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Microbiologia Veterinária - Gêneros Bacterianos

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Veterinária Microbiologia Rebeca Woset 
Rebeca Woset GÊNERO BACTERIANOS 
 
GÊNERO STAPHYLOCOCCUS 
 Cocos Gram + em arranjos semelhantes a 
cachos de uva. 
 Crescem em meios não enriquecidos. 
 Colônias de tamanho médio, branco ou 
douradas. 
 As colônias de S. aureus e de S. 
intermedius produzem hemólise dupla. 
 Anaeróbicos facultativos, imóveis, 
catalase positivos. 
 Comensais de membrana mucosas e pele. 
 A produção de coagulase está relacionada 
à patogenicidade. 
 Relativamente estáveis no meio ambiente. 
 Causam infecções patogênicas. 
PRODUÇÃO DE COAGULASE 
 Coagulam o fibrinogênio no sangue 
(coágulo). 
 Produz uma rede de proteção 
isolando o MO. 
 Staphylococcus intermedius (SIG) = 
piodermatite em cães. 
 Staphylococcus aureus = mastite 
bovina 
AS DIFERENTES ESÉCIES DE STAPHYLOCOCCUS 
As diferenciações incluem: 
 Verificação de características fenotípicas. 
 Variação no hospedeiro. 
MORFOLOGIA E COLORAÇÃO 
 Coloração fortemente gram +. 
 A maioria das cepas de S. aureus 
apresenta cápsula. 
 Nos exsudatos, formam aglomerados, 
pares ou cadeiras curtas de colônias. 
 Não formam esporos, mas sobrevivem em 
ambientes inóspitos e em objetos 
inanimados por longo tempo. 
 Os estafilococos não tem flagelos. 
 Em ágar-sangue, as colônias são 
arredondadas e relativamente grandes. 
 Colônias geralmente são brancas. 
 São toxigênicas. 
 As toxinas detectadas em ágar-sangue 
incluem as toxinas alfa, beta e delta, cada 
uma das quais com propriedades únicas. 
TOXINAS 
 As toxinas são proteínas produzidas e 
secretadas ou expostas á superfície pela 
bactéria cuja atividade é destrutiva para 
as células humanas. 
 Hidrolisa lipídeos da membrana celular de 
células. 
 Causam sintomas esfoliativas da pele. 
 Enterotoxinas, resistentes aos sucos 
agressivos gastrointestinais, são 
produzidas por 30 a 50% das estirpes de S. 
aureus. 
CARACTERIZAÇÃO BIOQUÍMICA 
São capazes de se multiplicar em altas 
concentrações de sais e em faixa de variação de 
temperatura relativamente ampla. 
PATOGÊNESE 
 São bactérias piogênicas, frequentemente 
causam lesões supurativas. 
 Pequenos traumas ou imunosupressão 
podem predispor ao desenvolvimento de 
infecções. 
FATORES DE VIRULÊNCIA 
 Cápsula polissacarídica. 
 Ácido teicóico. 
 Proteína A 
 Prende anticorpos neutralizando a 
sua função. 
 Impedindo a adesão de 
imunoglobulinas bem como a 
ativação do complemento. 
Interferem na opsonização e na subsequente 
fagocitose. 
PROCEDIMENTOS DIAGNÓSTICOS 
 Em condições supurativas, a probabilidade 
de infecção estafilocócica deve ser 
considerada. 
 Exsudatos e leite de mastite. 
 
Veterinária Microbiologia Rebeca Woset 
Rebeca Woset GÊNERO BACTERIANOS 
 Esfregaços de pus ou outros espécimes 
apropriados corados por GRAM podem 
revelar o arranjo estafilococico típico. 
 Espécimes são cultivadas em ágar-sangue 
seletivo e ágar MacConkey e incubados 
aerobiamente a 37C por 24 a 48 horas. 
