes, câmeras, alguns botões e em algumas vezes cabos de ligação entre componentes e placa. Essas telas são chamadas também de “Frontal”. 11 Passo a passo: Remover a tampa traseira e bateria: Esse processo é muito simples. Basta virar o aparelho e remover a tampa traseira. Geralmente, modelos dessa classificação contém alguma indicação no lado apropriado para puxar a tampa 12 Remover os parafusos traseiros: Nessa etapa, vai ser relativo a marca de smartphone, nesse exemplo da imagem, temos um J701 da Samsung, então além de retirar os parafusos, será necessário também a remoção de uma tampa localizada entre os dois primeiros parafusos do lado esquerdo do aparelho. Ali está localizado o flex da tela e para remover a mesma será necessário desconectá- la da placa. Remover a Frontal avariada: Para retirada de uma tela que não precisa de colagem, é muito simples: basta utilizar uma espátula ou um ou uma palheta e passar em todo o perímetro entre tela e carcaça até a remoção completa da tela. Colocar a tela nova e testar: 13 Agora é o passo final: colocar a nova tela e testar antes de fechar o smartphone, já pensou ter todo esse trabalho e ao final do processo saber que a nova tela veio com defeito e precisará refazer tudo? Finalizar a montagem: Após certificar que está tudo funcionando perfeitamente, resta remontar o smartphone. Alguns cuidados que dever ser tomados são: verificar se todos os parafusos foram colocados; conectar o flex da tela de forma eficiente; recolocar a tampa do flex e não esquecer da bateria e tampa. 2.2 Troca de Tela com Cola Além das telas apresentadas acima, existem também as que necessitam de cola para efetuar a troca. O trabalho é mais demorado e complexo, exige mais cuidado na hora de manipular a peça e de mais atenção do técnico paraque a nova peça fique exatamente na posição original. Na maioria dos casos que exigem a colagem da tela, ou são aparelhos antigos ou aqueles que contêm suas carcaças em metal. Essas telas geralmente são divididas em Touch e Display, pra que não haja a confusão com a Frontal (apresentada no item anterior). 14 Passo a passo: Regular a Máquina Separadora de tela: Como padrão, usar na temperatura no indicador de 90 e não deixar por mais de 7 minutos consecutivos na máquina. Remover a Frontal: 15 Para esse tipo de tela, é preciso calor para a cola soltar e a remoção seja feita. Para tirar a tela avariada é preciso certificar que todos os flex que conectam na placa estejam desconectados para não haver danos em outras partes do celular. Após a verificação, basta remover com uma espátula aos poucos por toda a região da tela proporcionalmente. Limpar a carcaça: Depois de retirada a tela, é necessário limpar todo o contorno da carcaça antes de colocar a nova peça. Se não retirar todos os restos de cola, poderá haver danos ao realizar a troca. Testar a nova Frontal: Antes de finalizar a montagem, é essencial testar a nova tela antes da colagem. Fazer teste de todos os recursos da tela, inclusive os periféricos que são retirados para facilitar, como por exemplo, alto-falantes, câmeras, etc. Colar e montar: Depois de tudo limpo e testado, é só colar e esperar fixar o máximo possível. O tempo recomendado é de 2 horas para ficar bem colado. Realizar um checklist 16 completo antes de deixar o aparelho de lado é fundamental para evitar problemas futuros. 2.3 Fonte de Bancada As fontes de alimentação reguláveis são de fácil instalação e podem ser dispostas sobre qualquer mesa ou bancada de trabalho. Sua instalação é simples, bastando ao operador conectá-la a uma tomada. Porém, deve ser observada primeiramente a sua tensão de entrada, se 110V ou 220V, para evitar a sobrecarga e consequentemente sua deterioração. Para conectar as pontas de prova, devem ser observadas as cores padrão, preto e vermelho. Uma fonte de bancada é um aparelho ou dispositivo eletrônico constituído por quatro blocos de componentes elétricos: um transformador de força (que aumenta ou reduz a tensão), um circuito retificador, um filtro capacitivo e/ou indutivo e um regulador de tensão. Passo a passo: Ligar: Depois de feita a instalação correta do equipamento, será preciso ligar. Para isso basta utilizar o botão POWER: 17 Ajustar a corrente elétrica: Os dois primeiros marcadores são para a corrente elétrica. O primeiro faz ajustes finos, ou seja, gradativamente devagar. Enquanto o segundo faz uma regulagem grossa, ou seja, aumenta mais rápido, tornando difícil uma medida exata. Sempre deixar os dois no máximo como padrão. 