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RCP na Parada Cardiorrespiratória (emergência)

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Samara Pires- MED25
Reanimação Cardiopulmonar (RCP) na Parada
Cardiorrespiratória (PCR)
1. Introdução e conceito
● Uma PCR ocorre quando o coração desenvolve um ritmo anormal e não
consegue bombear sangue, já o ataque cardíaco ocorre quando o fluxo
sanguíneo para parte do músculo cardíaco é bloqueado (importante
diferenciar os dois!);
● A PCR, com frequência, é um problema de ritmo, o que faz o coração
tremular e o impede de bombear sangue para os órgãos;
● A pessoa para de responder e de respirar ou apresenta apenas gasping. A
morte pode ocorrer em minutos se não houver tratamento;
● Ocasionalmente, o músculo cardíaco lesado por um ataque cardíaco pode
gerar um ritmo anormal e, então, provocar uma PCR;
● Arritmia: é um batimento cardíaco irregular ou anormal. Duas arritmias
potencialmente fatais que provocam PCR são:
⇒ Taquicardia ventricular sem pulso (TVSP)- chocável: os ventrículos
começam a se contrair muito rápido. Em casos graves, eles bombeiam tão
rapidamente e ineficazmente o sangue que não é possível detectar pulso,
como é a TVSP, então órgãos como coração e cérebro deixam de receber
oxigênio;
⇒ Fibrilação ventricular (FV)- mais comum: a atividade elétrica do coração
torna-se desordenada e os músculos cardíacos vibram de maneira rápida e
dessincronizada, então o coração não bombeia sangue. Se não tratada, a FV
se deteriora e se transforma em assistolia.
Ambas exigem uma RCP até que um desfibrilador esteja disponível, então são
tratadas com choque de alta energia. Abaixo, uma imagem de FV:
Outros ritmos:
⇒ AESP (atividade elétrica sem pulso): ritmo não chocável. A AESP
compreende um conjunto de ritmos, já que todo ritmo organizado sem pulso
é definido como AESP, uma vez que, embora ocorra função contrátil
detectada por monitores cardíacos, não há força suficiente para produzir
pulso → ritmos idioventriculares, ritmos de escape ventriculares, ritmos
idioventriculares pós-desfibrilação, ritmo sinusal e outros. A hipovolemia
Samara Pires- MED25
(perda de sangue) e a hipóxia são as causas mais comuns e facilmente
reversíveis de AESP. Muitas vezes, com a perda maciça de sangue, o coração
contrai-se corretamente, mas não há sangue suficiente para ejeção
ventricular.
⇒ Assistolia: ritmo não chocável. É um ritmo de PCR associado a nenhuma
atividade elétrica discernível no eletrocardiograma. Esforços prolongados
para assistolia são inúteis, por isso deve-se interromper os esforços se
apropriado. Imagem de assistolia:
2. Diagnóstico
● Reconhecimento da PCR → ausência de resposta, de respiração (ou presença
de respiração anormal ou apenas gasping) e de pulso;
● Em adultos, a PCR com frequência é súbita e tem causa cardíaca, já em
crianças, a PCR é secundária à insuficiência respiratória ou a um choque.
3. O que fazer?
● RCP com interrupções mínimas nas compressões torácicas e desfibrilação
durante os primeiros minutos da PCR;
● Assim que um profissional de saúde reconhece a PCR, o acionamento
imediato do time de ressuscitação, RCP precoce de alta qualidade e uma
rápida desfibrilação são essenciais, visando ao retorno da circulação
espontânea (RCE);
● Após o retorno da circulação espontânea, todas as vítimas de PCR deverão
receber cuidados pós-PCR;
● Cadeia de sobrevivência de uma PCR extra-hospitalar no adulto:
Reconhecimento imediato da PCR e acionamento do serviço médico de
emergência → RCP precoce, com ênfase nas compressões torácicas →
Rápida desfibrilação → Cuidados pós-PCR multidisciplinares.
Samara Pires- MED25
● Assim que reconhecer que a vítima está em PCR, acione o serviço médico de
emergência ou peça para outra pessoa fazer isso;
● Se a vítima estiver em PCR, inicie a RCP de alta qualidade imediatamente.