 Critérios para a identificação dos isolados: 
 Características coloniais 
 Produção de catalase 
 Produção de coagulase 
 Perfil bioquímico 
INFECÇÕES CLÍNICAS 
 Comensais na pele e na mucosa e 
contaminantes ambientais. 
As infecções podem ser endógenas ou exógenas. 
 Muitas infecções são oportunistas. 
 Trauma 
 Imunosupressão 
 Infecção parasitária ou fúngica recorrente. 
 Condições alérgicas. 
 Distúrbios endócrinos e metabólicos. 
 O teste de sensibilidade a antimicrobianos 
deve preceder o tratamento. 
 As doenças estafilocócias de importância 
em animais domésticos incluem: 
 Mastite 
 Epidermite exsudativia 
 Pioderma 
GÊNERO ESTREPTOCOCCUS E 
ENTEROCOCCUS 
 Cocos gram + em cadeias. 
 Fastidiosos, requerem meios 
enriquecidos. 
 Colônias pequenas, translúcidas, 
geralmente hemolíticas. 
 Catalase negativos. 
 Anaeróbicos facultativos, geralmente 
imóveis. 
 Comensais em membranas mucosas. 
 Sensíveis a dessecação. 
 Causam infecções patogênicas. 
 Linhagens patogênicas tem cápsula 
espessa e produzem colônias mucoides. 
ESTREPTOCOCCUS VS ENTEROCOCCUS 
Entero: São patógenos oportunistas. Toleram sais 
biliares e crescem em ágar MacConkey como 
colônias minúsculas vermelhas, alguns isolados 
são móveis. 
HÁBITAT USUAL 
 Os estreptococos tem distribuição 
mundial. 
 Muitas espécies vivem como comensais 
na mucosa do T. Respiratório superior e 
no urogenital inferior. 
 São sensíveis a dessecação e sobrevivem 
somente por curto período fora do 
hospedeiro. 
DIFERENCIAÇÃO DE ESTREPTOCOCOS 
Tipo de hemólise. 
Beta: Hemólise completa, indicada por zona clara 
ao redor da colônia. 
Alfa: Hemólise parcial indicada por zona 
esverdeada ou pouco clara ao redor da colônia. 
Gama: Não causa alterações observadas ao redor 
das colônias. 
GÊNERO CORYNEBACTERIUM 
 Bactérias pleomórficas Gram +. 
 Fastidiosas. 
 A maioria é comensal em membranas 
mucosas. 
 Causam infecções piogênicas. 
 Imóveis, anaeróbicos facultativos. 
 Catalase positiva, oxidase negativa. 
Trauma tecidual geralmente precede o 
estabelecimento de corinebactérias patogênicas, 
sendo que as lesões resultantes caracterizadas 
por supuração. 
HABITAT USUAL 
 A maioria dos componentes do gênero 
coryne é comensal em membranas 
mucosas. 
 Corynebacterium pseudotuberculosis 
pode sobreviver por meses no ambiente. 
DIFERENCIAÇÃO 
 
Veterinária Microbiologia Rebeca Woset 
Rebeca Woset GÊNERO BACTERIANOS 
São relativamente hospedeiro especifica e 
produzem síndromes clínicas identificáveis. 
A espécie do hospedeiro e a natureza da doença 
podem sugerir o agente causal. 
Critérios de identificação incluem morfologia da 
célula bacteriana, aparência da colônia e reações 
bioquímicas. 
DIFERENCIAÇÃO POR CARCTERÍSTICAS 
COLONIAIS 
1. Corynebacterium bovis é uma bactérias 
lipofílica que, em placas inoculadas com 
uma amostra de leite bovino, produz 
colônias pequenas, brancas, secas e não 
hemolíticas. 
2. Corynebacterium pseudotuberculosis tem 
colônias pequenas, esbranquiçadas, 
rodeadas por zona estreita de hemólise 
completa, que pode não ser evidente por 
até 72 horas, após vários dias, as colônias 
tornam-se secas, friáveis e de cor creme. 