18 Ajustar a voltagem: Parecido com o processo anterior, para regular a voltagem, utiliza-se os dois marcadores da direita. O primeiro para ajuste fino e o segundo para ajuste grosso. Como padrão para a maioria das baterias de smartphones, utiliza-se o valor de 3.8V. Para medir algum valor, é só zerar o marcador e ele indicará a voltagem passando no local indicado. Plugar as ponteiras: Para cada situação, usa-se um tipo de ponteira. Alguns dos casos em que utilizamos uma fonte são para teste da placa, teste da bateria, teste da tela, teste de componentes e choque na bateria. Para cada uma dessas situações se usa uma ponteira específica, então deve-se tomar muito cuidado para não avariar nenhum contato na hora de medir. 19 2.4 Manta Antiestática Um dos elementos-chave para a criação de uma área protegida antiestaticamente é o emprego de uma manta antiestática. Uma bancada de trabalho com proteção ESD irá proporcionar ao usuário uma área de dissipação estática, fornecendo assim segurança para o trabalho com componentes eletrônicos sensíveis. As bancadas com manta ESD são amplamente empregadas na indústria eletrônica e assistências técnicas, pois fornecem uma superfície adequada para quem trabalha na construção, reparação, teste, enfim, qualquer procedimento relacionado à componentes e equipamentos eletrônicos. Para a criação de uma bancada de trabalho segura e ao mesmo tempo completa, o usuário deverá atentar principalmente para o desenvolvimento de um sistema de proteção antiestática ESD. https://www.usinainfo.com.br/bancada-de-trabalho-73 20 2.5 Luva Antiestática A Luva antiestática é especialmente projetada para aplicações ESD, em geral, é produzida a partir de materiais como nylon, látex, nitrílica ou vinil. Alguns modelos são fabricados com outros componentes incluindo cobre ou carbono, mas estes são mais caros do que os anteriormente mencionados. Por esta razão, a maioria dos trabalhadores optam por luvas antiestáticas laváveis ou de uso único, que são muito mais acessíveis e mais fáceis de manter. A sigla ESD significa "Electro Static Discharge", se referindo a proteção contra a energia estática. Nesse sentido, a luva antiestática é considerada o produto ideal para se trabalhar em ambientes estáticos durante a manutenção de componentes eletrônicos, garantindo segurança para os trabalhadores que estão preocupados com a carga estática acumulada em seu próprio corpo, com relação aos danos que podem causar nos componentes e peças eletrônicas sensíveis que estão sendo consertadas. O objetivo da luva antiestática é evitar que o campo estático gerado pela roupa e os óleos das mãos cheguem a alcançar placas de circuitos ou outras peças 21 eletrônicas, já que o campo de estática pode causar sérios danos aos componentes, mesmo sem você tocá-lo. 2.6 Solda A soldagem é uma habilidade que todo técnico precisa dominar pra ter sucesso nos consertos. Para uma boa solda é preciso um ferro de solda com ponta fina, fluido de solta, fio de estanho e uma boa visão. Há muitas formas de realizar a solda, cada um faz do jeito que acha mais confortável pra si. As placas são as mais usadas pra solda. O caso mais comum é a troca do conector de carga, a peça responsável pelo carregamento do celular, que frequentemente apresenta defeito por mau uso do cliente. As principais causas são carregadores paralelos, uso do celular enquanto carrega e quedas com o cabo conectado. Além dos conectores, alguns componentes também apresentam defeitos e 22 necessitam da troca diretamente na placa como, por exemplo, diodos, resistores, termistores e capacitores. Passo a passo: Ligar o soldador: Para reparos em Smartphones, a estação de solda não é muito