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Módulo_III_Indicadores, monitoramento e Avaliação_08032021_v2

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Prévia do material em texto

Março 2021 
 
 
 
 
 
2 
 
 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bibliotecária responsável: Irma Carina Brum Macolmes – CRB 10/1393 
 
 
Revisão e atualização do conteúdo: 
Juliana Feliciati Hoffmann – Analista de Planejamento, Orçamento e Gestão do 
Departamento de Planejamento Governamental (DEPLAN/SPGG) 
Fernanda Rodrigues Vargas - Analista Pesquisadora do Departamento de 
Planejamento Governamental (DEPLAN/SPGG) 
Gisele da Silva Ferreira - Analista Pesquisadora do Departamento de 
Planejamento Governamental (DEPLAN/SPGG) 
 
 
Capacitação dos Municípios para a Elaboração dos Planos Plurianuais 
2022-2025 / Rio Grande do Sul. Módulo 3 – Indicadores, Monitoramento 
e Avaliação de Políticas Públicas. Secretaria de Planejamento, 
Governança e Gestão. Departamento de Planejamento Governamental. 
Porto Alegre : Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão, 2021. 
31 p. : il. 
 
1. Ciência Política. 2. Planejamento Governamental. I. Rio 
Grande do Sul. Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão. 
Departamento de Planejamento Governamental. II. Título. 
CDU 320 
 
 
 
 
3 
 
 
Sumário 
 
1 INTRODUÇÃO .................................................................... 4 
2 INDICADORES E O CICLO DE POLÍTICAS PÚBLICAS ................................... 5 
2.1 DEFINIÇÃO DA AGENDA ....................................................... 6 
2.2 FORMULAÇÃO ................................................................ 6 
2.3 IMPLEMENTAÇÃO ............................................................. 9 
2.4 AVALIAÇÃO ................................................................ 10 
3 PROPRIEDADES DOS INDICADORES ................................................. 11 
3.1 PROPRIEDADES ESSENCIAIS .................................................. 11 
3.2 PROPRIEDADES COMPLEMENTARES .............................................. 12 
4 TIPOS DE INDICADORES ......................................................... 13 
5 FONTES DE DADOS .............................................................. 15 
6 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO .................................................... 21 
6.1 MONITORAMENTO ............................................................ 21 
6.2 AVALIAÇÃO ................................................................ 22 
7 AGENDA 2030 - OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (ODS) ................. 26 
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................... 30 
9 REFERÊNCIAS .................................................................. 31 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1 INTRODUÇÃO1 
 
O Módulo II do curso apresentou a metodologia de elaboração dos Programas do PPA 
2020-2023 do Estado do Rio Grande do Sul, detalhando todas as etapas necessárias para que 
os objetivos definidos pelo nível estratégico sejam elaborados na prática no nível tático. A 
metodologia proposta busca o adequado desenho de um programa, a partir das situações-
problema elencadas, o que facilita a identificação de indicadores que permitam o 
monitoramento e avaliação (Cassiolato, 2010). 
Para tanto, a teoria da mudança deve orientar a estratégia de formulação e 
implementação do programa, bem como para a definição dos indicadores para o seu 
monitoramento e sua avaliação. 
Uma vez elaborado o programa, a etapa de monitoramento busca realizar o seu 
acompanhamento contínuo ou periódico, buscando verificar se a implementação está sendo 
feita conforme os objetivos e as metas inicialmente planejados (Brasil, 2016). Assim, essa 
etapa também busca verificar se os instrumentos utilizados para a gestão das políticas públicas 
estão sendo os mais adequados, além de identificar problemas na implementação que possam 
ser corrigidos. 
A teoria da mudança apoia, também, o desenho das medidas e a verificação do 
desempenho do programa para, caso necessário, sugerir mudanças em seu novo ciclo 
(Cassiolato, 2010). Nessas condições, a avaliação de políticas públicas permite uma gestão 
orientada pelas evidências, devendo ser vista como um recurso que fornece informações para 
auxiliar os gestores em situações de tomada de decisão. A avaliação também proporciona 
maior transparência às ações, podendo ser utilizada como uma forma de prestação de contas 
à sociedade sobre o desempenho dos programas do Governo. Ao contrário do monitoramento, 
ela é realizada em um momento pontual e tem um papel mais finalístico. 
Diante da relevância dessas etapas do ciclo de políticas públicas, esse módulo tem 
como objetivo orientar o processo de construção e seleção de indicadores necessários para o 
monitoramento e a avaliação dos Programas, Ações Programáticas e Iniciativas dos Planos 
Plurianuais Municipais que compreendem o período de 2022 a 2025, bem como das demais 
políticas públicas em geral. 
 
 
1Este curso foi baseado no Curso de introdução à elaboração do PPA 2020-2023, ofertado pelo 
Departamento de Planejamento Governamental da Secretaria de Planejamento do Estado em 2019. Realizado na 
modalidade semipresencial, o curso tinha o objetivo de propiciar nivelamento básico sobre planejamento 
governamental e apresentar a metodologia de elaboração do Plano Plurianual 2020-2023 aos servidores do Estado 
que fazem parte da Rede de Planejamento e Orçamento do Estado do Rio Grande do Sul. 
 
 
 
5 
 
2 INDICADORES E O CICLO DE POLÍTICAS PÚBLICAS 
 
Os indicadores são instrumentos de medida usados para monitorar aspectos 
relacionados a um determinado conceito, fenômeno, problema ou resultado de uma 
intervenção. Traduzem aspectos da realidade em um resultado quantitativo por meio de 
números, taxas ou índices, tornando possível sua observação e avaliação. Além disso, 
possibilitam monitorar a efetividade de um programa, tornando seu uso mais estratégico. 
Ajudam a medir os efeitos da gestão com relação aos grupos temáticos de modo a avaliar 
sistematicamente o andamento do processo. 
Os dados são a base para a construção dos indicadores, os quais agregam a informação 
em um valor. Este valor trará um retrato da situação no momento. No contexto das políticas 
públicas, o valor do indicador também dá indícios do desempenho do programa definido para 
atacar a situação-problema. 
Os indicadores são, portanto, muito úteis no Ciclo das Políticas Públicas. Na figura 
1, abaixo, é possível verificar a inserção dos indicadores nas diferentes etapas do ciclo de 
políticas públicas e sua interação com o Plano Plurianual. A inserção em cada uma das etapas 
será detalhada a seguir. 
 
 
 
 
6 
 
Figura 1. O ciclo de políticas públicas e a utilização de indicadores 
 
Fonte: Elaboração própria 
 
2.1 DEFINIÇÃO DA AGENDA 
A primeira etapa do ciclo, de definição da agenda, caracteriza o momento no qual o 
problema ganha relevância política e passa a receber atenção prioritária dos gestores do 
governo (Brasil, 2016). Em relação ao processo de elaboração do PPA, essa etapa se traduz 
na definição do mapa estratégico de governo e respectivos indicadores estratégicos definidos 
para cada objetivo estratégico. 
Portanto, nesta etapa os indicadores estratégicos provenientes do nível estratégico 
são os que buscam mensurar a evolução das mudanças mais macro que se pretende provocar 
com a política pública elencada. 
 