3. Corynebacterium kutscheri produz 
colônias esbranquiçadas ionalmente, 
isoladas são hemolíticas. 
PATOGÊNESE E PATOGENIA 
A maioria das corinebacterias é patógena 
oportunista. 
A maioria das corinebactérias é patógena 
oportunista. Corinebactérias, com exceção de C. 
bovis, são microrganismos piogênicos que 
causam grande variedade de condições 
supurativas em animais domésticos. 
Corynebaterium bovis, encontrado no canal do 
teto em mais de 20% das vacas de leite 
aparentemente sadias, provoca resposta 
neutrofilica moderada. 
Tem sido sugerido que essa reposta pode 
proteger a glândula mamaria contra invasão por 
muitos patógenos virulentos. 
Corynebacterium pseudotuberculosis é um 
patógeno intracelular facultativo, capaz de 
sobreviver e de multiplicar-se em fagócitos. A 
virulência desse patógeno está ligada aos lipídeos 
de sua parede celular e à produção de uma 
exotoxina, a fosfolipase D (PLD). 
As bactérias do grupo C. renale são patógenos do 
trato urinário que causam cistite e pielonefrite 
em bovinos. 
Pequenos traumas na pele podem permitir a 
entrada de C. kutscheri e de C. 
pseudotuberculosis, considerando-se que os 
patógenos do trato urinário se beneficiam com a 
diminuição das defesas imunológicas ou com 
lesão tecidual local após o parto. 
PROCEDIMENTOS DIAGNÓSTICOS 
 Espécimes adequados para exame 
laboratorial incluem: pus, exsudato, 
amostras de tecidos afetados e urina. 
 Exame microscópico direto de esfregaços 
corados pela técnica de Gram de 
espécimes podem revelar microrganismos 
corineformes. 
 Meios de cultura para uso na rotina 
incluem ágar-sangue seletivo e ágar Mac- 
Conkey. Placas inoculadas são incubadas 
aerobiamente a 37°C por 24 a 48 horas. 
INFECÇÕES CLÍNICAS 
C. pseudotuberculosis ocasionalmente causa 
infecções emhumanos, algumas delas adquiridas 
de animais infectados e outras, de fontes 
ambientais. 
LINFADENITE CASEOSA 
 Linfadenite caseosa, causada por C. 
pseudotuberculosis biotipo não-redutor 
de nitrato é condição supurativa crônica 
de ovinos, de caprinos e, raramente, de 
bovinos. 
LISTERIA 
 Pequenos bacilos Gram-positivos. 
 Crescem em meios não-enriquecidos. 
 Toleram ampla margem de temperatura e 
de pH. 
 Colônias hemolíticas pequenas em ágar-
sangue. 
 Anaeróbias facultativas, catalase-
positivas, oxidase-negativas. 
 
Veterinária Microbiologia Rebeca Woset 
Rebeca Woset GÊNERO BACTERIANOS 
 Motilidade rotativa característica a 25°C, 
(movimento de saca-rolhas). 
 Hidrolisa esculina. 
 Saprofíticas ambientais. 
 Surtos de listeriose estão freqüentemente 
relacionados à alimentação com silagem. 
 Não forma esporo. 
 Acido resistente. 
O gênero é composto de seis espécies, sendo três 
patogênicas. Listeria monocytogenes, o mais 
importante desses patógenos. 
Pode crescer dentro de uma grande margem de 
temperatura, que vai de 4 a 45°C, e pode tolerar 
valores de pH entre 5,5 e 9,6. 
Os ruminantes são os animais domésticos mais 
frequentemente acometidos. As principais 
apresentações de listeriose incluem septicemia, 
encefalite e aborto. Em ovinos e bovinos, aborto 
é a manifestação usual de infecções por L. 
ivanovii. Listeriose é uma enfermidade mundial, 
especialmente em regiões de clima temperado. 