Pessoas sem treinamento em RCP podem aplicar pelo menos compressões
torácicas (podem ser orientadas pelo serviço médico por telefone);
● Aplicar rápida desfibrilação após a RCP de alta qualidade com um DEA, por
exemplo. Esse é um dispositivo leve e portátil que identifica ritmos cardíacos
anormais e administra choques para retornar ao ritmo cardíaco normal;
● O Suporte Avançado de Vida pode fornecer uma maior assistência ao
paciente → eletrocardiograma de 12 derivações ou monitoramento cardíaco,
administração de medicamentos, intervenções de eletroterapia, obtenção de
acesso vascular e posicionamento de uma via aérea avançada;
● Cadeia de Sobrevivência em Pediatria: Prevenção da PCR → RCP de alta
qualidade por pessoas presentes no local → Rápido acionamento do serviço
médico de emergência → Suporte avançado de vida eficaz (rápida
estabilização e transporte para cuidados pós-PCR) → Cuidados integrados
pós-PCR.
● Componentes da RCP: compressões torácicas, via aérea e respiração.
● Verificar a segurança do local → verificar se a vítima responde por meio do
toque no ombro (não responde? Chame o serviço médico de emergência e
busque um DEA ou peça para alguém trazê-lo):
⇒ Se estiver sem respiração normal e com pulso: faça uma respiração a
cada 5 a 6 segundos ou cerca de 10 a 12 respirações por minuto (se for
paciente pediátrico, são 12 a 20 ventilações/min); verificar pulso a cada 2
minutos.
Samara Pires- MED25
⇒ Se estiver sem respiração ou apenas gasping sem pulso: iniciar ciclo de 30
compressões e 2 respirações. Usar o DEA assim que estiver disponível.
⇒ Quando o DEA chegar, seguir as instruções do equipamento e ver se o
ritmo é chocável ou não chocável. Aplicar um choque se for chocável e, se
não for, reiniciar a RCP por dois minutos até ser instruído novamente pelo
DEA. Faça isso até que a vítima se movimente ou até que o Suporte Avançado
de Vida chegue.
Obs.: entre verificar se a vítima não responde e começar a RCP, deve-se
verificar o pulso, o que deve levar no máximo dez segundos (pulso carotídeo
no adulto e braquial no bebê).
● Considerações sobre o procedimento de RCP:
⇒ Interromper as compressões torácicas o mínimo possível;
⇒ Se o socorrista estiver sozinho, deve usar a relação
compressão-ventilação de 30 para 2 em vítimas de qualquer idade;
⇒ Contar as compressões em voz alta;
⇒ Se houver 2 socorristas, um aciona o serviço médico de emergência e
busca o DEA enquanto o outro começa as compressões torácicas. Em
seguida, ambos dividem funções: um faz as compressões, o outro aplica as
ventilações, alternando a cada 5 ciclos ou 2 minutos (ou antes, se cansados).
Eles podem mudar o ciclo de 30:2 para 15:2, alternando entre si
⇒ Fazer as compressões torácicas em uma superfície firme;
⇒ Características das compressões torácicas: comprimir na velocidade de
100 a 120 por minuto (velocidade universal para todas as vítimas) e
comprimir pelo menos a 5 cm do tórax permitindo o retorno completo dele;
⇒ Se for um ritmo não chocável (AESP ou assistolia), monitore para observar
se há atividade elétrica. Se não houver, o paciente é assistólico, mas, se
houver, esta pode ser com ou sem pulso. Se não houver pulso, reinicie a RCP
por dois minutos.
● Abertura da via aérea: inclinação da cabeça e elevação do queixo (manobra
de Rubem): não usar no caso de suspeita de lesão na cabeça ou no pescoço!
⇒ Posicionar uma das mãos sobre a testa e a outra com os dedos indicador
e médio tocando o mento do paciente.
⇒ Realizar movimento de elevação do mento do paciente.
⇒ Simultaneamente, efetuar uma leve extensão do pescoço.
⇒ Manter a boca do paciente aberta.
Samara Pires- MED25
● Abertura da via aérea: anteriorização da mandíbula (manobra de Jaw
Thrust)
⇒ Posicionar os dedos polegares próximos ao mento e os demais ao redor do
ângulo da mandíbula do paciente.
⇒ Simultaneamente, enquanto mantém o alinhamento com as mãos, aplicar
força simétrica para elevar a mandíbula anteriormente, enquanto promove a
abertura da boca com os polegares.
● Dispositivos de barreira
⇒ Máscara de bolso: apresentam uma válvula unidirecional que evita a
aspiração de sangue, ar ou fluidos corporais da vítima pelo socorrista.
Posicionar-se ao lado da vítima e colocar a máscara sobre o rosto do
paciente usando a ponte nasalcomo guia. Faça um C com o indicador e o
polegar na ponte nasal. Em seguida, coloque o polegar da outra mão na
outra extremidade da máscara, abra a via aérea com inclinação da cabeça e
elevação do queixo. Faça duas ventilações durante um segundo, observando
se o tórax se eleva.