2.2 FORMULAÇÃO 
Na formulação da política insere-se a etapa de elaboração dos Programas do PPA. 
Conforme visto no módulo II, quatro diferentes tipos de indicadores compõem a estruturação 
final do Programa Temático no PPA 2020-2023 do Estado do Rio Grande do Sul, os quais são 
apresentados novamente na Figura 2 abaixo. 
 
 
 
7 
 
 
Figura 2 – Estruturação Final do Programa Temático PPA 2020-2023 do Rio Grande do Sul
 
Fonte: RIO GRANDE DO SUL, 2019. Marco Metodológico PPA 2020-2023. 
 
Para contextualização do Programa Temático serão utilizados indicadores temáticos, 
que são medidas que permitemretratar e mensurar a evolução quantitativa da(s) mudança(s) 
macro que se pretende provocar com o Programa Temático. Eles têm como base os 
indicadores estratégicos oriundos do nível estratégico, os quais medem a evolução das 
mudanças mais macro que se pretendem provocar. Para esses indicadores deve-se estabelecer 
a polaridade, isto é, o comportamento que se espera do indicador a partir da implementação 
do Programa, que poderia ser, por exemplo: positiva/ negativa, crescimento/decrescimento, 
maior/menor, etc. 
No que diz respeito às Ações Programáticas, por sua vez, serão utilizados inicialmente 
indicadores de diagnóstico, que buscam traduzir as situações-problema no momento inicial 
 
 
 
8 
 
da elaboração da Ação. Os indicadores podem ser distintos conforme a região e/ou a 
população considerada e permitem, também, analisar e monitorar a evolução da situação-
problema ao longo da implantação da intervenção. A questão da regionalização será abordada 
no módulo IV. 
Os indicadores de diagnóstico devem dialogar com os chamados indicadores de 
resultado, que são medidas que visam retratar e acompanhar a evolução quantitativa da 
situação-problema, tendo como característica principal o fato de que devem ser sensíveis à 
intervenção governamental. 
Os indicadores de produto, traduzidos no PPA como produtos principais das 
iniciativas, podem ser definidos como bens e serviços ofertados diretamente para beneficiários 
e resultantes diretos do processo de produção de uma iniciativa. A cada iniciativa corresponde 
um ou mais produtos principais. Produtos tratam-se, portanto, de uma reformulação da 
Iniciativa do ponto de vista de quem as recebe (beneficiário). Esses devem, sempre que 
possível, ser regionalizados conforme será apresentado no último módulo deste Curso. 
No PPA 2020-2023 do Estado, tanto para indicadores de resultado quanto para 
indicadores de produto era necessário registrar o valor mais recente apurável quando da 
elaboração do Plano (Linha de Base) e registrar os valores desejados (Metas) para os quatro 
anos de duração do PPA. 
Considerando o exemplo abordado no módulo II (Figura 3), replicado abaixo, pode-se 
visualizar cada um dos tipos de indicadores do Plano Plurianual. 
 
 
 
 
9 
 
Figura 3 – Exemplo de Indicadores de um Programa Temático 
Fonte: RIO GRANDE DO SUL, 2019 (com alterações). 
 
2.3 IMPLEMENTAÇÃO 
Uma vez elaborados os programas, se dá início à fase de implementação, no nível 
operacional. Nesta etapa, a obtenção de um painel de indicadores consistente possibilita o 
monitoramento adequado para acompanhar a execução dos programas. Maiores detalhes 
sobre o monitoramento serão fornecidos na seção Monitoramento e Avaliação. 
Cada fase de implementação de políticas públicas e programas é monitorada com o 
objetivo de avaliar os resultados definidos no planejamento, utilizando indicadores de 
recurso, de processo ou de produto. Assim, caso ocorra alguma situação não prevista no 
processo que possa prejudicar o resultado esperado, o gestor terá como identificar e modificar. 
Os indicadores de recurso (insumo) refletem a disponibilidade de recursos 
humanos, financeiros ou equipamentos a serem utilizados em programa, ou seja, possuem 
relação direta com os recursos a serem alocados. Considerando as diferentes fases de 
implementação, eles se inserem na etapa inicial da implementação. 
Os indicadores de processo representam o esforço empreendido na obtenção dos 
resultados. Considerando as diferentes fases de implementação, eles se inserem ao longo da 
implementação. No caso do PPA 2020-2023 do RS, este tipo de indicador se traduz no nível 
operacional, que contempla a gestão. 
 
 
 
 
10 
 
Já os indicadores de produto se inserem na fase final de implementação e medem 
o alcance de metas físicas, expressando as entregas de produtos ou serviços aos beneficiários. 
Conforme visto na etapa de formulação, os indicadores de produto se traduzem no PPA 
como produtos principais das iniciativas, resultantes diretos do processo de produção de 
uma iniciativa. 
 
2.4 AVALIAÇÃO 
A avaliação, por sua vez, consiste na etapa de apreciação dos resultados e impactos 
produzidos por uma intervenção, sendo os resultados no curto prazo e os impactos no médio 
e longo prazo. A etapa de avaliação é fundamental para a retroalimentação do ciclo de políticas 
públicas. 
Neste ponto, os indicadores de resultado, planejados na etapa de formulação, são 
as medidas que expressam os benefícios no público-alvo decorrentes das Iniciativas realizadas 
pela Ação Programática. Além desses, os indicadores de impacto medem os efeitos do 
programa na sociedade com base nas estratégias governamentais de médio e longo prazo. 
 
Quadro 1. Exemplo de programas e respectivos indicadores, conforme as fases de 
implementação da política 
Programa de Atenção à Saúde Básica – Doenças crônicas 
1. Indicadores 
de recurso 
(insumo) 
2. Indicadores 
de processo 
3. Indicadores de 
produto 
4. Indicadores 
de resultado 
5. Indicadores 
de impacto 
• Médicos para 
atendimento 
nas UBS 
• Consultórios 
• Número de 
consultas 
• Número de 
pacientes atendidos 
• Prevalência de 
doenças 
crônicas 
• Mortalidade 
por doenças 
crônicas 
 
 
 
 
 
11 
 
3 PROPRIEDADES DOS INDICADORES 
 
Os indicadores são de grande importância para o acompanhamento e avaliação das 
políticas públicas, conforme relatado na seção anterior, tendo a função de auxiliar o gestor a 
analisar quantitativamente a eficácia da política, seja para a sua continuidade, seja para 
modificações. 
Para isso, a construção do indicador deve considerar algumas propriedades que 
definem a consistência da agregação da informação e até mesmo a relevância do indicador, 
isto é, qual será a utilidade da informação? 
Assim, as propriedades dos indicadores podem ser úteis para identificar se os 
indicadores que estão sendo definidos são de fato medidas adequadas. Tais características 
podem ser divididas em dois grupos: essenciais e complementares (Brasil, 2016), 
conforme descrito e exemplificado abaixo. 
As propriedades essenciais devem ser consideradas no momento da escolha do 
indicador, pois são critérios desejáveis a qualquer indicador. Já as propriedades 
complementares, embora também importantes, podem passar por uma análise de trade-off 
(situação em que há conflito de escolha). 
 