HABITAT USUAL 
Espécies de Listeria podem replicar-se no meio 
ambiente. Estão amplamente distribuídas e 
podem ser recuperadas de pastagens, fezes de 
animais saudáveis, efluente de esgoto e corpos 
de água. 
CARACTERÍSTICAS DE CRESCIMENTO 
 Listeria é um microrganismo anaeróbico 
facultativo que cresce melhor em baixa 
concentração de oxigênio e maior 
concentração de dióxido de carbono. 
 O crescimento ocorre em 4°C a 45°C, 
sendo ideal a temperatura de 30°C a 37°C. 
 O meio de cultura simples de laboratório 
sustenta o crescimento, preferivelmente 
em pH alcalino ou neutro. 
 Em ágar sangue de ovino, a maioria das 
cepas de L. monocytogenes produz uma 
estreita zona de hemólise. 
 A maioria das cepas se multiplica na faixa 
de pH entre 5,5 e 9,6. 
 Apresenta maior tolerância ao calor que 
qualquer bactéria não formadora de 
esporos; no entanto, a pasteurização em 
alta temperatura por curto período é 
efetiva na destruição de Listeria. 
ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO 
Listeria apresenta uma parede celular típica de 
microrganismo grampositivo. O ácido 
mesodiaminopimélico é o principal ácido 
diamino. Os polissacarídios da parede celular 
determinam a estrutura do antígeno O. Em 
temperatura de 22°C, observam-se flagelo 
peritricoso e motilidade. Em 37°C, a motilidade é 
baixa. 
CARACTERISTICAS DA COLONIA 
 As colônias são pequenas, lisas e 
transparentes após incubação por 24 
horas. 
 Bacteria intracelular facultativa, 
bastonete, não forma esporo, não produz 
capsula e cujo tamanho varias de 0,5 a 
2um. 
FATORES DE VIRULENCIA 
 Adesina. 
 Internalinas. As internalinas A e B são 
proteínas de superfície responsáveis pela 
fixação, ou adesão, e pela entrada das 
bactérias nas células-alvo. 
 Parede celular. A parede celular das 
bactérias desse gênero é típica de 
microrganismo gram positivo. Os ácidos 
lipoteicoicos e o peptidoglicano da parede 
celular gram-positiva interagem com 
macrófagos, resultando na liberação de 
citocinas pró-inflamatórias. A cama de 
pepitidioflicano atua como suporte para 
as adesinas de superfície. 
ECOLOGIA 
Reservatório: 
 Frequente em climas temperado e mais 
frio. 
 Encontrada em vários locais como solo, 
silagem, esgoto e em animais. 
Transmissão: Inalação e ingestão de alimentos 
contaminados são os principais meios de 
transmissão de Listeria. Silagem de baixa 
 
Veterinária Microbiologia Rebeca Woset 
Rebeca Woset GÊNERO BACTERIANOS 
qualidade, com pH superior a 5,5, comumente 
está implicada como causa de listeriose e, com 
frequência, é denominada “doença da silagem”. 
Um carreador assintomático pode ser foco de 
contaminação adicional do ambiente e, portanto, 
uma fonte indireta de infecção. 
PATOGENESE E PATOGENICIDADE 
 Ocorre após a ingestão de alimento 
contaminado ou via oral e pode resultar 
em septicemia, encefalite ou aborto. 
 A disseminação ocorre pela via linfática e 
sangüínea de vários tecidos. Em fêmeas 
prenhes, a infecção tem como resultado a 
transmissão transplacentária. 
 A Listeria monocytogenes tem habilidade 
para invadir células fagocíticas e não-
fagocíticas, sobreviver e replicar-se 
intracelularmente e transferir-se de uma 
célula para outra sem exposição aos 
mecanismos de defesa humoral. 
 Possuem uma toxina citolítica, a 
listeriolisina, que destrói as membranas 
de vacúolos fagocíticos, permitindo à 
listéria a evasão para o citoplasma. 
 Maioria das espécies patogênicas de 
Listeria é destruída pelos ácidos gástricos. 
