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Cadeia Epidemiológica do Processo Infeccioso

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• 
• A doença infecciosa é aquela causada por um agente infeccioso específico ou por seu produto tóxico 
• Ocorre pela transmissão deste agente ou dos seus produtos de uma pessoa, animal ou reservatório infectado 
para um hospedeiro susceptível. 
 Modelos explicativos das causas das doenças ao longo da história 
• Distribuições das doenças infecto-parasitárias - DIPs: características de pessoa, tempo e lugar para conceituação 
da Epidemiologia 
• Contribuição nos termos de epidemia, endemia e pandemia 
 Teoria Hipocrática: 
 Doença como desequilíbrio entre o indivíduo e o meio ambiente 
 Teoria miasmática: 
 Gases emanados da decomposição de animais, corpos humanos e plantas 
 Teoria microbiológica ou Unicista 
 Postulados de Henle-Koch (1882): Relação de causa e efeito (para cada doença uma causa específica) 
 Teoria da Multicausalidade: 
 Postulados de Evans (1976): Interação entre AGENTE, HOSPEDEIRO e o AMBIENTE 
• Redução da participação percentual na estrutura de mortalidade 
• Manutenção da importância na estrutura de morbidade 
 
• O “fim” das doenças infecciosas foi pensado com o advento de antibióticos e vacinas! 
• Emergência de novas doenças infecciosas: HIV/aids, Hantaviroses, Ebola, Gripe aviária H1N1, resistência 
bacteriana, etc. 
• Reemergência de “velhas” doenças: dengue, tuberculose (em países desenvolvidos) 
• Permanência de outras: malária, tuberculose (países subdesenvolvidos), diarreias infantis. 
• Doenças pensadas como não infecciosas, mas que passaram a ser infecciosas: úlcera péptica (H. Pylori) 
 
 Características da Epidemiologia do Processo Infeccioso 
• Em geral, um caso é fonte de infecção para a ocorrência de novos casos 
 Definido pelo padrão de contatos sociais 
• Quem encontra quem? Como? Aonde? 
 O padrão de contatos é fortemente influenciado pelas características da sociedade (urbana-rural), pela 
estrutura demográfica da sociedade e por sua cultura. 
 O aumento da circulação das pessoas no mundo facilita este processo. 
• Há necessidade de buscar explicações sobre a história natural da doença 
 EX. período de incubação – transmissibilidade – tratamento – cura 
• Indivíduos infectados podem se tornar imunes. 
 Quanto maior a proporção de imunes em um aglomerado de pessoas, menor a probabilidade de um 
suscetível infectar-se 
 O tratamento de pessoas infectadas, doentes ou portadores, diminui o risco de infecção entre os contatos 
 Casos assintomáticos ou com manifestações subclínicas podem assumir papel importante na transmissão 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Como investigar? 
 Estudos observacionais ou experimentais → estratégias metodológicas de acordo com o fundamento e 
conceito de cada agente infeccioso → plausibilidade biológica das hipóteses e dos achados 
• Qual objetivo? 
 Desenvolvimento de instrumentos e estratégias de controle das DIPs com foco na interrupção da(s) cadeia(s) 
de transmissão 
• Determinação de processos interativos entre agente infeccioso, hospedeiro suscetível e meio ambiente 
 
 
 
 
 
 
• Evolução da doença no tempo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• PERÍODO DE LATÊNCIA: 
 Intervalo de tempo entre o momento do contato com o agente (infecção) até o momento se o indivíduo se 
torna infectado 
• PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 
 Intervalo de tempo que transcorre entre a exposição a um agente infeccioso e o surgimento do primeiro sinal 
ou sintoma 
 Tal período é muito variável entre os diferentes agentes infecciosos 
 
 
 
 
• PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: 
 É o intervalo de tempo durante o qual uma pessoa ou animal infectado elimina o agente etiológico para o 
meio ambiente, ou esse agente pode ser retirado de seu organismo por um vetor, ou por instrumentos, sendo 
possível, portanto, a sua transmissão a outro hospedeiro. 
 