3.1 PROPRIEDADES ESSENCIAIS 
 
Validade: é a capacidade de representar, com a maior proximidade possível, a 
realidade que se deseja medir e modificar. O indicador deve refletir o fenômeno a ser 
monitorado. Deve-se fazer a seguinte pergunta: o indicador realmente mede o que se pretende 
alcançar? 
Por exemplo, se o interesse for avaliar as condições de saúde de uma população com 
base na oferta de serviços na área da saúde, dois indicadores poderiam ser empregados: 
1) Número de médicos por habitantes 
2) Taxa de mortalidade 
Para essa situação o indicador 1 teria mais validade para medir as condições de ofertas 
de serviços de saúde, enquanto o segundo retrataria de forma mais próxima a situação 
resultante da “falta de saúde”. 
Confiabilidade: o indicador deve ter origem em fontes confiáveis, que utilizem 
metodologias reconhecidas e transparentes de coleta, processamento e divulgação, de forma 
que diferentes avaliadores possam chegar aos mesmos resultados. Isto é, os dados utilizados 
são confiáveis? 
Por exemplo: Para o cálculo da taxa de mortalidade por causas violentas de uma 
determinada população uma fonte de dados confiável é o Sistema de Informações sobre a 
 
 
 
12 
 
Mortalidade, do Ministério da Saúde (SIM/MS) / DATASUS - Departamento de Informática do 
SUS. 
Na seção 5 serão apresentadas algumas fontes de dados organizadas de acordo com 
cada temática de interesse. 
Simplicidade: o indicador deve ser de fácil obtenção, construção, manutenção, 
comunicação e entendimento pelo público em geral.Não deve envolver dificuldades de cálculo 
ou de uso. Deve-se questionar: é fácil obter o indicador e o público em geral entende o que 
ele quer traduzir? 
 
3.2 PROPRIEDADES COMPLEMENTARES 
 
Sensibilidade: o indicador deve refletir as variações do fenômeno, mesmo que 
mínimas, decorrentes das intervenções realizadas. Um indicador com baixa sensibilidade, por 
exemplo, pode não demonstrar mudanças significativas estatisticamente, após a 
implementação de uma determinada política pública. Isto pode ocorrer não somente porque 
não se melhorou as condições de vida da população, mas também porque o indicador não 
possui sensibilidade suficiente para avaliar o tópico em questão. 
Desagregabilidade: capacidade de representar os grupos sociodemográficos de 
forma regionalizada, considerando a dimensão territorial como um componente na 
implementação de políticas públicas. Os indicadores sociais devem considerar os espaços 
geográficos em análise (estados, municípios, etc.), os subgrupos sociodemográficos (crianças, 
mulheres, pessoas idosas, etc.) ou grupos vulneráveis específicos (desempregados, 
analfabetos, etc.). 
Economicidade: capacidade de o indicador ser obtido a custos moderados ou nulos. 
Isto é, a relação entre os custos de obtenção dos dados, suas atualizações, e os benefícios 
provenientes, deve ser sustentável. 
Estabilidade ou Historicidade: possibilidade de estabelecer séries históricas 
estáveis, que permitam monitoramentos e comparações, para que se possa avaliar o 
desempenho ao longo do tempo (viabilidade de um acompanhamento periódico). 
Mensurabilidade: capacidade de alcance e mensuração quando necessário, com 
maior precisão possível e sem ambiguidade. 
Auditabilidade: qualquer pessoa deve sentir-se apta a verificar a boa aplicação das 
regras de uso dos indicadores (obtenção, tratamento, formatação, difusão, interpretação). Isto 
é, a qualquer momento, a verificação dos dados referentes à construção e gestão dos 
indicadores deve ser possível de ser efetivada. 
 
http://www.datasus.gov.br/
http://www.datasus.gov.br/
 
 
 
13 
 
4 TIPOS DE INDICADORES 
 
Os indicadores podem ser classificados como simples ou complexos, dependendo da 
forma de cálculo e quantidade de informação, conforme detalhado abaixo. 
Os indicadores simples podem ter diferentes apresentações, as quais são detalhadas 
no quadro 2. 
 
Quadro 2 – Forma de apresentação dos indicadores simples 
Indicador Descrição do cálculo Exemplos 
Frequência 
simples 
Contagem simples 
Número de domicílios com acesso à rede coletora 
de esgoto 
População de 15 anos ou mais de idade 
Média 
Somam-se todos os valores 
observados e divide-se pelo 
número de observações 
Rendimento médio dos assalariados 
Número médio de alunos 
Razão 
Cálculo: a/b, sendo que a e b são 
medidas separadas e 
excludentes, ou seja, a não está 
incluído em b. 
Razão entre a renda média dos 10% mais ricos e a 
dos 10% mais pobres 
Densidade demográfica do RS 
Proporção 
Cálculo: a/b, sendo que a está 
sempre incluído em b. Expressa a 
relação entre determinado 
número de ocorrências e o total 
dessas ocorrências. 
Proporção de idosos na população 
Proporção de mulheres ocupadas 
Taxa 
Cálculo: (casos observados/casos 
possíveis) x 10n 
Taxa de evasão 
Taxa de desemprego 
 
Os indicadores compostos, também denominados indicadores sintéticos ou índices 
sociais, são construídos a partir de operações realizadas com dois ou mais indicadores simples, 
considerando a mesma ou diferentes dimensões da realidade social. Esse tipo de indicador 
possui capacidade de síntese para avaliar o bem-estar geral da população, condições de vida, 
ou nível socioeconômico de grupos sociais. 
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), por exemplo, é um indicador composto 
usado para medir e comparar a qualidade de vida entre os países. Possui três dimensões: 
desenvolvimento saúde (medida pela esperança de vida ao nascer), educação (média de anos 
de educação de adultos e expectativa de anos de escolaridade para crianças na idade de iniciar 
a vida escolar) e renda (medida pela Renda Nacional Bruta per capita), conforme mostra a 
figura 4. O resultado final varia de zero a um, sendo que quanto maior o índice mais 
desenvolvido o país. 
 
 
 
 
14 
 
Figura 4 – Indicadores que compõem o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) 
 
 Fonte: www.politize.com.br/idh-o-que-e/ 
 
 
 
