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Higiene e Profilaxia Zootécnica

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RESUMO PARA P1 – HIGIENE E PROFILAXIA ZOOTÉCNICA (aula 1) 
 SAÚDE ÚNICA: união indissociável da saúde humana, animal e ambiental; Olhar fundamental para 
garantir níveis excelentes de saúde; Prevenção e atuação integrada entre os profissionais de saúde. 
 
‘’O conceito de Saúde Única é uma estratégia para melhor entender e dirigir os problemas 
contemporâneos gerados pela convergência de domínios humanos, animais e ambientais. ’’ 
 
 DOMÍNIO AMBIENTAL – DOMINIO HUMANO – DOMÍNIO ANIAMAL 
 SAÚDE: ‘’Completo estado de bem-estar físico, mental, social e não apenas a ausência de doença.’’ 
- A saúde é SILENCIOSA, geralmente não é percebida em sua plenitude e na maioria das vezes só é 
identificada quando se adoece. 
- Não existe limite preciso entre a saúde e a doença, mas uma RELAÇÃO de reciprocidade entre 
ambas. 
 GRADIENTE DE SAÚDE: Extremos (ideal de saúde / óbito); Sadios; Doentes não identificáveis; 
Doentes identificáveis; Doentes (sinais de doença). 
 ORGANIZAÇÃO SOCIAL: 
- Dominantes → sistema biológico mais eficaz 
- Dominados → maior número de doenças 
 CONCEPÇÕES DE SAÚDE: 
- Antiguidade → saúde (dádiva) e doença (castigo) 
- Cultura clássica → Hipócrates relacionou os locais de moradia, água e ventos com saúde e doença 
- Idade Moderna → comunidades (teoria miasmática), doenças transmitidas por gases de animais e 
por dejetos em composição. 
- Final do sec.18 → explicação para o adoecimento humano. Primeiras evidências da determinação 
social no processo saúde-doença. 
- Metade do sec.19 → revolução antibióticos, vacinas, quimioterapias. 
- Século 20 → Teoria da multicausalidade. 
 
 
 EPIDEMIOLOGIA: estudo dos fatores que determinam a distribuição e a frequência das doenças e outros 
agravos na população. 
- fatores determinantes → multicausalidade. 
 VISÃO EPIDEMIOLÓGICA: entender a doença no campo da população. 
 
OBJETIVO DA EPIDEMIOLOGIA → PREVENÇÃO! 
 
PATÓGENO 
AMBIENTE 
HOSPEDEIRO 
RESUMO PARA P1 – HIGIENE E PROFILAXIA ZOOTÉCNICA (aula 2 e 3) 
 SAÚDE ÚNICA: Conceito global que se deve ter uma saúde para todos, um olhar multifuncional. 
 TRÍADE EPIDEMIOLÓGICA: Relação de fatores entre hospedeiro, ambiente e agente. 
 INFECÇÃO: Penetração de um agente infeccioso no agente susceptível. Precisa ocorres 
multiplicação e/ou evolução do organismo no hospedeiro. As formas de infecção dependem do 
organismo e do agente. ***não é sinônimo de doença infecciosa*** 
- Ex: Infecção hospitalar, podem causar febre, dor, secreção... 
 