INFECÇÕES CLÍNICAS 
As infecções com Listeria monocytogenes têm 
sido relatadas em mais de 40 espécies de animais 
domésticos e selvagens. Abortos esporádicos em 
ovelhas e vacas têm sido atribuídos à infecção 
por L. ivanovii. Listeria innocua teve implicação 
em um caso de meningoencefalite ovina. 
DOENÇAS 
Meningoencefalite. A apresentação encefálica, às 
vezes denominada “doença do andar em círculo”, 
é a mais comum em ruminantes. 
Aborto. 
CONTROLE 
Silagens de pouca qualidade não devem ser dadas 
a ruminantes prenhes. A alimentação com 
silagem deve ser suspendida caso um surto de 
listeriose seja confirmado. 
Devem ser implementados métodos de 
alimentação que minimizem o contato ocular 
direto com a silagem. 
Vacinação com vacinas mortas, que não induzem 
uma efetiva resposta mediada por células, não 
são protetoras, porque a L. monocytogenes é um 
patógeno com localização intracelular. Vacinas 
vivas atenuadas, que estão disponíveis em alguns 
países, são relatadas por reduzir a prevalência da 
listeriose em ovinos. 
Estresse deve ser minimizado. 
Os acometidos devem ser isolados, e o material 
infectado deve ser descartado adequadamente. 
GENERO BACILLUS 
 Bacilos Gram-positivos grandes. 
 Produzem endósporos. 
 Anaeróbios facultativos ou aeróbios. 
 Crescem em meios não-enriquecidos. 
 Muitas espécies são móveis, catalase-
positivas e oxidase-negativas. 
 A maioria é microrganismo ambiental 
não-patogênico. 
 Bacillus anthracis causa o antraz 
(carbúnculo hemático). 
 Bacillus licheniformis está envolvido em 
abortos esporádicos em bovinos e ovinos. 
Com exceção de Bacillus anthracis e de B. 
mycoide as outras são móveis. 
A maioria das espécies é saprofítica e sem 
potencial patogênico. 
Geralmente habitam solo e água. 
São isolados de ampla variedade de superfícies, 
solos e subprodutos oriundos de animais. 
Durante os períodos de privação denutrientes a 
célula de Bacillus passa por um processo 
conhecido como esporulação, por meio qual 
produz um espesso endósporo resistente. 
 Os esporos são resistentes ao calor, a 
dessecação, radiação ultravioleta e 
ionizante, aos desinfetantes e a vários 
outros fatores ambientais adversos. 
 
Veterinária Microbiologia Rebeca Woset 
Rebeca Woset GÊNERO BACTERIANOS 
 Podem permanecer viáveis no solo e água 
por décadas, a espera de nutrientes ou no 
caso de bactérias patogênicas da entrada 
de esporos em seus respectivos 
hospedeiros. 
Três espécies são consideradas patogênicas. 
Bacillus anthracis é um patógeno zoonótico; é o 
microrganismo causador de antraz, ou 
carbúnculo hemático. Bacillus cereus causa 
intoxicação alimentar e Bacillus thuringiensis é 
um patógeno de insetos lepidópteros. 
CARACTERISTICAS DE CRESCIMENTO 
 Anaerobica facultativa que se multiplica 
em meio de cultura comum, em 
temperatura de 15 a 40°. 
 Contata-se esporulação em condições de 
privação de nutrientes. 
 A esporulação requer oxigênio e 
não ocorre enquanto presente em 
um animal hospedeiro vivo. 
 Nos tecidos ou fluidos infectados 
expostosao ar, os microrganismos 
esporulam após varias horas. 
CARACTERISTICAS DE CRESCIMENTO 
As colônias que se multiplicam em ambiente 
aeróbico apresentam superfície irregulares 
formadas por fileiras de cadeias de bactérias 
(cabeça de medusa). 