 
15 
 
5 FONTES DE DADOS 
 
Considerando que os indicadores buscam retratar uma imagem integrada e resumida 
de diversos fenômenos sociais, econômicos, demográficos, políticos, entre outros, a obtenção 
dos dados que servirão de base para a construção dos indicadores é um ponto muito 
importante. 
Os dados podem ser classificados como primários ou secundários, sendo a diferença 
entre eles a forma da obtenção. Os primários correspondem aos dados administrativos ou 
de pesquisa coletados diretamente do informante. São obtidos pelo pesquisador com o uso de 
instrumentos de coleta como questionários e entrevistas. Alguns exemplos deste tipo de fonte 
são as pesquisas amostrais e censos demográficos. No dado primário tem-se a confiabilidade 
da coleta diretamente na fonte, mas seu custo e tempo operacional são dispendiosos (SESI, 
2010). 
Os dados secundários correspondem a um conjunto de dados que já foram coletados 
e disponibilizados, podendo já ter sido até mesmo analisados. Exemplo deste tipo de fonte de 
dados são os registros administrativos, as publicações em revistas, e dados na internet. A 
obtenção desse tipo de dado é realizada de forma mais rápida e com custos menores ou nulos. 
Vale ressaltar que, independente do tipo de dado, a metodologia utilizada para a coleta 
dos dados é uma informação importante para a análise, pois indicará quais as restrições de 
uso do dado para que apresente resultados confiáveis e corretos. 
Em relação às fontes de dados, podem ser identificados dois tipos, sendo eles 
administrativos ou de pesquisa. Os registros administrativos contemplam os dados 
registrados sistematicamente por meio de processos administrativos e depois organizados. As 
informações de pesquisa são coletadas por meio de pesquisa amostral ou censo, em um 
período de referência específico, normalmente na forma de questionários. O censo é o 
conjunto de dados de toda a população, realizado a cada dez anos no Brasil. A pesquisa 
amostral, por sua vez, é um subconjunto de dados extraído de uma determinada 
população. É uma alternativa ao censo, por ter custo e tempo de coleta menores. 
Algumas fontes de dados oficiais do País são oriundas de organizações públicas do 
âmbito federal, estadual e municipal que produzem os dados e analisam as informações. O 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é responsável pelo censo demográfico 
brasileiro, principal fonte de referência para o conhecimento das condições de vida da 
população em todos os municípios do país, e pela pesquisa amostral PNAD Contínua (Pesquisa 
Nacional por Amostra de Domicílios Contínua). A PNAD é planejada para produzir indicadores 
trimestrais sobre a força de trabalho, entre outros indicadores. 
No quadro 3 a seguir são apresentadas fontes de dados existentes para obtenção de 
dados secundários, separados por área e setor ao qual pertencem, contendo a descrição do 
sistema e da base de dados, além da localização dos dados. 
 
 
 
16 
 
Com a disponibilidade das Estatísticas Públicas, e considerando que o passo seguinte 
seja a construção do indicador desejado, é de fundamental importância considerar as 
propriedades e características indicadas na seção anterior. 
 
 
 
 
17 
 
Quadro 3: Fontes disponíveis para obtenção de dados secundários, por área e setor. 
Área Setor Sistemas/Bases de Dados Localização Resumo 
Multidimensional 
 
Atlas Socioeconômico do 
RS 
https://atlassocioeconomico.rs.gov.br/inicial 
Publicação online quefornece informações espacializadas (mapas) sobre a 
realidade socioeconômica do RS. 
 FEEDADOS http://feedados.fee.tche.br/feedados/ Acesso a dados socioeconômicos do RS. 
 SIDRA IBGE 
www.sidra.ibge.gov.br Banco de tabelas estatísticas do IBGE 
 IPEADATA www.ipeadata.gov.br Base de dados macroeconômica, regional e social 
Ambiental 
Unidades de 
Conservação 
Portal de Dados Abertos 
do Ministério do Meio 
Ambiente 
http://dados.mma.gov.br/dataset/unidadesdeconserva
cao 
Banco de dados com informações oficiais do Sistema Nacional de 
Conservação da Natureza (SNUC), obtidos a partir dos órgãos federais, 
estaduais e municipais 
Indicadores de 
Desenvolvimento 
Sustentável 
SIDRA IBGE https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/ids/tabelas 
Indicadores para acompanhamento da sustentabilidade do padrão de 
desenvolvimento do país. 
Dados Abertos 
Ambientais 
Portal de Dados Abertos 
do Governo Federal 
https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoi 
MDU1N2MyN2UtYjMyYS00ZjAzLTg2MWIt 
ODYyYjNiMWZiMDE2IiwidCI6IjM5NTdhMz 
Y3LTZkMzgtNGMxZi1hNGJhLTMzZThmM2M1NTBlNyJ9 
Dados Ambientais do Ministério do Meio Ambiente e Entidades Vinculadas 
disponibilizados no Portal de Dados Abertos do Governo Federal. 
Atlas Brasileiro de 
Desastres Naturais 
Universidade Federal de 
Santa Catarina (UFSC) 
http://www.ceped.ufsc.br/atlas-brasileiro-de-
desastres-naturais-1991-a-2012/ 
Informações sobre desastres naturais e tecnológicos nos estados 
brasileiros. 
Sistema Integrado de 
Informações sobre 
Desastres 
Secretaria Nacional de 
Proteção e Defesa Civil 
https://s2id.mi.gov.br/ 
Acesso à série histórica de informações sobre Reconhecimentos federais 
sobre situações de emergência e Estado de calamidade pública. Acesso a 
relatórios de reconhecimentos realizados e reconhecimentos vigentes, 
entre outros. 
Mapa Interativo - rede 
observacional 
CEMADEN - Ministério da 
Ciência, Tecnologia, 
Inovações e 
Comunicações 
 http://www.cemaden.gov.br/mapainterativo/ Dados de pluviométricos, hidrológicos, meteorológicos dos municípios do 
Brasil. 
 
 
https://atlassocioeconomico.rs.gov.br/inicial
 
 
 
18 
 
Área Setor Sistemas/Bases de Dados Localização Resumo 
Econômica 
Trabalho, Emprego 
Secretaria de Trabalho do 
Ministério da Economia 
http://trabalho.gov.br/portal-mte/ Acesso às bases de dados e informações do Ministério da Economia 
Relação Anual de 
Informações Sociais 
(RAIS) 
Ministério da Economia 
(BR) 
http://bi.mte.gov.br/bgcaged/login.php 
Acesso ao CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) fornecendo 
dados sobre total de empregados e desempregados, saldo da movimentação, 
possibilitando uma avaliação sobre o mercado de trabalho. Acesso à RAIS (Relação 
Anual de Informações Sociais) fornecendo dados sobre o total de trabalhadores e 
de estabelecimentos. É possível selecionar determinadas atividades econômicas 
(ex. atividades da indústria), além de informações sobre o perfil do trabalhador 
(ex. escolaridade, idade, faixa de remuneração, etc.) 
Para acesso aos dados utilize login: basico / senha: 12345678 
Importação e Exportação ComexStat http://comexstat.mdic.gov.br/pt/home Sistema para consultas e extração de dados do comércio exterior brasileiro 
Estatísticas do Comércio 
Exterior 
Ministério da Economia 
(BR) 
http://www.mdic.gov.br/comercio-
exterior/estatisticas-de-comercio-exterior 
Dados sobre balança comercial brasileira, lista de empresas exportadoras e 
importadoras do Brasil. 
PIB DEE Indicadores https://dee.rs.gov.br/pib-municipal Acesso à série histórica do PIB dos municípios e do RS 
Agronegócio DEE Indicadores https://dee.rs.gov.br/agronegocio Indicadores Econômicos do Agronegócio 
Construção Civil 
Câmara Brasileira da 
Indústria da Construção 
http://www.cbicdados.com.br/menu/indicadores-
economicos-gerais/boletim-estatistico 
Banco de dados com informações sobre o desempenho da construção civil no 
Brasil 
Industria Portal da Industria 
http://www.portaldaindustria.com.br/cni/estatistic
as/ 
Acesso à base de estatísticas conjunturais da indústria no Brasil 
Inovação 
Pesquisa de Inovação 
(PINTEC) 
https://www.ibge.gov.br/estatisticas/multidominio/
ciencia-tecnologia-e-inovacao/9141-pesquisa-de-
inovacao.html?=&t=o-que-e 
Fornece informações para a construção de indicadores das atividades de inovação 
das empresas com base nas indústrias extrativas e de transformação, setores de 
eletricidade e gás e outros serviços selecionados. 
Censo Agropecuário 
Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística 
(IBGE) 
https://www.ibge.gov.br/estatisticas/economicas/a
gricultura-e-pecuaria/21814-2017-censo-
agropecuario.html?=&t=o-que-e 
Informações sobre estabelecimentos agropecuários e as atividades neles 
desenvolvidas. 
Pesquisa Industrial Anual 
(PIA) 
Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística 
(IBGE) 
https://www.ibge.gov.br/estatisticas-
novoportal/economicas/industria/9042-pesquisa-
industrial-anual.html?edicao=9043&t=sobre 
Dados sobre pessoal ocupado, custos e despesas, gastos com pessoal, receitas, 
valor da produção e valor da transformação industrial. 
Contas Regionais do Brasil 
Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística 
(IBGE) 
https://www.ibge.gov.br/estatisticas-
novoportal/economicas/contas-nacionais/9054-
contas-regionais-do-brasil.html?=&t=o-que-e 
Fornece estimativas do Produto Interno Bruto dos Estados, pela ótica da produção 
e renda. 
Anuário Estatístico do 
Turismo 
Ministério do Turismo 
http://www.dadosefatos.turismo.gov.br/2016-02-
04-11-53-05.html 
Informações sobre o fluxo de turistas internacionais no Brasil e em cada unidade 
da federação. 
 