 INFESTAÇÃO: não ocorre a penetração do agente, está ligada à parasitas, artrópodes, vetores de 
doenças, roedores... 
- Ex: sarna (escabiose), piolhos, parasitas no estômago, carrapatos, roedores... 
 CONTAMINAÇÃO: presença do agente na SUPERFÍCIE (matéria inanimada) quando não há 
processo de infecção (penetração). 
- Alimentos NÃO são infectados, e sim CONTAMINADOS. 
 DOENÇA TRANSMISSÍVEL: Processo de transferência de um agente etiológico para outro animal, 
de forma direta ou indireta (com participação do ambiente). 
 - Ex: fungos patogênicos → Clostridium tetanium (sobrevive no solo). 
 INFECÇÃO LATENTE: infecção em equilíbrio com o hospedeiro, sem sintomas de doença e sem 
transmissão. Apenas reconhecida através de testes. 
- Ex: Tuberculose, toxoplasmose, HIV. 
 CONCEITO RESERVATÓRIO: É um animal ou local que mantém um agente (vivo ou/e 
multiplicando-se) infeccioso na natureza. 
- Animal fonte de infecção: vertebrado que alberga o agente etiológico e o elimina para o meio 
exterior. 
Ex: vírus da varíola humana (quando atinge-se uma espécie o controle é mais fácil, pq daí não se 
tem reservatório). Vírus da raiva está presente em todo mundo pois todos os mamíferos são 
susceptíveis, causa infecção em várias espécies de animais onde alguns atuam como 
reservatórios. 
→ Vírus não precisa de pessoas para sobreviver! 
 ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO: onde focar os esforços para controlar a doença? 
 FONTE DE INFECÇÃO SECUNDÁRIA: Ser humano, outro animal, planta, solo, de onde o agente 
etiológico passa de forma direta para o hospedeiro susceptível, não sendo o principal pela 
sobrevivência desse como espécie. (Entre o reservatório e o suscetível) 
Ex: Esporotricose (solo → gato → homem) 
 → Como soe acontecer nos surtos das 
doenças infectocontagiosas, há sempre o 
"fenômeno iceberg". Do grande bloco de 
gelo, apenas a terça parte é visível; dois 
terços permanecem submersos. O número 
de doentes conhecidos é a parte visível do 
iceberg. 
→ A identificação precoce de uma 
síndrome clínica, e não do agravo 
específico, facilita a notificação por parte 
do profissional de saúde e agiliza o processo 
de informação. 
Ex: Taxoplasmose [GATO (reservatório e fonte 1ª) → ÁGUA (fonte de contaminação, infecção 
2ª, veículo) → PESSOAS 
 SUCETÍVEL: Indivíduo que não possui resistência a determinado agente patogênico, podendo contrair a 
doença. 
 CLASSIFICAÇÃO DE DOENÇAS INFECCIOSAS: 
Zoonose → Doenças naturalmente transmissíveis entre pessoas e animais. Mais de 80% das doenças 
infecciosas humanas são de origem zoonótica. 
 Antropozoonoses - reservatório animal (ex: raiva, brucelose) 
 Zooantroponoses - reservatório humano (ex: tuberculose, difteria) 
 Anfixenoses - reservatório humano ou animal (ex: leishmanioses tegumentares e a 
tripanossomíase americana (doença de Chagas). 
RESUMO PARA P1 – HIGIENE E PROFILAXIA ZOOTÉCNICA (aula 4 e 5) 
CARACTERÍSTICAS DO AMBIENTE, AGENTE E HOSPEDEIRO 
 Nosso ambiente é extremamente modificado devido a fatores: 
 BIOLÓGICOS → reservatórios, roedores, artrópodes, animais suscetíveis, hospedeiros 
intermediários. 
 FÍSIOS → Temperatura, calor e umidade, topografia, composição do solo etc.] 
 SOCIAIS E ECONÔMICOS → urbanização, alta densidade populacional, falta de saneamento. 
 Uma alta aglomeração de pessoas ou alta densidade de animais pode ser um fator negativo quanto 
a transmissões de doenças. 
 O meio social também influencia nas condições de vida das populações. 
 AGENTE ETIOLÓGICO: causador ou responsável pela doença (ex: bactéria, vírus, fungo, protozoário, 
ectoparasita, endoparasita...). O conhecimento dele é fundamental para compreender suas 
interações com o desenvolvimento da infecção. 
- A diferença entre vetor e agente etiológico é que esse último causa a doença, mas o vetor 
transporta o agente etiológico. A malária, por exemplo, é provocada por protozoários do gênero 
Plasmodium (agente etiológico), que são transmitidos pela picada do mosquito (vetor) do gênero 
Anopheles infectado. 
1. TRANSMISSIBILIDADE: capacidade de se difundir em uma população de hospedeiro. 
- ADESINAS: ESTRUTURAS QUE TERÃO LIGAÇÃO COM OS RECEPTORES CELULARES COMPATÍVEIS 
2. PATOGENICIDADE: É a capacidade do agente em PRODUZIR DOENÇA no organismo do hospedeiro. 
 - Poder invasivo, toxinas produzidas, sistema imunológico. 
 - Agentes dotados de alta patogenicidade determinam maior incidência da doença na população. 
- Exemplos: agentes da raiva, aftosa, anemia infecciosa equina. 
3. VIRULÊNCIA: É a capacidade do agente em PRODUZIR DOENÇA GRAVE E ÓBITO, determinando o 
grau de severidade da infecção. Se traduz pela intensidade da ação do agente no hospedeiro. (Ex: 
H1N1, H5N1) 
4. PODER IMUNOGÊNICO: É a capacidade do agente em PRODUZIR RESPOSTA IMUNOLÓGICA no 
organismo do hospedeiro. (Ex: Febre amarela - imunidade duradoura. De modo geral não acontece 
com bactérias! Por isso as vacinas tem período de imunidade menor com relação a vírus.) 
- ESTRUTURA ANTIGÊNICA: Induz a formação de Acs Confere especificidade imunológica. 
5. RESISTÊNCIA: É a capacidade do agente em SOBREVIVERNO AMBIENTE em condições naturais, ou 
seja, fora do organismo do hospedeiro, e aos produtos químicos como antissépticos e 
desinfetantes por determinado período de tempo. Agentes de alta resistência tem maior chance 
de sobrevivência. (Ex: Clostridium spp.) 
6. VARIABILIDADE: É a capacidade do agente em SOFRER MUTAÇÕES produzindo novos tipos, 
subtipos e cepas. Teoria da Evolução de Charles Darwin. Mais importante característica. 
 
