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Ciclos Biogeoquímicos

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Ciclos Biogeoquímicos 27/04/2020
A composição química dos organismos difere da composição da matéria não viva. Dos cerca de 90 elementos químicos conhecidos que existem na natureza, aproximadamente 35 formam as moléculas orgânicas, que constituem os organismos, vivos ou mortos. Esse grupo de elementos circula pela biosfera, entre os compartimentos abiótico (biótopo) e bióticos (biocenose). O circuito realizado por um elemento (ou substância, no caso da água) dentro dos ecossistemas é chamado ciclo biogeoquímico.
Entre os principais ciclos biogeoquímicos, estão os ciclos da água, do carbono, do oxigênio e do nitrogênio, que serão resumidos a seguir.
Os quatros elementos mais abundantes nos organismos em relação ao número total de átomos são o hidrogênio, o oxigênio, o carbono e o nitrogênio. Destes, o hidrogênio, o nitrogênio e o carbono são muito mais abundantes na matéria viva do que na matéria morta. Quando consideramos a composição em massa seca, o carbono perfaz de 50% a 60% da matéria das células vivas, enquanto na massa da matéria não vivia, carbono, hidrogênio e nitrogênio juntos perfazem muito menos que 1%.
Ciclo do carbono 🡺 O carbono é um elemento químicos mais abundantes nos organismos e, portanto, essencial para a vida na Terra. Além disso, está presente nas rochas da litosfera, nos combustíveis fósseis (carvão mineral e petróleo) e, na sua forma gasosa de CO2, encontra-se dissolvido tanto na atmosfera quanto na água.
O CO2 é componente essencial para a realização da fotossíntese, processo realizado exclusivamente pelos produtores, pelo qual conseguem fixar e transformar o CO2, em matéria orgânica. Já os consumidores somente adquirem carbono pela nutrição, ao participarem de uma cadeia alimentar. O CO2 retorna à atmosfera e a hidrosfera de duas maneiras: por meio da respiração celular de produtos e consumidores e pela atividade de decomposição realizada por bactérias e fungos, que têm papel fundamental no ciclo do carbono, pois decompõem a matéria orgânica oriunda de restos orgânicos, liberando CO2.
Ciclo do oxigênio 🡺 O gás oxigênio (O2) é o segundo componente mais abundante na atmosfera, perfazendo cerca de 21% de seus gases.
Ele está em troca permanente entre os organismos e o ambiente. Consumindo no processo de respiração dos organismos aeróbio, o O2 é devolvido para a atmosfera pela fotossíntese das plantas – processo responsável pela produção da maior parcela desse gás.
O O2 também pode ser degradado, sobretudo pela ação de raios ultravioletas emitidos pelo Sol, resultando na formação de ozônio (O3), que se concentra na chamada camada de ozônio, situada a 30 km ou 40 km de altura na atmosfera.
Ciclo da água 🡺 cerca de 70% da superfície terrestre é recoberta por água. Aproximadamente 97,5% desse volume concentra-se nos ecossistemas marinhos e os 2,5% restantes encontram-se nos ecossistemas terrestres ou de água doce, sendo 1,75% em estado sólido, nas geleiras e nos cumes permanentemente gelados de montanhas. Somente cerca de 0,75% da água doce está na forma líquida – em rios, lagos e no subterrâneo – e na forma de vapor de água – na atmosfera.
O ciclo da água (ou ciclo hidrológico) é o circuito da água – em todos os seus estados físicos – entre continentes, oceanos, organismos vivos e atmosfera.
O sol fornece a energia necessária para a evaporação da água contida nos seres vivos e nos corpos de água – rios, lagos e principalmente mares e oceanos. Esse vapor se condensa em gotículas, formando as nuvens que, sob certas condições, precipitam-se em forma de chuva, neblina, orvalho, neve ou granizo.
Parte da água que chega a superfície terrestre se infiltra e parte fica temporariamente na superfície. Da parcela infiltrada, uma porção penetra mais profundamente, atingindo o lençol freático, que abastece rios e lagos, ou formando aquíferos. Da parcela superficial, uma parte evapora, voltando à atmosfera, outra se congela nos cumes de montanhas e nas geleiras, e uma parte escoa sofre a superfície.
Há também, uma parcela da água precipitada que é absorvida pelo sistema radicular das plantas. Nos vegetais, a perda de água ocorre por transpiração, gutação ou transferência alimentar à cadeia de consumidores.
Os animais participam do ciclo ingerindo água diretamente ou pela ingestão de alimentos. O processo de eliminação pode ocorrer por meio de urina, fezes, respiração e transpiração.

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