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Ditadura Militar Brasileira ou Quinta República Brasileira (1964-1985) Foi o regime instaurado em 1 de abril de 1961 e que durou até 15 de março de 1985, sob comando de sucessivos governos militares. Foi um regime autoritário que teve início com o golpe militar, com a deposição do presidente João Goulart. O regime militar durou 21 anos, estabeleceu a censura à imprensa, restrição aos direitos políticos e perseguição policial aos opositores do regime. Segundo Loewenstein (1983, p.72) o regime caracterizou-se pelo fato de o “poder não estar submetido a nenhum limite, estar fora de qualquer controle político” em outras palavras, pós implantação, o acesso de lideranças políticas foi suspenso, já o poder legislativo, bem como o judiciário, passaram a ter papel simbólico, atuando conforme a vontade única e exclusiva do poder executivo, que impôs sua “soberania” através dos Atos Institucionais, ao longo dos anos de ditadura militar. Esse regime deixou marcas profundas na educação brasileira entre elas, a prática de expandir sem qualificar. Nesse período, houve um aumento significativo do número de matrículas na educação básica, mas com poucos recursos e pouca formação docente, ou seja, sem se preocupar com a qualidade ofertada. A Constituição de 1967, promoveu duas alterações importantes na política educacional brasileira. Primeiro, desobrigou a União, os Estados a investirem um mínimo, alterando um dispositivo na Lei de Diretrizes e Bases, aprovada em 1961. A legislação anterior, durante o Governo João Goulart, previa que a União tinha que investir ao menos 12% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação e, também obrigava estados e municípios alocarem 20% do orçamento na área. Durante a ditadura militar também foram introduzidas mudanças curriculares com a inclusão da matéria Educação Moral e Cívica para os alunos do 1º e 2º grau. Eram abordados também, conteúdos que aprimoravam o caráter do aluno por meio de apoio moral e dedicação tanto à família quanto à comunidade. Uma segunda mudança foi introduzida pela Carta de 1967 com a abertura do ensino para a iniciativa privada. O artigo 168, dispõe sobre a possibilidade de o Poder Público substituir o regime de gratuidade pelo de concessão de bolsas de estudo, exigido o posterior reembolso no caso de ensino de grau superior. A Constituição de 1967 instituiu a Educação Básica como obrigatória durante 8 anos, influenciando uma nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação aprovada em 1971. A política educacional promovida nesse período serviu para reforçar as desigualdades educacionais. Embora significativas contingentes das camadas populares tenham tido acesso à escola, foi ofertada a esse público uma educação de baixa qualidade. Isso manteve as taxas de evasão e repetência em níveis elevados. Resumindo: No campo educacional o regime tratou a educação como uma instrumentalização necessária para o desenvolvimento do mercado de trabalho, era através das reformas educacionais que o regime atingiria seus objetivos, ampliando a economia através da qualificação da mão-de-obra, sem preocupação alguma com a formação integral do povo. Ainda como se não bastasse a educação também era tida como aparelho ideológico, ou melhor, de controle ideológico, em especial após o AI -15 de 69 com a Lei de Segurança Nacional com a pretensão de consenso e legitimação. Críticas: Como aspectos negativos: · A falta de liberdade dos professores para ensinar, ou seja, eles tinham que seguir à risca o que era estabelecido pelo governo e não podiam fazer críticas ao regime. · Os professores eram perseguidos caso desrespeitassem estas normas. · O pensamento crítico foi limitado e as aulas de filosofia e sociologia foram banidas. · Aumento da desigualdade social e da inflação. · Aumento da dívida externa. · Regime truculento e assassino Como aspectos positivos: · Ampliação de vagas e novas escolas de educação fundamental. · Alta taxa de alfabetização, o que consolidado no período democrático que sucedeu a ditadura. · Índices de criminalidade menores que os de hoje · Grandes reformas estruturais (transformações no sistema tributário, financeiro, trabalhista e previdenciário). · Avanço no processo de industrialização no país. Referências Bibliográfica: AQUINO, Rubim Santos Leão de Sociedade brasileira: uma história através dos movimentos sociais: da crise do escravismo ao apogeu do neoliberalismo – 2ª ed. – Rio de Janeiro: Record, 2000. BRASIL, Atos Institucionais: Portal da Legislação: Governo Federal do Brasil, http://www4.planalto.gov.br/legislacao. GERMANO, José Willington, Estado Militar e educação no Brasil – 5ª Ed. – São Paulo: Cortez, 2011. http://www.educacaointegral.org.br http://www.todamateria.com.br http://www.politize.com.br ROMANELLI, Otaíza de Oliveira, História da Educação no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1978.
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