 HOSPEDEIRO SUCETÍVEL: Organismo ou população que apresenta suscetibilidade à infecção ou 
invasão de seu organismo pelo agente. (Último elemento da cadeia epidemiológica). 
 HOSPEDEIRO DEFINITIVO: no qual o agente atinge a maturidade, reproduzindo-se sexuadamente. 
 HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: no qual o agente desenvolve suas formas imaturas, ou para alguns, 
se reproduz assexuadamente. 
 Características que podem favorecer algumas doenças: espécie, sexo, raça, idade, estado 
fisiológico, densidade populacional ou lotação, resistência dos animais. 
 REFRATARIEDADE: quando todos os indivíduos são completamente resistentes para determinado 
tipo de doença. 
 PORTADOR: hospedeiro infectado, assintomático e transmissor. Existem dois tipos: 
I. ATIVO → em incubação (não tem/teve sintomas - mas no futuro terá) - a transmissão pode ocorrer. 
II. CONVALESCENTE → - teve sintomas, mas não tem mais, porém continua eliminando o agente). 
 DOENTE: Hospedeiro que apresenta sinais clínicos de infecção, eliminando grande quantidade do agente 
etiológico. *PRINCIPAL TRANSMISSOR* ESTÁ DOENTE PORQUE TEM SENSIBILIDADE E ELIMINA GRANDE 
QUANTIDADE DO AGENTE ETIOLÓGICO 
 COMUNICANTE: hospedeiro susceptível que teve contato com o hospedeiro infectado, ou com o 
ambiente contaminado, de modo que ele possa ter sido infectado. Muito importante considerar e 
monitorar os comunicantes. 
MECANISMOS DE TRANSMISSÃO 
 HOSPEDEIRO NATURAL: organismo que serve de habitat para outro, que nele se instala, 
encontrando condições de sobrevivência. 
 HOSPEDEIRO ACIDENTAL: pode albergar o agente, porém não faz parte da cadeia de transmissão 
obrigatoriamente. (Ex: vírus da cinomose) 
 HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: Aquele que apresenta o agente em sua fase larvária ou assexuada, 
podendo ser vertebrado ou invertebrado. (Invertebrado X Vertebrado) 
 HOSPEDEIRO AMPLIFICADOR: Aquele onde o agente se multiplica, aumentando o número de 
agentes amplificando a infecção. (Ex: Capivara é amplificador da febre maculosa). 
FONTES DE INFECÇÃO → pessoa, animal, objeto ou substância a partir do qual o agente é 
transmitido para o hospedeiro. 
 
VIAS DE EXCREÇÃO → Conjunto de vias no animal, pelo qual o agente etiológico é eliminado para o meio 
ambiente. Este pode ser eliminado por diferentes vias, porém geralmente, de acordo com a doença, uma 
delas poderá ser a mais importante. (Ex: Babesiose → SANGUE; Aftose leucosa bovina → COLOSTRO LEITE; 
leptospirose → URINA; brucelose → PLACENTA; teníase → TECIDOS) 
***A VIA DE EXCREÇÃO DETERMINA O MECANISMO DE TRANSMISSÃO! *** 
MECANISMOS DE TRANSMISSÃO → Mecanismos pelos quais a doença chega da fonte de infecção ao 
hospedeiro suscetível. 
 DIRETA - quando ocorre contato entre a fonte de infecção e o animal suscetível, sem a 
interferência de veículos (imediata → CONTATO FÍSICO e mediata → SEM CONTATO FÍSICO, tipo 
tossir) 
 INDIRETA - quando a transferência do agente se dá por meio de veículos, ocorrendo intervalos 
maiores entre a eliminação e a penetração do agente. 
 VETOR MECÂNICO Organismo que pode se contaminar com formas infectantes do agente, 
TRANSPORTANDO-O MECANICAMENTE para determinado hospedeiro (apenas carreador). Ex. 
moscas hematófagas. 
 VETOR BIOLÓGICO Hospedeiro onde o agente desenvolve PARTE DO SEU CICLO EVOLUTIVO, 
possibilitando a transmissão para um novo hospedeiro. Ex. carrapatos na febre maculosa. 
 VEÍCULOS: objeto inanimado. Ex: água, alimentos. 
VIAS DE PENETRAÇÃO → via transplacentária, deposição na pele, mucosas, lesões de pele, inalação, 
ingestão, via transcultânea. 
 A Higiene e a Profilaxia tem como principal objetivo a conservação da Saúde e prevenção de 
Doenças, e você sempre irá escutar ambos os termos juntos, pois simplesmente uma sempre 
complementa a outra.

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