comum, então será mostrado o uso do soldador avulso. Antes de tudo, é necessário ligar na tomada tomando o cuidado com a tensão adequada. Esse equipamento não possui chave de Liga/Desliga, então é necessário sempre plugar na tomada antes do uso. Colocar uma tomada de fácil acesso na bancada é fundamental para qualquer técnico. Isolar a área perimetral: Com uma fita térmica, será necessário isolar todos os componentes existentes ao redor do alvo para que não haja danos em outros locais da placa. A maior parte dos componentes são microscópicos, então a perda de algum deles pode ser imperceptível, o que geraria um grande problema ao funcionamento da placa. 23 Aplicar fluxo de solda: Antes de precisar de um reparo, os celulares ficam em uso durante muito tempo, o que deixa uma solda “fria”. Isso quer dizer que será difícil retirar a solda da placa sem o uso de algum fluido específico. O nome desse fluido é fluxo de solda, ele ajuda tanto na remoção quanto na fixação de soldas. O ideal é utilizarum quantidade suficiente para cobrir todo o contato que deseja remover e então utilizar um sugador junto ao soldador para remover as soldas antigas completamente. Posicionar novo componente: Depois de isolado, limpo e com o fluxo de solda no local indicado, basta posicionar o componente no seu lugar e adicionar a nova solda para fixação. Nos casos de conectores de carga, recomenda-se adicionar um pouco de estanho nos contatos externos do conector para ajudar na fixação. 24 2.7 Soprador O soprador é uma ferramenta auxiliar do soldador, inclusive, em alguns casos ambos vêm junto como 1 equipamento único. Ele serve para aquecer a solda de componentes que o soldador não alcança, facilitando assim a remoção dos mesmos. Esse equipamento vem, geralmente, com 2 chaves de controle: uma para controlar a velocidade do ar e outra para regular a temperatura. Deve haver muito cuidado no manuseio do soprador, ele opera em temperaturas superiores à 100ºC. Outro cuidado muito importante é o tempo usado para aquecer o componente, se aquecer demais ou não isolar componentes próximos, ocasionará a remoção acidental de algum componente ou até a queima da placa. 2.8 Máquina separadora de tela Esse é a mina de ouro de um técnico!! Saber usar essa máquina é FUNDAMENTAL pra quem pretende trabalhar com Conserto de Celulares. A demanda de troca de tela é gigante atualmente, e o custo dessa máquina é irrisório perto do retorno que ela proporciona. 25 Essa ferramenta serve para aquecer o smartphone a fim de derreter a cola que segura a tela no celular e facilitar a remoção da frontal. A máquina opera à mais de 100ºC, mas o recomendado é trabalhar em 90ºC. Deixar o celular por muito tempo na máquina queimará o display e até mesmo derreterá componentes da placa, mesmo ela não estando exposta. Deve haver o cuidado com os braços enquanto a maquina está ligada, qualquer toque pode causar queimaduras graves. O recomendado é deixar esse equipamento o mais afastado possível da bancada. Módulo 3 – Sistema 3.1 Hard Reset Quando se fala em “Sistema” nos smartphones, se refere a parte de software dos aparelhos. Em casos específicos, como perda de senha ou travamento do celular, 26 o Hard Reset é a opção mais recomendada. Esse procedimento é muito rápido e prático, mas resolve com eficiência o problema. Para realizar o Hard, é necessário fazer uma combinação com as teclas ao ligar o celular, cada marca tem sua combinação padrão, mas geral são bem semelhantes. Atualmente o Hard Reset só é usado em casos que não tenha uma conta google ou icloud logados, ou que o usuário tenha esquecido a senha de bloqueio mas ainda lembra alguma das contas. Caso não saiba sua conta, o celular vai travar antes de entrar no sistema pois vai solicitar a conta original do dono. 3.2 Reset O Reset é diferente do Hard Reset, cuidado. Em alguns casos o celular trava sem nenhum motivo aparente, não se consegue usar o teclado, os comandos de tela não funcionam, o que fazer? Quando pressionados simultaneamente, o botão de Power e o botão de Volume - , o celular vai ser reiniciado de forma forçada e geralmente