 
http://www.cbicdados.com.br/menu/indicadores-economicos-gerais/boletim-estatistico
http://www.cbicdados.com.br/menu/indicadores-economicos-gerais/boletim-estatistico
http://www.portaldaindustria.com.br/cni/estatisticas/
http://www.portaldaindustria.com.br/cni/estatisticas/
https://www.ibge.gov.br/estatisticas/multidominio/ciencia-tecnologia-e-inovacao/9141-pesquisa-de-inovacao.html?=&t=o-que-e
https://www.ibge.gov.br/estatisticas/multidominio/ciencia-tecnologia-e-inovacao/9141-pesquisa-de-inovacao.html?=&t=o-que-e
https://www.ibge.gov.br/estatisticas/multidominio/ciencia-tecnologia-e-inovacao/9141-pesquisa-de-inovacao.html?=&t=o-que-e
 
 
 
19 
 
Área Setor Sistemas/Bases de Dados Localização Resumo 
Social 
Saúde 
Datasus – Informações de 
Saúde (TABNET) 
http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=02 
Informações sobre saúde da população, disponibilizando 
diversos dados e indicadores. 
Portal Bi Saúde http://bipublico.saude.rs.gov.br/index.htm Informações sobre saúde da população do RS. 
Educação Portal INEP 
https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/pesquisas-
estatisticas-e-indicadores 
Informações estatísticas sobre a educação em nível nacional, 
sendo possível obter dados para o estado e município. 
Segurança SSP/RS https://www.ssp.rs.gov.br/estatisticas Indicadores criminais do RS. 
Cultura 
Sistema Nacional de 
Indicadores e 
Informações Culturais 
(SNIIC) 
http://sniic.cultura.gov.br/ Disponibiliza dados e indicadores culturais. 
Habitação IBGE https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/habitacao.html 
Disponibiliza informações sobre habitação, como tipologia, 
serviços de infraestrutura disponíveis entre outros. 
Assistência Social, 
Transferência de Renda 
Ministério da cidadania https://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/portal/index.php?grupo=165 
Disponibiliza base de dados do cadastro único, com informações 
sobre assistência social, pesquisa domiciliar com beneficiários do 
Bolsa Família, além da base de microdados. 
Monitoramento Social 
Visualizador de dados 
Sociais (Vis DATA) 
https://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/vis/data/home.php 
Visualizador dos diversos programas, ações e serviços do 
Ministério da Cidadania. 
Desenvolvimento 
Socioeconômico 
DEE Dados https://dee.rs.gov.br/idese 
Resultados do Índice de Desenvolvimento Socioeconômico(Idese) do Estado do Rio Grande do Sul e de suas regionalizações: 
municípios, microrregiões, mesorregiões, Conselhos Regionais de 
Desenvolvimento (Coredes) e Regiões Funcionais. 
Saneamento 
Sistema Nacional de 
Informações sobre 
Saneamento (SNIS) 
http://www.snis.gov.br/ 
Base de dados sobre saneamento, com dados sobre diagnóstico 
anual de água e esgoto, de resíduos sólidos, sobre águas pluviais, 
entre outros. 
Pesquisa Nacional de 
Saneamento Básico 
Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística 
(IBGE) 
https://www.ibge.gov.br/estatisticas-
novoportal/multidominio/meio-ambiente/9073-pesquisa-
nacional-de-saneamento-basico.html?=&t=o-que-e 
A pesquisa fornece informações sobre o saneamento básico nos 
municípios, com enfoque na captação, adequação da qualidade e 
fornecimento, extensão a rede de esgotamento sanitário, etc. 
Censo 
Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística 
(IBGE) 
https://censo2010.ibge.gov.br/ 
Dados demográficos com informações sobre domicílios, 
população residente segundo unidades da federação e 
municípios. 
Atlas do Desenvolvimento 
Humano no Brasil 
PNUD - Programa das 
Nações Unidas para o 
Desenvolvimento 
 http://www.atlasbrasil.org.br/ 
É uma plataforma de consulta ao índice de Desenvolvimento 
Humano (IDH-M), além de indicadores de demografia, educação, 
trabalho, habitação, vulnerabilidade. 
Pesquisa Nacional por 
Amostra de Domicílios 
(PNAD) 
Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística 
(IBGE) 
https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/trabalho/17270-
pnad-continua.html?=&t=o-que-e 
Obtém informações anuais sobre características demográficas e 
socioeconômicas da população, como sexo, idade, educação, 
trabalho e rendimento, e características dos domicílios, e, com 
periodicidade variável, informações sobre migração, 
fecundidade, nupcialidade, entre outras, tendo como unidade de 
http://bipublico.saude.rs.gov.br/index.htm
https://www.ssp.rs.gov.br/estatisticas
https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/habitacao.html
 
 
 
20 
 
coleta os domicílios. Temas específicos abrangendo aspectos 
demográficos, sociais e econômicos também são investigados. 
 
Área Setor Sistemas/Bases de Dados Localização Resumo 
Social 
Cadastro Nacional de 
Museus 
Instituto Brasileiro de 
Museus 
 https://www.museus.gov.br/acessoainformacao/acoes-e-
programas/cadastro-nacional-de-museus/ 
Informações sobre os museus nacionais. 
Sistema Nacional de 
Bibliotecas 
Ministério da Cultura (BR) http://snbp.cultura.gov.br/ Informação sobre as bibliotecas públicas nacionais. 
Anuário Estatístico dos 
Transportes 
Ministério da 
Infraestrutura 
 https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/dados-de-
transportes/anuario-estatistico-2 
Publicação que disponibiliza informações consolidadas sobre a 
atuação dos modais de transportes, além de apresentar as 
perspectivas do setor. 
Atlas Brasil - 
Abastecimento Urbano 
de Água 
Agência Nacional de 
Águas 
http://atlas.ana.gov.br/Atlas/forms/Home.aspx 
Fornece o diagnóstico dos mananciais e sistema de produção de 
água das sedes urbanas com indicação de ações necessárias para 
horizontes futuros. 
Balanço Energético do Rio 
Grande do Sul 
Companhia Estadual de 
Energia Elétrica (CEEE-RS) 
 https://investrs.com.br/balanco-energico 
Estatísticas sobre o balanço energético do RS, além de outras 
informações como classificação setorial por consumo e acesso a 
séries históricas. 
Banco de Informações da 
Geração 
Agência Nacional de 
Energia Elétrica (ANEEL) 
 http://www.aneel.gov.br/siga 
Disponibiliza informações sobre a capacidade de geração do 
Brasil, a matriz de energia elétrica, fontes de energia exploradas, 
usinas centrais geradoras e co-geração qualificada. 
 