Samara Pires- MED25
⇒ Bolsa-válvula-máscara: fornece ventilação com pressão positiva. Para
posicionar o dispositivos, use a técnica C-E → pressionar as bordas da
máscara sobre o rosto e usar o polegar ou o dedo indicador para fazer um C.
Os três dedos restantes devem formar um E e inclinar os ângulos da
mandíbula, abrir a via aérea e pressionar a face contra a máscara (não com
muita força). Faça duas ventilações durante um segundo, observando se o
tórax se eleva.
● Ventilação sem dispositivos de barreira: boca a boca.
⇒ Manter a via aérea da vítima aberta com elevação do queixo;
⇒ Prenda o nariz da vítima com o polegar ou com o indicador usando a outra
mão;
⇒ Respire normalmente sobre a boca da vítima e sele a abertura da boca. A
ventilação deve durar 1 segundo e deve ser observada elevação do tórax. Se
isso não ocorrer, repita a manobra de inclinação da cabeça e elevação do
queixo;
⇒ Para lactentes, é preferível utilizar a técnica boca a boca e nariz;
⇒ Administrar as ventilações durante 1 segundo e observar elevação do tórax
sempre para evitar distensão gástrica (entrada de ar no estômago).
● Uso do DEA (desfibrilador externo automático): ele “atordoa” o músculo
cardíaco e “restaura” o sistema elétrico do coração para que o ritmo
cardíaco normal possa retornar. No entanto, mesmo assim o ritmo
espontâneo é geralmente lento e não consegue gerar uma perfusão
adequada, por isso é importante fazer compressões torácicas logo após um
choque.
⇒ Obs.: quando o DEA instruir, afaste-se da vítima para que ele analise o
choque. O mesmo deve ser feito quando o equipamento recomenda um
choque.
⇒ Se não houver necessidade de choque, reinicie a RCP começando pelas
compressões torácicas.
⇒ Após 5 ciclos ou dois minutos, o DEA analisa o ritmo novamente e pode
indicar novo choque, se necessário.
Samara Pires- MED25
⇒ Posicionamento das pás do DEA → anterolateral (mais comum): uma
abaixo da clavícula direita e outra ao lado do mamilo esquerdo.
⇒ Posicionamento das pás do DEA → anteroposterior: uma entre o lado
esquerdo do esterno da vítima e o mamilo esquerdo e outra no lado
esquerdo das costas da vítima, próximo à coluna.
● RCP em lactentes (menos de um ano de idade menos recém-nascidos) e em
crianças (de 1 ano até a puberdade):
⇒ Tocar no ombro da criança ou no calcanhar do lactente para ver
responsividade;
⇒ Verificar a respiração por no máximo 10 segundos: o tórax da vítima se
eleva?
⇒ Palpar o pulso braquial no lactente (parte interna do braço, entre o
cotovelo e o ombro) e, na criança, o pulso carotídeo ou femoral durante 10
segundos (máximo) ou no mínimo 5 segundos;
⇒ Para lactentes: colocar dois dedos no centro do tórax, logo abaixo da linha
mamilar e na metade inferior do esterno. Não pressionar a ponta do esterno.
Comprimir com uma profundidade em torno de 4 cm ou um terço do
diâmetro anteroposterior (mínimo) e permitir o retorno completo do tórax.
Fazer o ciclo 30:2 normal.
⇒ Quando há dois socorristas para o lactente, pode-se usar a técnica dos
dois polegares, isto é, as mãos circundam o tórax e, com os polegares, são
realizadas compressões sobre o esterno. Realizar 15 compressões e deixar o
outro socorrista administrar duas ventilações, cada uma de 1 segundo. Essa
técnica dos polegares é mais eficaz que a dos dedos.
⇒ Observar a perfusão deficiente → extremidades frias, diminuição da
capacidade de resposta, pulso fraco, palidez, cianose.
⇒ Nas crianças, pode-se usar uma ou duas mãos (uma mão se a criança for
muito pequena) para fazer as compressões torácicas. A profundidade deve
ser de, no mínimo, um terço do diâmetro anteroposterior ou
aproximadamente 5 cm.
⇒ Uso do DEA: use pás pediátricas, se possível, para crianças abaixo de 8
anos e para lactentes. Elas não podem se tocar nem ficar sobrepostas.
Samara Pires- MED25
Algumas pás requerem a posição frontal e posterior (anteroposterior) e
outras, direita-esquerda (anterolateral). Se não tiver pás pediátricas, pode
utilizar as de adulto (melhor do que não tentar desfibrilação nenhuma).

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