se soluciona o problema 27 de travamento. Outro caso que se usa também esse procedimento é quando se troca a tela sem retirar a bateria, pra que a tela tenha um pulso eletrônico e ligue de novo. 3.3 ROM É a memória “permanente” do celular. Atualmente as ROMs podem ser modificados ou “reinstaladas”. Essa memória em específico se mantém gravada mesmo sem energia, o que permite que os dados do sistema não se percam quando acaba a bateria ou tenha algum defeito ao longo de sua vida útil. Há defeitos que só são corrigidos quando reinstalamos a ROM, procedimento também chamado de “passar sistema”. Esse processo se resume eu utilizar um computador e passar um sistema novo e sem defeitos para o celular, o que ocasiona a perda de quaisquer dados que tenham no celular. 3.4 Conta Google e Icloud Esse é um dos assuntos mais falados no momento, no nosso setor. Essas contas são a proteção que essas empresas implantaram para evitar a venda de celulares roubados. Quando falamos em Conta Google, nos referimos ao sistema Android, quando falamos em Conta Icloud, nos referimos ao sistema IOS (apple). Antigamente, quando um celular era roubado, bastava realizar o Hard Reset e pronto! O celular podia ser usado por qualquer outra pessoa sem problema nenhum, o que propiciava um alto giro de aparelhos roubados. Mas agora com as contas, depois de fazer o Hard Reset, o aparelho vai solicitar a conta adiciona pelo dono do celular no dia da compra, e somente essa conta vai permitir o uso do aparelho. Além dessas duas contas, existem mais algumas de celulares importados, mas as principais são essas duas. Os procedimentos desses importados, na maioria asiáticos, são semelhantes aos de Conta Google e Conta Icloud. 28 A remoção dessas contas não é permitida de acordo com as leis do Brasil, então é importante sempre anotar o email criado no dia da compra do aparelho ou então guardar a nota fiscal para solicitar troca de senha com a fabricante. Módulo 4 – Placas 4.1 Placas A placa de um celular, é a parte mais importante e vital para o pleno funcionamento do mesmo. Ela é assimilada ao nosso “esqueleto”, sem ela não teria possibilidade de fixar nenhum componente que constitui um smartphone. Os reparos em placas são os processos mais complexos quando se trata em manutenção de smartphones, pois contêm componentes minúsculos, trilhas eletrônicas e corrente passando em tempo integral pelos circuitos. Nunca se deve reparar uma placa sem total conhecimento no assunto, qualquer erro mínimo pode ocasionar a queima do aparelho instantaneamente. Os defeitos mais comuns quando falamos em placas são: diodos, conectores de carga, solda fria, autofalantes, mal contato e curto-circuito. Mas como identificar esses problemas em uma placa? É necessário abrir o celular para identificar o defeito na placa? Antes de mais nada, será preciso ter algumas ferramentas e máquinas para poder reparar uma placa. Depois que for identificado que o problema é na placa, deverão serem feitos alguns testes. Para poder tocar na placa, é necessário o uso de Luvas Antiestática e estar sobre uma manta antiestática. Para remoção de encaixes presentes na placa, se usa uma espátula especial (também antiestática) para que não haja nenhum curto-circuito ao manusear a placa. Usa-se a fonte para fazer testes de voltagem e corrente em locais bem específicos. A fonte também é usada para gerar energia pra placa e forçar a ligação do aparelho a fim de testar se ele está funcionando corretamente. Cada modelo contém uma placa diferente, com tamanhos diferentes, formatos diferentes e montagens diferentes, ou seja, cada um necessita de um cuidado diferente na hora de remover a placa. Qualquer toque sem luva, trincado, pingo de 29 solda, toque com ferramentas condutoras ou contato com líquidos condutores podem queimar a placa me segundos. Todo cuidado é pouco quando se fala em reparar uma placa. 