ECOLOGIA 
Reservatório: O solo é a fonte de infecção de 
antraz para herbívoros. Outras espécies, inclusive 
as pessoas, são expostas por meio de animais e 
produtos de origem animal infectados. 
Transmissão: O esporo é o modo de infecção, a 
qual geralmente ocorre após ingestão de 
alimento ou água contaminado. Pode ocorrer 
exposição por meio de ferimentos infectados e 
picadas de artrópodes. Infecções humanas 
sucedem a exposição aos esporos de pele 
infectada ou de outros produtos animais e ao 
solo ou a exposição ao sangue ou ao tecido 
animal infectado. 
PATOGENESE 
Mecanismo 
Os esporos são adquiridos do ambiente (p. ex., do 
solo e de produtos animais) e são fagocitados por 
macrófagos ou por células dendríticas 
(neutrófilos polimorfonucleares não parecem 
participar no processo da doença). Os esporos 
germinam no compartimento do fagolisossomo. 
As bactérias na variante vegetativa escapam da 
ação dos fagolisossomos e, posteriormente, das 
células fagocíticas. Durante a replicação 
intracelular, as células fagocíticas se deslocam 
para os linfonodos regionais. A liberação da 
bactéria possibilita o acesso dos microrganismos 
na corrente sanguínea. 
CARBUNCULO HEMATICO 
CLOSTRIDIUM 
 Bacilos Gram-positivos grandes. PONTOS-
CHAVE 
 Produzem endósporos. 
 Anaeróbios, catalase-negativos e oxidase-
negativos. 
 Móveis (exceto C. perfringens). 
 Meios enriquecidos são requeridos para 
crescimento. 
 Colônias de C. perfringens são rodeadas 
por zonas de dupla hemólise. 
 Presentes no solo, no trato alimentar de 
animais e nas fezes. 
 Os patógenos podem ser agrupados de 
acordo com o modo e o local de ação de 
suas potentes exotoxinas: 
 clostrídios neurotóxicos; 
 clostrídios histotóxicos; 
 clostrídios enteropatogênicos e 
produtores de enterotoxemia. 
 Produzem diversas formas da doença em 
muitas espécies animais. 
As espécies de Clostridium produzem endósporos 
que geralmente causam saliência da célula-mãe. 
Embora a maioria das espécies de clostrídios 
patogênicos seja anaeróbia estrita, algumas são 
comparativamente aerotolerantes. 
Clostrídeos neurotóxicos: afetam a função 
 
Veterinária Microbiologia Rebeca Woset 
Rebeca Woset GÊNERO BACTERIANOS 
neuromuscular sem indução observável de lesão 
tecidual. C. botulinum e C. tetani. 
Clostrídios histotóxicos: produzem lesões 
relativamente localizadas em tecidos (como nos 
músculos e no fígado) e podem 
subsequentemente causar toxemia. C. 
perfringens, C. chauvoei, C. haemolyticum, C. 
novyi, C. septicum e C. sordelli; 
Enterotóxica: incluindo enterotoxemias e 
diarreias provocadas por C. perfringens, C. 
colinum, C. difficile, C. piliforme, C. septicum, C. 
spiroforme e C. sordellii; 
MORFOLOGIA E COLORAÇÃO 
Sua predisposição para formar esporos é crucial 
para a persistência das bactérias no intestino e no 
ambiente. Além disso, contribui para a 
dificuldade de seu controle. 
CARACTERÍSTICAS DE CRESCIMENTO 
 Clostrídios são anaeróbios, mas a exata 
necessidade anaeróbica varia entre as 
espécies. 
 Se caracterizam pela simplicidade de suas 
necessidades de multiplicação, ou 
crescimento, embora alguns necessitem 
de meio relativamente rico e complexo; a 
ocorrência de sangue no meio é benéfica. 
 A temperatura ideal é 37°C. A 
multiplicação é observada entre 1 e 2 
dias. 
 Com frequência, as colônias apresentam 
forma e contornos irregulares. 