 
 
 
 
 
 
➢ Períodos importantes em algumas situações em que se sabe que houve a exposição e é 
preciso definir a partir de quando é que se pode confirmar que houve a infecção ou não. 
➢ Conhecimento destes períodos auxilia na descoberta da origem de um caso ou mesmo de um 
surto 
 
• Agente Causal Específico: 
➢ INFECÇÃO: 
 É a penetração de um agente etiológico no organismo de um homem ou de outro animal, e que nele se 
desenvolverá ou multiplicará. ◦ Da infecção pode ou não resultar doença, aparente ou inaparente, usualmente 
referida como infecciosa 
➢ INFESTAÇÃO: 
 É o alojamento na superfície do corpo (sarna, pediculose) ou das vestes de um hospedeiro. ◦ Ambientes ou 
objetos podem ser infestados também por alguns artrópodes e roedores (infestação de ratos, mosquitos). 
➢ ABSORÇÃO DE TOXINAS: 
 Ocorre, usualmente por ingestão das toxinas produzidas por agentes etiológicos fora do organismo 
hospedeiro. 
 É popularmente conhecido como intoxicação alimentar 
 Tipos de Agentes Específicos 
➢ FUNGOS 
 Blastomicose, candidíases vaginais, Pneumocystis jirovecii - comum em pessoas imunodeprimidas 
➢ HELMINTOS 
 Os áscaris (lombrigas), as tênias (solitárias), os oxiúros (que causa coceira no ânus) e o esquistossomo 
(esquistossomose). 
➢ PROTOZOÁRIOS 
 A giárdia e as amebas e os agentes causadores da doença de chagas, da malária e da leishmaniose 
➢ RIQUETSIAS 
 Proteobactérias. Ex. Tifo, febre maculosa  VÍRUS – hepatites (vírus da hepatite A, vírus da hepatite B, vírus da 
hepatite C, sarampo, rubéola, raiva, HIV, etc. 
➢ BACTÉRIAS 
 Bactérias são primeiramente classificadas quanto à sua forma: cocos (meningite meningocócica e gonorréia), 
bacilos (botulismo e difteria), e vibriões (cólera) 
 Características dos Agentes Infecciosos 
➢ MORFOLOGIA E COMPOSIÇÃO QUÍMICA 
 Conhecimento das propriedades intrínsecas dos micro-organismos (tamanho, forma, estrutura) 
➢ VULNERABILIDADE A AGENTES QUÍMICOS 
 Conhecer a que agentes químicos o agente etiológico é suscetível. 
 Determinados vírus e bactérias são susceptíveis ao cloro em determinadas concentrações. 
 Conhecer as substâncias químicas que eliminam o agente mesmo dentro do organismo do hospedeiro 
(medicamentos). 
 EX: Mycobacterium tuberculosis é, em geral, sensível à rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol, e a 
associação destes medicamentos elimina o agente etiológico da tuberculose, curando o paciente da 
tuberculose em 95% dos casos. 
➢ VIABILIDADE E SOBREVIVÊNCIA NO MEIO AMBIENTE 
 O tempo que o agente sobrevive no meio ambiente é importante para conhecer o modo de transmissão e 
lançar medidas de proteção e controle. 
 Ex. Clostridium tetani sobrevive em ambientes secos por até 60 anos. 
 Doenças de transmissão essencialmente sexual: agentes não resistem ao meio ambiente (Ex.: sífilis causada pelo 
Treponema pallidum) 
➢ VALÊNCIA ECOLÓGICA: 
 Capacidade de um agente sobreviver em um ou mais reservatórios. 
 Quanto maior a valência ecológica, mais difícil de se eliminar o agente 
 Ex. o vírus da raiva é capaz de se alojar em várias espécies (homem, cães, gatos, raposas, macacos, morcegos 
etc.), dificultando o seu controle 
➢ MUTAGENICIDADE: 
 Capacidade de alterar as características genéticas. (Ex. vírus da AIDS) 
➢ Infectividade: 
 Capacidade de penetrar e se desenvolver ou multiplicar em um novo hospedeiro. Ex.: influenza, tétano 
➢ Patogenicidade: 
 Capacidade de uma vez instalado, produzir sintomas. Ex.: sarampo, pólio, difteria 
➢ Virulência: 
 Capacidade de produzir casos graves ou fatais. Ex.: raiva 
➢ Dose Infectante: 
 Quantidade do agente necessária para iniciar uma infecção. Ex.: malária x filariose Poder 
➢ Invasivo: 
 Capacidade de se difundir através dos tecidos, órgãos e sistemas. Ex.: tuberculose 
➢ Imunogenicidade ou antigenicidade: 
 Capacidade para induzir imunidade específica no hospedeiro. Ex.: vírus da rubéola, sarampo 
 