4.2 Cuidados Já foram falados sobre alguns cuidados que devem ser tomados no manuseio de placas. Mas agora vamos abrir mais esse assunto e não deixar dúvidas de como reparar uma placa com 100% de efetividade: 1. Usar as ferramentas certas; 2. Usar a fonte para testes; 3. Não tocar na placa sem luvas; 4. Colocar os mesmos parafusos nos mesmos lugares; 5. Testar antes de montar; 4.3 Conector de Carga Para saber quando o defeito apresentado é no conector de carga, é só conectar o cabo de carregamento no celular e esperar o sinal na tela. Caso não apareça o símbolo na tela, pode ser tambémdefeito na bateria ou na placa. Para ter certeza se é o conetor basta remover a bateria e conectar o cabo, se não mostrar nenhum sinal, será necessário trocar o conector. Há dois tipos de defeitos quando falamos em conectores de carga: queima ou mal contato. Quando o celular não mostrar nenhum sinal de carregamento ao conectar o cabo é porque está queimado. Já o mal contato é caracterizado por movimentos no cabo e sinais sonoros de que houve a remoção do cabo simultaneamente. 30 Agora quando se trata da troca desses componentes, temos 2 tipos: os conectores avulsos e as placas de conector. Isso é sabido quando se abre o smartphone e verifica na placa dele. Quando for o avulso, o processo é simples: basta remover o avariado e colocar o novo utilizando solda. Agora, quando o conector vier em placa, a troca é mais simples ainda: basta desconectar a placa defeituosa e adicionar a nova. Com a evolução dos celulares, cada vez menos vemos conectores avulsos. Está ficando comum as placas de conectores virem junto com o vibracal e antena de sinal. 4.4 Banho Químico Esse é um dos processos mais realizados atualmente nas assistências. O banho químico é um processo muito simples, mas que exige muito cuidado. Ele serve para tirar a oxidação da placa gerada ou por molhar o aparelho ou por umidade natural. As causas mais comuns onde exigem esse processo são quando o cliente leva o celular para o banho, quando deixa cair na privada ou quando entra na praia com ele no bolso. Nem sempre esse processo salva o smartphone, mas a taxa de sucesso fica na faixa de 80%. Para realizar o Banho Químico é necessário habilidade do técnico para desmontar o celular até a remoção completa da placa e o uso de Álcool Isopropílico. Se o caso for umidade ou oxidação local, se usa uma escova antiestática molhada neste álcool e lava as partes oxidadas, mas se o caso for a submersão completa do aparelho, deve-se deixar a placa de molho por pelo menos 6hr. 4.5 Componentes Principais 31 Embora a placa só funcione com todos os componentes funcionando em sua totalidade, alguns componentes são mais vulneráveis e suscetíveis a defeitos. Os principais deles são: o conector de carga; o autofalante; botão power; as câmeras; resistores; capacitores e diodos. A forma como realizar a troca desses componentes vai variar de acordo com a marca e modelo dos celulares. Mas em sua maioria ou são de encaixe ou com solda. O método mais seguro e prático pra descobrir qual o problema, é o da substituição. Você remove o provável componente com defeito e coloca um bom no lugar, se o problema persistir fica claro que não era ali o defeito, então destroca os componentes e faz o mesmo até que o defeito se solucione com a troca de algum componente imediatamente. 4.6 Teste na Fonte O primeiro passo quando se conserta um celular é saber o estado que ele chegou. Para isso se usa a fonte e conecta os cabos de energia diretamente nos polos onde a bateria vai encaixada. Isso seria o mesmo que uma “ligação direta”. Colocar a fonte para a corrente máxima e a voltagem em 3.9V e então é só ligar o celular. Se ele ligar e funcionar normalmente, já se sabe que a placa está em perfeitas condições. O próximo passo é encontrar quais são todos os defeitos apresentados e apresentar eles ao cliente para autorizar o conserto. Em alguns casos o celular não liga mas vibra ou emite sinais sonoros, isso indica que a tela está queimada. Pode ocorrer também de o aparelho ligar mas não permitir os comandos de toque na tela, isso indica que o touch está com defeito. Pode também acontecer de no momento em que conectar os cabos da fonte no celular, o indicador de corrente passar de 0A para 5ª em segundos, isso indica defeito na placa.
Compartilhar