 Vários clostrídios se agregam em meio de 
cultura de ágar úmido, sem formação de 
colônias. 
 A maioria dos clostrídios produz hemólise 
em ágar-sangue. 
Em geral, as culturas de clostrídios exalam um 
odor pútrido em decorrência da produção de 
ácidos graxos voláteis e de sulfeto de hidrogênio 
durante a degradação fermentativa de 
carboidratos e proteínas. 
RESISTENCIA 
A variante vegetativa é tão suscetível ao estresse 
ambiental e aos desinfetantes como são outras 
bactérias. Os endósporos propiciam resistência à 
dessecação, ao calor, à irradiação e aos 
desinfetantes. 
FATORES DE VIRULÊNCIA 
Adesinas: Proteínas estejam envolvidas na ligação 
do microrganismo a matriz extracelular durante a 
infecção. 
Cápsula: Atua impedindo a fagocitose e a 
encapsulação é um importante determinante de 
virulência nos ferimentos. 
Toxinas: 
 C. perfringens produz grande variedade 
de toxinas proteicas e enzimas 
degradadoras de tecidos, compatíveis 
com sua adaptação, rápida e eficiente ao 
dano tecidual. 
 Em condições ideais, a bactéria se 
multiplica a cada 10 min. Mais alta que 
qualquer outra bactéria. 
 As principais toxinas são alfa, beta E e T, 
letais aos camundongos. 
 Alfa toxina: produzida por todas as 
cepas de c. perfringens e é uma 
fosfolipase C que hidrolisa a 
membrana da célula hospedeira, 
como parte de ação, destruindo 
tecidos para extrair nutrientes. 
 Betatoxina: Os genes que 
codificam situam-se no plasmídeo 
e ela lesiona as células alvo do 
hospedeiro (do epitielio intestinal 
e endoteliais). 
 Toxina épsilon: É uma permease 
que atua no citoesqueleto celular, 
resultando em aumento da 
permeabilidade das células 
epiteliais e endoteliais. A toxina 
pode retardar trânsito intestinal, 
em animais acometidos. 
 Toxina iota: Após a ligação da 
toxina aos receptores específicos 
da superfície celular, a Ia é capaz 
de penetrar no citoplasma. 
DIFERENCIAÇÃO DE CLOSTRÍDIOS 
 
Veterinária Microbiologia Rebeca Woset 
Rebeca Woset GÊNERO BACTERIANOS 
 Procedimentos laboratoriais para 
diferenciar a maioria dos clostrídios 
incluem morfologia colonial, testes 
bioquímicos, métodos de neutralização 
das toxinas e cromatografia gás-líquido 
para perfil de ácidos orgânicos. 
 Colônias de C. perfringens são rodeadas 
por uma dupla zona de hemólise 
característica. 
 Kits comerciais miniaturizados estão 
disponíveis para identificação bioquímica. 
 Toxinas específicas podem ser 
identificadas nos fluidos corporais ou em 
conteúdo intestinal pela neutralização das 
toxinas ou por testes de proteção em 
roedores de laboratório, geralmente em 
camundongos. 
 Técnicas de anticorpos fluorescentes são 
amplamente usadas para identificação 
rápida de clostrídios histotóxicos nas 
lesões. 
 Métodos de imunensaio, tais como ELISA, 
podem ser usados para detecção de 
toxinas. A reação em cadeia da polimerase 
(PCR) pode ser empregada para revelar 
genes que codificam a produção dessas 
toxinas a partir de isolados de C. 
botulinum. 
TÉTANO 
Os eqüinos e os humanos são altamente 
suscetíveis; os ruminantes e os suínos, 
moderadamente suscetíveis; e os carnívoros, 
comparativamente resistentes. As aves 
domésticas não são suscetíveis ao tétano. 
Clostridium tetani, o agente etiológico, é um 
bacilo Gram-positivo, reto, delgado e anaeróbio. 
Endósporos esféricos, que são terminais e deixam 
saliência na célula-mãe.

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