 
 
 
21 
 
6 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO 
 
Considerando que os indicadores foram construídos e selecionados utilizando o 
conhecimento apresentado até aqui, essa seção visa detalhar as etapas de monitoramento e 
avaliação de políticas públicas. 
Tanto o monitoramento quanto a avaliação são funções de gestão indispensáveis, que 
ajudam a fortalecer o planejamento dos programas e a melhorar a efetividade das ações. Em 
apoio ao planejamento da política, a avaliação e o monitoramento são atividades que 
permitem: (i) acompanhar continuamente a execução de uma intervenção; (ii) comparar o 
resultado obtido e o previsto; e (iii) tomar decisões sobre medidas corretivas que reduzam 
falhas e elevem a eficiência (BRASIL, 2018). 
É de fundamental importância o planejamento do monitoramento e da avaliação antes 
da implementação da política pública, ou seja, durante a etapa de formulação, o que implica 
na definição adequada do desenho de avaliação a ser realizado, bem como dos indicadores 
que serão utilizados e deverão ser coletados antes e durante a etapa de implementação 
(BRASIL, 2018). Em virtude disso, caso não seja planejada antes, muitas vezes torna-se 
inviável a realização da avaliação da política pública. 
 
6.1 MONITORAMENTO 
Por monitoramento entende-se o exame contínuo dos recursos, processos e produtos 
das ações realizadas. Trata-se de informação mais simples e imediata sobre a operação e os 
efeitos da política (BRASIL, 2018). O monitoramento é um processo realizado ao longo da 
implementação, feito pelo próprio órgão responsável pela política pública. Dessa forma é 
possível identificar problemas e falhas durante a execução, permitindo corrigir ou ajustar os 
planos de implementação (BRASIL, 2018). 
O monitoramento permite identificar problemas no momento da implementação, os 
quais devem ser corrigidos para que não inviabilizem o alcance dos objetivos e das metas 
almejados pela política pública. Além dessa função principal, o monitoramento permite maior 
transparência na informação e maior visibilidade às ações de governo, fortalecendo também 
a prestação de contas. 
No âmbito do Plano Plurianual, o acompanhamento tem como objetivo principal 
conhecer e registrar os avanços na execução das Ações Programáticas e Iniciativas propostas, 
gerando insumos para as atividades tanto de monitoramento quanto de avaliação de 
programas e políticas públicas, assim como para a avaliação e a tomada de decisão quanto à 
estratégia de Governo adotada. Dessa forma, a alimentação periódica de dados com 
informações sobre o andamento do planejado no PPA auxilia a análise e a tomada de decisões 
táticas e estratégicas quanto à correção dos rumos da implementação, servindo de subsídios 
 
 
 
22 
 
para a Revisão do PPA, quando necessário. Essa etapa pode ser realizada por meio de sistema 
desenvolvido para esse fim e disponibilizado via internet, o que facilita muito o processo. Caso 
isso não seja viável o uso de um sistema específico, também é possível realizar essa etapa 
alimentando, por exemplo, uma planilha online que os órgãos preencham e devolvam ao órgão 
responsável pelo acompanhamento do Plano. 
 
Em relação ao PPA Estadual, o acompanhamento é realizado a cada quadrimestre pela Rede de 
Planejamento e Orçamento através do Sistema de Informações de Planejamento e Orçamento 
do Estado do Rio Grande do Sul (SPO), desenvolvido pela PROCERGS para servir de ferramenta de 
coleta de informações e geração de relatórios de acompanhamento do PPA. 
 
Os indicadores de resultado podem ser apurados e informados pelo responsável no 
órgão coordenador da ação programática. Por sua vez, a atualização da evolução das 
Iniciativas e das Metas Físicas dos seus produtos principais competirá ao encarregado no 
órgão responsável pela Iniciativa. 
Nesse sentido, além do acompanhamento quantitativo referente à execução das Metas 
Físicas dos produtos, caberá também informar as chamadas Realizações, quando necessário, 
a fim de registrar qualitativamente a evolução da implementação da Iniciativa, tendo em vista 
a entrega dos produtos planejados. 
Além dessas informações, os indicadores temáticos devem ser apurados, 
informados e analisadosanualmente. Por fim, os dados financeiros da Administração 
Direta e das empresas estatais devem ser acompanhados sistematicamente. 
 
 
6.2 AVALIAÇÃO 
 
A avaliação, ao contrário do monitoramento, envolve julgamento, atribuição de valor e 
mensuração da política. Por definição, a avaliação é a aplicação de um conjunto de métodos 
de pesquisa, sendo que todos os métodos disponíveis podem circular em torno dos diferentes 
tipos de avaliação. 
A avaliação é um instrumento poderoso de gestão e de retroalimentação do ciclo de 
políticas públicas, uma vez que fornece informações e subsídios para tomada de decisão dos 
gestores, formuladores e implementadores de programas. É crescente a relevância da 
avaliação no relacionamento entre os governos e as agências financiadoras, tais como o Banco 
Mundial e o BID. Cada vez mais, tais agências atrelam a apuração periódica ou sistemática de 
seus resultados aos financiamentos concedidos às políticas. O Banco Mundial, por exemplo, 
 
 
 