 Reservatório 
• Habitat normal em que vive, se multiplica e/ou cresce um agente infeccioso 
• Qualquer ser vivo (ser humano, outro animal ou vegetal) ou substrato(o solo) em que um parasita pode viver 
e se reproduzir, e à partir de onde pode ser veiculado. 
 Reservatório Humano: 
 Importância para medidas de controle que terão como foco o próprio ser humano. 
 Ação direta exercida sobre o sujeito como paciente e como reservatório. 
 EX: ISTs, hanseníase, coqueluche, sarampo. 
 Reservatório não humano: 
 Animais infectados são reservatórios de várias doenças do ser humano. 
 Zoonoses: infecção ou doença infecciosa transmissível que ocorre entre animais vertebrados e o homem 
 EX: Leptospirose, raiva 
 
 Porta de saída (via de transmissão) do agente infeccioso 
 Respiratórias: 
 Doenças de maior difusão e as mais difíceis de controlar (tuberculose, influenza, sarampo etc.). 
 Sexual: 
 Leptospirose, sífilis, AIDS, gonorreia e outras doenças de transmissão sexual. 
 Digestivas: 
 Próprias da febre tifoide, hepatite A e E, cólera e amebíase. 
 Pele: 
 Contato direto com lesões superficiais, como na varicela, herpes zoster e sífilis. 
 Contato indireto: Por picadas, mordidas, perfuração por agulha ou outro mecanismo que tenha contato com 
sangue infectado, como na sífilis, doença de Chagas, malária, leishmaniose, febre amarela, hepatite B, etc. 
 Placentária: 
 Sífilis, rubéola, toxoplasmose, AIDS e doença de Chagas. Apesar de a placenta ser uma barreira efetiva de 
proteção do feto contra infecções da mãe, não é totalmente efetiva para algumas infecções 
 Modos de Transmissão do Agente: 
 Direta (contágio): transmissão do agente etiológico sem a interferência de veículos 
 IMEDIATA: COM contato físico entre o reservatório ou fonte de infecção e o novo hospedeiro suscetível. 
 
 MEDIATA: SEM contato físico entre reservatório ou fonte de infecção e o novo hospedeiro 
 