23 
 
recomenda e muitas vezes acompanha a aplicação de avaliações de impacto como uma das 
contrapartidas exigidas. 
Diante disso, a avaliação deve ser pensada de maneira sistemática, sendo vital que 
permeie todo o ciclo de políticas públicas, desde a definição de agenda e concepção das 
intervenções públicas, até o encerramento da implementação, o que demanda diferentes tipos 
de avaliação. 
A avaliação realizada antes do início do Programa, denominada ex-ante, procura medir 
a viabilidade do programa a ser implementado, no que diz respeito a sua relação de custo-
benefício, de custo-efetividade e das taxas de retorno econômico dos investimentos previstos. 
Esse tipo de avaliação procura orientar sobre a realização de um dado programa, no que diz 
respeito a sua formulação e ao seu desenvolvimento, por meio de estudo de seus objetivos, 
dos beneficiários e suas necessidades e do seu campo de atuação. 
O desenvolvimento da Teoria da Mudança, metodologia que foi proposta para a 
elaboração do PPA 2020-2023 Estadual, também pode ser utilizada como um instrumento para 
proceder à avaliação ex-ante, visando melhorar a formulação inicial do programa. Essa 
abordagem metodológica apoia o desenho da avaliação, focalizando nos elementos 
constitutivos do programa e identificando quais questões de avaliação devem ser colocadas. 
A avaliação intermediária é conduzida durante a implementação de um programa, 
como forma de adquirir mais conhecimento quanto a um processo de aprendizagem para o 
qual se deseja contribuir. Este tipo de avaliação, denominada avaliação de processo, não 
se preocupa com a efetividade do programa, pois focaliza seus processos e mecanismos de 
execução. Sua função maior é a de observar em que medida o programa está sendo 
implementado como planejado. Assim, a avaliação de processo se constitui, basicamente, em 
um instrumento que se preocupa em diagnosticar possíveis falhas de um programa, no que 
diz respeito aos instrumentos, procedimentos, conteúdos e métodos, adequação ao público-
alvo, visando o seu aperfeiçoamento, através da interferência direcionada para seus aspectos 
intrínsecos. O objetivo é dar suporte e melhorar a gestão, a implementação e o 
desenvolvimento do programa. 
As avaliações posteriores à implementação do programa são chamadas de ex-post e 
visam trabalhar com resultados e impactos obtidos com o programa. Esta categoria de 
avaliação investiga em que medida o programa atinge os resultados esperados pelos 
formuladores, sendo realizada ao final da fase de implementação ou após a conclusão de um 
programa. O objetivo principal dessa modalidade é avaliar a efetividade de um programa, 
compreendendo em que medida o mesmo atingiu os resultados esperados. 
Além da modalidade de avaliação de resultado, que guarda no seu interior os resultados 
esperados, há, também, a análise dos impactos gerados por um programa. A avaliação de 
impacto busca estabelecer e quantificar estatisticamente as relações causais entre um 
programa e um conjunto de resultados, verificando se os objetivos ou os impactos desejados 
 
 
 
24 
 
estão sendo alcançados. Trata-se de um tipo de avaliação associado a projeções de resultados 
de médio e longo prazo. 
Através dessa metodologia é possível quantificar o impacto exclusivo das ações de 
governo, permitindo estimar as melhorias alcançadas com o programa. Para avaliar a mudança 
no problema a ser melhorado, ao longo do tempo, a avaliação de um programa compara a 
situação em dois momentos do tempo: antes e depois da implementação. 
Este modelo implica a conformação de dois grupos: um que recebe a intervenção 
proposta pelo programa e outro que não recebe, denominado grupo controle. O grupo controle 
fornece um parâmetro de comparação (o “contrafactual”) que representa a população-alvo 
caso não tivesse sido objeto de intervenção do programa. Esse parâmetro de comparação 
possibilita estimar o impacto do programa. Quando temos um bom grupo de comparação, a 
única razão para resultados diferentes entre os grupos é a intervenção oferecida pelo 
programa. 
Considerando o desenvolvimento de um estudo de avaliação de impacto, o primeiro 
passo consiste na identificação dos objetivos do programa a ser avaliado, bem como de suas 
ações e indicadores previstos. A seguir, parte-se para a definição, junto ao órgão responsável 
pelo programa, de possíveis metodologias de avaliação, incluindo a identificação de grupos de 
tratamento e de controle; especificação de indicadores de resultado e fontes de dados e 
definição dos meios de investigação. Uma vez definido e colocado em prática esse plano de 
avaliação, parte-se para a análise de dados e interpretação dos resultados. Por fim, são 
apresentados, divulgados e discutidos os resultados obtidos. 
Além do momento no qual ocorre, o tipo de avaliação também depende dos aspectos 
que se deseja privilegiar, sendo os mais comuns detalhados abaixo (COSTA, CASTANHAR, 
2003): 
• Eficiência: relação custo/benefício para o alcance dos objetivos estabelecidos no 
programa; 
• Eficácia: grau em que o programa atinge os seus objetivos e metas; 
• Impacto (ou efetividade): efeitos no ambiente externo no qual interveio, em 
termos técnicos, econômicos, socioculturais, institucionais e/ou ambientais; 
• Sustentabilidade: capacidade de continuidade dos efeitos benéficos alcançados 
através do programa social após o seu término; 
• Análise custo-efetividade: similar à ideia de custo de oportunidade, compara 
formas alternativas da ação social para a obtenção de determinados impactos, para 
selecionar a que atenda melhor ao objetivo; 
• Satisfação do beneficiário: avalia a atitude do usuário em relação à qualidade do 
atendimento que está obtendo; 
 
 
 
25 
 
• Equidade: grau em que os benefícios de um programa estão sendo distribuídos de 
maneira justa e compatível com as necessidades do usuário. 
 
 
 
26 
 
7 AGENDA 2030 - OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
 
No contexto de seleção e construção de indicadores para monitoramento e avaliação 
de políticas públicas, cabe ressaltar a importância da Agenda 2030 para o Desenvolvimento 
Sustentável, que trata de metas de ação global para alcance até 2030. Compõem a Agenda 
17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas que devem servir de 
orientação para as políticas nacionais e regionais, sendo seu acompanhamento fundamental. 
Sucedendo e atualizando os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (2000-2015), a 
Agenda 2030 resultou, em 2015, de esforço das Nações Unidas e dos governos, sociedade 
civil e outros parceiros para adotar formalmente uma nova agenda de desenvolvimento 
sustentável. Os objetivos e metas da Agenda 2030 equilibram as três dimensões do 
desenvolvimento sustentável: a econômica, a social e a ambiental. A figura 5, a seguir, 
apresenta os 17 objetivos previstos. 
 
Figura 5. Objetivos de Desenvolvimento SustentávelFonte: Nações Unidas, 2015. 
 
Para fins de acompanhamento dos objetivos e metas, foi criado um grupo composto 
por 25 representantes dos institutos nacionais de estatística dos países membros e incluindo 
agências regionais e internacionais como observadores, responsáveis por desenvolver um 
quadro de indicadores para o acompanhamento dos ODS no âmbito global. O Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) representa os países do Mercosul e o Chile neste 
grupo. 
 
 
 
27 
 
A seleção desses indicadores pressupõe a definição de uma metodologia 
internacionalmente padronizada para seu cálculo, que permita a comparabilidade das 
informações. Por outro lado, os países têm liberdade para elaborar um quadro próprio de 
indicadores com foco em temáticas específicas de relevância nacional, regional ou local, tendo 
ou não base nos referenciais do framework global. 
A Plataforma Digital ODS (https://ods.ibge.gov.br/), estruturada pelo IBGE, 
disponibiliza um sistema de informações para o acompanhamento da Agenda 2030 no Brasil. 
Para cada objetivo a plataforma apresenta os indicadores propostos, conforme cada uma das 
metas estabelecidas. O Quadro 4 mostra os indicadores propostos para o objetivo 1, de 
erradicação da fome, apenas para exemplificar as informações disponíveis na plataforma para 
cada um dos ODS. Cabe ressaltar que nem todos os indicadores da plataforma do IBGE estão 
com status “produzido”. Alguns deles ainda estão em construção e outros não possuem 
metodologia global ou não se aplicam ao contexto do Brasil. 
 
https://ods.ibge.gov.br/
 
 
 
28 
 
Objetivo 1 - Erradicação da Pobreza 
Metas Indicadores 
Até 2030, erradicar a pobreza extrema para todas as pessoas em todos os lugares, 
atualmente medida como pessoas vivendo com menos de US$ 1,25 por dia 
Proporção da população abaixo da linha de pobreza internacional, por sexo, idade, condição 
perante o trabalho e localização geográfica (urbano/rural) 
Até 2030, reduzir pelo menos à metade a proporção de homens, mulheres e 
crianças, de todas as idades, que vivem na pobreza, em todas as suas dimensões, 
de acordo com as definições nacionais 
Proporção da população vivendo abaixo da linha de pobreza nacional, por sexo, idade, condição 
perante o trabalho e localização geográfica (urbano/rural). 
Proporção de homens, mulheres e crianças de todas as idades vivendo na pobreza em todas as 
dimensões de acordo com as definições nacionais 
Implementar, em nível nacional, medidas e sistemas de proteção social adequados, 
para todos, incluindo pisos, e até 2030 atingir a cobertura substancial dos pobres e 
vulneráveis 
Proporção da população abrangida por regimes de proteção social, por sexo e para os seguintes 
grupos populacionais: crianças, população desempregada, população idosa, população com 
deficiência, mulheres grávidas, crianças recém-nascidas, pessoas que sofreram acidentes de 
trabalho, população em risco de pobreza e outros grupos populacionais vulneráveis 
Até 2030, garantir que todos os homens e mulheres, particularmente os pobres e 
vulneráveis, tenham direitos iguais aos recursos econômicos, bem como o acesso a 
serviços básicos, propriedade e controle sobre a terra e outras formas de 
propriedade, herança, recursos naturais, novas tecnologias apropriadas e serviços 
financeiros, incluindo microfinanças 
Proporção da população que vive em domicílios com acesso a serviços básicos 
Proporção da população adulta total com direitos de posse da terra garantidos, com documentação 
legalmente reconhecida e que percebe os seus direitos à terra como seguros, por sexo e por tipo 
de posse 
Até 2030, construir a resiliência dos pobres e daqueles em situação de 
vulnerabilidade, e reduzir a exposição e vulnerabilidade destes a eventos extremos 
relacionados com o clima e outros choques e desastres econômicos, sociais e 
ambientais 
Número de mortes, pessoas desaparecidas e pessoas diretamente afetadas atribuído a desastres 
por 100 mil habitantes 
Perdas econômicas diretas atribuídas a desastres em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) 
global 
Número de países que adotaram e implementaram estratégias nacionais de redução de risco de 
desastres em linha com o Quadro de Sendai para a Redução de Risco de Desastres 2015-2030 
Proporção de governos locais que adotam e implementam estratégias locais de redução de risco 
de desastres em linha com as estratégias nacionais de redução de risco de desastres 
Garantir uma mobilização significativa de recursos a partir de uma variedade de 
fontes, inclusive por meio do reforço da cooperação para o desenvolvimento, para 
proporcionar meios adequados e previsíveis para que os países em 
desenvolvimento, em particular os países menos desenvolvidos, implementem 
programas e políticas para acabar com a pobreza em todas as suas dimensões 
Proporção de recursos gerados domesticamente alocados pelo governo diretamente a programas 
de redução de pobreza 
Proporção do total das despesas públicas com serviços essenciais (educação, saúde e proteção 
social) 
Soma das subvenções totais e das entradas que não geram dívidas diretamente alocadas a 
programas de redução da pobreza como proporção do PIB 
 
 
 
29 
 
1.b - Criar marcos políticos sólidos em níveis nacional, regional e internacional, com 
base em estratégias de desenvolvimento a favor dos pobres e sensíveis a gênero, 
para apoiar investimentos acelerados nas ações de erradicação da pobreza 
Proporção das despesas governamentais recorrentes e de capital em setores que beneficiam 
desproporcionalmente mulheres, grupos pobres e vulneráveis 
 
 
 
30 
 
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A Teoria da Mudança, utilizada como um instrumento para proceder à avaliação ex-
ante dos Programas do PPA 2020-2023 Estadual, foi apresentada no Módulo II desse curso e 
busca apoiar a construção e a descrição da intervenção governamental de maneira lógica. A 
partir dessa metodologia, a obtenção de um conjunto de indicadores consistentes, por sua 
vez, possibilita a qualificação e o aprimoramento de todas as etapas do ciclo de políticas 
públicas, em especial as de monitoramento e avaliação. 
O monitoramento e a avaliação são indispensáveis à qualificação do planejamento dos 
programas e à melhor efetividade das ações e devem ser planejados na etapa de formulação 
das políticas públicas para que sejam realizados da forma mais adequada. 
Diante da importância do tema, desde 2016 a Divisão de Acompanhamento e Avaliação 
de Políticas Públicas (DIAP) do Departamento de Planejamento Governamental da Secretaria 
de Planejamento, Governança e Gestão do RS busca instituir o processo de avaliação periódica 
no âmbito estadual, a fim de promover a cultura de gestão baseada em evidências. Os estudos 
já desenvolvidos pela Divisão podem ser acessados no site da Secretaria, disponível em 
planejamento.rs.gov.br/relatorios-das-avaliacoes-de-politicas-publicas. Por fim, todos os 
esforços têm como objetivo aprimorar efetivamente as ações de planejamento governamental 
estadual. 
No próximo módulo do Curso aprenderemos como inserir a regionalização no 
planejamento de indicadores e metas. 
Bons estudos! 
 
https://planejamento.rs.gov.br/relatorios-das-avaliacoes-de-politicas-publicas
 
 
 
31 
 
9 REFERÊNCIAS 
BRASIL. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Avaliação de políticas públicas: guia prático de 
análise ex ante – Volume 1. Brasília: Ipea, 2018. 
BRASIL. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Avaliação de políticas públicas: guia prático de 
análise ex post – Volume 2. Brasília: Ipea, 2018. 
BRASIL. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. AGENDA 2030 - ODS – Metas Nacionais dos 
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Brasília: Ipea, 2018. 
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Universidade Federal do Rio Grande 
do Sul. Caderno de estudos do Curso em Conceitos e Instrumentos para o Monitoramento de Programas. 
Brasília: MDS, Secretariade Avaliação e Gestão da Informação, Secretaria Nacional de Assistência 
Social; Centro de Estudos Internacionais sobre o Governo, 2016. 
BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 
Caderno de estudos do Curso de Capacitação EAD em Planejamento Estratégico Municipal e 
Desenvolvimento Territorial - Módulo 3: Monitoramento e Avaliação. Brasília: MP, Secretaria de 
Planejamento e Investimentos Estratégicos; Centro de Estudos Internacionais sobre o Governo, 2014. 
CASSIOLATO, M.; GUERESI, S. Como Elaborar Modelo Lógico: Roteiro para Formular Programas e 
Organizar Avaliação. Nota Técnica Nº 6. Brasília: Ipea, 2010. 
CARDOSO Jr., J. C.; CUNHA, A. S. Planejamento e avaliação de políticas públicas. Livro 1: Pensamento 
Estratégico, Planejamento Governamental & Desenvolvimento no Brasil Contemporâneo Brasília: Ipea, 
2015. 
ESTRATÉGICA ODS. Onde estão os indicadores que acompanham os Objetivos de Desenvolvimento 
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Base de Indicadores de Sustentabilidade. Construção e Análise de Indicadores. Curitiba, 2010. 
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