 Indireta pressupõe-se que: 
 O agente infeccioso pode sobreviver fora do hospedeiro durante um certo tempo 
 Há veículos que transportam os microrganismos ou parasitas de um lugar a outro 
 Veículo animado 
 Veículo inanimado: fômites, água, ar, alimentos, sol 
 Transmissibilidade depende: 
 Taxa de reprodução do agente 
 Distribuição dos veículos de transmissão 
 Competência vetorial  Espécies de reservatórios (pessoa, animal, planta, solo, substância ou objeto) 
 Densidade da população humana 
 Imunidade de rebanho 
 Porta de entrada no hospedeiro 
• As portas de entrada em um novo hospedeiro são geralmente as mesmas usadas para a saída do hospedeiro 
anterior. 
• EX: nas doenças respiratórias, a via aérea é utilizada como porta de saída e porta de entrada entre as pessoas. 
• NO ENTANTO, em outras doenças, as portas de saída e de entrada podem ser diferentes. 
• EX: em intoxicações alimentares por estafilococos, o agente é eliminado através de uma lesão aberta da pele e 
entra no novo hospedeiro através de alimentos contaminados com secreção da lesão 
 Agentes de doenças infecciosas – principais mecanismos de transmissão 
 Hospedeiro (ou portador) 
• Indivíduo (ou animal) infectado, que abriga um agente infeccioso específico de uma doença, e constitui uma 
fonte potencial de infecção para o ser humano 
 Hospedeiro Definitivo: 
 Abriga o agente infeccioso em sua forma madura 
 Hospedeiro Intermediário: 
 Abriga o agente infeccioso em sua forma ainda em reprodução  o caramujo é o hospedeiro intermediário 
do Schistosoma mansoni, causador da esquistossomose 
 Assintomático (ou sadio): 
 Durante infecção subclínica (EX: sífilis) 
 Em incubação: 
 No período de incubação da doença (EX: HIV/Aids; Hepatite C) 
 Convalescente: 
 Tanto na convalescência e na pós convalescência das doenças com manifestação clínica. (EX: sarampo) 
 O estado de portador pode ser breve (portador transitório ou temporal) ou prolongado (portador crônico). 
 Quanto mais conhecidas forem as características das doenças, mais conhecidas serão a condição de produzir 
portadores e de reconhecer seu subtipo. 
 
 
 Características do Hospedeiro 
 Suscetível (infectável): 
 É a pessoa ou animal sujeito a adquirir a infecção 
 Resistente: 
 É aquele que, por algum mecanismo natural ou artificial, tornou-se capaz de impedir a colonização por um 
agente infeccioso 
 Suscetibilidade do Hospedeiro Resistência 
• Conjunto de mecanismos corporais que servem de defesa contra o agente ou multiplicação de agentes, ou 
contra os efeitos nocivos de seus produtos tóxicos. 
• Mecanismos de Defesa: 
 Inespecíficos: 
 Pele, superfície mucosa e anexo, lágrimas, órgãos dos sentidos, status nutricional 
 Específicos: 
 Resposta imune 
• Imunidade: 
 Estado de resistência geralmente associado a presença de anticorpos e citocinas que possuem ação específica 
sobre o agente infeccioso 
 Ativa: 
 Natural: - infecção natural (clínicas e subclínicas) artificial: - vacinas Passiva: natural - mãe/filho (placenta e leite 
materno) 
 Artificial 
 Soros e imunoglobulina 
 Imunidade de Rebanho 
• “Imunidade de rebanho” ou “imunidade de massa 
• Resistência de uma população à invasão ou disseminação 
de um agente infeccioso que resulta da elevada proporção 
de indivíduos imunes nessa população. 
• A cadeia do processo infeccioso pode ser interrompida 
quando um agente não encontra um hospedeiro 
suscetível. 
• Isso pode ocorrer quando existir na população uma 
elevada proporção de pessoas imunes ao agente 
 
 
 
 
 
 
 
 Cadeia do processo infeccioso, portanto, depende... 
 Da infectividade do vírus. 
 Da história natural da doença e proporção de cronificação. 
 Dos locais onde os vírus se concentram no organismo. 
 Da frequência em que o vírus circula naquele local geográfico e/ou grupo populacional. 
 Da capacidade de produção de anticorpos (protetores ou não) e da disponibilidade de imunobiológicos para o 
controle.  Da eficácia dos tratamentos dos portadores crônicos. 
 Das políticas de ações preventivas 
 Medidas Gerais de Profilaxia 
• Profilaxia: 
 Conjunto de medidas que tem por finalidade prevenir as doenças, sua complicações e consequências. 
 Prevenir o aparecimento, evitar novos casos, diminuir efeitos 
 Fonte Primária 
➢ Humana: 
 Isolamento tratamento profilático controle de portadores afastamento e observação 
➢ Animal: 
 Eliminação 
 Tratamento 
 Medidas Gerais de Profilaxia

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